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Opúsculo Humanitário

1853
“ Os déspotas querem escravos que se submetam
humilde e cegamente à execução de suas vontades, e não
inteligências que se oponham a elas e ensinem aos povos
a sacudir o seu jugo” (p. 8)
Contextualizando o cotidiano
Mulheres enquanto “donas” do lar.
Destinadas a criar seus filhos.
Esposa devota aos maridos.
Convívio social apenas na presença do pai, marido ou irmãos.
Crença na incapacidade da mulher produzir e adquirir conhecimentos.
Ensino voltado apenas para aprendizagem das quatro operações e da alfabetização.
A demanda da obra
Nísia e sua angústia sobre a educação brasileira.
Enquanto o Brasil não oferecer uma educação igualitária para homens e mulheres,
haveria atraso intelectual e cultural.
Uma educação que libertasse as mulheres da ignorância.
Nem chibata nem agulha!
Educação como emancipação.

Pensando um novo currículo.

“...a Educação moral deve ser, como já temos observado, a base de toda a instrução da mulher”
(p. 33).

A virtude como alteridade.

Os úteis conhecimentos.

O cristianismo como atitude filosófica e humanística: por isso ela se coloca contra a escravatura.
Da denúncia colonial
Da herança colonial: o desprezo à educação das mulheres.
A sede do ouro atraía colonos, donatários, governadores, capitães-generais e vice-reis.
O Direito passa a ser estabelecido conforme os critérios destes.
O que eles esperavam da mulher brasileira? Trabalhos manuais.
Da inferior infraestrutura escolar: mais se pareciam com casas penitenciárias.
Da pedagogia do açoite.
Reforma da educação.
Qualidade técnica docente.
Levantando dados: em 1852 havia 55.500 alunos, sendo 8.443 alunas.
“A desarmonia em que se acham as disposições legislativas de cada província, relativas
a tão importantíssimo objeto, a deficiência do método de ensino das matérias, a
multiplicidade e má escolha de livros para uso das escolas, o programa de estudos nos
estabelecimentos literários, a insuficiente inspecção em alguns lugares e a quase
nenhuma em outros, e, finalmente, a pouca frequência e assiduidade dos alunos” (p.
83).
“Quanto mais ignorante é um povo tanto mais fácil é a um
governo absoluto exercer sobre o povo seu ilimitado poder”
(p.60).
“É partindo desta experiência que tiramos a conclusão de que, no Brasil, não se poderá
educar bem a mocidade enquanto o sistema de nossa educação, quer doméstica, quer
pública, não for radicalmente reformado” (p.111).

BASES PARA A REFORMA


Educação para a mulher.
Igualdade entre brancos/as, indígenas e pretos/as: uma pedagogia da alteridade.
O movimento como condição da educação: uma pedagogia do corpo.
Educação da classe trabalhadora: autonomia, emancipação e liberdade individual.
A mulher indígena como exemplo de virtude.
Fim da escravidão.
‘Fazei-lhe compreender desde a infância que a mulher não foi
criada para ser a boneca dos salões...” (p.158).
Obrigado!

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