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DA CAPITAL
1- DOS FATOS
No dia XXX, o Sr.Delegado de Polícia ora autoridade coatora , em entrevista à rádio local,
determinou, aos seus agentes, a prisão de todas as meretrizes que circulam na Capital, pois
os bons costumes deveriam ser restabelecidos. Após ouvir a notícia, a paciente, que
garante o seu sustento por meio de encontros amorosos, suspendeu o exercício da prática,
pois passou a temer a ação da polícia, que vem, de fato, cumprindo a determinação da
autoridade policial.
2- DO DIREITO
No entanto, a ordem proferida pelo Delegado de Polícia da Capital é um ato ilegal, pois
prostituição não é crime perante nosso ordenamento jurídico, nãosendo ele típico, portanto,
não há justa causa que justifique a ordem proferida.
Conforme o art. 648, I do CPP:
Art. 648. A coação considerar-se-á ilegal:
I - quando não houver justa causa;
Ex positis requer, após as informações prestadas pela autoridade apontada como coatora,
seja concedida a ordem de habeas corpus, determinando a expedição de salvo conduto em
favor da paciente, como medida de justiça.
Nesses termos,
pede deferimento.
Local, data.
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Advogado, nº OAB