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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO TC 017.

027/2022-5

GRUPO II – CLASSE I – Plenário


TC 017.027/2022-5 [Apenso: TC 033.603/2023-5]
Natureza(s): I Embargos de declaração (Representação)
Órgão/Entidade: Agência Nacional de Energia Elétrica
Representação legal: não há

SUMÁRIO: REPRESENTAÇÃO. SUBSÍDIOS CONCEDIDOS


PELA ANEEL REFERENTES À REDUÇÃO DE 50% A SER
APLICADA À TARIFA DE USO DO SISTEMA DE
TRANSMISSÃO (TUST) E À TARIFA DE USO DO SISTEMA
DE DISTRIBUIÇÃO (TUSD). CONCESSÃO INDEVIDA DE
SUBSÍDIOS DE USINAS COM BASE EM ENERGIA SOLAR E
EÓLICA. FRACIONAMENTO DE EMPREENDIMENTOS
PARA, ARTIFICIALMENTE, ENQUADRAR
EMPREENDIMENTOS PARA O RECEBIMENTO DE
BENEFÍCIOS. REVELIA AO MENS LEGIS DA LEI 9.427/1996.
BENEFÍCIOS ESTIMADOS DE R$ 10 BILHÕES EM 2023.
INEXISTÊNCIA DE TRATAMENTO ESPECÍFICO COM
RELAÇÃO À FRAGMENTAÇÃO REFERENTE ÀS FONTES
INCENTIVADAS. AUSÊNCIA DE REGULAMENTAÇÃO
ESPECÍFICA. OITIVA DA ANEEL. DETERMINAÇÃO PARA
ABSTENÇÃO DE NOVAS AUTORIZAÇÕES, ATÉ A
REGULAMENTAÇÃO DA MATÉRIA. PLANO DE AÇÃO.
MONITORAMENTO. ARQUIVAMENTO. EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO. ALEGAÇÃO DE OBSCURIDADE.
CONHECIMENTO. ALTERAÇÃO DO ACÓRDÃO PARA
ACLARAMENTO DO JULGADO. COMUNICAÇÕES.

RELATÓRIO

Trata-se de embargos de declaração opostos pela Agência Nacional de Energia Elétrica


(Aneel) ao Acórdão 2.353/2023-Plenário, prolatado no âmbito de representação formulada pela então
Secretaria de Fiscalização de Infraestrutura de Energia Elétrica (SeinfraElétrica) acerca de subsídios
concedidos referentes à redução de 50% a ser aplicado à Tarifa de Uso do Sistema de Transmissão
(TUST) e à Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD) para as fontes incentivadas de
empreendimentos com potência entre 30 MW e 300 MW, nos termos do § 1º-A do art. 26 da Lei
9.427/1996.
2. Reproduzo, no que importa e com os ajustes de forma necessários, os embargos
declaratórios apresentados pela Aneel, à peça 41:
“A AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA – ANEEL, já qualificada nos autos, vem
opor EMBARGOS DE DECLARAÇÃO em face do Acórdão n. 2353/2023 – TCU- Plenário, o
que faz conforme passa a expor.
1. A ANEEL foi notificada do Acórdão ora embargado em 27 de novembro de 20231. O prazo
de 10 (dez) dias para interposição dos Embargos frui, então, a partir do próximo dia útil,
28/11/2023. Considerando-se que os presentes Embargos são interpostos em 7/12/2023, há de
ser admitido à apreciação dessa Corte de Contas por ser tempestivo.
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2. Nos termos do artigo 287 do Regimento Interno do TCU, "cabem embargos de declaração
quando houver obscuridade, omissão ou contradição em acórdão do Tribunal."
3. O Acórdão n.º 2353/2023 traz determinação para a ANEEL, in verbis:
“9.1. determinar à Aneel, com base nos arts. 4º, inc. II e 7º, §3º, inciso I, da Resolução-
TCU 315/2020, que:
9.1.1. para os projetos pendentes de autorização, abstenha-se de conceder novos
descontos de TUSD e TUST, com fundamento no §1º-A do art. 26 da Lei 9.427/1996, até
que se estabeleçam critérios regulatórios que tornem eficaz o limite de 300.000 kW por
empreendimento de geração de energia elétrica previsto no §1º-A do art. 26 da Lei
9.427/1996, evitando a concessão do benefício nos casos de fracionamento de projetos;
9.1.2. em 180 (cento e oitenta) dias, apresente plano de ação para o aprimoramento
da regulamentação concernente à concessão de redução de no mínimo 50% TUSD e TUST
previsto no § 1º-A, do art. 26, da Lei 9.427/1996, de modo a adequá-la ao sentido legal de
que apenas empreendimentos de até 300.000 kW de potência injetada tenham direito ao
desconto, com vistas a impedir a concessão do benefício nos casos de fracionamento ou
divisão de empreendimentos únicos em projetos menores;
9.1.2.1. o plano de ação a que se refere o subitem anterior deve contemplar também
ações quanto à situação dos empreendimentos já autorizados e com subsídios vigentes,
devendo considerar estudos de impacto da correção de irregularidades nas autorizações já
realizadas, ou a apresentação de justificativas para a manutenção das reduções já
autorizadas considerando as consequências práticas que tal decisão possa acarretar
(conforme o art. 20 da LINDB);”
4. Especificamente quanto ao item 9.1.1., observa-se a necessidade de esclarecimento
adicional por parte desse tribunal. Verifica-se, na presente data, que há cerca de 276 (duzentos e
setenta e seis) pedidos de autorização para as fontes eólicas e fotovoltaicas pendentes de
análise. Esses pedidos foram apresentados antes do dia 2 de março de 2022 visando justamente
ao enquadramento no referido desconto tarifário.
5. Dessa forma, a citada decisão do tribunal para que a ANEEL "abstenha-se de conceder
novos descontos de TUSD e TUST" é interpretada por esta Agência da seguinte forma: os
referidos pedidos de autorização podem continuar a ser emitidos, entretanto tais autorizações
devem prever que o enquadramento da usina no referido desconto tarifário será feito após o
aprimoramento da regulamentação concernente à concessão de redução de no mínimo 50%
TUSD e TUST previsto no § 1º-A, do art. 26, da Lei 9.427/1996. Assim, futuramente, após a
definição de novos critérios pela ANEEL, na forma prevista no item 9.1.2 do Acórdão
2.353/2023, os agentes cujo ato autorizativo não contemple o desconto deverão solicitá-lo à
ANEEL. Essa possiblidade encontra amparo no § 1º do art. 2º da Resolução Normativa nº 1.031,
de 26 de julho de 2023, conforme trecho destacado:
“Art. 2º Este Título estabelece os procedimentos vinculados à redução das tarifas de uso
dos sistemas de transmissão e de distribuição, TUST e TUSD, aplicáveis aos
empreendimentos hidrelétricos com potência igual ou inferior a 50.000 (cinquenta mil)
kW, e àqueles com base em fontes solar, eólica, biomassa ou cogeração qualificada,
conforme regulamentação da ANEEL, cuja potência injetada nos sistemas de transmissão
ou distribuição seja menor ou igual a 300.000 (trezentos mil) kW.

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§ 1º Para os empreendimentos de geração detentores de concessão ou autorização, ou


aqueles sujeitos apenas a registro, cujo ato não contempla a referida redução, o percentual
estabelecido no caput deverá ser solicitado à ANEEL, exclusivamente pelo empreendedor,
caso em que a vigência será a partir da publicação do ato resultante da solicitação.
[...]
6. Assim, entende-se que esses agentes, para usufruir do desconto na rede, devem
implantar o empreendimento dentro do prazo previsto no § 1º-C do art. 26 da Lei
9.427/1996, a contar da data da emissão da autorização; após a aprovação pela ANEEL
dos novos critérios, os agentes devem requerer a Agência seu enquadramento
considerando os novos dispositivos regulamentares acerca da fragmentação de centrais
geradoras.”
7. Entretanto, considerando os termos do Voto do Excelentíssimo Senhor Ministro Relator,
uma outra interpretação possível seria que a determinação estabelece a suspensão, desde a
notificação do Acórdão, de emissão de novas outorgas até que sejam definidos novos critérios
regulatórios que tornem eficaz o limite de 300.000 kW por empreendimento de geração de
energia elétrica previsto no §1º-A do art. 26 da Lei 9.427/1996.
8. Verifica-se que os critérios regulatórios citados pelo tribunal se confundem entre
apresentar limite de injeção de potência, na forma da Lei, e limitar a potência instalada entre
parques com aspectos em comuns, por exemplo o compartilhamento de ponto de conexão. Nessa
interpretação, a ANEEL deveria suspender a emissão de outorgas de geração até que tais
critérios sejam repensados, de forma a atender ao referido Acórdão.
9. Assim, pelo exposto, questiona-se se deve prevalecer a interpretação da ANEEL da
determinação, de que fica suspenso o estabelecimento do benefício para as novas outorgas a
serem emitidas.
10. Do exposto, requer esta Agência o conhecimento dos embargos de declaração, pelo
enquadramento de seus fundamentos na hipótese de obscuridade
Termos em que pede deferimento.”

É o relatório.

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VOTO

Trata-se de embargos de declaração opostos pela Agência Nacional de Energia Elétrica


(Aneel) ao Acórdão 2.353/2023-Plenário, prolatado no âmbito de representação acerca de subsídios
concedidos referentes à redução de 50% a ser aplicado à Tarifa de Uso do Sistema de Transmissão
(TUST) e à Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD) para as fontes incentivadas de
empreendimentos com potência entre 30 MW e 300 MW, nos termos do § 1º-A do art. 26 da Lei
9.427/1996.
2. Segundo a inicial representação produzida pela Unidade de Auditoria Especializada em
Energia Elétrica e Nuclear (AudElétrica), a Aneel tem concedido benefícios para agentes que estão
usando de subterfúgios para contornar os limites da legislação a fim de obter a redução de 50% a ser
aplicada à TUST e à TUSD para as fontes incentivadas, resultando no aumento indevido de subsídios,
que são suportados pelos consumidores do setor elétrico.
3. Essa prática de fragmentação formal de projetos, resultando na apresentação de projetos
separados com potência instalada menor ou igual a 300 MW, mas que fazem parte de um mesmo
empreendimento, cuja totalidade das potências ultrapassa o limite legal de 300 MW, representava
indícios de que está ocorrendo concessão indevida do benefício previsto no § 1º-A do art. 26 da Lei
9.427/1996. Constatou-se também que há significativa quantidade de empreendimentos nessa situação
que estão prestes a receber o benefício, com valores envolvendo centenas de bilhões de reais ao longo
do período de autorização.
4. Em extrato, conhecendo da representação e acolhendo-a, no mérito, esta Corte assim
deliberou, mediante o Acórdão 2.353/2023-Plenário:
“9.1. determinar à Aneel, com base nos arts. 4º, inc. II e 7º, §3º, inciso I, da Resolução-TCU
315/2020, que:
9.1.1. para os projetos pendentes de autorização, abstenha-se de conceder novos descontos de
TUSD e TUST, com fundamento no §1º-A do art. 26 da Lei 9.427/1996, até que se estabeleçam
critérios regulatórios que tornem eficaz o limite de 300.000 kW por empreendimento de geração
de energia elétrica previsto no §1º-A do art. 26 da Lei 9.427/1996, evitando a concessão do
benefício nos casos de fracionamento de projetos;
9.1.2. em 180 (cento e oitenta) dias, apresente plano de ação para o aprimoramento da
regulamentação concernente à concessão de redução de no mínimo 50% TUSD e TUST previsto
no § 1º-A, do art. 26, da Lei 9.427/1996, de modo a adequá-la ao sentido legal de que apenas
empreendimentos de até 300.000 kW de potência injetada tenham direito ao desconto, com vistas
a impedir a concessão do benefício nos casos de fracionamento ou divisão de empreendimentos
únicos em projetos menores;
9.1.2.1. o plano de ação a que se refere o subitem anterior deve contemplar também ações
quanto à situação dos empreendimentos já autorizados e com subsídios vigentes, devendo
considerar estudos de impacto da correção de irregularidades nas autorizações já realizadas, ou
a apresentação de justificativas para a manutenção das reduções já autorizadas considerando as
consequências práticas que tal decisão possa acarretar (conforme o art. 20 da LINDB);”
5. Ato seguinte, à peça 41, a Aneel opôs embargos declaratórios, em face da necessidade de
esclarecimento adicional por parte deste Tribunal. Argumentou-se que, até a data de protocolo do
recurso, havia cerca de 276 pedidos de autorização para as fontes eólicas e fotovoltaicas pendentes de
análise. Esses pedidos teriam sido apresentados antes do dia 2 de março de 2022 – data limite para
obtenção do benefício tarifário – visando justamente ao enquadramento no referido desconto.

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6. Dessa forma, a citada decisão deste Tribunal para que a Aneel “abstenha-se de conceder
novos descontos de TUSD e TUST” seria interpretada por aquela Agência da seguinte forma: os
referidos pedidos de autorização poderiam continuar a ser emitidos, entretanto tais autorizações
deveriam prever que o enquadramento da usina no referido desconto tarifário seria feito após o
aprimoramento da regulamentação concernente à concessão de redução de no mínimo 50% TUSD e
TUST previsto no § 1º-A do art. 26 da Lei 9.427/1996.
7. Assim, futuramente, após a definição de novos critérios pela Aneel, na forma prevista no
subitem 9.1.2 do Acórdão 2.353/2023-Plenário, os agentes cujo ato autorizativo não contemple o
desconto deverão solicitá-lo à Aneel. Tal possiblidade encontraria amparo no § 1º do art. 2º da
Resolução Normativa nº 1.031, de 26 de julho de 2023, conforme trecho destacado:
“Art. 2º Este Título estabelece os procedimentos vinculados à redução das tarifas de uso dos
sistemas de transmissão e de distribuição, TUST e TUSD, aplicáveis aos empreendimentos
hidrelétricos com potência igual ou inferior a 50.000 (cinquenta mil) kW, e àqueles com base em
fontes solar, eólica, biomassa ou cogeração qualificada, conforme regulamentação da ANEEL,
cuja potência injetada nos sistemas de transmissão ou distribuição seja menor ou igual a
300.000 (trezentos mil) kW.
§ 1º Para os empreendimentos de geração detentores de concessão ou autorização, ou aqueles
sujeitos apenas a registro, cujo ato não contempla a referida redução, o percentual estabelecido
no caput deverá ser solicitado à ANEEL, exclusivamente pelo empreendedor, caso em que a
vigência será a partir da publicação do ato resultante da solicitação.”
8. A Agência entende que os agentes, para usufruir do desconto na rede, devem implantar o
empreendimento dentro do prazo previsto no § 1º-C do art. 26 da Lei 9.427/1996, a contar da data da
emissão da autorização. Após a aprovação pela Aneel dos novos critérios, os empreendedores devem
requerer o seu enquadramento considerando os novos dispositivos regulamentares acerca da
fragmentação de centrais geradoras.
9. Tal entendimento não estaria exatamente claro no teor decisório.
10. Em análise dos presentes embargos, tanto reconheço a obscuridade no julgado quanto a
pertinência dos argumentos aclaratórios apresentados pela Aneel. De fato, inexistirá arrepio ao mens
legis da Lei 9.427/1996 se a concessão do benefício tarifário for feita posteriormente à
regulamentação, desde que haja clareza dos investidores que, por sua conta e risco, possam não contar
com o desconto, caso seus empreendimentos não se enquadrem nos termos da novel normatização.
11. Vou além: no caso de usinas que, manifestamente e fora de qualquer dúvida, possuam
potência injetada inferior a 300 MW, não há prejuízo em, desde já, se conceder a respectiva outorga.
12. Nesses contornos, sugiro que esta Corte delibere por conhecer dos presentes embargos de
declaração, com base no art. 287 do Regimento Interno do Tribunal, para, no mérito, dar-lhes
provimento, aclarando a redação do Acórdão 2.353/2023-Plenário, incluindo os seguintes subitens ao
julgado:
“9.1.1. esclarecer à Aneel que, no cumprimento do subitem 9.1 supra, faz-se possível:
9.1.1.1. autorizar a outorga de projetos manifestamente menores do que 300.000 kW de potência
injetada; e
9.1.1.2. oportunizar aos empreendedores, por sua conta e risco, de seguirem com a implantação
dos projetos em processos de autorização nos quais se explicite que o enquadramento da usina no
referido desconto tarifário dependerá de ulterior regulamentação.”

Ante o exposto, VOTO por que seja adotado o acórdão que ora submeto a este Colegiado.

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TCU, Sala das Sessões, em 31 de janeiro de 2024.

BENJAMIN ZYMLER
Relator

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ACÓRDÃO Nº 129/2024 – TCU – Plenário

1. Processo nº TC 017.027/2022-5.
1.1. Apenso: 033.603/2023-5
2. Grupo II – Classe de Assunto: I Embargos de declaração (Representação)
3. Interessados/Responsáveis/Recorrentes:
3.1. Recorrente: Agência Nacional de Energia Elétrica (02.270.669/0001-29).
4. Órgão/Entidade: Agência Nacional de Energia Elétrica.
5. Relator: Ministro Benjamin Zymler
5.1. Relator da deliberação recorrida: Ministro Benjamin Zymler.
6. Representante do Ministério Público: não atuou.
7. Unidade Técnica: Unidade de Auditoria Especializada em Energia Elétrica e Nuclear (AudElétrica).
8. Representação legal: não há

9. Acórdão:
VISTOS, relatados e discutidos estes embargos de declaração opostos pela Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ao Acórdão 2.353/2023-Plenário, prolatado no âmbito de
representação acerca de subsídios concedidos referentes à redução de 50% a ser aplicado à Tarifa de
Uso do Sistema de Transmissão (TUST) e à Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD) para as
fontes incentivadas de empreendimentos com potência entre 30 MW e 300 MW, nos termos do § 1º-A
do art. 26 da Lei 9.427/1996,
ACORDAM os Ministros do Tribunal de Contas da União, reunidos em sessão do
Plenário, ante as razões expostas pelo relator, em:
9.1. conhecer dos embargos de declaração opostos pela Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel) ao Acórdão 2.353/2023-Plenário, com base no art. 287 do Regimento Interno do
Tribunal, para, no mérito, acatá-los, reconhecendo a obscuridade no conteúdo do subitem 9.1.1 daquele
julgado;
9.2. incluir os seguintes subitens ao Acórdão 2.353/2023-Plenário, de forma a sanear-lhe a
obscuridade:
“9.1.1. esclarecer à Aneel que, no cumprimento do subitem 9.1 supra, faz-se possível:
9.1.1.1. autorizar a outorga de projetos manifestamente menores do que 300.000 kW de
potência injetada; e
9.1.1.2. oportunizar aos empreendedores, por sua conta e risco, de seguirem com a
implantação dos projetos em processos de autorização nos quais se explicite que o enquadramento da
usina no referido desconto tarifário dependerá de ulterior regulamentação.”

10. Ata n° 3/2024 – Plenário.


11. Data da Sessão: 31/1/2024 – Ordinária.
12. Código eletrônico para localização na página do TCU na Internet: AC-0129-03/24-P.

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13. Especificação do quórum:


13.1. Ministros presentes: Bruno Dantas (Presidente), Walton Alencar Rodrigues, Benjamin Zymler
(Relator), Augusto Nardes, Aroldo Cedraz, Jorge Oliveira, Antonio Anastasia e Jhonatan de Jesus.
13.2. Ministro-Substituto convocado: Marcos Bemquerer Costa.
13.3. Ministro-Substituto presente: Weder de Oliveira.

(Assinado Eletronicamente) (Assinado Eletronicamente)


BRUNO DANTAS BENJAMIN ZYMLER
Presidente Relator

Fui presente:

(Assinado Eletronicamente)
CRISTINA MACHADO DA COSTA E SILVA
Procuradora-Geral

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