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Resenha: Eu Sou o Número

Quatro, de Pittacus Lore


Os livros young adult invadiram as livrarias e as estantes. E surpreendentemente temos
muita ficção científica sendo lida, porém sendo vendida não como FC, mas como ficção
juvenil ou YA. Mas né?, paciência. Eu Sou o Número Quatro é mais um YA da lista, que
também foi adaptado para o cinema e que também gerou um herói bonitinho, mas que no
fundo é uma mala sem alça.

O livro

Nove refugiados do planeta Lorien estão na Terra. Eles se parecem com a gente, vivem
com a gente, falam como a gente, mas não são humanos. E estão em perigo. Três já
morreram e eles só podem ser mortos na ordem (!). Agora, o Número Quatro está em
perigo. Os mogadorians também estão na Terra. Eles são aliens vis, maus, destruíram seu
planeta, destruíram Lorien e agora anseiam pelos nossos recursos.
O Número Quatro mudou de nome várias vezes, mas aqui ele se chama John Smith. Após
a morte do Três, que ficou gravado em sua pele, ele e seu protetor, Henri, precisam
novamente se mudar para a proteção de John. Ele agora é o próximo alvo dos
mogadorians e deve se esconder. Mudam-se para uma pequena cidade chamada
Paradise, em Ohio e Henri - de longe o personagem mais interessante do livro - pede que
John evite confusão na escola. Qualquer menção ou foto dele na internet já os expõe a um
risco mortal.

NÃO PERCA A ESPERANÇA, AINDA. ELA É A ÚLTIMA COISA


QUE SE VAI. QUANDO VOCÊ A PERDE, JÁ PERDEU TUDO. E
QUANDO VOCÊ PENSA QUE TUDO ESTÁ PERDIDO, QUANDO
TUDO É SINISTRO E SOMBRIO, SEMPRE HÁ ESPERANÇA.

John logo tem problemas ao entrar na escola com o valentão do time de futebol. Faz
amizade com o nerd fã de aliens, que acredita que seu pai foi abduzido. E John também
conhece Sarah, uma moça carinhosa, interessante, que infelizmente namorou aquele
valentão xarope que faz da vida de John e do amigo nerd um inferno. E no meio de tudo
isso, John vê que seus Legados (tipo super-poderes mágicos) estão se desenvolvendo e
ele mal vê a hora de lutar contra os mogadorians. Felizmente, Henri sempre está lá para
pôr juízo na cabeça dele. Mais clichê impossível, certo?
Pittacus Lore, nome do autor do livro, é uma pessoa de grande importância da sociedade
de Lorien, porém Eu Sou o Número Quatro é narrado em primeira pessoa pelo John. Mas
beleza, dá para ler do mesmo jeito. Quem viu o filme, acredite, está tudo no livro, você não
perdeu absolutamente nada. O filme é mais interessante porque você só perde uma hora e
pouco da sua vida. Já o livro você perde uns três dias, dois se ler rápido.

John Smith é um mala. Um típico adolescente chato que quer se enturmar, mas não sabe
como. Muitas vezes ele se arrisca a ponto de esquecer que é o próximo da lista dos
mogadorians e parece que nem está ligando para isso. Ele quer desesperadamente
desenvolver seus legados, mas percebe que o caminho para controlá-los é bem longo.
Henri precisa bancar o pai o tempo todo, sendo que é seu guarda-costas e precisa treiná-lo
corretamente para que não se machuque nem machuque ninguém. É Henri quem cuida do
dinheiro, das identidades falsas e que percorre a internet em busca de notícias sobre os
outros. Qualquer evento estranho e ele já fica ligado, pois pode ser que estejam em perigo.

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