Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Tecnologia Dos Dispositivos
Tecnologia Dos Dispositivos
DISPOSITIVOS
MECÂNICOS
2a Edição
Marcelo Eurípedes da
Silva
www.marceloeuripedes.com.br
PREFÁCIO
A primeira versão dessa apostila foi escrita em maio de 2011, com o objetivo de dar
suporte a minha disciplina de Tecnologia dos Dispositivos Mecânicos, ministrada no curso
de Tecnologia Mecânica na Escola de Engenharia de Piracicaba. Até então não existia uma
bibliografia específica para essa disciplina, ao menos em Português. E mesmo o material
em Inglês se encontrava tinha um acesso difícil. Além disso, como é de praxe, eu gosto de
organizar o conteúdo de forma prática e de fácil entendimento.
É sabido que as primeiras versões sempre têm alguns problemas, e o objetivo dessa
nova revisão é o de corrigi-los, além de agregar um conteúdo adicional, pois não houve
tempo hábil de acrescentá-lo anteriormente. Alguns tópicos também foram rearranjados de
forma a melhorar o entendimento.
Para um perfeccionista de carteirinha, as vezes fica difícil parar e publicar o trabalho
antes de chegar na versão ideal. Entretanto, se assim o fizesse, eu nunca iria publicar
nenhuma das minhas apostilas. De qualquer modo, existe mais um conteúdo a ser
acrescentado e alguns rearranjos a serem feitos, entretanto, para essa versão, eu me dei
por satisfeito e resolvi publicar.
Marcelo Eurípedes,
21 de Março de 2012
Conteúdo Página
1 - Introdução 4
4 – Forças de Corte 43
5 – Elementos de Fixação 48
6 – Fixação Hidráulica 58
Referências Bibliográficas 74
Sabe-se que existem diversos processos de fabricação de uma peça, que podem ser
resumidos conforme a figura 1. Em cada um desses processos de fabricação utiliza-se de
dispositivos mecânicos para obtenção da geometria adequada, da qualidade necessária e
da produtividade requerida. Sendo assim, como pode ser observado de forma intuitiva, é
fácil perceber que o curso necessita de um foco para ser efetivo. Nesse caso, nosso foco
será dado nos dispositivos mecânicos de usinagem, pois se tratar de um processo comum
na grande maioria das indústrias, principalmente nas automotivas. Mesmo dentro da
Usinagem, os diferentes processos, tais como torneamento, furação e fresamento exigem
diferentes dispositivos, para se ter uma idéia da vasta gama desses elementos.
1.2. Definições
O projeto mecânico mudou muito desde quando essa disciplina foi criada até os tempos
atuais, pois uma série de ferramentas computacionais foi introduzida. Avançou-se do projeto
em pranchetas para o Projeto Auxiliado por Computador (CAD), que primeiramente surgiu
como uma ferramenta bidimensional e hoje avançou para o tridimensional. Essa ferramenta
facilitou a análise e a prevenção de algumas dos erros mais comuns em projetos, tais como
a interferência entre peças. No projeto de dispositivos de usinagem, essa análise é muito
Diante dos aspectos descritos, relativos a aplicação e uso dos dispositivos modernos,
surge um novo perfil de projetista de dispositivos, composto por algumas qualidades
desejáveis, tais como:
Para finalizar o capítulo, ainda é importante citar que a segurança é um fator primordial
ao se pensar os dispositivos, pois os esforços de corte tendem a jogar a peça para fora do
mesmo, e as conseqüências disso podem ser catastróficas. Ainda mais quando se fala em
Usinagem a Altas Velocidades de Corte (HSM – High Speed Machining).
Dentro desse universo, como foi dito anteriormente, a presente disciplina tem como
objetivo a apresentação dos principais princípios que norteiam o projeto de Dispositivos
Mecânicos de Usinagem, mostrando os métodos de localização, os elementos de
posicionamento, alguns mecanismos utilizados, bem e os princípios de automação.
De acordo com Raman e Boyd (2004), os maiores custos de um dispositivo são devidos
ao projeto do mesmo, como mostra a figura 8. Desse modo, além dos cuidados necessários
nessa etapa, deve-se também pensar na otimização do tempo.
Suponha que, para a fabricação de uma determinada peça, o custo unitário da máquina
por peça seja de R$25,00 e o custo da máquina parada é de R$8.000,00. Foi feito um
estudo para aumentar a produção dessa máquina, sendo cotados os preços de um
dispositivo e de uma máquina especial. Com a aplicação do dispositivo, o custo unitário
seria de R$20,00 e o custo de máquina parada aumentaria para R$10.000,00. Para a
máquina especial, o custo unitário seria de R$10,00 e a máquina parada custaria cerca de
R$25.000,00. Pergunta-se: com qual quantidade de peças o uso de dispositivos seria
economicamente viável, e qual a quantidade necessária para a compra da máquina
dedicada?
Sabe-se que o custo total da máquina ( ) é dado pela equação 1, abaixo:
(1)
(3)
(4)
(5)
(6)
5 – Qual o fator que mais afeta o custo de um dispositivo? Como esse custo pode ser
diminuído?
O método de localização 3-2-1 é um esquema clássico e bem antigo, mas ainda hoje
muito utilizado no projeto de dispositivos, por ser prático e funcional. Para entender esse
método, primeiramente deve-se considerar como uma peça de trabalho pode ser
movimentar, como descrito a seguir.
Segundo Csillag (1968), uma peça de trabalho, representada por um prisma, quando
livre, pode-se movimentar em doze direções distintas, referenciadas através do sistema
cartesiano, como pode ser visto na figura 12. Cada posição pode ser denominada com grau
de liberdade. Sendo assim, existem doze graus de liberdade a serem restringidos.
Se forem colocados três pinos paralelos ao plano X-Y, como mostra a figura 12, o prisma
não rodará em torno dos eixos X e Y, e também não pode se movimentar em torno do eixo
5. Adicionando mais dois pinos, apoiados em um plano paralelo ao X-Z, evita-se a rotação
em torno de Z e também o movimento no eixo 10.
Segundo Csillag (1968), muitas peças de trabalho são planas por natureza e, portanto,
podem ser montadas em uma mesa, restringindo-se assim cinco graus de liberdade. A
adição de mais cinco pinos, como mostra a figura 19, restringe mais seis graus de liberdade,
podendo a peça movimentar-se apenas para cima. Esse último grau pode ser bloqueado
através de um dispositivo conveniente, desde que ele seja paralelo a superfície da mesa.
Esse tipo de localização é chamado de localização plana. A figura 20 mostra alguns
exemplos adicionais. Pode-se notar que no caso onde se usam duas superfícies, o
dispositivo deve conter um chanfro para evitar possíveis interferências com a peça. Nesse
caso o tamanho do chanfro irá depender do raio da peça. Esse é um exemplo onde as
Uma situação muito comum na aplicação dos pinos de localização ocorre devido às
tolerâncias de posicionamento dos furos na peça de trabalho e entre dois pinos adjacentes.
Imagine, por exemplo, uma peça a ser localizada por dois pinos, como mostra a figura 26.
Se a tolerância entre os furos na peça é de ± X, e a tolerância entre os pinos é de ± Y. Para
não haver interferência na montagem, o diâmetro do pino B dever ser tolerado de forma que
o seu diâmetro máximo seja igual à dimensão nominal menos a soma entre X e Y. Desse
modo, poderia haver uma folga grande no pino B, e essa permitiria uma rotação indesejada
da peça.
Para evitar o problema acima, pode-se notar que o pino B deveria travar somente a
direção radial, pois a direção axial já está bem travada pelo pino A. Desse modo o pino B
admite uma folga na direção axial e, portanto, poderia ser aliviado nessa direção. Isso leva a
uma construção particular de pino, denominada de pino diamante, como mostrado na figura
27. Pode-se notar que a dimensão A é maior que a dimensão D. Ou seja, na direção de D
há uma folga que compensa os erros de posição da peça e do dispositivo. Ao mesmo tempo
a dimensão A pode ser tolerada com precisão, impedindo deslocamentos radiais.
Figura 31 – Tipos de erros caso o princípio das posições extremas não seja respeitado
A localização também pode ser feita através de cavidades feitas no dispositivo porta-
peças, como mostra a figura 38, a seguir. Com essa montagem 11 graus de liberdade são
restringidos, restando apenas o movimento na direção 11 do eixo Z.
Nenhum pino complementar é necessário, entretanto, para garantir a eficácia desse
tipo de montagem, as dimensões externas da peça devem ter tolerâncias apertadas. Outra
desvantagem refere-se a retirada da peça do dispositivo. Para tanto as vezes é necessário
adicionar alguns furos com rosca para “sacar” a peça do dispositivo.
Outra preocupação refere-se à entrada de cavacos no dispositivo, que podem
promover erros de posicionamento. Desse modo, a cavidade deve ser limpa a cada troca de
peças, tornando o processo entediante para o operador. Para reduzir esse problema pode-
se usar cavidades parciais, que, além disso, são mais fáceis de serem fabricadas.
Como alternativa para o pino diamante, pode-se utilizar também os pinos de localização
flutuantes que oferecem posicionamento preciso em um eixo, permitindo a montagem com
jogo flutuante em outro eixo. A vantagem desse tipo de montagem consiste na possibilidade
de se abrir bem a tolerância no outro eixo. A figura 41 mostra o exemplo de um pino
flutuante.
Algumas vezes a peça usinada não contém furos que possam ser usados para
localização da mesma. Muitas vezes esses furos podem ser acrescentados, sem impactar
na funcionalidade da peça, como é o caso do bloco do motor mostrado na figura 42. O
projeto conforme os princípios da Engenharia Simultânea, conforme explicado no capítulo 2,
pode ajudar a prever esse tipo de necessidade, fazendo com que os furos sejam a
acrescidos no projeto inicial do produto.
1 – A peça, mostrada na figura 43, deve ser usinada, de modo que os quatro furos laterais
tenham erro de posicionamento de ±0,100mm em relação ao furo central. Sabendo-se que
os furos tem 5±0,050mm, o furo central tem 20±0,025mm, e a máquina tem um erro de
posicionamento de ±0,010mm, pergunta-se:
a. Qual seria o método de localização adequado?
b. Quais tolerâncias devem ser consideradas no dispositivo de fixação?
2 – Uma peça, como a mostrada na figura 26, será localizada através de dois pinos
cilíndricos. Se os pinos tem , os furos tem , os erro de posição dos
furos na peça é de ±0,050mm, e o erro de posição dos pinos no dispositivo é de ±0,040mm,
pergunta-se:
a. Essa montagem é possível?
b. Se não qual o erro de posição entre os furos deveria ser colocado no dispositivo e/ou
peça?
c. Qual a solução alternativa, caso os valores encontrados no item a sejam
impraticáveis?
(7)
Com base nessas informações, qual deveria ser a geometria do pino diamante para
montar em uma peça com tolerância longitudinal T de 0,2 mm, e furo ?
Considere ainda que o erro angular deve ser de 10’, e a distância L entre o pino cilíndrico e
o pino diamante (ver figura 18) é de 25mm. A equação que governa o erro angular em
função da folga C e da distância L é:
(8)
4 – Considere uma localização como mostrada na peça abaixo. Desenhe como a peça
poderia ficar devido às variações de tolerância nos pinos de localização. Desenhe também
as possíveis combinações caso o pino intermediário fosse colocado em cima da peça.
5 – Um prisma, apoiado sobre uma base, e preso com grampos na parte superior tem um
furo central que deve ser usinado com erro angular de . Se a peça usinada tem
comprimento de 50 mm, estime qual a tolerância de planeza necessária para a superfície de
apoio. Se o furo estivesse em uma posição diferente essa tolerância deveria ser menor?
Como foi dito anteriormente, as forças de corte podem influenciar no projeto dos
dispositivos, na medida em que os elementos de localização e fixação devem resistir às
mesmas. Entretanto, nem sempre elas são maléficas, pois segundo Csillag (1968) “um
entendimento claro das forças de corte pode eliminar a necessidade de restringir todos os
doze graus de liberdade de uma peça de trabalho”. Desse modo pode-se satisfazer o
princípio do mínimo de pontos de localização, tornando o dispositivo mais simples. Todavia,
é muito importante ter em mente que a segurança deve vir em primeiro lugar. Assim, a
supressão de alguns pontos de apoio deve ser pensada com muito cuidado.
Um exemplo desse principio pode ser visualizado no processo de furação, como
mostrado na figura 46 abaixo. O torque produzido pela interação entre a broca e a peça
tenderia a jogar a mesma somente no pino amarelo. Contudo, se o operador errar o sentido
de giro, a peça poderá ser “jogada no sentido contrário, provocando assim uma condição
insegura. Além disso, o esforço de usinagem também tenderia a empurrar a peça contra a
mesa de fixação, mas no caso de quebra da ferramenta, ela pode ser empurrada para cima
e desse modo necessita-se inserir uma força de fixação contrária a esse movimento. Desse
modo a fixação correta deve ser feita como mostrado na figura 47, onde a rotação nos dois
sentidos é restringida e também, uma força de fixação é adicionada, impedindo a peça de se
soltar em situações imprevistas.
Quando se utiliza pinos de apoio na peça de trabalho, deve-se tomar o cuidado para
que a força não forme um “braço de alavanca” na peça, fazendo com que a mesma tenda a
se soltar do dispositivo, como mostra a figura 52.
Como foi dito anteriormente os elementos de fixação devem empurrar o material a ser
usinado contra os localizadores, e resistir aos esforços secundários de corte sem causar
deformações na peça. Para isso eles devem ser posicionados na parte mais rígida da
Algumas vezes a peça deve ser fixada horizontalmente, para liberar a região de
usinagem que se encontra na parte superior da mesma. Nesse caso a força de fixação deve
ser absorvida diretamente pelo localizador, como mostra a figura 53b.
Para os dispositivos com dois pinos de suporte, distanciados entre si, como mostra a
figura 54a, deve-se usar também dois grampos de fixação, caso contrário a peça poderia
“levantar” em um dos lados, causando perda de efeito do suporte e possíveis vibrações,
além de distorções do produto final.
Quando a peça possui flanges, ou outras saliências que podem ficar em “balanço”, deve-
se usar suportes auxiliares, para que a usinagem não cause distorções, como mostra a
figura 54b.
Ainda na linha dos elementos construídos para permitir a fixação de forma rápida e
precisa, temos os elementos de aperto rápido, que consistem em mecanismos articulados,
geralmente com três pinos, onde se pode soltar, fixar e travar a peça com simplicidade e
praticidade.
Basicamente existem seis tipos de ação dos mecanismos de ação rápida: horizontal,
vertical, empurra-puxa, lateral, gancho e alicate. A figura 65 ilustra um elemento de aperto
rápido vertical, e a figura 66 um elemento do tipo alicate.
Esses elementos são especificados geralmente através de sua capacidade de carga,
que significa a máxima força que eles podem resistir sem incorrer em uma deformação
permanente, ou plástica, do elemento. A força de aperto representa a força atuando na peça
quando o mecanismo de trava é acionado. Essa deve ser menor que a capacidade de
carga, mas suficiente para resistir aos esforços externos de corte.
Quando o elemento possui um braço de ajuste, como mostra a figura 67, o máximo
aperto é conseguido com o braço recuado. Nesse caso, a força de aperto depende de uma
série de fatores, tais como: posição do braço, ajuste correto da altura do mesmo, material da
peça e mecanismo de trava.
Algumas vezes não se pode fixar a peça pelo topo, pois a face deve ser fresada, ou
retificada. Desse modo é necessário fixar a peça lateralmente. Para isso existem diversos
mecanismos, como mostrado na figura 68.
o Velocidade de Fixação: essa é uma das vantagens mais óbvias do uso desse tipo de
sistema, pois ao invés de ficar apertando e soltando porcas para prender e soltar a
peça de trabalho, essas ações podem ser feitas através de um simples toque em um
botão. Considerando que esse tempo é passivo, ou seja, não está se cortando
material, esse ganho é realmente significativo.
o Parâmetros de Corte: a fixação hidráulica, por exercer mais força sobre a peça,
permite o uso de velocidades de corte e avanços maiores, diminuindo assim o tempo
de usinagem, ou seja, contribui também com o tempo ativo.
Além das vantagens citadas acima, outra característica importante da fixação hidráulica
é que ela garante a fixação, mesmo quanto há variações na peça, como mostra a figura 69.
A fixação hidráulica pode ser feita através de diversos elementos, com construções
diferentes. Nessa apostila não se pretende descrever todos os elementos, apenas alguns
deles. É importante lembrar que todos têm em comum o fato de serem cilindros hidráulicos,
com diversos mecanismos de articulação, adaptados para diferentes necessidades.
Assim como os cilindros hidráulicos, os grampos podem ser fornecidos com simples
ação, ou dupla ação. Os grampos de simples ação são mais baratos e possuem um circuito
hidráulico mais simples. Entretanto eles possuem uma pequena câmara de ar para “respiro”
a mola, onde é possível a entrada de fluído refrigerante, que por sua vez pode causar
corrosão, danificando o atuador. Isso já não acontece com os cilindros de ação dupla, pois
nestes as duas entradas são preenchidas com fluído hidráulico.
Outra vantagem dos cilindros de ação dupla consiste no controle que eles permitem no
sistema. Apesar de o circuito hidráulico ser um pouco mais complicado, os projetistas mais
experientes preferem esses tipos, pois o incremento de complexidade não é tão grande
quando comparado com os benefícios.
A figura 70 mostra o esquema de uma um circuito de simples ação, onde: (1) representa
o cilindro, (3) a bomba, (4) a mangueira hidráulica, (5) o acoplamento macho, (6) o
acoplamento fêmeo, (7) o manômetro para monitorar a pressão do sistema, (8) o adaptador
para o engate rápido e (9) o acoplamento usado para alinhar as válvulas com o manômetro.
Já na figura 71, mostra-se o circuito para o cilindro de dupla ação. Pode-se notar que
alguns elementos devem ser acrescentados, tais como: (4) mangueira adicional e (13),
válvula de segurança. Em ambas as figuras (70 e 71) encontram-se os elementos básicos
de um circuito hidráulico utilizado para dispositivos. Nota-se que as bombas são usualmente
manuais por questões de espaço disponível.
As válvulas direcionais, como o próprio nome já diz, direcionam o fluido hidráulico para
avançar ou recuar os cilindros, conforme a posição em que se encontram. Elas são
identificadas por símbolos gráficos onde se pode distinguir: número de posições, número de
vias, posição em repouso e tipo de acionamento.
As posições representam o número de manobras que a válvula pode fazer, assim para
duas posições têm-se: avanço e retorno, e para três posições tem-se avanço, retorno e
parado (figura 72).
A segurança do sistema hidráulico, como foi dito, é muito importante pois a pressão de
trabalho é muito alta, podendo trazer riscos a vida humana. Desse modo, um dos elementos
importantes nesse cenário são as válvulas limitadoras de pressão, responsáveis por manter
a pressão máxima no sistema dentro de um limite estabelecido. Se houver um excesso de
vazão o fluxo é direcionado para a bomba. A figura 75 mostra a simbologia da válvula, bem
como as posições extremas de operação da mesma.
Esses tipos de grampos têm um pivô por onde gira um braço articulado, liberando
totalmente a área fixada da peça, facilitando assim a remoção da mesma para fora do
dispositivo. A figura 77 mostra o sistema de ação desse tipo de grampo.
Outro tipo interessante é o grampo para furos internos, onde, além da fixação exerce-se
também as funções de localização radial e suporte da peça em apenas uma unidade. As
1 – O que pode ser feito para evitar erros nos projetos dos dispositivos, e diminuir o tempo
de entrega do produto final?
3 – Como foi dito, o custo é um fator importante no projeto de dispositivos, pois deve-se
levá-lo em consideração para determinar a viabilidade de se investir em um dispositivo de
usinagem. Considerando os dados da tabela abaixo, calcule a quantidade de peças
necessária para justificar o investimento em um dispositivo, ou uma máquina automática
dedicada.
7 - Como deve ser feita a localização de peças cilíndricas? O que deve ser levado em
consideração para evitar erros?
8 – Uma peça qualquer tem dois furos, distanciados entre si de L=60mm, que serão
utilizados para localização. Se os furos tem , e os pinos tem , os
erro de posição dos furos na peça é de ±0,010mm, e o erro de posição dos pinos no
dispositivo é de ±0,005mm, pergunta-se:
9 – Considere que a montagem feita no exercício 8 seja feita com um pino diamante. Projete
as dimensões do mesmo para atender a um erro angular de 5’.
CHAARI, R.; LOUATI, J.; MASMOUDI, F.; HADDAR, M. A tensorial Modelling of the 3D
Influence of Fixture Errors on the Orientational Geometric Especifications. APM
Journal, ISSN 1854-6250, 2007.
HENRIKSEN, Erik Karl. Jig and Fixture Design Manual. Industrial Press Inc., 1973, 312
páginas.
HOFFMAN, Edward G. Jig and Fixture Design. Editora Thomson. Estados Unidos, 2004.
HOFFMAN, Edward G. Jig and Fixture Design. Editora Cengage Learning. Estados
Unidos, 2003, 369 páginas.
HOFFMAN, Edward G. Jig and Fixture Design. Editora Cengage Learning. Estados
Unidos, 2004, 5ª Edição, 369 páginas.
KRSULJA, M.; BARISIC, B. & KUDLACEK, J. Assembly Setup for Modular Fixture
Machining Process. Advanced Engineering, 2009, ISSN 1846-5900.
CHAARI, R.; LOUATI, J.; MASMOUDI, F.; HADDAR, M. A tensorial Modelling of the 3D
Influence of Fixture Errors on the Orientational Geometric Especifications. APM
Journal, ISSN 1854-6250, 2007.
SPITLER, David, LANTRIP, Jeff, NEE, John G.,SMITH, David Alkire. Fundamentals of Tool
Design. Society of Manufacturing Engineers, USA, 2003, 5a edição.