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ENGP

COMUNICAÇÃO
TÉCNICA
CT-UN-BC-ENGP-EPM-001-C-2020

COMUNICAÇÃO TÉCNICA

DE&P
UN-BC UNIDADE DE NEGÓCIO DE E&P DA BACIA DE CAMPOS
ENGP ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
EPM ENGENHARIA E PLANEJAMENTO DE MANUTENÇÃO

PROCEDIMENTO MÍNIMO PARA ESTAGNAÇÃO DOS PROCESSOS


CORROSIVOS IDENTIFICADOS NA INSPEÇÃO

Revisão: C Data: 27/07/2022

Autores:
Eline Terezinha Antunes de Souza Paes TAC4
Higor Jonas Batista U4QA
Renato de Mello Brandão Horta XNAT

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1. INTRODUÇÃO
O processo corrosivo é verificado nos equipamentos e estruturas metálicas existentes
nas UEP da UN-BC, nas diversas áreas e elevações, e acontece de diferentes formas e
intensidades, devendo ser mitigado ou mesmo eliminado, de maneira a não comprometer a
integridade das instalações. Para isso deve-se especificar a proteção adequada para estancar
o processo corrosivo quando este é verificado no campo pela equipe de inspeção. Valendo
ressaltar que, o procedimento de inspeção segue a rotina e os padrões pertinentes utilizados
pelos técnicos de inspeção e profissionais habilitados (PH), de acordo com a NR-13/SPIE. A
presente CT pode ter abrangência nas áreas de Naval e Guindaste, uma vez atendidas as
premissas deste documento e os procedimentos de inspeção das respectivas áreas técnicas.

2. OBJETIVO
Elaborar um procedimento mínimo para estagnação do processo corrosivo para áreas
com perdas superficiais, identificadas no serviço de inspeção, através de tecnologias de
proteção anticorrosiva.

3. PROCEDIMENTO

3.1. Aplicável para RTI de pintura com emissão obrigatória de Relatório de Inspeção
de Pintura (RIP), exceto para os casos definidos nos itens 3.2 e 3.3
a. Realizar inicialmente a inspeção dos locais conforme a norma ASTM D610,
analisando a porcentagem de corrosão (0 a 10) e a sua distribuição (Spot,
General ou Pinpoint). Para o caso de classificação S deve-se realizar o
tratamento localizado do ponto de corrosão. Em caso de classificação G ou P
realizar o tratamento de toda a área.
b. Proceder a descontaminação da área utilizando preferencialmente produtos
biodegradáveis (desengordurante, desengraxante e/ou detergente) e/ou
neutros, com ou sem VCI (inibidor de corrosão volátil).
c. Em caso de presença de corrosão por placas, removê-las com ferramentas de
impacto, manuais e/ou mecânicas
d. Proceder o preparo de superfície utilizando hidrojato UAP padrão WJ-2 (NACE)
para áreas maiores ou tratamento mecânico para áreas localizadas (< 2 m²).
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No caso do tratamento mecânico, dar preferência ao uso do padrão SP11


(SSPC) utilizando ferramentas rotativas do tipo Bristle Blaster, principalmente
em áreas elevadas com acesso por corda. Outras tecnologias poderão ser
utilizadas com o objetivo de garantir a produtividade e a qualidade dos serviços,
como o jateamento abrasivo seco portátil ao padrão Sa 2½ (ISO) ou o
jateamento abrasivo úmido ao padrão WAB-2 (NACE).
e. Realizar outra descontaminação mais criteriosa da superfície com lavagem final
com água doce, conforme norma ABNT NBR 15158.
f. Medir o perfil de rugosidade da superfície, aceitando-se a faixa de 50 μm a 100
μm.
g. Medir o teor de cloretos da superfície atendendo ao limite da N-9.
h. Proceder à aplicação da pintura em 01 ou 02 demãos, com passada cruzada,
dando preferência ao uso de tintas com 100% de sólidos, sem componentes
orgânicos voláteis na composição (zero VOC). As tintas a serem utilizadas
podem ser:
- N-2680 em 02 demãos de 225 μm por demão;
- Alto desempenho (DTM, N-2943 – Anexo A) em 01 demão de 500 μm;
- Revestimento poliaspártico (DTM, N-2943 – Anexo G) em 01 demão de 300
μm.
i. A tinta de acabamento poderá ser aplicada para a sinalização de segurança na
espessura seca de 60 μm, exceto sobre o revestimento poliaspártico.
j. Com relação às condições atmosféricas não se deve aplicar tinta em superfície
metálica inferior à temperatura do Ponto de Orvalho (PO) +3ºC ou superior à
52ºC (PO+3°C < T ≤ 52°C), nem com URA > 85%, excetuando-se as tintas que
não possuam restrição à Umidade Relativa e ao Ponto de Orvalho.
k. Recomenda-se que o técnico de inspeção valide a execução do serviço,
juntamente com o fiscal da gerência executante.

3.2. Para RTI D de pintura (com áreas ≤ 2 m²) sem a necessidade de emissão de RIP
a. Realizar tratamento com ferramentas manuais utilizando lixas abrasivas e
escovas de aço, e nas áreas que apresentam corrosão por placas removê-las

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utilizando ferramentas de impacto como estiletes, martelo de pontas, martelo


de bolas, espátulas etc.
b. Realizar a descontaminação da superfície utilizando produtos químicos como
desengordurante, desengraxante e/ou detergente, biodegradáveis e/ou
neutros, com ou sem VCI, nas regiões que apresentarem resíduos oleosos
culminando com uma lavagem final com água doce visando remoção de
resíduos sólidos e cloretos. Alternativamente no processo de limpeza poderá
ser utilizado, de forma complementar, um produto neutralizador de sais diluído
na água, para a redução do teor de cloretos na superfície, disponibilizado em
um recipiente simples para borrifar.
c. Realizar a pintura, de preferência em visita única, podendo-se utilizar tintas com
aplicação por spray em 01 ou 02 demãos, com passadas cruzadas, em locais
com corrosão uniforme. Em locais com a presença de alvéolos próximos ou
maiores, a primeira demão (primer) deverá ser aplicada à trincha, podendo-se
utilizar a tinta epóxi N-2288 (onde a mistura dos componentes A e B é de 1 para
1), com a possibilidade do uso de inibidor de corrosão sobre a superfície
metálica antes da aplicação da tinta.
d. Alternativamente poderão ser utilizadas outras tintas de base epóxi disponíveis
a bordo, como, por exemplo, a N-2680 e o alto desempenho (DTM, N-2943 –
Anexo A); além de tintas de base poliaspártica (DTM, N-2943 – Anexo G) bem
como a poliureia à frio.
e. A espessura de película seca da tinta deve ser tal que garanta o poder de
cobertura integral sobre a superfície em questão, não devendo expor o
substrato metálico, e garanta a sobreposição sobre a demão de tinta do
esquema existente, nas regiões de interface.
f. A tinta de acabamento em poliuretano (N-2677) poderá ser aplicada em
qualquer caso, com a finalidade de sinalização de segurança, na espessura
seca de 60 μm, exceto sobre o revestimento poliaspártico.
g. Recomenda-se que o técnico de inspeção valide previamente a proposta de
execução, assim como a conclusão do serviço.

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3.3. Para RTI C de pintura (com áreas ≤ 2 m²) sem a necessidade de emissão de RIP
a. Os sistemas que contenham fluidos classificados como de baixo potencial de
risco, de acordo com a definição do PE-2SMS-00058 (Definições de SMS para
o Processo de Inspeção no E&P), e ajustados no SAP, estão contemplados.
b. Condições específicas
- Para unidades em “produção” só é permitido aplicar essa instrução para RTIs
não vencidas.
- Não é permitido para pontos onde há corrosão por frestas ou corrosão sob
suportes.
c. Procedimento para o tratamento de superfície e pintura
- De acordo com o definido no item 3.2 acima.
d. Recomenda-se que o técnico de inspeção valide previamente a proposta de
execução, assim como a conclusão do serviço.

3.4. Notas
1) No caso da utilização de outras tintas e tecnologias não relacionadas neste
documento, a ENGP/EPM deverá ser previamente consultada.
2) Em caso de dúvida poderá ser consultada a ficha técnica e a FISPQ dos produtos.

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