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O legado de Jeorão.

“... e foi-se sem deixar de si saudades...” 2 Cr 21.20

O Legado Legítimo de um Verdadeiro Líder, Paulo. Em contraste com o legado delinquente de


Jeorão.

Imaginemos encontrar em uma lápide a seguinte inscrição: “Aqui jaz Jeorão, rei de Jerusalém.
Foi-se sem deixar de si saudades”. Alguém indagaria sobre suas ações que o levaram a
escrever tão intrigante afirmação. Agora em outro sepulcro está gravado: “Descansa em paz
Paulo o apóstolo dos gentios: - combati o bom combate, completei a carreira e guardei a fé”.
Sem dúvida nenhuma é grande o contraste do legado que os dois líderes deixaram. Vejamo-los
a seguir:

1. O LEGADO DA ATUAÇÃO NO CAMPO DA LIDERANÇA.

Onde Jeorão atuava fazia um rastro de destruição e impiedade. No campo de atuação, os


frutos de sua liderança eram de revoltas (v. 10), idolatria (v. 11), corrupção e morte (v. 13). Um
dos piores líderes que o Reino do Sul já teve! Diferentes de muitos outros reis ruins, que às
vezes começavam bem e terminavam mal; Jeorão nem se quer começou bem e o legado que
deixou foi só de destruição.

Como ministros de Deus não devemos proceder como Jeorão ao chegar em um Campo e
causar destruição; torná-lo um lugar de desconforto, tanto para os membros como para a
sociedade.

Muito diferente foi o legado de Paulo nesse quesito. Ele fazia do cenário ministerial que atuava
um celeiro fértil (Josué Gonçalves, 2011).

Paulo prova sua liderança quando produz Frutos em solo que, a primeira vista, era impossível
até para plantar. Não havia para a liderança de Paulo lugar rui, todo terreno onde Deus o
levasse era sinônimo de colheita abundante. Campo com pouca renda, pouco membros e
desenvolvimento precário; resumindo, campo improdutivo, tem que ser para o obreiro um
desafio de torná-lo “um celeiro de benção”. Ele (Paulo) fazia um verdadeiro celeiro de benção
e deixava um legado de abundancia ao sair. Foi assim em Corinto, Tessalônica, dentre outros.

Podemos citar outros exemplos de líderes na Bíblia, como: Abraão, que fez do tão árido,
Carvalhais de Manre um lugar de promessas (Canaã), recepção de anjos (Gn 18) e lugar onde
havia constantemente a voz de Deus. E o que dizer de José, filho de Jacó, um exímio exemplo
de líder que fazia de seu campo de atuação um celeiro de benção. Em sua casa, rodeado dos
terríveis irmãos, foi o favorito; na casa de Potifar, como escravo, era mordomo e ainda na
prisão foi secretário do carcereiro e tinha regalias... Até que chegou ao topo lideracional –
Governador do Egito.

Caro colega, se você estiver, agora, lendo este artigo e se encontra no mais remoto recôndito
de nosso Brasil, transforme-o em um grande celeiro de benção e faça de sua igreja uma
bandeira arvorada para nossa pastoral cearense. Movimente-a, evangelize – faça missões, não
se limite; faça festas de louvor ao Senhor “E haverá estabilidade nos teus tempos, abundância
de salvação, sabedoria e ciência; e o temor do SENHOR será o seu tesouro” (Is 33.6).

2. O LEGADO DA SUCESSÃO NO CARGO DA LIDERANÇA.

Legado é uma disposição feita em um testamento para benefício de outra pessoa, é


deixar algo, de valor ou não, para outra pessoa, e vem do latim, legatus.

Mas afinal…qual a diferença entre legado e herança?

“Geralmente os pais se orgulham de poder deixar para seus filhos patrimônio ou


estabilidade financeira, o que chamamos de herança, que tem como
característica bens materiais, dinheiro, etc…

Já o legado é um conjunto de princípios que os pais deixam aos seus filhos que
vão nortear o seu comportamento ao longo da vida. Legado, portanto, é algo
intangível, que não se acumula e não se mensura por meio de dinheiro,
quantidade de hectares, ou qualquer outro bem material.”

A Palavra de DEUS diz no Salmo 112:1-2 que “bem-aventurado o homem que


teme ao SENHOR e tem prazer nos Seus Mandamentos. A sua
descendência será poderosa na terra; será abençoada a geração dos justos”.

Compartilho com vocês uma “realidade”, que há muito toca profundamente o


meu coração e creio que esse é o momento apropriado para isso:

O LEGADO DOS SERVOS DE DEUS

Se não houver essa preocupação, em formar pessoas melhores para o amanhã, em deixar um
legado para a seguinte geração – os prejuízos poderão ser assombrosos. Deixar um legado não
é apenas escrever uma lista de princípios e exibi-la na sala de nossas casas, também não basta
com esforçar-se para levar os filhos para a Escola Dominical e jogá-los ao professor, enquanto
nós, pais, líderes e educadores – não fazermos a nossa parte.
Para deixar um legado é necessário viver uma vida de santidade, adquirir autoridade espiritual,
viver em comunhão com o Pai, em submissão ao Filho, caminhando baixo a unção do Espírito
Santo sobre nossas vidas. Não adianta viver ou apenas vestir-nos como igreja, é necessário ser
a “igreja”, participar da vida ativa de um organismo vivo (não somente uma organização) onde
Cristo é a cabeça. Não adianta vivermos como anões na fé, e esperar que nossos filhos
(naturais e filhos na fé) se transformem em gigantes espirituais.

Quando pensamos em herança, imaginamos uma família agitada, reunida em frente à mesa de
um advogado, ansiosa para ouvir que o tio deixou propriedades, dinheiro e um broche que
pertencia à vovó. De fato, “herança” e “desejo” passam de mão em mão. Se você tem
convicção de que seus bens são distribuídos de acordo com seus desejos, certamente você
tem vontade própria. Mas há um legado a ser deixado, mais importante e duradouro que
posses e bens materiais. Na verdade, você não precisa ter morrido para que isso se torne
valioso para eles.

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