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Campo Grande – MS
2023
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RESUMO
1. TEMA
rural.
Ovil Bueno Fernandes, por meio de sua expertise em educação e ruralidades,
enriquece a discussão sobre os desafios educacionais diante do êxodo rural. Suas
contribuições ajudam a identificar práticas pedagógicas eficazes e a desenvolver
estratégias para fortalecer o papel das escolas nessas áreas.
Roseli Salete Caldart, Silvana Maria Gritti e Célia Regina Vendramini, com seus
estudos sobre educação do campo, trazem uma perspectiva específica sobre as
necessidades e potencialidades das escolas localizadas em regiões rurais. Suas
pesquisas oferecem subsídios para pensar em práticas educacionais
contextualizadas e inclusivas.
Dessa forma, a abordagem desses renomados autores proporciona uma base
teórica consistente para a compreensão dos desafios enfrentados pelas escolas
diante do êxodo rural. As diferentes visões e enfoques apresentados por esses
estudiosos contribuem para uma análise abrangente e aprofundada desse fenômeno,
permitindo a proposição de soluções e estratégias eficazes para aprimorar o papel da
escola nesse contexto desafiador.
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2. INTRODUÇÃO
trabalho no campo.
O processo de modernização agrícola, aliado à educação no meio rural,
resultou em um aumento significativo do êxodo rural no Brasil entre 1960 e 1980.
Tonete (2008) destaca a influência dos movimentos pendulares nesse processo,
impactando a cultura, economia e sociedade como um todo. A contradição inerente
ao capitalismo é evidente, pois, ao mesmo tempo em que se espera que a educação
prepare o sujeito do campo para o trabalho, a modernização agrícola diminui as
oportunidades no meio rural, incentivando a migração para as cidades.
Na década de 60, a educação rural tornou-se uma estratégia para conter o fluxo
migratório do campo para a cidade, sendo adotada pelo Estado como medida de
contenção. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1961 refletiu essa
abordagem, estabelecendo que os poderes públicos deveriam instituir escolas na
zona rural capazes de favorecer a adaptação do homem ao meio e estimular vocações
profissionais (Brasil, 2007).
A elite brasileira reconheceu a educação como uma ferramenta estratégica
para modernizar a agricultura e conter o fluxo migratório, conforme Cavalcante (2009).
No entanto, as intervenções socioeducacionais buscavam moldar um perfil de
estudante "possível" no meio rural, instruindo-o com características específicas para
permanecer e produzir no campo. Bareiro (2007) destaca que, na década de 1970, as
propostas curriculares visavam adaptar o sistema de trabalho dos agricultores
familiares aos grandes latifundiários, enfatizando a produção em larga escala.
Os agricultores, devido à ausência de uma política agrícola que valorizasse
seus produtos e à falta de condições para lidar com as novas tecnologias e
maquinários na agricultura e pecuária, eram compelidos a abandonar o campo,
contribuindo para o crescimento das periferias urbanas (Bareiro, 2007, p. 21).
Analisando os dados apresentados, observa-se uma redução no êxodo rural e
um aumento da população no campo, mesmo diante da escassez de empregos
agrícolas. No entanto, o movimento populacional persiste, com uma menor
intensidade. Esses indivíduos passam a se engajar em atividades não agrícolas,
evidenciando uma mudança no cenário rural. Neste contexto, é relevante destacar a
postura dos representantes dos grupos populacionais do campo em relação aos
processos educativos que moldam a Educação do Campo (Bareiro, 2007, p. 21).
Cavalcanti (2009) ressalta que, na metade do século XX, surgiram movimentos
de educação popular como resposta à política educacional vigente. A educação
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4. JUSTIFICATIVA
Bueno Fernandes e Silvana Maria Gritti direciona a análise para o papel das
políticas públicas e a necessidade de estratégias inovadoras. Como as políticas
educacionais podem ser formuladas e implementadas de maneira a enfrentar
os desafios do êxodo rural é uma questão crítica a ser explorada.
Em suma, a justificativa para esta pesquisa fundamenta-se na necessidade de
compreender as complexidades enfrentadas pelas escolas diante do êxodo rural,
considerando as perspectivas teóricas e práticas oferecidas pelos renomados autores
mencionados. A articulação dessas contribuições permitirá uma análise abrangente e
embasada, contribuindo para a produção de conhecimento e subsidiando a
formulação de práticas educacionais mais eficazes e inclusivas.
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5. PROPOSIÇÃO METODOLÓGICA
6. RESULTADOS ESPERADOS
7. CRONOGRAMA
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS