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Autora de romances, contos e ensaios, é considerada uma das escritoras brasileiras mais
importantes do século XX e a maior escritora judia desde Franz Kafka.
História de Vida: Nasceu em uma família judaica russa que perdeu as suas rendas com a
Guerra Civil Russa e se viu obrigada a emigrar em decorrência da perseguição a judeus, à
época, a qual resultou em diversos extermínios em massa. Especula-se que a mãe de Clarice
teria sido violada por soldados russos durante a Primeira Guerra Mundial. A futura escritora
chegou ao Brasil, ainda pequena, em 1922, com seus pais e duas irmãs. Clarice dizia não ter
nenhuma ligação com a Ucrânia e que a sua verdadeira pátria era o Brasil. Inicialmente, a
família passou um breve período em Maceió, até se mudar para o Recife, onde Clarice cresceu
e onde, aos oito anos, perdeu a mãe. Aos catorze anos de idade mudou-se com o pai e as
irmãs para o Rio de Janeiro, local em que a família se estabilizou e onde o seu pai viria a
falecer, em 1940.
As suas principais obras marcam cada período de sua carreira. Perto do Coração Selvagem foi
seu livro de estreia, publicado quando Clarice tinha 24 anos de idade; Laços de Família, A
Paixão segundo G.H., A Hora da Estrela e Um Sopro de Vida são seus últimos livros publicados.
Estilo de Escrita: Nos seus contos Clarice Lispector utiliza intensivamente a metáfora, descreve
o psicológico das personagens e retrata o dia a dia comum, analisando as realidades narradas
sob uma ótica subjetiva, particular.
Em muitos dos seus contos, os narradores são construídos em primeira pessoa, ou seja, os
protagonistas narram as suas próprias histórias. Há casos em que também ocorre a epifania,
uma espécie de revelação na qual a personagem reconhece alguma verdade sobre si ou sobre
o mundo.
O crítico Alfredo Bosi vê, na escrita da autora, exemplos de três crises literárias: a crise da
personagem-ego; a crise da fala narrativa e a crise da velha fundação documental da prosa de
romances.
Mais informações: Clarice Lispector dominava pelo menos sete idiomas: português, inglês,
francês e espanhol, fluentemente; hebraico e iídiche, com alguma fluência; e russo, com pouca
fluência levada da infância. Como tradutora para o português, entretanto, utilizou somente o
inglês, o francês e o espanhol.
Traduziu 35 livros de diversos gêneros e escritores e contando com contos e artigos foram
mais de 40 traduções.
Páginas: 366