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eBook: Grupo de Estudos

AYAHUASCA E
PSICANÁLISE

@MREMORAIS
@OSOMACOROSUOR
Psicanálise

O1
1.1: A história da Psicanálise
1.2: Conceitos psicanalíticos básicos
1.3: Estruturas psicanalíticas + arquétipos
1.4: Estudo de caso

Ayahuasca

O2
2.1: Medicinas da Floresta
2.2: A Ayahuasca
2.3: Ayahuasca no Brasil
2.4: Corpo e cura

Psicanálise e Ayahuasca

O3 3.1: A Cura em Tempos Modernos


3.2: O que é o Despertar?
3.3: Epiritualidade e Psicanálise

Material Complementar

O4
4.1: Energia e Aura
4.2: Exercícios Energéticos
4.3: Exercícios Corporais
4.4: Síntese
ÍNDICE
CRONOGRAMA

O1O3 e TERÇA: Primeiro Encontro


(Abertura e Socialização)

DEZ QUINTA: Segundo Encontro


(Introdução aos Estudos)

TERÇA: Psicanálise

O8
+ Exposição de Conteúdo
e + Roda de Conversa

10
DEZ
QUINTA: Psicanálise
+ Estudo de Caso
+ Exercício Ativação Energética
+ Meditação Guiada (Visualização)

TERÇA: Ayahuasca

1517 e + Exposição de Conteúdo


+ Roda de Conversa
+ Meditação Guiada
DEZ
QUINTA: Ayahuasca e Fechamento
+ Roda de Conversa com convidados
+ Exercício Polarização Energética
+ Roda de Fechamento

22
DEZ
TERÇA: Encontro Complementar
(só pra quem quiser muito)
+ Confraternização
+ Feedbacks
01
PSICANÁLISE

Nascida no século XIX (dezenove), a


Psicanálise é, em essência, uma linha
teórica que interpreta os conteúdos
inconscientes através das palavras.
1.1 A HISTÓRIA DA PSICANÁLISE
Sigmund
Schlomo Freud
viveu entre os
séculos XIX e XX,
Era de família
judia e, por este
motivo, sofreu
muito enquanto
vivo, tendo que
se afastar
abruptamente
de sua casa e de
seus familiares
em certa época.

Em seus estudos com Breuer, utilizando a


hipnose em mulheres histéricas, descobriu a
existência do Inconsciente. Este seria um
campo da nossa mente que não está consciente
para nós, ou seja, do qual não temos
conhecimento algum. Este descobrimento se
deu ao fato de que as mulheres que haviam
ficado cegas, sob hipnose podiam enxergar.
Assim como mulheres que haviam perdido o
movimento de um algum membro. Sob hipnose,
este membro funcionava perfeitamente.
Deduziu-se, assim, que a origem era psíquica e
que, como a hipnose não trazia a cura, esta
descoberta não era benéfica já que não trazia
nada ao campo Consciente.
Em 1900, quando escreve A Interpretação dos
Sonhos, simbolicamente Freud cria sua própria
linha de interpretação: a Psicanálise. É nesta
obra que eles expõe mais elucidamente suas
ideias acerca dos conteúdos inconscientes.

Para ele, todo conteúdo inconsciente era um


desejo reprimido. Nos sonhos, é como se a
estrutura que mantém esse conteúdo reprimido
relaxasse e eles pudessem aparecer,
disfarçados. Por isso, os sonhos simbolizam
nossos desejos reprimidos.

O método psicanalítico consta em deixar a


pessoa a ser analisada falar livremente, sem
julgamento. Para isso, é necessário que a
pessoa confie minimamente em quem irá
analisá-la, a(o) psicanalista, neste caso.

Esta relação, entre a pessoa a ser analisada e a


que a analisará, é chamada de transferência.
Porque é um afeto que se transfere para a(o)
analista, visto que a pessoa a ser analisada não
poderia minimamente confiar de forma genuína
na(o) analista porque nada sabe dela(e). A
Psicanálise até hoje mantém o hábito de
incentivar as(os) analistas a manterem-se
nêutros e distantes de suas(seus) clientes.
O tratamento com a Psicanálise não é um
tratamento instantâneo, nem um pouco. O
processo psicanalítico é um processo que
funciona em outro tempo. E, com certeza, são
necessárias muitas sessões produtivas para
que o sujeito consiga mudar sua posição
subjetiva com relação a qualquer coisa que seja.

O método psicanalítico surgiu a partir de uma


cliente que Freud acompanhava havia já algum
tempo. Ele seguia fracassando em tentar
amenizar os sintomas físicos da cliente. Até
que, em um determinado momento, ela se
sentou diante dele e, com o olhar distante,
pediu "por favor, somente deixe-me falar.". Foi aí
que Freud percebeu que a própria fala era o
mecanismo curador das mulheres histéricas.

Um dos
métodos mais
famosos
psicanalíticos
é fazer a(o)
cliente deitar-
se, de forma
relaxada, de
costas para
a(o) analista, a
fim de que não
se vejam.
histeria
De acordo com os estudos da Medicina
tradicional ocidental, a histeria seria uma
patologia nervosa que, supostamente, se
origina no útero. Os sintomas dizem respeito ao
comportamento denominado "nervoso" nas
mulheres que apresentavam histeria. Daí a
origem do uso da palavra "histérica", como uma
mulher que não consegue controlar suas
emoções. Na prática, as mulheres histéricas
apresentavam quadros clínicos confusos e sem
explicação. Como a perda da visão de um dia
para o outro ou a capacidade de movimentar um
determinado membro do corpo. De acordo com
Foucault, a histeria foi somente um novo nome
para a loucura manifestada nas mulheres.
1.2 CONCEITOS BÁSICOS
A vida toda nada mais é do que questões
materializadas que contêm em seu interior as
sementes de suas respostas - e respostas que estão
prenhes de questões. Quem consegue ver algo mais
na vida é um tolo. Gustav Meyrinck, Golem

INCONSCIENTE: conjunto de processos


mentais que não são conscientemente criados;

REPRESSÃO: operação psíquica que tende a


suprimir uma ideia ou um afeto cujo conteúdo é
conscientemente desagradável;

PULSÃO: carga energética que se encontra na


origem do funcionamento do corpo físico e do
corpo psíquico humanos;

ATENÇÃO FLUTUANTE: regra técnica segundo


a qual o psicanalista deve escutar seu paciente
sem privilegiar nenhum elemento do discurso
deste e deixando que sua própria atividade
inconsciente entre em ação;

COMPLEXO DE ÉDIPO: representação


inconsciente pela qual se exprime o desejo
sexual ou amoroso da criança pelo genitor do
sexo oposto e sua hostilidade para com o
genitor do mesmo sexo.
fonte: ROUDINESCO, E.; PLON, M. Dicionário da Psicanálise. Tradução de Marco
Antonio Coutinho Jorge. Rio de Janeiro: Zahar, 1998.
INCONSCIENTE
REPRESSÃO
PULSÃO
ATENÇÃO FLUTUANTE
COMPLEXO DE ÉDIPO

fonte: ROUDINESCO, E.; PLON, M. Dicionário da Psicanálise. Tradução de Marco


Antonio Coutinho Jorge. Rio de Janeiro: Zahar, 1998.
1.3 ESTRUTURAS
É durante seus estudos sobre a própria prática
clínica que Freud começa a pensar em
estruturas psíquicas, como se fossem perfis
nos quais podemos encaixar nosso
funcionamento psíquico.

São eles:

PSICOSE: subdividido em paranoia,


esquizofrenia e autismo. O funcionamento
psicótico seria um funcionamento que não
obedece à ordem racional que domina os outros
funcionamentos; estrutura na qual o sujeito se
relaciona com uma realidade alucinatória ou
delirante;

NEUROSE: sujeito que desenvolve problemas


físicos de sensibilidade ou motricidade, sem
origem biológica aparente, ou seja, sujeitos que
produzem sintomas psicossomáticos;

PERVERSÃO: estrutura em
que o sujeito apresenta um
desvio sexual, um desvio da
norma. Sob este olhar,
homossexuais seriam
considerados com estrutura
psíquica perversa, por
exemplo.
fonte: ROUDINESCO, E.; PLON, M. Dicionário da Psicanálise. Tradução de Marco
Antonio Coutinho Jorge. Rio de Janeiro: Zahar, 1998.
PSICOSE
NEUROSE
PERVERSÃO

fonte: ROUDINESCO, E.; PLON, M. Dicionário da Psicanálise. Tradução de Marco


Antonio Coutinho Jorge. Rio de Janeiro: Zahar, 1998.
Vale o lembrete de que estamos, aqui
neste Grupo de Estudos, fugindo da
polaridade e buscando o Caminho do
Meio. Sendo assim, saber sobre as
estruturas psicanalíticas e a
Psicanálise, bem como sobre a
Ayahuasca e sua história, deve ser
somente mais um instrumento para
buscarmos a nossa Verdade, que
mora dentro de cada um(a) de nós.

Não existe verdade fora.


1.3: //ARQUÉTIPOS

"O conceito de arquétipo foi criado pelo psicólogo


suíço Carl Gustav Jung, um discípulo de Freud, por
volta de 1919. Para ele, o conceito se refere às
imagens primitivas inseridas no inconsciente
coletivo desde o princípio da existência, que ajudam
a explicar histórias passadas, vividas por outras
gerações. Ou seja, atuam como fonte primordial
para o amadurecimento da mente.
Fonte: R7

Exemplo comum:

SIGNO

LEOA

POSICIONAMENTO

INDIVIDUALISMO

ALFA/EMPODERAMENTO
12 ARQUÉTIPOS IDENTIFICADOS POR JUNG

O INOCENTE: O inocente vive buscando adequar


seu estilo de vida a um modo mais natural e
simples, de modo que possa exercer a sua
plenitude e vivenciar o paraíso. Eles costumam
não ver maldade nos outros, ou seja, todo
mundo é bom até que se prove o contrário.

O EXPLORADOR: O Explorador é um perfil


inquieto e que busca produtos que auxiliem na
sua jornada, ou seja, para ele só é útil aquilo que
vai torná-lo livre, independente e que não sejam
produtos de rotina. Não tolera as regras e
amarras da vida moderna, estas pessoas
buscam a sua individualidade pelo mundo e não
deixam que a rotina tome conta.

O SÁBIO: Buscar a verdade suprema que vai


libertá-lo e viver plenamente é o objetivo do
Sábio. Através do conhecimento de processos
e dos fluxos de informação ele deseja controlar,
mensurar, avaliar e validar. É o arquétipo
especialista, porém metódico e detalhista.Ele
se identifica com marcas/produtos que
instiguem sua criatividade, aptidões
intelectuais e tudo o que o faça pensar e
raciocinar.
Fonte: https://noticias.r7.com/hora-7/conhecimento-cientifico/arquetipos-o-que-
e-conceito-tipos-e-importancia-em-nossas-vidas-24032020
12 ARQUÉTIPOS IDENTIFICADOS POR JUNG

O HERÓI: Um perfil de consumidor que é


dinâmico, veloz e ágil. As marcas que
pretendem explorar este arquétipo precisam
oferecer produtos que estejam ligados à
aptidões e competências, ou que ofereçam
desafios ligados ao perigo e à velocidade.
Portanto, o herói é disciplinado e tem orgulho
disso, foca seus esforços em ser sempre o
melhor.

O FORA DA LEI: Fiel a seus próprios valores, e


não aos valores vigentes. O fora da lei é um ser
carente por natureza, ele precisa chamar
atenção para si, mesmo que para isso seja
preciso cometer crimes, chocar e humilhar.
Portanto, seu comportamento é sarcástico e
cínico, para tentar desequilibrar a situação e ter
o poder a seu favor.

O MAGO: Utilizando-se de conhecimentos que


não podem ser explicados com números, ou por
meio de fórmulas. Em seu caldeirão de poções,
estão pitadas de religião, tecnologia, ciência e,
claro, de magia. A figura do mago pode ser
associada a produtos que curam algo, ou que
são relaxantes, ou até mesmo os que são
altamente tecnológicos pela sua capacidade de
catalisar mudanças.
Fonte: https://noticias.r7.com/hora-7/conhecimento-cientifico/arquetipos-o-que-
e-conceito-tipos-e-importancia-em-nossas-vidas-24032020
12 ARQUÉTIPOS IDENTIFICADOS POR JUNG

O CARA COMUM: Frequentemente associado


aos sentimentos amenos e tranquilos, estas
pessoas não expõem suas convicções.Elas não
querem se destacar, e sim se enquadrar num
esquema comunitário em que se sintam parte
integrante de maneira efetiva.Correm sempre o
risco de manipulação ao seguirem o grupo,
muitas vezes anulando suas vontades e
desejos.

BOBO DA CORTE: Trata-se de um arquétipo


muito verdadeiro, que não está preocupado em
se esconder no grupo.Ele quer sim ser aceito,
no entanto ele precisa que o grupo o aceite
como ele é, com seu jeito espontâneo e
brincalhão. Esta é sua maneira de encarar a
vida.

O AMANTE: Caracteriza-se pelo culto ao belo e


pela valorização do romance e do sexo, através
da invocação de tudo o que manifeste a atração
física e a admiração corporal.Portanto, o
amante evoca também a elegância, o lúdico e o
erótico além de diversos prazeres efêmeros.

Fonte: https://noticias.r7.com/hora-7/conhecimento-cientifico/arquetipos-o-que-
e-conceito-tipos-e-importancia-em-nossas-vidas-24032020
12 ARQUÉTIPOS IDENTIFICADOS POR JUNG

CRIADOR: Qualquer atividade de cunho artístico


é útil na satisfação do desejo de harmonia e de
estabilidade desse arquétipo.O
reconhecimento dos seus feitos também é
importante para ele.Outro interesse do criador
é a tecnologia, pois tudo que há de mais
moderno é digna de sua atenção.

GOVERNANTE: O Governante está no comando


e no controle sempre.É típico de ser mostrado
como indivíduo extremamente responsável,
que joga com muitas responsabilidades
importantes.Portanto, ele pode ser resumido
em termos de responsabilidade, competência e
soberania e, sendo um tanto mais ambicioso.

PRESTATIVO: O Prestativo é um altruísta,


movido pela compaixão, pela generosidade e
pelo desejo de ajudar os outros.Ele teme a
instabilidade e a dificuldade, não tanto por si
mesmo, mas pelo impacto sobre as pessoas
menos afortunadas ou menos resistentes aos
choques.

Fonte: https://noticias.r7.com/hora-7/conhecimento-cientifico/arquetipos-o-que-
e-conceito-tipos-e-importancia-em-nossas-vidas-24032020
1.4 ESTUDO DE CASO

Uma prática muito comum nos estudos em


Psicanálise é o Estudo de Caso. O habitual é que
quem guia os estudos cria um perfil, um caso
ficcional. A partir dele, quem está sendo
guiada(o) nos estudos elabora suas
interpretações com base no que foi estudado
até então.

Hoje gostaríamos de propor algo diferente.

Gostaríamos que você criasse um caso. Vamos


te dar um exemplo e, a partir dele, você vai criar
o seu. Crie um nome fictício e uma situação
fictícia, algo que faria alguém procurar terapia.
Inspire-se em alguém. O ideal é que você se
inspire em si mesma(o). Mas se não conseguir,
pode ser sua mãe, sua parceira, seu pai, seu
parceiro, um amigo, uma colega, um irmão...

Aí vai o exemplo:
Sofia, 36 anos de idade, mãe de duas crianças,
divorciada há um ano. Escorpiana, signo de
água. Intensa e explosiva. Pode ser furiosa
como uma tempestaea e amorosa como uma
criança. Aflita, não se relaciona com ninguém
há um ano, desde que seu ex-marido saiu de
casa.
Pode ser assim, bem suscinto mesmo. Procure
os elementos que você geralmente usa para
identificar as pessoas. Pode desenvolver a sua
personagem até você estar satisfeita(o) com o
que criou. Depois disso, existe um texto que
você pode ler para expandir suas reflexões
sobre esta persona.

ARTIGO: A INFLUÊNCIA DA ESPIRITUALIDADE


NA SAÚDE FÍSICA E MENTAL.
AUTORA: Denise de Assis.

Se não se identificar com a linguagem desse


texto, é só nos chamar que te passamos algo
adequado à sua demanda.

Depois de refletir, gostaríamos que você


interpretasse este caso que você criou.

Tópicos a serem pensados:

Psique
Identidade
Posicionamento social x Espiritualidade
Identificação
Ligação entre pontos (Mente x Espírito)
Totalidade do ser

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