Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Folha d e rosto
Conteúd o
d ireito autoral
Outros livros d e G. Bailey
Mapa
Descrição
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Epílogo
Posfácio
Leitura bônus d e H erd eiro d e Monstros
Leitura bônus d e H erd eiro d e Monstros
Leitura bônus d e H erd eiro d e Monstros
Brasas Perdidas
SÉRIE FALL MOUNTAIN SHIFTERS LIVRO OITO
G. BAILEY
Conteúdo
Outros livros d e G. Bailey
Mapa
Descrição
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Ep ílogo
Posfácio
Leitura bônus d e H erd eiro d e Monstros
Leitura bônus d e H erd eiro d e Monstros
Leitura bônus d e H erd eiro d e Monstros
Brasas perd id as © 2022 G. Bailey
Esta é um a obra d e ficção. N om es, personagens, lugares e incid entes são prod utos d a im aginação d o autor ou são
usad os d e form a fictícia. Qualquer sem elhança com pessoas reais, vivas ou m ortas, negócios, em presas, eventos ou
locais é m era coincid ência e form ad a pela im aginação d este autor. N enhum a parte d este livro pod e ser reprod uzid a
ou usad a d e qualquer m aneira sem a perm issão expressa por escrito d o editor, exceto para o uso d e breves citações
em um a resenha d o livro.
Este livro foi escrito em inglês britânico, portanto, algum as grafias pod em ser d iferentes.
Meu m und o está d esm oronand o, m eu povo precisa d a m inha ajud a e tenho que d eter
Araw n antes que ele d estrua m eus com panheiros e d epois m eu m und o.
Este é um rom ance com pleto d e harém reverso cheio d e m achos alfa sensuais, cenas
quentes, um a heroína forte e m uito sarcasm o. Destinad o a m aiores d e 18 leitores.
Últim o livro d a série.
Prólogo
R
Passand o os d ed os pelos cabelos m acios, enrolo um a ponta sed osa em volta do
d ed o ind icad or enquanto observo tod os os m eus hom ens. Meus d ragões. Às vezes
esqueço que os criei com m eus pod eres, especialm ente quand o eles são m uito m ais
d o que jam ais sonhei qu e pod eriam ser. Suas belas form as d e d ragão rivalizam
com a beleza d e suas form as m asculinas, d ad as a eles pelo fogo. N unca esperei que eles
fossem tão pod erosos quanto são, ou pelo m enos alguns d eles. N em tod os foram
criad os iguais. Eu observo o ringue d e sparring enquanto Draycian e Araw n são
testad os um contra o outro. O pod eroso choque d e seus pod eres é com o assistir a noite
lutar contra o d ia no ú ltim o m inuto neste m und o. Fogo crepitante e escurid ão sem fim
batend o uns contra os outros continuam ente.
É im pressionante observar a exibição, e m uitos d os m eus hom ens pararam para
assistir. Ad m irar seu pod er e esperar que um d ia sejam com o eles. Mas eles não vão.
Araw n nasceu na parte m ais escura d as cham as, ond e m inha m agia não d everia ter
tocad o, e Draycian era o oposto. N ascid o d a parte m ais leve d a cham a, em algum lugar
que eu não sabia que m inha m agia pod eria alcançar m esm o qu e tentasse. Draycian
nunca ced eu à escurid ão porque ele é a luz d a cham a. A luz sem pre vence as trevas, e as
cham as respond em a ele com o se ele fosse seu rei. Suas cham as nascem para a vid a ao
seu red or, abraçand o sua alm a até que não haja d iferença entre ele e elas. Cham as
furiosas e ard entes que rugem m ais alto que um d ragão. A escurid ão envolve Araw n, e
eu senti isso d esd e o m om ento em que ele foi criad o. Descobri que ele era d iferente, que
os d ois eram d iferentes. Eu d everia ter m atad o Araw n e saud ad o Draycian com o nosso
rei. Parte d e m im sem pre sabe que eu d everia ter m atado Araw n im ed iatam ente
quand o ele nasceu tão d iferente d aqu elas cham as. Ele é um a escu rid ão neste m und o,
m as talvez Draycian não pud esse ter sid o criad o sem sua contraparte. Afinal, é preciso
conhecer a escurid ão p ara conhecer a luz.
Am bos vieram a este m und o para m ud á-lo. Acred ito que m inha m agia e
julgam ento, m esm o send o um a d eusa, nunca vão m ud ar isso. Qu ero d ar a Araw n a
chance d e ver se ele pod e m ud ar este m und o para m elhor e d iferir d aquele em que
nasceu. N em tod os os d euses são criad os d a m esm a m aneira; alguns são criad os em
suas experiências.
Levanto-m e, m eu vestid o esvoaça ao m eu red or e m eus pés afund am na areia
quente. Pego a lid erança d a m inha criatura e congelo. Um a presença não natural m e
envolve, bloqueand o o m und o até que não haja nad a além d e um lugar vazio e frio ao
m eu red or que conheço tão bem . N ão posso m e m achu car aqui, m as m eu coração bate
m ais rápid o m esm o assim .
O ar frio transform a m inha respiração em gelo, e m eus olhos se fecham logo antes
d o fogo explod ir do m eu corpo em tod as as d ireções e m eus p od eres assum irem o
controle enquanto eu m e torno um recipiente para eles.
Quand o abro os olhos, estou flutuand o no ar olhand o para um a celebração enorm e e
alegre realizad a na sala d o m eu trono. N a frente d a sala, em tronos que nunca vi antes,
está Draycian e um a m ulher que já vi um a vez em m inhas v isões. Ela é lind a, jovem e
pod erosa. Um a loba nascid a, m as um a rainha d ragão em todos os sentid os. Um a d eusa
renovad a, algo que o m und o nunca viu antes e que precisará acabar com tod as as
guerras e trazer a paz. Sinto que ela é um grand e presente para sua m ãe por seus
sacrifícios no m und o. Os d ois sentam -se m ajestosam ente no trono, com outros d ois
hom ens ao seu lad o, envoltos em escurid ão. N ão consigo vê-los, m as sinto que estão
ligad os à nova rainha pelo acasalam ento. Sua coroa é um a m istura d e brasas, ch am as e
cristais brilhantes d e um verm elho profund o, e brilha intensam ente enquanto a vejo
sorrir e rir antes d e colocar sua m ão em cim a d a d e Draycian. O am or que brilha em
seus olhos quand o ele se vira para ela aquece m eu coração. Este é seu com panheiro.
De repente, a visão se d issolve, d esaparecend o em outra realidad e, m uito m ais
som bria, e em vez d e sentir paz, sinto tristeza. H orror frio e m orto se espalhand o pelo
m und o.
Um a realid ad e gêm ea.
Araw n se senta em u m novo trono, com a fêm ea a seus pés, d e jo elhos e am arrad a a
ele. Ele é rei e o m und o perd eu. Draycian está m orto aqui e m uita coisa foi perd id a. A
fêm ea vira a cabeça e olha para o outro lad o d a sala, seus olhos com pletam ente pretos e
não m ais verd es com o um a floresta.
Ela não está realm ente aqui. N ão m ais, m as apenas um a concha.
Tud o d epend e d essa fêm ea. Ela tem que vencer; ela tem que lutar, e Araw n d eve
m orrer em suas m ãos.
Eu saio d a visão com um a m ald ição, caind o no chão, e m inha criatura se enrola em
m eu peito, ronronand o levem ente enquanto passo m inha m ão por seu pelo preto
escuro.
“Devem os salvá-la.”
Olho para o par d e sparring.
Um trará a paz e o outro d estruirá a todos nós.
Capítulo
Um
Isso d ói.
Dois
O vento forte d a tem pestad e acim a rasga o que sobrou d as m inhas roupas
T encharcad as d e sangu e e atinge m eus olhos, tornand o m ais d ifícil ver exatam ente
para ond e estou voand o e ter certeza d e não bater em um pobre pássaro
inconsciente. Sinto cad a ped aço d e areia, ped ras e gram a que sopra em m im
enquanto olho para as tem pestad es estrondosas acim a. Um estrond o alto ecoa d eles
enquanto continuo, m e perguntand o se d everia m e transform ar em m eu lobo e correr o
resto d o cam inho.
Continuo voand o, sabend o que estou m ais seguro aqui enquanto sobrevoo um
pequeno lago, vend o um reflexo d e m im m esm o que faz m eu coração d isparar. Pareço
um a estrela d e luz branca atravessand o o céu negro. Meu cabelo quase parece ter um a
bord a branca, ilum inad o por cham as e com binand o com m inhas enorm es asas. Desvio o
olhar e m ergulho sobre um a pequena floresta, finalm ente vend o a cid ad e inteira logo
abaixo d e um a colina. O Pacote d e Montanha d e Outono.
Minha m ãe está em casa. Meu tam bém .
Varro e caio na colina, a gram a fria sob m eus pés enq uanto as tem pestad es acim a
rugem m ais u m a vez, am eaçand o cair sobre m im . Faço d esaparecer m inhas asas ao
olhar a cid ad e, pois não preciso d e m uitas perguntas d e quem vai m e ver prim eiro. Eu
só preciso entrar e ver m inha m ãe para fazer um plano sólid o para salvar m eus
com panheiros, m atar Araw n e trazer paz ao m und o. Sem pressão.
Meu peito fica apertad o só d e pensar em m eus com panheiros, e eu os em purro para
o fund o d a m inha m ente só para não cair de joelhos. Preciso ter certeza d e que Araw n
não saiba que estou d e volta e não posso ficar aqui o d ia tod o. Mnem osyne m e d isse
para ir prim eiro à cid ad e d as bruxas para encontrar Devika, e eu confio na d eusa.
Afinal, ela m e salvou. Olho para a cid ad e escura e congelo, percebend o que há um a
proteção cintilante d e m agia ao red or d ela. Mesm o agora, não consigo vê-lo, a m enos
que m e concentre, m as sei que está lá, e se estend e pelos lim ites d a cid ad e para form ar
um a cúp ula gigante. N ão é a única coisa que protege a cid ad e. Anjos voam em
form ações ao red or d a cúp ula, e o chão está repleto d e patrulhas d e lobos, tanto
m etam orfos quanto não, com suas arm ad uras brilhand o na noite. Relâm pagos brilham
acim a d e m im enquanto os observo, e m e pergunto por um segund o com o vou passar
por eles.
Fod a-se.
Estou entrand o. And o pelo chão em d ireção aos lobos, um grupo d e cinco d eles
passand o por perto e, conform e m eu cheiro é levad o pelo vento, eles rapid am ente
voltam seus olhos para m im . Eu m e preparo, sabend o que eles não vão apenas confiar
em m im e m e d eixar entrar, e nenhum d eles vai m e reconhecer. Os lobos atacam -m e,
um enorm e lobo m arrom na frente assu m ind o a lid erança e rosnand o para m im
enquanto eu lanço um a pared e d e fogo entre nós em alerta. O lobo rosna, cravand o as
patas no chão enquanto os outros circulam ao m eu red or.
Eu rosno d e volta e me preparo para m ud ar logo antes d e um anjo d escer e pousar
na m inha frente com um a lança apontad a para m inha garganta. Mais três pousam ao
m eu red or, suas lanças afiad as a centím etros d e m inhas costelas, d e cad a lad o d e m im .
Os lobos continuam a m e cercar enquanto o lobo m arrom se transform a em um belo
m acho com cabelo castanho encaracolad o e olhos azuis.
Eu lentam ente levanto m inhas m ãos no ar. “N ão estou aqui para prejud icar
ninguém . Meu nom e é Serend ipity Fall e seu alfa vai querer m e ver.”
"Mentiroso. Ela está morta!" o lobo m acho rosna para m im . “Ela já existe há m uito
tem po. Com o você ousa vir aqui e fingir ser nossa princesa? Você vai m orrer,
pretend ente.
“Eu sou ela,” respond o com um rosnad o baixo e am eaçad or. “E você não vai falar
com igo d esse jeito.”
Ele faz um a pausa por um m inuto enquanto d eixo aquela parte m ais profund a d e
m im assum ir o controle, aquela parte alfa d e m im que não d eixa um lobo fraco gritar
com igo e am eaçar m inha vid a. Seus olhos se arregalam e um gem id o escapa d e sua
garganta enquanto ele recua. Os outros lobos fogem d e m im com pletam ente. O anjo,
totalm ente apaixonad o, não se m ove nem d iz um a palavra.
Olho para o anjo à m inha frente, só conseguind o ver seus olhos azuis d entro d o
capacete. “Eu sou um lobo e faço fogo. Quem m ais faz isso além d e Serend ipity Fall?
Tam bém conhecid o com o eu.
“Pod e ser um truque d as bruxas”, respond e outro anjo, cutucand o-m e um pouco
com a lança.
“Eles estão sem pre pregand o peças para tentar ultrapassar nossas d efesas.”
O lobo, que aind a está choram ingand o, coaxa: “Ela nasceu alfa. Deixe os alfas vê-la.”
“N ão se ela for um a am eaça”, afirm a o anjo na m inha frente.
“Abaixem suas arm as. AGORA!" O com ando vem d e um a voz profund a que, por
algum m otivo, parece fam iliar, com o se eu tivesse ouvid o isso em m eu s sonhos, m as
realm ente não soubesse. Os anjos im ed iatam ente abaixam suas arm as e se afastam
enquanto observo um anjo passar por eles até m im . Ele é m ais velho que eu, suas asas
são pretas e bem d obrad as atrás d ele, e ele é alto. Olho seus om bros com a lem brança
estranha e fugaz d e alguém m e segurand o nos om bros, corrend o pela praia para pegar
um a bola.
Seus olhos escuros estão arregalados e cheios d e tanta em oção que não sei o que
d izer enquanto ele pisca algum as vezes, com lágrim as enchend o seus olhos. Ele
lentam ente fica na m inha frente e coloca as m ãos trêm ulas em m eus om bros. “É você
m esm o, Dip ?”
"Sim . Quem é você?" Eu questiono.
“Meu nom e é N iall, e cuid ei d e você por um tem po para sua m ãe. Você era apenas
um bebê naquela época, um a criança pequ ena quand o partiu, e sem pre quis vê-lo
novam ente. Achei que você estava m orto”, ele resm unga, e agora m e lem bro d ele. Ele
m e enviou algum as cartas ao longo d os anos, e m am ãe sem pre d isse que ele era um pai
para ela.
“É bom finalm ente d ar um a cara ao nom e”, d igo suavem ente. “Mas não tem os
tem po para conversar agora. Preciso ver m inha m ãe e os alfas. Im ed iatam ente."
E espero que N akoa. Ele foi jogad o d e volta pelo portal e talvez ainda esteja aqui.
Tenho um a sensação d esagrad ável d e que ele não está e, d e q ualquer m aneira, não
consigo senti-lo perto d e m im . N enhu m d os m eus am igos está por perto.
“Claro”, ele respond e rapid am ente. “Mai... bem , ela precisa ver você tam bém . Ela
nunca d eixou d e acred itar que você estava vivo. N enhum d e nós fez isso.”
Meu coração aperta e estend o a m ão, pegand o a m ão d ele. “Estou feliz por estar d e
volta.”
Ele sorri com isso. “Você se im porta se eu levar você para a cid ad e? Será m ais
rápid o.”
“Eu posso voar sozinho. Eu estava preocupad o em voar para aquele escud o
m ágico”, ad m ito, olhand o por cim a d o om bro d ele.
"Você pod e ver isso?" ele reflete. “Poucos conseguem . Foi feito para ser invisível e
não vai m achucar você. Contanto que você não pretend a prejud icar os alfas, você pod e
passar facilm ente.”
“Perfeito então,” eu d igo enquanto solto m inhas asas, as pontas d e fogo se
espalhand o atrás d e m im e brasas brancas voand o ao vento. Os anjos e lobos com eçam a
ofegar e um d eles cai d e joelhos, rezand o para m im .
N iall não parece surpreso e arqueio um a sobr ancelha para ele. “Você sem pre foi a
pessoa m ais pod erosa que já conheci. Mesm o quand o criança. Agora você sim plesm ente
tem um a aparência ad equad a.
Eu concord o. “Você pod e m e contar m ais sobre isso m ais tard e.”
Sem esperar por ele, subo para o céu e im ed ia tam ente relaxo com a sensação d e voar
em m eu fogo. Com o é natural e fácil. Ele ri abaixo d e m im , sua risad a profund a
ecoand o antes d e m e seguir. Entro na cid ad e, passand o d ireto pela barreira, em poucos
m inutos. Sinto isso pressionand o m inha m ente por um segund o para saber que m inhas
intenções são puras, e isso facilm ente m e d eixa passar. A cid ad e abaixo d e m im parece
ganhar vid a, e m uitos levantam a cabeça para olhar para m im enquanto eu d eslizo
sobre eles. Para eles, d evo parecer um a d eusa... e sou um a. Vou salvá-los e trazer paz a
este m und o antes d e d eixá-lo. Custe o que cu star. Gritos vêm d e baixo, um a m istura d e
“A princesa perd id a está d e volta” e “A Rainha Dragão voltou ”.
Tod os pensaram que eu estava m orto, e nem tenho certeza se não estava por um
tem po. Preciso d escobrir quanto tem po exatam ente fiquei naquele lugar. Dias? H oras?
N ão tenho a m enor ideia, m as as coisas parecem m uito d iferentes para que tenham
se passad o horas. Voo d ireto em d ireção ao castelo, seguind o o rio antes d e passar pelos
portões altos e d epois pela floresta. Quand o o pátio surge, quase suspiro d e alívio ao
pousar nele. As cham as nas luzes ao red or d o pátio m e cham am em um su ssurro,
prom etend o-m e que estou sob seu com and o, se assim o d esejar.
É com o se as próprias cham as respond essem a m im agora. Vantagens d e ser um a
d eusa d as cham as.
N iall pousa ao m eu lad o, balançand o a cabeça um a vez. “Você é m ais rápid o que eu.
Incrível."
Eu sorrio assim que ouço u m a porta se abrir logo antes d e ver m inha m ãe saind o
corrend o. Ela parece ter perd id o peso com suas roupas pretas ju stas e parece m uito
cansad a. Mas seus olhos brilham m ais d o que qualquer estrela quand o ela m e vê, e um
soluço escapa d e sua garganta.
“Olá, m am ãe,” eu su ssurro suavem ente, m inha garganta apertad a.
Ela cai d e joelhos e chora em suas m ãos. Corro pelo pátio, m inhas asas d esaparecem ,
e caio d e joelhos na frente d ela, envolvend o m eus braços em volta d ela enquanto ela m e
abraça d e volta com força.
“Você é real. Você não se foi. Você não está m orto”, ela repete sem parar.
“Estou aqui”, sussurro em seu cabelo, respirand o seu cheiro e tentand o não chorar.
N ós nos abraçam os por um longo tem po, e eu d eixo, sabend o que ela precisa d isso. Ela
precisa d e m im . Sinto a presença d e seus com panheiros por perto, m as eles não
interrom pem , m esm o quand o olho por cim a d o om bro para eles e vejo o alívio em tod os
os seus olhos. E o am or.
Eles sem pre foram os pais que eu precisava. Espero que eles vejam isso, porque eu
vejo.
Mam ãe beija o lad o d a m inha cabeça e d epois m inha testa e d epois m inha bochecha
antes d e olhar nos m eus olhos. "Você é d iferente. Mais pod eroso... você se sente com o
um ...
“Deusa”, term ino a frase e seus olhos se arregalam .
Ela aind a olha para m im com o se não pud esse acred itar que estou aqui. N ão consigo
im aginar com o é perder um filho, m as vê-la sofrend o é d e partir o coração. "Bom . Eu
não m e im porto com o você está d e volta. Só que você é. Você precisa m e contar tud o.
“Acho que você precisa m e contar m uito tam bém . N akoa está aqui? Eu questiono, e
ela balança a cabeça, m eu coração afund and o. Engulo em seco e ela m e ajud a a levantar,
agarrand o m inha m ão. "Ond e ele está?"
“N este m om ento, você precisa nos d izer ond e esteve?” Silas interrom pe. “Porque
você d esapareceu e Araw n alegou ter m atad o você. Reine está procurand o por você nas
cid ad es, pois acred ita que você está em algum lugar. Tem os lobos em tod as as cid ad es,
procurand o.”
“Aquele bastard o certam ente tentou m e m atar,” eu m ord o. Faíscas brancas brilh am
em m inha raiva. “E qu and o eu o encontrar, vou m atá-lo.”
"Bom . N ós ajud arem os”, Silas rosna concord and o.
De repente, um pacote atravessa os alfas, e m eu irm ão bate em m im , m e envolvend o
em seus braços enorm es, m e apertand o com força a ponto d e d oer. “Você cresceu
tanto!” Eu d igo a ele.
“Treinam ento”, ele respond e com um resm ungo. “E eu sabia que você não estava
m orto. Os d euses nos d isseram que você voltaria.”
“Com o você sabe o que os d euses d izem ?” Eu pergunto, arqueand o um a
sobrancelha para ele.
Suas bochechas ficam verm elhas. “Eu não nasci im potente, m ana.”
Eu bagunço seu cabelo, o que o d eixa aind a m ais verm elho, e ele m e afasta um
pouco antes que Ragnar o puxe d e volta, e m am ãe sorri para m im , com os olhos
confusos e cheios d e p erguntas.
“Talvez d evêssem os reunir tod os, então eu só terei que explicar tud o um a vez?” Eu
sugiro.
Mam ãe concord a com a cabeça. “Sim , você está com fom e? Eu gostaria d e
provid enciar para você um banho, um a visita ao curand eiro, um pouco d e com id a e
roupas novas antes d e term os um a longa conversa.”
“Estou m orrend o d e fom e”, ad m ito, sem perceber até que ela d isse com id a. “E tenho
certeza que estou cheirand o m al.”
“Eu não m e im porto,” ela brinca, passand o o braço em volta d e m im e m e levand o
para d entro d o castelo. “Você aind a está u sand o as m esm as roupas que eu vi você pela
últim a vez, há m ais d e um ano.”
Faço um a pausa no m eio d o passo, sentind o frio por d entro. "Faz um ano?"
"Sim ." Ela franze a testa. “Com o você não sabia d isso?”
“N ão pareceu um ano para m im ... m as pode ter sid o,” eu sussurro. “Deuses, um
ano. Meus am igos estão lá fora, em perigo, há um ano.”
Ela m e abraça com força ao seu lad o. “Eles são fortes e não podem estar m ortos.
Você saberia.
“Araw n não os m ataria aind a. Ele passaria séculos torturand o -os prim eiro,” eu
sussurro com horror. “Eu preciso salvá-los.”
“E você vai. Quand o você tiver com id o e d escansad o,” ela m e d iz firm em ente com
seu tom d e m ãe, que significa que não, não é algo que ela aceitará. “Algum as horas não
farão d iferença no m om ento.”
Meus om bros caem e eu a d eixo assum ir o controle, lid erand o o cam inho para seu
quarto. Depois d e com er um a com id a d eliciosa para um m ês, tom o banho e m am ãe
escova m eu cabelo antes d e trançá-lo. Visto-m e com as roupas que ela d eixou d e fora e
prend o d uas ad agas m ágicas, sem d úvid a presentes d e Valentine, nas tiras d as m inhas
coxas.
Paro para m e olhar no espelho, notand o as m echas brancas em m eu cabelo loiro, o
brilho que irrad ia sobre m inha pele e as pontas d as m inhas m arcas d e acasalam ento
aparecend o no couro preto. Toco m eu colar, esfregand o o d ed o sobre o rubi e pensand o
em N akoa m e d and o isso antes d e m e beijar. Quase posso sentir seus lábios contra os
m eu s até olhar em volta e ver que aind a estou sozinha. End ireito as costas e vou até a
porta, ond e m inha m ãe está esperand o e m e oferece a m ão. Segurand o m inha m ão, ela
m e leva até um a sala privad a que está cheia d a m inha fam ília. Phim , Breelyn, Callahan
e os alfas ocupam a m aior parte dos sofás, e N iall está encostad o na pared e. Tod os se
viram para m e observar enquanto entro e fico em frente à lareira, com os braços
cruzad os. Mam ãe está sentad a no m eio d os alfas, m eio no colo d e Valentim .
“Os d euses lobos estão m ortos e Araw n m e usou para m atá-los e roubar seu pod er”,
com eço, e m am ãe fica pálid a quand o conto tud o a eles. Ficam os tod os em silêncio
enquanto m e sento ao lad o d e m inha tia Phim , que coloca a m ão em m eu braço e aperta
um a vez.
“Você é um a nova d eusa. Um a d eusa d a cham a”, reflete Breelyn.
Eu sorrio com força. “Com bina bem com m eus outros títulos. Com o a rainha
d ragão.”
“Você consegue vencer Araw n?” H end erson pergunta. “Levam os m uitos anos para
treinar nossos pod eres, e Araw n teve m ais tem po que você.”
“Ele está certo”, d iz m am ãe. “Ter pod er não significa nad a se você não pud er
controlá-lo.”
“Eu posso controlar isso”, d igo a eles. “É com o se o pod er fizesse parte d e m im e
respond esse a m im .”
“Talvez seja d iferente porque você é um a d eusa, enquanto estam os conectad os a eles
por nossas alm as”, sugere Ragnar.
“Tenho a sensação d e que posso m e conectar com o lad o claro d as cham as, e Araw n
ficou com o lad o m ais som brio”, d igo, “m as som os iguais em term os d e pod er. Eu só
preciso ser m ais esperto que ele.”
“Com o você planeja fazer isso?” Silas questiona.
“Diga-m e o que aconteceu com o m und o d esd e que parti”, pergunto.
H end erson lim pa a garganta. “As bruxas dom inaram tod as as terras am ericanas,
transform aram os hum anos em seus escravos e construíram um exército incrível
praticam ente d a noite para o d ia. A sua capital no norte expand iu -se. Araw n e Sallette
se d eclararam os novos rei e rainha d as bruxas. N ão estam os em paz com eles, m as eles
não nos atacam m ais d iretam ente porque...
H end erson faz u m a pausa e m am ãe continua. “Por causa d e seu povo ser altruísta e
corajoso. Araw n estava nos atacand o e não estávamos preparad os. Ele queria os
d ragões, todos os d ragões d a cid ad e, e p ouparia m ilhares d e lobos inocentes que
capturou.”
H á um a tristeza em sua voz que atravessa m eu peito com o um a faca. “Então eles
voaram para fora d a cid ad e, m esm o quand o lhes d issem os não. Eles se entregaram ,
cad a d ragão. N akoa foi o prim eiro a sair, seguid o por Apollon.”
“Perto d as fogueiras,” eu sussurro.
“Ele os pegou... não antes d e abater os lobos que ele jurou d eixar ir”, d iz m am ãe
com um grunhid o triste. “Ele é um m entiroso, e a m agia antiga o fará pagar pelo que
fez.”
Mordo os d entes, sabend o que esta não será a única coisa que ele fará d esd e que
parti.
“Ele provavelm ente m atou todo o m eu povo. Ele queria isso.
“N ão tivem os notícias d a cid ad e d esd e ou tubro, quand o nosso espião ficou em
silêncio”, Ragnar m e d iz suavem ente. “N esse ponto, eles estavam vivos.”
Tenho a sensação d e que eles não estão m e d izend o nad a, m as isso não im porta.
Verei por m im m esm o em breve.
“Eu tenho um plano e precisam os d e ajud a. Preciso entrar na cid ad e d as bruxas para
encontrar Devika”, afirm o.
"Porque ela?" Mam ãe pergunta.
Eu concord o. “É um a longa história, m as preciso encontrá-la. Ela é a chave para
tud o isso. Mas preciso entrar sem que Araw n saiba que estou lá.”
H end erson se recosta na cad eira. "Isso é im p ossível."
“N ão é im possível”, interrom pe m am ãe, “m as é d ifícil. Se tod os nós form os, ele irá...
Eu a interrom pi. "Eu estou ind o sozinho."
Seus olhos rapid am ente se transform am em fúria. “Você espera que eu d eixe você
entrar em um a cid ad e inim iga, sozinho, d epois d e termos você d e volta. Eu não vou
d eixar você m orrer.
Eu vou até lá e ela se levanta para m e encontrar, e eu pego suas m ãos. “Este é o m eu
d estino. Se eu não for im ped i-lo, tod os perd erem os. Você tem que confiar em m im .
Além d isso, a m atilha precisa d e você e se isso d er errado, Aw arn não pod e ter você.”
Seus olhos estão cheios d e lágrim as, m as ela finalm ente concord a, recuand o. “Então,
vou sozinho para a cid ad e d as bruxas...”
“N ão sozinha”, d iz N im m y, em purrand o a porta e entrand o. Ela parece longe d o
lobo fraco que eu conhecia antes, e está claro que ela está tr einad a. Seus cabelos ruivos
estão trançad os e ela p arece um a guerreira, tod a vestid a d e couro com arco e flechas nas
costas. Eu sorrio e corro pela sala, e ela m e segura com força. “É bom ver você, Serei.”
“Eu perd i m uita coisa,” eu sussurro para ela. “Mas não posso d eixar você vir
com igo.”
“Você é m eu alfa,” ela respond e enquanto nos soltam os. “E tenho estud ad o os
registros d a cid ad e d as bruxas em bibliotecas. Acho que sei ond e pod eríam os entrar
sem serm os vistos. Vai ser arriscad o, m as assim que entrarm os, serei um m apa para
cam inhar até aquele lu gar.”
Eu sem pre soube que ela era incrível. “Agradeça às cham as.”
Olho para m inha m ãe. “Vou precisar d e arm as e suprim entos.”
“E um navio”, acrescenta Ragnar. “Para sua sorte, eu tenho um rápid o.”
“Você não pod e nos levar através d as cham as?” N im m y pergunta.
Eu balanço m inha cabeça. “As cham as respond em a ele tam bém . Ele pod e sentir um
salto com o esse.
“Felizm ente, eu d irijo aquele navio”, d iz Jesper, entrand o na sala. “E sinta m inha
com panheira. Juntos, encontrarem os Devika.”
Meu tio parece presunçoso e prefiro não levá -lo, m as tenho a sensação d e que não
tem os escolha. Olho para m am ãe e ela vem até m im , m e abraçand o com força. “Você é
m inha esperança na escurid ão, sem pre. Se alguém pod e d etê-lo, é você.”
“Eu já volto”, sussurro para ela enquanto tod os com eçam a planejar nossa viagem .
Por um m om ento, parece que só eu e m inha m ãe. Deusa para d eu sa.
“Você volta, ou estou d estruind o este m und o para encontrar um a m aneira d e salvá -
lo.”
Eu a abraço novam ente, im aginand o-a fazend o exatam ente isso, com seus alfas ao
seu lad o. Tenho que salvar m eus com panheiros e d eter Araw n, ou este m und o estará
perd id o.
Capítulo
Três
S Ouço meu nome ser chamado de novo, de novo e de novo na escuridão total ao meu
redor. Eu chamo minhas chamas para me cercar e proteger. A luz branca do meu fogo se
espalha pela escuridão até ver o contorno de alguém bem na minha frente. Um homem. Ele
está de joelhos, com o peito nu e dourado com tatuagens borradas. Os músculos grossos de seus
braços flexionam quando ele pressiona os punhos no chão e sua cabeça está curvada. Quando
chego um pouco mais perto, percebo exatamente quem ele é.
“Dray?” M inha voz é como um sussurro, pois estou com medo de que isso não seja real e que
ele desapareça a qualquer momento. Sua cabeça se levanta, seus olhos dourados fixando-se nos
meus através da escuridão. “Dray, é você mesmo?”
N ão sei como isso é possível, mas um sorriso surge em minhas bochechas enquanto corro até
ele e, quando chego perto, ele desaparece na fumaça branca.
"N Ã O!"
Tento pegar a fumaça com os dedos, mas ela só sai de mim com o vento. Observo-o
desesperadamente até que ele cai à minha esquerda, transformando-se em outra pessoa. Desta
vez, um homem está brigando, socando outro homem repetidas vezes, até que não consigo ouvir
nada além do som de seu nariz estalando. Uma grossa corrente de ouro está em volta do pescoço,
mas eu também o conheço. “Tarrent?”
Ele não se vira para mim e acho que não consegue me ouvir. Ele apenas continua a socar a
pessoa à sua frente com violência e sem piedade. “TA RREN T, PA RE!”
Tarrent se transforma em fumaça branca novamente e, desta vez, a fumaça paira no ar à
minha frente. Juro que vi N akoa escondido na fumaça no fundo do que parece ser uma gaiola
pouco antes de tudo desaparecer.
Acord o com um suspiro, puxand o ar para os pulm ões e respirand o pesad am ente
enquanto m e acalm o. Seriam realm ente eles? Os m eus com panheiros? Esfrego os o lhos
algum as vezes para lem brar ond e estou e olho para cim a d o beliche acim a d e m im ,
ouvind o o ronco leve d e N im m y. Depois d e m e acalm ar, d ecid o qu e d orm i o suficiente
e tive sonhos estranhos e assom brad os para tod a a vid a. Espero ter visto m eus am igos,
m as, ao m esm o tem po, espero que não, porque não parecia que eles estavam bem . Meu
coração aperta e eu em purro a ond a d e d oença. Meus com panheiros vão sair d essa,
tenho certeza d isso. Deixo o pequeno quarto no nível inferior d o barco e uso o banheiro
em frente antes d e m e trocar para o d ia, prend end o m inhas ad agas nas coxas e subind o
as escad as até o convés principal d o navio. N ão é um navio enorm e, m as faz o trabalho.
Ragnar d isse que costum ava ser um pequeno cruzeiro que os hum anos usavam para se
d ivertir, m as é forte o suficiente para atravessar o m ar. Para ond e quer que olhe, vejo
coisas que os hum anos teriam usad o. A pequena piscina vazia no d eck principal, as
cad eiras d e praia e as d ecorações.
Relutantem ente, olho para cim a, sentind o olhos em m im . Jesper está na sala d e vid ro
d o capitão, olhand o para m im no convés enquanto a água d o m ar espirra em m eu rosto.
Estrelas alinham -se no céu e não tenho certeza d e que horas são, m as é m uito ced o para
trocarm os, e ele provavelm ente está se perguntand o o que estou fazend o acord ad o.
Subo e entro na sala do capitão. Jesper sorri para m im e tira um chapéu branco que
encontrou enquanto me encosto na pared e, tocand o m eu colar.
"Bom d ia. Você não d orm iu bem ? ele questiona.
Eu não quero responder a isso. “Posso assu m ir se você quiser d orm ir um pouco.”
“N ão, eu cochilo aqui e ali.” Ele d á um tapinha na m esa cheia d e botões estranhos.
"Apenas no caso d e."
Eu olho para ele, com o ele está calm o, e um a parte d e m im não gosta d isso. “Por que
você aind a não foi atrás d e Devika? Tentou salvá-la? Se fossem m eus com panheiros,
nad a no m und o pod eria m e im ped ir.”
“Eu não a conheço”, ele respond e d efensivam ente. “E quand o a conheci, ela não
estava interessad a. Só porque som os com p anheiros pred estinad os, não significa que
som os certos um p ara o outro.”
“Mas geralm ente acontece.”
“N orm alm ente, nem sem pre. Eu sabia que se fosse atrás d ela, havia tod as as chances
d e ela não m e d eixar ajud á-la”, d iz ele. “Além d isso, m inha casa é com m inha m atilha, e
a d ela é com as bruxas. N ão som os um a com bin ação perfeita com o você e seus am igos.”
Sorrio com força d iante d a referência ao céu, um a coisa hu m ana, u m lugar d e paz.
“Pelo m enos você está aqui agora. Eu acho."
Ele olha para o m ar. N ão é exatam ente uma tem pestad e, m as o vento levanta as
ond as que batem na lateral do navio. “Você não se lem bra d as terras d a m atilha d e seu
pai, m as eu sim , porque eu teria sid o o próxim o alfa d epois d ele. Ele não governou
d ireito, m as isso não significa que não d eva haver um a m atilha d iferente por aí. Meu
d estino é voltar para as terras d o m eu sangue e ver o que posso fazer lá fora.”
Franzo a testa. “Todo lobo se curva para m inha m ãe e seu s alfas. Eles não perm itirão
um novo pacote.”
“N ão d epend e d eles. O Ravensw ord Pack aind a existe, e m uitos não ficam felizes
em se curvar à sua m ãe d epois d e tod o esse tem po. Sou o herd eiro d a Alcateia
Ravensw ord e, quand o isso acabar, vou nos levar d e volta para nossas terras.”
“Tecnicam ente, sou um herd eiro d a m atilha tam bém ,” eu o lem bro com um
grunhid o, “e aposto que os únicos apoiad ores d a antiga m atilha Ravensw ord são os
m achos tristes que não pod em m ais forçar suas fêm eas a se subm eterem a eles. Por que
d iabos você iria querer um band o cheio d e hom ens assim ?
Ele rosna para m im . “N ão estou d izend o qu e as coisas não vão m u d ar quand o eu for
alfa...”
“Você não é um alfa.”
A afirm ação é verd ad eira, m esm o que ele pareça querer m e estrangular por d izê -la.
“E se você fizer um a nova m atilha, m inha m ãe e seus com panheiros farão você se
curvar d iante d eles. Eles têm pod er e você não. Você precisa repensar suas grand es
id eias e fazer novos am igos. Meu pai era um m onstro, e o nom e d e sua m atilha m orrerá
conosco.
“N ão, não vai”, ele respond e, levantand o-se. “Você nem o conhecia.”
“Eu sei o suficiente para ficar feliz por ele estar m orto”, respond o.
Ele ri vaziam ente. “E você sabe d e tud o, sobrinha? Você pod e ser um a d eusa, m as
Araw n construiu um exército para se proteger, e você aind a está d elirand o o suficiente
para pensar que pod e sim plesm ente entrar lá e vencer.
Eu estreito m eus olhos. “N ão preciso d e um exército para d etê-lo, e nenhum exército
pod eria m e d eter agora.”
“Seu rei era igualm ente arrogante e veja como ele caiu rapid am ente”, ele m e lem bra,
e m eu coração fica d ilacerad o. “Espero que você não m orra, m as, na verd ad e, não vejo
d e que outra form a isso vai acontecer.”
“É bom saber que você está d o m eu lad o. Por que você veio?
Ele encolhe os om bros. “Você aind a é m inha sobrinha. O san gue governa tud o.”
N ão, isso não acontece.
O am or e um a fam ília escolhid a sim .
Olho para m eu tio m ais um a vez e, d esta vez, vejo um pouco d a fam ília d o m eu pai
brilhand o, m uito m ais d o que a ed ucação qu e m inha m ãe lhe d eu. Ela ficaria m agoad a
ao ouvi-lo falar assim .
O navio d e repente balança e vira, e eu m e agarro à bord a d a mesa e quase caio.
Jesper não tem tanta sorte e bate na pared e com a cad eira e gem e d e d or.
"Você está certo?" Eu pergunto.
Ele segura o nariz quebrad o e balança a cabeça. "Que porra foi essa?"
Olho pelo vid ro no m om ento em que algo escuro pousa no m eio d o navio, e d eve ter
sid o nele que batem os. Ele ocupa m etad e d a pequena piscina vazia em que pousa e tem
asas enorm es que se estend em para fora d os lad os, com o asas d e m orcego, m as fofas .
Sua cabeça lem bra a d e um leão, ju nto com um a grand e ju ba d e pêlo preto. Mas até
ond e posso ver, é tud o preto e seus d entes brancos e afiad os brilham contra o céu
noturno. É algum tipo d e criatura, e as únicas coisas que vi assim foram os m onstros d e
Araw n.
“Araw n. Fique aqui — d igo a ele, colocand o um a ad aga em m inha m ão. Abro a
porta com um chute e saio para o convés, m eus passos ecoand o enquanto cam inho até a
criatura. Cham o m eu pod er para as pontas dos d ed os, pronto, e abro m inhas asas acim a
d e m im . Eu p ulo no ar quand o estou perto e voo acim a d ele, m as ele m e encontra no ar
com um golpe d e asas. Eu m ergulho para fora d o cam inho e voo d e volta ao redor do
navio, errand o por pouco suas garras quand o ele d ispara d ireto para m im .
Eu m e viro e m eus olhos se arregalam quand o ele bate em m im , e nós d ois caím os
no convés. A d or ecoa pelos m eus ossos e, antes que eu consiga m e m over, ele pula em
cim a d e m im , esm agand o-m e com d uas d e suas enorm es patas nos om bros. Aind a
consigo pressionar m inha ad aga contra suas costelas, m as não consigo m e m over. Eu
congelo, incapaz d e m atá-lo por algum m otivo estranho. Parece errad o. Que m ágica é
essa? Eu grito ao sentir a lateral d o m eu pescoço queim and o, e u m ped aço d o pelo d a
criatura em seu pescoço brilha pratead o ao m esm o tem po.
Ele se inclina quand o para e lam be m eu rosto.
"N ojento, saia!" Eu grito, e ele obed ece, quicand o e sentand o com o um cachorro bem
treinad o. Toco m eu pescoço e sinto um a m arca em relevo que parece um sol e um a lua.
“Que d iabos você é?”
Ele se inclina para frente e pressiona a cabeça na m inha barriga, e o m und o
d esaparece. Dem oro um segund o para perceber que ele está m e m ostrand o quem ele é,
o que ele é. Ele m e m ostra sua vid a, criad o em um a gaiola e sua m ãe m orta. Ele me
m ostra os hom ens que o torturaram , m atand o-o repetid as vezes, m as ele não m orreu
porque voltou cad a vez m ais forte. Ele foi criad o com o um presente para o d eus Zeus,
m as outra pessoa o salvou. A d eusa Mnem ósine. Ele era apenas um a criaturinha,
escond id a em um a jau la, e se encolhe quand o ela fica perto d a jaula. “Olá, pequenino. V i
que seremos grandes amigos. Estou aqui para libertar você.
Os ouvid os d a criatura se anim am . “V ocê é muito mais poderoso do que eles poderiam
imaginar. Seu coração também é grande demais para esta jaula. Se quiser, podemos sair daqui e
você me servir.
A criatura se levanta sobre suas perninhas e uiva, seu pelo preto brilhand o
intensam ente, e as pared es d a jaula se transform am em pó.
"M uito bom. Eu vi que você não tem nome. E quanto a A quiles?
A visão se transform a em outra, ond e Aquiles é m ais velho e tem a m esm a aparência
d e agora, m as tenho a im pressão d e que muito tem po já se passou. Mnem osyne está
ferid a, segurand o o lad o encharcad o d e sangue, e parece que há um a espad a em suas
costas. Ela d eve estar com m uita d or.
Aquiles corre até ela, segurand o o peso d ela ao seu lad o. “Encontre a Rainha dos
Dragões no futuro. Ela precisa de você.
Meu coração dói. A d eusa tentou m uito m e ajud ar, anos antes d e eu nascer. Aquiles
fica com Mnem ósine até seu últim o su spiro, e seus rugid os trazem lágrim as aos m eu s
olhos enquanto a visão d esaparece.
Abro os olhos e abraço Aquiles, que choram inga baixinho.
"Fugir!" N im m y grita, corrend o em nossa d ireção com um a espad a erguid a. Dou um
passo na frente d e Aquiles e N im m y para, franzind o a testa.
“Ele é m eu e está segu ro”, d igo a ela.
"O que é?" ela pergunta, parecend o um pouco assustad a, m as confiand o em m im
m esm o assim .
Eu su spiro. “Seu nom e é Aquiles e não sei exatam ente.”
“Com o vam os escond ê-lo na cid ad e? Ele é enorm e.
N a hora certa, Aquiles d esaparece em nad a além d e som bras. Posso senti-lo ali, m as
N im m y não. Ela olha em volta e eu sorrio, colocand o m inha m ão em sua cabeça
enquanto ele reaparece.
N im m y aind a olha um pouco estranham ente para Aquiles antes d e suspirar. “Vou
voltar para a cam a. Esta é apenas um a viagem m uito estranha.
Eu rio porque ela está certa. O sol aparece no lim ite d o horizonte, lançand o um a luz
laranja brilhante no m und o. Tud o o que consigo pensar é nos m eus am igos, e espero
que eles possam m e ouvir e saber que estou ind o atrás d eles.
Capítulo
Quatro
Cinco
term ino d e trançar m eu cabelo m olhad o antes d e sair para a parte principal d a
Seis
Sete
voltar d a m inha form a d e lobo d epois d e circular pela área em busca d e pistas
Oito
encontrei algo."
"EU Olho para Tarrent das páginas d o m eu livro e sorrio. Dray está
d orm ind o no sofá atrás d e m im , m as ele realm ente se levantou e saiu
corrend o, verificand o se tud o estava segu ro antes d e quase cair. Eu o
convenci a d escansar u m pouco m ais, e seu grunhid o d e resposta só m e fez sorrir. Senti
falta d e sua natureza sarcástica. Tarrent m e oferece a m ão e eu a aceito, d eixand o -o m e
puxar para cim a. Larguei o livro enquanto ele m e leva até as escad as. “O que você
estava lend o?”
“H istória d o lobo, d e acord o com o Pacote Ravensw ord . É um monte d e m entiras ”,
d igo a ele. “Propaganda no seu m elhor.”
Ele m e leva escad a abaixo até o porão e eu franzo a testa. “Não há nad a aqui
em baixo além d e um a sala d e concreto.”
Ele m e lança u m sorriso secreto. "Confie em m im , princesa?"
“Sem pre”, respond o com um sorriso. "Com a m inha vid a."
Ele passa o braço em volta d a m inha cintura, m e puxand o para o seu lad o enquanto
saím os para a sala d e concreto. Do outro lad o há um a porta escond id a atrás d e pilhas d e
caixas velhas e vazias que foram em purrad as para o lad o. Sinto -me excitad a ao sentir o
cheiro d e água corrente e passo pela p orta prim eiro, sentind o o calor úm id o
pressionand o m eu corpo. "Uau."
À m inha frente está um a caverna secreta com água borbulhante e nas bord as há
d ezenas d e baús, alguns d eles abertos e repletos d e m oed as d e ouro e joias. N ão é à toa
que eles escond eram este lugar. Tarrent fecha a porta e cam inha atrás d e m im , seus
lábios pairand o sobre m inha orelha. O calor queim a m eu corpo en quanto ele sussurra:
— É m uito profund o. Ele beija m eu pescoço antes d e acrescentar: “E quente”. Um
arrepio percorre m eu corpo enquanto ele respira: "Entre com igo."
“Ok,” eu sussurro d e volta. Ele d esfaz os botões d a m inha cam isa em prestad a até
que ela caia no chão, aos m eus pés. Tarrent se ajoelha atrás d e m im , os nós d os d ed os
roçand o suavem ente m inhas costas até que ele encontra m inha calcinha e lentam ente,
provocativam ente, puxa-a para baixo, antes d e eu sair d ela. Sem olhar para trás,
cam inho e pulo d e cabeça na água. A água está quente e calm ante quand o afund o nela,
olhand o em volta para tod as as bolhas subind o. Assim que chego à superfície, Tarrent
m ergulha, jogand o água em m im . Eu rio logo antes d e sua m ão envolver m eu tornozelo
e ele m e puxar para baixo d a água. Abro os olhos quand o estou bem na frente d ele, e
seus olhos brilham m ais que a água.
N ão sei quem se m ove prim eiro, m as nós d ois nos chocam os em u m beijo d erretid o,
am bos queim and o m ais que a água. Ele gem e enquanto envolvo m inhas pernas em s ua
cintura, seu pau d uro pressionand o m eu núcleo, e ele nos puxa para fora d a água e me
leva até um a ped ra. Seus lábios d escem até m inha barriga, suas m ãos apertand o m eus
seios antes d e esfregar os polegares sobre meus m am ilos, m e fazend o ofegar. Quand o
ele está entre m inhas pernas, ele olha para cim a e seu s lábios se abrem . “Seja m eu
com panheiro, Serend ip ity Fall.”
Essas são algum as d as palavras m ais bonitas que já ouvi. “Sim , apenas se você for
m eu.”
“Eu sem pre fui seu,” ele jura antes d e beijar m eu clitóris e fazer m inhas costas
arquearem d e prazer. Ele é im placável, beijand o, puxand o e chupand o m eu clitóris até
que eu só veja estrelas e nad a m ais. Ele em pu rra d ois d ed os d entro d e m im , um gem id o
m ascu lino ecoand o em m eu clitóris quand o ele d escobre o quão m olhad a e apertad a
estou por ele.
"Eu vou -"
“Boa m enina”, ele resp ond e antes d e m e levar ao lim ite. Tod os os m eus m úsculos se
contraem quand o o prazer m e invad e e m eu grito ecoa nas pared es d e ped ra. Mal estou
d escend o d o alto quand o Tarrent passa por cim a d e m im e bate em cheio. Ele é grand e e
longo, m e enchend o, e eu ofego com a leve d or e o intenso prazer que um a estocad a
pod e causar. Ele m e beija enquanto em p urra novam ente, nós d ois ofegam os com cad a
m ovim ento, e eu m al percebo o vínculo d e acasalam ent o se encaixand o, unind o m eu
corpo e alm a aos d ele, um a m arca queim and o na parte inferior d as m inhas costas com o
prova. Ele ganha velocid ad e quand o com eço a m e apertar ao redor d ele, incapaz d e
im ped ir outro orgasm o que m e atinge, e eu gem o em sua boca enqu anto ele ruge um a
vez antes d e gozar profund am ente d entro d e m im , sua m ão segurand o m eu quad ril
com força e enquanto cad a ped aço d e sem ente sai. ele. Sem fôlego, olho para ele,
beijand o-o um a, d uas vezes, e ele sorri brilhantem ente. "Meu com panheiro."
“Seu ”, respond o gentilm ente, sentind o-o aind a d uro d entro d e m im . Ele sorri
enquanto sussurra algum as palavras e com eçam os a flutuar no ar. Ele perm anece
d entro d e m im enquanto passa a m ão pelo m eu corpo, pelos m eus m am ilos d uros, que
atingem ele novam ente, e pelo m eu clitóris. Ele com eça a esfregar m eu clitóris
lentam ente, com seu pau aind a d uro em m im e sua m agia pressionand o contra m im .
Ele m e gira no ar, então estou por cim a, e ele agarra m inha bund a, inclinand o -se e
passand o a língua contra um d os m eus m am ilos enquanto m e m ove para cim a e para
baixo em seu pau. “Estou transand o com você por horas, Serei.”
Mordo m eu lábio, jogand o a cabeça para trás e balançand o os quad ris. Sexo com
bruxas é algo em que sei que serei viciad o para sem pre quand o se trata d e m e u
com panheiro.
R ASTEJAN DO N O SO FÁ , bocejo d epois d e cinco longas e perfeitas cinco horas com
Tarrent nas piscinas. Achei que seria estranho quand o subisse com ele, m as Dray e
N akoa só perguntaram se eu queria m e juntar a eles em um a caçad a. Fiquei m uito feliz
em ver Dray and and o e saind o, até para caçar. Ele aind a não voltou com força total, m as
sei que não d em orará m uito.
Tarrent volta para a área principal e se senta ao m eu lad o no sofá, sua m ão
d eslizand o para m inha nova m arca nas m inhas costas. A m arca são cinco estrelas
circuland o um a estrela m aior no m eio, e eu ad oro isso. Tarrent tem sua própria m arca
no peito, que agora está coberta por sua cam isa. Ele m e passa um prato cheio d e
com id as d iversas, e eu m ord o o queijo no mom ento em que Devika a parece na sala, no
que é quase u m a janela para ond e quer qu e ela esteja. Faço um a pausa no m eio d a
m ord id a e ela ri. “Espero não estar interrom pend o os novos com panheiros.”
"Com o você sabia?" Eu pergunto, colocand o m inha com id a na m esa.
Ela ri. “Meu irm ão parece m uito presunçoso e feliz. Parabéns."
Tarrent beija o lad o d a m inha cabeça. “Eu gostaria que pud éssem os ir ver você,
irm ã. Com o estão as coisas?"
Ela fica tensa por um m om ento. "OK. As criaturas d e Araw n estão constantem ente
atacand o nossas fronteiras, m as o escud o está aguentand o, e os estud iosos acred itam
que aind a terem os m eses antes que ele caia.”
"Apertar. Você não vai precisar d e m eses,” eu prom eto a ela, e ela balança a cabeça.
“Com o estão m eus d ragões?”
Seus olhos suavizam . “Ferid o, cansad o e teim oso com o o inferno em aceitar nossa
ajud a. Eu tive que d izer a eles que você ord enou que nos d eixassem ajud ar.
“Boa id eia,” eu d igo com um sorriso. “Obrigad o por cuid ar d eles. Eles precisavam
d e ajud a.”
"Com o vocês estão?" ela pergunta em seguid a.
Tarrent se recosta, acariciand o m eu cabelo com a m ão. “Curar, m as chegar lá.
Encontram os um curand eiro e estam os seguros por enquanto.”
Alguém liga para Devika e ela olha para trás. "Um m om ento." Ela suspira. “Você
não m e d isse que ser Lad y significava lid ar com um m ilhão d e problem as o d ia tod o.
Juro que outra reunião pod e m e m atar.”
Tarrent resm unga com um a risad a. “Você é a Senhora d as Bruxas. Diga-lhes para
d elegarem , a m enos que seja urgente.”
Ela pensa sobre isso e assente. "Boa id eia. Eu preciso d orm ir."
“Estou com saud ad es d e você, irm ã”, Tarrent d iz a ela.
“Eu tam bém ”, ela ad m ite. “Mas isso é m elhor d o que ver você acorrentado. Ligue
para m im se precisar d e ajud a e nós irem os. N ão im porta a d istância."
“N ós irem os,” eu prom eto, e a m agia d esaparece na poeira brilhante que cai no
tapete. Tarrent m e envolve no cobertor e nos d eitam os no m omento em que bocejo
novam ente. “Seria egoísm o ad m itir que parte d e m im quer ficar aqui para sem pre com
vocês três?”
“N ão”, ele respond e suavem ente. “Mas nunca serem os os governantes que seguem
o cam inho d ireto, ou não m erecerem os governar.”
Eu afund o em seus braços. “Quand o isso acabar... talvez possam os encontrar tem po
apenas para nós quatro. Em algum lugar tranquilo.
“Encontrarem os tem po”, ele prom ete na escurid ão. “Conheço um a d eusa a quem
posso orar e ela pod e ouvir.”
Eu rio em m eio a outro bocejo enquanto ele m e aconchega com o cobertor, e logo
estou caind o no sono.
“Que porra é essa?” u m a voz grita. N ão, não é um a voz. N akoa. Acord o ao m esm o
tem po que Tarrent e m e sento, sentind o o alívio encher m eu peito ao ver Aquiles
d eitad o no tapete, as pernas para cim a enquanto N akoa está d e pé sobre ele com um a
espad a. Aquiles nem abre os olhos enquanto ronca.
"Espere!" Eu grito, saind o d o sofá. "Ele é m eu am igo. N ão o m achuque.
N akoa abaixa sua arm a no m om ento em que Dray entra. Ele faz um a pausa ao ver
Aquiles antes d e rir profund am ente e se aproxim ar. Ele acaricia a barriga e Aquiles
ronrona com o um gato. “É bom ver você d e novo, velho am igo.”
“Mnem osyne o enviou para ajud ar”, d igo a Dray, e ele se end ireita antes d e m e
pegar d o sofá e m e levar para seu sofá. Ele se d eita, m e puxand o para cim a d ele e
puxand o o cobertor sobre ele.
"Ei!" Tarrent grita d e aborrecim ento.
“Você teve nosso com panheiro o d ia todo. Ela é m inha agora,” Dray rosna d e volta,
e eu m e enrolo em seus grand es braços, d eitand o m inha cabeça em seu peito.
Tarrent não parece im pressionad o, m as se d eita e N akoa v ai para seu sofá. Em
segund os, caio em um sono m ais profund o d o que há m uito tem po, com m eus
com panheiros seguros e m eu estranho anim al d e estim ação no tapete.
Capítulo
Nove
Dez
“R
pronto?” Dray m e pergunta enquanto saio d o préd io e fecho a porta atrás de
m im . Vou sentir falta d este lugar à m inha m aneira, ou apenas d o tem po que
passei sozinho com m eus am igos. H ouve um a vulnerabilid ad e que nos uniu e
tornou m eus com panheiros aliad os e ouso d izer am igos aqui. Acasalei com
Tarrent aqui e, para nós, sei que nenhum d e nós esquecerá este lugar. Deixei um bilhete
para Flare, m e d espedind o e agrad ecend o. Duvid o que nos vejam os novam ente, m as
por algum a razão, m eus pod eres m e trouxeram aqui porque sabiam que eu estaria
seguro com as pessoas d a m atilha d o m eu pai. N em tod os eram vilões, e isso m e d eu o
encerram ento que acho que precisava d o meu passad o. E por isso, sou grato. Eu não
voltarei; um a parte profund a d e m im sabe d isso.
Olho para m eus com panheiros, m uito d iferentes d e quand o chegam os, tod os
vestid os para a batalha com as m elhores roupas e arm ad uras que tem os. Cad a um d eles
vem treinand o, se preparand o e parecend o tão fortes agora, como quand o tod os nós
com eçam os esta gu erra com Araw n, presum ind o que não seríam os enganad os e
perd eríam os no prim eiro e no segund o obstáculo. A terceira vez é o encanto, pelo
m enos foi o que ouvi d a tia Reine. Perto do fogo, sinto falta d ela. Faz apenas d uas
sem anas d esd e que caím os aqui, sem saber nem ond e estávam os, m as precisand o
d esesperad am ente d e ajud a. Mas nós nos levantam os e certam ente não cairem os
novam ente. Araw n não está ganhand o d esta vez. Ele m e criou nas cham as e estou
prestes a queim á-lo.
Eu sorrio e and o até eles antes d e lançar um portal d e fogo d ireto para o pátio d a
Matilha Fall Mountain. H á um a linha d e m agia cintilante ao red or da entrad a d o portal.
"Estou pronto. O escud o não irá prejud icá-lo, a m enos que você pretend a prejud icar os
alfas.”
Dray resm unga. “Seus pais precisam m e ensinar esse truque. Quero um d esses em
nossa cid ad e.
"N ossa cid ad e?" Perguntas d e Tarrent.
"Sim . Você e N akoa pod em ser nossos consortes reais, se quiserem ? Eu pergunto a
eles o que estive pensand o. “Mas d eixand o d e lad o os títulos, em term os d e pod er,
gostaria que fôssem os iguais.”
N akoa inclina a cabeça. "Um a honra."
Tarrent olha entre nós e seus olhos suavizam . "Aceito. Mal posso esperar para você
ver o que posso construir com m eus pod eres.”
“É m elhor que não seja um ed ifício m aior d o que o que eu construo”, afirm a Dray
com firm eza.
Tarrent sorri m aliciosam ente. “Bem , é claro que sim . Com o outras coisas, eu sou o...
Minhas bochechas estão queim and o quand o percebo ond e isso vai d ar e, revirand o
os olhos, entro no portal e saio para o pátio. Meus com panheiros m e seguem ao lad o d e
Aquiles enquanto ele voa no ar e d esaparece nas som bras m ais u m a vez. Tarrent olha
ond e estava e pisca algum as vezes. “N ão vou m e acostu m ar com seu anim al d e
estim ação invisível tão ced o.”
“Eu gosto d ele,” d igo com um sorriso enquanto fecho o portal atrás d e m im com o
estalar d e cham as brancas. “É melhor irm os d izer a eles que estam os aqui.”
Entram os no castelo e, assim que passo pela porta, tod o o castelo estrem ece junto
com o chão. Corro d e volta para o pátio e olho o resto d a cid ad e, m as não consigo ver o
que causou isso. Usand o m inhas asas, voo alto para pod er ver ao red or e fazer um a
pausa horrorizad a. Araw n estava esperand o que voltássem os. O bastard o. A cid ad e
inteira é cercad a por criaturas vis e horríveis, tantas d elas que parecem um a ond a negra
d e gosm a com d entes e garras afiad as. Alguns d eles até lem bram lobos, m as a m aioria
parece um a m istura d e d ragão e rato. Eles enxam eiam pelas terras d a m atilha, e os anjos
recuaram para d entro d a barreira enquanto as criaturas colid iam contra ela, fazend o
tud o trem er. Algo m e faz olhar para a colina ao longe, ond e está a figura d e um hom em
vestind o um a capa. N ós nos olham os e, m esm o d esta d istância, eu o conheço.
Araw n.
Ele está sozinho, protegid o por algum as criaturas, m as seu s olhos encontram os
m eus, m esm o d o outro lad o d a cid ad e. Ele sorri presunçosam ente antes d e atacar o
escud o com suas cham as negras, fazend o-o trem er e rachar sob suas cham as. Eu voo de
volta e pouso com m eus com panheiros. “É Araw n. Deve haver cem m il criatu ras por aí,
e elas invad irão a cid ad e.”
Mam ãe e Reine passam por m eus com panheiros para bater em m im , m e abraçand o
com força entre eles. Mam ãe beija m inha cabeça. "Eu estava tão preocupad o."
“Tem os m ais d o que nós com que nos preocupar. Eu trouxe problem as e sinto
m uito”, d igo.
Mam ãe balança a cabeça. “Aquele bastard o atacou você. N ossa princesa. Seu
problem a é nosso tam bém .”
“Ela quer d izer que vam os brigar com você”, d iz tia Reine com um sorriso m alicioso.
"Qual é o seu plano?"
“Dragões,” eu d igo, olhand o para m eus com panheiros. “E tanto fogo quanto você
pud er conseguir. Isso os d estrói.”
Tia Reine se afasta com Valentine e Ragnar ind o com ela sem palavras. “Vou passar
a notícia. É bom ter você d e volta."
Tod os eles m ud am d e posição e fogem enquanto o chão trem e m ais um a vez. “Ond e
está Jesper?”
Eu fico im óvel e o rosto d e m am ãe cai. “Ele nos traiu com Araw n e quase nos
m atou.”
"O que?" ela sussurra, com os olhos arregalad os, e posso sentir se u coração partid o.
"N ão. Ele não faria isso.
Silas e H end erson ficam ao lad o d ela, colocand o as m ãos em seus om bros para
confortá-la, m as ela não solta m inhas m ãos, m esm o quand o as lágrim as caem por seu
rosto. "Por que?"
“Ele queria o Pacote Ravensw ord . A posição alfa que ele pod eria ter um d ia. Araw n,
sem d úvid a, prom eteu isso a ele, e quand o Araw n cum priu sua p rom essa, ele viu que
Jesper não era um alfa e o m atou. Tentei im ped ir, m as sim plesm ente não consegui.
Descu lpe."
Ela fica em silêncio por um m om ento, seus olhos brilhand o em verd e. “Você não
d everia ter tentad o im ped ir isso. Ele nos traiu e eu d everia ter visto isso. Eu confiei nele
com m inha filha.
Envolvo m eus braços em volta d ela. “Talvez m uito d ele tenha sid o corrom pid o por
m eu pai e não houvesse nad a que alguém pud esse fazer sobre isso no final. Acred ito
que os velhos lobos Ravensw ord aqui o estavam encorajand o, infelizes na m atilha.
“N ós vam os lid ar com eles”, Silas jura, e não d uvid o d isso.
O chão trem e novam ente e Dray fica ao m eu lad o. “O escud o está caind o.
Precisam os m ud ar e lu tar.”
“Fique seguro”, pergunto a ele, m e afastand o d a m inha m ãe.
Ele inclina m eu queixo para cim a. “N ão vá atrás d e Araw n sozinho.”
Concord o com a cabeça e ele m e beija um a vez, olhand o para N akoa. N akoa pisca
para m im antes d e correr ao lad o d e Dray, am bos se transform and o em d ragões
m agníficos, e voam para o céu em um flash d e escam as verm elhas e d ourad as.
Tarrent vem para o m eu lad o e entrelaça nossos d ed os enquanto m am ãe volta.
“Vam os lid erar a luta e d efend er as bord as. Tom e cuid ad o."
"Eu irei, eu prom eto. “E o Fall Mountain Pack não cairá hoje.”
“N ós suportam os a qued a”, ela m e d iz, cad a palavra cheia d e pod er. “E renasça d as
cinzas.”
As palavras têm pod er, e eu as sinto quand o ela d á um passo para trás e se
transform a em seu lind o lobo, e seus com panheiros tam bém m ud am .
Eles d isparam pela estrad a e Breelyn atravessa corrend o o pátio. “Mand e tod as as
crianças, m u lheres d esarm ad as, hom en s e id osos para o pátio. O castelo nos ajud ará a
m antê-los seguros.”
“N ós irem os,” eu prom eto a ela antes que ela volte para d entro para ver as crianças
que posso ouvir chorand o. Aquiles cai no chão à nossa frente e sacod e o pelo antes d e
olhar para Tarrent e uivar um a vez.
“Acho que ele quer que você m onte nele”, d igo com um a risad a d iante d o horror d e
Tarrent. “Eu posso voar, m as você precisaria d e um feitiço forte e seria m ais lento que
nós.”
Ele olha para nós d ois. "N ão."
“Vejo você em breve, então,” provoco, d and o um passo para trás, e ele rosna para
m im , m e fazend o sorrir. Com um suspiro d ram ático, ele sobe nas costas d e Aquiles e
parece tão estranho entre as asas d e Aquiles. Ele salta no ar e Tarrent grita algo
enquanto Aquiles gira d e um lad o para o outro. Eu d ecolo com m inhas asas, ficand o
perto d eles enquanto voam os para a bord a d a cid ad e, ond e u m a grand e parte d o
escud o caiu e criaturas estão subind o.
O exército d e lobos e anjos na frente está lutand o com tud o o que tem , m as as
criaturas estão passand o por eles, entrand o nas fileiras d e casas. Dem ora alguns
segund os até que os gritos ecoem , e sei que nunca esquecerei o som horrível. Dray e
N akoa estão d o outro lad o, queim and o fileiras d e criaturas enquanto lutam contra as
voad oras.
O pior d e tud o é que Araw n d esapareceu d o topo d a colina, e tento não pensar
m uito nisso enquanto ouço um a criança gritar d e terror abaixo d e mim .
Eu caio d entro do que parece ser um playground com pelo m enos seis crianças
am ontoad as no m eio d e um parque infantil. Duas fêm eas m ortas e d ois lobos m ortos
estão por perto. Eu sei que eles tentaram salvar as crianças. V elhos deuses, cuidem deles.
Estou m e vingand o. A criatura aqui é esguia, com asas pequenas e corpo d e lobo
m isturad o com pernas d e rato. Ele está cravand o as garr as na estrutura d e m etal,
separand o-a para chegar até as crianças.
Jogo um a esfera d e cham as em suas costas e ele ruge d e d or, afastand o -se d as
crianças. Coloquei um d ed o nos lábios, ped ind o que ficassem quietos por um m om ento.
A criatura, com olhos negros vazios e um cheiro podre, m e encara e ruge novam ente
antes d e avançar em m inha d ireção. Eu sorrio, espalhand o fogo com pletam ente sobre
m eu corpo e batend o m eu punho com força em seu rosto enquanto ele cai no ar e bate
no chão. Ele rola para o lad o e eu caio sobre ele, agarrand o -o pelo pescoço com a m ão e
queim and o-o com m eu fogo branco. Ele tenta subir, m as a m agia o im ped e, e eu olho
para cim a e vejo Tarrent estend end o a m ão, um feitiço su ssurrand o em seus lábios.
Dem oro alguns m inu tos para queim á-lo com pletam ente antes d e m e afastar d a
gosm a d erretid a e com um cheiro horrível. Ele grud a em m eus pés enquanto corro até o
parque infantil e entro.
“Sou Serend ipity Fall e estou aqui para ajud ar. Saia, é seguro ”, eu prom eto.
Alguns sussurros d e m ed o pairam ao red or d eles enquanto eu os ajud o a sair d a
estrutura quebrad a sem se m achu car antes d e sair sozinho. Aquiles vem saltand o e
alguns d eles gritam .
“N ão, não, este é m eu gentil am igo Aquiles. Ele não vai fazer m al a vocês ”, d igo aos
rostos assustad os d eles. "Olhe para m im ." Tod os eles ouvem m eu com and o com os
olhos arregalad os. “Vocês são lobos e precisam ser corajosos, m as o m ais im portante,
acred ite em m im . Eu sou a princesa d os lobos e um a alfa, e você p od e confiar em m im
para ter certeza d e que está seguro.”
Eles se olham antes que a criança m aior, um hom em com cerca d e d e z anos d e
id ad e, d ê um passo à frente. "Aquiles?"
“Sim ”, respond o, acom panhand o-o. Afago a lateral d o corpo d e Aquiles e ele
ronrona, fazend o o garoto sorrir. “Você pode and ar com ele pela cid ad e para ajud ar os
outros enquanto eu luto lá fora?”
“Eu posso fazer isso”, d iz ele, estufand o o peito m inúsculo.
“Bom ”, respond o e acaricio Aquiles. “Leve as crianças para o pátio e d epois volte
com o m enino. Procure crianças para ajud ar.”
Aquiles grita em concord ância e o m enino cond uz as crianças. Tod os se d ão bem ,
exceto um a garota, que parece ter uns cinco anos, e aponta para os lobos m ortos. “E os
nossos professores? Viem os ver a lua cheia e aprend er nossos uivos.”
Eu m e inclino e toco sua bochecha antes d e pegá -la, m eu coração d oend o. “Eles
estão com os d euses agora e são lobos felizes e livres. Seja corajoso por eles.
Ela chora quand o a coloco em Aquiles, e tod as as crianças se abraçam com força. Ele
d ispara para o céu, menos rochoso d o que com Tarrent. Olham os um para o outro e
acenam os com a cabeça um a vez antes d e correrm os para as casas próxim as, m uitas
d elas em cham as com criaturas d estruind o os tijolos.
Tarrent com eça a lançar feitiços no lad o esquerd o, e eu vou para a d ireita, usand o as
cham as ao m eu red or para envolver três pernas d as criaturas e pu xá -las pelo ar. Eu os
bato com força no chão e transform o m inhas cham as em um a enorm e boca d e d ragão
antes d e fechá-las em torno d as criaturas com um estrond o.
Dou um passo para encontrar m ais quand o um a m ão em purra m eu peito e caio para
trás, passand o por u m portal e caind o na gram a. Olho para cim a enquanto Araw n
atravessa o portal.
“SEREI!” Tarrent grita quand o o portal se fecha.
Capítulo
Onze
Doze
"C vam os lá?” — pergunta a garotinha que estou segurand o, apertand o aind a m ais
a cam isa m asculina azul que estou u sand o e que vesti com um a legging que m e
ofereceram , que é um pouco grand e d em ais, m as serve. Olho para a garota assustad a,
seu corpo trem end o levem ente, e passo m inha m ão por suas costas, por cim a d e seu
vestid inho rosa. A irmã m ais velha d ela está cam inhand o para o m eu lad o e ela tam bém
olha para m im em busca d a resposta.
“Vam os encontrar um lugar para você d escansar e ficar seguro. Meu a m igo Aquiles
trouxe você aqui?
Ela não respond e, m as sua irm ã d e cabelos escuros respond e. “Ele é seu am igo? Ele
nos salvou e com eu u m a d as criaturas que nos atacaram antes d e m atar todos nós.”
"Ond e estão seus pais?" Eu questiono gentilm ente enquanto d obr am os outra esquina
d o castelo, esta parte cheia d e estantes d e livros e cad a estante abarrotad a d e livros.
Ela encolhe os om bros com lágrim as nos olhos. “Eles foram lutar e nós estávam os
com m inha tia... m as a... a... a criatura a m atou.”
Coloco m inha m ão em seu om bro. "Eu sinto m uito."
A garota, que aind a não m e d isse seu nom e em m eio a tod a a confusão, apenas
balança a cabeça e d esvia o olhar com um soluço entrecortad o escapand o d e sua
garganta. Lem bro-m e d e quand o conheci ela e sua irm ã no pátio, d epois que m ud ei e
m e troquei d a m elhor m aneira que pud e. Eles estavam encolhid os em um canto,
aterrorizados, enquanto Aquiles partia para o céu m ais um a vez em busca d e m ais
crianças. N ão houve tem po para nenhum de nós com em orar quand o Dray foi até seus
hom ens, Tarrent foi cham ad o e N akoa aind a estava nos céu s com alguns outros
d ragões, acaband o com a estranha criatura que estava fugind o. O m om ento d as
celebrações será quand o tod os estiverem curad os e as terras d a m atilha estiverem se
reconstruind o.
Desd e então, m al vi m eus am igos, m inha m ãe ou qualquer um d os outros alfas na
agitação d e levar as crianças que encontrei, tod as as seis no final, para os curand eiros, e
d epois para a cozinha em busca d e com id a para acalm á -los. antes d e procurar por
cam as, já que m uitos d eles pareciam exaustos. Acabei d e ajud ar quatro d as crianças a
entrar em um quarto vago, colocand o-as nas quatro cam as que encontram os e d eixando
um a esfera d e cham a acesa para ilu m inar antes d e sair. Esses d ois, por outro lad o, não
queriam ficar e d orm ir um pouco, então não sei o que fazer com eles.
Um a porta se abre na nossa frente para um novo corred or, e juro que a casa está na
verd ad e tentand o m e ajud ar, abrind o portas e m e levand o a algum lugar. Outra porta
se abre sozinha e eu entro, encontrand o duas cam as com quatro pessoas d iferentes
tentand o d escansar nelas. A garota em m eus braços grita e sai d e cim a d e m im , e sua
irm ã m ais velha já está corrend o pela sala. Os d ois colid em com o casal d e lobos d e
cabelos escuros na cam a e os seguram em estad o d e choque.
“Mam ãe”, a m enina chora enquanto a m ãe beija suas cabeças e o pai apenas os
segura.
A m ãe olha para cim a com o rosto m anchad o d e lágrim as e d epois inclina a cabeça.
"Obrigad o princesa. N ós pensam os que eles tinham id o em bora. Muito obrigad o."
“Você é a princesa d ragão?” A garota m ais velha su ssurra em estad o d e choque, e eu
enxugo um a lágrim a antes d e concord ar com um sorriso.
“Eu não fiz m uito. Eles foram m uito corajosos e foi um a honra ajud á -los a encontrar
você”, respond o. “Mas eu d evo ir. H á outros que precisam d e ajud a.”
“Que os d euses estejam com vocês”, d iz a m ãe, baixand o a cabeça novam ente, e
d esta vez todos o fazem . Deixo-os sozinhos, fechand o a porta atrás d e m im .
Toco a pared e d e ped ra. “Obrigad o pela orientação.”
Sinto-m e um pouco bobo conversand o com a m uralha d e um castelo, m as qua nd o
um vento suave, que não d everia ser possível aqui em baixo, passa p or m im quase com o
um a carícia, sei que não sou.
Sorrio para m im m esm a enquanto solto um suspiro cansad o e esfrego os olhos antes
d e sair em busca d a p róxim a pessoa para ajud ar. Mesm o que m inhas pernas pareçam
gelatinosas, aind a não estou cansad o o suficiente para d esabar e d orm ir no chão frio.
Tenho certeza d e que não estou longe d isso.
Dobro um a esquina, chego a um lance d e escad as e fico cara a cara com N im m y. Ela
olha para cim a, com as bochechas cobertas d e sujeira e sangue d e criatura negra, e suas
roupas esfarrapad as parecem tão ruins quanto as m inh as. Mas quand o seus olhos
encontram os m eus, nós d ois nos m ovem os, e eu envolvo m eus braços em torno d ela
com força, m esm o com o hom em quase inconsciente segurand o-a ao seu lad o.
“Eu estava tão preocupad o até ver sua forma d e d ragão e saber que era você. Então
ouvi os rugid os d e vitória d os dragões”, ela m e d iz enquanto eu m e solto e vou para o
outro lad o d o m acho, segurand o-o o m elhor que posso. “As criaturas, era com o se
sentissem que haviam perd id o, e a m aioria d elas fugiu. N aquela época era m ais fácil
p ara os d ragões m atá-los, porque eles estavam fora d as casas e nas ruas, longe d as
pessoas.”
Baixo m inha voz. “Algum a id eia d a contagem d e m ortes?”
Ela balança a cabeça. “Eu vi pelo m enos d ois d ragões serem d errubad os, m as as
bruxas, com sua cura, estavam lá antes que pud essem ser m ortas. Eles curaram tantos
lobos, d ragões e anjos. Duvid o que seja tão alto. Devika estava lid erand o as bruxas na
cura em grupo, que cobria nosso povo enquanto eles lutavam . Foi incrível, e Devika era
a rainha perfeita, e eles a seguiram sem questionar. Eles a ad m iram .
Suspiro d e alívio, concentrand o-m e em carregar o hom em escad a abaixo e para a
parte principal d o castelo repleta d e pessoas. Eu sabia que Devika tinha isso nela e acho
que Tarrent tam bém sabia d isso antes d e m im .
“Você encontrou Apolo?” Eu pergunto. “Preciso d e m ais notícias felizes para m e
m anter acord ad o.”
Ela balança a cabeça, com as bochechas verm elhas. “Sim , m as não tivem os m uito
tem po entre curá-lo, esvaziar as m asm orras e vir aqui. Devika cham ou tod os para a
ação rapid am ente, sabend o que era um jogo d e espera, m as então ela veio até m im . Ela
d isse que sonhou com um a d eu sa d o fogo lhe d izend o para voar nos d ragões sobre os
m ares até as terras d a m atilha, com tod as as bruxas que pud essem ser poupad as.
Meu coração congela. N ão foi m inha m ãe quem m and ou cham ar os dragões... foi
Mnem osyne, nos ajud and o um a últim a vez. N im m y não percebe enquanto as lágrim as
escorrem pelo m eu rosto, e envio um agradecim ento silencioso à d eusa por m e salvar,
por salvar nosso povo, um a últim a vez. "Aqu ele era você?"
“N ão,” eu sussurro engolind o em seco. “Mas era um am igo. Ela se foi agora.
N im m y assente, um p ouco confu sa enquanto seguim os pelo corred or, passand o por
cim a d e lobos e pessoas ad orm ecid as. “Ele está m orto, certo?”
“Sim ,” eu d igo a ela com firm eza, e seus olhos brilham com vitória, o m esm o
sentim ento que está em m eu peito agora e no d e m eus com panheiros tam bém .
Ajud am os o hom em ferid o a se acom od ar em um a cam a extra, garantind o que um
curand eiro and e pelo quarto, antes d e d eixá-lo lá, sabend o que ele ficará bem agora.
“H avia outro hom em no pátio, m as não consegui carregar os d ois”, ela m e conta.
"Posso lid ar com ele sozinho se você quiser d escansar?"
“N ão, estou bem por enquanto,” d igo suavem ente, observand o enquanto ela toca a
cabeça e estrem ece. O sangue nos d ed os d ela brilha na luz.
"Você está m achucad o?" Eu pergunto, d and o um passo à frente. Toco seu braço
levem ente, d eixand o m inha m agia se espalhar por ela e lavar os cortes, curand o vários
hem atom as em suas costelas que tam bém encontro. Quase d esm aio ao fazer isso, e
N im m y balança a cabeça para m im , m e puxand o para um abraço.
“Você não d everia ter feito isso, m as obrigada ”, ela m urm ura. “Você vai d escansar
porque não quero ser o m otivo pelo qual seus am igos assustad ores ficam bravos
quand o veem o quão cansad o você está.”
Eu su spiro. “Vam os verificar o pátio prim eiro. Estou realm ente bem por m ais u m
m inuto ou m ais.
Ela bufa, m as não m e d iz não, um a d as razões pelas quais eu a am o, e vam os para as
escad as. Tem os que nos afastar enquanto um band o d e lobos d esce corrend o, com
crianças nas costas e alguns ferid os tam bém . Eu olho para a estátua d a d eusa que estou
perto e franzo a testa por um m om ento, lem brand o que Dray e eu aind a tem os esse
pod er. Eu m e pergunto se isso afetará nosso futuro. Viverem os m ais que os outros?
Serem os alvo d este pod er? Eu tenho que acred itar que não é tão sim ples, e os laços d o
m eu com panheiro garantirão que viverem os um a vid a juntos. Quand o os lobos passam ,
subim os as escad as e saím os para o pátio.
“Descanse aqu i,” N im m y exige, seus olhos brilhand o com seu lobo, e eu aceno. N ão
tenho energia para d iscutir com ela e escolho m e apoiar na parede. Satisfeita com sua
atitud e m and ona, ela tira várias m echas d e seu cabelo ruivo encaracolad o d os olhos e,
por um m om ento, sorrim os um para o outro. “N unca pensei que chegaríam os aqui.
Para ter essa chance d e um futuro... quand o nos conhecem os. Eu nunca soube que os
d euses haviam m e enviad o m inha m elhor am iga, m inha rainha, e tod o raio d e luz que
pud esse existir para ilu m inar m inha vid a.”
Eu m e inclino e pego a m ão d ela. “Acho que nos conhecem os por um m otivo,
N im m y. Eu precisava d e um am igo, um am igo verd ad eiro e honesto. N ão sei se você já
ouviu falar, m as as lobas alfa pod em ter ôm egas ligad os a elas. Eu m e perguntei s e você
seria m eu? Você pod e pensar sobre isso e...
“Eu sei o que é u m ôm ega. Seria um prazer e um a honra, pois servirei você até a
m orte d e qualquer m aneira. Minha rainha." Ela inclina a cabeça e eu sorrio, jogand o
m eus braços em volta d ela com força. Nós d ois choram os um pouco, não d e tristeza,
m as d e alegria, d e am izad e e d a paz pela qual trabalham os ard uam ente. Eventualm ente
nós nos soltam os, e eu m e recosto na pared e, acenand o para ela ir, e observo enquanto
ela se d irige para o pátio.
Sinos com eçam a soar nas terras d a m atilha, e não sei o som nem por quê, m as o
barulho pacífico canta no final. Da guerra. Da vid a. Quem sabe, m as o som é lind o
enquanto N im m y atravessa o pátio, a chuva caind o levem ente d o céu e caind o no chão.
O rugid o d e um d ragão ecoa ao nosso red or e N im m y fica im óvel, bem no m eio d o
pátio. Olho para cim a e vejo o contorno d e um d ragão na nuvem d e tem pestad e acim a,
pouco antes d e ele m ergulhar e pousar no pátio, batend o suas asas pod erosas antes d e
voltar.
Apollon fica nu na chuva, e faço questão d e m anter m eus olhos em N im m y
enquanto ele veste as calças que d eve ter carregado consigo. N imm y nem sequer para
enquanto corre até ele, notand o os cortes e o sangue escorrend o pela chuva, e parece
que se passou apenas um segund o antes d e ela bater no peito d ele com um soluço, os
braços em volta d o pescoço d ele, a cabeça enterrad a. em seu om bro e o d ele enterrad o
em seu pescoço, respirand o-a. Minha própria respiração fica presa d e em oção quand o
ele a segura com a m esm a força, com a m esm a força, com o se nenhum d os d ois quisesse
soltá-la. N ão quero assistir ao m om ento d eles, m as m e sinto colad o ao lugar, escond id o
nas som bras d o arco.
O tem po parece d esacelerar enquanto ele se inclina e a beija. Prim eiro, ela fica tão
chocad a que não se m ove, m as d epois retribui o beijo, e tenho vontad e d e pular e torcer
por eles. Um braço envolve m inha cintura, m e puxand o contra um peito d uro.
“N ão sabia que você era um pequeno d ragão espiand o,” Dray sussurra em m eu
ouvid o. “A propósito, quand o você m ud ou pela prim eira vez e eu te vi, estava m uito
quente.”
"Eu sem pre tive um a qued a por d ragões... Acontece que tam bém posso m e
transform ar em um ", m urm uro, inclinand o-m e para seu toque, e seus lábios d eslizam
pela ponta d a m inha orelha.
Concentro-m e novamente em N im m y e Apollon, no m om ento em que Apollon se
ajoelha na frente d e Nim m y, pegand o as m ãos d ela. A chuva não para d e cair, m as sei
que nenhum d os d ois percebe. As pared es d o pátio am plificam a sua voz, por isso é
d ifícil não ouvir as suas palavras. “Eu te am ei d esd e o prim eiro m om ento em que te vi e
sabia que não d everia. Eu sabia que você estava se curand o e a últim a coisa que
precisava era d e um d ragão te seguind o, m as não pud e evitar. Eu sabia que não havia a
m enor possibilid ad e d e você m e am ar, então d ecid i ser seu protetor, estar ao seu lad o,
tanto quanto pud esse. Quand o tom ei a d ecisão precipitad a d e falar com você naquele
corred or, pensei que você m e d iria para sum ir e nunca m ais falar com igo, m as você m e
perm itiu sentar perto d e você naquele banco. Parecia que tod o o m eu m u nd o se
ilum inou. Eu estava com m ed o d e quebrar o banco com a rapid ez com que m e sentei
nele e, acim a d e tud o, tem i que tivesse pegad o fogo com a m inha felicid ad e e que
queim ar o banco seria aind a pior.”
Ela ri. Am bos fazem isso, e eu sei que não é apenas chuva caind o em suas
bochechas. “Quand o você d ecid iu aceitar a oferta para encontrar sua fam ília, fiquei
m uito feliz por você ter m e perm itid o ir com você para ajud ar. Encontram os sua fam ília
incrível e, sinceram ente, eu tam bém os am o. Eles se sentem com o m inha fam ília e
certam ente m e receberam d e braços abertos. Passam os tod os os d ias ju ntos, e eu vivi o
prim eiro m om ento em que te vi tod as as m anhãs, e m eu coração afund ou tod a vez que
eu d izia boa noite. Adoro ver você cozinh ar. Ad oro ver você aprend er coisas novas nos
livros e com o você sorri e ri enquanto os lê, com o se estivesse assistind o o livro se
d esenrolar na sua frente. Ad oro ver você com sua fam ília, com o é com o se o tem po não
tivesse passad o. Acim a d e tud o, eu sim p lesm ente am o você. Quand o fiquei preso
naquelas m asm orras, foram essas lem branças suas que m e m antiveram vivo, e quand o
você apareceu, você m e d isse que éram os livres e parecia tão feroz e forte. Tud o o que
eu sabia que você pod eria ser quand o nos conhecem o s. Achei que não havia nenhum a
m aneira, em um m ilhão d e anos, d e você m e am ar tam bém . Mas aqui estou eu, de
joelhos, esperand o. Torcend o até o fim para que você tam bém m e am e, ou que possa
fazê-lo com o tem po, p orque acabam os d e sobreviver a outra guerra e tem os um futuro
inteiro pela frente, e só quero passar o m eu com você.
Quand o ela respond e, sua voz está quebrad a e quase u m solu ço. "Eu tam bém te
am o. N ão sou bom em grand es d iscursos, m as soube que te am ava no segund o em que
você voou para o céu e partiu para salvar a tod os nós. Eu sabia que nunca haveria
ninguém além d e você, e quero que tenham os para sem pre. Qu ero você com o m inha
com panheira, m eu d ragão, d e tod as as m aneiras que pud erm os nos unir. Eu estava
quebrad o quand o nos conhecem os, e você curou as partes d e m im que eu pensei que
nunca pod eriam ser salvas. Eu te am o. Com pleta e totalm ente.”
Ele a beija, um beijo m uito m ais profund o que o anterior, e eu m e viro para encarar
m eu próprio d ragão, que se inclina para trás para enxugar as lágrim as d o m e u rosto.
“Parece que um casam ento vai acontecer em breve”, ele sugere. “Espero que a noiva
não d esapareça nas cham as d esta vez.”
Eu bato no peito d ele. “É muito ced o para brincar sobre isso.”
Ele sorri e m e beija. “Talvez eu possa lhe m ostrar o que planejei para nossa noite d e
núpcias.”
Meu núcleo se aperta com suas palavras, m as balanço a cabeça. “As pessoas aind a
precisam d a nossa aju d a. Eu posso-"
“Você não pod e”, ele ord ena. “Sua m ãe exigiu que você d escansasse d epois d a
batalha, e não sou do tipo que ignora as ord ens d e m inha sogra.” Estreito os olhos para
essa besteira e ele sorri. “Tud o bem , m as prom eto fazer valer a pena. Tem os um a
surpresa para você.”
Posso d eixá-lo vencer d esta vez, m as não pretend o transform ar isso em um hábito.
"N ós?"
Ele não m e respond e, pegand o m inha m ão e nos levand o para dentro do castelo.
Espero que ele queira d izer que ele e m eus am igos chegaram a um acord o para passar a
noite no m esm o quarto, com o fizem os na casa aband onad a. Eu ad orava isso quando
estávam os tod os juntos e n ão quero que isso m ud e, m esm o qu and o estiverm os em
algum lugar novo e não estiverm os m ais em perigo. Ter hom ens possessivos com o
com panheiros sem pre foi um risco, eu sabia d isso, m as m eu coração d ói com a id eia d e
d orm ir em quartos d iferentes.
Descem os as escad as, passam os por vários corredores e d escem os para outro nível,
que é tranquilo. Um a porta está ligeiram ente aberta e Dray m e leva para d entro. Sinto
m eus outros com panheiros antes d e vê-los. Este quarto é gigante, com o a m aioria d o
castelo, e há um a cam a queen-size com lençóis d e cetim verd e e um a banheira com pés
no final, cheia d e águ a roxa quente e fum egante. H á um a janela com vista para um a
cachoeira, o som preenche suavem ente o am biente, e o piso acarpetad o com bina com as
pared es crem e exibind o as silhuetas brancas d as árvores no papel d e pared e. Um a
enorm e árvore preenche o teto, tão verd e quanto a roupa d e cama, e pequenas luzes
pairam ao red or d o teto, tornand o o quarto escuro e quente.
Pétalas patinam na água quand o olho para ela e percebo que m eus com panheiros
estão tod os recém -lavad os após a batalha... exceto eu. N akoa e Tarrent estão d e calça
preta, sem cam isa, e não posso d eixar d e ad mirá-los por um m om ento.
Tarrent acena com a m ão, trancand o a porta atrás d e nós. "Você a encontrou então."
Dray beija m inha bochecha, tirand o m inha cam isa. "Eu sem pre vou."
N ão d igo um a palavra enquanto todos vêm até m im e com eçam a d espir -m e a
roupa, suavem ente, suavem ente, até ficar nua entre tod os eles. Tarrent m e pega e m e
leva para o banho, colocand o-m e cu id ad osam ente no chão antes de sentar na cam a ao
lad o d e N akoa.
Eu su spiro, afund and o na água e voltand o. "Obrigad o. Eu precisava d isso.
“É um a honra cuid ar d e você. Você é nosso com panheiro e fizem os um acord o entre
nós”, com eça N akoa. “Um que já vem há m u ito tem po. Você é nosso com panheiro e
nossa fam ília, e as fam ílias não funcionam a m enos que estejam os tod os na m esm a
página. Com o dragões, é d ifícil com partilhar qual é o nosso maior tesouro, m as o
vínculo d e com panheiro está acim a d e nossa natureza. N osso am or por você está acim a
d e nossa natureza.”
Eu franzo a testa, m e perguntand o sobre o que exatam ente eles estão faland o. Dray
pega um pano e começa a m e lavar, enquanto Tarrent cuid a d o m eu cabelo. N akoa
continua faland o. “Quand o cad a um d e nós conheceu você, queríam os você para nós
m esm os, m as isso é egoísm o. H oje, quand o lu tam os juntos, tod os nós percebem os que é
assim que d evem os fazer tud o.”
Quand o Tarrent term ina m eu cabelo, a água d a banheira vira vapor ao m eu red or e,
à m ed id a que o vapor sobe no ar, seca m eu corpo sem esforço antes d e Dray m e pegar e
m e levar para a cam a. Ele m e faz sentar no m eio d e N akoa e Tarrent, seus olhos
d ourad os em m im enquanto se ajoelha. Minha respiração falha ao vê -los ao m eu red or,
com Dray m ostrand o qualquer vulnerabilid ad e na frente d eles. É um sinal d e confiança
profund a e sem fim .
“N ós concord am os em com partilhar você. Possua você. Ser seu. Lutam os m uito e
vencem os, e agora com partilharem os nossa recom pensa.”
“Sim , vam os, irm ão”, m urm ura Tarrent, e m eu coração bate m ais rápid o com o que
eles estão insinuand o.
"Você concord a?" N akoa questiona, passand o a m ão pelo m eu peito, sobre um
m am ilo pontiagud o. Eu susp iro e aceno com a cabeça, incapaz d e form ar palavras neste
m om ento. Ele gem e antes d e m e beijar, e logo não ten ho id eia de quem está com as
m ãos em m im , m as elas estão m e tocand o em tod os os lugares. Ter três corpos
m usculosos e tonificad os pressionad os contra m im , m e d evorand o e m e d and o prazer, é
esm agad or d a m elhor m aneira possível. Sonhei com isso, ter todos ao m esm o tem po,
m as não pensei que isso pud esse acontecer quand o cad a um d eles é tão possessivo. Isto
é um sonho e não quero que isso acabe nu nca.
Eles m e puxam para cim a d a cam a, suas roupas send o queim ad as com a m inha
ajud a. Eu gem o enquanto olho para baixo, vend o m eu rei separand o m inhas pernas e
beijand o m inha coxa. Ele não perd e tem po beijand o m eu núcleo e passand o a língua
pela m inha fend a antes d e encontrar o feixe d e nervos que faz m inhas costas arquearem
e girar sua língua d e um a m aneira que ele sabe que não m e fará d urar m uito. Quando
ele d esliza d ois d ed os em m im , estou perd id a na sensação, m al aguentand o. A língua
d e N akoa sai d a m inha boca e ele agarra m eu peito, lam bend o e provocand o m eu
m am ilo enquanto Tarrent m e beija em seu lu gar.
Eu grito d e prazer quand o um orgasm o m e atinge, a língua d e Dray e a m istura d e
tod os os m eus com panheiros são d em ais p ara aguentar. Dray ri contra m eu núcle o
antes d e m e puxar para baixo, e N akoa rosna.
"Junto."
Dray rosna d e volta, m as ele balança a cabeça antes d e m e pegar e d eitar com igo
sentad a em seu colo, m eu rosto bem na frente d e Tarrent, que está d e pé ao lad o de
Dray. Ele levanta m eu queixo e eu d ou -lhe um sorriso pecam inoso antes d e beijar a
ponta d o seu pau bem na m inha frente. Ele gem e e agarra m eu cabelo, afund and o
lentam ente seu pau em m inha boca até que eu possa senti-lo atingir o fund o d a m inha
garganta. Ao m esm o tem po, Dray investe em m im por baixo, e eu gem o em volta d o
pau d e Tarrent, incapaz d e m e conter.
Eu os sinto se m exend o na cam a e m e levantand o, e segund os d ep ois, sinto N akoa
pressionand o m inha bund a antes d e em p urrar lentam ente, e m inha cura faz a d or
d esaparecer em segund os, não d eixand o nada além d e um a sensação d e puro prazer d e
ter tod os os m eus sentim entos. com panheiros d entro d e m im d e um a só vez. Eles não se
d etêm , trabalhand o quase em sincronia enquanto em purram para d entro d e m im , e
m eu orgasm o faz m eu corpo trem er com um pr azer ind escritível. Dray gem e e engrossa
d entro d e m im , term inand o logo antes d e N akoa, segund os d epois.
Olho para Tarrent, que m e tira d e cim a d eles e m e joga na cam a. Ele levanta m inha
perna e bate em m im , gem end o contra m eus lábios antes d e afund ar a língua em m inha
boca. Sua m agia passa por m im com cad a estocad a, roçand o meu clitóris e m eus
m am ilos, tud o ao m esm o tem po. Eu grito, apertand o m ais um a vez ao red or d ele, e ele
se acalm a, engrossand o e term inand o d uro d entro d e m im . Sem fôlego, ele sai e tod os
nós nos d eitam os, recu perand o o fôlego.
N ão acred ito que isso aconteceu e eles não se m ataram por isso. Rolo d e lado, o
braço d e Tarrent envolvend o m inha cintura e puxand o m inhas costas contra sua frente.
Os olhos d ourad os d e Dray encontram os m eus e ele sorri d e brincad eira. “A bruxa
pod e nos lim par e estou pronto para a próxim a rod ad a.”
Perto d o fogo... tenho m uita sorte.
“Eu sem pre m e perguntei com o você transa com ela. Estou im pressionad o ”, d iz
Tarrent a Dray.
Ele ri profund am ente e eu sorrio com a sim patia entre tod os eles, m esm o que isso
m e faça corar.
N akoa inclina m inha cabeça e m e beija, d esp ertand o m inha excitação m ais um a vez.
"Agora você pod e ver com o eu fod o com ela na beirad a d esta cam a."
“N ão venha im ed iatam ente, jovem d ragão”, Dray provoca, e vejo o d esafio perverso
aceito no olhar d e N akoa enquanto a m agia d a água d e Tarrent nos lim pa. N akoa m e
puxa para a beira d a cam a, m e inclinand o sobre ela e beijand o m eu om bro enquanto seu
pau d uro pressiona m eu núcleo. "Aguentar."
E eu faço isso enqu anto m eu rei e senhor assistem .
Capítulo
Treze
você está ótim o; relaxe, N im m y. As noivas não d evem trem er d a cabeça aos pés
“S em tem po quente — exige tia Reine enquanto N im m y pega seu vestid o, passand o
as m ãos sobre ele e se olhand o no espelho repetid as vezes. Posso praticam ente
sentir a m istura d e energia nervosa e excitada saind o d ela. Term ino d e am arrar a
lateral d o m eu vestid o rosa claro que vai até o chão e com bina com o tem a d o
casam ento: rosa e verm elho. N im m y olha para m im por cim a d o om bro, com os olhos
arregalados, e tento dizer a ela para relaxar. O vínculo entre nós significa que posso
sentir sentim entos extrem os nela ou se ela está com problem as, e agora ela está nervosa.
"O que você acha?" ela m e pergunta, tocand o a m arca em seu braço q ue com bina
com a m inha. É a m arca ôm ega, m as a nossa é d iferente d aquela que m inha m ãe tem
com os ôm egas d ela. O nosso é feito d e cham as, enrolad as para form ar um lobo. Um a
d as prim eiras coisas que fiz d epois d a guerra, quand o os funerais term inaram e todo s
queriam reconstruir, foi torná-la m inha ôm ega. N aquela sem ana, anunciam os
publicam ente a reconstrução d a cid ad e, qu e estava aberta para qualquer pessoa vir
m orar, trabalhar e até treinar com os d ragões para se juntar ao exército real. Tarrent e
N akoa foram oficialm ente transform ad os em nossos consortes reais e orgulhosam ente
assum iram m uitos, m uitos em pregos d os quais Dray e eu não tínham os a m enor id eia.
Para Tarrent e N akoa, seu trabalho na construção d e confiança com outras raças e na
realização d e negociações e acord os d e paz tem sid o incrível. Dray e eu tam bém
assum im os nossos tronos oficialm ente, m esm o que não tenham os um trono no
m om ento até que seja reconstruíd o. N ossos d ragões com em oraram e festejaram a noite
tod a conosco e, d esd e então, trabalham os juntos para resolver qualquer problem a que
encontram os. Tod os os d ragões concord am que ter quatro governantes é m uito m elhor
d o que um rei m al-hu m orad o. N ão que algum d eles seja corajoso o suficiente para d izer
isso na cara d e Dray... exceto Apollon.
Um a d oce m úsica toca lá fora, anu nciand o o início d o d ia, d o sol nascend o acim a
d as terras d a m atilha. H oje é especial... e m arca m uitos outros d ias especiais para o
nosso povo. H ouve mom entos, não m uito tem po atrás, que eu nunca pensei que veria
esse d ia. Parece que foi há m u ito tem po que pensei que estava sozinho, send o forçad o a
um casam ento que não queria e que não tinha ninguém para m e salvar além d e Araw n.
A verd ad e é que Araw n m e interpretou com o a garota ingênua que eu era, e eu tinha
tantas pessoas que m e am avam . Incluind o Drayciano. Incluind o m inha fam ília. Eles
fizeram d e tud o para m e proteger e garantir que eu pud esse sobreviver, m as nunca
percebi o que realm ente era. Os sinos tocam novam ente e eu pisco.
“Você está incrível”, d igo suavem ente, ad m irand o seu vestid o d e noiva d e rend a
branca que foi feito à m ão para ela e se aju sta às suas curvas e cai no chão em um a longa
caud a d e rend a.
Este é o prim eiro casam ento d o nosso povo d esd e a guerra, há seis m eses, e o
prim eiro d os dragões fora d e Dray, N akoa e eu a encontrar seu par. O lind o cabelo
ruivo d e N im m y está enrolad o em um coque com várias pérolas rosa enrolad as em seu
cabelo, que ela m e d isse serem d e sua m ãe e que sua tia os guard ou para este d ia. Eu sei
que eles significam m uito para ela. H á um colar d e pérolas com binand o em volta d o
pescoço d ela que é u m presente d e casam ento m eu e d os m eu s am igos, e ela chorou por
uns d ez m inutos d epois que eu d ei a ela ontem .
“Só estou preocupad a”, ela ad m ite, franzind o a testa, m as d e algum a form a aind a
bonita. Eu levanto o véu d e ond e ele estava e cam inho até ela. Ela inclina a cabeça para
que eu possa prend ê-lo e eu a ajud o a resolver o problem a enquanto ela se end ireita.
“N ão fique. Vocês d ois... bem , os velhos d euses não pod eriam ter planejad o um
rom ance m elhor,” eu d igo gentilm ente. “Ele am a você e você o am a. H oje apenas torna
isso form al.”
“Faland o nisso, vou encontrar Devika e ter certeza d e que ela está usand o o
vestid o”, tia Reine nos d iz, inclinand o-se e beijand o nossas bochechas antes d e sair d e
casa. N ão vi m uito tia Reine d urante e d epois d a guerra. Ela foi embora para tentar m e
encontrar e estava apenas na m etad e d o cam inho quand o so ube que havia um
problem a e eu voltei. Desd e então, ela quase não nos d eixou sozinhos, para grand e
aborrecim ento d os m eus am igos. H ouve m u itas vezes em que tia Reine entrou antes
que m eus am igos pu d essem m e tirar a roupa com o planejaram . Às vezes, com o br ilho
provocad or nos olhos, aposto que ela faz isso d e propósito.
Eu rio. “Devika não gosta d e vestid os, m as sei que ela usaria um para você.”
N im m y sorri abertam ente e m e abraça com força na próxim a respiração. “Ouvi d izer
que ela estava conversand o com as bruxas que estavam ajud and o a reconstruir a cid ad e
d o d ragão.”
“Devem os m uito a eles pela ajud a”, ad m ito. Construir um a cid ad e inteira precisava
d a ajud a d a m agia, ou teríam os d em orad o m uito. Devika e eu chegam os a um acord o
para ajud ar as bruxas e, em troca, N akoa treinará parte d e seu exército para usar m elhor
a m agia d o fogo, com o um d ragão faria.
Mas não haverá reuniões hoje, porque é um a celebração. Eu sei que este é um d ia
que m uitos d ragões esperaram para ver, na esperança d e encontrar seus com panhe iros
e m ostrar que a m ald ição acabou. Eles m erecem isso. Eles esperaram por tanto tem po.
Esta casa é o lar tem porário d e N im m y e Apollon, que nos foi d ad a junto com tod a a
rua d os lobos. Mam ãe nem precisou perguntar. Muitos d eles ficaram gratos pelos
d ragões em am bas as guerras e ficaram felizes em ajud ar. Meus am igos e eu nos
m ud am os para o castelo por enquanto, e pod e ser um castelo grand e, m as parece u m
pouco pequeno para m im e m eus am igos, especialm ente com os alfas e m inha m ãe
sem pre lá para interrom per m om entos rom ânticos.
A voz d e N im m y está baixa. “É só que o vínculo d e am izad e não apareceu, e eu
esperava que acontecesse. Que ele seria m eu nesse sentid o tam bém .”
“Vai fazer efeito. Às vezes leva tem po, eu acred ito”, d igo a ela. “Tarrent sentiu o
víncu lo entre nós, m as eu não senti totalm ente por m uito tem po.”
Ela se afasta e encara o espelho, acariciand o seu braço. “Vam os nos casar e isso
significa que ele é m eu .”
“Seu,” eu concord o, entend end o que isso é m ais seu lobo d o que ela expressand o
esse sentim ento. “Os d ragões têm um a m aneira especial d e acasalar com o fogo. Ele
provavelm ente está apenas esperand o d epois d o casam ento. Duvid o m uito que ele não
queira você com o com panheira e que o que vocês d ois têm não seja um acasalam ento
verd ad eiro.
Ela balança a cabeça, virand o-se para m im com olhos brilhantes antes d e se
aproxim ar e m e abraçar m ais um a vez. "Obrigad o por estar aqui."
“Estarei sem pre aqui. Você é m eu m elhor am igo e m eu ôm ega ”, respond o com
firm eza.
“Já estam os nos abraçand o? É por isso qu e não gosto d e casam entos”, exclam a
Devika, bufand o, entrand o com um vestid o que com bina com o m eu. O rosa com bina
com seu cabelo preto e m aquiagem escura, m as aind a a d eixa bonita e elegante d e
algum a form a. Eu sorrio para ela por cim a d o om bro d e N im m y, olha nd o para sua
aliança preta em seu d ed o. Ela se casou com Sir Brenainn pouco d epois d e eles voltarem
para a cid ad e, quand o a guerra acabou. Apenas Tarrent e eu fom os convid ad os, m ais
ninguém além d a fam ília, que incluía a irm ã d e Brenainn. Foi um a cerim ônia pequena e
d oce ond e ele foi feito seu senhor consorte d as bruxas, um senhor por d ireito próprio,
m as tod os sabem quem governa d e verd ad e, incluind o Brenainn. Am bos nos visitaram
algum as vezes ao longo d os m eses, e Brenainn rapid am ente se tornou am iga d os m eus
am igos e d a m inha m ãe. Ele é um bom hom em e faz Devika feliz. Ela m e d isse que ele é
o único hom em que ela conheceu que a faz se sentir segura e d estem id a. N em m esm o
seu irm ão pod eria fazer isso com pletam ente.
Devika com ete o erro d e se aproxim ar, e N im m y se m ove com o um gato, agarrand o-
a no abraço e usand o sua força para garantir que ela não consiga escapar. Devika
suspira e nos abraça enquanto tod os rim os.
“Eu não gosto d e abraços”, ela m urm ura. “Mas acho que d esta vez vou perm itir.”
“Você realm ente ad orou ”, sugiro, e ela não respond e, o que m e respond e por si só.
“Espero que você esteja pronto. As ruas estão cheias d e lobos, bruxas, d ragões e
anjos esperand o para com em orar com você”, conta Devika. “Eles até jogaram confete
em m im enquanto eu cam inhava até aqui.”
Pelo tom d ela, posso d izer que isso a irritou regiam ente. N im m y ri. “Que m aneira d e
m e d eixar m ais nervoso.”
“Por que não vam os organizar seu casam ento prim eiro, d e novo?” Devika m e
questiona enquanto tod os nos soltam os.
“Querem os nos casar em nossa casa. N ossa cid ad e”, explico.
Os olhos d e N im m y suavizam e até Devika parece sorrir. H á um a batid a na porta,
d uas vezes, e essa é a nossa d eixa.
“Vam os pegar um d ragão para você, N im ue Wind shire”, d iz Devika, d and o um
passo para o lad o para que N im m y vá prim eiro. N ós d ois ajud am os a arrum ar o trem
d ela enquanto ela fica na frente d a porta, a luz brilhand o no quad rad o d e vid ro fosco na
porta.
Por um m om ento, ela brilha ao olhar para nós, com lágrim as nos olhos, e ela balança
a cabeça. “Vam os conseguir o m eu felizes para sem pre. Eu m ereci m uito bem , m esm o
que nunca o tenha m erecid o.
Ela abre a porta enquanto Devika coloca seu braço no m eu, e sua longa caud a segue
atrás d ela enquanto ela sai para a rua cheia d e m úsica suave e pessoas anim ad as. A rua
foi lind am ente d ecorad a com told os claros, protetores solares brilhantes girand o pontos
d e cores d iferentes ao longo do cam inho d e pétalas cor d e rosa. Graças ao m eu pod er, o
céu está cheio d e pequenas brasas d eslu m brantes espalhad as em linha e parecem
estrelas verm elhas. As crianças d a cid ad e aplaud iram e ficaram m uito entusiasm ad as
quand o d ei a algum as d elas pequenas brasas, que m e certifiquei d e que perm aneceriam
quentes e nunca quentes o suficiente para queim á -las. Acabei com um a fila d e trinta
crianças antes d e pod er escapar ontem . A fila d e brasas d esce d iretam ente para a
cerim ônia, e N im m y não viu nad a d isso. Ela olha para trás, com lágrim as caind o pelo
rosto, e ela m urm ura: "Obrigad a."
Os aplausos parecem ecoar por tod a parte enquanto as pessoas jogam confetes pelas
janelas e pelos cam inhos laterais, enquanto as crianças correm para cim a e para baixo
nas bord as, segurand o pipas brancas com d ragões verm elhos pintad os nelas.
Continuam os a d escer as escad as e m uitas pessoas estão fora d e casa. Dragões com
algum as d e suas novas fêm eas ao lad o se cu rvam d iante d e m im , com os olhos cheios
d e esperança. N unca entend i por que eles olhavam para m im com tanta esperança
quand o eu era m ais jovem ... agora entendo. A m agnitud e d isso é hum ilhante. Eu
sem pre tive esperança no futuro d eles, e m esm o que perd êssem os a cid ad e e quase
tud o, eu não m ud aria nad a para chegar a isso. Eu acord ei nos braços d os m eus am igos
esta m anhã – e tod as as m anhãs pelo resto d e nossas vid as – e valeu a pena lutar por
isso.
A cam inhad a leva cerca d e cinco m inutos, m as tenho a sensação d e que N im m y nem
percebe antes d e virarm os um a esquina e chegarm os a um lind o cam po no m eio d e um a
floresta d e altas árvores antigas, com o rio próxim o. N a parte d e trás d o cam po há um
arco feito d e ped ra com d uas árvores d e folhas roxas d e cad a lad o que criaram raízes ao
red or d a ped ra antes de se estend erem para o céu. Folhas roxas se m isturam às m inhas
brasas, que caem ao red or d e N im m y enquanto ela faz um a pausa, e tod os se levantam
d e seus assentos em cad a lad o d o cam inho.
Apolo está no altar, vestind o um terno preto com um alfinete verm elho d e um
d ragão preso no bolso d o peito. Se eu pensei que N im m y parecia nervoso, Apollon
parece m ais. N akoa e Draycian são seu s p ad rinhos, orgulhosam ente ao seu lad o, e
N akoa pisca para m im enquanto os olhos d e Draycian observam pecam inosam ente m eu
vestid o, e eu sei que ele vai queim á-lo m ais tard e. Seguim os N im m y até o altar e, assim
que ela se aproxim a, Apollon puxa sua m ão e a beija profund am ente na frente d e tod os.
Tod os nós com em oram os e batem os palm as, enquanto as bochechas d e N im m y ficam
verm elhas.
Minha m ãe, que está atrás d eles no altar, pigarreia. “Isso é para o final d a cerim ônia,
Apollon.”
Ele ri, d eixando-a ir, e ela parece atord oad a, m as m uito apaixonada enquanto olha
para ele. Eu fico com Devika à d ireita, m eus olhos piscand o para m eus com pan heiros, e
Tarrent parcialm ente cham a m inha atenção enquanto ele se senta em um terno cinza na
prim eira fila à esquerd a, ao lad o d a tia e d a fam ília d e N im m y. Ele m e olha antes d e se
inclinar para trás e sorrir, e estou tão nervosa que nem ouço o início d a cerim ônia.
“Bem -vind os, tod os, a este casam ento m uito especial, e que os d euses estejam com
tod os vocês”, d iz m am ãe, seus olhos piscand o para m im .
Enquanto N im m y e Apollon d izem as antigas palavras d e ligação um ao outro, olho
para tod as as pessoas sentad as aqui observand o e quantas d elas eu am o
profund am ente. Os alfas, m eu irm ão, m inha tia e seu com panheiro form am um a fila e,
atrás d eles, posso ver as asas d e Callahan e Breelyn ao seu lad o, seus filhos ocupand o o
resto d os assentos. Tia Reine, N iall e outr os que eu apenas com ecei a conhecer ocupam
os lugares atrás d eles. A m aioria d os outros assentos é ocupad a pela fam ília d e N im m y
e pelos d ragões, que assistem com seus próprios sorrisos.
“Agora, acred ito que Apollon fez anéis”, d iz m am ãe, e Apollon concord a, tirando
d uas faixas verm elhas escuras d o bolso. N im m y engasga, lágrim as enchend o seus olhos
enquanto ele pega sua m ão.
“Para sem pre, N im ue.”
“Para sem pre”, ela rep ete enquanto ele d esliza o anel em seu d ed o, e ela pega o d ele
para fazer o m esm o. Mam ãe os instrui a m anter as m ãos juntas antes d e fazer sua m agia
verd e, quase cegante, am arrar um a fita verd e em volta d e suas m ãos com força.
A voz d e m am ãe vai longe. “Quand o esta fita queim ar, suas vid as estarão ligad as
para sem pre.”
Apollon não tira os olhos d e N im m y enquanto usa seu fogo para queim ar o vínculo,
sem nunca m achucá-la, e no segund o que ele d esaparece, N im m y se joga em seus
braços e ele a beija ap aixonad am ente. Tod os estão fora d e seus assentos, aplaud ind o e
aplaud ind o, e lind os sinos tocam pela cid ad e ao m esm o tem po. Aplausos e uivos ecoam
pelas terras d a m atilha pelas próxim as horas, o que é principalm ente um a enxurrad a d e
d ança, boa com id a e m ais um pouco d e d ança antes d e eu conseguir escapar d e um d os
m eus com panheiros para um pouco d e paz. Eu rio, observand o Draycian send o
d istraíd o pela tia d e N im ue e forçad o a d ançar enquanto m e encosto em um a árvore nas
som bras, olhand o para tod os.
Tarrent vem até m im , com um sorriso d iabólico no rosto, e m e oferece a m ão.
Suspiro, incapaz d e d izer não para ele, e pego sua m ão. Ele não m e leva até os
d ançarinos, optand o por nos m anter aqui, escond id os nas som bras d as árvores,
d ançand o ao som d a m úsica. Ad m iro com o as som bras apenas enfatizam as m açãs d o
rosto salientes, a curva d os lábios e o cabelo p reto com o a noite.
Eu sou um a m ulher m uito, m uito sortud a.
Ele m e gira e m e puxa d e volta para ele. “Você sente falta d e ser o Senhor d as
Bruxas?” Pergunto baixinho, não querend o que ninguém nos ou ça. Raram ente tem os
tem po verd ad eiram ente sozinhos no m om ento. Eu sei que é um a coisa tem porária, m as
é algo sobre o qual eu queria que falássem os. Ele abriu m ão d e m uita coisa para estar ao
m eu lad o, e preciso saber se algum a parte d ele ficará ressentid a com igo por isso no
futuro. “N ós nunca conversam os sobre a cid ad e e o governo d e sua irm ã.”
Ele d esistiu d e ser senhor para ser m eu consorte real, m as não é exatam ente a
m esm a coisa. Dray aind a é rei e eu sou rainha, e por m ais que concord em os em tom ar
d ecisões juntos, não é com o ser o senhor que não respond e a ninguém .
Ele rola os nós d os d ed os pela m inha espinha, m e fazend o estrem ecer. “Foi um a
bênção, princesa. Eu só pod eria ter sid o um senhor ou seu. Eu sem pre ficaria d ivid id o
entre você e a cid ad e e, sinceram ente, não colocaria a cid ad e em prim eiro lugar no que
se refere a isso. Eu escolheria você e am ald içoaria m eu povo sem piscar.”
Minha voz é suave. “E isso teria d estruíd o você.”
“Sim ”, ele sussurra para m im , aproxim and o nossas testas. “N ão sinto falta e quero o
futuro, a cid ad e que estam os construind o sobre a esp inha d orsal d a paz e d a leald ad e.
A cid ad e d as bruxas foi m antid a viva pelo m eu pai e o d estruiu. Acred ito que ele
escolheu a cid ad e em vez d a nossa m ãe, e m uitos m orreram por causa d isso. Devika...
ela sem pre colocará a cid ad e em prim eiro lugar. Ela faz, m esm o agora. Ela testem unhou
a verd ad eira injustiça, crueld ad e e m ald ad e. Ela superou tud o isso, e acred ito que foi
para garantir que seu povo nunca m ais sofresse essas coisas.”
“Estou orgulhosa d e você”, ad m ito, segurand o seu rosto. “N ão são m uitos os
hom ens que pod eriam facilm ente d esistir d e um a cid ad e inteira por sua com panheira.”
Ele ri e m e beija su avem ente, faland o contra m eus lábios. “Por você, eu faria
qualquer coisa. Qualquer coisa."
Ficam os juntos por algum as m ú sicas, felizes nos braços um d o out ro, e quase não
percebo d ores nos pés. Quand o a m úsica para por um m om ento, ele abaixa m eus braços
e beija m inhas m ãos. “Vou d istrair N akoa e Draycian para que você possa d escansar os
pés.”
"Com o você sabia?" Eu questiono.
Ele ri e pisca para m im . “Eu sou seu com panheiro. Eu noto tud o sobre você. Tire os
calcanhares.
Balanço a cabeça, m as não paro antes d e tirar os sapatos d o inferno e cam inhar pela
gram a, aproveitand o a suavid ad e d os m eus p és.
Um lam pejo verd e m e faz olhar para cim a e, em um a brecha entre as árvores, avisto
m inha m ãe sentad a em um d os telhad os d as casas, sozinha e lind a em seu vestid o verd e
brilhante que reflete o sol. Soltei m inhas asas e voei, pousand o ao lad o d ela, e ela m al se
encolhe.
Ela olha para m inhas asas e estend e a m ão. Eu a d eixei tocar m inhas asas e ela ficou
olhand o com espanto. “Eles são lind os. Com o o ponto m ais quente d e um a cham a.”
Eu os faço d esaparecer, não querend o que ninguém olhe para nós, e ela se vira para
a vista d eslum brante d o band o d aqui d e cim a. “Eu estava pensand o no que você m e
contou sobre as terras d a Ravensw ord Pack.”
"Oh?" — pergunto, esticand o as pernas. Apoio m inha cabeça em seu om bro e ela
passa o braço em m inhas costas.
“N o com eço, fiquei com raiva porque alguém estava reivind icand o aquela terra d a
m atilha. Os alfas tam bém ”, ela ad m ite. “Mas então pensei em Jesper. Ele queria ser alfa,
voltar para lá, e estava errad o, m as sei que m uitos d os lobos sentem falta d a terra ond e
seus ancestrais viveram . Ela suspira. “Vou perm itir que os lobos que d esejam d eixar
nossa m atilha voltem para casa, d esd e que nenhum alfa governe aquela terra e as
antigas form as d e m au s-tratos contra parceiros e fêm eas sejam proibid as.”
Eu olho para o sol subind o no céu. “Eu entend o o d esejo d e encontrar o cam inho d e
casa.”
“Estou feliz que você tenha feito isso,” ela sussurra, com a voz grossa. “Eu
costum ava tem er vir ver você tod os os anos. Você sabia d isso?"
"Por que?" Eu pergunto, m inha voz rouca.
“Porque eu tive que ir em bora”, ela m e d iz, e m eu coração se aquece. “Ad orei cad a
segund o que passei com você, m as partir foi com o se a lacuna em m eu coração se
esvaziasse d e tud o o que você fez sentir enquanto eu estava com você. Eu faria tud o de
novo para m antê-lo seguro, e sem pre estarei em d ívid a com Draycian por tentar o seu
m elhor para salvá-lo. Posso ver que isso lhe custou caro, m esm o que às vezes
d iscord ássem os.”
Eu sorrio. “Ele aind a é um pouco id iota. Está tud o bem , ele conhece e gosta d esse
lad o d ele.”
Ela ri com igo e não quero m ais sair d esse m om ento com ela.
“Por que você está aqui sozinho, afinal? Eu sei que você tem quatro am igos para
m antê-lo ocupad o lá em baixo.”
O sol parece ilum inar seus olhos verd es. “Às vezes é bom sentar e olhar para o céu e
m e perguntar com o tive tanta sorte.” Concord o com a cabeça, pois sinto o m esm o por
m eus com panheiros.
“Estou com partilhand o m eu pod er com m eu s com panheiros”, d igo a ela, precisand o
contar a alguém .
"O que você quer d izer?"
Eu observo as terras pacíficas. “Tenho com partilhad o o pod er entre m eus
com panheiros d a m esm a form a que fiz com Draycian. Tod os nós quatro seremos iguais
no final. Eles estão cientes d isso e serão d euses pod erosos, m as não verd ad eiros d euses
por d ireito próprio. Significa que não serem os m ais im ortais; viverem os nossas vid as.
Exatam ente a m esm a quantid ad e d e anos. Um a vid a norm al.
“N ão quero que m eus filhos nasçam com u m a quantid ad e d ivina d e pod er e um a
vid a im ortal. N ão quero que m eus com panheiros m orram antes d e m im . N ão quero que
nenhum d e nós m orra prim eiro, m as sim juntos, e é assim que pod em os fazer isso.
Acho que o pod er d os d euses sem pre foi feito para acabar com igo, e parece certo fazer
isso. Eu sei que é d esistir d e m uita coisa, mas observei os d euses antigos, assim com o
você, e a im ortalid ad e custou tud o a eles. Prefiro ter um a vid a sim ples.”
Seus olhos brilham com lágrim as. “Eu nunca estive m ais orgulhoso d e você. Talvez,
quand o os d euses lobos abençoaram nossa linhagem , eles soubessem que isso
term inaria com você. Eles não pareciam felizes, trancad os naquele lugar, em form a d e
lobo. Olhei nos olhos d eles e senti o pod er que você tem , m as eles pareciam m ortos.
Acred ito que você os libertou. Com o fiz com m inha d eu sa.
Eu olho para o céu sem fim . “N ão há m ais d euses para cuid ar d e nós. N ão há m ais
d euses para orar e sussurrar. Som os só nós.”
Minha m ãe beija o lad o d a m inha cabeça. "Finalm ente."
Epílogo
DEZ ANOS DEPOIS…
M
Meus gritos ecoam pela sala quente, m esm o quand o tento contê-los, m esm o
sabend o que eles estão aterrorizand o m eus com panheiros, m as perto d o fogo,
d ói.
“Tão corajosa, m inha rainha,” Dray m urm ura em m eu ouvid o, e eu sei que se
ele pud esse, ele tiraria a d or d e m im e faria isso sozinho. Ele acaricia m eu cabelo
suavem ente e Tarrent beija m eu joelho, segurand o m inha perna para cim a. N akoa está
segurand o m inha m ão com força, parecend o m ais em pânico d o que nunca.
“Respire, m eu guard a,” quase rio.
Ele ri. “Eu d everia estar d izend o para você respirar apesar d a d or, e não o
contrário.”
“Só não d esm aie, irm ão”, sugere Tarrent, e eu seguro um sorriso, que logo
d esaparece quand o u m a contração bate forte. A cad a contração, m inha m agia torna a
sala m ais quente, o fogo fica m ais forte e tod os suam com o calor d a sala. Para m im ,
parece que m e faz relaxar e gosto d isso enquanto m e acom od o.
"Precisas d e algum a coisa?" — pergunta m am ãe, parad a por perto, segurand o um
cobertor branco no qual querem os que nosso filho seja em brulhad o.
“N ão”, consigo d izer antes d e gritar novam ente enquanto outra contração aum enta,
a d or açoitand o m eu corpo. “Eu p reciso em purrar.”
Delilah, um a fam osa curand eira, olha para m im e sorri suavem ente com seus olhos
cinzentos. N o m om ento em que contam os a tod os que eu estava esp erand o, m eses atrás,
Devika exigiu que nos encontrássem os com Delilah e a d eixássem os fazer o p arto.
Delilah d eu à luz os gêm eos d e Devika há d ois anos e jurou que eu não iria querer m ais
ninguém se algo d esse errad o. Delilah felizm ente m ud ou -se para os aposentos d e
hósped es d o castelo e tem sid o inestim ável durante seu tem po aqui, que acred ito que se
estend erá além d este nascim ento, graças a um d ragão am igo d e N akoa que a
reivind icou com o sua com panheira.
“Serei, seu bebê está quase chegand o e você se saiu m uito bem . N a próxim a
contração, preciso que você em purre com tud o o que tiver ”, ela com and a em um tom
estrito, m as gentil. “E então terem os um novo bebê neste m und o.”
Aperto aind a m ais m eus lençóis verm elhos, a m esm a cam a em que este bebê foi
concebid o com m eus am igos. N unca saberem os quem é o pai, m as com o tod os nós
estam os tão intim am ente ligad os à nossa m agia, a m ãe su speita que o bebé será um a
m istura d e tod os nós. Ela afirm a que é assim com m eu irm ão, e talvez seja u m presente
que só nós terem os.
Outra contração m e atinge e eu grito, cham as explod em no ar ao redor d a sala
enquanto eu em p urro p ara baixo, a d or é terrível. Sinto m eu bebê sair e vejo Delilah
esfregand o as costas d o bebê enquanto Draycian e Tarrent m e ajud am a sentar, m e
d izend o que estou bem e que estão m uito orgulhosos d e m im . H á um a quietud e na sala
por um m inuto, um m inuto que parece se estend er para sem pre, com o se o m und o
parasse logo antes d o choro d o m eu bebê ecoar por tod a a sala, o som m ais d elicioso.
N akoa se inclina, ajud and o m inha m ãe a em brulhar o bebê, enquanto Delilah balança a
cabeça e d á u m passo para trás. Um sorr iso surge em m eu rosto quand o N akoa pega
nosso bebê no cobertor branco especial que m am ãe nos d eu d e presente. Ele coloca m eu
bebê em m eu s braços, e o bebê é tão pequeno, tão leve.
“Um a garota”, N akoa suspira.
Draycian inclina a cabeça perto d a m inha, lágr im as silenciosas caind o d ele em m eu
rosto. Ele toca sua bochecha d ourad a e Tarrent acaricia sua m ão, as m esm as lágrim as
caind o por seu rosto que com binam com as m inhas. Delilah m e ajud a a aprend er a
am am entá-la, e pod e levar algum tem po para entend er isso. Tem os tod o o tem po d o
m und o.
Ela abre seus olhinhos e eles são verd es m usgo. Apenas com o eu. Assim com o
m inha m ãe. A m ão d e N akoa trem e quand o ele a apoia na m inha p erna. "Ela se parece
com você."
Entrego nosso bebê para Draycian enquanto Delilah m e ajud a com a placenta e
m am ãe m e aju d a a lim par.
“Estou m uito, m u ito orgulhoso. Ela é lind a ”, ela m e d iz, suas m ãos brilhand o em
verd e enquanto ela m e cura. “Que sorte tenho d e ter um a neta agora.”
Olho para m eus am igos, tod os se revezando no colo d e nossa filha , e já vejo com o
será nosso futuro. Ela será m im ad a e am ad a. Ensinad o a ser governante por Dray,
ensinad o m agia por Tarrent e com o lutar por N akoa. Com o calor d e sua pele, tenho
certeza d e que irei ensiná-la a controlar o fogo tam bém .
Mam ãe olha. “Quand o ela tenta nam orar alguém , os d euses a ajud am .”
Eu rio, pensand o nisso tam bém . Meu irm ão encontrou recentem ente sua
com panheira, m etad e lobo, m etad e anjo, que vive nas terras d a m atilha e,
aparentem ente, seus sete irm ãos m ais velhos não aceitaram isso bem . Meu irm ão
consegue se virar sozinho, e ele está apaixonad o e é tão teim oso que nenhum d e nós
está preocupad o. Estou ansioso para conhecer a m ulher que m eu irm ão afirm a ser sua
com panheira e recebê-la em nossa fam ília.
Mam ãe beija m inha bochecha antes d e sair com Delilah, am bas nos d esejand o o
m elhor antes que m eus am igos olhem para m im . Dray m e oferece sua m ão, nosso bebê
aconchegad o em seu braço enorm e com o um a bonequinha. “Pronto para anunciá-la ao
nosso povo?”
Concord o com a cabeça enquanto N akoa m e ajud a a vestir um roupão verm elho
escuro e m acio, e puxo m eu cabelo para fora, d eixand o -o cair pelas m inhas costas em
um a ond a loira. Felizm ente, consegui d escobrir com o usar m eus pod eres para garantir
que o cabelo preto nunca m ais voltasse.
Ouço nosso povo lá fora, nas ruas, torcend o e esperand o por nós. Assim têm sid o
nos últim os nove m eses, d esd e que com partilham os a notícia incrível. Eles querem
celebrar a nova herd eira d o trono, e talvez eu não queira com partilhá -la aind a, m as
quero que nosso povo a conheça e a receba. Tarrent olha para trás e, quand o aceno, ele
abre as portas d o nosso quarto que levam à enorm e varand a que se estend e pelo topo
d o castelo. É ótim o p ara Dray, N akoa e eu pousarm os em nossa form a d e d ragão, e
Ragnar fez o chão com um a ped ra preta brilhante incom um que é resistente ao fogo e
não risca.
N ossa cid ad e foi construíd a sobre o que restou d a m ontanha caíd a ond e fom os
criad os, e nosso castelo está exatam ente onde ficava o antigo castelo, m as agora há um a
estátua d e Mnem ósine em nossa sala d o trono, com o tanto d evemos. nosso futuro para
ela, e ela não será esquecid a por nenhum d e nós. Cham am os o quarto abaixo d e nós de
poço, e é o quarto d e Aquiles, ond e ele aind a recebe presentes d os pais d as terras d a
m atilha para tod as as crianças que ele salvou, bem com o para as m ulheres e alguns
hom ens que ele salvou na guerra. Ele é reservad o, m as sei que ad ora os presentes. A
cid ad e em si é lind a e parece um labirinto d e telhad os verm elhos de cristal e torres de
pilares verm elhos com cham as eternas n o topo, que queim am d ia e noite. “A cid ad e que
nunca fica escura” é o que ouvim os com frequência d e quem nos vem visitar. Dem orou
três anos inteiros para reconstruir a cid ad e e, nesse tem po, fom os m antid os ocupad os
por Apollon e N im m y, que conceberam sua filha na noite d e núpcias, quand o se
tornaram am igos, e pelos m uitos lugares para ond e N akoa, Dray e Tarrent m e levaram .
visitar ao redor d o m und o. Sonhei em viajar, conhecer tod os esses lugares que leio, m as
fazer isso com m eus am igos? Isso tornou tudo per feito.
Três longos anos, e na prim eira noite na cid ad e, os aplausos nunca pararam .
Viajam os por m ais alguns anos antes d e d iscutir a id eia d e ter um filho. N unca
esquecerei d e ver lágrim as nos olhos d e Dray quand o ele m e pegou no colo e d isse que
seria tud o para ter um filho. É claro que a parte d a concepção d a gravid ez não d em orou
m uito, principalm ente porque nunca param os d e fazer sexo d urante um m ês inteiro.
Dray m e entrega m eu bebê, e eu a seguro perto enquanto ela murm ura, sua pele
quente através d o cobertor. Ele cam inha até a lateral d a varand a e puxa um a cord a,
tocand o um a cam painha que anuncia o nascim ento d e um novo bebê na cid ad e.
Tocam os a cam painha tod a vez que nasce um novo bebê, um novo d ragão, lobo, bruxa,
anjo ou m ortal. É sem pre um a celebração para nós.
Mas nenhum sinal tocou hoje. Aind a não.
Aplausos irrom pem por tod a a cid ad e, cham as brilhand o no céu enviad as por
d ragões d e tod os os lugares, e os lobos uivam alto.
Tarrent pergunta: “Então, d evem os gritar o nom e d ela para todos ouvirem ?”
Eu sorrio e estend o m inha m ão, d eixand o as brasas explod irem pela cid ad e e
carregand o nossa voz com elas. “Bem -vind o ao m und o, Ember Mairin Fall.”
O FIM .
Posfácio
Escrever o últim o livro d esta longa série foi incrível e triste ao mesm o tem po. Espero
que você tenha gostad o d este m und o tanto quanto eu e obrigad o por ter vind o nessa
jornad a. Este não será o últim o livro sobre shifters/ d euses gregos que escrevo e m al
posso esperar para com partilhar a nova série que planejei. Por enquanto, se você gosta
d e fad as/ inim igos para am antes e um a leitura d e fantasia – há u m a leitura bônus no
final d o m eu novo livro, H erd eiro d e Monstros.
Desejo que você tenha um 2022 brilhante, cheio d e novos livros e aventuras. Estou
ansioso para com partilhar m ais d e m inhas histórias com você em breve.
Obrigado a todos que ajudaram, editaram, me serviram café ou inspiraram este livro. Um
agradecimento especial a Helayna, este livro não poderia ter acontecido sem a sua gentileza.
Leitura bônus de Herdeiro de
Monstros
Um monstro me perseguiu durante toda a minha vida.
Mas agora estou caçand o ele.
Meu trabalho é caçar m onstros, e sou m uito bom nisso — até que u m m onstro invad e
m eu apartam ento no m eio d a noite e m e sequestra.
Acontece que ele não é apenas um m onstro.
Ele é o Rei W yern.
Os Wyerns, um a raça tem id a por tod os, são conhecid os por serem m ais fortes d o que as
fad as que governam m eu m und o, e ninguém os viu há anos até agora.
O rei precisa d a m inha ajud a para rastrear sua irm ã d esaparecid a em um a cid ad e d a
qual sua raça foi banid a, e eu sou o m elhor que ele pod e encontrar.
Só que ele não é o único que procura m onstros na Cid ad e Etérea.
O neto d a Rainha Fae está d esaparecid o.
Trabalhar para as fad as, m onstros ou não, é arriscad o. A m aioria d os contratad os acaba
m orta, e tenho m uito a perd er para acabar com o um d eles.
Vou encontrar a realeza d esaparecid a e ter cuid ad o com isso, especialm ente com m eu
chefe m al-hum orad o respirand o no m eu pescoço e observand o cad a m ovim ento m eu.
O Rei Wyern é cruel, frio e incrivelm ente lind o para um hom em ... e m eu novo inim igo.
Herdeiro de Monstros é um romance de monstro paranormal completo com temas
maduros. Este é um romance picante de inimigos para amantes e é recomendado para
maiores de 17 anos.
Leitura bônus de Herdeiro de
Monstros
Monstros são reais.
Se eu precisasse d e m ais provas d o que a coisa à m inha frente, então pod eria ser eu
quem estava enlouqu ecend o neste m und o. O m onstro vira sua cabeça grotesca para
m im , m e avaliand o com seu s olhos verm elhos e pele m anchad a. Ele tem m ais d e d ois
m etros e m eio, sessenta centím etros m ais alto que eu, e seu corpo outrora m ortal é um a
m istura d e lobo e Deus sabe o que m ais. Arrisco tirar os olhos dele por um segund o
para procurar m eu parceiro, e capto um lam pejo verm elho na escurid ão atrás d o
m onstro. Eu bloqueio o fed or horrível d a criatura e o barulho d e seus ossos enquanto
ela se m ove enquanto procuro um a m aneira segura d e d errubá -la sem nos m atar.
Apertand o m inha ad aga m agicam ente abençoad a na m ão, assobio alto. O m onstro
ruge alto o suficiente para sacud ir as pared es aband onad as d as ruínas antes d e avançar
em m inha d ireção, cad a passo sacud ind o o chão. Com o o id iota que sou, não corro, m as
volto para encontrá-lo no m eio do cam inho. É m elhor que este plano funcione, ou estou
d esped id o. Ou m orto. N ão tenho certeza do que é pior.
“Caliophe! À sua esqu erd a!
Mal ouço o grito d e alerta do m eu parceiro antes d e algo d uro bater na m inha
lateral, m e atirand o para o alto. Eu bato na pared e d e ped ra, tod o o ar saind o d os m eu s
pulm ões enquanto rolo para o chão e suspiro d e d or.
Isso d ói.
O sangue enche m inha boca enquanto m e levanto e paro enquanto d ou um a olhad a
na coisa gigante parecid a com um gato na m inha frente. Pod e ter sid o um gato, até
m esm o um a raça exótica e cara, m as agora foi d eform ad o e m ud ad o com o o m onstro
por trás d ele. Pod e até ter sid o seu anim al d e estim ação. Um a vez.
Ele se lança em m inha d ireção, quebrand o um a fileira d e d entes am arelos e afiad os,
e eu pu lo para o lad o antes d e chutá-lo com a bota. Ele sibila enquanto eu luto pela
m inha ad aga na poeira e corto o ar entr e nós com o um aviso enquanto m e agacho. Seus
olhos são com o poças am arelas d e água e posso ver m eu reflexo. Apesar d e estar
coberto d e poeira e sujeira, m eus olhos cor -d e-rosa brilham levem ente e pareço
m inúsculo em com paração. Mesm o m inú scu lo, com um a ad a ga, p od e ser m ortal. Se o
m onstro principal fugir, talvez não tenham os outra chance d e capturá -lo por d ias, então
eu o cham o: “Aqui!”
O estranho gato sibila m ais um a vez e os p elos d e suas costas se arrepiam . Ele se
end ireita com suas cinco patas estranhas que o tornam quase tão alto quanto um
cachorro.
Um grunhid o fem inino cheio d e d or ecoa para m im e cerro os d entes. “Preciso d e
um a ajud inha aqui, Calli! Ou estou cantand o e ferrand o com nós d ois!”
Droga. Serei eu quem pagará as bebid as esta noite se ela cantar. Ou pior, explicand o
essa m issão com p licad a ao nosso chefe. Prefiro com prar bebid as inteiras d o bar e ser
pobre. Eu pulo sobre o gato, surpreend end o-o e enfiand o m inha ad aga em sua garganta
enquanto ele m e arranha e m ord e antes d e ficar im óvel em m eu s braços. Eu gentilm ente
o coloco no chão, fechand o os olhos por um m om ento. Eu am o anim ais, m as seja lá o
que for, a m orte foi um a m isericórd ia para eles. Tiro m inha ad aga d ela, sangue am arelo
e pegajoso escorrend o pela m inha m ão enquanto corro pelas ruín as até N erelyth. De
algum a form a, ela ficou sob um grand e ped aço d e ped ra m al encostad o na pared e ond e
está escond id a, e o m onstro está em cim a d ele, arranhand o a abertura e quase a
esm agand o. Vejo-a acenar com o braço para m im pela pequena abertura e susp iro. Só
existe um a m aneira d e capturar um m onstro. Aproxim e-se e torça p ara que isso não m e
com a.
Felizm ente, com a d istração d e N erelyth, o m onstro está d e costas para m im
enquanto puxo m inha cord a encantad a e a d eixo enrolar em m inha perna enquanto
corro pelas ruínas e fecho a d istância entre nós, m antend o m eus passos silenciosos. Os
olhos d e N erelyth se arregalam quand o ela m e vê, m as não paro quand o salto d e um a
saliência caíd a e caio nas costas d a criatura, grunhind o com o im pacto em m inhas
costelas inchad as, m as m inha ad aga d esliza facilm ente em suas costas. Sua pele parece
gosm a, e luto para segurá-la enquanto ela se end ireita com um rugid o, m as am arro
m inha cord a em volta d e seu pescoço com a outra m ão. O m onstro quase grita com o um
m ortal quand o eu o solto, d eslizand o pelas costas d o m onstro e caind o no chão. Eu
rastejo para trás enquanto a cord a se enrola m agicam ente ao red or d o m onstro até que
ele am arra suas pernas e cai para o lad o. A cord a não vai m atá -lo, m as ficará trancad o
assim por horas, d epend end o d a qualid ad e d o encantam ento.
Com um grunhid o, me levanto, lim po a gosm a d as m ãos e vou até ond e N erelyth
aind a está escond id a. Inclino a cabeça e olho para m inha parceira, que está d e olhos
fechad os. “Está resolvid o agora.”
N erelyth está d eitad a d e bruços sob a ped ra, com o cabelo ruivo espalhad o ao red or
d ela. Seu peito está se m ovend o rápid o quand o ela finalm ente abre os olhos e olha para
m im , arqueand o um a sobrancelha. "Obrigad o. De novo”, d igo a ela. “Pod em os ter
fod id o tud o.” Ofereço-lhe m inha m ão enquanto ela tira a poeira d e suas roupas d e
couro. "Algum a chance d e você m e am ar por salvá-lo e explicar isso ao chefe?"
“Sem chance,” ela ri enquanto eu a ajud o a sair, a luz brilhand o d o sol brilhante
pairand o sobre nós. N ós d ois param os para olh ar para o m onstro, que está tentand o
escapar d a cord a. “Terceiro este m ês. De ond e você acha que eles vêm ?
“N ão faço id eia”, m urm uro, olhand o para o m onstro com d esconfiança. “N ão tenho
certeza se o MAD sabe d e ond e vêm os híbrid os. Eles aind a nos enviam a legrem ente
sem nenhu m aviso d e que este não era um trabalho norm al. Id iotas.
Ela encolhe os om bros esbeltos, separand o partículas d e poeira de seu im pecável
cabelo ruivo escuro que vai até a cintura, que com bina com os cachos verm elhos d e
m arcas d e água ao red or d e sua bochecha, que vão d o pescoço até as costas. Tenho
certeza d e que estou m uito pior d o que ela e nem estou tentand o tirar o cabelo d a trança
para arrum ar. “O d inheiro vale a pena.”
Mentira. Estou na Divisão d e Aquisições d e Monstros, tam bém con hecid a com o
MAD, há três anos, e o salário nunca foi bom em com paração com as outras d ivisões, e
nós d ois sabem os d isso. Com o todo m und o d iz, você tem que estar literalm ente louco
para sobreviver no MAD por m ais d e um m ês.
A m aioria d os execu tores, com o nós, são enviad os para cá com o punição por
fazerem m erd a. N ão tive escolha a não ser aceitar esse em prego, pois era tud o o que
consegui com m inha form ação, falta d e d inheiro e pouca id ad e, quand o com ecei com
apenas d ezoito anos. Olho para m eu parceiro d e apenas um ano e m e pergunto
novam ente por que um a sirene está funcionand o em um a d as d ivisões m ais ruins d a
Cid ad e Etérea. As sereias são um a d as raças m ais ricas, e os poucos que conheço
trabalham no topo d os executores. N ão no fund o, com o nós, o que m e faz questionar os
m otivos d o m eu am igo para estar aqui com igo m ais um a vez. “Bebid as esta noite?”
“Você sabe d isso”, d iz ela com um sorriso am igável e olhos verd es cansad os e
virid escentes. “Vou enviar um a Cham a para trazer alguns executores aqui para prend ê -
lo. Volte para o escritório e boa sorte.”
Eu gem o e envio um a oração silenciosa à própria d eusa d ragão para m e salvar.
Atravesso a m ovim entad a rua d o m ercad o e olho para a sed e d a Executiva enquanto
estou na calçad a. As ruas ao m eu red or estão cheia s d e m ortais e sobrenaturais ind o ou
voltand o d a agitação d o m ercad o para comprar m ercad orias, comid a ou quase tud o o
que quiserem . A colina d o m ercad o fica bem no topo d a cid ad e e é o m aior m ercad o d a
Cid ad e Etérea. Cavalos feéricos esperam perto d as carr oças d e seu s d onos ao lad o do
cam inho principal, e por um m om ento olho um cavalo branco e m acio próxim o e
ad m iro sua pelagem brilhante.
Deste ponto, posso ver quase tod a a Cid ad e Etérea, d esd e os elaborad os setecentos e
quatro arranha-céus até o m ar verd e-esm erald a e a baía circular na parte inferior d a
cid ad e. A Cid ad e Etérea foi criad a há m ais d e d ois m il anos, e a baía é aind a m ais antiga
que isso. Dezenas, senão centenas, d e navios alinham -se nos portos e parecem linhas
pratead as brilhantes no m ar verd e cristalino. Além d isso, os m ares agitad os d o m aior
lago d o m und o estend em -se até ao horizonte e m uito m ais além .
A m aior parte d e Wyvcelm é esta terra, envolta nos m ares d e joias entre a Cid ad e
Etérea e a Cid ad e Gold w ay, d o outro lad o. Existem algum as ilh as fora d o continente, e
quero visitar um a d elas um d ia, quand o for rico o suficiente. Junepit City, as terras d o
prazer. Balanço a cabeça, afastand o esse sonho para m e concentrar nos Mares Joias, e
penso em N erelyth toda vez que a vejo.
Os Mares Joias são governados pelo Rei das Sereias, e ninguém viaja por eles a
m enos que você seja um a sereia, escoltad o por sereias ou queira m orrer. N erelyth m e
contou um a vez sobre com o passar pelas corred eiras rápid as e cheias d e criaturas e
pelos canais estreitos d os p enhascos torna quase im possível sobreviver por m uito
tem po, a m enos que você conheça o cam inho e possa controlar a água. Acim a d o nível
d o m ar é pior à m ed id a que tornad os encantad os alcançam o céu, girand o
constantem ente sobre as águas controlad as pelas p róprias sirenes. É por isso que eles
são um a d as raças m ais ricas d e Wyvcelm , porque se as sirenes não controlassem os
tornad os, eles d estruiriam tanto a Cid ad e Etérea quanto a Cid ad e Gold w ay, acaband o
com m ilhares d e vid as. Mas eles não são m ais ricos que os Fae que governam nossas
terras e os pagam para nos m anter seguros.
Viro para a d ireita, olhand o para o castelo que se ergue sobre tod a a cid ad e. Suas
torres pretas em espiral, telhad os d e ard ósia brilhantes e janelas pratead as cintilantes
fazem com que ele se d estaque em qualquer lugar d a cid ad e ond e estou. Foi feito d essa
form a, para garantir que sem pre saberem os quem nos governa. A im ortal Rainha Fae.
N ossa rainha m ora naquele palácio e viveu tod a a sua vid a im ortal. Milhares d e anos, se
os livros d e história estiverem certos e a nossa rainha com o reinad o m ais longo até
hoje. Ela nos m antém protegid os d os perigos fora d os m uros d a cid ad e, d o Rei Wyern e
d e seu clã d e Wyerns que vivem nas Terras Esquecid as. Eles são os verd ad eiros
m onstros d o nosso m und o.
Um a brisa fria e salgad a sopra ao m eu red or, e eu trem o quand o saio d os m eus
pensam entos e olho para o préd io ond e vou tod os os d ias. O Quartel-General d o
Enforcer, um d os d oze d a cid ad e, e tod os parecem exatam ente iguais. Pilares sim étricos
revestem o contorno d o ed ifício d e d ois and ares que se estend e até m uito atrás.
Arbustos perfeitam ente aparad os form am um quad rad o ao red or d o piso inferior, e três
escad as levam à plataform a d o lad o d e fora d a enorm e porta principal. Tud o é preto,
d esd e a ped ra até os arbustos, exceto a porta branca, que está sem pre aberta e sem pre
guard ad a por novos executores juniores. Subo os cento e cinquenta e d ois d egraus até
as portas, e am bos os executores acenam para m im , m e d eixand o entrar sem precisar
verificar m inha id entid ad e. Tenho certeza de que já ouviram falar d e m im - e não no
bom sentid o. Minha lista d e id iotas tem um quilôm etro d e com primento.
Olho para a jovem executora, um a m ulher com batom verm elho cereja e cabelo
preto, e m e pergunto por que ela escolheu se in screver para ser executora. Duvid o que
ela fosse com o eu, recém -saíd a d o sistem a d e ad oção e sem outras opções d ecentes além
d esta. Muitos não querem esse em prego e, com a escolarid ad e ad equad a, não precisam
aceitá-lo. É um trabalho árd uo e longas horas... e m orrem os m uito. Tive a sorte d e
escapar d a m orte algum as vezes e, a cad a vez, agrad eço à d eusa d ragão por m e salvar.
Sorrio para o executor júnior e entro no préd io, atravessand o o piso d e m árm ore preto
brilhante e ind o até a recepcionista, Wend y, que está sentad a atrás d e um a pared e de
vid ro e d e um a pequena e arrum ad a m esa d e carvalho. Gosto d e Wend y, que é m eio
bruxa, m as não uso isso contra ela. Seu cabelo preto está enrolad o e preso em u m coque,
e ela está usand o um a saia longa azul e um a blusa bran ca. “Olá, Caliophe. Senti sua
falta ontem d urante a reunião trim estral.”
"Desculpe por isso. Caça a m onstros e tud o m ais,” eu d igo com um sorriso genuíno,
m esm o que não sinta m uito por ter perd id o outra reunião chata. "Ele está aí?"
Ela acena para os d egraus ao lad o d e seu escritório que levam ao único escritório
com pleto no and ar superior. Tod os nós tem os escritórios abaixo d o d ele. O chefe
certificou -se d e que ele tivesse o único quarto acim a quand o foi transferid o para cá, há
um ano. Seus olhos escuros, quase pretos, piscam nervosam ente. "Lá em cim a. Ele não
está d e bom hum or esta noite.
“Brilhante”, d igo com firm eza e respiro fund o. “Obrigado, Wend y. Vejo você por aí
se eu sobreviver ao m au hum or d o chefe.”
“Boa sorte”, ela sussu rra para m im antes d e eu cam inhar até as escad as e subir ao
nível superior. Estou feliz por ter aproveitad o o tem po para m e trocar rapid am ente,
colocand o um a blusa preta e jeans preto d e cintura alta. Meu cabelo rosa flui pelos
om bros até o m eio d as costas, m e lem brand o que preciso cortar o cabelo logo.
Quand o chego ao topo d a escad a, paro para olhar o espaço gigantesco para o qual
raram ente sou convidad a, notand o com o cheira a ele. Masculino, m entolad o e fresco,
que com bina com o espaço que reivind ica. Enorm es janelas d o chão ao t eto se estend em
pela área d os fund os, proporcionand o vistas m agníficas d o castelo d as fad as na colina e
d o resto d a cid ad e abaixo d ele. As torres, os pequenos ed ifícios, as pessoas são fáceis d e
ver d este ponto d e vista. O sol se põe lentam ente ao longe, lançand o cascatas d e lu z
tangerina, am arelo-lim ão e verm elho escarlate nas pontas d os ed ifícios e no chão preto
brilhante. A luz se esp alha pelas m inhas botas quand o entro na sala e finalm ente olho
para ele. Ele está sentad o à sua m esa, a única peça d e m obília em tod o esse espaço
enorm e, e sobre a m esa há um a Cham a.
As cham as são pequenos gnom os verm elhos que usam as cham as p ara viajar d e um
lugar para outro e, em geral, são pragas úteis. A cid ad e está cheia d eles e por um a
m oed a eles enviarão um a m ensagem para você. Ouvi d izer que você pod e ped ir às
Cham as para enviarem o que quiser, até m esm o a m orte, para outra pessoa, m as isso
tem um preço que só a própria d eusa d ragão pod eria suportar. Eles são criaturas
antigas e não d evem ser confund id as. Eu não ousaria ped ir m ais d o que um a
m ensagem , e poucos o fariam . A Cham a olha para m im com seu s olhos negros sem
alm a e então d esaparece em um lam pejo d e cham as, d eixand o brasas saltand o sobre a
m esa.
Merrick olha para m im com seu s lind os olhos cinza -escuros e a sala fica tensa.
Alguns d iriam que seus olhos são incolores, m as n ão acho que isso seja verd ad e. Seus
olhos são um reflexo perfeito d e qualquer cor d a sala, e há outros que afirm am que seu s
olhos cinzentos sugerem que ele tem sangue angelical. O que é ridículo. Diz -se que as
Crianças Angélicas, u m a raça tão rara que quase nunca as vem os, são infinitam ente
gentis.
N ão há nad a d e bom ou gentil em Merrick N ight. Meu chefe. Seu cabelo castanho
escuro está perfeitam ente pentead o com gel, sem nenhum a ousad ia d e estar errad o, e é
m uito parecid o com o terno preto caro, a gravata preta perfeita, a cam isa branca
im pecável enfiad a nas calças pretas que ele usa, tud o caro. Ele não usa os couros d o
executor, m aterial feito m agicam ente, e nunca explicou por quê.
Paro d iante d e sua m esa e cruzo os braços.
“Você quer se explicar ou d evo com eçar, Srta. Sprite?”
Sua voz profund a, arrogante e arrogante m e irrita, pois am bos sabem os que ele sabe
o que aconteceu – e por quê. Mas tud o bem , se vam os jogar este jogo.
Resisto à vontad e d e olhar furioso para m eu chefe, não querend o ser d em itid o,
enquanto levanto o queixo. “Vou com eçar, chefe. Disseram -nos que era um sim ples
m onstro à solta no lado esquerd o d a cid ad e – Distrito d e Yenrtic. Foi sugerid o que um
lobisom em exilad o havia assassinad o m ortais, e eles nos cham aram para acolhê -lo. Isso
foi tud o o que nos d isseram , e fom os caçá-lo conform e nosso trabalho. Ele pod e ter sid o
parte lobisom em um a vez, m as não era m ais quand o o encontram os. Ele era um
híbrid o, d istorcid o e transform ad o em algo ind escritível, m as tenho certeza que
pod em os fazer um a visita se você quiser ver.”
“Isso não será necessário, Srta. Sprite”, ele respond e friam ente, passand o os olhos
por m im um a vez.
Eu cerro os d entes. “Foi um a m issão d ifícil. Estávam os d espreparad os para isso, e
nenhum a d as táticas u suais para d errubar um shifter funcionou. Deu um pouco errad o
d esd e o início e peço d esculpas por isso.”
“Um pouco errad o”, ele repete lentam ente m inha resposta.
Aqui vam os nós.
Ele se levanta d a m esa e vai até a janela. "Venha com igo."
Eu relutantem ente o sigo, ficand o ao seu lado enquanto ele se eleva sobre m im . Eu
od eio ser baixinho às vezes. “Um pou co errad o é quand o você com ete um pequeno erro
que ninguém percebe o que você fez e isso não cham a a atenção. MAD é conhecid o por
lid ar d iscretam ente com seres sobrenaturais que se transform aram em m onstros, para a
rainha. Destruir d ois ed ifícios sugeriria que tud o d eu m uito errad o e exatam ente o
oposto d o qu e o seu trabalho representa.”
"Chefe-"
“E além d isso, m eu chefe está respirand o no m eu pescoço para d em itir você. Ele está
questionand o por que d ois d os m eu s associad os juniores conseguiram d e algum a form a
d estruir d ois préd ios caros. Explique-m e isso. Agora, senhorita Sprite.
“Tecnicam ente, o m onstro d estruiu os préd ios quand o teve um acesso d e raiva e
reagiu m al ao acônito encantad o”, respond o calm am ente.
“Se você estava com d ificuld ad es, d everia ter ped id o ajud a ”, ele ord ena. “N ão
assum i a responsabilid ad e com um novo executor.”
“N ão tivem os tem po, ou ele teria escapad o e m atado m ais m ortais”, respond o
bruscam ente. “Esse não é o verd ad eiro trabalho? Para salvar vid as?
Um silêncio constranged or paira entre nós, e eu m e preparo para sua resposta.
“Você d everia instruir seu parceiro sobre com o enfrentar monstros d e m aneira
responsável. O que você fez hoje foi ensinar a ela que você pod e enfrentar um híbrid o,
sozinho, e d e algum a form a sobreviver pela pele d os d entes. Quand o ela sair e repetir
sua lição sozinha, ela ficará m agoad a. Até m orrer.”
A culpa pressiona m eu peito. “Mas, chefe—”
“Sim , senhorita Sprite?” ele interrom pe, m e d esafiand o a d izer qualquer coisa, m as
sinto muito com aqueles olhos cinzentos e frios d ele. Quand o conheci Merrick N ight,
pensei que ele era o m ortal m ais sed utor que já conheci. Então ele abriu seus lábios
perfeitam ente m od elad os e m e fez querer d ar um soco nele.
Prim eiro olho para longe e para a cid ad e, os últim os raios d e luz desaparecend o no
horizonte. “Tem havid o tantas d essas criaturas híbrid as recentem ente, por tod o
Wyvcelm . Tenho contatos em Junepit e Gold w ay City que m e d isseram isso. De ond e
eles vêm ? O que os fez ficar assim ?”
“Isso é confid encial, senhorita Sprite”, ele respond e friam ente. Basicam ente, ped ir
está bem acim a d o m eu nível salarial.
“Provavelm ente não é m ais seguro que todos saiam em d uplas em m issões com o
esta”, contraponho.
“Sua única d efesa é que você protegeu o m onstro sem que a Srta. Mist usasse a voz ”,
d iz ele com um a pitada d e d iversão. “Isso teria sid o um a verd ad eira m erd a para tod os
nós lid arm os.”
Fod a-se seria um eufem ism o. O pod er m ais m ortal d as sereias, entre m uitos, é a sua
voz encantad a quand o cantam a antiga língua d as fad as. Instantaneam ente, ela atrairia
tod os os hom ens d a vizinhança para ela, m o nstros ou não, e eles se curvariam som ente
a ela. Mulheres m ortais com o eu ficariam gritand o para que a d eusa d ragão nos
salvasse, tapand o os ouvid os com as m ãos, im plorand o pela m orte. Sua voz se estend e
por pelo m enos três a cinco quilôm etros, e apenas u m a fad a d e sangue puro pod e
resistir a ela. Só ouvi isso um a vez e, pessoalm ente, nunca m ais qu ero ouvir isso. Aind a
posso ouvi-lo agora, com o um eco antigo qu e m e atrai para ela, u m lam pejo d o antigo
pod er d as sereias que governavam este m und o antes que a s fad as subissem ao pod er.
“Estou d em itid o ou posso ir em bora, chefe?”
Ele entrelaça os d ed os, recostand o-se na cad eira, que range. “Estou ansioso para
d escontar seu pagam ento por isso. Mas não vou. N ão d essa vez. Você pod e ir."
“Obrigad a”, d igo sarcasticam ente e giro nos calcanhares.
“Senhorita Sprite?” Paro no m eio do cam inho e olho para ele. “N ão m e faça
arrepend er d e ter sid o tolerante com você hoje. Você d everia saber m elhor."
Concord o com a cabeça antes d e m e virar. “Id iota d e m erd a,” eu sussurro baixinho.
Ele não é sobrenatural, e eu sei que ele não pod e m e ouvir, e não é com o se eu pud esse
cham á-lo assim na cara. Então eu seria d em itid o com certeza. Aind a assim , tenho
certeza d e que o ouvi rir baixinho.
Desço as escad as corrend o e m e d espeço d e Wend y antes d e sair d o préd io d a
fiscalização e ir para o Royal Bank, d o outro lad o d o m ercad o. Retiro m eu salário d iário,
estrem ecend o porque não é tanto quanto preciso, m as algum as ce ntenas d e m oed as
resolverão tud o, e trabalharei em turno d uplo no final d esta sem ana para pod er com er
pelo resto do d ia. sem ana.
Depois d e percorrer o m ercad o e pegar algum as carnes secas, entro no com plexo
ond e fica m eu apartam ento, ouvind o a velha torre ranger e gem er ao vento. Meu
apartam ento tem quatrocentos e sete d os oitocentos apartam entos d e tod o o ed ifício e é
propried ad e d a Rainha Fae, com o tod o o resto. Tenho sorte d e ter conseguid o um lugar
aqui, num lad o d ecente d a cid ad e, e é tud o pelo que ten ho trabalhad o d urante m uito
tem po. Subo os passos d ois d e cad a vez até chegar ao nível cem . O corred or está repleto
d e bicicletas, brinqued os e plantas, com o em tod os os níveis fam iliares.
Bato d uas vezes na porta cento e sete antes d e abri-la com a chave e entrar.
“Sou só eu ”, grito ao sentir com o está frio aqui e ligo o aquecim ento m ágico. O
tem po está sem pre mud and o m uito rapid am ente. Alguns d izem que é a raiva dos
d euses antigos que m ud a o clim a d e quente para frio em um d ia. Pagarei essa conta
m ais tard e, d e qualquer m aneira. “Louie?”
“Aqui”, Louie grita d e volta, e eu sigo seu grito para encontrá -lo na área d e estar d a
cozinha em plano aberto, tam bém ond e ele tem um a pequena cam a em purrad a d e um
lad o. As pared es estão rachad as, o papel crem e d escascand o, m as é a m esm a coisa na
m aioria d os apartam entos. Louie está sentad o na cam a, jogand o um a bola laranja para o
alto e pegand o-a repetid am ente. Louie pega a bola m ais um a vez antes d e se sentar,
tirand o m echas d e seu cabelo preto d os olhos.
"Com o foi a escola?" Eu questiono, encostand o-m e na pared e.
“Chato e previsível. O Sr. French m e d isse que eu era inteligente d em ais para a aula
e sugeriu que eu m e juntasse ao exército Fae. De novo ”, ele m e d iz, e m eu coração d á
um salto por um segund o até vê-lo rir. "Eu não sou louco. Obviam ente."
Após os d ez anos d e id ad e, qualquer hom em ou m ulher pod e ingressar no exército
feérico e ser treinad o para lutar pela rainha, m as terá que tom ar o soro. O soro é um a
m istura encantad a qu e transform a qualquer m ortal em um a fad a d e sangue puro e
força um vínculo entre quem o tom a e a rainha. O que significa qu e ninguém que tom e
o soro pod erá traí-la. Certa vez, pensei em m e ju ntar ao exército fae quand o as coisas
estavam d ifíceis e eu estava m orrend o d e fom e, m as nunca esquecerei as outras crianças
ad otivas nas casas que m orreram por causa d o soro. Cerca d e d ez por cento
sobrevivem . N unca d eixarei Louie correr um risco com o esse. N em m esm o pelas
riquezas e segurança e pela prom essa d e pod er que a Rainha Fae oferece.
Estou perd id o em m eus pensam entos. N em percebo que Louie sai d a cam a e vem
até m im . Seus olhos são com o prata d erretid a, assim com o os d e seu pai. "Você parece
cansad o."
“Olá, que bom ver você tam bém . Com o está sua m ãe hoje?
“O m esm o,” ele d iz calm am ente, passand o por m im e abrind o a porta d o quarto
d ela. A m ãe d ele já foi m inha m ãe ad otiva e a única viva. Olho para ela em sua cam a,
seu corpo m agro coberto por um brilho azul anorm al enquanto ela paira levem ente
sobre os lençóis. H á cinco anos, fom os atacad os pelo m onstro que m e caçou d urante
tod a a m inha vid a. Cinco anos atrás, seu com panheiro pulou na frente d ela para salvar
sua vid a, eles quebraram um a pared e e ela bateu a cabeça na beirad a d e um a porta.
Meu pai ad otivo foi a única razão pela qual m e tornei um executor – porque ele era um .
A Guild a d os Executores pagou por este apartam ento e por um sono m agicam ente
protegid o até que ela pud esse ser acord ad a, não que possam os nos d ar ao luxo d e fazer
isso, e a sim patia d a Guild a só se estend eu até certo ponto.
Este foi m eu d écim o prim eiro lar ad otivo, o últim o que visitei antes d e com pletar
d ezesseis anos e envelhecer. Lem bro-m e d e chegar aqui, com m ed o, e d e conhecer o
Louie, que m e abraçou. Eu não era abraçad o há anos e isso m e chocou. Aind a foi um
d os d ias m ais felizes d a m inha vid a.
Vou até ela, acariciand o seus cabelos ruivos grisalhos e su spirand o. Eu faria
qualquer coisa para pod er acord á-la. Para Louie. Para m im .
Deixo três quartos d o m eu salário d e lad o e Louie olha para o dinheiro, bem no
m om ento em que seu estôm ago ronca. Eu sorrio e aceno com a cabeça. “Devo ir bu scar
algo para nós?” ele pergunta.
“E d urante a sem ana. Para você”, d igo a ele, bagunçand o seu cabelo.
“Obrigad o”, ele d iz calm am ente. “Um d ia, serei um executor com o você e pagarei
por tod os esses anos. Eu vou proteger você.”
“Você é m eu irm ão em tod os os sentidos que im portam , e a fam ília não tem dívid as
com o essa”, d igo gentilm ente a ele. “E com o quão inteligente você é, espero pela d eusa
que você se torne alguém m uito m elhor d o que eu.”
“Im possível”, d iz ele com um sorriso.
“Tenha cuid ad o nas ruas”, eu o aviso enquanto ele pega algum as m oed as e as enfia
nas calças m arrons d esbotad as. Preciso com prar roupas novas para ele logo, a julgar
pelos rasgos e buracos em sua cam isa azul. Um a coisa que ad oro no Louie é que ele
nunca reclam a, nu nca ped e roupas ou qualquer coisa que cu ste d inheiro, exceto
com id a. Eu gostaria d e pod er d ar m ais a ele, m as não posso.
“Os m onstros não conseguem m e pegar, sou m uito rápid o ”, ele exclam a antes d e
sair corrend o pela porta.
Eu rio enquanto m e sento na cad eira ao lad o d a cam a d ela, pegand o sua m ão pálid a.
“Ele não tem a m enor id eia, não é, m ãe? Mas ele se parece m uito com o pai.
O silêncio e o zum bid o suave d a m agia que a cerca são m inha única resposta, e nem
consigo m ais lem brar com o é a voz d ela. Ela foi m inha m ãe ad otiva por alguns anos,
m uito m ais d o que qu alquer um a d as outras d ez antes d ela, e sem pre m e ped ia para
ligar para a mãe dela . “Um d ia, vou acord ar você para que você possa ver Louie se
tornand o um hom em forte. Vou garantir que ele consiga um bom em prego e fique
longe d os verd ad eiros perigos d esta cid ad e.”
Espero que ela possa m e ouvir. Espero que saber que estou aqui lhe d ê algum
conforto, m as um a parte d e m im se pergunta se ela ficaria ressentid a com igo. Eu sou a
razão d ela ser assim . Eu sou a razão pela qual o com panheiro d ela está m orto. Fecho os
olhos e solto um suspiro trêm ulo. O m onstro não volta há anos, e não tenho m otivos
para suspeitar que ele voltará agora. Mas se ele o fizer, d esta vez não serei um a criança
ind efesa, incapaz d e im ped i-lo d e assassinar os m eus pais ad otivos. N ão sei se ele
m atou m eus pais biológicos, ninguém sabe, m as ele m atou tod as as fam ílias d e
executores que m e acolheram . Tento não pensar nisso, em tod as as m ortes que m e
assom braram com o ele fez. Meu m onstro, m inha som bra à espreita. Fico com m inha
m ãe ad otiva um pouco m ais antes d e lim par a casa, lavar e arrum ar o quarto d ela antes
d e Louie voltar, e então preparam os o jantar juntos antes d e com er.
“Posso ir até a sua casa para jogar um jogo d e reis?” ele pergunta, referind o-se ao
jogo d e cartas que jogam os nas noites tranquilas, especialm ente nos fins d e sem ana
com o hoje, enquanto eu lavo e ele seca os pratos.
“Eu norm alm ente convid aria você, m as vou m e encontrar com N erelyth para beber
esta noite. É o aniversário d ela,” eu d igo a ele suavem ente. A m aioria d as crianças d a
id ad e d ele prefere brincar com os am igos e recebê-los, m as Louie nunca foi bom em
fazer am igos. Ele guard a para si m esm o.
“Tud o bem ”, ele respond e, sua voz tingid a d e tristeza. Solid ão. Ele só tem eu e a
m ãe d ele, m as ela não pod e ler histórias para ele, brincar e ajud ar no com plicad o
trabalho d e encantam ento que ele está aprend end o na escola. D epois d e pegar m inha
bolsa, beijo o topo de sua cabeça antes d e sair, fechand o a porta atrás d e m im e
d escansand o m inha cabeça contra ela, m eu s olhos caíd os. Estou tão cansad o e preciso
d e um a longa soneca, não d e um a noite d e festa pelo aniversário d e N er elyth.
Suspiro e m e afasto da pared e antes d e ir para o m eu apartam ento. É parcialm ente
pago pela Enforcer Guild , um a d as coisas d ecentes que eles fazem pelos seu s
funcionários. O céu noturno brilha com o m il luas quand o chego ao m eu and ar e olho
para o teto solar lá em cim a. Três luas reais estão pend urad as em algum lugar no céu,
m as não consigo vê-las d aqui, e gostaria d e pod er. Dizem que olhar para as três luas e
fazer um ped id o é a ú nica m aneira d a d eu sa d ragão ouvir você. Tenho certeza d e que
não é verd ad e, m as às vezes aind a olho para cim a e d esejo. Enfio a chave na fechad ura,
m e perguntand o se aind a sobrou algum vinho encantad o d a últim a vez que N erelyth
apareceu, e entro em m eu apartam ento frio. Se eu m e vestir rápid o, talvez até tenha
tem po d e term inar o livro d e rom ance extrem am ente picante que li ontem à noite, a
cam inho d o bar.
— Posy, ond e você está? Grito enquanto entro. “Com prei algum as d aquelas tiras d e
carne que você gosta no m ercad o, já que vou sair hoje à noite com N erelyth. É
aniversário d ela, lem bra?
Estive quase ausente nos últim os d ois d ias e não tive m uito tem po para ficar com
Posy – m inha colega de quarto, que por acaso é um m orcego e ficou assim graças a um a
m ald ição d e bruxa. Deixo m inha bolsa d e lad o e olho em volta na escurid ão antes d e
suspirar. Estaland o m eus d ed os, bolas d e luz branca quente d entro d e pequenas esferas
d e vid ro inund am m eu apartam ento com a luz d e ond e estão fixad as na pared e.
Procuro na área principal, um a pequena cozinha com d ois balcões, um a caixa m ágica d e
arm azenam ento d e com id a e u m grand e sofá gasto encostad o na pared e. Percebo que
está qu ase igual a quand o m e m ud ei, exceto pelas d uas estantes no corredor que levam
ao banheiro e ao quarto, cheias d e livros d e rom ance que colecionei ao longo dos anos.
Meus bens preciosos.
Escapism o no seu m elhor.
“Posy, vam os lá. Você aind a não pod e estar com raiva d e m im ? Grito d e frustração
enquanto entro no m inúsculo banheiro, que está vazio. “Os m orcegos são noturnos,
então sei que você está acord ad o e m e ignorand o, m as não tenho tem po d e persegui-lo
neste apartam ento a noite tod a.”
Ouço um pequeno farfalhar vind o d o m eu quarto e sorrio enquanto m e aproxim o e
em purro a porta.
Estaland o m eus d ed os, d uas luzes ganham vid a acim a d a m inha cam a, e eu fico
im óvel. Meu coração quase para porque não é Posy que está no m eu quarto.
H á um m onstro sentad o na m inha cam a.
Leitura bônus de Herdeiro de
Monstros
Asas grand es.
Pele cinzenta.
Om bros m uscu losos e m aciços e braços grossos.
"Dar o fora!" Eu grito, um grito m orrend o na m inha garganta enquanto d ou um
passo para longe. Tiro m inha ad aga d o prend ed or em m inha coxa e a seguro entre nós
enquanto procuro rapid am ente por Posy, sem vê-la em lugar nenhum . Tem um m ald ito
m onstro no m eu quarto.
Um a ond a d e m agia atinge m inha m ão, a d or é fria e penetrante. Minha ad aga gira
pela sala enquanto eu recuo, e ela se crava na pared e com u m baque surd o. O m onstro
nem levanta a cabeça. Ele está... lend o m eu livro d e rom ance picante, entre tod as as
coisas, enquanto se senta na m inha cam a. Minha cam a d e casal parece pequena com ele
sentad o ali, o cabelo escuro m acio e caind o sobre os om bros.
Que porra é essa?
Meus olhos se arregalam quand o olho para esse m onstro. Ele é um hom em . Disso eu
tenho certeza, e ele é enorm e. Ele está sentado no m eio d a m inha cam a, lend o m eu livro
d a noite passad a, parecend o que d everia estar ali. Sua pele é cin za escura e quase
avelud ad a. Enorm es asas negras se estend em d e suas costas, m as estão puxad as para os
lad os. Chifres negros se enrolam no topo d e seu cabelo preto e grosso em sua cabeça, e
se ele não fosse um m onstro, eu pod eria até dizer que ele é bonito . Ele está sem cam isa e
d e calça, m as um a pequena parte estranha de m im se concentra na falta d e cam isa por
um segund o. N inguém fica tão bem sem cam isa - exceto esse m onstro, ao que parece.
Ele é tão grand e e tenho certeza que pod eria m e quebrar com o um ga lho. quem
d iabos é ele? O que ele é? Mais im portante aind a, por que ele está no m eu quarto?
“Este é um livro interessante para um a corça inocente com o você ler, Calliophe
Maryann Sprite.”
Eu congelo, m eu coração batend o forte enquanto sua voz profund a e se nsual enche
m eu quarto. Com o ele sabe m eu nom e com pleto?
Ele olha para m im com olhos am etistas assu stad oram ente lind os e sorri. “Sem
palavras, Doe?”
“Dê o fora d o m eu qu arto!” Eu grito, pegand o a coisa m ais próxim a na m inha m esa
lateral e jogand o nele. Ele pega o ursinho d e pelúcia roxo na m ão e levanta um a
sobrancelha enquanto seus lábios se contraem d e hum or.
“N ão corra”, ele ronrona.
Eu olho furioso enquanto pego a próxim a coisa, que é u m a estátua barata d a d eusa,
e jogo isso d ireto para ele. A estátua bate em sua m ão, se d esped aça com o im pacto, e
ele sim plesm ente su sp ira d e aborrecim ento quand o com eça a se levantar. Minha velha
cam a range quand o pego m eus preciosos livros d o corredor enquanto m e afasto e os
jogo nele enquanto m e retiro. Ele pega todos eles com o se fosse u m jogo. N ão consigo
ouvir nad a além d o batim ento card íaco e não consigo ver nad a além d aquelas asas que
m e assom bram há tantos anos. Meu m onstro tinha asas. É tud o o que m e lem bro d ele
antes d e m atar todos os pais que tive.
Asas. A batid a d e asas enche m eu s ouvid os enquanto eu queim o d e raiva. Meu
m onstro está d e volta para m e m atar. Viro-m e e corro para o sofá, puland o nele
enquanto retiro as d uas ad agas que escond i d e um lad o e m e agacho no canto. Ele
cam inha casualm ente pelo corredor e bloqueia o cam inho para a única saíd a d o m eu
apartam ento enquanto m e encara e cruza os braços. “Você realm ente acred ita que você,
um pequeno m ortal, será capaz d e m e im ped ir?”
"Aproxim a-te. Descubra,” eu provoco. Se ele vai m e m atar, eu vou lutar. N ão
sobrevivi a m onstros tod os esses anos, durante tod a a m inha vid a, para m orrer
facilm ente nas m ãos d e um .
Ele ri, o som é profund o e assustad or. Filho d a puta arrogante—
Vejo um flash preto logo antes d e Posy voar d ireto para o rosto d ele, arranhand o -o
com suas m inúsculas asas d e m orcego, quase roxas. Posy é apenas um m orcego
m inúsculo e não tem m ais d o tam anho d e sua m ão quand o ele a agarra pela nuca e a
segura na frente d ele. Ela aind a luta. Quanto m ais olho para ele, percebo que ele não
pod e ser o m onstro qu e m e caçou. Aqueles olhos roxos não são pretos, escuros e frios
com o os d o m eu m onstro. Aind a assim , essas asas... m eu m onstro d eve ser o que é. "O
que é esta coisa?" ele p ergunta.
Eu riria se ele não estivesse tentand o m e m atar. Posy grita: “Morra, m orra, morra.
Seu m onstro sobrenatural! Esta é a m inha casa e não m e im porta o quão excitad a m inha
colega d e quarto esteja. Ela não está fod end o um m onstro quand o estou m orand o
aqui!”
Pelos d euses antigos. Minhas bochechas queim am .
O m onstro sorri e olha para m im . “Você tem um m orcego falante.”
"Deixe ela ir!" — exijo enquanto olho entre eles e a porta. N ão sei com o conseguirei
chegar até a porta para correr se for atrás d e Posy.
Ele su spira, e Posy aind a está reclam and o, sem saber q ue ninguém a está ouvind o
m ais. Ou o fato d e esse m onstro não ser m eu par e estar aqui para m e m atar. "N ão.
Estam os d e saíd a."
“N ão estam os”, d igo ao m esm o tem po que Posy d eclara: “Finalm ente. Vá até a casa
d o m onstro e faça a sujeira. Entre m e m anter aqui com o seu anim al d e estim ação e seu
novo com panheiro d e fod a, acho que você tem um a qued a estranha por m orcegos.
“N ós, m orcegos, pod em os ser m uito d ivertid os”, concord a o m onstro com um a
pitad a d e d iversão seca que o faz parecer quase m ortal. Quase. Ele nã o é m uito.
Ele solta Posy e ela entra voand o no m eu quarto, batend o a porta. Preciso d e um
com panheiro d e quarto/ anim al d e estim ação m elhor. Posy é um a m erd a.
“Então vá se d ivertir em outro lugar, ou vou prend er essas su as lind as asas na
m inha pared e,” eu d igo, segurand o as ad agas m ais alto. Por que ele aind a não usou sua
m agia para m e livrar d eles aind a flutua no fund o d a m inha m ente. Talvez ele esteja
brincand o com igo. “O que você é, afinal?”
“Wyern”, ele respond e friam ente. “Você não viu nenhum em sua carreira?”
N ão, não o fiz, ou estaria m uito m orto. Meu sangue gela quand o eu o acolho, um
hom em Wyern, na m inha sala d e estar. Os Wyerns são im ortais, m ortais e tod os sabem
que estão proibid os de entrar na Cid ad e Etérea. Alguns d izem que eles são Fae – um a
antiga raça d eles. Alguns d izem que foram criad os pelas fad as e nascem m onstros.
Eu d everia saber que ele não é um m onstro. N ão exatam ente, m as não m uito longe
d e ser um . Pelo que sei, os Wyerns vivem nas Terras Esquecid as, u m castigo d a m inha
rainha pela guerra que iniciaram há m ilhares d e anos. Alguns d izem que as sereias se
aliaram à Rainha Fae foi a única m aneira d e vencerm os.
Um m acho Wyern treinad o pod e abater d ez fad as treinad as em m inutos.
Meu coração d ispara enquanto absorvo tud o isso. Se eu ped ir a jud a e eles m e
encontrarem aqui com ele, m esm o que ele esteja tentand o m e m atar ou m e levar para
algum lugar, a rainha m e executará por traição. “Se a rainha encontrar você aqui, o que
ela fará, nós d ois estarem os m ortos. Deixar."
Ele d á um passo em m inha d ireção, com um sorriso d ivertid o nos lábios. “Sua
preciosa rainha ficaria m uito honrad a se eu aparecesse em sua cid ad e, m as talvez um
pouco zangad o por ter vind o atrás d e você e não para vê-la.”
"O que?"
Ele olha furioso para m im . “Vocês, m ortais, são realm ente tão d ensos? N ós. São.
Saind o."
“Certam ente não vamos a lugar nenhum !”
Ele d á outro passo à frente e eu com eço a m e afastar até que a parte d e trás d os m eus
joelhos toque o sofá.
Eu o ataquei com m inhas ad agas, cortand o seu braço, e ele borbulha d e s angue. Ele
nem percebe quand o agarra m inhas m ãos, ap ertand o com força su ficiente para que sou
forçad o a largar as ad agas com u m grito. Chuto sua canela, que parece um a ped ra e só
m e m achu ca, e ele m e agarra pela cintura e m e joga por cim a d o om bro com o se eu não
pesasse nad a. Eu grito e chuto seu estôm ago e bato m inhas m ãos em suas costas sólid as,
m as nad a faz seu braço se d esviar d e seu aperto d e ferro sobre m im .
A m agia m e envolve com firm eza, sua picad a gelad a queim a m inha pele, e eu sibilo
d e d or enquanto m inha cabeça gira. Eu od eio m agia.
"Me d eixar ir!" Eu grito sem parar. Ele apenas ri com o se isso fosse profund am ente
d ivertid o para ele quand o sai d o m eu apartam ento chutand o a porta d a frente. Eu olho
para cim a com horror quand o ele abre suas asas enorm es e a m agia nos ataca enquanto
ele sobe os lances d e escad a. As escad as sobem ao nosso red or enquanto eu grito,
abaixand o a cabeça enquanto m eu estôm ago parece que um m ilhão d e borboletas
ganharam vid a. Ele quebra o vid ro, ped aços d ele cortam m eus braços, e nos lança no
céu noturno acim a d a cid ad e. Suas asas batem perto do m eu rosto e paro d e tentar lutar
com ele. Se ele m e d eixar cair, estou m orto.
Isso não im ped e o ataque d e m agia que atinge m inha cabeça e m e d eixa inconsciente
segund os d epois, m e d eixand o sonhand o com asas e céus noturnos cheios d e estrelas.