A pandemia de COVID-19, causada pelo vírus SARS-CoV-2, irrompeu no final
de 2019 e rapidamente se disseminou pelo mundo, desencadeando uma crise de saúde
pública sem precedentes. No contexto dessa crise, os profissionais da saúde emergiram como protagonistas cruciais no enfrentamento da doença, arriscando suas próprias vidas para cuidar dos afetados pela pandemia. A demanda avassaladora por serviços de saúde, aliada à natureza altamente contagiosa do vírus, colocou os profissionais da saúde na linha de frente da batalha contra a doença, expondo-os a riscos de infecção, esgotamento físico e emocional e dilemas éticos complexos. A escassez de recursos médicos, a rápida evolução do entendimento sobre o vírus e a necessidade de adaptação constante das práticas clínicas amplificaram ainda mais esses desafios. No contexto da região Centro-Oeste do Brasil, o surto de COVID-19 entre os anos de 2020 e 2021 adicionou acréscimos adicionais de complexidade a esse cenário. Composta por estados geograficamente diversos e com diferentes níveis de desenvolvimento, a região enfrenta desafios únicos no enfrentamento da pandemia. A disponibilidade desigual de recursos de saúde, a variação na densidade populacional e os padrões de mobilidade com características específicas que influenciaram a dinâmica do surto. Os profissionais de saúde da região, já sofreram a dificuldades, foram ainda mais sobrecarregados pela necessidade de atender à crescente demanda de casos de COVID-19, muitas vezes com recursos limitados. Isso suscitou preocupações sobre a segurança desses profissionais. Nesse contexto, o presente trabalho tem como objetivo central entender e analisar o surto de COVID-19 entre os profissionais da saúde na região Centro-Oeste entre os anos de 2020 e 2021, com ênfase na identificação dos fatores que propagaram para a disseminação do vírus entre esses indivíduos e nas estratégias que podem ser eficazes na prevenção e mitigação desses casos. Uma análise de cuidados a esse surto, considerando suas dimensões epidemiológicas, sociais e sistêmicas, oferece insights cruciais para o desenvolvimento de políticas e intervenções mais eficazes no enfrentamento de crises de saúde pública semelhantes no futuro. Portanto, este estudo busca contribuir significativamente para o conhecimento científico e aprimorar a capacidade de resposta das autoridades de saúde diante de desafios semelhantes.