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A PROCURA Mateus 13:44-46

A EXPERIENCIA humana universal é de procurar por algo que perdeu-se.


Todos nós “procuramos” essa COISA todos os dias, consciente e inconscientemente, tanto de maneira
voluntaria quanto involuntária. Nesta procura o nosso coração anda inquieto, perturbado, abatido e
doente.
Alma cansada e sobrecarregada; jugo desconfortável e fardo pesado alguns dos sintomas: Excesso de
racionalismo (a mente tornou-se a dona da realidade e da vida do ser) SPA, esforço, medo, confusão
interior, preocupação, frustação, incredulidade, esgotamento de tentar controlar tudo e todos/tentar fazer
o que somente Deus pode fazer. O JUGO do pecado, da culpa, do remorso e do medo da morte, os FARDOS
PESADOS da ansiedade, da angustia, do desespero, do sofrimento, doença, pobreza, opressão e conflitos
familiares, dúvidas, tentações, conflitos e prisões morais.
Essa “COISA” que procuramos descreve relacionamento com Deus. No Éden não havia essa procura pelo
shalon, pois no (paraíso) havia shalon; tudo estava harmonizado. Tudo era muito bom!
Em Gênesis 3. 6,7 e 23 – a “COISA” é perdida. Quando o homem pecou, ele perdeu a “coisa”, o shalon. O
pecado de Adão tomou lugar no tempo e espaço, mudou o curso da história.
A queda e um fenômeno histórico, e algo que marca, e tem uma posição na história, e fatual, aconteceu.
Esse fato é marcado por uma consequência dramática.
As consequências da queda (A queda do homem e seus efeitos): Gênesis 3.16-24, relata as 4 principais
Dimensões da queda: Vs. 10 Ruptura consigo mesmo - Psicológica. Vs. 12 Ruptura com o próximo –
Sociológica. Vs. 17 Ruptura com a criação – Ecológica. O shalon foi despedaçado. E a proclamação por
independência de Deus gerou caos e morte. Mas a maior de todas as tragédias e rupturas da queda foi a
nossa separação de Deus, foi Ele que perdemos. Vs.8,22-24 Ruptura com Deus – Teológica.
Na queda fomos excluídos da Sua graciosa presença. O jardim foi bloqueado. O acesso da árvore da vida,
do Éden foi barrado do homem (Tabernáculo- Templo).
Fomos exilados do jardim para uma terra amaldiçoada e árida.
A partir da queda passamos a viver uma desventura em série. Uma vida sem sentido, uma vida vazia e
confusa. Eclesiastes 1.2; 2.17. Futilidade de futilidades! Tudo é futilidade! Tudo que fazemos e correr atrás
do vento e aguardar a morte. Todo mundo sabe que existe algo quebrado neste mundo.
Na queda nasce dento de nós a INSATISFAÇÃO.
Não é a pobreza, mas a insatisfação que torna um homem infeliz. Mathew Herry
Esse é o grande mau que antigiu os filhos de Adão, e que procuramos satisfação e contentamento naquilo
que é transitório e passageiro, naquilo que é fútil (sentidos). Nossos anseios, desejos e cobiças e ambições
se limita a essa vida (1 Coríntios 15.19). Todos, sem excessão seguimos o exemplo da nossa mãe Eva,
somos atraídos por esses mesmo meios e formas (Gênesis 3.6; 1 João 2.16,17).
E de fato Gênesis 3.6, quando a mulher descreve a árvore, existiam 3 formas que ela queria ser
independente de Deus. A 1ª forma era um anseio (clamor) por prazer. Meu prazer, meu apetite satisfeito. A
2ª forma o anseio (clamor) por cobiça. Eu vou ter o que quero independente do que Deus pensa. O 3ª
anseio (clamor) orgulhoso.
Boa para se comer – Sensualidade da carne.
Agradável aos olhos – Cobiça dos olhos.
Desejável para dar entendimento – Soberba da vida.
Essas são também as 3 formas que somos tentados a agir de forma independentes de Deus. A essência do
pecado então e a seguinte: e qualquer anseio dentro de nós que diz Deus eu não preciso de você, eu sei
melhor como devo viver; eu sei onde o bem é encontrado; eu não vou depender de você por aquilo que
você diz e prover.
O que tem nunca é o bastante, o suficiente. Ainda falta algo ou, melhor tudo.
João 4. 10-14; 6.35
Todas as coisas terrenas são como águas salgadas, fazem aumentar a sede, mas não satisfazem.
Richard Silbes. A água do mundo jamais trará satisfação!
Na queda nasce a cultura (filosofia) hedonista (435-335 a.C.), epicurismo, utilitarismo, consumismo,
estoicismo e todos os “ismos” que possa existem. Esses “ismos”, essas culturas e filosofias são produtos da
queda.
Fomos infectados pela síndrome da felicidade fantasiosa.
C. S Lewis diz “Se encontro em mim mesmo um desejo que nenhuma experiência ou prazer desse mundo
pode satisfazer. Eu só posso concluir que: Eu não fui feito para esse lugar!”
Temos no coração um buraco com o formato de shalon, e não importa o que jogamos nele, jamais
conseguiremos preenchê-lo a não ser com shalon (é como as coisas deveria ser).
A queda não destruiu o nosso ser, nem nos tirou os movimentos, os sentidos.
A vida existe, a sangue correndo em nossas veias.
A queda é, portanto, a mudança de um estado superior, para um estado inferior.
Antes e Depois da queda.
No estado superior o ser humano não está impedido de realizar seu fim supremo e principal: “Glorificar a
Deus, e goza-lo para sempre”. Esse estado superior e um estado de liberdade, todas as coisas, todo o lugar
funcionava como uma maquina bem lubrificada pela alegria e perfeição do Senhor (Gênesis 1.31).
Satisfação plena!
No estado inferior, o ser humano foi impedido de realizar seu fim supremo e principal, pois está privado da
comunhão com Deus, debaixo de maldição, de modo que somos por natureza filhos da ira, escravos de
Satanás, do mundo, da carne (Efésios 2.2,3).
Existem 2 realidades, 2 contrastes que nós vivemos A/Q e D/Q. Os homens vivencia esse drama, essa
tensão. O drama da queda somos atores.
Somos amaldiçoados. Estamos gemendo (Romanos 8.22,23), assim como a criação. A dor é maior que
todos nós.
Não há saída possível, não há solução, não há esperança (Lucas 1.37).
Gênesis 3.15, Mas Deus provém uma saída, uma solução. Uma esperança maior que todos nos. A
promessa sublime e sobrenatural (Proto - Evangelho).
O Evangelho é o trabalho de Deus para restaurar o shalonORIGINAL perdido no Éden.
Deus fez, Deus faz, Deus fará.
Deus nos conduzira por meio da redenção ao estado original/superior.
Em Adão, todos nós nascemos em pecado, temos a Imagem Desfigurada.
Em Cristo, o 2° Adão, todos que cremos, estamos sendo redimidos do pecado, com a nossa Imagem sendo
Restaurada.
E naquele DIA, onde todos nós os que cremos, seremos Glorificados, com a Imagem Perfeita/Original (1
João 3.2)
A “COISA” perdida, o verdadeiro shalon não é um determinado dia, não é um lugar, uma terra, a “COISA” é
uma pessoa: JESUS CRISTO!
O Senhor Jesus é a “COISA” que todos procuram, e somente alguns encontrar.
Voltemos a parábola do tesouro escondido e da pérola de grande valor. Para interpretar a parábola, o
leitor não tem que buscar um significado para a figura do homem, do campo ou do ato de esconder o
tesouro. A parábola foi contada para que os ouvintes de Jesus refletissem se estavam dispostos a abrir mão
de tudo, para poder alcançar o reino dos céus! Em lugar de apresentar um mandamento: ‘Vai e vende
tudo…’, Jesus apresentou uma parábola, que fizesse os seus ouvintes considerarem se estavam dispostos a
abrir mão de tudo o que possuíam, para alcançar o reino dos céus.

Igualmente, ocorre com a parábola do negociante, que saiu em busca de boas pérolas. O leitor não tem
que atribuir significado ao homem negociante ou, ao fato de ter encontrado uma pérola de grande valor. O
objetivo da parábola é destacar se os ouvintes de Jesus estavam dispostos a cumprirem a ordem de
Cristo: “Vai, vende tudo quanto tens e dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu; vem, toma a cruz e
segue-me” (Mc 10:21).

Superficialmente, pode parecer que não há muito acontecendo na segunda parábola que já não tenha sido
afirmado de forma mais clara na primeira. Em ambas, quem procura VENDE TUDO o que tem para ganhar
o prêmio, mas há uma VIRADA na parábola da pérola. Há uma irracionalidade na ação do mercador que
requer consideração. O mercador não vende tudo a fim de obter algo de maior valor, como na parábola
anterior. Pelo contrário, o mercador vende tudo —incluindo (presumivelmente) seu inventário de pérolas
existente— para comprar uma única pérola. Isso simplesmente não é um bom negócio. Suas ações
demonstram que ele não está no negócio de pérolas pelo dinheiro; está nisso pelas pérolas e agora
encontrou “A Pérola”. Ele não é realmente um mercador, mas um colecionador de pérolas e possuir essa
pérola é possuir a única pérola que tem importância. Porque o mercador vendeu tudo (até a sua casa?)
para se tornar o dono de uma única pérola? Pelo amor dessa pérola. Novamente, pela alegria. Essa é a
virada da segunda parábola; ironicamente, o mercador aparentemente é menos motivado financeiramente
que o trabalhador no campo, porque o mercador sacrifica tudo não pela esperança de uma renda maior,
mas pela simples alegria de possuir a pérola. Essa é a MOTIVAÇÃO do Evangelho. Considerando que
‘amar’ a Cristo nas Escrituras, não diz de sentimento, mas, de honra, obediência, temor e serviço.
Essas parábolas, portanto, nos chamam a considerar nosso amor pelo Rei e pelo reino. Com o tesouro,
Jesus nos pede para reimaginar o que nós valorizamos. Estamos julgando corretamente quando se trata das
coisas deste mundo edo próximo? Será que sacrificariam todos os bens mundanos para obter algo
infinitamente melhor? Então, com a pérola, Ele nos faz uma pergunta ainda mais difícil: Esse sacrifício é
verdadeiramente pelo amor puro ao Rei e o reino? O tesouro sonda nossa visão e valores: consideramos
que o Rei e o reino é mais? Mas a pérola nos sonda ainda mais profundamente dentro de nosso coração e
vontade: consideramos que o reino é tudo?
“E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu
Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas e as considero como escória, para que possa ganhar a
Cristo” (Fl 3:8).

Quais foram as ‘coisas’ que o apóstolo Paulo se desfez (vendeu) para ganhar a Cristo? Temos uma lista:

“Circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; segundo a lei, fui
fariseu; segundo o zelo, perseguidor da igreja, segundo a justiça que há na lei, irrepreensível” (Fl 3:5-6).

As ‘coisas’ enumeradas pelo apóstolo Paulo era tidas por ‘vantagens’, ‘ganho’:

“Mas o que para mim era ganho, reputei-o perda por Cristo” (Fl 3:7).

O apóstolo Paulo não honrou pai e mãe mais que a Cristo, pois quando se converteu, não consultou os seus
concidadãos (carne e nem sangue) se deveria anunciar o evangelho aos gentios, mas partiu para a Arábia: “Revelar
seu Filho em mim, para que o pregasse entre os gentios, não consultei a carne nem o sangue” (Gl 1:16).

Quem quiser seguir a Cristo, primeiro tem de abrir mão de tudo:

“E aconteceu que, indo eles pelo caminho, lhe disse um: Senhor, seguir-te-ei para onde quer que fores. E disse-lhe
Jesus: As raposas têm covis e as aves do céu, ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça. E disse
a outro: Segue-me. Mas, ele respondeu: SENHOR, deixa que primeiro eu vá a enterrar meu pai. Mas Jesus lhe
observou: Deixa aos mortos o enterrar os seus mortos; porém tu vai e anuncia o reino de Deus. Disse também outro:
Senhor, eu te seguirei, mas deixa-me despedir primeiro dos que estão em minha casa. E Jesus lhe disse: Ninguém,
que lança mão do arado e olha para trás, é apto para o reino de Deus” (Lc 9:57-62).

Alguns discípulos, quando foram convocados por Cristo, haviam acabado de pescar muitíssimos peixes (encheram
dois barcos que, quase foram a pique), uma riqueza de valor considerável para pescadores da época (Lc 5:7). Simão
Pedro, Tiago e João deixaram tudo e seguiram a Jesus (Lc 5:11). O jovem rico, por sua vez, não quis abrir mão do que
possuía! (Lc 18:22).

Por que era necessário aos ouvintes de Jesus, abrirem mão de tudo, para adquirirem um tesouro nos céus? A
resposta é simples: “Porque, onde estiver o vosso tesouro, ali estará, também, o vosso coração” (Lc 12:34; Mt 6:21).

“Ou Deus é tudo na sua vida ou Ele não e nada” Paul Washer

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