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No ano de 2020, o mundo foi impactado pela pandemia do novo corona vírus ou

covid-19, um vírus que afeta principalmente o sistema respiratório do paciente e pode ser
fatal. Diante do fato de ser um novo vírus, jamais visto anteriormente, não há
medicamentos comprovados cientificamente com relação a sua eficácia de tratamento
para a doença e na época do surgimento deste vírus, não havia vacina.

Os primeiros meses de pandemia no Brasil foram de caos e pânico, marcados pela


incerteza e pelo desconhecimento acerca da origem do vírus e suas possíveis sequelas
nos pacientes. Defronte destes acontecimentos, alguns municípios optaram pelo
lockdown, que é a suspensão do funcionamento presencial de lojas, escolas e prestações
de serviços, mantendo apenas os serviços essenciais como farmácia, hospital e
supermercado. Grande parte dos comerciantes não dispunha de meios alternativos para
realizarem suas vendas, sem a possibilidade de atendimento presencial, o que impactou
negativamente a lucratividade do comércio. Além disso, o fato de diversos empresários
terem sido afetados pelos prejuízos causados pela pandemia causou insegurança nos
funcionários, que passaram a conter seus gastos com medo de ficarem desempregados,
dificultando ainda mais a situação financeira do país. Outros, de fato ficaram
desempregados e o Brasil bateu o recorde de 14 milhões de desempregados entre
Setembro de Novembro de 2020, aumentando também o número da população de rua e a
necessidade de políticas públicas e sociais (JUNIOR; CHIARA, 2020)

Com o surgimento de uma pandemia, os sistemas de saúde começaram a ficar


sobrecarregados à medida que a demanda pelos serviços aumentava, e desta forma, o
Sistema Único de Saúde (SUS) foi gradativamente entrando em colapso, pois não dispõe
de recursos suficientes para atender a alta demanda de atendimentos médicos e
internamentos (ROCHA, 2021). Ao longo do ano de 2020, pesquisas científicas foram se
desenvolvendo para a criação de vacinas e medicamentos para o tratamento da covid-19,
fazendo com que pouco a pouco a flexibilidade retornasse. Contudo, este relaxamento no
lockdown, as novas mutações da covid-19 e a demora para a liberação das vacinas,
causou uma nova onda da pandemia entre final do ano de 2020 e início do ano de 2021,
fazendo com que novamente os casos de corona vírus aumentassem absurdamente e
consequentemente seus impactos. Além disso, o número de mortes decorrentes da covid-
19 vem aumentando consideravelmente nos últimos meses (MODELLI, 2021).

No município de Maringá no Paraná, a Secretaria Municipal de Assistência Social -


SASC precisou realizar diversas intervenções diante dos impactos da covid-19 na

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população da cidade, com acompanhamento da população idosa, o destino e a
importância da merenda escolar para os estudantes, e as ações em prol da população de
rua. Ao que diz respeito sobre o ambiente escolar, as aulas presenciais foram suspensas
em todo o município desde o dia 20 de Março de 2020, fazendo com que as escolas
adotassem o ensino remoto ou domiciliar, ou seja, enquanto algumas escolas optaram
pela transmissão da aula ao vivo, outras escolas, principalmente da rede municipal,
optaram pela disponibilização de atividades domiciliares.

Na escolas da rede municipal e estadual, de acordo com dados coletados com a


Gerente de Promoção à Pessoa Idosa, Lindamir Schiavon, a Prefeitura de Maringá optou
por recolher os alimentos destinados à merenda escolar e que estavam nas escolas com
datas próximas de vencimento, e direcioná-los para o SASC a fim de auxiliar na
montagem de cestas básicas que seriam distribuídas à famílias inscritas no Programa
Bolsa Família e famílias de alunos em estado de vulnerabilidade social. Esta entrega de
cestas básicas é realizada uma vez por mês diretamente na residência destes alunos, por
funcionários da Secretaria Municipal de Educação, distribuindo kits de alimentação para
todas as famílias de alunos em estado de vulnerabilidade social ou que tenham solicitado
o auxílio.

Com relação à população idosa de Maringá, Lindamir informou que o município


possui um Conselho Municipal dos Direitos do Idoso, com o objetivo de formular,
acompanhar e fiscalizar a execução das políticas públicas municipais de atendimento à
pessoa idosa. Dentro deste conselho, em conjunto com as ações do SAS, há o
acompanhamento das condições sociais, alimentares, financeiras e de saúde da
população idosa, bem como os programas de convivência e fortalecimento de vínculos. Já
a população de rua do município, é atendida pelo Centro Pop, onde encontram projetos
para reconstrução de projetos de vida, atividades de higiene, alimentação, lazer, interação
social, fortalecimento de vínculos, construção de autonomia e reinserção social. Devido a
pandemia do novo corona vírus, no ano de 2020 o atendimento à idosos e população de
rua foi preferencialmente por telefone, remotamente ou excepcionalmente de modo
presencial com agendamento prévio,

REFERÊNCIAS:

JUNIOR, G.; CHIARA. M. Covid ‘empurra’ desempregados para ruas e abrigos. O Estado
de São Paulo, São Paulo, 5 de Julho de 2020. Disponível em:
https://saude.estadao.com.br/noticias/geral,covid-empurra-desempregados-para-ruas-e-
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abrigos,70003354361#:~:text=Depois%20da%20eclos%C3%A3o%20da
%20pandemia,institui%C3%A7%C3%B5es%20filantr%C3%B3picas%20ouvidas%20pelo
%20Estad%C3%A3o. Acessado em: 24 de Março de 2021.

MODELLI, L. OMS diz que Brasil vive ‘tragédia’ com nova onda da Covid e que estados
tentam fazer a coisa certa. Globo, 26 de Fevereiro de 2021. Disponível em:
https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noticia/2021/02/26/brasil-vive-quarta-onda-da-
pandemia-diz-diretor-da-oms.ghtml Acessado em: 24 de Março de 2021.

ROCHA, C. Os cenários de um colapso generalizado na saúde do Brasil. Nexo Jornal,


São Paulo, 27 de Fevereiro de 2021. Disponível em:
https://www.nexojornal.com.br/expresso/2021/02/27/Os-cen%C3%A1rios-de-um-colapso-
generalizado-na-sa%C3%BAde-do-Brasil Acessado em: 24 de Março de 2021.

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