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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA

PROGRAMA DE FORMAÇÃO DE EDUCADORES DO CAMPO


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO – PPGED/UESB

ATIVIDADE REFERENTE AO CADERNO TEMÁTICO INTITULADO:

EDUCAÇÃO DO CAMPO, MATERIALIDADE DE ORIGEM E TEMPOS ATUAIS: O


QUE PRECISAMOS OCUPAR?

Prof. Dr. Alex Verdério (UFRB), Prof. Dr. Fábio Josué Souza dos Santos (UFRB); Dra.
Terciana Vidal Moura

Nome:Ana Elísia Alves de Souza

Município: Feira da Mata


Território: Velho Chico
Data: 30 de julho de 2023, às 14h.

1. Após a leitura dos textos indicados, faça um resumo sobre o histórico da Educação do
Campo no Brasil.

A escolarização dos sujeitos do campo sempre foi tratada com descaso, de forma improvisada
e inadequada. O resultado das investidas e políticas alienígenas e urbanocêntricas só conseguiram
reproduzir historicamente as mazelas que vitima secularmente as populações campesinas e, na
área educacional, contribuíram para reproduzir as desigualdades educacionais entre o campo e
cidade. O diagnóstico da Educação do Campo revela questões importantes para se pensar a
qualidade da educação ofertada aos sujeitos do campo, além dos indicadores que apontam para as
carências na infra estrutura escolar e nas condições de oferta os indicadores evidenciam também a
grande desvantagem quanto ao acesso à educação entre as populações urbanas e rurais. Por isso,
mudar o panorama da Educação no Campo é um dos maiores desafios encampados pelo
Movimento da Educação do Campo no Brasil. Sua emergência como movimento político-
pedagógico situa-se no enfrentamento ao descaso histórico dispensado pelo Estado aos sujeitos do
campo.

Os movimentos sociais, como práticas sócio-políticas e culturais constitutivas de sujeitos


coletivos, empreendem uma dimensão educativa, à medida que constroem um repertório de ações
coletivas, que demarcam interesses, identidades sociais e coletivas que visam à realização de seus
projetos por uma vida melhor e da humanização do ser humano. Com os movimentos sociais,
diversas organizações camponesas vão contribuindo para alargar o conceito de educação
compreendendo-a como uma prática social capaz de contribuir, direta e intencionalmente, no
processo de construção histórica das pessoas. As sementes destas iniciativas vão emergir em
outros contextos, tais como: a fundação das Escolas Famílias Agrícolas, o surgimento do
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), e suas escolas de acampamento,
assentamento e a Escola Itinerante; e as diferentes organizações camponesas. As conferências, os
seminários, as reuniões, os debates e os documentos produzidos por esta Articulação, bem como a
produção acadêmica emergida nesta conjuntura constituíram-se em espaços importantes para o
refinamento teórico do conceito de Educação do Campo.

No âmbito da legislação educacional, cabe destacar as Diretrizes Operacionais da Educação


Básica para as Escolas do Campo instituídas pela Resolução CNE/CEB nº 1, de 03 abril de 2002 e
complementadas pela Resolução nº 2, de 28 de abril de 2008; e a Política de Educação do Campo
instituída pelo Decreto Presidencial de no. 7.352, de 4 de novembro de 2010. Ainda cabe
mencionar neste quesito um conjunto de pareceres e resoluções instituídas por órgãos da
Administração Pública nas esferas federal, estadual e municipal. O marco legal da Educação do
Campo, construído nas últimas duas décadas com a forte participação dos movimentos sociais do
campo, ainda continua em vigor, não foi revogado, mas a sua implementação depende de recursos
financeiros que tem se tornados diminutos, sufocando assim as perspectivas de avanço do projeto
da Educação do Campo. Nesse sentido, a Educação do Campo, ao se nutrir de concepções
pedagógicas críticas e políticas, fundamenta se numa epistemologia que se opõe às tendências e
concepções que tem embalado historicamente as políticas educacionais brasileiras destinadas para
o meio rural.

A Educação do Campo busca afirmar a identidade da escola do campo a partir de um currículo


que esteja ancorado na dinâmica de vida dos sujeitos e que contemple os anseios e as necessidades
dos diferentes grupos sociais que vivem no campo. E traz como fundamentos: a terra, a cultura, o
trabalho, os movimentos sociais do campo. No processo de afirmação da Educação do Campo,
alguns artigos da LDB que amparam a construção de um currículo específico para as escolas do
campo. Esta Lei, em seus Art. 23, 26 e 28, estabelece medidas de adequação da escola à vida do
campo, como alternância regular de períodos de estudos e inclusão de parte diversificada do
currículo, atendendo às características regionais e locais.

Portanto, a Educação do Campo tem na Pedagogia da Alternância (PA) o seu pilar para pensar
a organização curricular e os tempos educativos. A PA objetiva uma educação da práxis e pela
práxis, na qual o trabalho produtivo é um dos seus fundamentos: o processo educativo deve
conjugar as aprendizagens práticas agrícolas e a formação escolar e científica. Busca-se assim
aproximar o mundo da vida e o mundo escolar.

A Educação do Campo constitui-se num projeto de luta política que tem como premissa
fundamental a construção de um projeto de desenvolvimento para o campo brasileiro, nutrindo se
de concepções pedagógicas críticas e políticas específicas do campo. A Educação do Campo
necessita de uma política especifica que possibilite a universalização do acesso dos povos que
vivem e trabalham no/ do campo a uma educação que conduza a emancipação deste segmento da
população, num diálogo permanente com os movimentos sociais. O foco das ações está no
enfrentamento de dificuldades educacionais históricas, no processo de reconhecimento da
identidade das escolas e na construção de um currículo que atenda as especificidades dos povos.
Portanto, é preciso oferecer uma educação escolar específica associada à produção da vida, do
conhecimento e da cultura do campo e desenvolver ações coletivas com a comunidade escolar
numa perspectiva de qualificar o processo de ensino e aprendizagem.
Educação do Campo se origina dos movimentos sociais, das lutas dos trabalhadores do campo.
A educação do campo, enquanto direito histórico dos camponeses, possibilita as condições de
superação da realidade de injustiças que marcam o campo brasileiro. Representa o acúmulo de
experiências políticas dos movimentos sociais populares, por uma educação que respeite a
diversidade dos sujeitos, individuais e coletivos, do campo, assim como, as condições materiais e
subjetivas de vida, por meio da luta por reforma agrária popular. Por outro lado, a educação do
campo, enquanto política pública foi duramente atacada nos últimos anos, reflexo do avanço do
discurso ultraconservador que ameaça o conjunto dos povos tradicionais que lutam, trabalham e
produzem conhecimento no campo. Educação Rural é um projeto do sistema capitalista, para
manter a hegemonia da Educação numa perspectiva dualista, que é de classe do campo que se
reverbera por meio do agronegócio, inadequada ao meio, planejada a partir da escola urbana com
isso é uma escola alienada. Porque são realidade totalmente diferente, a educação rural exclui, é
alienada, não trabalham a valorização do homem do/no campo, a escola está dentro de um
contexto que não condiz com a realidade do campo, não contempla as necessidades das
comunidades com isso acontece o êxodo rural gerando aglomerações nas grandes cidades e
vivendo em situação de vulnerabilidade social.

Os Movimentos Sociais do Campo desempenham um papel central na luta pela Educação do


Campo, reivindicando direitos, elaborando propostas pedagógicas contextualizadas, promovendo a
participação comunitária e mobilizando atores sociais em prol de uma educação mais inclusiva
e igualitária para os sujeitos do campo.

Os movimentos sociais no seu contexto acontecem quando diversas organizações camponesas vão
contribuindo para alargar o conceito de educação compreendendo-a como uma prática social
capaz de contribuir, direta e intencionalmente, no processo de construção histórica das pessoas. As
sementes destas iniciativas vão emergindo os movimentos como: a fundação das Escolas Famílias
Agrícolas, o surgimento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), escolas de
acampamento, assentamento, a Escola Itinerante e as diferentes organizações camponesas. Os
movimentos sociais, como práticas sócio-políticas e culturais constitutivas de sujeitos coletivos,
empreendem uma dimensão educativa, à medida que constroem um repertório de ações coletivas,
que demarcam interesses, identidades sociais e coletivas que visam à realização de seus projetos
por uma vida melhor e da humanização do ser humano.

Teoricamente a Educação do Campo vai sendo estabelecida no âmbito do movimento


político nas experiências concretas de educação desenvolvidas pelos movimentos sociais do
campo e no diálogo com a Universidade, a exemplo da realização do I Enera – Encontro Nacional
de Educadores da Reforma Agrária, da I Conferência Nacional Por uma Educação do Campo, que
ensejaram a criação da Articulação Nacional Por uma Educação do Campo, envolvendo
movimentos sociais, universidades e poder público. As conferências, os seminários, as reuniões, os
debates e os documentos produzidos por esta Articulação, bem como a produção acadêmica
emergida nesta conjuntura constituíram-se em espaços importantes para o refinamento teórico do
conceito de Educação do Campo, que já vinha sendo materializado em diversas experiências.

No âmbito da legislação educacional, cabe destacar as Diretrizes Operacionais da


Educação Básica para as Escolas do Campo instituídas pela Resolução CNE/CEB nº 1, de 03 abril
de 2002 e complementadas pela Resolução nº 2, de 28 de abril de 2008; e a Política de Educação
do Campo instituída pelo Decreto Presidencial de no. 7.352, de 4 de novembro de 2010. A
Resolução CNE/CEB de n. 1/2002 instituiu as Diretrizes, consiste no primeiro documento
legal/oficial na história da educação brasileira que se ocupa da orientação e da organização das
escolas do campo. Tais Diretrizes, trazem marcos e definições importantes que fortalecem a
construção da Educação do Campo e legitima, no âmbito legal, a construção de outras políticas
educacionais votadas para essa especificidade e projeto, tais como: a identidade da escola do
campo; o projeto institucional das escolas do campo; a proposta pedagógica das escolas do campo;
calendário escolar/tempos de aprendizagem, gestão da escola e formação de professores. O Artigo
2º do Decreto 7.352/2010, estabelece os princípios da educação do campo.

Para a garantia do direito a uma educação que respeite às especificidades do modo de vida,
da cultura e das necessidades dos camponeses há as ações como o Programa Nacional de
Educação na Reforma Agrária (Pronera), executado pelo Instituto Nacional de Colonização e
Reforma Agrária (INCRA), desde 1998; e a criação da Coordenação Geral de Educação do Campo
na estrutura da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão
(SECAD) 18 no Ministério da Educação (MEC), em 2004, que vai se constituir em importante
espaço de interlocução com os movimentos sociais do campo gerando a formulação de diversos
programas tais como: o Programa Saberes da Terra, criado em 2005; o Programa de Apoio à
Formação Superior em Licenciatura em Educação no Campo (PRONACAMPO), criado em 2006;
e o Programa Nacional de Educação do Campo (PRONACAMPO), instituído em 2013.

De outros programas de cunho universalista já desenvolvido pelo MEC, tais como o


Programa Nacional do Livro Didático (PNLD Campo)19, o Programa Nacional Biblioteca da
Escola (PNBE Temático), o Programa Mais Educação - Campo, o Programa Nacional de Acesso
ao Ensino Técnico e Emprego (PRONATEC Campo), o Programa Dinheiro Direto na Escola
(PDDE Campo), o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE Água e Esgoto), o Programa
Nacional de Informática na Educação (Proinfo Rural). A Educação do Campo, para além de um
projeto de educação, constitui-se num projeto de luta política que tem como premissa fundamental
a construção de um projeto de desenvolvimento para o campo brasileiro.

A Educação do Campo nutri se de concepções pedagógicas críticas e políticas,


fundamentada numa epistemologia que vai exigir a transformação da escola a partir de cinco
princípios como: compromisso com a formação humana, intervenção social e valores culturais;
Gestão da escola/democratização do espaço escolar; Pedagogia escolar vinculada às pedagogias
gestadas nos movimentos sociais do campo; Currículo contextualizado à educação do campo; A
formação de educadores do campo. A Educação do Campo busca afirmar a identidade da escola do
campo a partir de um currículo que esteja ancorado na dinâmica de vida dos sujeitos e que
contemple os anseios e as necessidades dos diferentes grupos sociais que vivem no campo e
defende que o currículo das escolas do campo seja contextualizado a sua matriz epistemológica
que traz como fundamentos: a terra, a cultura, o trabalho, os movimentos sociais do campo. A
formação de educadores para o exercício da docência nas escolas do campo deverá contemplar:
estudos a respeito da diversidade e o efetivo protagonismo das crianças, dos jovens e dos adultos
do campo na construção da qualidade social da vida individual e coletiva, da região, do país e do
mundo e propostas pedagógicas que valorizem, na organização do ensino, a diversidade cultural
e os processos de interação e transformação do campo, a gestão democrática, o acesso ao avanço
científico e tecnológico e respectivas contribuições para a melhoria das condições de vida e a
fidelidade aos princípios éticos que norteiam a convivência solidária e colaborativa nas sociedades
democráticas.

Os elementos para construção do PPP da educação do campo têm como grande desafio
para sua consolidação tarefas combinado como manter viva a memória da educação do campo,
dinamizada e reconstruída pelos próprios sujeitos; identificar as dimensões fundamentais da luta
política no momento atual; seguir na construção do PPP – Projeto Político Pedagógico da
educação do campo. Alguns traços fundamentais na elaboração do PPP são: 1) Formação humana
vinculada a uma concepção de campo; 2) Luta por políticas públicas que garantam o acesso
universal à educação; 3) Projeto de educação dos e não para os camponeses; 4) Movimentos
sociais como sujeitos da educação do campo; 5) Vínculo com a matriz pedagógica do trabalho e
da cultura; 6) Valorização e formação dos educadores; 7) Escola como um dos objetos principais
da educação do campo. Na construção do PPP das escolas do campo não se trata de propor algum
modelo pedagógico para as escolas do campo, mas sim de construir coletivamente algumas
referências para processos pedagógicos a serem desenvolvidos pela escola e que permitam que ela
seja obra e identidade dos sujeitos que ajuda a formar, com traços que a identifiquem com o
projeto político e pedagógico da Educação do Campo.

A realidade agrária é marcada pela concentração de terras e a permanência do grande


latifúndio, em articulação com a adoção do modelo agrário-exportador, através do avanço da
monocultura, do agronegócio e da mineração. Essa afirmação parte da análise histórica de como se
organizou e organiza historicamente o campo brasileiro, diante desse contexto quem tenta resistir
são os movimentos sociais que mobilizam os sujeitos, individuais e coletivos, no interior das
comunidades, os encontros e as trocas de saberes promovidas por camponeses/as, universidades
públicas, fóruns, secretarias municipais e estaduais de educação, contribuem com os debates
acerca das políticas públicas de educação nas escolas do campo. Trabalha-se com a formação
política, filosófica e emancipadora dos camponeses, incentivando os núcleos de agroecologia e a
produção de alimentos saudáveis, nos marcos da autonomia e soberania alimentar, lutando e
resistindo ao sistema capitalista opressor.

Com a eleição de Jair Messias Bolsonaro nesse período o governo editou dois Decretos que
representaram uma importante derrota para promoção da política de educação do campo. O
Decreto n° 9.645, de 2 de janeiro de 2019, substituiu a então Secretaria de Educação Continuada,
Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI). A exclusão da SECADI acompanha os
retrocessos verificados já no governo de Michel Temer (2016-2018), quando por meio da Lei
n°13.266, de 5 de abril de 2016, extinguiu a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade
Racial (SEPPIR), atualmente vinculada ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos
Humanos (MDH). Importante ressaltar a não dissociação entre SECADI e SEPPIR. Afinal, o
encaminhamento de lutas antirracistas fortalecem as políticas de ações afirmativas e educação do
campo, fundamental nas comunidades quilombolas e grande parcela de camponeses/as negros/as
que compõem o campesinato brasileiro. Outro importante desmonte ocorreu por meio do Decreto
n°10.252, de 20 de fevereiro de 2020, que inviabiliza o PRONERA e a condução das políticas de
educação do campo nos Estados. Tal ato fragiliza as políticas de reforma agrária. Ele permite o
avanço da fronteira agrícola, ampliação dos desmatamentos e concentração de terras, gerando
mais conflitos e mortes no campo. No Decreto n°9.660, de 1° de janeiro de 2019, o Instituto
Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) está vinculado ao Ministério da
Agricultura, órgão que historicamente representa os interesses das classes patronais e ruralistas.
Nessa conjuntura, projetos de reforma agrária, titulação e demarcação de territórios quilombolas e
indígenas tornam-se praticamente inviáveis. Com tantos retrocessos, nega-se aos sujeitos do
campo não só a educação, enquanto direito público e universal, mas também suas memórias, seus
saberes, a diversidade étnico-cultural e identitária, além das formas produtivas e de organização do
trabalho coletivo, enfim, seu modo de vida.

O Formacampo pode contribuir para uma possível estruturação do Currículo Municipal e a


( re) construção do Projeto Político Pedagógico( PPP) das escolas para atender melhor as
especificidades dos sujeitos do campo e suas demandas,pois atualmente o material didádico-
pedagógico não está de acordo com a realidade dos mesmos,não atende fielmente suas
peculiaridades, também nota-se a maioria dos docentes desconhecem a realidade cotidiana desses
alunos e de suas famílias.

No município de Feira da Mata há apenas uma escola do campo que ainda resiste para o
não fechamento, já os alunos das localidades que não tem escolas para atendê-los são levados para
a sede, onde muitos encontram-se dificuldades quanto aos objetos de conhecimentos, dificuldades
no percurso até à escola, principalmente no período chuvoso,devido a falta de manutenção das
vicinais e dificilmente participam de eventos escolares, pois o transporte escolar no turno
específico do evento, geralmente (noturno) não os buscam, o alunado do campo estudam no turno
vespertino.

Portando, espera-se políticas públicas fortes, voltada para a promoção da sustentabilidade


ambiental, social e econômica da agricultura familiar, conscientização da comunidade voltada
pelos direitos do homem do campo, a união entre os entes federados para busca de recursos,
formação continua, a exemplo, dessa formação do Formacampo que veio para contribuir de forma
significativa e possa de fato acontecer as mudanças necessárias para atender nossos campesianos e
suas famílias, sendo assim é preciso um olhar atento e humanizado para com os mesmos ,
conhecendo suas realidades e peculiaridades, partindo disso , faz-se necessário que o município
(re) construa, (re) signifique/ adapte o Currículo Municipal , e o Projeto Político Pedagógico das
escolas, para que os mesmo sejam documentos norteadores para uma educação de qualidade,
compromissada com a formação humana, social e cultural. É importante que haja formação dos
profissionais, investimento nas melhorias das estradas e do transporte escolar, outro fator
importantíssimo também é a defesa do não fechamento da única escola do campo existente no
município, se possível reabertura das escolas que foram fechadas, projetos voltados para a vida no
campo, e organização de eventos escolares no turno que propicie a participação dos alunos do
campo. O sentido da escola do campo será como diz a Deise Ribeiro (a poeta camponesa), “A
Educação do Campo nos transforma. Nos faz ter um outro olhar, O que antes era feio, hoje passo a
admirar. E o que era preconceito hoje aprende a respeitar”.

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