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A ética corporativa está, portanto, diretamente ligada ao modo como o profissional

interage com os outros – sejam estes subordinados, superiores ou colegas de mesmo


nível. Da mesma forma como acontece em outros setores da vida, é da qualidade
dessas interações que surgirão relacionamentos saudáveis e produtivos a longo prazo.
Atuar de forma pouco ética pode até gerar ganhos imediatos, mas certamente trará
consequências desagradáveis com o passar do tempo, promovendo a falta de
confiança de parceiros e empregadores.

Muitas são as organizações que têm a ética dentre seus valores centrais e criam
mecanismos internos para evitar que colaboradores desvirtuem os seus princípios.
Alguns exemplos de atitudes a serem cultivadas em relações éticas em ambientes
corporativos são a honestidade, a capacidade de guardar sigilo quando solicitado, a
competência, o comedimento, a humildade e a equanimidade (capacidade de tratar
com igual respeito e gentileza a todos, independente do cargo que ocupem).

A Ética pessoal refere-se à

postura ou conduta do indivíduo compreendida através do modo como se


relaciona consigo mesmo e frente aos outros abrangendo suas
diferentes ações, pensamentos e sentimentos.

Para ser um sujeito ético a pessoa deve-se posicionar diante dos


preceitos que respeita, estabelecer para si um certo modo de ser que
concretiza o seu ser ético, agindo sobre si mesma, buscando conhece-
se, desenvolver-se, transformar-se.

Para que a transmissão de atitude ética aconteça no vivenciar de uma


relação, não pode existir separação entre o sujeito que pensa e o
sujeito que age.

Hoje fala-se muito em “Ética de Grupo”, significando que estão incluídos umbilicalmente em
determinado grupo. Em um primeiro momento o sentido de tal expressão pode até parecer
saudável, mas com um olhar mais detido, pode-se perceber um poder às vezes até ditatorial,
onde o mais forte se sobrepõe ao mais fraco e com isso faz valer a sua própria “ética
pessoal”, mesmo que o outro não comungue do mesmo entendimento.
Nas empresas de grande porte, em sua maioria, instituiu-se o modelo integrado, onde em
vez de salas e paredes há estações de trabalho, ou seja em uma mesma sala grupos de
colegas dividem espaços, vivenciam situações confortáveis ou não, dia após dia. Esse modelo
pode levá-los a formar comportamento de grupos (linguagem própria, sinais de identificação,
gestual, dentre outros) e a conseqüente pressão sobre os membros do grupo, principalmente
os mais novos, para que estes se conformem à “cultura do grupo”.
Porém, independente do contexto em que está inserido, o indivíduo deve sempre atuar de
acordo com a sua ética pessoal, com bom senso e com olhos para as mudanças que ocorrem
naturalmente na sociedade, sendo que por viver em grupo pode confrontar-se com uma
“ética de grupo”, a qual já estabelecida e possivelmente conflitante, com a pressão da
escolha entre aceitá-la ou rejeitá-la.
Registre-se que a “ética de grupo” não é melhor ou pior que a ética pessoal do indivíduo, ou
vice-versa. Assim, o que deve ficar claro é que os responsáveis pela gestão em organizações
devem monitorar não somente as atitudes e comportamento em termos de condutas
pessoais, mas também com relação às de grupo.

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