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 Refletir sobre a educação do campo nos seus

aspectos conceituais, e legais junto aos


estudantes universitários, professores,
gestores.
PARADIGMAS: RURAL E DO CAMPO

Construir uma escola do campo o significa pensar e fazer a


escola desde o projeto educativo dos sujeitos do campo,
trazendo para essa escola práticas educativas articuladas
com as práticas sociais, a cultura, a organização coletiva e
o desenvolvimento sustentável.
Para entender uma educação a partir do campo e para o
campo implica em desconstruir conceitos, paradigmas,
preconceitos e injustiças, no sentido de superar as
desigualdades educacionais, historicamente construídas
entre campo e cidade.
 No paradigma da educação rural estabelece se políticas
públicas de educação baseadas em conceitos
pedagógicos que colocam a educação do campo
prioritariamente a serviço do desenvolvimento urbano-
industrial, essas políticas são pensadas para suprir .as
demandas das cidades e das classes dominantes que
geralmente são instaladas nas áreas urbanas.
 A visão urbanocêntrica refere se a uma de educação na
qual o modelo didático-pedagógico utilizado nas
escolas da cidade é transferido para as escolas
localizadas nas zonas classificadas como rurais, sem
que sejam consideradas as reais necessidades das
populações identificadas com o campo.()
 No paradigma da Educação do Campo, preconiza-se a
superação do antagonismo entre a cidade e o campo, passando
a ser vistos como complementares e de igual valor. Nesse
enfoque, ainda são consideradas e respeitadas a existência do
tempos e os modos diferentes de ser, viver e produzir.
Contrapõe - se a superioridade do urbano sobre o rural,
admitindo variados modelos de organização da educação e da
escola.

 Os conceitos relacionados à sustentabilidade e à diversidade


complementam a educação do campo ao preconizarem novas
relações entre as pessoas e a natureza e entre os seres
humanos e os demais seres dos ecossistemas. Ainda são
consideradas a sustentabilidade ambiental, agrícola, agrária,
econômica, social, política e cultural, bem como a eqüidade de
gênero, étnico-racial, inter-geracional e a diversidade sexual.
No quadro da educação brasileira atual, a
educação indígena muda o paradigma
intergracionista (Estatuto do Índio de 1973).
Assim, a escola entre a comunidade indígena,
avançou com um novo significado e um novo
sentido,como forma de assegurar o acesso ao
conhecimento gerais sem precisar negar suas
especificidades culturais e suas identidades
étnicas.
A educação do campo, tratada como educação rural
na legislação brasileira, tem um significado que
incorpora os espaços da floresta, da pecuária, das
minas e da agricultura, mas os ultrapassa ao acolher
em si os espaços pesqueiros, caiçaras, ribeirinhos e
extrativista.

O campo nesse sentido mais do que um perímetro


não-urbano, é um campo de possibilidade que
dinamizam a ligação dos seres humanos com a própria
produção das condições da existência social e com as
realizações da sociedade humana.
• Falta de escolas para atender a todas as crianças e
jovens e adultos.
• Falta de infra-estrutura nas escolas.
• Falta de política de qualificação dos professores para
atuar na escola do campo, bem com política de
valorização do magistério.

Falta de apoio às iniciativas de renovação pedagógica .
• A existencia de currículos desvinculados das
necessidades e das questões do campo e dos seus
sujeitos.
• Os altos índices de analfabetismo no campo.
Neste contexto de mudanças de paradigma faz-
se necessário que os governantes direcionem o
seu olhar à educação do campo, estabelecendo
políticas públicas que sejam coerentes com à
realidade das pessoas do campo,e que essas
políticas priorizem a sustentabilidade, a
diversidade e a inclusão social.
Implementar políticas de educação para a
qualificação profissional dos professores e dos
profissionais da educação que atuam nos
sistemas de ensino.
Profissionais da educação, estudantes,
professores, pais, militantes de Movimentos
Sociais do Campo, representantes de
Universidades, de órgãos de governos
municipais, estaduais e federal, de
organizações não governamentais e outras
entidades comprometidas com a luta
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) no Art. 28 “Na oferta da
educação básica para a população rural, os sistemas de ensino
promoverão as adaptações necessárias à sua adequação às peculiaridades
da vida rural e de cada região espacialmente.
I. conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às reais necessidades
e interesses dos alunos da zona rural;
II. organização escolar própria, incluindo a adequação do calendário escolar
as fases do ciclo agrícola e as condições climáticas;
III. adequação à natureza do trabalho na zona rural.

A Resolução da CNB/CEB 1/2002 “institui Diretrizes para a Educação


Básica nas Escolas do Campos, reconhecendo “o modo de vida social e o
de utilização do espaço como fundamentais, em suas diversidade, para a
constituição da identidade da população rural e da sua inserção cidadã
na definição dos rumos da sociedade brasileira.”Nessa Resolução tem
dois artigos que fazem referencia a educação indígenas.
O Parecer Nº 36/2001 da Câmara de Educação Básica do Conselho
Nacional de Educação fixa as Diretrizes Operacionais para a Educação
Básica nas Escolas do Campos.
A Constituição Federal de 1988 assegura as sociedades
indígenas uma educação escolar diferenciadas,específica,
inter-cultural e bilinque.
De acordo com essa Constituição os índios deixaram de ser
categoria social e para serem respeitado como “grupo
étnicos diferenciados,com direito a manter a sua
organização social, costumes, línguas, crenças e
tradições”(CF,art.231).
A Constituição Federal, apresenta uma concepção de
mundo rural enquanto espaço específico, diferenciado ao
mesmo tempo integrado no conjunto da sociedade.(art.210)
A LDB no art.78 e 79
 Em 2001, foi promulgado o Plano Nacional de
Educação (Lei nº 10.172/2001), o qual, embora
estabeleça entre suas diretrizes o “tratamento
diferenciado para a escola rural”, recomenda,
numa clara alusão ao modelo urbano, a
organização do ensino em séries, a extinção
progressiva das escolas unidocentes e a
universalização do transporte escolar.
 Em 2001 foram aprovadas as Diretrizes Operacionais para a
Educação Básica das Escolas do campo, pelo Conselho
Nacional de Educação, as quais representam um importante
marco para a educação do campo porque contemplam e
refletem um conjunto de preocupações conceituais e
estruturais presentes historicamente nas reivindicações dos
movimentos sociais.
 Dentre elas o reconhecimento e valorização da diversidade dos
povos do campo, a formação diferenciada de professores, a
possibilidade de diferentes formas de organização da escola, a
adequação dos conteúdos às peculiaridades locais, o uso de
práticas pedagógicas contextualizadas, a gestão democrática,a
consideração dos tempos pedagógicos diferenciados, a
promoção, através da escola, do desenvolvimento sustentável e
do acesso aos bens econômicos, sociais e culturais.
 A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) de 1961 (Lei
nº 4.024/61) revelava uma preocupação especial em
promover a educação nas áreas rurais para frear a onda
migratória que levava um grande contingente populacional
do campo para as cidades, gerando problemas habitacionais
e estimulando o crescimento dos cinturões de pobreza hoje
existentes nos grandes centros urbanos.

 Já a Lei Reforma do Ensino de de1º e 2º Graus, nº 5.692/71),


sancionada em pleno regime militar, fortaleceu a
ascendência dos meios de produção sobre a educação
escolar, colocando como função central da escola a formação
para o mercado de trabalho, em detrimento da formação
geral do indivíduo. A educação para as regiões rurais foi
alvo dessa mesma compreensão utilitarista ao ser colocada a
serviço da produção agrícola.
 Diretrizes Operacionais para a educação Básica nas
escolas do campo de modo venham garantir a
Educação Infantil e a Educação Fundamental nas
comunidades do campo. E tambem nos anos finais da
Educação Fundamental e na Educação Média,
podendo a oferta ser regional, mas no campo,
garantindo o transporte.
Para educação Básica nas escolas do campo. Parecer
n° 36/2001 e Resolução 1/2002 do conselho Nacional
de Educação.
 Foi a Constituição de 1988, a única legislação
brasileira relativa à educação, que contemplou
as especificidades das populações identificadas
com o campo. Antes disso, a educação para
essas populações foi apresentada para propor
uma educação instrumental, assistencialista ou
de ordenamento social.
 A LDB de 1996 reconhece, em seus art. 3º, 23,
27 e 61, a diversidade sociocultural e o direito à
igualdade e à diferença, possibilitando a
definição de diretrizes operacionais para a
educação rural sem, no entanto, romper com
um projeto global de educação para o país.

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