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FÍSICA

1. CINEMÁTICA ESCALAR
S
VM 
REPOUSO/MOVIMENTO/ REFERENCIAL t
A unidade de velocidade no S.I. (Sistema
Referencial - é um ponto em relação ao qual são Internacional), é o metro por segundo ( m/s ).
definidas as posições de outros corpos.
Um corpo está em REPOUSO quando a distância  3,6
entre este corpo e o referencial não varia com o tempo. Km/h m/s
Um corpo está em MOVIMENTO quando a x 3,6
distância entre este corpo e o referencial varia com o
tempo. Transformação entre Km/h e m/s:
Obs.: Pode ser observado que um mesmo corpo
pode estar em movimento ou repouso; dependendo do Ex.1: Para passar 72 km/h para m/s, basta dividir por 3,6:
referencial adotado.
72 720
Variação de Espaço (deslocamento escalar) –
  20 m / s .
3,6 36
é a posição final menos a posição inicial.
Ex.2:Para passar 50 m/s, para km/h, basta multiplicar por
S  S F  S 0 3,6:

. 50 x 3,6 = 180 m/s

0 S0 MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORME


(MU)
SF
É aquele em que a velocidade escalar instantânea é
Se a partícula mover-se no sentido da trajetória, S constante e diferente de zero, de modo que o móvel sofre
será positivo; variações de espaços iguais em intervalos de tempos
Se a partícula mover-se em sentido contrário ao da iguais.
trajetória, S será negativo.
FUNÇÃO HORÁRIA DO ESPAÇO
Se a posição inicial coincide com a posição final, S
= 0.
S  S 0  vt
Distância Percorrida – é o comprimento da
trajetória percorrida pela partícula, informando quanto a S – espaço final
partícula realmente percorreu entre dois instantes.
S0 – espaço inicial
V – velocidade
1º caso: A partícula desloca-se sempre no mesmo t – tempo
sentido:
Distância Percorrida = s Velocidade Relativa
2º caso: A partícula inverte o sentido do seu Sentidos iguais:
movimento:
 
Distância Percorrida = sida  S volta V1 V2

Sida

VRelat.= V1 – V2

Sentidos opostos:
Svolta
 
VELOCIDADE ESCALAR MÉDIA V1 V2

É definida como sendo a variação do espaço num


intervalo de tempo, sendo dada por:
VRelat.= V1 + V2

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FÍSICA

MOVIMENTO RETILÍNEO Movimento Progressivo


UNIFORMEMENTE VARIADO ( MUV )
V
É aquele em que a velocidade escalar é variável e a
aceleração escalar é constante e diferente de zero, ou seja,
a velocidade sofre variações de velocidade iguais em
intervalos de tempos iguais. 0 t

FUNÇÕES HORÁRIAS - VM

a) do espaço s = f(t)
Movimento Retrógrado
2
at
S  S0  V0t  Espaço
2
S
S – posição final
S0 – posição inicial
V0 – velocidade inicial
a – aceleração
t – tempo S0
b) da velocidade v = f(t)
t
V  V0  at Movimento progressivo

V – velocidade final S
V0 velocidade inicial
a – aceleração instante em que o móvel passou na origem
t - tempo S0

EQUAÇÃO DE TORRICELLI t

V 2  V0  2aS
2

Movimento retrógrado
V – velocidade final
V0 – velocidade inicial GRÁFICOS ( MUV )
a – aceleração
S - deslocamento
Velocidade
MOVIMENTO ACELERADO – O módulo da
velocidade escalar aumenta no decorrer do tempo.
Velocidade e aceleração têm sinais iguais
V V
MOVIMENTO RETARDADO – O módulo da
velocidade escalar diminui no decorrer do tempo. V0
Velocidade e aceleração têm sinais contrários

GRÁFICOS ( MU ) V0

Velocidade 0 t 0 t

V Movimento progressivo Movimento progressivo


Movimento acelerado Movimento retardado

VM

0 t

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FÍSICA

Até o instante B, O Movimento é progressivo e


retardado. A partir do instante B , o movimento é
V V retrógrado e acelerado.
No instante B, o móvel muda de sentido na posição D.
Nos instantes A e C, o móvel passou na origem.
Obs.: Quando a parábola não cortar a abscissa,
0 t 0 t significa dizer (<0) que o móvel não passou na origem.
-V0
V
-V0
Área = Deslocamento
Movimento retrógrado Movimento retrógrado
V0
Movimento acelerado Movimento retardado A

0 t1 t

V V
S
V0
tg  = Velocidade média
0 TA t
S0 
0 TA t
-V0 0 t1 t

Até o instante TA o movi - Até o instante TA o movi-


mento é progressivo e mento é retrógrado e retardado;
a partir do retardado; a partir do instante TA o movimento
V
instante TA o movimento é retrógrado e
progressivo e acelerado acelerado
tg  = Aceleração média
V0 
Espaço

a) 0 t1 t

MOVIMENTO VERTICAL NO VÁCUO

ACELERAÇÃO DA GRAVIDADE (g)

É PRATICAMENTE CONSTANTE E SUA


FUNÇÃO HORÁRIA É DO 2º GRAU, ENTÃO A
QUEDA LIVRE É UM M.R.U.V.

Até o instante B, O Movimento é retrógrado e LANÇAMENTO VERTICAL PARA CIMA


retardado. A partir do instante B, o Movimento é
progressivo e acelerado. V 0
No instante B, o móvel muda de sentido na posição D.
Nos instantes A e C, o móvel passou na origem.

b) H M áx

Re tardado Acelerado

OBSERVAÇÕES:

Na subida, a aceleração é considerada constante e


igual a da gravidade (movimento retardado).

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FÍSICA

No instante em que o corpo atinge a altura máxima,


V 2  V0  2.g.H
2
a sua velocidade é zero.
0  V0  2.g.H máx
2
EQUAÇÕES
2
Como um lançamento vertical é um movimento V
uniformemente variado, temos: Altura Máxima H máx  0
2g
a) Função Horária do Espaço H = f(t)
Um corpo é jogado para cima com uma velocidade
2 V0, a aceleração da gravidade é negativa. Calcularemos,
g.t então, o tempo gasto para alcançar a altura máxima:
H  H 0  V0t 
2
V  V0  g .t
b) Função Horária da Velocidade V = f(t)
0  V0  g.t S
V  V0  g .t V0
Tempo de subida ts 
C) Equação de Torricelli g

Um corpo é solto de uma altura H (V0 = 0). A


V 2  V0  2.g.H
2
aceleração da gravidade é positiva. Calcularemos, então, o
tempo de queda do corpo:
Estudaremos os sinais da velocidade escalar e da g.t 2
aceleração da gravidade segundo convenções. H  H 0  V0 .t 
2
Trajetória orientada para cima
2
g.t q
a) (+) b) (+) H  00
2

2H
V0  0 V0  0 Tempo de Queda Tq 
g
V0
Quando a velocidade inicial for nula

Observação: Nas fórmulas da altura máxima, do


Subida Descida
tempo de subida e do tempo de queda, não usaremos o
sinal de g.
Na subida, a velocidade escalar é positiva. Sendo o
movimento retardado, a aceleração da gravidade é LANÇAMENTO HORIZONTAL NO VÁCUO
negativa.
Na descida, a velocidade escalar é negativa. Sendo o Seja V0 a velocidade com que um corpo é lançado de
movimento acelerado, a aceleração da gravidade é um ponto “o” (origem), quando foi iniciada a contagem
negativa. dos tempos. O corpo foi lançado de uma altura h. Para
Observamos que o sinal da velocidade escalar muda, procedermos o estudo, tracemos eixos perpendiculares,
a aceleração da gravidade continua negativa. tendo com origem o ponto “o”.

Para facilitar nossos cálculos, considera-remos o 


0 V0 X
seguinte:

Quando o corpo sobe, g é negativo. Y VX

Quando o corpo desce, g é positivo. 


VY
X
Altura Máxima; Tempo de Subida;
Tempo de queda

Um corpo é jogado para cima com uma velocidade Alcance


V0, a aceleração da gravidade é negativa. Na altura máxima
(HMáx) V = 0, , temos então:
Y
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FÍSICA

Após o lançamento a única força que age sobre o


corpo é seu peso P na direção vertical. O corpo descreve A  V0 .Tq
uma trajetória parabólica, resultante da composição de
dois movimentos: um na direção vertical, como existe a
força peso, o movimento é uniformemente acelerado
(MRUV) e outro na horizontal, como não existe força, o 5. Velocidade Resultante
movimento é uniforme (MRU).
1. Determinação da posição (x ; y ):
VR = VX  VY
2 2
Na horizontal, a posição x, é dada pela equação do
MRU : LANÇAMENTO OBLÍQUO NO VÁCUO

Consideremos um projétil lançado com veloci-dade


S  S 0  V0 .t inicial V0, determinando com a horizontal um ângulo ,
chamado ângulo de tiro.
Tomando como origem, o ponto de lançamento,

temos s0 = 0 : Y VX

X  V0 .t VY 
VX

VX 
Na vertical, a posição y, é dada pela equação do H M ÁX VY
MRUV : 
 V0
g .t 2 V 0Y
S  S 0  V0 t   X
2 
V0 X
Alcance
Tomando como origem, o ponto de lançamento,
temos s0 = 0 e como na vertical o corpo tem velocidade
inicial nula ( V0 = 0 ), temos : Como no lançamento horizontal, sabemos que após
o lançamento a única força que age sobre o corpo é seu
peso P na direção vertical, o corpo descreve uma trajetória
g .t 2
Y parabólica, resultante da composição de dois movimentos:
2 um na direção vertical; como existe a força peso, o
movimento é uniformemente retardado, na subida, e
uniformemente acelerado na descida, ou seja, temos um
2. Determinação da velocidade: MUV e outro na horizontal; como não existe força, o
movimento é uniforme (MU).
Como na horizontal, o movimento é uniforme, a Como V0 forma um ângulo  com a horizontal,
velocidade VX é sempre igual à velocidade inicial V0: vamos decompor a velocidade em duas componentes: V0X
e V0Y .
V X  V0
Y
Já na vertical, o movimento é uniformemente

V0
variado, a velocidade Vy é dada pela equação: 
V 0Y
V  V0  g.t 
 X
Lembrando que na vertical V0 = 0, temos: V0 X

VY  g.t V0Y  V0 . sen

V0 X  V0 . cos
3. Tempo de Queda:
1. Determinação da posição ( x ; y ):

2.h Na horizontal, a posição x é dada pela equação do


Tq 
g MRU:

S  S 0  V0 x .t
4. Alcance: Da equação X = v0 .t, temos X = A e
t = Tq Tomando como origem o ponto de lançamento,
temos s0 = 0 e V0X = V0.cos :

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FÍSICA

X  V0 . cos  .t 6. Tempo Total

Na vertical, a posição y é dada pela equação do


2.V0 . sen 
MRUV : TTotal  2.Tsubida TTotal 
g
g .t 2
S  S 0  V0Y . t  7. Alcance
2
Na vertical, o corpo tem V0Y = V0sen :
V0 . sen(2 )
2

g .t 2 A
Y  Y0  V0 sen  .t  g
2
O alcance máximo ocorre para um ângulo de
2. Determinação da velocidade: 45º.
MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME
Como na horizontal o movimento é uniforme, a
velocidade VX é sempre igual a velocidade inicial V0X e É definido como sendo um movimento em que a
V0X = V0cos : velocidade varia em direção, permanecendo constante seu
módulo e a trajetória descrita pelo móvel é uma
circunferência.
V X  V0 . cos 
Num movimento periódico, caracterizam as
seguintes grandezas:
Na vertical, o movimento é uniformemente variado,
a velocidade Vy é dada pela equação: 1. PERÍODO ( T ) – É o tempo gasto pelo móvel
para realizar uma volta completa (ou um ciclo).
VY  V0Y  g.t
2. FREQUÊNCIA ( f ) – É o número de voltas que
o móvel dá na unidade de tempo.
Lembrando que na vertical V0Y = V0sen, temos:
Unidades : hertz ( rotações por segundo )
VY  V0 . sen   g .t r.p.m. ( rotações por minutos )

3. Velocidade Resultante 1hz = 60 r.p.m.

1
VR  VX  VY
2 2
T 
f
3. Velocidade Linear – É a relação entre a variação da
4. Altura Máxima: posição (arco descrito) e o intervalo de tempo.
S
V=
V0Y 2 (V0 . sen  ) 2 t
H Máx  H Máx  Num ciclo completo, temos S  2R , o
2. g 2. g
tempo gasto para realizar um ciclo T.
Daí:
5. Tempo de Subida:
2R 1
V  Como T 
T f
V0 Y V . sen 
TS  TS  0
g g
V  2Rf
6. Tempo de Queda
4. Velocidade Angular – É a relação entre o ângulo
descrito pelo raio da trajetória circular e o intervalo
2. H Máx de tempo.
Tq 
g


t

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FÍSICA

Num ciclo completo, temos   2 , o tempo 6. TRANSMISSÃO DE MOVIMENTO


gasto para realizar um ciclo T. CIRCULAR UNIFORME (ACOPLAMENTO
Daí: DE POLIAS)

Podemos efetuar a transmissão de movimento


2 1
 Como T  circular entre duas rodas, duas polias, através de dois
T f procedimentos:

  2f

Obs.:No M.C.U. adotaremos como unidade da


velocidade angular rad / s .
No MCU, como a velocidade tangencial não
tem módulo variável, não existe aceleração
tangencial, porém, como a velocidade varia em
direção, existe aceleração centrípeta, que é dada por:

V2
aC 
R

5. Relação entre grandeza escalar e grandeza Embora na transmissão por contato haja inversão
vetorial no sentido do movimento, o que não ocorre na
transmissão por correia ( corrente ). Em ambas as
Radiano - Um radiano é o ângulo central  que situações, as velocidades lineares dos pontos periféricos
determina, na circunferência, o arco S de comprimento das duas rodas são iguais, em cada instante.
igual ao raio R ( S = R). Temos, então:
Daí, temos: VA = VB
S   .R
Sabendo que V  .R , temos:
Dividindo as parcelas por  t , temos:

S   A .R A   B .RB
 .R
t t
2
Lembrando que   2 . f e  , temos:
S 
V  T
t t
f A .R A  f B .RB
V  .R
Dividindo-se novamente as parcelas por  t , EXERCÍCIOS DE CINEMÁTICA
temos:
01. A imprensa pernambucana, em reportagem sobre
os riscos que correm os adeptos da "direção
V 
 .R perigosa", observou que uma pessoa leva cerca de
t t 4 s para completar uma ligação de um telefone
celular ou colocar um CD no aparelho de som de
V  seu carro. Qual a distância percorrida por um
a  carro que se desloca a 72 km/h, durante este
t t intervalo de tempo no qual o motorista não deu a
devida atenção ao trânsito?
a   .R a) 40 m
b) 60 m
c) 80 m
d) 85 m
e) 97 m

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FÍSICA

02. No jogo do Brasil contra a China, na copa de 07. O gráfico abaixo representa o movimento
2002, Roberto Carlos fez um gol que foi retilíneo de um objeto que parte do repouso em t
fotografado por uma câmara que tira 60 = 0. Ele é acelerado durante 20 s até atingir a
imagens/segundo. No instante do chute, a bola velocidade de 5,0 m/s e, a seguir, sofre uma
estava localizada a 14 metros da linha do gol, e a desaceleração que atua durante 10 s, fazendo-o
câmara registrou 24 imagens, desde o instante do parar. Qual o espaço total percorrido pelo objeto?
chute até a bola atingir o gol. Calcule a velocidade a) 25 m
média da bola. b) 55 m
a) 10 m/s c) 75 m
b) 13 m/s d) 85 m
c) 18 m/s e) 95 m
d) 29 m/s
e) 35 m/s

03. A figura abaixo mostra três cidades A, B e C. 08. Um menino, do topo da torre Malakoff, atira uma
A viagem de trem de A até C, passando pelos pedra para baixo, com velocidade inicial de 3
ramais ferroviários AB e BC, dura 1 hora. Qual m/s. Assinale a alternativa que representa o
seria, aproximadamente, a economia de tempo na intervalo de tempo necessário para a pedra atingir
viagem de A para C, se o ramal direto AC fosse o solo, sabendo que a altura de queda foi de 30,8
inaugurado? m.
a) 10 minutos
b) 23 minutos
c) 17 minutos
d) 30 minutos
e) 35 minutos

04. Ao iniciar a travessia de um túnel retilíneo de 200


metros de comprimento, um automóvel, de
dimensões desprezíveis, movimenta-se com
velocidade de 25 m/s. Durante a travessia,
desacelera uniformemente, saindo do túnel com a) 5,5 s
velocidade de 5 m/s. O módulo de sua aceleração b) 5,1 s
escalar, nesse percurso, foi de c) 2,8 s
a) 0,5 m/s2 d) 2,2 s
b) 1,0 m/s2 e) 1,0 s
c) 1,5 m/s2
d) 2,0 m/s2 09. Uma pulga pode dar saltos verticais de até 130
e) 2,5 m/s2 vezes sua própria altura. Para isso, ela imprime a
seu corpo um impulso que resulta numa
05. A velocidade de um automóvel em movimento aceleração ascendente. Qual é a velocidade
retilíneo será representada, em função do tempo, inicial necessária para a pulga alcançar uma
pelo gráfico abaixo. Qual a velocidade média do altura de 0,2 m?
automóvel entre os instante t = 0,0 h e t = 3,0 h? a) 2 m/s
a) 45 km/h b) 5 m/s
b) 50 km/h c) 7 m/s
c) 55 km/h d) 8 m/s
d) 60 km/h e) 9 m/s
e) 65 km/h
10. Na beira de um despenhadeiro, 5,0 m acima da
superfície de um rio, que corre a uma velocidade
de 5,0 m/s, um garoto atira uma pedra em
troncos que passam boiando. Se ele solta uma
06. Um caminhão, com velocidade 36 km/h, é freado pedra no exato instante em que determinado
e para em 10 s. Qual o módulo da aceleração tronco começa a passar abaixo de sua posição, e
média do caminhão durante a freada? a pedra atinge 60 cm antes do final, pode-se
a) 0,5 m/s2 concluir que o comprimento total do tronco era,
b) 1,0 m/s2 em metros:
c) 1,5 m/s2 a) 7,2
d) 3,6 m/s2 b) 5,6
e) 7,2 m/s2 c) 4,5
d) 3,7
e) 1,2

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FÍSICA

11. Um balão (aeróstato) sobe verticalmente, com modo que A’ e B’ possam ser conectadas por uma
velocidade constante de 10 m · s-1. Ao atingir a outra correia C’, sem que ocorra deslizamento das
altura de 40 m, seu piloto lança horizontalmente correias?
(em relação ao piloto), uma pedra com velocidade
de 30 m · s-1 (em relação ao piloto). Adote g = 10
m/s2. A distância da vertical que passa pelo ponto
de lançamento ao ponto em que a pedra atinge o
solo é:
a) 40 m
b) 80 m
c) 120 m
d) 240 m
e) 360 m

12. Um avião voando a 400 metros de altura, em


relação ao solo, com velocidade de 100 m/s, lança
uma bomba que atinge um alvo no topo de uma
colina, a 155 metros de altura, também em relação
ao solo. O tempo, em segundos, entre o
lançamento e o impacto da bomba, e a distância,
em metros, entre o avião e o alvo, no instante do
lançamento, são respectivamente:
a) 4 e 400
b) 7 e 700
c) 8 e 800
d) 10 e 1000

13. Uma esfera oca, feita de papel, tem diâmetro


igual a 0,5m e gira com determinada frequên-cia
f0, conforme figura adiante. Um projétil é
disparado numa direção que passa pelo equador
da esfera, com velocidade v = 500m/s. Observa-se
que, devido à frequên-cia de rotação da esfera, a
bala sai pelo mesmo orifício feito pelo projétil
quando penetra na esfera. A frequência f0 da
esfera é:

14. Na última fila de poltronas de um ônibus, dois


passageiros estão distando 2m entre si. Se o
ônibus faz uma curva fechada, de raio 40m, com
velocidade de 36km/h, a diferença das
velocidades dos passageiros é, aproxi-
madamente, em m/s:

15. A polia A’ de raio r’A’ = 12cm é concêntrica à polia


A, de raio rA = 30cm , e está rigidamente presa a Gabarito
ela. A polia A é acoplada a uma terceira polia B de 1. C 2. E 3. C 4. C 5. E
raio rB = 20cm pela correia C, conforme indicado 6. B 7. C 8. D 9. A 10. B
na figura. Qual deve ser o raio da polia B’, 11. C 12. B 13. 500 14. 0,5 15. 8
concêntrica a B e rigidamente presa a ela, de

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FÍSICA

2. LEIS DE NEWTON

Princípio da Inércia ou Primeira Lei de Newton. Isso significa que, sendo a massa do corpo
constante, a força resultante e a aceleração produzida
possuem intensidades diretamente proporcionais. Ou seja,
quanto mais intensa for a força resultante, maior será a
aceleração adquirida pelo corpo.

Logo, a relação entre as intensidades de e


constitui uma função linear, em que a massa (constante)
corresponde à declividade (tg ) da semi-reta do gráfico
.

Referencial Inercial

Sistema de referência inercial é aquele relativo ao


qual um corpo permanece em repouso ou em movimento
retilíneo uniforme, quando nenhuma força (ou resultante)
atua sobre ele. Isto é, um referencial inercial é aquele em
que a primeira lei de Newton descreve corretamente o Observe que, para um mesmo valor (F) de força
movimento de um corpo em equilíbrio. Normalmente, resultante, a intensidade da aceleração adquirida pelo
adota-se como sistema de referência inercial todo sistema corpo A é menor que a adquirida por B, ou seja, o corpo
de referência em repouso ou em translação retilínea e A tende a variar menos a sua velocidade que B. Isso
uniforme em relação às estrelas fixas, que são estrelas evidencia que o corpo A oferece maior resistência à
que aparentam manter fixas suas posições no céu após alteração de sua velocidade, isto é, o corpo A possui
muitos séculos de observações astronômicas. maior inércia. A partir do gráfico acima, temos:

Portanto, a massa de um corpo deve ser vista


Princípio Fundamental ou Segunda Lei de como uma propriedade da matéria que indica a
Newton resistência do corpo à alteração de sua velocidade,
ou seja, a massa mede a sua inércia.
Quando uma força resultante está presente em Terceira Lei de Newton
uma partícula, esta adquire uma aceleração na mesma
direção e sentido da força, segundo um referencial Lei da Ação e Reação
inercial.
O Princípio da Ação e Reação constitui a Terceira
Lei de Newton e pode ser enunciado assim:

Se um corpo A aplicar uma força sobre um corpo B,


receberá deste uma força de mesma intensidade,
mesma direção e sentido oposto à força que aplicou
em B.
A relação, nesse caso, entre a causa (força resultante)
e o efeito (aceleração adquirida) constitui o objetivo Podemos observar essa troca de forças entre dois
principal da segunda lei de Newton, cujo enunciado pode corpos, por exemplo, na colisão abaixo.
ser simplificado assim:

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FÍSICA

Robert Hooke (1635-1703), cientista inglês,


verificou experimentalmente que, em regime de
deformações elásticas, a intensidade da força aplicada à
mola é diretamente proporcional à deformação produzida.
Isto é, se duplicarmos a intensidade da força aplicada
à mola, sua deformação dobrará, e assim por diante,
enquanto a deformação for elástica.

Podemos sintetizar a lei de Hooke pela seguinte


expressão:
A força que A exerce em B ( ) e a correspondente

força que B exerce em A ( ) constituem o par ação-


reação dessa interação de contato (colisão). Essas forças
possuem mesma intensidade, mesma direção e
onde k é uma constante de proporcionalidade
sentidos opostos.
característica da mola, chamada constante elástica da
Ou seja:
mola. Sua unidade no SI é newton por metro (N/m).

Podemos obter a constante elástica (k) de uma mola


elástica através da declividade (tg ) da reta de seu gráfico,
força x deformação, como indicado abaixo.
Força Peso

Denomina-se força peso ( ) a força de campo


gravitacional que a Terra exerce sobre qualquer objeto
colocado próximo à sua superfície. Ela tem direção
vertical e sentido para baixo.
Quando a força peso é a única força presente em um
corpo (numa queda livre, por exemplo), este adquire uma
aceleração vertical (para baixo) deno-minada aceleração da
gravidade (g). Logo, pela relação causa-efeito contida na
segunda lei de Newton, podemos obter a intensidade P da Convém lembrar que, no processo de deforma-ção,
força peso sobre um corpo de massa m , assim: a mola sempre estará sujeita à ação de duas forças (uma
em cada extremidade), sendo de mesma intensidade (k·x)
quando sua massa for desprezível (mola ideal).

Força Elástica

Consideremos uma mola vertical presa em sua


extremidade superior, conforme mostra a figura abaixo.
Ao aplicarmos uma força de intensidade F em sua
extremidade livre, essa mola sofrerá uma deformação x,
que representa a variação ocorrida em seu comprimento Quando um corpo está preso a uma mola
(x = l - l0 ). deformada, a força de contato que a mola exerce nele
chama-se força elástica.

Pelo princípio da ação-reação, as forças trocadas


entre o corpo e a mola são de mesma intensidade. Logo, a
intensidade da força elástica será dada, de acordo com a lei
de Hooke, por:

sendo k a constante elástica da mola e x sua


Essa deformação é denominada elástica quando, deformação instantânea.
A força elástica sobre um corpo pode estar orientada
retirada a força , a mola retorna ao seu comprimento
no sentido de puxar (mola esticada) ou de empurrar (mola
original (l0). comprimida).
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FÍSICA

Plano Inclinado

Se utilizarmos a 2a lei de Newton, poderemos obter a


intensidade da aceleração tangencial (aT) de deslizamento
do bloco sobre a rampa lisa.

FR = m · aT
P · sen = m · aT
Componentes do Peso

Para simplificar o estudo de um deslizamento ao longo de


um plano inclinado, é usual decompormos a força peso
em duas parcelas: Força de Atrito
I. Componente tangencial ao plano ( ), que induz o
bloco a descer a rampa; Força de Atrito Estático

II. Componente normal ao plano ( ), responsável


por comprimir o bloco contra a rampa.

Força de Atrito Dinâmico

Por geometria, nota-se que o ângulo entre a força


peso e sua componente normal (em destaque na figura
anterior) é igual ao ângulo de inclinação do plano ( ) com
a horizontal.

A partir disso, podemos exprimir as intensidades das Resultante Centrípeta


componentes do peso do bloco assim:
Nos movimentos curvilíneos uniformes, a força
resultante é centrípeta (perpendicular à velocidade), pois
e nesses movimentos há apenas aceleração centrípeta
Observando, agora, o deslizamento do bloco na . Ou seja:
rampa lisa, sob a ação das componentes de seu peso e da
força normal, concluímos que a força normal do plano (
) tem o papel de neutralizar a ação de , enquanto onde aC = v2/R (R: raio instantâneo da curva).
corresponde à força resultante, responsável pela
aceleração do bloco.
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.
FÍSICA

No MCU, os vetores força resultante e aceleração


centrípeta mantêm-se perpendiculares à velocidade do
móvel, ambos com sentido voltado para o centro da
curva.

Sabemos que nos movimentos circulares


uniformes a força resultante é centrípeta , pois esta deve
produzir a aceleração centrípeta necessária para alterar a
direção da velocidade. Recordando a 2a lei de Newton,
temos:
Na figura (2), a resultante centrípeta do pêndulo
cônico é horizontal e corresponde ao vetor soma das
forças atuantes (tração e peso). Pelo triângulo retângulo de
onde (R: raio do trajeto circular). forças, temos:

Convém lembrar que, no movimento circular


uniforme, os vetores força resultante ( ) e acele-ração
centrípeta ( ) possuem módulos constantes e
orientam-se perpendiculares à velocidade do móvel,
ambos com sentido voltado para o centro da curva.

Logo:

Como ac = v2/R, podemos obter o módulo da


velocidade desse movimento pendular assim:

Considere um corpo de massa m, amarrado a um fio


ideal, efetuando dois tipos de MCU, com velocidade
escalar v e raio R: um que se realiza sobre um plano Globo da Morte
horizontal liso e outro denominado pêndulo cônico,
ambos sem a consideração da resistência do ar. Observe- Uma atração muito popular nos circos é o “Globo
os através das figuras a seguir. da Morte”, que consiste numa gaiola de forma esférica, no
interior da qual se movimenta uma pessoa pilotando uma
motocicleta. O momento crucial desse número circense
ocorre quando o piloto passa pelo topo do globo.
Considere o conjunto (moto + piloto) com massa total m
e admita g para o valor da gravidade local.
Quando a motocicleta atinge o ponto mais alto do
globo, com velocidade escalar v, a intensidade da força
normal com que a superfície interna do globo empurra a
moto pode ser obtida assim:
Na figura (1), a resultante centrípeta (horizontal)
corresponde à força de tração do fio sobre o corpo (as
forças verticais, normal e peso, estão em equilíbrio). Nesse
caso:

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.
FÍSICA

a) 1100 N
b) 500 N
c) 100 N
d) 300 N
e) 900 N

04. Os três corpos, A, B e C, representados na figura a


seguir, têm massas iguais, m=3,0kg. O plano
horizontal, onde se apoiam A e B, não oferece
atrito, a roldana tem massa desprezível e a
aceleração local da gravidade pode ser
FR = N + P = m · ac considerada g=10m/s2. A tração no fio que une os
blocos A e B tem módulo:
a) 10 N
N + mg = m · b) 15 N
c) 20 N
d) 25 N
e) 30 N

EXERCÍCIOS 05. Calcule o módulo da aceleração do conjunto. O


corpo A sobe ou desce a rampa? Despreze os
01. Dois blocos A e B de massas respectivamente atritos.
iguais a 5 kg e 10 kg estão inicialmente em a) 0,4 m/s2
repouso, encostados um no outro, sobre uma b) 1,4 m/s2
mesa horizontal sem atrito. Aplicamos uma força c) 1,8 m/s2
horizontal F = 90 N, como mostra a figura. Os d) 2,8 m/s2
valores, em N, das forças resultantes que atuam e) 3,2 m/s2
sobre os blocos A e B são respectivamente:

06. O coeficiente de atrito entre os pneus de um carro


e o pavimento de uma estrada plana e horizontal é
0,75. Qual a máxima velocidade em km/h que o
veículo poderá desenvolver ao fazer a curva de
a) 40 e 50 30m de raio sem o perigo de derrapar? Considere
b) 45 e 45 a aceleração da gravidade igual a 10m/s2.
c) 90 e 90 a) 60 d) 33
d) 20 e 70 b) 30 e) 80
e) 30 e 60 c) 54

02. Um elevador começa a subir, a partir do térreo 07. Um balão de massa M, com ar quente, está
com aceleração de 5,0 m/s2. O peso aparente de descendo verticalmente com uma aceleração a
um homem de 60 kg no interior do elevador, para baixo. Que quantidade de massa deve ser
supondo g = 10 m/s2, é igual a: atirada para fora do balão, para que ele suba com
a) 60 N uma aceleração a (mesmo módulo e sentido
b) 200 N oposto)? Suponha que a força de subida, devido
c) 300 N ao ar, não varie em função da massa (carga de
d) 600 N estabilização) que ele perdeu.
e) 900 N 2M 2M
a) d)
1 a
03. A figura mostra um bloco, de peso igual a 700N, g 1
apoiado num plano horizontal, sustentando um a g
corpo de 400N de peso, por meio de uma corda M 2M
inextensível, que passa por um sistema de b) e)
g g
roldanas consideradas ideais. O módulo da força 1 1
do plano sobre o bloco é: a a
M
c)
a
1
g

Gabarito
1. E 2. E 3. B 4. A
5. C 6. C 7. E

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FÍSICA

3. TRABALHO E CONSERVAÇÃO DE
ENERGIA III. Quando a força for perpendicular ao deslocamento
do corpo:

Suponha que um móvel, ao longo de um


deslocamento de módulo d, sofra a ação de uma força
constante de intensidade F, inclinada de com o
deslocamento.

Vamos analisar o cálculo de trabalho quando


realizado por força variável, ou seja, força que pode
variar em direção, como também em intensidade.

Já sabemos que o trabalho de uma força é realizado


por sua componente tangencial ao movimento. Por
O trabalho realizado por essa força, nesse percurso, exemplo, um carro, em movimento acelerado numa curva,
é uma grandeza escalar definida por: possui uma força resultante ( ) variável. Essa força
possui duas componentes: a componente tangencial (
) e a componente centrípeta ( ), como indica a figura
abaixo.
Pela definição acima, nota-se que o trabalho
realizado por uma força constante corresponde ao
trabalho de sua componente tangencial ao deslocamento
(FT = F·cos ). Isto é:

= (F · cos ) · d = FT · d.

No Sistema Internacional (SI), o trabalho é medido


em joule (J), sendo definido pelo produto das unidades de
força (newton) e deslocamento (metro).
Ao longo de um deslocamento linear d, nessa curva,
Ou seja: J = N . m.
mantém-se perpendicular ao movimento. Logo, o
Quando o trabalho de uma força sobre um corpo trabalho realizado pela força centrípeta é nulo.
for positivo (trabalho motor), este representa uma doação
de energia ao corpo. Quando negativo (trabalho Dessa forma, o trabalho da força resultante é
resistente), este indica uma retirada de energia do corpo. realizado apenas por sua componente tangencial. Se o
módulo de for constante, temos:
Existem três casos básicos de cálculo de trabalho de
uma força constante.

I. Quando a força atua no mesmo sentido do


deslocamento do corpo:
Suponha que um móvel, ao longo de um
deslocamento linear d, sofra a ação de uma força
tangencial , orientada a favor ou contra o seu
movimento, como indicam as figuras a seguir.

Se o módulo de for constante em cada caso,


teremos:
II. Quando a força atua em sentido oposto ao
deslocamento do corpo:

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FÍSICA

Quando tal força tangencial apresentar intensidade Como geometricamente H = AB · sen ,


variável, ao longo do percurso linear d, podemos obter
seu trabalho através da área sob o gráfico FT x s, que
indica a sua variação com a posição (espaço s) do móvel
em sua trajetória. Ou seja: (P) = P · (P) = P · H

Conclusão: o trabalho realizado nesse caso equivale


ao ocorrido num deslocamento vertical.

Isso mostra que o trabalho do peso não depende da


trajetória executada, mas sim do desnível (H) existente
entre as posições inicial e final.
A partir disso, podemos generalizar o trabalho da força
Se a força tangencial operar em sentido oposto ao peso ao longo de uma trajetória qualquer, próxima à
movimento, esta será indicada no gráfico com valor superfície da Terra, assim:
algébrico negativo. Dessa forma, teremos a área sob o
gráfico apresentando um valor algébrico compatível ao
seu trabalho, ou seja, negativo.

Trabalho da Força Peso

Nota-se o peso de um corpo usualmente • De A para B:


trabalhando em deslocamentos verticais próximos da
superfície da Terra, ou seja, quando o corpo desce ou
sobe uma certa altura H.
• De B para A:
Na descida, a força peso possui o mesmo sentido do
Teorema da Energia Cinética
movimento. Logo, ela realiza um trabalho motor
(positivo) que é dado por:
Considere um corpo de massa m submetido a uma
força resultante , suposta constante, ao longo de um
deslocamento d, em que suas velocidades escalares, inicial
e final, são v0 e v.
Já na subida, a força peso se opõe ao movimento,
realizando, assim, um trabalho resistente (negativo) e
expresso por:

Observemos agora a descida de um corpo ao longo de


uma rampa, desde seu topo (A) até sua base (B). Pelas expressões de Torricelli (MUV) e 2a lei de
Newton, associadas a esse movimento, temos:

Nessa descida, o trabalho da força peso é realizado


por sua componente tangencial ( Pt = P · sen ) que atua
no mesmo sentido do deslocamento (AB). Logo:
(P) = Pt · AB = (P · sen ) · AB

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FÍSICA

Epg = 0).
Assim, quanto mais alto o corpo estiver, mais
energia potencial o corpo terá em relação ao nível de
referência adotado. Se o corpo estiver abaixo do nível
adotado, a sua energia potencial será negativa (indicando
que o corpo carece de energia para chegar ao nível de
referência).
• Embora a demonstração acima tenha sido feita para
uma força resultante constante, o teorema da energia
cinética é válido em situações em que a força
resultante é variável.

Energia Potencial Gravitacional

Quando se tratar de um corpo extenso (um poste,


por exemplo) num campo de gravidade uniforme, sua
energia potencial gravitacional estará definida pela altura
Quando elevamos um corpo de peso até uma certa de seu centro de massa.
altura H, como sugere a figura acima, o trabalho realizado
pela força levantadora pode ser obtido através do
teorema da energia cinética. Observe:

Como são nulas as velocidades inicial e final do


corpo, o trabalho total será nulo. Logo:

Todo corpo homogêneo e com massa


uniformemente distribuída tem seu centro de massa (CM)
+ (–P · H) = 0 coincidente com seu centro geométrico (baricentro).

Trabalho da Força Elástica

Considere um carrinho encostado em uma mola de


Note que o trabalho realizado pela força levantadora constante elástica k e comprimida de x, como mostra a
não depende da trajetória descrita e seria o mesmo se o figura a seguir. Ao ser liberado, a mola o impulsiona com
corpo fosse erguido em movimento uniforme ( Ec = 0). uma força elástica de intensidade inicial F = k · x.
No levantamento de um corpo, sem que ocorra
variação de sua energia cinética, o trabalho realizado pelo
operador representa a energia que está sendo doada ao
corpo. Essa energia, associada à posição (altura) do corpo
no campo gravitacional uniforme, denomina-se energia
potencial gravitacional (Epg). Sua medida é dada pelo
produto do peso do corpo pela altura em que se
posiciona. Isto é:

À medida que o corpo se desloca, a deformação da


mola diminui, o que acarreta em uma diminuição da
Repare que tal energia potencial é relativa a um nível intensidade da força elástica. Após a mola ficar
de referência (nível em que se adota H = 0 e, portanto, indeformada, o carrinho perderá contato com ela e,

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.
FÍSICA

portanto, não sofrerá mais a ação da mola (F = 0). sistema de corpos corresponde à soma das energias
O gráfico a seguir relata essa decadência da cinética e potencial.
intensidade da força elástica, em função da distância (d)
percorrida pelo carrinho.

Como já vimos, qualquer que seja a forma de


Nesse impulso, o trabalho total realizado pela força energia mecânica (cinética, potencial gravitacional ou
elástica pode ser obtido pela área do triângulo sob o potencial elástica), a sua unidade, no Sistema Internacional
gráfico. (SI), é o joule (J).
Dizemos que as forças atuantes num corpo ou num
sistema são conservativas quando seus trabalhos não
alteram a sua energia mecânica.

A expressão anterior define o trabalho motor da


força elástica sobre um corpo, até que a mola fique Logo, são conservativas todas as forças cujo trabalho
relaxada, esteja ela inicialmente comprimida ou tracionada. estiver associado a alguma energia potencial. Como
Entretanto, se a mola estiver inicialmente relaxada e exemplo disso, temos: a força peso e a força elástica
for comprimida ou tracionada por um corpo, a força (sempre conservativas).
elástica atuará em oposição à sua deformação (x), Todas as forças que não realizarem trabalho ( = 0)
realizando um trabalho resistente dado, analogamente, também serão conservativas. Por exemplo: força
por: centrípeta, força normal num deslizamento sobre uma
pista fixa, etc.
A energia mecânica de um sistema se mantém
constante quando nele só operam forças do tipo
conservativas: força peso, força elástica e forças cujo
trabalho total é nulo.
Quando uma mola deformada (comprimida ou
tracionada) executa trabalho positivo sobre um corpo, isso
representa a quantidade de energia que ela transfere ao
corpo. Logo, toda mola deformada armazena uma energia,
transferível via trabalho da força elástica, a qual
denominamos energia potencial elástica (Epe). Sua medida
é prevista pelo trabalho total que a força elástica pode Como exemplo, analisemos o que ocorre com a
realizar até a mola relaxar, ou pelo trabalho que se executa energia mecânica de um corpo de massa m em queda livre
quando se deforma uma mola inicialmente relaxada. Isto (sem resistência do ar), após ser abandonado de uma
é: altura H acima do solo, como indica a figura abaixo.

Repare que tal energia potencial nunca será negativa,


pois k > 0 e x2 0.
Observe que a energia mecânica inicial do corpo é
Energia Mecânica – Sistemas Conservativos apenas a sua energia potencial inicial (pois, sem
velocidade, sua energia cinética inicial é nula).
A energia mecânica (Em) de um corpo ou de um
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.
FÍSICA

EXERCÍCIOS

01. Um bloco de massa m desliza sem atrito sobre a


superfície indicada na figura a seguir. Se g é a
No final da queda, o corpo não possui mais energia aceleração da gravidade, a velocidade mínima v
potencial em relação ao solo. Logo, a sua energia que deve ter para alcançar a altura h é:
mecânica corresponde à energia cinética que ele adquiriu
através do trabalho da força peso. Pelo teorema da energia gh
a) 2
cinética, vem:
2gh
b)
gh
c) 2
gh
d) 2
Conclusão: 2gh
e) 2
Energia Mecânica – Sistemas Não-
Conservativos 02. Um carrinho de montanha russa parte do repouso
do ponto A e percorre a pista sem atrito,
Em vários movimentos do cotidiano podemos esquematizada a seguir. Dado: g=10 m/s2. A
observar que a energia mecânica pode variar. máxima altura h do ponto A, em metros, para que
Por exemplo, quando erguemos um produto para o carrinho passe por B, cujo raio de curvatura é
depositá-lo sobre uma prateleira, estamos nesse 10m, sem perder o contato com a pista é:
levantamento aumentando a sua energia mecânica, por a) 5,0
incrementar sua energia potencial. b) 8,0
Por outro lado, quando um carro freia numa pista c) 10
horizontal, há uma óbvia diminuição de energia mecânica d) 12
ocasionada pela redução, por atrito, de energia cinética do e) 15
carro.
A energia mecânica (Em) de um corpo ou de um
sistema de corpos pode aumentar ou diminuir, quando
parte da forças atuantes não forem conservativas. 03. A figura a seguir ilustra um carrinho de massa m
O trabalho total realizado pelas forças não- percorrendo um trecho de uma montanha-russa.
conservativas representa a variação que ocorrerá na Desprezando-se todos os atritos que agem sobre
energia mecânica. ele e supondo que o carrinho seja abandonado em
A, o menor valor de h para que o carrinho efetue a
Ou seja: trajetória completa é:
3
R
a) 2
5
R
b) 2
c) 2R
Dizemos que um sistema é dissipativo quando atuam 5gR
forças não-conservativas, como a resistência de fluidos e o d) 2
atrito dinâmico, motivando uma diminuição de energia e) 3R
mecânica. Essa energia mecâ-nica perdida (dissipada), via
trabalho das forças dissipativas, transforma-se, 04. Um pequeno bloco, solto com velocidade nula a
principalmente, em energia térmica (calor). uma altura h, move-se sob o efeito da gravidade e
sem atrito sobre um trilho em forma de dois
Podemos resumir isso assim: quartos de círculo de raio R que se tangenciam,
como mostra a figura. A mínima altura inicial h
que acarreta a saída do bloco, do trilho, após o
ponto A é:
a) 4 R3
b) 5 R/4
c) 3 R/2
d) 5 R/3
e) 2 R

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.
FÍSICA

05. Um corpo é solto do repouso do topo de uma 4. QUANTIDADE DE MOVIMENTO,


calha de 80 cm de altura, conforme indica a figura IMPULSO E COLISÕES
abaixo. Só existe atrito no trecho horizontal AB,
que mede 10 cm. Sendo o coeficiente de atrito
cinético entre o corpo e esta superfície igual a 0,2, Impulso de Força Constante →
determine o número de vezes que o corpo
percorre o trecho horizontal até que pare. Dizemos que uma força produz um impulso sobre
um corpo quando ela age no corpo durante um certo
intervalo de tempo.

Define-se impulso de uma força constante através


do produto de tal força pelo intervalo de tempo
de sua ação.

06. Um balanço consiste de uma haste de peso


desprezível, de comprimento L = 1,6 m e uma
massa m = 200 kg. Na ausência de resistência do
ar, quando ele é solto horizontal (ponto A da
figura) adquire um movimento ao longo do
semicírculo de raio L. Qual a tensão na haste, em
unidades de 103 N, quando o balanço passa pelo
ponto B de sua trajetória?
Pela expressão acima, observamos que o impulso é
uma grandeza vetorial e, portanto, necessita de módulo,
direção e sentido para seu perfeito entendimento. Ou seja:

07. A figura representa o gráfico do módulo F de uma No Sistema Internacional (SI), a unidade da
força que atua sobre um corpo em função do seu grandeza impulso é N · s (newton vezes segundo).
deslocamento x. Sabe-se que a força atua sempre Como
na mesma direção e sentido do deslocamento. N = kg · m/s2, temos:

Impulso de Força Variável

Se uma força tiver direção constante e intensidade


variando no decorrer do tempo, seu impulso será
calculado por meio da área sob o gráfico força × tempo.

Nesse caso, podemos definir uma força média


Gabarito
1. B 2. B 3. B 4. C como sendo a força constante capaz de produzir o
5. 40 6. 3 7. 5 mesmo impulso da força de intensidade variável. Isto é:

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FÍSICA

Quantidade de Movimento

Definimos a grandeza vetorial quantidade do


movimento de um corpo, também denominada
momento linear, pelo produto da massa (m) do corpo
pela sua velocidade .

Obtemos o vetor quantidade de movimento do


sistema
( sist), nesse instante, pela seguinte adição vetorial:

Como a quantidade de movimento é uma grandeza


vetorial, apresenta módulo, direção e sentido, temos:

No SI, a quantidade de movimento tem como


unidade kg · m/s (quilograma vezes metro por Se as velocidades das partículas tivessem a mesma
segundo). direção, poderíamos obter o valor da quantidade de
Repare que a unidade de quantidade de movimento movimento do sistema através das velocidades escalares
coincide com a de impulso, embora sejam grandezas das partículas assim:
diferentes

Sistema Isolado

Em um sistema podem agir forças internas e


externas. São chamadas de forças internas aquelas que
Quantidade de Movimento de um Sistema são trocadas entre as partículas do sistema. Por
constituírem pares ação-reação, o impulso total devido às
A quantidade de movimento (ou momento linear) forças internas sempre será nulo.
de um conjunto de partículas corresponde à soma Uma força é classificada como externa quando é
vetorial das quantidades de movimento de cada partícula exercida no sistema pelo meio externo a ele. Essa força
de tal sistema. pode ser de ação a distância (força de campo) ou de
contato.
Considere, por exemplo, o conjunto formado por Dizemos que um sistema de partículas é
três partículas (A, B e C), abaixo indicadas, em que se mecanicamente isolado quando for nulo o impulso total
das forças externas sobre as partículas do sistema. Ou seja,
destaca o vetor quantidade de movimento ( = m · ) o sistema será considerado isolado quando:
que cada uma apresenta em um certo instante.
a) nenhuma força externa atuar, ou a resultante das
forças externas for nula;
b) as forças externas forem desprezíveis, se
comparadas com as forças internas;
c) a interação com o meio externo tiver uma duração
muito pequena ( 0).

Todos os fatores acima nos permitem, portanto,


eleger como sistemas isolados usuais os conjuntos de
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FÍSICA

partículas associados aos fenômenos de colisão e Coeficiente de Restituição


explosão.
Embora sempre ocorra a conservação da quantidade
Por exemplo, observe abaixo a separação de de movimento do sistema, numa colisão pode ou não
massas (explosão) que uma mola inicialmente haver conservação de energia mecânica do sistema.
comprimida consegue produzir, quando interposta entre
dois carrinhos (A e B) dispostos num plano horizontal Os choques são classificados em função da
liso. conservação ou não da energia cinética do sistema.
Quando a energia cinética do sistema imediatamente após
o choque é igual à energia cinética do sistema
imediatamente antes do choque, ele recebe o nome de
choque perfeitamente elástico. Se as energias cinéticas
do sistema antes e após o choque forem diferentes, ele
recebe o nome de choque não-elástico.

Tais denominações foram originadas em


experiências com choques frontais entre um móvel e um
anteparo rígido (uma parede, por exemplo).
Suponha que um carrinho se aproxime frontalmente
Note que no conjunto (A + B + mola) as forças de uma parede a 10 m/s e, após o choque, se afaste desta
elásticas internas ( e – ) são as que produzem a com velocidade de módulo 6 m/s.
separação de A e B, enquanto as forças externas (pesos e
normais) têm resultante nula. Logo, temos um sistema
isolado.

Colisões Frontais

Neste módulo, trataremos da mecânica relacionada


às colisões frontais de partículas. A colisão entre dois
corpos é denominada frontal ou unidimensional quando
não ocorre mudança na direção da velocidade desses
corpos, ou seja, as velocidades dos corpos, antes e depois
do choque, possuem a mesma direção. Após o choque, o carrinho tem restituída apenas
60% da velocidade, em módulo, que possuía antes do
Conservação da Quantidade de Movimento choque. Conclusão: houve perda de energia cinética nessa
colisão.
Sabemos que nas colisões há conservação da
quantidade de movimento do sistema. Isto é: no choque A partir disso, criou-se um coeficiente de
entre duas partículas A e B, as quantidades de movimento restituição (e) para as colisões frontais, definido pela
de cada partícula variam, mas a quantidade de movimento razão entre o módulo da velocidade de afastamento
do sistema se conserva. (após o choque) e o módulo da velocidade de
aproximação (antes do choque).

Caso ocorresse 100% de restituição do módulo da


Para um choque frontal, podemos escrever a velocidade (vafast. = vaprox.), o coeficiente de restituição
equação de conservação de quantidade de movimento do atingiria seu valor máximo (e = 1) e não haveria perda de
sistema usando velocidades esca-lares, ou seja, energia mecânica. Esse choque, denominado
atribuindo um sinal algébrico às velocidades das partículas perfeitamente elástico, pode ser simulado lançando-se o
de acordo com a orientação (positiva) definida para a carrinho contra uma mola ideal fixa numa parede, como
trajetória. mostra a figura abaixo.

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FÍSICA

Entre os choques não-elásticos, destaca-se o 04. Um objeto de massa 0,50 kg está se deslocando ao
choque perfeitamente inelástico, no qual se produz a longo de uma trajetória retilínea com aceleração
maior perda de energia mecânica. Este choque ocorre constante 0,30 m/s2. Se partiu do repouso, o
quando o coeficiente de restituição é mínimo, ou seja, módulo da sua quantidade de movimento, em kg
igual a zero (e = 0). Num choque desse tipo, o carrinho · m/s, ao fim de 8,0 s, é:
lançado contra a parede não retornaria (grudar-se-ia nesta) a) 0,80
e, por conseguinte, perderia toda sua energia mecânica b) 1,2
inicial. c) 1,6
d) 2,0
Sintetizando, podemos comparar os tipos de e) 2,4
choques frontais assim:
05. Um casal participa de uma competição de
patinação sobre o gelo. Em um dado instante, o
rapaz de massa igual a 60 kg e a garota, de massa
igual a 40 kg, estão parados e abraçados frente a
frente. Subitamente, o rapaz dá um empurrão na
garota, que sai patinando para trás com uma
velocidade igual a 0,60m/s. Qual a velocidade do
rapaz (em cm/s) ao recuar como consequência
desse empurrão?
a) 80
EXERCICIOS b) 60
c) 40
01. Durante uma partida de tênis, um jogador golpeia d) 30
 e) 20
a bola imprimindo-lhe uma velocidade v , de
módulo 20 m/s. Sabendo-se que a massa da bola
é 100 g e que ela havia chegado ao jogador com
 06. Uma sonda espacial de 1000 kg, vista de um
velocidade v 0 , de módulo 15 m/s, de mesma
 sistema de referência inercial, encontra-se em
direção mas sentido oposto a v , a variação da
quantidade de movimento da bola, devido ao repouso no espaço. Num determinado instante,
golpe, é, em kg · m/s, igual a: seu propulsor é ligado e, durante o intervalo de
a) 0,50 tempo de 5 segundos, os gases são ejetados a uma
b) 1,5 velocidade constante, em relação à sonda, de 5000
c) 2,0 m/s. No final desse processo, com a sonda
d) 3,5 movendo-se a 20 m/s, a massa aproximada de
e) 5,0 gases ejetados é
a) 0,8 kg.
02. A força resultante que atua sobre um bloco de 2,5 b) 4 kg.
kg, inicialmente em repouso, aumenta c) 5 kg.
uniformemente de zero até 100 N em 0,2 s, d) 20 kg.
conforme a figura abaixo. A velocidade final do e) 25 kg.
bloco, em m/s, é:
a) 2,0
b) 4,0
F(N) 07. Na figura temos uma massa M = 132 g,
c) 6,0 100 inicialmente em repouso, presa a uma mola de
d) 8,0 constante K = 1,6 · 104 N/m, podendo deslocar-se
50
e) 10 sem atrito sobre a mesa em que se encontra.
0
Atira-se uma bala de massa m = 12 g, que
0 0,1 0,2 t(s) encontra o bloco horizontalmente, com uma
velocidade v0 = 200 m/s, incrustando-se nele.
03. Uma bola de massa igual a 100 g é solta de uma Qual é a amplitude do movimento que resulta
altura inicial a 800 mm e, após colidir com o piso desse impacto?
horizontal liso, retorna até uma altura máxima de a) 25 cm
450 mm. Se a colisão com o piso teve uma b) 50 cm
duração de 10-2 segundos, determine a força c) 5,0 cm
m K
média em Newtons exercida pelo piso sobre a d) 1,6 cm M
bola durante o impacto. e) N.D.A.

Gabarito
1. D 2. B 3. 70 4. B
5. C 6. B 7. C

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.
FÍSICA

5. EQUILÍBRIO DE CORPO EXTENSO A unidade de momento no Sistema Interna-


cional de Unidades é o newton vezes metro (N · m).
Uma situação especial a que um corpo pode
Momento de uma Força estar sujeito é o caso de termos duas forças paralelas
(de mesma direção), mesma intensidade, sentidos
À capacidade apresentada por uma força opostos, mas com linhas de ação não coincidentes.
de acarretar movimento de rotação em um corpo Nesse caso, esse sistema de forças, denominado
extenso, denominamos torque ou momento da força. Binário ou Conjugado, tem a capacidade de fazer o
Apesar de ser uma grandeza vetorial podemos dar-lhe corpo girar.
um tratamento escalar, tendo em vista haver somente
duas possibilidades de sentido de rotação no plano Consideremos o binário da figura abaixo atuando
(horário ou anti-horário; ou ainda para a direita ou sobre um corpo.
para a esquerda), bastando, para tanto, que adotemos
um dos sentidos convencionalmente como positivo.
Como a capacidade de uma força de fazer um
corpo girar independe da existência de outras forças,
vejamos o exemplo abaixo, representando uma tábua
pregada a uma mesa horizontal, podendo girar
livremente em torno do prego, solta e sujeita à ação
de uma força também horizontal.

Adotando um ponto P qualquer como polo e


convencionando o sentido anti-horário como positivo,
calculemos o momento resultante dos momentos de cada
uma das forças.

Olhando de cima, podemos caracterizar as


grandezas que permitem medir a capacidade que a
força tem de fazer a tábua girar, ou seja, o momento
dessa força.

O ponto P (centro de rotação) é denominado


polo, a distância d do polo à linha de ação da força é
denominada braço da força.

Definimos o momento escalar ( M ) da força Os momentos dessas forças são:


em relação ao polo P como:

pois ambas
tendem a fazer o corpo girar no sentido horário.

Sendo = , então o momento resultante,


denominado Binário ou Conjugado é:

O sinal do momento M depende do sentido de – Se o sentido adotado como positivo fosse o horário,
rotação convencionado previamente como positivo. o sinal do binário seria positivo
No exemplo da figura anterior, se houvéssemos – A resultante das forças sobre o corpo é nula, ou seja,
adotado o sentido anti-horário como positivo, o não há aceleração de translação, mas o corpo entra
momento da força seria positivo, pois ela tende a em movimento de rotação acelerado.
girar a tábua no sentido anti-horário.
Quando a linha de ação da força passa pelo Equilíbrio Estático do Corpo Extenso
polo, o momento é nulo, pois nesse caso o braço (d) é
zero. Um corpo extenso, sujeito à ação de várias forças,

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.
FÍSICA

está em equilíbrio estático quando não está sofrendo nem


movimento de translação nem movimento de rotação, em
relação a um referencial.

Considerando a aceleração da gravidade igual a 10,0


m/s2 , quais os módulos das forças que os apoios
exercem sobre a barra em A e B, respectivamente ?
a) 1,0 N e 3,0 N
b) 2,0 N e 6,0 N
c) 8,0N e 32N
d) 10,0 N e 30,0 N
Duas são as condições para que isso aconteça: e) 14.0 N e 26,0 N
1a) Para que não sofra translação, a resultante forças
externas que agem no corpo deve ser nula. 03. Uma régua de 60 cm de comprimento, cuja massa
por unidade de comprimento é constante, está
suspensa por um fio na marca dos 30 cm. Um
peso de 1 N é suspenso na régua, na marca dos 10
cm. Para que a régua permaneça em equilíbrio
2a) Para que não sofra rotação, a soma dos momentos mecânico, na posição horizontal, um peso de 2 N
dessas forças deve ser nula, independentemente deve ser suspenso na marca dos
do polo considerado. a) 30 cm.
b) 40 cm.
c) 45 cm.
d) 50 cm.
e) 60 cm.

04. Na figura, o segmento AB representa uma barra


homogênea, de 1m de comprimento, que é
mantida em equilíbrio mecânico na posição
horizontal. A barra está apoiada num ponto a 25
cm da extremidade A, e o módulo da força ,
aplicada na extremidade B, é 2 N. Qual é o peso
da barra?
a) 0,66N
b) 1N
EXERCÍCIOS c) 4N
d) 6N
01. A barra da figura é um corpo rígido de peso e) 8N
desprezível, apoiada no ponto P.

05. A figura representa a barra homogênea AO, rígida


e horizontal, de peso . A barra é mantida em
equilíbrio, sustentada numa extremidade pela
articulação O e, na outra extremidade, por um
cabo AB, preso a uma parede no ponto B.

Qual o módulo da força que mantém a barra


em equilíbrio mecânico na posição horizontal?
a) 10 N
b) 20 N
c) 30 N
d) 40 N
e) 60 N

02. Uma barra homogênea de massa 2,0 kg está apoiada


nos seus extremos A e B, distanciados de 1,0 m. A 20 No ponto O, a força exercida pela articulação
cm da extremidade B foi colocado um bloco de sobre a barra tem uma componente vertical que é
massa m igual 2,0 kg. a) diferente de zero e dirigida para cima
b) diferente de zero e dirigida para baixo
c) diferente de zero e de sentido indefinido

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.
FÍSICA

d) igual a zero 6. INTRODUÇÃO À HIDROSTÁTICA


e) igual, em módulo, ao peso da barra

06. Uma caixa A, de peso igual a 300 N, é suspensa por Hidrostática é a parte da Mecânica que estuda os
duas cordas B e C conforme a figura abaixo. líquidos em equilíbrio. Entende-se por “um líquido em
equilíbrio” aquele cujas moléculas não apresentam
aceleração em relação a um sistema de referência inercial.

Teorema de Stevin

O Líquido Ideal → No estudo dos líquidos,


consideraremos um líquido ideal, aquele que goze
das seguintes propriedades:

O valor da tração na corda B é igual a


a) 150,0 N.
b) 259,8 N.
c) 346,4 N.
d) 600,0 N.
e) 900,0 N

Teorema de Stevin

Simon Stevin (1548 a 1620), físico e matemático


holandês, contribuiu para o desenvolvimento da Estática e
Hidrostática.
Consideremos um recipiente em repouso, contendo
uma massa de um fluido homogêneo, incompressível e em
equilíbrio, sob a ação da gravidade.

Dentro deste recipiente, vamos delinear uma região


em forma de um cilindro.

Gabarito
1. A 2. E 3. B Sejam P, o peso da porção líquida contida na região
4. D 5. A 6. D do cilindro, F1, a força que o líquido externo ao cilindro
aplica na parte superior do cilindro, F2, a força aplicada na

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FÍSICA

parte inferior, h a altura do cilindro e A, a sua área de


base.

Experiência de Torricelli

A experiência de Torricelli (físico e matemático


italiano) consiste na determinação da pressão atmosférica
Como o líquido se encontra em equilíbrio, então, num determinado local.
Torricelli tomou um tubo completamente cheio de
mercúrio e um recipiente também contendo mercúrio.

Como P = m · g e p = , então, F = p · A,
substituindo em ( I ), temos:
p2 · A = p1 · A + m · g (II)

Como e o volume do cilindro é V = A · h, então,

O tubo cheio de mercúrio é tampado e mergulhado


no recipiente. Depois de mergulhado, o tubo é aberto.
Nota-se, então, que a camada de mercúrio desce e
Substituindo em (II), temos: estaciona a uma certa altura, conforme a figura. Essa
p2 · A = p1 · A + · A · h · g, dividindo por A, altura depende da altitude do local em que foi feita a
temos: experiência.
A maior altura h ocorre ao nível do mar, onde a
pressão atmosférica é máxima.
Como o tubo não continha ar, forma-se então no
fundo do tubo uma região de vácuo.
Os pontos 1 e 2 são dois pontos quaisquer no Se a experiência for feita ao nível do mar (patm = 1
interior do líquido. atm), a altura h é de 76 cm, para qualquer que seja o
comprimento do tubo (maior do que 76 cm).
Se o mercúrio usado na experiência de Torricelli for
substituído por água, vamos determinar a nova altura da
coluna.
patm = 1,013 · 105 Pa

= 1 g/cm3 = 103 kg/m3


g = 9,8 m/s2
patm = µ · g · h
1,013 · 105 = 103 · 9,8 · h
h = 10,3 m

Assim, a pressão atmosférica ao nível do mar é igual


A relação · g · h (massa específica do líquido x a à pressão exercida por uma coluna de 10,3 metros de
aceleração da gravidade x o desnível h entre dois pontos) é água.
chamada de pressão hidrostática (ou pressão efetiva), ou patm = 10,3 m · c · a
seja, a pressão exercida pela camada de líquido. m.c.a = metro de coluna de água
Se arredondarmos, patm = 10 m · c · a
Se o ponto 1 coincidir com a superfície do líquido,
então, p1 = p atm (pressão atmosférica), e se o ponto 2 Uma bomba de sucção, usada para puxar água,
coincidir com o fundo do recipiente, temos: jamais poderá ser usada para fazer isso em uma altura
superior a 10,3 metros.
O pistão é que retira ar do tubo para a água subir. A
água sobe em razão da diferença de pressão externa e
interna do tubo.
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FÍSICA

Princípio de Pascal

Blaise Pascal (1623 a 1662), físico, matemático e


filósofo francês, estudou os fluidos, inventou a prensa
hidráulica e a seringa. Propôs, em Matemática, a teoria das
probabilidades.

Pascal enunciou que o acréscimo de pressão (dado


um líquido em equilíbrio) transmite-se integralmente para
todos os pontos do líquido, uma vez que os líquidos são
praticamente incompressíveis.

A figura abaixo representa dois êmbolos de


diferentes diâmetros acoplados, entre si, contendo um
líquido incompressível em equilíbrio.
Vasos Comunicantes

Dado um vaso em forma de U, contendo um líquido


homogêneo em equilíbrio, o nível das suas colunas é o
mesmo.

Sejam F1 a intensidade da força aplicada no êmbolo


1, de área A1, e F2 a intensidade da força aplicada no
êmbolo 2 de área A2.

Como o acréscimo de pressão é transmitido


integralmente a todos os pontos do líquido, temos:

Se colocarmos dois líquidos não-miscíveis (que não


se misturam), pode ocorrer um equilíbrio com desnível Sejam d1 o deslocamento do líquido 1 e d2 o
das colunas. deslocamento do líquido 2, temos:

V = A · d (volume do cilindro)

A = como o líquido é incompressível

A figura abaixo mostra uma prensa hidráulica


utilizada para elevar automóveis. O ar comprimido entra
pela tubulação empurrando o êmbolo que, por sua vez,
empurra o óleo da tubulação.
Sejam µ1 a massa específica do líquido 1 e µ2 a massa
específica do líquido 2; a partir do teorema de
Stevin, temos:
p1 = patm = µ1 · g · h1
p2 = patm = µ2 · g · h2

Como pontos de mesma altura, num mesmo líquido


homogêneo em equilíbrio, suportam a mesma pressão:
p1 = p2
patm = µ2 · g · h1 = patm = µ2 · g · h2 O freio de automóvel também é uma prensa
hidráulica. Ao acionar o freio, o pistão de comando
empurra o óleo da tubulação, que acaba comprimindo as
sapatas contra o tambor da roda.
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FÍSICA

O líquido exerce pressão em todos os pontos do


cilindro.
Note que não só na prensa hidráulica, bem como
nas alavancas ou até mesmo nas polias móveis há ganho
de forças, mas inevitavelmente, há perda no Sejam a força que o líquido exerce em cima do
deslocamento.
O trabalho será sempre o mesmo nos processos cilindro de área A1 e a força que o líquido exerce
acima citados. embaixo do cilindro de área A2.
Na prensa, teremos o seguinte:
Como A1 = A2 e P2 > P1 (a pressão aumenta com a
profundidade), temos:

F1 · d 1 = F2 · d 2 A diferença das intensidades das forças e é a


intensidade da força de empuxo .

Todo corpo imerso em um fluido recebe uma força


vertical para cima chamada empuxo, de intensidade igual
à intensidade de peso do fluido deslocado.

Sejam:
massa específica do corpo que será imerso.
Teorema de Arquimedes mc massa do corpo
Vc volume do corpo
Um corpo mergulhado num líquido recebe forças do Pc peso do corpo
líquido em toda sua superfície, conforme a figura. massa específica do líquido
mL massa do líquido deslocado
VL volume do líquido deslocado
PL peso do líquido deslocado

Como

As componentes horizontais das forças se


equilibram e as componentes verticais fornecem uma Peso Aparente
resultante para cima. Vamos medir a intensidade da força peso de um
corpo utilizando um dinamômetro:
Vamos considerar um corpo cilíndrico totalmente
submerso num líquido em equilíbrio, conforme mostra a
figura.

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FÍSICA

Com o corpo em equilíbrio, temos: P c = T. Neste 04. Uma bola de boliche de peso P cai em uma
caso, com o objeto no vácuo, o dinamômetro indica o piscina e termina por repousar sobre seu piso. Se
valor da força do objeto. Contudo, quando este processo o empuxo que a bola sofre é E, pode-se afirmar
de medição é realizado com o corpo imerso num fluido que a força de contato entre o piso da piscina e a
(gás ou líquido), o corpo fica sujeito a uma força de bola vale:
a) P
empuxo , aplicada pelo fluido.
b) E
e) Zero
d) P+E
e) P—E

05. “Com quantos paus se faz uma jangada?” Qual o


número mínimo de paus necessários para
suportar um homem de 90Kg, se cada pau
flutuando livremente tem 1/9 do seu volume
submerso e sofre um empuxo igual a 10N.
a) 6
Assim, a intensidade da força , que é medida pelo b) 8
dinamômetro, é: c) 10
d) 12
T = Pc – E (na situação de equilíbrio) e) 14
Esse valor é chamado de peso aparente:
06. Ao flutuar na superfície de um lago, um pequeno
barril desloca 10 £ de água. Para flutuar sobre um
líquido duas vezes mais denso que a água, um
barril idêntico deverá deslocar quantos litros
desse líquido?
EXERCÍCIOS a) 25
b) 20
01. Qual a maior altura em centímetros que pode ter c) 15
uma coluna cilíndrica feita de um metal de d) 10
densidade igual a 3,0 x l03 kg/m3 para que possa e) 5
ser colocada em pé com segurança sobre um piso
que resiste a uma pressão máxima de 9,0 x 07. Uma caixa metálica fechada de 90,0 kg e 0,010 m3
104N/m2? de volume, está imersa no fundo de uma piscina
a) 300 cheia d’água. Qual a força, F, necessária para içá-
b) 270 la através da água, com velocidade constante,
c) 60 usando uma roldana simples, como indicado na
d) 30 figura?
e) 27

02. O casco de um submarino suporta uma pressão


externa de até 12,0 atm sem se romper. Se, por
acidente, o submarino afundar no mar, a que
profundidade, em metros, o casco se romperá?
a) 100
b) 110
c) 120
d) 130 a) 750N
e) 140 b) 800N
c) 850N
03. Uma piscina, com 2,0 m de profundidade, tem d) 900N
um piso plano e horizontal revestido com e) 950N
azulejos. Cada azulejo tem uma área de 200 cm2.
Quando a piscina está cheia de água, a força
vertical para baixo, sobre cada azulejo do piso,
vale:

Gabarito
1. A 2. B 3. D 4. E
5. D 6. E 7. B

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FÍSICA

7. TERMOLOGIA partes iguais pelo sueco (Celsius) é dividido em 180 partes


iguais na escala do alemão (Fahrenheit).

Conceitos Iniciais

O conceito de calor sofreu inúmeras


modificações ao longo da história do desenvol-
vimento da Ciência. Atualmente, conceitua-se calor
como a medida da quantidade de energia que se
transfere de um corpo a outro, unicamente devido à
diferença de temperatura entre ambos.
Observemos que em decorrência dessa
conceituação, não há sentido em falarmos na quantidade
de calor de um corpo. Um corpo não possuí calor, mas,
sim, energia interna.
A energia interna de um corpo é definida como - Escala Kelvin
sendo a soma de todos os tipos de energias cinéticas e Como a temperatura de um corpo está relacionada
potenciais das partículas que o constituem. com o grau de agitação de suas moléculas, podemos dizer
Portanto, quando afirmarmos que dois corpos que as escalas Celsius e Fahrenheit são relativas, uma vez
trocam calor, estaremos com isso querendo dizer que que elas não atribuem o valor zero ao estado de agitação
houve uma transferência de certa quantidade de energia de molecular mais baixo.
um corpo a outro devido ao fato de ambos estarem a A temperatura está relacionada à energia de
temperaturas diferentes. A transferência de calor ocorrerá movimento das moléculas de um corpo; assim, ao
até os corpos atingirem a mesma temperatura, ou seja, o diminuirmos sua temperatura, suas moléculas ficam mais
equilíbrio térmico (TA = TB) lentas. Podemos imaginar um estado em que todas as
moléculas estão paradas, ou seja, agitação térmica nula
Escalas de Temperatura correspondendo à temperatura zero, a qual denominamos
zero absoluto.
- Escala Celsius O físico irlandês, Willian Thomson, que recebeu o
Escala construída, em 1742, pelo físico e astrônomo título de nobreza, lorde Kelvin, estabeleceu, em 1848, uma
sueco Anders Celsius, que adotou para o ponto de fusão escala absoluta.
de gelo o valor 0 (zero) e para o ponto de ebulição da água Kelvin verificou experimentalmente que a pressão de
o valor 100 (cem). Dividiu-se o intervalo obtido entre os um gás diminuía 1/273 do valor inicial, quando resfriado a
pontos fixos em cem partes iguais, em que cada parte volume constante de 0 °C, para – 1 °C. Como a pressão
corresponde a uma unidade da escala e foi denominada de do gás está relacionada com o choque de suas partículas
grau Celsius, cujo símbolo é o °C. com as paredes do recipiente, quando a pressão fosse
nula, as moléculas estariam em repouso, a agitação térmica
seria nula e a sua temperatura também.
Conclui, então, que isso aconteceria se
transformássemos o gás até – 273°C.
Assim, Kelvin atribuiu o valor zero para este estado
térmico e o valor de 1 kelvin a uma extensão igual à do
grau Celsius, de modo que o ponto de fusão do gelo
corresponde a 273 K e o ponto de ebulição da água
corresponde a 373 K (o nome e o símbolo grau kelvin
foram abolidos em convenção científica internacional e
substituídos simplesmente por kelvin; portanto, ao invés
Como o intervalo entre os pontos fixos dessa escala de 10 °K, escreve-se 10 K e lê-se: dez kelvin).
foi dividido em cem partes iguais, ela recebeu o nome de Posteriormente, descobriu-se impossível atingir o
escala centígrada ou centesimal e é atualmente a escala estado de agitação molecular nulo; as moléculas têm uma
mais utilizada em todo o mundo. energia mínima denominada energia do ponto zero e o
zero absoluto é inatingível na prática. O zero absoluto é
- Escala Fahrenheit obtido por extrapolação e não deve ser interpretado como
Construída, em 1727, pelo físico alemão Daniel o estado em que as partículas estariam em completo
Gabriel Fahrenheit, que adotou o valor 0 (zero) para a repouso, pois elas possuem uma energia mínima finita e
mistura: água, gelo picado e sal; e o valor 100 para a apresentam movimento.
temperatura do corpo humano. Dividiu-se o intervalo
entre esses pontos fixos em 100 partes iguais e cada parte Conversão entre as Escalas
recebeu o nome de grau Fahrenheit, cujo símbolo é °F.
Ao compararmos os pontos fixos escolhidos por Pode-se converter a temperatura de uma escala
Fahrenheit e Celsius, temos para o ponto de fusão do qualquer para uma temperatura na escala Celsius, basta
gelo, sob pressão de 1 atmosfera, o valor 32 °F e para o que se saibamos duas temperaturas equivalentes entre as
ponto de vapor da água, também sob pressão de 1 escalas. Como a grandeza termométrica utilizada foi a
atmosfera, o valor 212 °F; o intervalo dividido em 100 altura, pode-se utilizar a relação entre os segmentos para

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FÍSICA

determinar a expressão que relaciona a escala Celsius com O termômetro é instrumento usado para medir a
uma escala qualquer X. Observe: temperatura de um corpo. O termômetro mais comum
que utilizamos em nossas casas é constituído de um bulbo
de vidro com uma haste interna bastante fina, chamada de
capilar, uma vez que o seu diâmetro é próximo ao de um
fio de cabelo preenchido com mercúrio ou álcool.
O termômetro, ao ser colocado em contato com um
corpo, irá atingir o equilíbrio térmico ao passar do tempo,
fazendo com que a substância termométrica (álcool ou
mercúrio, por exemplo) sofra uma dilatação ou
contração, quando isso ocorrer a altura da coluna do
líquido usado indicará uma temperatura.

Tk = Tc + 273

Variação de Temperatura

Considere que a temperatura de um corpo varie de


um valor inicial T1 para um valor final T2, num dado Dilatação Térmica
intervalo de tempo. A variação de temperatura T é dada
pela diferença entre o final T2 e o valor inicial T1: 1. Considerações Iniciais:

A conversão entre a variações de temperatura é


realizada utilizando-se a mesma ideia da relação de
segmentos. Entretanto, o resultado obtido é diferente,
porque a variação de temperatura está relacionada ao
tamanho do grau na escala observada.
Se o tamanho do grau entre duas escalas
consideradas for igual, como ocorre com as escalas Celsius
e Kelvin, entre a variação de temperatura nas duas escalas
são equivalentes. Caso contrário, existirá um fator de Geralmente, quando aumenta a temperatura de um
conversão. Observe: corpo, suas dimensões aumentam: é a DILATA-ÇÃO
TÉRMICA. Ocorre a CONTRAÇÃO TÉRMICA ao
diminuírem as dimensões do corpo, em virtude da
diminuição da temperatura.

A dilatação e a contração ocorrem devido ao fato da


agitação térmica (vibração das partículas que compõem o
corpo) e a temperatura estarem intimamente relacionadas.
Quando, por exemplo, a temperatura aumenta, a agitação
também aumenta, provocando, assim, a dilatação; afinal,
se as partículas vibram com maior intensidade, é óbvio
que elas precisam de mais "espaço". Por conveniência,
dividimos o estudo em três partes:
a) Dilatação Linear (Uma Dimensão)
b) Dilatação Superficial (Duas Dimensões)
c) Dilatação Volumétrica (Três Dimensões)

2. Dilatação Linear:
Quando estamos estudando a dilatação de um fio ou
de uma barra muito fina, teremos a dilatação
Simplificando: predominante de seu comprimento, essa é característica
da dilatação linear. Consideremos uma barra fina de
comprimento inicial L0 e inicialmente a uma temperatura
inicial T0. Em seguida, esta barra é aquecida até uma
temperatura final T, e assim passará a apresentar um
O Termômetro comprimento final L

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FÍSICA

uma temperatura final T, esta apresentará uma área final


Temperatura Inicial: A.
T0
Temperatura Inicial: T0 Temperatura Final: T
L0

L0 A0
A
expansão expansão para
para
a direita
a
esquerda
Temperatura Final: T A dilatação da superfície é A = A – A0 e pode ser
calcular por:
L0  A = A0 · · T
L
e a área final A pode ser dada por:
L
A = A0 (1 +· · T)
A dilatação é dada por:
L = L – L0 e uma constante, chamada de coeficiente de dilatação
Mas de que depende a dilatação da barra? superficial do material. Mostra-se que:
Experimentalmente, verifica-se que a dilatação da
barra depende: 2
 do comprimento inicial da barra (L0);
 da variação de temperatura sofrida pela barra (T =
T – T0); 4. Dilatação Volumétrica:
 do material que compõe a barra.
Quando estamos interessados em estudar a dilatação
de um paralepípedo ou um corpo qualquer ao ser
Verifica-se que a dilatação L é diretamente
aquecido, teremos a expansão térmica apreciável nas três
proporcional ao comprimento inicial L0 e a variação de
dimensões do espaço, ocorrendo, assim, uma variação no
temperatura T, isto é: volume do corpo. Este é o caso mais geral de dilatação
L  L0 · T térmica, chamada de dilatação volumétrica.
L = L0 · · T Temperatura Inicial: Temperatura Final:
T0 T
a constante é chamada de coeficiente de
dilatação linear do material, da qual depende do
material que compõe a barra.
V0
Gráfico L versus T V
Propriedade gráfica:
L A dilatação do paralepípedo é V = V – V0, pode
ser também calculado por uma forma semelhante as duas
dilatações anteriores:
tg  = L0 

 V = V0 · · T
L0
e o volume final do paralepipedo é dado por:
T
T0 V = V0 (1+ T)

onde a constante é chamada de coeficiente de


3. Dilatação Superficial: dilatação volumétrica do material e é dada por:
Quando estamos interessados em estudar a dilatação
sofrida por uma fina placa metálica ao ser aquecida, 3
teremos a predominância do aumento da área da placa,
este é um exemplo de dilatação superficial.
Consideremos uma superfície de área inicial A0 a
uma temperatura inicial T0. Aquecendo a superfície até
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.
FÍSICA

EXERCÍCIOS 06. Na figura representada ao lado, a platafor-ma P é


horizontal por estar apoiada em duas colunas,
01. Num determinado trabalho, cria-se uma escala uma de alumínio e outra de ferro. O desnível entre
termométrica X, utilizando as temperaturas de os pontos (1) e (2) é de 30,0 cm. Calcule os
fusão (–30°C) e de ebulição (130°C) de uma comprimentos das barras a 0ºC para que P
substância, como sendo 0°X e 80°X, permaneça na horizontal em qualquer
respectivamente. Ao medir a temperatura de um temperatura.
ambiente com um termômetro graduado nessa
P
escala, obtivemos o valor 26°X. Essa temperatura,
na escala Celsius, corresponde a:
a) 14°C Fe = 1,2  10 5 º C 1
b) 18°C alumínio
c) 22°C Al = 2,4  10 5 º C 1
d) 28°C (1)
ferro
e) 41°C
30 cm
02. A temperatura de ebulição do nitrogênio, sob
(2)
pressão normal, é 77K. Na escala Celsius, essa
temperatura se escreve:
a) – 350ºC 07. Na figura, está representada uma lâmina
b) – 175ºC bimetálica. O coeficiente de dilatação do metal da
c) 100ºC parte superior (1) é o o dobro do coeficiente da
d) – 196ºC parte inferior (2). À tempera-tura ambiente, a
e) –160ºC lâmina é horizontal. Se a temperatura for
aumentada de 150ºC, a lâmina:
03. Um turista brasileiro sente-se mal durante a a) continuará horizontal
viagem e é levado inconsciente a um hospital. b) curvará para baixo
Após recuperar os sentidos, sem saber em que c) curvará para cima (1)
d) curvará para a direita (2)
local estava, é informado que a temperatura de
seu corpo atingira 104 graus, mas que já "caíra" e) curvará para a esquerda
de 5,4 graus. Passado o susto, percebeu que a
escala termométrica utilizada era a Fahrenheit. 08. Uma chapa metálica sofre um aumento de área de
Desta forma, na escala Celsius, a queda de 0,06% ao ser aquecida de 100ºC. O coeficiente de
temperatura de seu corpo foi de: dilatação linear desse material, em ºC-1, é:
a) 1,8 °C a) 6 · 10-4
b) 3,0 °C b) 6 · 10-6
c) 5,4 °C c) 3 · 10-4
d) 6,0 °C d) 3 · 10-6
e) 10,8 °C e) 1 · 10-4

04. Dois termômetros, um Celsius correto e um


Fahrenheit incorreto, são colocados dentro de um
mesmo líquido. Se o termômetro Celsius acusar
40ºC e o Fahrenheit 109,2ºF, o erro percentual
cometido na medida pelo termômetro Fahrenheit
será de:
a) 5,0%
b) 5,2%
c) 8,4%
d) 72%
e) 104%

05. Uma régua de alumínio, com coeficiente de


dilatação  = 25 × 10-6 K-1, tem o comprimento de
200,0 cm a 20ºC. Qual o valor, em cm, do seu
comprimento a 60ºC?
a) 200,1
b) 200,2
c) 200,3
d) 200,4
e) 200,5 Gabarito
1. C 2. D 3. B 4. A
5. D 6. 30 e 60 7. B 8. D

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.
FÍSICA

8. CALORIMETRIA
a constante de proporcionalidade c é chamado de calor
específico da substância e depende do material da qual o
Calorimetria é a parte da termologia que estuda corpo é feito.
fenômenos relacionados com a medida do calor trocado Unificando a definição de capacidade calorífica e o
entre os corpos. Lembremos que calor é a energia fato que a capacidade calorífica depende da massa do
transmitida de um corpo mais aquecido para outro menos corpo:
aquecido.
A unidade de energia comumente usada na  Q
calorimetria é a caloria (cal). 1 cal é a energia necessária C  Q
 ΔT igualando
as 
equações
 mc 
para elevar a temperatura de 1 g de água de 1ºC (isto é, C  mc ΔT
14,5ºC até 15,5ºC) ao nível do mar e sob pressão normal 
(1 atm). Q = m c T
Sabemos que a unidade padrão de energia, ou seja,
no Sistema Internacional é o joule (J). A relação entre a
caloria e joule foi descoberta pelo físico inglês James T1 T2
Pescott Joule (1818-1889), e é a seguinte:
1 cal = 4,18 J
m m
1. Capacidade Térmica. Calor Específico da Recebendo uma
Substância. Calor Sensível: quantidade de calor Q
Sempre que um corpo ganha ou perde calor (=
energia) dois fatos podem ocorrer separadamente: o corpo
aumentar ou diminuir a sua temperatura ou alterar seu Logo a equação, chamada de equação fundamental
estado de agregação ou fase (por exemplo, do sólido para da calorimetria, acima, nos permite calcular a quantidade
o líquido, ou do líquido para o sólido; do líquido para o de calor absorvida (ou liberada) por um corpo em função
gasoso ou do gasoso para o líquido). Por enquanto, vamos de sua massa (m), da variação de temperatura sofrida (T
desconsiderar as mudanças de fase e nos concentrarmos = T2 – T1 ) e do material de que é feito (c).
nas variações de temperatura deste corpo, ao ganhar e Observe que se:
perder calor.
Consideremos que um corpo recebe uma quantidade o corpo é aquecido  T > 0  Q > 0 (o corpo recebe
de calor Q, sem mudar seu estado de agregação, e que sua calor)
temperatura varia T = T – T0. Chamamos de capacidade o corpo é resfriado  T < 0  Q < 0 (o corpo perde
térmica C a razão: calor)

Q Da expressão, podemos ainda usá-la para saber a


C unidade do calor específico, já que temos:
ΔT
Q
c
A unidade de C é razão da unidade da quantidade m T
calor com a variação de temperatura, assim, as unidades Então, algumas unidades de c são:
de C podem ser: cal/ºC, cal/K, J/ºC, J/K (estas duas cal cal J J
, , , entre outras, com estas
últimas no SI). g· º C kg· º C kg· º C kg· K
Mas de que será que depende a capacidade térmica duas últimas sendo as unidades padrões para o SI.
de um corpo?
Vamos supor que em um experimento dois blocos O calor específico, por se tratar de uma característica
feitos de mesma substância e massas m1 e m2 (m2 > m1) da substância, tem seu valor tabelado. Veja alguns
são aquecidos por uma mesma fonte, ou seja, recebem a exemplos:
mesma quantidade de calor, num dado intervalo de
tempo. Verifica-se, experimental-mente, que o corpo de Substância c (cal/gºC)
maior massa sofre menor variação de temperatura e vice- Água 1,00
versa. Pode-se dizer, então, que o corpo de maior massa Álcool
precisaria receber maior quantidade de calor para sofrer a Alumínio 0,58
mesma variação de temperatura que o corpo de menor Chumbo
massa sofreu. Em outras palavras, a capacidade térmica do Cobre 0,219
corpo de maior massa é maior, já que este necessitaria Ferro 0,031
receber uma quantidade calor maior para variar sua Mercúrio 0,093
temperatura em, por exemplo, 1ºC. Prata 0,110
Na verdade, é possível demonstrar Vidro 0,033
experimentalmente que a capacidade térmica de um corpo 0,056
é diretamente proporcional a sua massa: 0,20

C=mc O calor especifico de uma substância depende do


estado de agregação, por exemplo:
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.
FÍSICA

Água líquida: c = 1,0 cal/gºC


Gelo (água no estado sólido): c = 0,5 cal/gºC
Vapor d'água: c = 0,48 cal/gºC
a constante de proporcionalidade L é o calor latente da
substância e sua unidade pode ser cal/g, J/kg, entre
Q outras.

4. Trocas de Calor:
tg = C Já vimos que dois ou mais corpos a temperaturas
diferentes, dentro de um sistema isolado, tendem a atingir
 uma mesma temperatura (equilíbrio térmico).
T
0 Costuma-se dizer que para ocorrer o equilíbrio
térmico, os corpos trocam calor, o mais quente cede calor
2. Mudança de Fase: para o mais frio e vice-versa. Como calor é energia, o
Nem sempre que um corpo ganha ou perde calor, Principio de Conservação da Energia garante que a
sua temperatura é alterada. Em determinadas situações a energia é mantida constante em um sistema isolado, logo:
temperatura não muda. Como a temperatura está
relacionada com a agitação das partículas que constituem Qrecebido + Qcedido = 0
um corpo, podemos supor que o calor ganho ou perdido
não se transforma em energia cinética, ou seja, não
provoca a alteração média das velocidades das partículas, As experiências de troca de calor geralmente são
por isso não se altera a temperatura. E então, no que se realizadas em um calorímetro. Um dispositivo feito de
transforma o calor ganho ou perdido por um corpo? O material isolante que impede as trocas de calor com o
calor transforma-se em energia potencial. Como a energia meio externo. Mas é impossível que não ocorra troca
potencial está relacionada à posição, podemos supor que a de calor, já que todo calorímetro absorve ou cede
configuração das partículas constituintes da substância parte do calor trocado em uma experiência.
sofre um rearranjo ou reorganização, ou seja, ocorre uma Chamamos de calorímetro ideal aquele de capacidade
mudança de fase. Nesse caso, podemos dizer que o calor térmica nula (C = 0).
não altera a temperatura da substância, porque a energia
transferida é “utilizada” na mudança da estrutura ou da EXERCÍCIOS
organização das partículas da substância.
01. O calor específico do alumínio é 0,22 cal/g°C, e
As mudanças de fase são: são necessárias 77 cal para se fundir 1,0 g de
sublimação inversa alumínio a uma temperatura de 659°C.
Determine, em unidades de 103cal, a quantidade
de calor necessária para fundir completamente
solidificação condensação uma peça de 100 g de alumínio, a partir de uma
temperatura inicial de 9,0°C.

sólido líquido gasos 02. O gráfico abaixo mostra as quantidades de calor


o absorvidas por dois objetos, A e B, de massas mA
= 5,0 g e mB = 37 g, em função de suas
fusão ou vaporizaçã temperaturas. Obtenha a razão, cA/cB, entre os
liquefação o calores específicos dos corpos A e B.

sublimação

Cada mudança de fase possui uma temperatura


características para ocorrer. Por exemplo, a água, sob
pressão normal (1 atm), funde (solidifica) a 0ºC e
vaporiza (condensa) a 100ºC, no entanto, estes valores
dependem da pressão local. No Monte Everest, cuja
pressão atmosférica é menor devido a grande altitude, a
temperatura de ebulição da água é próxima a apenas 70ºC.
A influência da pressão nas temperaturas que ocorre as
mudanças de fase de uma substância será estudada por 03. Um certo número de pequenas esferas de chumbo
nós em detalhes mais adiante em um assunto chamado é colocado no interior de um tubo vertical PVC
Diagrama de Fases. com 60 cm de altura, conforme indicado na
figura. Se o tubo é invertido 21 vezes sucessivas, o
3. Calor Latente: aumento na temperatura das esferas deve ser de,
Quando uma substância está mudando de fase, a aproximadamente:
quantidade de calor fornecida Q é diretamente
proporcional à massa m, que muda de fase. Podemos
escrever

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.
FÍSICA

a) 1,0 ºC 9. GASES PERFEITOS


b) 0,3 ºC calor específico do chumbo
c) 0,8 ºC 0,03 kcal/kgºC
d) 2,0 ºC Uma substância, quando aquecida, atinge uma
e) 2,5 ºC 60 cm determinada fase chamada fase de vapor. Continuando o
aquecimento do vapor, a partir de determinada
temperatura, sob influência de qualquer pressão, esse
vapor não mais se liquefaz ou solidifica. A partir dessa
temperatura, chamada temperatura crítica, a substância
passa a ser denominada gás.
04. Um tanque contém 3000 litros de água cuja
temperatura é elevada de 20ºC a 30ºC, durante um Modelo Macroscópico
período de 10 horas, devido à variação da Os diferentes gases reais (oxigênio, hélio,
temperatura externa. Qual a potência, em hidrogênio, néon etc.), em razão das suas características
centenas de watts, consumida durante este moleculares, apresentam, no geral, comportamentos
período? Considere a massa específica da água desiguais. Entretanto, quando submetidos a baixas
constante neste intervalo de temperatura. pressões e a altas temperaturas, comportam-se
Dados: densidade da água:  ; macroscopicamente de maneira semelhante.
calor específico da água: c = 4,2 · 103 J/kg · ºC. Para nosso estudo, vamos adotar um "modelo teórico" de
comportamento aproximado ao dos gases reais. Esta
05. O gráfico mostra a variação de temperatura em aproximação é melhorada quanto menor a pressão e
função do tempo, de uma certa massa de água maior a temperatura a que são submetidas as substâncias.
que está sendo aquecida por uma fonte de calor
cuja potência é 35 cal/s. Supondo que todo o Esse modelo recebe o nome de gás perfeito ou gás
calor gerado pela fonte seja absorvido pela água, ideal.
calcule a massa da água, em gramas, que foi
aquecida. Características do Gás Ideal
o
T ( C) As regras do comportamento dos gases ideais foram
estabelecidas por Robert Boyle, Jacques Charles, Joseph
30
Louís Gay-Lussac e Paul Emile Clapeyron, entre os
séculos XVII e XIX.
25
Basicamente, consideram-se no gás perfeito as seguintes
características:
0
0 10 t (s) 1) as moléculas são pontos materiais;
2) grande número de moléculas em movimentos
desordenados;
06. Uma bebida refrescante pode ser obtida pela 3) choques perfeitamente elásticos e de pequena
mistura de chá quente com água gelada. Qual a duração;
temperatura final (em ºC) de uma mistura 4) só são consideradas as forças que agem durante o
preparada a partir de 100 g de chá a 80ºC com 400 choque entre moléculas.
g de água a 5ºC? Considere o calor específico do
chá igual ao da água (1,0 cal/gºC). A quantidade de partículas de um gás é muito
a) 20 d)14 grande, da ordem de 1020 partículas por centímetro
b) 18 e) 12 cúbico, e para maior facilidade, avaliamos a quantidade de
c) 16 gás por meio do seu número de mols (n).
Devemos lembrar que um mol de gás constitui- -se
07. Uma jarra de capacidade térmica igual a 60 de um número de moléculas desse gás, dado pelo número
cal/°C contém 300 g de água em equilíbrio a uma de Avogadro.
determinada temperatura. Adiciona--se 36 g de
gelo a 0°C e mantém-se a jarra em um ambiente (NA = 6,02 · 1023 moléculas/mol)
isolado termicamente. Quando o sistema entra Vale a relação:
em equilíbrio, a sua temperatura final é igual a
20°C. Qual a redução na temperatura da água?
a) 10°C d) 16°C
b) 12°C e) 18°C
c) 14°C
Para uma determinada massa de gás perfeito, as
variáveis de estado são as grandezas físicas que o
caracterizam: temperatura (T), volume (V) e pressão (p).
Gabarito TEMPERATURA
1. 22 2. 74 3. 4 4. 35
5. 70 6. A 7. A A temperatura é a grandeza física relacionada à
energia cinética de translação das partículas, portanto,
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.
FÍSICA

sempre será usada na escala absoluta, pois o zero absoluto


corresponde à energia zero.
Lembre-se de que:

VOLUME Equação de Clapeyron

Os gases são altamente expansíveis, suas moléculas Quando o gás estiver nas condições descritas no item
ocupam todo o espaço disponível do recipiente que 1, isto é, baixa pressão e temperatura elevada, é válida a
contém esses gases. Assim, o volume do gás corresponde relação:
sempre ao volume do recipiente.

Lembre-se de que:
A constante R é chamada de constante universal dos
gases perfeitos e pode assumir os valores:
Ou

Lei Geral dos Gases Perfeitos

Consideremos dois estados distintos de uma mesma


massa gasosa:

PRESSÃO

A pressão de um gás contido num recipiente se deve


às colisões que as moléculas efetuam contra as paredes do
recipiente.

Unidades Usuais de Pressão (Simbologia)


Aplicando a equação de Clapeyron aos dois estados,
N/m2 = newton por metro quadrado
temos:
Pa = pascal
atm = atmosfera técnica métrica
mmHg = milímetros de mercúrio
1 atm = 760 mmHg 105 Pa = 105 N/m2

Variáveis de estado Dividindo membro a membro essas funções,


obtemos:
Transformações Gasosas

Apresentadas as variáveis de estado (V, T, p),


podemos dizer que, para uma determinada massa de gás, a
variação, de pelo menos duas dessas variáveis, caracteriza ou seja:
uma transformação sofrida pelo gás.
Assim, podemos ter transformações em temperatura
constante (isotérmica), em volume constante (isométrica
ou isocórica) ou em pressão constante (isobárica).

A expressão acima representa a Lei Geral dos


Gases Perfeitos, que relaciona dois estados quaisquer de
uma dada massa gasosa. É importante ressaltar que, se o
gás sofrer várias transformações, é válida a relação:

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.
FÍSICA

Condições Normais de Pressão e Temperatura

Um gás está em condições normais de pressão e


temperatura quando:

Transformação Isobárica

É aquela na qual, entre dois estados, variam a


temperatura e o volume, com a pressão permanecendo
Transformações Particulares constante.

Transformação Isométrica
É aquela na qual, entre dois estados, variam a
temperatura e a pressão, com o volume permanecendo
constante.

Aplicando-se a Lei Geral dos Gases Perfeitos:

Como p1 = p2
Aplicando-se a Lei Geral dos Gases Perfeitos:

Portanto:

Como V1 = V2

ou seja:

Essa conclusão é conhecida com o nome de Gay-


Portanto: Lussac.

Para ilustrar o comportamento da transformação


isobárica, apresentamos os diagramas do volume em
função da temperatura e da pressão em função do volume

Essa conclusão é conhecida como lei de Charles.

Para ilustrar o comportamento da transformação


isométrica, apresentamos os diagramas da pressão em
função da temperatura e do volume em função da pressão.

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.
FÍSICA

TRABALHO REALIZADO OU RECEBIDO


POR UM GÁS

Entre o gás e o meio externo poderá ocorrer uma


transferência de energia por intermédio do trabalho
Misturas Gasosas (Lei de Dalton) trocado entre eles. Ao se expandir, o gás realiza trabalho
sobre o meio externo, pois tem de “empurrá-lo”, e para
A lei de Dalton refere-se às pressões parciais que isso gasta energia.
vários gases possuem, quando formam uma mistura Numa compressão, o gás recebe trabalho do meio
gasosa. externo, pois este é quem gasta energia para diminuir o
Consideremos um recipiente rígido de volume V, volume do gás.
contendo dois gases A e B. Seja p a pressão exercida pela Vamos considerar o aquecimento isobárico de um
mistura. gás perfeito.
Se, por um processo qualquer, retirarmos todas as O gás se expandirá, empurrando a parede móvel do
moléculas do gás B, o gás A ocupará sozinho o volume V recipiente e mantendo a pressão igual à pressão externa.
e exercerá uma pressão menor do que p. A essa pressão
Como P  V = n  R  T
chamamos de pressão parcial do gás A na mistura gasosa.
A pressão parcial de um gás é a pressão que ele n  R T
V , sendo P constante
exerceria se ocupasse sozinho, a mesma temperatura, todo P
o volume da mistura gasosa à qual pertence.
A lei de Dalton diz que a pressão total exercida pela O volume de um gás perfeito é
mistura é igual à soma das pressões parciais dos gases diretamente proporcional à
componentes da mistura, desde que os gases não reajam temperatura absoluta
entre si.
V = (constante)  T podemos concluir:

Ao se expandir, o gás gastou energia para empurrar


o meio externo, ou seja, para realizar trabalho.
Consideremos uma mistura de três gases 1, 2 e 3, em
diferentes condições.

A mistura será composta de n mols à pressão p,


volume V e temperatura T.
Se os gases, ao serem misturados, não reagi-rem Primeiro princípio da Termodinâmica: a
entre si, o número de mols da mistura será: quantidade de calor trocado Q é igual à soma
algébrica do trabalho trocado  com a variação
da energia interna U do gás.

De acordo com o que estudamos em Mecânica,


Partindo da equação de Clapeyron, temos: sabemos que o trabalho  é dado por:
 = F d

E ainda lembramos que:


F Força
(pressão) = P Área
F=PS
S
Substituindo na expressão do trabalho  = PS  d

Observamos na figura S  d representa a variação de


volume V do gás.
então,
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.
FÍSICA

MÁQUINAS TÉRMICAS
Assim, finalmente:  = P  V
O segundo princípio da Termodinâmica surgiu a
No gráfico (pressão x volume) para uma partir de observações e fatos que ocorrem na natureza.
transformação isobárica, a área hachurada é
numericamente igual ao trabalho trocado pelo gás.

OBSERVAÇÃO:

 Se o volume de um gás aumenta: o gás realiza


trabalho  é positivo ( > 0). Nas transformações naturais, existe uma tendência
 Se o volume diminui: o gás recebe trabalho   dos corpos atingirem uma situação de equilíbrio, ou seja,
é negativo ( < 0) mais estável, e a transformação se processa sempre no
mesmo sentido.
 Se o volume não variar: o gás não troca trabalho
  é nulo ( = 0). Diz o segundo princípio: o calor passa esponta-
neamente dos corpos de maior temperatura para os
ATENÇÃO. O trabalho numa transformação de menor temperatura.
fechada, num ciclo, é numericamente igual à área interna
do ciclo.

PRIMEIRO PRINCÍPIO DA
TERMODINÂMICA

Vimos que um gás pode ganhar ou perder energia


conforme ele recebe ou realiza trabalho sobre o meio As moléculas do gás A estão em alto grau de
externo. Pode ainda ganhar ou perder energia sob forma agitação, portanto alta temperatura.
de calor durante uma transformação. Dessa maneira, o gás As moléculas do gás B estão em baixo grau de
poderá sofrer variações de sua energia interna U, que é a agitação, portanto baixa temperatura.
energia de suas moléculas. Se a membrana que separa o gás A do gás B permitir
Essas trocas de energia deverão respeitar o a troca de calor entre eles, o calor passa de A para B, até
Princípio da conservação da energia – “energia não é atingir o equilíbrio térmico (temperaturas iguais).
criada nem destruída, e sim transformada”. As máquinas térmicas são dispositivos que operam
em ciclos, transformando calor em trabalho.
Assim, por exemplo, se um gás recebe 500J de calor Ainda com base no segundo princípio: Só é possível
e realiza um trabalho de 200J, concluímos, pelo princípio uma máquina térmica transformar calor em trabalho
da conservação de energia, que os 300J restantes ficaram utilizando-se duas fontes de calor em temperaturas
armazenados no gás, aumentando sua energia interna. diferentes.

A máquina térmica retira calor de uma fonte quente,


transformando parte desse calor em trabalho e a parte
restante cede para a fonte fria.

Algebricamente:
Essa expressão pode ser usada em qualquer
transformação gasosa, desde que se utilizem os sinais
convencionados.
Usando a conservação de energia temos:

O trabalho, ou seja, a energia útil, é igual à diferença


entre a energia que recebeu da fonte quente (Q1) e a
energia que transfere para a fonte fria (Q2).

Como o estado final do gás coincide com o estado


inicial Tfinal = Tinicial.

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.
FÍSICA

Observação volume será dobrado se sua temperatura


aumentar para, aproximadamente:
O refrigerador faz o processo inverso. Ele retira a) 75°C
calor da fonte fria e transfere para a fonte quente. Para b) 450°C
isso, ele recebe trabalho de um agente externo c) 300°C
(compressor) que é acionado por um motor elétrico. d) 846°C
e) 573°C
Rendimento da Máquina Térmica
03. Uma câmara de volume constante contém um
Rendimento é definido como a relação entre a mol de um gás ideal a uma pressão de 0,5 atm. Se
energia aproveitada (útil) e a energia recebida (total). a temperatura da câmara for mantida constante e
mais dois mols do mesmo gás forem nela
injetados, sua pressão final será:
a) 1,50 atm
b) 1,Ooatm
e) 0,50 atm
d) 1,75atm
e) 0,75 atm

04. Três moles de um gás ideal estão confinados em


Como < Q1 então: um cilindro com um êmbolo, como mostrado na
figura. Inicialmente a pressão do gás é 2atm. O
gás é então comprimido até que a pressão atinja
14atm. Supondo que a temperatura do gás é
Como a máquina só funciona se trocar calor com a mantida constante, calcule a razão entre as
fonte fria, isso significa que o rendimento nunca será 1 densidades molares final e inicial do gás.
(100%). A figura abaixo mostra o esquema de uma
máquina térmica. êmbolo

cilindro

gás

05. Meio mol de um gás ideal realiza uma


transformação do estado A para o estado B, de
acordo com o diagrama VxT, abaixo. Qual o
trabalho, em joules, realizado pelo gás durante a
expansão do estado A para o estado B?
A fonte quente fornece energia para a máquina (Q1).
A máquina aproveita parte dessa energia, na forma de
trabalho ( ), que é chamado de energia útil.

Outra parte da energia é perdida, ou seja, trocada


com uma fonte fria (Q2).

EXERCÍCIOS
06. Um gás ideal pode passar do estado (A) para o
01. Um pesquisador transferiu uma massa de gás estado (B) mediante duas transformações
perfeito à temperatura de 27 °C para outro consecutivas, seguindo os caminhos ACB ou
recipiente de volume 20% maior. Para que a ADB:
pressão do gás nesse novo recipiente seja igual à
inicial, o pesquisador teve de aquecer o gás de:
a) 20°C
b) 30°C
c) 40°C
d) 50°C
e) 60°C

02. Um gás ideal encontra-se inicialmente a uma


temperatura de 150 °C e a uma pressão de 1,5
atmosferas. Mantendo-se a pressão constante, seu a) ACB – isobárica, isométrica

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.
FÍSICA

ADB – isométrica , isobárica 10. ÓPTICA


b) ACB - isobárica , isotérmica
ADB- isotérmica, isobárica
c) ACB - isotérmica, isobárica INTRODUÇÃO
ADB- isobárica , isotérmica
d) ACB - isobárica, isométrica A luz é constituída por pequeníssimas partículas de
ADB- isobárica , isométrica energia, ou quantum de energia, chamadas de fótons, que
e) ACB - isométrica , isobárica viajam a velocidade aproximada de 300.000 km/s no
ADB - isométrica , isobárica vácuo. A Luz também se comporta com uma onda,
surgindo com uma grande variedade de comprimentos de
07. Na figura a seguir, temos um êmbolo de massa M onda, sendo que nós só enxergamos a luz compreendida
que se encontra em equilíbrio dentro de um entre o vermelho (frequência 4,3.1014 Hz) e o violeta
recipiente cilíndrico, termicamente isolado e que (frequência 7,5.1014 Hz). Esse comportamento chama-se
está preenchido por um gás ideal de temperatura “Dualidade corpúsculo-onda”. A velocidade da luz tem
T. um significado especial porque nenhum corpo pode ter
uma velocidade superior à velocidade da luz no vácuo.
Isso se tornou evidente depois da publicação da Teoria da
Relatividade de Albert Einstein.
Os nossos olhos só conseguem ver a luz dentro de
uma certa gama de comprimentos de onda, a da luz visível
(tipo de luz que provém de uma lâmpada ou do Sol). Mas
os raios Gama, os raios X e a luz Ultravioleta são tipos de
luzes, com fótons demasiado energéticos (com
comprimentos de onda demasiado curtos) para que os
Acima do êmbolo, o volume de gás é quatro vezes nossos olhos os vejam. Do mesmo modo, a energia dos
maior que o abaixo dele, e as massas de cada fótons da luz Infravermelha, das Micro-ondas e das
parte do gás bem como suas temperaturas são Ondas de Rádio é demasiado baixa (comprimentos de
sempre idênticas. Se o êmbolo tiver sua massa onda demasiado longos) para podermos vê-los.
dobrada e não houver variações nos volumes e nas
massas de cada parte do gás, qual é a relação
entre a nova temperatura, T’, e a anterior de
maneira que ainda haja equilíbrio? Despreze o
atrito.
a) T’ = 3T/4 d) T’ = 2T
b) T’ = T/2 e) T’ = 4T
c) T’ = T

08. O diagrama PV, para uma determinada amostra


de gás, está representado na figura a seguir. Se o
sistema é levado do estado a para o estado b, ao
longo do percurso acb, fornece-se a ele uma
quantidade de calor igual a 100 cal, e ele realiza
um trabalho de 40 cal. Se, por meio do percurso
adb, o calor fornecido é de 72 cal, então o trabalho
realizado vale em cal:

A luz visível apresenta-se num conjunto de cores, o


arco-íris, variando do vermelho ao violeta. Costuma-se
dividir a óptica em dois grandes ramos: a óptica
geométrica, cuja ênfase reside exclusivamente no estudo
do comportamento geométrico dos raios de luz, sem
buscar a justificativa para esse traçado, e a óptica física,
que estuda os fenômenos cuja compreensão exige a
formulação de uma teoria para a natureza da luz.

a) 28 d) 40
b) 60 e) 24
c) 12

Gabarito
1. E 2. E 3. A 4. 7
5. 83 6. A 7. D 8. C

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.
FÍSICA

consideração suas dimensões.


RAIO DE LUZ
Fonte luminosa puntiforme: Quando a fonte de
Uma fonte luminosa emite luz para todas as direções luz F é puntiforme, produz uma sombra perfeita do corpo
e sentidos ao seu redor, o que dificulta o estudo da sua C, colocado entre a fonte e o anteparo A.
trajetória. A solução encontrada foi estudar apenas uma
parcela muito “pequena” da luz emitida, o raio de luz.
Para obtermos um raio de luz, basta fazer um pequeno
furo em um anteparo opaco, que a luz que o atravessa seja
perfeitamente retilínea e tem dimensões laterais
desprezíveis, é o raio de luz.

Fonte luminosa extensa: Quando a fonte de luz F


é extensa, produz uma penumbra entre a sombra e a
região iluminada.

PRINCÍPIOS DA ÓPTICA GEOMÉTRICA

Princípio da propagação retilínea: em meios


homogêneos, o raio luminoso se propaga em linha reta.

ECLIPSE DO SOL

O plano da órbita da Terra em torno do Sol e o


plano de órbita da Lua em torno da Terra são quase
coincidentes, o ângulo entre esses planos é de 5o. Por isso
de tempos em tempos, esses astros se alinham,
Princípio da reversibilidade: a trajetória dos raios ocasionando os eclipses.
luminosos não depende do sentido de propagação. Quando a Lua se interpõe entre o Sol e a Terra,
ocorre o eclipse do Sol. Como a Lua é muito pequena
comparada ao Sol, esse fenômeno é visto da Terra apenas
numa faixa muito estreita atingida pela sombra da Lua.

Princípio da independência dos raios de luz:


cada raio de luz se propaga independentemente dos
demais.
CÂMARA ESCURA DE ORIFÍCIO

O princípio da propagação retilínea explica a


formação e a inversão da imagem formada no seu
anteparo fosco. Aplicando semelhança de triângulos,
obtemos uma relação simples entre a distância (d o) do
objeto ao orifício(O), a altura do objeto (o), a
profundidade da câmara (di) e a altura da imagem (i).
o i
SOMBRA E PENUMBRA 
do di
Como a luz não atravessa um objeto opaco, produz
uma sombra atrás de si. A sombra depende da natureza da
fonte de luz, ou seja, se ela for pontual, suas dimensões
são desprezíveis, se ela for extensa, devemos levar em

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.
FÍSICA

c) Branco, porque ele foi iluminado com luz branca


d) Branco, porque ele absorveu todas as radiações
e) Preto, porque a luz azul não chegou a esse objeto

03. Um objeto que se apresenta amarelo quando


exposto à luz solar é colocado em um quarto
escuro. Qual será a cor deste objeto, se
acendermos no quarto uma luz monocromática
azul?
a) Azul
A COR DE UM CORPO b) Amarela
c) Branca
Um corpo é branco quando reflete todas as cores d) Vermelha
componentes da luz branca, e um corpo é negro quando e) Preta
absorve todas as cores que nele incidem.
04. Considere dois corpos, A e B, constituídos por
Vivemos num mundo de cores. No entanto, devemos pigmentos puros. Expostos à luz branca, o corpo
lembrar que os objetos coloridos que vemos ao nosso A se apresenta vermelho e o corpo B se apresenta
redor somente possuem essa cor porque são iluminados branco. Se levarmos A e B a um quarto escuro e
com luz branca: luz do Sol ou de uma lâmpada. Mas, os iluminarmos com luz vermelha, então:
como veríamos, por exemplo, a bandeira brasileira se ela a) A e B ficarão vermelhos
fosse iluminada por uma fonte luminosa que emitisse b) A fica vermelho e B branco
somente luz monocromática verde? c) Ambos ficam escuros
Sabemos que as cores da bandeira brasileira são d) B ficará vermelho e A escuro
verde, amarela, azul e branca. Isto somente acontece e) A e B ficarão brancos
quando a bandeira é iluminada com luz branca. Se a
iluminação for com luz verde, teremos: 05. Na figura seguinte estão representados um morro,
– a parte verde será vista verde; uma árvore e um observador (O). A altura da
– as partes amarela e azul serão vistas negras (um árvore é de 50 m e a distância entre ela e o
objeto amarelo ou azul absorve totalmente a luz observador, de 300 m. A distância entre o
verde); observador e o ponto M é de 800 m. Qual é,
– a parte branca será vista verde (a luz verde é uma das aproximadamente, a altura (H) do morro se, do
componentes da luz branca). ponto de vista do observador, o topo da árvore
estão alinhados?
Portanto, a nossa percepção de cores depende da
fonte de luz, da luz que é refletida difusamente e da
sensibilidade de nossos olhos em relação à luz refletida.

Vejamos um exemplo. Consideremos que um objeto


iluminado com luz branca absorva todos os seus
componentes, com exceção da vermelha. Portanto, esse a) 133 m
objeto reflete, difusamente, somente a luz vermelha e, b) 512 m
então, para nós, esse objeto é vermelho. Se ele refletisse c) 1100 m
somente a luz azul, nós o enxergaríamos azul. Por outro d) 1831 m
lado, se ele refletisse as cores verde e vermelha, e) 2400 m
absorvendo as demais, nós o enxergaríamos amarelo
(soma do verde com o vermelho).

EXERCÍCIOS

01. (UFGO) Uma bandeira brasileira, tingida com


pigmentos puros e iluminada com luz mono-
cromática amarela, é vista na(s) cor(es):
a) Totalmente amarela
b) Verde e Amarela
c) Azul e Branca
d) Preta e Branca
e) Amarela e Preta

02. Um objeto azul é iluminado por luz branca. Você


enxergará esse objeto: Gabarito
a) Azul, porque ele reflete azul para os seus olhos 1. E 2. A 3. E 4. A 5. A
b) Azul, porque ele absorve a luz azul
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.
FÍSICA

11. REFLEXÃO 2ª. Lei da Reflexão: O ângulo de incidência θi é igual ao


ângulo de reflexão θr.

Quando um feixe luminoso atinge uma superfície Associação de espelhos planos


qualquer, seja ela plana ou não, parte dessa luz retorna ao
meio proveniente. Um espelho, por exemplo, tem Quando dois espelhos planos são associados,
capacidade de refletir quase que totalmente a luz que nele formando entre si um ângulo, obtemos um sistema óptico
incide, formando imagens nítidas dos objetos colocados capaz de gerar imagens múltiplas de um objeto.
na sua frente.

Mas as superfícies opacas também refletem parte da


luz que nela incide, formando as cores através da difusão,
fenômeno no qual a luz sofre decomposição em cores, Formação de três imagens em associação de 90° de dois espelhos
variando do vermelho ao violeta, conforme foi visto no planos.
estudo da Luz e Espectro Luminoso.
Para um ângulo qualquer, o número de imagens
ESPELHO NO PLANO formadas N para um único objeto será dado sob certas
condições, pela expressão:
Quando uma pessoa está diante de um espelho
plano, olhando-o perpendicularmente, observa uma
imagem i, de mesmas dimensões e rotacionada de 180° em em que é o ângulo entre os
torno do seu eixo vertical. espelhos e N é o número de imagens.
Como a distância percorrida pela luz entre o
indivíduo e o espelho é a mesma, tanto para a ida quanto
para volta, chegamos à conclusão que a distância da EXERCÍCIOS
imagem ao espelho, di, é igual à distância do objeto ao
espelho, do, medidas perpendicularmente em relação ao 01. Um esportista, próximo à borda de uma piscina,
plano do espelho. com os olhos a 2,0m acima do nível da água,
observa simultaneamente um objeto e a imagem
deste último refletida na água, como indica a
figura. A distância do objeto ao esportista vale,
aproximadamente:

LEIS DA REFLEXÃO

Observe na figura abaixo um raio luminoso


incidindo sobre uma superfície plana, formando um
ângulo de incidência θi com uma reta imaginária e
a) 2,0 m
perpendicular à superfície, a reta Normal “N”. Após a b) 3,6 m
reflexão na superfície, o raio retorna ao meio formando c) 4,0 m
um ângulo θr com a normal. d) 8,0 m
e) 9,0 m

02. Um motorista está com seu carro estacionado


quando vê, pelo espelho retrovisor, um caminhão
do corpo de bombeiros aproximando-se.
Sabendo-se que a velocidade do caminhão é 80
Km/h, a velocidade com que a imagem dele se
aproxima do espelho é:
a) 160 km/h
1ª. Lei da Reflexão: O Raio incidente, o raio refletido e
b) 80 km/h
a reta normal são coplanares.
c) 40 km/h

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.
FÍSICA

d) 120 km/h 12. ESPELHOS ESFÉRICOS


e) 100 km/h

03. Dois espelhos planos formam entre si um ângulo Seccionando-se uma esfera por um plano, ela ficará
de 60o. Um raio de luz monocromática incide no dividida em duas partes ou Calotas Esféricas. Se uma das
espelho E1, com um ângulo de incidência de 40o. superfícies dessas calotas for espelhada, então nós teremos
Assim, o ângulo , indicado na figura, é igual a: um espelho esférico.

a) 20o ESPELHO CÔNCAVO


b) 40o
c) 50o
d) 60o
e) 80o.

04. Um raio de luz sofre duas reflexões sucessivas em


dois espelhos planos, E1 e E2, que formam um
ângulo entre si de 35o, conforme a figura abaixo.
Determine o ângulo ã formado entre o raio
incidente e o raio refletido pelo espelho E2.

É o espelho esférico cuja face refletora está voltada


para dentro da superfície. As imagens conjugadas pelos
espelhos côncavos poder ser obtidas de cinco maneiras
diferentes.
Para podermos visualizar melhor essas imagens,
vamos representar apenas o perfil de um espelho côncavo.
Os raios luminosos, que incidem sobre um espelho
esférico, são refletidos de acordo com a sua curvatura, a
posição de incidência e a trajetória dos raios. Vamos
utilizar apenas três raios notáveis para obter a imagem de
um objeto:

Os espelhos côncavos são utilizados, por exemplo,


pelos dentistas para observação, através de uma imagem
ampliada e direita dos dentes. São também utilizados na
projeção de imagens ampliadas.

RAIOS NOTÁVEIS

Gabarito (1) Todo raio luminoso, que incide paralelamente ao


eixo principal do espelho, sofre reflexão, passando
1. D 2. B 3. D 4. 70
pelo foco do espelho, que se localiza no ponto
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.
FÍSICA

médio do raio de curvatura.


(2) Todo raio luminoso, que incide sobre o vértice do 4º Caso: Objeto colocado sobre o foco: do = f.
espelho, forma um ângulo com o eixo principal que
será igual ao ângulo formado com o raio refletido.

(3) Todo raio luminoso, que passa pelo centro de


curvatura, reflete-se na mesma direção, mas no
sentido contrário.

5º Caso: Objeto colocado entre o foco e o vértice: do <


f.

FORMAÇÃO DE IMAGENS

1º Caso: Objeto colocado além do centro de curvatura: ESPELHO CONVEXO


do > r.

2º Caso: Objeto colocado sobre o centro de curvatura:


do = r.
É o espelho esférico cuja face refletora está voltada
para fora da superfície. As imagens obtidas pelos espelhos
convexos sempre apresentam as mesmas características:
são menores, direitas e virtuais. A relação entre as alturas
do objeto e da imagem e suas respectivas distâncias ao
espelho é a mesma obtida para os espelhos côncavos.

3º Caso: Objeto colocado além do foco e antes do


centro de curvatura: f < do < r.

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.
FÍSICA

EQUAÇÕES: Em seguida, assinale a alternativa correta. A


imagem é:
a) Virtual; direita e menor que o objeto
b) Real; invertida e maior que o objeto
c) Real; invertida e menor que o objeto
d) Real; direita e maior que o objeto
e) Virtual; direita e maior que o objeto
i  di
A  03.Um espelho côncavo tem um raio de curvatura de
45 cm. Determine o aumento para um objeto de
o do altura H situado a 15 cm do vértice do espelho,
conforme mostra a figura abaixo:
OBSERVAÇÕES:

Se o espelho for côncavo: f > 0.


Se o espelho for convexo: f < 0.
Se a imagem for real: di > 0.
Se a imagem for virtual: di < 0.
A > 0 Imagem Direita
A < 0 Imagem Invertida
|A| = 1 Imagem Igual
|A| > 1 Imagem Ampliada
|A| < 1 Imagem Reduzida 04. Um objeto real se encontra a 20 cm de um
espelho esférico côncavo, de raio de curvatura 30
As coordenadas do objeto são sempre positivas, isto cm. A distância entre o objeto e sua imagem
é: do > 0 e o > 0. fornecida pelo espelho é:
Toda imagem virtual é direita e toda imagem real é a) 10 cm
invertida. b) 20 cm
c) 30 cm
d) 40 cm
EXERCÍCIOS e) 60 cm

05. Um objeto com 2,00 cm de altura é colocado a


01. A figura apresenta um espelho côncavo com
10,0 cm de um espelho côncavo de raio 16,0 cm.
centro de curvatura C e foco principal F. O objeto
Calcule o tamanho da imagem resultante (em
na posição O terá imagem menor que
cm).
ele,.............e............. . Se o objeto fosse colocado
exatamente no foco, sua imagem
estaria................. . As lacunas são corretamente
preenchidas, respectivamente, por:

a) Virtual; direita; em C
b) Real; invertida; entre F e C
c) Virtual; invertida; em F
d) Real; direita; em O
e) Real; invertida; no infinito

02. (ITA/SP) Determine graficamente a imagem de


um objeto AO colocado diante de um espelho
côncavo, esférico, de raio R. A distância do centro
2R
de curvatura C ao objeto é igual a .
3

Gabarito
1. E 2. E 3. 03 4. D 5. 8cm

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FÍSICA

13. REFRAÇÃO

INTRODUÇÃO

Refração é a passagem da luz entre meios


transparentes e de densidades diferentes. Como a
velocidade de propagação da luz depende do meio em que (III) Incidência oblíqua com diminuição do índice de
ela se propaga, essa alteração na velocidade da luz pode refração: nesse caso, a luz sofrerá um aumento na
provocar também um desvio da luz, se a incidência for sua velocidade, causando afastamento da reta
oblíqua à superfície de separação. Observe que, quando a Normal à superfície. Chamaremos de θi o ângulo de
luz incide na superfície de separação dos meios, parte
dessa luz sofre reflexão e outra parte sofre refração. incidência e θr o ângulo de refração.

LEI DE SNELL – DESCARTES

ÍNDICE DE REFRAÇÃO - η A relação entre os ângulos de incidência e refração


com os respectivos índices dos meios é estabelecida pela
Quando a luz sofre refração, sua velocidade pode Lei de Snell-Descartes:
aumentar ou diminuir, dependendo da densidade do meio.
Quanto maior a densidade, menor a velocidade da luz e
vice-versa. O índice de refração de um determinado meio
será então a razão entre a velocidade da luz no vácuo ( c =
3.108 m/s ) e a velocidade da luz no meio ( v ).
REFLEXÃO TOTAL
Vimos anteriormente que um raio luminoso ao
passar de um meio mais refringente para outro meio
menos refringente, se afasta da Normal. Dependendo do
ângulo de incidência, o raio luminoso pode ficar
TIPOS DE REFRAÇÃO “aprisionado” no meio mais refringente. Quando o ângulo
de incidência é tal que o raio refratado fica tangente à
A refração pode ocorrer basicamente de três superfície de separação dos meios, dizemos que esse
maneiras: incidência perpendicular à superfície de ângulo é o ângulo limite ( θL ) de reflexão total, pois a luz,
separação, incidência oblíqua com aumento do índice de a partir desse ângulo, não atravessará a superfície de
refração ou incidência oblíqua com diminuição do índice separação dos meios e sofrerá apenas reflexão.
de refração.

(I) Incidência perpendicular: nesse caso não há


desvio do raio refratado, apenas a variação da
velocidade da luz de acordo com o meio.

LÂMINA DE FACES PARALELAS


Considere uma lâmina de espessura ( e ), feita de
material mais refringente do que o meio no qual ela se
(II) Incidência oblíqua com aumento do índice de encontra. A luz, ao atravessar a lâmina, sofre refração na
refração: nesse caso, a luz sofrerá uma redução na entrada e na saída. Como as faces são perfeitamente
sua velocidade, causando aproximação da reta paralelas, o ângulo de incidência na entrada será igual ao
Normal à superfície. Chamaremos de θi o ângulo de ângulo de refração na saída ( θi ). Para determinar o
incidência e θr o ângulo de refração. desvio lateral ( d ), vamos comparar o triângulo ABC com
o triângulo ACD.
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FÍSICA

a) O meio I é menos refringente que o meio II ;


b) A velocidade da luz no meio I é menor que no meio II
;
nI
c) A relação entre os índices de refração relativos ao
PRISMA
n II
ar é maior que 1(um) ;
Quando as faces planas de um corpo transparente d) O meio II é menos refringente que o meio I ;
não são paralelas, a trajetória do raio luminoso não é e) n.d.a.
apenas deslocada, mas também sofrerá um desvio angular.
Um raio de luz monocromática, quando atravessa um 02. Na figura, tem-se um raio de luz monocromático
prisma triangular de ângulo de abertura α, sofre um desvio passando do meio 1 para o meio 2 ( ar). Sendo de
de ângulo β na sua trajetória. 2 o índice de refração absoluto do meio 1 e
sabendo-se que a velocidade da luz no ar é
aproximadamente de 3 . 108 m/s, determine:
a) O ângulo da refração r
b) A velocidade da luz no meio 1

DISPERSÃO DA LUZ
03. O feixe de luz de um laser de HeNe passa através
No vácuo, todas as cores (frequências) que de um tanque contendo glicerina (índice de
compõem a luz branca possuem a mesma velocidade. Nos refração = 1,47). O comprimento do tanque é 21,0
meios materiais, essas velocidades são ligeiramente m. Calcule o tempo necessário (em segundos)
diferentes, causando a dispersão da luz. para que a luz atravesse toda a extensão do
A cor vermelha, de menor frequência, sofre o menor tanque.
desvio, enquanto a luz violeta, de maior frequência, sofre a) 20,5 x 10-5
o maior desvio. b) 15,0 x 10-5
c) 13,4 x 10-5
d) 10,3 x 10-5
e) 7,0 x 10-5

04. A figura indica a trajetória de um raio de luz que


passa por uma região semicircular, que contém ar
para outra de vidro, ambas de mesmo tamanho e
perfeitamente justapostas. Determine,
numericamente, o índice de refração do vidro em
EXERCÍCIOS relação ao ar.

01. (ITA/SP) Um raio luminoso, ao passar de um


meio I para outro II (vide figura), tem sua
trajetória alterada, passando a formar um ângulo
menor com a normal à superfície de separação
dos dois meios. Afirma-se, então, que:

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.
FÍSICA

05. Dois meios transparentes, 1 e 2, são separados por 14. LENTES


uma superfície S. Um raio de luz monocromática
propagando-se no meio 2 incide em S, formando
um ângulo de 30o. O índice de refração do meio 2, Lente é o nome dado a qualquer corpo transparente
em relação ao meio 1, é 2 . Verifique se o raio limitado por duas superfícies, das quais pelo menos uma é
refrata-se ou reflete-se totalmente. curva, permitindo a refração com desvio da luz que a
atravessa. Há seis tipos de lentes que preenchem essas
condições, divididas em dois grupos: as lentes de bordas
finas e as lentes de bordas grossas.

( I ) Lentes de bordas finas:

06. Uma camada fina de líquido, com índice de


refração = 1,39, reveste a superfície horizontal de
um semicilindro de vidro, cujo índice de refração
é 1,60. Qual o ângulo crítico de reflexão total
interna, em graus, para incidência da luz,
conforme indicado na figura?

( II ) Lentes de bordas grossas:

07. Tem-se um bloco de vidro transparente em forma


de paralelepípedo reto imerso no ar. Sua secção
transversal ABCD está representada na figura.
Um raio de luz monocromática pertencente ao
plano definido por ABCD incide em I1,
refratando-se para o interior do bloco e incidindo A prática mostra que:
em I2. Sabendo que o índice de refração do vidro
em relação ao ar vale 2 I. Se o material de que é feita a lente for mais
refringente do que o meio onde ela está imersa, são
convergentes as lentes de bordos finos e divergentes
as lentes de bordos grossos.
II. Se o material de que é feita a lente for menos
refringente que o meio onde ela está imersa, são
convergentes as lentes de bordos grossos e
divergentes as lentes de bordos finos.

Em Resumo:
a) Calcule o ângulo limite para o dioptro vidro-ar;
b) Verifique o que ocorre com a luz, logo após a
incidência em I2 .

08. (UnB/DF) Um ladrão escondeu o produto


de seu roubo pendurado por uma corda de 2,4 m
de comprimento e amarrado no centro da base
circular de uma boia. A boia estava em água de
índice de refração
5 . De qualquer ponto da
4
superfície, era impossível ver a caixa. Quanto
vale, no mínimo, o raio da base da boia. LENTES CONVERGENTES

Os raios de luz paralelos que atravessam uma lente


convergente, desviam-se para um eixo imaginário que
Gabarito passa pelo centro geométrico da lente e concorrem em um
1. A 2. a)45º b) 2,115x108 m/s ponto F’, chamado de foco imagem.
3. D 4. 1,5
5. Reflete-se totalmente 6. 60
7. a) 45º b) Reflexão Total 8. 3,2

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FÍSICA

As coordenadas do objeto são sempre positivas, isto


é: do > 0 e o > 0.
Toda imagem virtual é direita e toda imagem real é
invertida.

EQUAÇÃO DO FABRICANTE DE LENTES

A equação dos fabricantes permite determinar a


distância focal de lentes esféricas em função do índice de
refração n do material que é feita a lente e os raios de
curvatura das faces da lente R1 e R2.
Para ume lente imersa no ar, a equação é dada por:

LENTES DIVERGENTES

Os raios de luz paralelos que atravessam uma lente


convergente afastam-se do eixo imaginário e seus
prolongamentos também concorrem para um ponto
chamado F’, chamado de foco imagem.

OBS.: Por convenção, os raios de curvatura R de


faces convexas serão positivos e os raios de faces
côncavas serão negativos.

VERGÊNCIA DE UMA LENTE

Quanto menor a distância focal de uma lente, maior


será o desvio provocado pelos raios luminosos que a
atravessam. Definimos convergência ou vergência, ao inverso
da distância focal de uma lente. A unidade de vergência no
S.I. é a dioptria (di), que representa m-1

OBS.: As equações para as lentes são as mesmas


para os espelhos esféricos.

EQUAÇÕES
ASSOCIAÇÃO DE LENTES

Alguns instrumentos ópticos, tais como micros-


cópios, telescópios, binóculos e etc., utilizam associação
de duas lentes ou mais para aprimoramento da qualidade
das imagens. Há várias maneiras de se associar duas lentes,
entretanto vamos estudar apenas a associação de lentes
i  di justapostas, ou seja, duas ou mais lentes reunidas de tal
A  maneira que possam ser consideradas uma só.
o do
OBSERVAÇÕES:

Se a lente for convergente: f > 0.


Se a lente for divergente: f < 0.
Se a imagem for real: di > 0.
Se a imagem for virtual: di < 0.
A > 0 Imagem Direita
A < 0 Imagem Invertida
|A| = 1 Imagem Igual
|A| > 1 Imagem Ampliada
|A| < 1 Imagem Reduzida
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.
FÍSICA

EXERCÍCIOS

01. (PUC/SP) Uma lente biconvexa de vidro, de


índice de refração 1,5, é usada em três
experiências sucessivas A, B e C. Todas elas
recebe um feixe de raios paralelos ao seu eixo
principal. Na experiência A, a lente está imersa a) d = 1,5 m e M=-1
no ar; em B, na água, de índice de refração 1,33 ; b) d = 1,7 m e M=-2
e, em C, imersa em bissulfeto de carbono líquido, c) d = 3,0 m e M=-2
de índice de refração 1,64. O feixe de luz d) d = 3,0 m e M=-1
emergente: e) d = 1,5 m e M=-2
a) É convergente nas experiências A, B e C
b) É divergente nas experiências A, B e C 07.(F.C.CHAGAS/SP) Uma lente conjuga, a um
c) É convergente em A e B e divergente em C objeto real, perpendicular ao eixo principal, uma
d) É divergente em A e B e convergente em C imagem invertida e de altura três vezes maior que
e) É divergente em A e convergente em B e C a do objeto. A distância entre o objeto e a imagem
vale 40 cm. Pelas informações, é correto dizer-se
02. (CESGRANRIO/RJ) Um estudante deseja que a distância do objeto à lente, em cm, é igual
queimar uma folha de papel, concentrando, com a:
apenas uma lente, um feixe de luz solar na a) 10 d) 25
superfície da folha. Para tal, ele dispõe de 4 lentes b) 15 e) 30
de vidro, cujos perfis são mostrados a seguir. Para c) 20
conseguir seu intento, o estudante poderá usar as
lentes: 08. (OSEC/SP) Um objeto linear real está colocado
perpendicularmente ao eixo principal de uma
lente convergente e a uma distância de 8 cm dela.
A imagem virtual formada é três vezes maior que
o objeto. Qual é a distância focal da lente?
a) 6 cm d) 24 cm
b) 12 cm e) 3 cm.
c) 18 cm
a) I ou II somente d) II ou III somente
b) I ou III somente e) II ou IV somente
09. (COVEST/93-F-2) Um estudante dispõe de uma
c) I ou IV somente
lente e verificou que esta pode formar uma
imagem real do Sol, localizada a 15 cm da lente.
04. (PUC/SP) Observa-se que uma lente
biconvexa, de índice de refração n, é convergente Se agora ele coloca um objeto a 60 cm desta lente,
a que distância dela, medida em cm, será formada
quando imersa num meio de índice de refração n1
a imagem do objeto?
, e divergente quando imersa num meio de índice
de refração n2 . Com relação a esses índices,
podemos afirmar que: 10. (UF-BA) A imagem de uma estrela distante,
aparece a 10 cm de uma lente convergente.
a) n1 < n < n2
Determine, em cm, a que distância da lente está a
b) n1 < n2 < n
imagem de um objeto localizado a 30 cm dessa
c) n < n1 < n2
d) n < n1 = n2 mesma lente.
e) n = n1 > n2
11. (COVEST/94-F-3) Uma lente de distância focal
igual a 15 cm está separada de um espelho plano
05. (UFRS) Um objeto real está colocado diante de
uma lente convergente imersa no ar. A imagem por 50 cm. Um objeto é colocado a 90 cm da lente
conforme mostra a figura. A que distância da
desse objeto se forma no lado oposto dessa lente,
lente, em cm, está localizada a primeira imagem
uma posição cuja distância à lente é menor do
formada pelo espelho plano?
que a distância do objeto à lente. Nessa situação,
a imagem formada é:
a) Virtual, direita e maior do que o objeto
b) Virtual, invertida e maior do que o objeto
c) Real, invertida e menor do que o objeto
d) Real, direita e menor do que o objeto
e) Real, invertida e maior do que o objeto

06. Um objeto OP é colocado a 1,5 m de uma lente


fina e convergente, cuja distância focal é de 1,0 Gabarito
m. A posição da imagem d e o fator de ampliação
1. C 2. B 3. 4. C 5. C 6. C
M do objeto são dados por :
7. A 8. B 9. 20 10. 15m 11. 82

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FÍSICA

15. ELETROSTÁTICA Princípio da atração e repulsão: “Cargas elétricas de


mesmo sinal se repelem e de sinal contrário se atraem.”

INTRODUÇÃO

O termo eletricidade vem do grego elektron, que


significa âmbar, uma resina secretada das árvores, que se
petrifica em alguns séculos. Na Antiguidade, o homem
percebeu que, ao atritar o âmbar com a pele de algum
animal, a pele adquire a capacidade de atrair pequenos Princípio da conservação da carga elétrica: “Em
corpos, tais como pedaços de palha, folhas etc. um sistema eletricamente isolado, a soma algébrica das cargas
Eletrizar um corpo é fazer com que ele ganhe ou positivas e negativas é sempre constante.”
perca elétrons. Corpos eletrizados interagem uns com os
outros, podendo se atrair ou se repelir.

PARTÍCULAS ELEMENTARES

CONDUTORES E ISOLANTES

Materiais condutores são aqueles em que as cargas


espalham-se sobre a superfície. É o caso dos metais. Nos
condutores metálicos, os elétrons mais afastados do
núcleo estão ligados ao átomo por uma força fraca o
suficiente para serem removidos com facilidade,
abandonam o átomo e percorrem os espaços
interatômicos: são os elétrons livres.
Materiais isolantes conservam as cargas apenas nas
regiões em que elas surgem. É o caso do vidro, a borracha
etc.

ELETRIZAÇÃO

MEDIDA DE CARGA ELÉTRICA Há três estados possíveis de eletrização de um


corpo:
A carga elétrica é uma grandeza física escalar. O
Sistema Internacional de Unidades define a unidade de  Neutro, quando o número de prótons é igual ao
carga elétrica a partir da unidade de intensidade de número de elétrons.
corrente. A unidade de carga elétrica é o coulomb (C).  Carga positiva, quando o número de prótons é
Denominamos carga elementar a carga de um superior ao número de elétrons.
elétron, e este possui o seguinte valor:  Carga negativa, quando o número de elétrons é
superior ao número de prótons.

Eletrização por Atrito: Ao atritarmos dois corpos,


Um elétron tem carga igual, em módulo, a uma carga
observamos que ocorre uma passagem de elétrons de um
elementar. A quantidade de carga elétrica de um corpo
corpo para outro. O corpo que recebe elétrons fica
será sempre igual a um número inteiro de cargas
eletrizado negativamente e o corpo que perde elétrons fica
elementares negativas ou positivas.
eletrizado positivamente. Por exemplo, se atritarmos um
bastão de vidro a um pedaço de lã, elétrons irão passar da
lã para o vidro. Assim, a lã ficará eletrizada positivamente
(perde elétrons) e o vidro ficará eletrizado negativamente
PRINCÍPIOS DA ELETROSTÁTICA (ganha elétrons).

A Eletrostática é a parte da Física que estuda as


cargas elétricas, suas características e propriedades. Os
princípios sobre os quais se fundamenta a Eletrostática
são:

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.
FÍSICA

OBSERVAÇÃO:

Se as esferas postas em contato forem idênticas,


podemos determinar facilmente suas cargas finais por
meio da expressão a seguir, que se baseia no princípio de
Eletrização por Contato: Ao colocarmos em conservação das cargas:
contato dois condutores, observamos que parte dos
elétrons passa de um corpo para o outro, tornando-os de
mesmo sinal. Por exemplo, se A estiver eletrizado Q1  Q2
positivamente, ao entrar em contato com B, inicialmente QF 
neutro, atrai parte dos elétrons de B. Assim, A continua 2
eletrizado positivamente, mas com uma carga menor, e B,
que estava neutro, fica eletrizado positivamente. Eletrização por Indução: No processo de
eletrização por indução, o induzido adquire carga elétrica
Se A estiver inicialmente negativo, seus elétrons em com sinal contrário ao da carga elétrica do indutor.
excesso espalham-se pela superfície externa do corpo.
Assim, A continua negativo, mas com um menor número
de elétrons, e B, que estava neutro, eletriza-se
negativamente.

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.
FÍSICA

LEI DE COULOMB

Da tabela podemos construir o gráfico abaixo:

Balança de Coulomb. A medida da intensidade da


força de atração ou repulsão entre as esferas
carregadas A e B é feita pela torção do fio.

Em 1785, Charles Augustin de Coulomb (1736-


-1806) fez uma série de medidas relacionando o valor da
força elétrica entre duas cargas com o valor das distâncias EXERCÍCIOS
entre elas.
Sendo q1 e q2 duas cargas e d a distância entre elas, a
força elétrica é dada por: 01. Duas esferas condutoras A e B, idênticas,
possuem a mesma carga Q. Uma terceira esfera
C, inicialmente descarregada e idêntica às esferas
A e B, é colocada em contato com a esfera A.
Depois de algum tempo, a esfera C é separada de
A e colocada em contato com a esfera B. Qual a
carga final da esfera C depois de separada da
esfera B?
a) 3Q/4
b) 2Q/4
c) Q/4
d) Q/2
e) Q

02. Duas cargas elétricas puntiformes positivas e


iguais a Q estão situadas a 2 m de distância uma
da outra. Sabe-se que a força de repulsão mútua
A constante eletrostática do vácuo K varia em tem intensidade de 0,1 N. Determine Q, sabendo
função do meio no qual as cargas se encontram. que a constante eletrostática do vácuo vale 9.109
Utilizaremos somente o valor correspondente ao vácuo, K N.m2/C2.
= 9,0 · 109 N.m2/C2. a) Q = 3/2.10-5 C
O sentido de atuação da força elétrica obedece ao b) Q = 1/2.10-5 C
princípio fundamental da eletrostática: cargas de mesmo c) Q = 2/3.10-5 C
sinal se repelem e cargas de sinais contrários se atraem. d) Q = 1/3.10-5 C
e) Q = 4/3.10-5 C
Gráfico F = f(d)
03. Duas cargas puntiformes de intensidades
Para duas cargas Q e q distanciadas de r, no vácuo, 10-6 C e 4.10-6 C estão respectivamente fixas nos
estudando como varia a intensidade da força elétrica F, pontos A e B e separadas pela distância de 20 cm,
conforme variamos a distância entre elas, obtemos a no vácuo. Determine a intensidade da força
tabela a seguir. elétrica resultante sobre uma terceira carga de
intensidade 2.10-6 C, colocada no ponto médio do
segmento AB.

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.
FÍSICA

a) 2,3 N 16. CONCEITO DE CAMPO ELÉTRICO


b) 3,5 N
c) 4,7 N
d) 5,4 N Uma partícula carregada com carga elétrica +Q
e) 6,8 N influencia a região que a envolve, de modo que, ao
colocarmos uma carga de prova q num ponto P dessa
04. Três esferas A, B e C, com cargas elétricas região, será constatada a existência de uma força F, de
respectivamente iguais a 2Q, Q e Q, estão origem elétrica, agindo em q.
dispostas de maneira colinear, como mostra a
figura. A intensidade da força elétrica que C Carga puntiforme:
exerce sobre B é de 8.10-2 N. Nessas condições, a
intensidade da força elétrica resultante que A e C Positiva (Q > 0): Negativa (Q < 0):
exercem sobre B, vale:

a) 2.10-2 N
b) 4.10-2 N
c) 7.10-2 N
d) 5.10-2 N
e) 6.10-2 N

05. Duas cargas puntiformes de intensidades


10-6 C e 4.10-6 C estão fixas, respectivamente, nos
pontos A e B e separadas pela distância de 1 m,
no vácuo. Determine a distância do ponto A em
que uma terceira carga de intensidade 2. 10 -6 C
deve ser colocada para ficar em equilíbrio Afastamento
eletrostático. Aproximação
a) 10 cm
b) 13 cm Nesse caso, dizemos que a carga elétrica Q origina,
c) 20 cm ao seu redor, um campo elétrico, o qual age sobre q.
d) 23 cm Portanto, o campo elétrico desempenha o papel de
e) 33 cm transmissor de interações entre cargas elétricas.

VETOR CAMPO ELÉTRICO

No caso do campo elétrico, a força elétrica F que


atua na carga de prova q é expressa por dois fatores:

Fator escalar: a carga de prova q colocada em P, na


qual aparece a força elétrica F.
Fator vetorial: representado por E e é denominado
vetor campo elétrico em P.

Direção e sentido do vetor campo elétrico:

Se q > 0, F e E têm mesmo sentido.

Gabarito
1. A 2. C 3. D 4. B 5. E Se q < 0, F e E têm sentidos opostos.

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.
FÍSICA

CAMPO ELÉTRICO UNIFORME


É o campo no qual os vetores que representam as
linhas de força do campo são paralelos. Sobre uma reta
perpendicular às linhas de força do campo elétrico, o
vetor E tem a mesma intensidade, a mesma direção e o
mesmo sentido.

CAMPO ELÉTRICO DE UMA CARGA FIXA

Considere duas cargas Q e q separadas por uma


distância d. Esta fica sujeita a uma força de intensidade F
= | q | . E (em módulo).

EXERCÍCIOS

01. A figura representa, na convenção usual, a


configuração de linhas de força associadas a duas
cargas puntiformes Q1 e Q2. Podemos afirmar
que:

Unidade de campo elétrico no S.I.: e) = N/C

a) Q1 e Q2 são cargas negativas.


b) Q1 é positiva e Q2 é negativa.
c) Q1 e Q2 são cargas positivas.
d) Q1 é negativa e Q2 é positiva.
e) Q1 e Q2 são neutras.

CAMPO ELÉTRICO NUM PONTO DEVIDO 02. Num ponto de um campo elétrico, o vetor campo
A VÁRIAS CARGAS ELÉTRICAS elétrico tem direção horizontal, sentido da direita
para a esquerda e intensidade 105 N/C. Coloca-se
Quando numa região do espaço existir mais de uma nesse ponto uma carga puntiforme de – 2 µC.
carga elétrica, os pontos dessa região sofrem influência Então a intensidade e o sentido da força que atua
dos campos elétricos devidos a essas cargas. Nesse caso, na carga valem:
num único ponto X existirá mais de um campo elétrico e a) F = 0,1 N, da direita para a esquerda.
o campo elétrico resultante no ponto será a soma vetorial b) F = 0,1 N, da esquerda para a direita.
de todos esses campos. c) F = 0,2 N, da direita para a esquerda.
d) F = 0,2 N, da esquerda para a direita.
e) F = 0,3 N, da direita para a esquerda.

03. Determine a intensidade do vetor campo elétrico


resultante no ponto P, situado no ponto médio
entre duas cargas QA = 10-6 C e QB = –10-6 C. A
distância entre as cargas mede 60 cm e a
constante eletrostática do vácuo vale 9.109
N.m2/C2.

a) 1,0.105 N/C
b) 2,0. 105 N/C
c) 3,0. 105 N/C
d) 4,0. 105 N/C
e) 5,0. 105 N/C

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.
FÍSICA

04. Em pontos A e B, separados pela distância AB = 17. POTENCIAL ELÉTRICO NO CAMPO DE


3 m, fixam-se cargas elétricas puntiformes QA = 8 UMA CARGA PUNTIFORME
C e QB = 2 C, respectivamente. Determine a
que distância do ponto A o vetor campo elétrico
resultante é nulo. Seja o campo elétrico originado por uma carga
a) 6 m elétrica puntiforme Q, fixa e no vácuo. Considere um
b) 5 m ponto A desse campo a uma distância dA da carga Q fixa:
c) 4 m
d) 3 m
e) 2 m

05. A figura mostra três cargas Q1, Q2 e Q3,


localizadas nos vértices de um quadrado. Sendo
Q1 = Q3 = 4,0 C, calcule Q2 para que o campo De um modo geral, associamos a cada ponto P do
eletrostático no ponto P seja nulo. campo de uma carga elétrica puntiforme Q situada a uma
distância d dessa carga um potencial elétrico VP, tal que:

O Potencial é uma grandeza escalar, associado a cada


ponto do Campo Elétrico, sendo determinado apenas o
seu valor numérico. O sinal do Potencial Elétrico depende
da carga criadora do Campo Elétrico, se for positiva,
potencial positivo; se for negativa, potencial negativo.

POTENCIAL ELÉTRICO NO CAMPO DE


VÁRIAS CARGAS

Considere o campo elétrico originado por várias


cargas Q1, Q2, ..., Qn, fixas no vácuo.

O potencial elétrico num ponto P do campo é a


soma algébrica dos potenciais que cada carga exerce sobre
o ponto P:

TRABALHO DA FORÇA ELÉTRICA

No estudo da Energia Mecânica, vimos que o


Trabalho realizado por uma força constante e paralela ao
deslocamento de um corpo corresponde à variação de
Energia Mecânica sofrida pelo corpo, ou seja, Trabalho e
Gabarito Energia são grandezas diretamente proporcionais.
1. B 2. D 3. B 4. E Dentro de um Campo Elétrico, uma carga positiva q
5. – 8,0 2 C sofre variação de potencial elétrico V a partir do momento
que sofre um deslocamento longitudinal às linhas do
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.
FÍSICA

Campo. Se esse deslocamento é provocado pela Força 03. Nas figuras, três cargas positivas q estão
Elétrica produzida sobre a carga que surge sob influência localizadas sobre a circunferência de um círculo
do Campo Elétrico, então a Força elétrica realizou de raio R de três maneiras diferentes. As
Trabalho durante esse deslocamento. afirmações seguintes se referem ao potencial
eletrostático no centro O da circunferência.
(I) O potencial em O nas figuras 1 e 3 é dirigido para
baixo.
(II) O potencial em O tem o mesmo valor (não nulo)
nos três casos.
(III) O potencial em O na figura 2 é nulo.

EXERCÍCIOS
Está(ão) correta(s) a(s) afirmação(ões):
01. Na figura representamos uma partícula eletrizada a) I e II somente.
fixa em um ponto A. b) II somente.
c) III somente.
d) I somente.
e) I e III somente.

04. Duas cargas elétricas +3Q e –Q estão separadas


Em relação ao campo elétrico gerado pela por uma distância de 24 cm, conforme a figura. O
partícula que está no ponto A sabe-se que: ponto P tem potencial nulo. A distância entre a
(I) o potencial elétrico em B vale 40 V; carga –Q e o ponto P é igual a:
(I ) o vetor campo elétrico em B tem intensidade
igual a 40 N/C.

O potencial elétrico em C e a intensidade do vetor a) 18 cm d) 6,0 cm


campo elétrico em C são, respectivamente, iguais b) 12 cm e) 4,0 cm
a: c) 9,0 cm
a) 20 V e 10 N/C.
b) 20 V e 20 N/C. 05. Assinale qual das distribuições de quatro
c) 10 V e 10 N/C. partículas eletrizadas, nos vértices de um
d) 40 V e 40 N/C. quadrado, possui campo elétrico nulo e potencial
e) 10 V e 20 N/C. elétrico nulo no centro do quadrado.

02. Em três vértices de um quadrado de lado


fixam-se cargas elétricas, conforme a
figura, sendo o meio o vácuo. Assinale a
alternativa que representa o potencial elétrico
resultante no centro do quadrado. Considere K =
9,0 · 109 N.m2/C2.

a) 1,8.104 V d) –3,6.104 V
b) –1,8.104 V e) nulo
c) 3,6.104 V

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.
FÍSICA

06. Considere dois pontos M e N, de um campo 18. CORRENTE ELÉTRICA


elétrico uniforme de intensidade 5,0 . 103 N/C,
conforme mostra o esquema abaixo. Sabendo que
o potencial elétrico no ponto M vale 40 V, é 1. A corrente elétrica e os condutores:
correto afirmar que o potencial elétrico no ponto
N vale: Quando estávamos estudando os processos de
eletrização, vimos que com respeito ao possível
movimento, ou não, de cargas elétricas que podem
ocorrer nos materiais, estes são classificados basicamente
em condutores ou isolantes, respectivamente.
Os condutores mais comuns são os metais, devido a
grande quantidade de elétrons livres no material,
constituindo a chamada “nuvem eletrônica”. Tais elétrons
a) 10 V recebem esta denominação por estarem fracamente
b) –10 V ligados ao núcleo dos átomos, assim, possuem grande
c) 20 V liberdade para se movimentar em torno da periferia do
d) –20 V cristalino.
e) N.D.A. Vale observar que o movimento de um elétron no
interior de um condutor metálico, geralmente, é caótico e
07. Duas partículas eletrizadas, no vácuo, estão imprevisível, sendo praticamente impossível determinar a
localizadas nos pontos A e B, separados pela sua posição em um certo instante de tempo futuro.
distância de 10 cm, conforme a figura. No ponto Porém, é possível estabelecer uma direção e sentido
A está a carga de 40 nC e, no ponto B, a carga de preferencial de movimento de cargas elétricas sob
–30 µC. Calcule o trabalho realizado pelas forças algumas condições. Tal movimento ordenado de cargas
elétricas para levar uma terceira carga de 25 nC do elétricas recebe o nome de corrente elétrica.
ponto C para o ponto D, em unidades de µJ.
Corrente elétrica é o movimento ordenado de
cargas elétrica em um condutor.

Esse movimento ordenado de cargas elétricas pode


ser estabelecido ligando os terminais do condutor a um
equipamento denominado gerador elétrico.
– – – – –
– –
– – – – –
– –

movimento caótico
dos elétrons livres

– – – – – – –
– – – – – – –
movimento aproximadamente
ordenado dos elétrons livres
– +

gerador: pilha

São exemplos de geradores elétricos, pilhas e


baterias. Esses tipos de geradores transformam energia
química, produzida nas reações ocorridas em seu interior,
em energia elétrica para poder mover as cargas ao longo
do condutor.

A figura abaixo mostra algumas substâncias contidas


em uma pilha:

Gabarito
1. A 2. D 3. B 4. D
5. E 6. B 7. 45

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.
FÍSICA
polo positivo (+)
Tal fluxo de portadores de carga pode ser representado
por um único sentido. Porém, parando para pensar no
movimento de cargas elétricas em lâmpadas fluorescentes,
tubo de zinco veremos a presença tanto de portadores de carga negativa
(íons negativos e elétrons livres) movendo-se num
bióxido de manganês
sentido, sendo o sentido dado do polo negativo para o
(despolarizante) polo positivo; como também percorrendo o condutor em
sentido oposto, portadores de carga positiva (íons
positivos). E agora, que sentido devemos escolher para
representar a corrente elétrica numa situação semelhante
eletrólito contido em
matéria gelatinosa
com a da lâmpada fluorescente?!?!
polo negativo (–) (cloreto de amônia) Mas como os físicos sempre arrumam um “jeitinho”
para resolver os problemas, eles perceberam que o
Vale citar que um material não é dito condutor pelo movimento de cargas negativas possui mesmo efeito
fato de possuir ou não uma grande quantidade de elétrons quanto ao de uma carga positiva, de mesmo módulo,
livres. movendo-se em sentido contrário com mesma velocidade.
O que foi exposto até aqui sobre movimento de Entretanto, veremos mais adiante, que essa proposta dos
cargas elétricas diz respeito aos condutores metálicos, físicos falha em alguns fenômenos, tal como o Efeito Hall,
porém, estes não são os únicos meios que possibilitam o que estudaremos em Eletromagnetismo.
fluxo de carga elétrica por meio de portadores de carga.  
-v equivale a v
– +
Os condutores de eletricidade são classificados em
três grupos:
Esse fato levou os físicos a proporem um sentido
a. Condutores de Primeira Espécie: são aqueles em convencional de corrente que facilitaria o estudo das
que os portadores de carga elétrica são os elétrons correntes elétricas. Tal sentido obedece a seguinte
livres. São exemplos os metais e o grafite. convenção histórica: a seta da corrente deve ser desenhada
no sentido em que se moveriam os portadores positivos
de cargas, mesmo que os portadores reais não sejam
positivos.
Esta convenção possui motivos históricos, presentes
na época em que os efeitos elétricos já foram entendidos
b. Condutores de Segunda Espécie: neste, os por meio de um modelo de “fluido elétrico”, mas, claro,
portadores de cargas são íons positivos e hoje sabemos que este modelo foi derrubado com
negativos. Encontramos neste grupo os experiências que comprovam a existência do elétron. Tal
condutores líquidos como soluções de NaCl em convenção sugeria que a corrente elétrica causada em
água e outras soluções eletrolíticas. condutores metálicos era devido à movimentação de
portadores positivos.

As figuras a seguir representam sentidos reais e


convencionais de corrente.

c. Condutores de Terceira Espécie: agora, os


portadores de cargas são tanto elétrons livres, como
íons positivos e negativos. Verificamos este caso nas
lâmpadas fluorescentes, nas quais nelas existe um gás
ionizado após aplicação de uma tensão nos seus
terminais.

2. Sentido Real e Convencional da Corrente


Elétrica:

Como vimos anteriormente, a corrente elétrica em


condutor metálico, como no filamento de lâmpadas
incandescentes, é causada pelo movimento de elétrons em
O sentido real de corrente é mais usual quando
um certo sentido preferencial, chamado de sentido real.
necessitamos analisar o mecanismo de transporte de carga
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.
FÍSICA

de forma mais detalhada; no entanto, a partir de agora,


consideramos apenas o sentido convencional de corrente, Ressaltamos aqui alguns submúltiplos do ampère, que
desde que nada seja mencionado. aparecerão com frequência:
miliampère (mA) = 10-3
3. Intensidade de Corrente Elétrica: microampère (A) = 10-6
nanompère (nA) = 10-9
A figura abaixo representando um condutor metálico picoampère (pA) = 10-12
da qual é estabelecida uma corrente elétrica em seu
interior. Não nos preocuparemos, por enquanto, com os 4. Classificação das Correntes Elétricas a partir de
motivos e as condições da existência desta corrente. Gráficos i × t:
sentido da
corrente elétrica Às vezes, será importante descrever as correntes
elétricas por meio de gráficos que informem a intensidade
delas em função do tempo. Tais gráficos também são úteis
Secção
para a classificação das correntes elétricas.
Normal S
Um fato importante, na representação da corrente
elétrica por meio de um gráfico, é quando a corrente
inverte seu sentido, convencionando o sinal algébrico
Por meio de uma secção normal S desse condutor, positivo em um sentido, e negativo no sentido contrário.
passam n cargas elétricas elementares, correspondendo, Vejamos, a seguir, os casos mais comuns de
assim, a uma carga elétrica total de valor Q = n · e, correntes elétricas:
durante um intervalo de tempo t. Define-se intensidade
média de corrente elétrica, im, através da secção S, por: a. Corrente Contínua Constante

ΔQ Uma corrente elétrica é dita


im  contínua, CC, quando seus i
Δt portadores de cargas movem-se
em apenas um sentido ao longo do
Se fizermos o intervalo de tempo da definição acima condutor metálico. O gráfico ao
bastante pequeno, t  0, o valor da intensidade corrente lado representa uma corrente
deixa de ter um valor médio, e passa a assumir uma contínua constante: a corrente é t
0
intensidade instantânea de corrente elétrica, iinst., que estabelecida sempre em um i
atravessa a secção S. mesmo sentido, e com intensidade constante.
Encontramos correntes deste tipo quando forne-
cidas por pilhas e baterias de automóveis.
ΔQ dQ
i inst.  lim  b. Corrente Contínua Pulsante
Δt  0 Δt dt
Uma corrente é dita pulsante quando a sua
Se, em intervalos de tempo bastante pequenos e intensidade, geralmente, oscila entre máximo e mínimo.
iguais, tivermos as mesmas quantidades de cargas Por exemplo:
passando através da secção S, dizemos, então, que a
corrente elétrica é dita constante. Neste caso, a
i
intensidade média de corrente (im) e a intensidade i
instantânea de corrente (iinst.) assumem o mesmo valor
para qualquer instante de tempo.

corrente constante  im = iinst. = constante  t


0 t
0
ΔQ
i=
Δt Correntes como estas, são encontradas em circuitos
eletrônicos que possuem retificadores de corrente.

No SI, a unidade de intensidade c. Corrente Alternada (CA)


da corrente elétrica é ampère
(símbolo: A), em homenagem ao É aquela cujo sentido é invertido periodicamente.
físico francês André Marie Ampère i i
(1775-1836) um dos grandes
responsáveis pelo desenvolvimento t
do eletromagnetismo. Assim, temos: 0
i t
0
1C
 1 ampère  1 A
1s
ou ainda, 1C=1A·s

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.
FÍSICA

As correntes alternadas são utilizadas nas grandes uso de uma bússola. Estudaremos mais detalhes
distribuições de energia pelas companhias elétricas. A desse efeito em Eletromagnetismo.
frequência de uma corrente alternada é geralmente igual a
60 Hz, isto significa que a corrente elétrica realiza 60
oscilações (ou 60 ciclos) completas por segundo.

 Efeito Luminoso: quando a corrente elétrica


percorre um gás, sob baixa pressão, ocorre emissão
de luz quando as moléculas que constituem este
condutor são ionizadas. Tal efeito é encontrado,
por exemplo, em lâmpadas fluorescentes, lâmpadas
de vapor de sódio, e nos relâmpagos causados na
A figura acima apresenta alguns detalhes de atmosfera em dias chuvosos.
transmissão de energia elétrica que serão mais detalhados
quando estudarmos Indução Eletromagnética. Até lá,
consideraremos todas as correntes elétricas como sendo
contínuas, desde que não seja feita alguma citação.

5. Propriedades Gráficas de i × t:

Considere o gráfico abaixo, que representa a


intensidade de uma corrente elétrica contínua e constante
em função do tempo. A área hachurada entre os instantes
t1 e t2, é numericamente igual à carga elétrica Q, que  Efeito Químico: quando uma corrente percorre
atravessa a secção S do condutor nesse mesmo intervalo uma solução iônica ocorre a eletrólise, provocando
de tempo. movimento de íons negativos e positivos para um
ânodo e um cátodo, respectivamente. Esse efeito é
i
utilizado na hidrólise da água e para recobrir metais,
processos conhecidos como galvanização
i (cromeação, prateação, niquelação etc.).
N
A  ΔQ
 Efeito Fisiológico: é causado quando um
0
t organismo vivo se integra num circuito elétrico
t1 t2
fechado e uma corrente elétrica percorre uma parte
do seu corpo. Nos seres humanos esses efeitos são
De fato: conhecidos como choque elétrico. Os choques
A = base × altura variam dependendo da intensidade, do tempo da
= (t2 – t1) × i = i × t corrente e do local por onde circula a corrente
elétrica pelo corpo de um indivíduo, podendo
A = Q.
provocar desde leves contrações musculares até
queimaduras e fortes contrações, como é o caso da
Apesar de termos mostrado esta propriedade para o
contração cardiorrespiratória.
caso de uma corrente contínua constante, ela é válida para
qualquer gráfico corrente × tempo.
i

N
A  ΔQ
t
0 t1 t2
6. Efeitos da Corrente Elétrica:

 Efeito Magnético: com a passagem da corrente


elétrica através de um condutor, ela cria ao seu
redor um campo magnético de tal modo que a
existência desse campo pode ser averiguada pelo

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.
FÍSICA

 Efeito Joule (ou Térmico): quando uma corrente 19. POTÊNCIA ELÉTRICA
elétrica atravessa um condutor metálico, ocorrem
colisões entre os elétrons livres da corrente e os
átomos do condutor. Isto provoca uma maior 1. Potência e Energia Elétrica:
vibração dos átomos, acarretando um aumento de
temperatura do condutor. Este efeito é utilizado para A energia elétrica consumida por um equipamento é
produzir calor, e é encontrado em equipamentos dada pelo produto da sua potência elétrica P vezes o
como chuveiros, aquecedores, ferros elétricos, entre tempo de uso t:
outros.

7. Continuidade da Corrente Elétrica: Energia = P  t (1)

Num condutor, a intensidade de corrente é sempre a No Sistema Internacional (SI), a unidade de energia
mesma em qualquer secção, ainda que ela tenha secção é o joule (J), e a de potência é o watt (W). Da Mecânica,
variável. A isso damos o nome de continuidade de temos que uma máquina que realiza uma tarefa (ou
corrente elétrica. trabalho) consumindo 1 joule de energia em um intervalo
de tempo de 1 segundo, possui uma potência de 1 watt.
i1 Resumindo:
i2
1 W = 1 J/s
No cotidiano, a unidade de energia elétrica é o
Secção 2 i1 = i2 quilowatt-hora (kWh), aquela que está presente na sua
Secção 1 conta mensal enviada pela CELPE.

Isto é um resultado direta do Princípio de


Conservação da Carga, na qual a quantidade de carga que Mas qual a relação
entra por uma secção do condutor é a mesma que sai entre estas unidades
num dado instante de tempo. de energia (joule e
Como consequência, apresentamos aqui a lei dos kWh)?
nós, onde nó é um ponto de um circuito onde dois ou
mais fios condutores encontram-se. A lei dos nós diz que
a soma das correntes elétricas que entram em um nó, é
igual a soma das correntes que saem deste.

i2 Resposta:
1 kWh = 3,6 · 106 J
i1

i1 = i2 + i3
A potência de um circuito, como exemplo uma
i3 lâmpada ligada a um gerador elétrico, deve-se ao
fenômeno conhecido por Efeito Joule, no qual há
conversão de energia elétrica em energia térmica.

Essa potência elétrica de


um equipamento é dada
pela equação:
i P=iU (II)
+
– em que i é a corrente que
U
atravessa o equipamento,
e U, a tensão da qual é
submetido (também
chamada de diferença de
potencial).

2. Valores Nominais:
Ao comprar uma lâmpada, um ferro de passar
roupa, um chuveiro elétrico etc., podemos verificar que
esses produtos especificam sempre a tensão em que o
produto foi fabricado, chamada de tensão nominal, e a
potência do equipamento ao ser ligado à tensão de
fabricação, ou seja, a chamada potência nominal. Esses
dois valores são denominados valores nominais.
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.
FÍSICA

A lâmpada ao lado tem 2. Resistência Elétrica. 1ª Lei de Ohm:


tensão nominal de 110 V e
potência nominal de Verifica-se experimentalmente que a corrente
40 W. elétrica que atravessa um resistor depende da d.d.p. na
qual é submetido.
Para certos resistores à temperatura constante, a
intensidade de corrente elétrica i que os atravessa é
3. Fusíveis: diretamente proporcional a d.d.p. U aplicada aos seus
terminais, e estes recebem o nome de resistores
Os fusíveis são dispositivos com a finalidade de ôhmicos (ou condutores ôhmicos).
proteger redes elétricas, circuitos elétricos, ou trecho i
destes, de uma corrente elétrica excessiva. Essa corrente A B
indesejável pode ser consequência da presença de vários
equipamentos ligados simultaneamente (“sobrecarga na U
rede”) ou pelo contato de dois fios (curto-circuito). No
comércio, há comumente dois tipos de fusíveis:
Matematicamente:
de rosca de cartucho U
R  U=R·i (1)
i
onde a constante de proporcionalidade R é chamada
de resistência elétrica e independe da tensão aplicada
aos terminais do resistor se o resistor for ôhmico. A
equação (1) é chamada de lei de Ohm, em homenagem ao
Os fusíveis são constituídos por um filamento
físico alemão Georg Simon Ohm (1787-1854).
condutor de chumbo ou estanho, em que possui a
especificação de uma corrente elétrica máxima suportada.
Estes metais possuem baixo ponto de fusão, assim,
quando a intensidade da corrente ultrapassa o valor
máximo, a temperatura do filamento aumenta, atingido o
ponto de fusão. Fundido o elemento fusível, a corrente
não circulará mais pelo circuito, e dizemos que o circuito
está em aberto.

Vale chamar a atenção para o seguinte: para um


20. RESISTÊNCIA ELÉTRICA dado condutor sob uma diferença de potencial U, quanto
MENOR for a intensidade da corrente elétrica que passa
por ele, MAIOR será sua resistência elétrica. Ou seja, a
1. Resistores: resistência elétrica é a propriedade de um material
condutor em se opor à corrente elétrica que o atravessa.
Certos equipamentos elétricos, como lâmpadas
incandescentes, chuveiro elétrico, aquecedor elétrico, A unidade de resistência elétrica no Sistema
ferro de passar roupa, torradeira elétrica, secadores de Internacional (SI) é o ohm, cujo símbolo é a letra grega
cabelo etc., têm a função de se aquecerem após certo maiúscula  (Lê-se “ômega”).
tempo de funcionamento. Esses equipamentos
convertem energia elétrica em energia térmica, e tal 1 volt
fenômeno de conversão recebe o nome de Efeito Joule. 1 ohm () =
1 ampère
Esse aquecimento deve-se à colisão das partículas
elementares (elétrons ou íons positivos e negativos) da 12 3

corrente elétrica com os átomos ou moléculas do Os resistores de carvão,


condutor. utilizados em circuitos eletrô-
nicos, possuem os valores de
suas resistências indicados por
um código de cores. As faixas 1 e
2 indicam os dois primeiros
algarismos (das unidades e
Resistor será todo elemento de um circuito cuja dezenas, respectivamente). A
função exclusiva é transformar energia elétrica em energia faixa 3 expressa o número de
térmica. Nos circuitos elétricos o resistor será zeros após os dois primeiros
simbolizado por: algarismos.

ou Os resistores apresentam, ainda, uma quarta faixa,


chama de tolerância, que expressa a imprecisão do valor da
resistência elétrica. Uma faixa dourada indica imprecisão
de 5%, prateada 10%, e a inexistência de prata informa
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.
FÍSICA

que a imprecisão é maior que 20%. O código das cores resistor não ôhmico, a resistência elétrica varia com a
é: intensidade da corrente elétrica que o atravessa.

Cor Número As figuras abaixo representam a curva característica


Preta 0 de dois resistores não ôhmicos:
Marrom 1
Vermelha 2
Laranja 3
Amarela 4
Verde 5
Azul 6
Roxa 7
Cinza 8
Branca 9 4. Resistividade. 2ª Lei de Ohm:
3. Curva Característica de um Resistor: Experimentalmente pode ser verificado que a
resistência elétrica de um fio condutor feito de material
A curva característica do elemento de um circuito é homogêneo à temperatura constante é diretamente
o gráfico da tensão U nos seus terminais em função da proporcional ao seu comprimento e inversamente
intensidade de corrente elétrica i que o atravessa. proporcional à área de sua secção transversal. Considere
o fio condutor abaixo, de comprimento L, e área de
 Curva característica de um resistor ôhmico: secção transversal A. A sua resistência elétrica é dada por:

Se o resistor for ôhmico, este obedece à lei de ρ· L


Ohm, na qual a proporcionalidade entre a diferença de A R
potencial nos seus terminais e a intensidade de corrente A
elétrica é dada pela equação U = R · i, com R L
constante. Graficamente, temos que esta (3)
proporcionalidade entre U e i pode ser representada onde a constante de proporcionalidade  (lê-se
por uma semirreta passando pela origem de um sistema “rô”) é denominada resistividade do material. A
ortogonal de dois eixos, em que U é o eixo das
unidade de resistividade no SI é  · m. Na prática, a
abscissas e i é o eixo das ordenadas.
Ω· mm2
Gráfico U × i resistividade de um material é expressa em , pelo
m
U fato de ser mais conveniente medir a área da secção
U2 transversal de um fio em mm2 do que em m2.
U1 5. Resistividade. 2ª Lei de Ohm:

i Verifica-se na prática que a resistividade elétrica de
0 i1 i2
certos materiais varia com a temperatura, segundo a
Observe que nos resistores ôhmicos, aumentando-se equação:
a d.d.p. U, a intensidade de corrente i aumenta, porém, a
resistência permanece constante.   0   α T)

 Como U e i são diretamente proporcionais, vale


notar:
U1 i1 em que 0 é a resistividade do material na
 temperatura inicial T0, e  é a resistividade do material
U2 i2
numa temperatura final T, a variação de temperatura
sofrida pelo material é T = T – T0; e  é uma
No diagrama U × i acima é válida a seguinte constante que depende do material resistivo, chamada de
propriedade gráfica: coeficiente de temperatura do material. A unidade de
 é o inverso da unidade de variação de temperatura
N (2) utilizada; no caso de a temperatura estiver sendo medida
tg θ  R em °C (graus Celsius), então, o coeficiente de
temperatura do material será dado em unidades de °C-1
(graus Celsius recíproco).
 Curva característica de um resistor não ôhmico: Para certos materiais puros, como os metais, a sua
Para certos resistores, quando a diferença de resistividade aumenta ao serem aquecidos e,
potencial em seus terminais aumenta, verifica-se que a consequentemente, também a resistência elétrica. Isso é
corrente que passa por ele também aumenta, mas não na devido ao aumento da amplitude de oscilação dos átomos
mesma proporção. Esses resistores não obedecem a lei de que formam a rede cristalina do material condutor,
Ohm, e são chamados de resistores não ôhmicos. Num
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FÍSICA

acarretando, então, no aumento na probabilidade de  a 20 °C


colisão entres as partículas elementares da corrente Material  (°C-1)
( mm2/m)
elétrica que o atravessa. Neste caso, esses materiais Prata 0,0159 0,0040
possuem coeficiente de temperatura do material positivo Cobre 0,0170 0,0040
( > 0   > 0). Alumínio 0,0270 0,0036
Outros materiais puros, como o grafite, sofrem Constantana 0,49 Menor que 10-5
diminuição na sua resistividade com o aumento de Manganina 0,48 Menor que 10-5
temperatura. Nesse caso, a agitação dos átomos
realmente aumenta ao serem aquecidos, porém, é
superada pelo aumento de elétrons livres no material, –2 · 10-4 a
Grafite 0,4 a 0,7
liberados pela quebra de ligações químicas na estrutura do –8·10-4
grafite (Cn), e assim tornando o material mais condutor.
O mesmo fato ocorre em soluções eletrolíticas: com o Soluções
104 a 107 –2,0
aumento de temperatura, mais moléculas são dissociadas Eletrolíticas
em íons positivos e negativos, deixando a solução
também mais condutora. Para estes casos, o coeficiente 6. Lâmpadas Incandescentes:
de temperatura do material é negativo ( < 0   < 0).
Ligas metálicas de cobre, manganês e níquel, como As lâmpadas incandescentes, tão comuns em nossas
constantana, a manganina e o nicromo, possuem casas, são constituídas de um filamento de tungstênio que
resistividade praticamente constante com as variações de ao ser atravessado por certa corrente elétrica passa a emitir
temperatura sofridas. Isto acontece pela compensação luz, o que se dá a cerca de 3000 °C. Tal filamento é
entre os dois efeitos analisados nos materiais mantido a vácuo dentro de um bulbo de vidro ou, então,
anteriormente. Para este último caso, o coeficiente de enche-se o bulbo com algum gás inerte, como o argônio
temperatura do material é aproximadamente igual a zero ou criptônio, pois, caso contrário, o filamento, em contato
(  0    0). com ar oxidaria.
As lâmpadas incandescentes podem ser consideradas
Observe o gráfico abaixo: como resistores, pois a energia elétrica consumida pelo
 filamento se transformará integralmente em calor, o que
propiciará o aumento de sua temperatura e uma posterior
emissão de luz. Portanto, nada mais certo do que ser falar
em resistência para uma lâmpada incandescente.
bulbo de filamento
soluções eletrolíticas ( < 0) vidro de tungstênio

grafite ( < 0)

ligas metálicas (  0)

metais puros ( > 0)

T0 T vácuo ou gás inerte: rosca


criptônio ou argônio

L
Multiplicando a equação (4) por , teremos: 7. Potência Dissipada por um Resistor:
A
ρL ρ 0 L ρ ·L Como sabemos, a potência elétrica dissipada em um
 (1  αΔT) e sendo R 0  0 a resistência
A A A equipamento resistivo é calculada pela expressão P = i ·
ρ· L U. Utilizando a lei de Ohm (U = R · i), obtemos:
inicial do material a uma temperatura T0, e R  a sua
A
resistência em uma temperatura final T, podemos U2
P = R · i2 (6) e P= (7)
escrever a seguinte relação que dá a resistência elétrica em R
função da temperatura:

R  R0   T) (5)

A tabela abaixo apresenta a resistividade e


coeficiente de resistividade de alguns materiais típicos a
20 °C:

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FÍSICA

EXERCÍCIOS b) 20,00 
c) 5,0 
01. O filamento de uma lâmpada de incandescência d) 4,0 
é percorrido por uma corrente elétrica de 0,20 A. e) 2,5 
Sabendo que a lâmpada é mantida acesa durante
30 minutos, determine o valor da carga elétrica 07. Se a resistência equivalente de uma associação de
que passa pelo filamento durante este intervalo
dois resistores em série é de 50  e a resistência
de tempo.
a) 180 C equivalente da associação em paralelo é de 8 , o
b) 280 C valor das resistências dos resistores, em ohms, é
c) 360 C de:
d) 630 C a) 25 e 25
e) N.D.A. b) 30 e 20
c) 10 e 40
02. Suponha que o feixe de elétrons em um tubo de d) 29 e 21
imagens de televisão tenha fluxo de e) 15 e 35
8,1 × 1015 elétrons por segundo. Qual a corrente
do feixe, em unidades de 10-4 A? 08. Observe o trecho do circuito AB e calcule a
a) 13 corrente i, sabendo que a diferença de potencial
b) 15 entre A e B é igual a 15 V.
c) 17
d) 19 a) 1,0 A
e) 23 b) 2,0 A
c) 3,0 A
03. Para instalar uma máquina de lavar roupa são d) 4,0 A
usados fusíveis que desligam automaticamente e) 0,50 A
quando a corrente excede um valor pré-escolhido.
Abaixo estão indicados alguns valores de fusíveis
disponíveis com as correntes máximas que
suportam. Se a rede elétrica é de 220 V, qual o 09. No circuito elétrico abaixo, qual o menor valor
fusível de menor valor que pode ser usado para da resistência R que devemos colocar em
instalar uma máquina de 1400 W? paralelo com a lâmpada de 6,0 W, para evitar a
a) 2 A queima do fusível de 3,0 A?
Fusível
b) 5 A
c) 10 A
d) 15 A
12 V R
e) 20 A
Lâmpada
04. Um chuveiro elétrico funciona a uma potência de
3600 W. Qual o consumo mensal de energia, em
kWh, se ele é usado durante 15 minutos a) 8,8 
diariamente? Considere o mês com 30 dias. b) 7,8 
a) 27 c) 6,8 
b) 25 d) 5,8 
c) 23 e) 4,8 
d) 21
e) 19 10. No circuito representado no esquema abaixo, a
resistência de R2 é igual ao triplo da resistência de
05. A corrente medida num resistor de 10  é R1. O valor do resistor R, em ohms, é igual a:
4,0 A. Qual a energia dissipada pelo resistor em a) 20
um intervalo de 10 s? R1
b) 10
a) 4,0 × 102 J c) 5,0 R
b) 1,6 × 103 J d) 3,6 R2 i 2 =
c) 4,0 × 103 J e) 1,8 0,30 A 6,0 V
d) 14 × 103 J
e) 40 × 103 J

06. Um chuveiro elétrico de resistência R = 10  foi


construído para trabalhar sob tensão
U = 110 V. Para adaptá-lo ao uso em 220 V,
mantendo a mesma potência para aquecimento Gabarito
da água, deve-se substituir a resistência R por 1. C 2. A 3. B 4. A 5. B
outra de: 6. A 7. C 8. A 9. E 10. C
a) 40,00 

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FÍSICA

21. GERADORES ELÉTRICOS vapor d’água dá-se pela grande liberação de calor na
queima de algum combustível (petróleo, carvão ou
madeira).
1. Tipos de Geradores: vapor d’água
superaquecida
Vimos anteriormente que, para mantermos uma turbina
corrente elétrica no interior de um condutor, é necessária geradores
a utilização de um gerador elétrico, equipamento que
converte alguma outra forma de energia em energia caldeira
elétrica, propiciando assim o movimento dos portadores
de carga. Dependendo da forma de energia que o gerador
converte na energia elétrica, os equipamentos classificam-
se em:
reservatório de refrigeração à água
 Geradores químicos: este tipo de equipamento combustível
bomba
baseia-se na energia química desenvolvida em d’água
reações que ocorrem no seu interior, e tal energia
produzida é convertida em energia elétrica. É o caso  Geradores nucleares: como nos geradores
das baterias de acumuladores, que podem ser termoelétricos, o movimento das turbinas deve-se à
recarregáveis várias vezes, e da pilha seca, que tem passagem de vapor d’água sob elevada temperatura,
duração limitada. no entanto, esse aquecimento no vapor é devido à
liberação de energia nuclear em reatores.
Usina de Angra

 Geradores mecânicos: são aqueles que convertem


energia mecânica em energia elétrica. É o caso da
usina hidrelétrica, gerador de grande porte que,
através da queda d’água armazenada em uma
represa, faz com que grandes turbinas entrem em
rotação, ocorrendo assim a produção de corrente
elétrica alternada. A corrente alternada é, em seguida,
distribuída a nossas resistências através das linhas de turbina gerador
transmissão. Guardemos nossas curiosidades sobre a vapor
produção da corrente alternada para quando pastilhas nucleares
estivermos estudando o assunto Indução água a 270 °C água refrigeradora
Eletromagnética.
condensador

bomba
d’água

2. Força Eletromotriz ():

Todo gerador elétrico dispõe de dois polos, um


positivo e outro negativo, cada um correspondendo,
Hidrelétrica de Itaipu respectivamente, a um maior e menor potencial elétrico.
Considerando o sentido convencional de corrente elétrica,
o gerador tem por finalidade receber as cargas elétricas
que chegam ao polo de potencial mais baixo (polo
negativo) e levá-las a um potencial mais elevado (polo
positivo), fornecendo energia elétrica ao circuito.
Uma analogia bastante interessante com os
geradores elétricos está apresentada na figura ilustrada a
seguir. O gerador tem o mesmo papel sobre as cargas
elétricas, assim como o menino tem em erguer as bolas e
colocá-las em uma altura mais elevada do “circuito”
 Geradores termoelétricos: bastante semelhante aos acima. Ao levantar as bolas, o menino deixa-as em um
geradores mecânicos, estes também produzem nível de energia mais alto do que aquele quando estavam
energia elétrica pela movimentação de enormes no chão, uma vez que o menino gastou parte da sua
turbinas, porém, o movimento destas é causado por energia, “energia muscular”, para erguê-las. Dizemos que
vapores d’água superaquecidos. O aquecimento do o menino realizou trabalho sobre as bolas. Trabalho é isso,

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FÍSICA

é transformação da energia de um sistema. Veja que se o Dividindo a expressão acima por t:
menino não tivesse se esforçado para levantar as bolas, Δτ Δq  Ptotal =  · i.
nada aconteceria no sistema. Assim, dizemos que o garoto ε·
Δt Δt
é um agente externo.
Na prática, os geradores não lançam ao circuito
externo toda a potência que geram. Pelo fato de estes
equipamentos serem constituídos de condutores
apresentando alguma resistência elétrica, então, quando
alguma corrente elétrica passa por ele, parte da potência
total é dissipada por efeito Joule. Estes geradores reais serão
representados por:

Nos circuitos elétricos, os geradores têm a mesma r 


A B
função que o menino sobre as bolas: realizar trabalho – +
i
sobre os portadores de carga para que estes possam sofrer
uma elevação do potencial elétrico e assim poderem em que r é a resistência interna existente no gerador.
mover-se ao longo do condutor.
3. Potências e Rendimento de um Gerador:
polo positivo (+)
Consideremos uma pilha comum alimentando uma
lâmpada como mostra a figura abaixo. Ao lado da figura
fazemos um esquema que representa o circuito.
polo negativo (–)

Perceba que, em ambos os casos, parte da energia no R


sistema é dissipada: no caso do escorregador-menino,
parte da energia mecânica é perdida em forma de som e há
algum provável aquecimento nas bolas devido ao atrito; e i
para o circuito pilha-lâmpada, parte da energia elétrica é
r 
dissipada na lâmpada por efeito Joule.
A B
Considerando o circuito acima, consideremos que + –
uma quantidade de carga q atravesse a pilha, e seja  o gerador real
trabalho do gerador realizado sobre estes portadores de U
carga, denominamos força eletromotriz (f.e.m.), simbolizada
por , como sendo a seguinte razão:
No circuito acima temos:
Δτ
ε (I) 1. A potência elétrica total ou gerada pelo gerador é Pt =
Δq
 · i.
2. A potência fornecida ao circuito externo, chamada
Através desta relação, vemos que a unidade da f.e.m. também de potência útil, é Pf = i · U.
no SI é: 3. A potência dissipada internamente é Pd = ri2.

[trabalho] 1J Pela conservação da energia, segue que:


[ε     1 V (Volt)
[carga elétrica] 1 C
P t = Pf + Pd
Quando dizemos que a força eletromotriz de um
gerador é de 1,5 V, significa dizer que quando 1 C de Esquematicamente:
carga elétrica atravessa o gerador do polo negativo para o
polo positivo, os portadores de carga recebem uma
energia de 1,5 joule.
É importante ressaltar que a f.e.m. é uma
característica de um gerador, e assim, quanto maior for a
carga que atravessa esse equipamento, maior é o trabalho
realizado por este sobre os portadores de carga.
A potência total gerada (Pt) pelo gerador é dada por:
Pt =  · i Chamamos de rendimento (), a razão entre a
(II)
potência fornecida pela potência total:
P iU U
Podemos demonstrar isso facilmente. Da Equação η f  η
(I), vem que:
Pt iε ε
em que 0 <  < 1. O rendimento percentual é
 =  · q % =  · 100%

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FÍSICA

Quando o gerador é ideal, isto é, não apresenta  Gerador em curto-circuito:


nenhuma resistência interna (r = 0), o rendimento Um gerador está em curto-circuito quando ligamos aos
percentual é de 100%. seus terminais um fio condutor de resistência elétrica
De fato, sendo o gerador ideal nenhuma resistência é desprezível (R = 0), e assim a d.d.p. entre seus terminais
dissipada, e toda potência gerada é fornecida ao circuito se anula (U = 0), porém, uma corrente elétrica existirá no
externo: circuito, chamada de corrente de curto-circuito, icc.
P P
η  f  f , já que Pf  P t e assim η  1. r  iCC
Pt Pf A B
+ –

Além disso, a d.d.p. lançada pelo gerador é igual à


própria força eletromotriz neste caso.
R=0
U= Aplicando a equação do gerador, a corrente de
curto-circuito é dada por:
Como sabemos, a representação de um gerador ideal
é: U =  – ri 

0 =  – ricc 
A B
– +
i
ε (IV)
i cc 
É importante ressaltar que os geradores ideais são r
condições teóricas e que não existem na prática.

4. Equação do Gerador: É importante realçar que a corrente elétrica de curto-


circuito é a máxima intensidade de corrente que pode
Como Pt = Pf + Pd, temos que: atravessar um gerador, podendo assim danificar o gerador.
Podemos entender isso vendo que nenhuma potência
i = Ui + ri2  elétrica (Pf = i · U = 0) está sendo lançada a algum
circuito externo, e então toda a potência gerada pelo
 = U + ri  gerador é dissipada integralmente nele mesmo.
U =  – ri (III)
5. Curva Característica de um Gerador:
chamada de equação do gerador. Esta equação expressa
a d.d.p. lançada pelo gerador ao circuito externo em Na equação do gerador são constantes a f.e.m.  e a
função da corrente elétrica que o atravessa. resistência interna r do gerador. Segundo esta expressão, a
A equação do gerador pode ser demonstrada d.d.p. fornecida U ao circuito externo varia com a
levando em conta que a d.d.p. U fornecida ao circuito intensidade de corrente elétrica i de acordo com a equação
externo é o resultado da elevação  e da queda ri do U =  – ri, que é uma equação do 1º grau em i, sendo
potencial elétrico. representada por uma reta em um sistema de eixos
 r ortogonais.
A B Em um sistema de eixos cartesianos colocando U
– +
i nas ordenadas e i nas abscissas, a curva característica de
um gerador é:
ri
U

U

N
nível de referência tg   (V)
r
 Gerador em aberto:  i
0 icc
Dizemos que um gerador está em aberto quando ele
não alimenta nenhum circuito externo. Assim, não há A curva característica de um gerador ideal (r = 0) é:
corrente elétrica (i = 0) e, segundo a equação do gerador, a
d.d.p. U é igual a f.e.m.  (U = ). Ligando um voltímetro
de boa qualidade aos terminais de um gerador em aberto, U
a sua indicação será muito próxima da f.e.m do gerador.

r 
A B
+ –
i
0
V
RV  
i=0 U=

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FÍSICA

6. Lei de Ohm-Pouillet: Pela simetria da parábola, temos que uma potência


Consideremos um circuito como mostrado abaixo, máxima ocorre quando a corrente existente no circuito
constituído de um gerador real de f.e.m.  e resistência tem intensidade igual à metade da corrente de curto-
interna r associado com um resistor de resistência elétrica circuito, isto é, quando i  i cc  ε .
R. 2 2r
 Sob estas condições, a d.d.p. U lançada pelo gerador
r
A B
é:
+ –
ε
U U =  – ri =  – r · U= ε
2r 2
e a potência máxima fornecida ao circuito
R
externo é:
i
ε ε ε2
Pf  i · U  ·  Pf 
A intensidade da corrente elétrica, i, existente no 2r 2 4r
circuito acima é dada por:
O rendimento elétrico do gerador real quando este
ε está fornecendo uma potência máxima é:
i (VI) ε
rR U 2 1
η     0,5  η%  50 %
ε ε 2
7. Potência Máxima Fornecida por um Gerador Para que a potência fornecida por um gerador seja
Rea l : gerador real máxima, a lei de Ohm sugere que a resistência R do

circuito externo seja:
r
Consideremos um ε
A B
circuito formado por – + U 2
R  Rr
um gerador real de i ε
R i
força eletromotriz  e 2r
resistência interna r, Resumiremos estes resultados, das condições em que
transferindo energia a U um dado gerador de f.e.m.  e resistência interna r possa
um circuito externo fornecer potência máxima a um resistor ou qualquer outro
de resistência R. circuito externo, na seguinte tabela:

A potência fornecida ao circuito externo é ( )1. valor da resistência externa: R=r


P = i · U. Sendo U =  – ri a d.d.p. lançada pelo gerador,
obtemos: ( ) 2. intensidade da corrente que i cc ε
i 
passa o circuito 2 2r
Pf = i – ri2 ( )3. d.d.p. fornecida pelo gerador à ε
U
resistência externa 2
Veja que a potência fornecida é uma função do 2º
( ) 4. rendimento % = 50 %
grau em i, e assim, se tomarmos um sistema de eixos
cartesianos, o gráfico da potência fornecida Pf em função ( ) 5. potência fornecida pelo ε2
da intensidade de corrente i é uma parábola de Pf 
gerador 4r
concavidade voltada para baixo.
Pf 8. Associação de Geradores:
Pmáx. Realmente, você já deve ter percebido que em
muitos equipamentos como rádios, brinquedos, entre
outros, são utilizadas mais de uma pilha, ou seja, uma
associação de geradores. Estes, como os resistores, podem
ser convenientemente associados em série, paralelo ou na
i forma mista.
0 icc
icc Chamamos de gerador equivalente o único gerador
2 que mantém em seus terminais uma mesma d.d.p. que
uma associação de geradores quando percorrido por uma
Note que a parábola intercepta o eixo das abscissas corrente elétrica de mesma intensidade.
quando Pf = 0, e utilizando esta condição na equação da Analisemos dois casos particulares de associação de
potência fornecida, os pontos de intersecção são: geradores:
Pf = i – ri2 = 0  i · ( – ri) = 0  i = 0, que
corresponde fisicamente a situação de circuito aberto ou,  Associação de geradores em série:
ε
( – ri) = 0  i  i cc , correspondendo ao curto- Dizemos que dois ou mais geradores estão em série
r
circuito do gerador. quando eles são ligados numa sequência de tal modo que

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FÍSICA

o polo negativo de um esteja ligado ao polo positivo do corrente elétrica que atravessará cada um deles será igual a
outro. Neste tipo de associação, uma mesma corrente i .
elétrica atravessa cada um dos geradores. N
i 1 2 3 i N A figura abaixo mostra esquematicamente a situação
r1 r2 rN rN descrita:
A B
– + – + – –
+ + 
i/N r
U U U U
– +
1 2 3 N i/N
r 
U
i i/N –+
r
i re e A
– +
B
A q q B

U+
i/N r 
– +

Para cada um dos geradores da associação, temos: U


U1 =  1 – r 1 i
U2 =  2 – r 2 i
i eq
U3 =  3 – r 3 i req
· · · A B
· · · – +
UN = N – rN i
· · ·

U
A soma de d.d.p. fornecida por cada gerador
associado é igual a d.d.p. da associação de geradores, isto
é, Para cada gerador na associação, temos:
U = U1 + U2 + U3 + ... + UN i r
Uεr·  U  ε  ·i (1)
N N
Substituindo na equação acima cada uma das d.d.p. E sendo a equação do gerador equivalente:
individuais geradas pelos geradores, vem que:
U = eq – reqi (2)
U = (1 – r1i) + (2 – r2i) + (3 – r3i) + ... + (N – rN i)  (1)
U = (1 + 2 + 2 + ... + N) – (r1 + r2 + r3 + ... + rN ) i Vemos mais uma vez por comparação que:

Sendo, O gerador equivalente deve ter as seguintes


características:
U = eq – reqi, (2)
r (VIII)
a equação do gerador equivalente, então eq =  req 
comparando as equações (1) e (2), vem que: N

eq = 1 + 2 + 2 + ... + N (VII) Vemos, então, que o gerador equivalente possui a


req = r1 + r2 + r3 + ... + rN mesma força eletromotriz dos demais geradores da
associação, porém, sua resistência elétrica é igual à
resistência de um dos geradores dividido pelo número
Veja que a grande vantagem da associação de
destes.
geradores em série é que a f.e.m. equivalente é a soma das
A maior vantagem da associação de geradores iguais
f.e.m. de cada gerador. No entanto, a resistência interna
em paralelo é que a corrente que passa por cada um deles
do gerador equivalente é também a soma das resistências
é apenas parte da corrente total, permitindo, assim, uma
internas de cada gerador.
maior vida útil a cada um dos geradores.
Se associarmos em série N geradores iguais, ou seja,
de mesma força eletromotriz  e resistência interna r, o
gerador equivalente terá as seguintes características:
eq = N e req = Nr

 Associação de geradores iguais em paralelo:


Neste tipo de associação de geradores em paralelo,
os polos positivos de cada um são ligados entre si, o
mesmo ocorrendo também com os polos negativos.
Como todos os geradores são iguais, a corrente
elétrica total do circuito de intensidade i será dividida em
tantos caminhos quantos forem os fornecidos pela
associação. Portanto, se tivermos N geradores iguais, a

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.
FÍSICA

22. RECEPTORES ELÉTRICOS Esta expressão é chamada de equação característica do


receptor. Esquematicamente, temos:
’ r'
1. Receptor Elétrico. Força Contraeletromotriz: A B
+ –
i
Chamamos de receptor elétrico todo dispositivo
que, quando percorrido por uma corrente elétrica, tem ’
como principal função transformar energia (elétrica, U
fornecida por algum gerador) em alguma outra forma que
r' i
não seja energia térmica. São exemplos de receptores: os
motores elétricos e as baterias em processos de recarga;
neste último, ocorre a transformação de energia elétrica nível de referência
em energia química.
2. Curva Característica de um Receptor:

Na equação do receptor são constantes a f.c.e.m. ’


e a resistência interna r’. De acordo com a equação U = ’
+ r’i, a d.d.p. fornecida U aos terminais de um receptor é
uma função do 1º grau em i, sendo então representada
por uma reta em um sistema de eixos ortogonais.
Em um sistema de eixos cartesianos colocando U
nas ordenadas e i nas abscissas, a curva característica de
um receptor é:
U


Os receptores elétricos são constituídos por fios ’ N
tg   r’
condutores que apresentam uma certa resistência i
elétrica interna r’. E assim, parte da energia elétrica 0
fornecida a um receptor é dissipada por efeito Joule.
Representaremos um receptor por: Se o receptor for ideal, isto é, a sua resistência
i r' ’ interna é igual a zero (r’ = 0), a tensão em seus terminais é
A B igual a sua própria força contraeletromotriz (U = ’) e não
+ –
há perda de energia. Porém, esta é uma situação ideal, já
Perceba que a corrente elétrica em um receptor flui que é impossível na prática possuir um receptor sem
do polo positivo (maior potencial) para o polo negativo resistência interna. A curva característica de um receptor
(menor potencial), em outras palavras, ele recebe a ideal é: i
corrente elétrica pelo polo positivo. B C
Quando uma tensão U é estabelecida nos terminais gerador receptor
de um receptor, ocorrerão duas quedas de diferença de + +
potencial: uma devido à resistência interna, chamada de  ’
– –
queda ôhmica; e outra que é causada pela parte não
ôhmica, ou seja, aquela aproveitada de forma útil pelo r i i r'
receptor na transformação da energia elétrica recebida em
alguma outra forma de energia não térmica. Por exemplo, i
em um liquidificador, parte da energia fornecida é A D
dissipada nos enrolamentos e contatos e a outra parte para
rotacionar o motor. 3. Circuito Gerador-Receptor:
A queda não ôhmica, ou seja, a d.d.p. útil pelo
receptor é chamada de força contraeletromotriz Considere um circuito constituído por um gerador
(f.c.e.m.) e simbolizada por ’. Sendo a resistência interna elétrico de resistência interna r e força eletromotriz ,
do receptor igual a r’, a queda de tensão ôhmica é dada ligado diretamente a um receptor de resistência interna r’ e
por r’i. A tensão U nos terminais do receptor é dada pela força contraeletromotriz ’.
soma das duas quedas ocorridas em seu interior, isto é: Supondo  > ’, a corrente elétrica que percorre o
circuito acima tem a seguinte intensidade:
U = ’ + r’i
ε - ε'
i
r  r'

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FÍSICA

4. Circuito Gerador-Receptor-Resistor:
i
B C
gerador receptor
+ +
 ’
– –

r i resistor i
i O rendimento () continua sendo definido pela razão
entre a potência útil sobre a potência total. Segue que:
A D
R
Pf iε / ε/
η  η
Num circuito como o descrito acima, a intensidade Pt iU U
da corrente que o percorre é dada por: em que 0 <  < 1. O rendimento percentual é
% =  · 100.
ε - ε'
i
r  r'  R EXERCÍCIOS

01. A tensão nos terminais de um receptor varia com


Importante: Lei de Ohm Generalizada a corrente, conforme o gráfico abaixo. A f.c.e.m. e
Para um circuito elétrico de caminho único com vários a resistência interna deste receptor são,
geradores, receptores e resistores podemos generalizar a respectivamente:
expressão acima e escrever:
U (V)
 ε -  ε' (soma das f.e.m.'s)  (soma das f.c.e.m.'s) a) 11 V e 1,0 
i 
R resistência total b) 12,5 V e 2,5  25
c) 20 V e 1,0 
5. Potências e Rendimento de um Receptor : d) 22 V e 1,0 
22
e) 25 V e 5,0 
Consideremos um circuito constituído de um i (A)
gerador e um receptor como mostra a figura abaixo: 0 2,0 5,0
i
D A
gerador receptor 02. Determine o valor do resistor R, em ohms, para
+ +
que a corrente no circuito abaixo seja de 0,5 A.
 ’ a) 9
– –
U b) 7
r i i r' c) 5
d) 3
e) 1
C B
i
A potência fornecida pelo gerador ao receptor é a
conhecida potência útil (i · U), e tal potência corresponde
à potência total do receptor. 03. Um motor elétrico tem resistência interna de 2 ,
Temos que: força contraeletromotriz de 100 V e é percorrido por
1. A potência total do receptor é Pt = i · U. uma corrente de 5 A, quando está em rotação plena.
2. A potência dissipada internamente no receptor é Pd = Se o eixo do motor for travado, mantida a mesma
r’· i2. tensão elétrica, a corrente que passará por ele valerá:
3. E a potência útil do receptor é Pu = i · ’. a) 20 A
b) 25 A
E podemos escrever, segundo a conservação da c) 36 A
energia que: d) 55 A

Pt = Pf + Pd Esquematicamente: 04. Um gerador fornece a um motor uma tensão de


440 V. O motor tem resistência interna de 25  e é
percorrido por uma corrente elétrica de 400 mA. A
força contraeletromotriz do motor, em V, será
igual a:
a) 375
d) 430
b) 400

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FÍSICA

e) 450 23. ELETROMAGNETISMO


c) 415

05. Um liquidificador de f.c.e.m. igual a 110 V é Hoje é claro que o magnetismo e a eletricidade são
ligado a uma tomada de 200 V. Sabendo que a fenômenos diretamente relacionados. Esta relação só foi
corrente elétrica é igual a 10 A, pode-se afirmar claramente estabelecida no século dezenove. A História
que sua resistência interna é: do magnetismo iniciou-se muito cedo com os nossos
a) 5  antepassados pertencentes às civilizações da Ásia Menor e
b) 9  foi nesta região conhecida como Magnésia que foram
c) 150  encontradas algumas rochas que tinham o poder de atrair
d) 10  uma outra. Os primeiros fenômenos magnéticos
e) 2  observados foram, sem dúvida, aqueles associados aos
chamados imãs naturais, fragmentos das rochas (minério
06. Um motor elétrico tem f.e.m. de 130 V e é de ferro) encontradas perto da cidade de Magnésia. Esses
percorrido por uma corrente de 10 A. Sendo de 2 imãs naturais têm a propriedade de atrair ferro
desmagnetizado, o efeito sendo mais pronunciado em
 sua resistência interna, calcule a potência
certas regiões do imã conhecidas como polos. Os chineses
mecânica desenvolvida pelo motor.
já sabiam, desde 121 D.C., que uma barra de ferro, depois
a) 1200 W
de colocada perto de um imã natural, adquiria e retinha
b) 1500 W
essa propriedade do imã e que, quando uma dessas barras
c) 1300 W
era suspensa livremente em torno de um eixo vertical, ela
d) 1600 W
se dispunha, aproximadamente, ao longo da direção
e) 1100 W
geográfica Norte-Sul. Esse fenômeno levou a utilização
dos imãs como instrumentos de navegação, pelo menos,
07. Um circuito com resistores é ligado a uma
desde o século XI. Isto significa que a Terra tem um
bateria de automóvel de 12 V, como mostra a
campo magnético próprio, como mostra a Fig. 1.
figura. Qual é a tensão no resistor de 2,0 , em Podemos observar que os polos Norte e Sul geográficos
volt? terrestres estão invertidos com relação aos polos Norte e
a) 1,6 Sul magnéticos.
b) 2,0
c) 4,0
d) 6,0
e) 12,0

08. Uma bateria elétrica possui uma força


eletromotriz de 1,5 V e resistência interna
0,1 . Qual a diferença de potencial, em V, entre
os polos desta bateria se ela estiver fornecendo 1,0
A a uma lâmpada?
a) 1,5
b) 1,4
c) 1,3
d) 1,2
e) 1,0 O polo Norte geográfico da Terra é o polo Sul
magnético e o polo Sul geográfico é o polo Norte
09. No circuito abaixo, o valor de cada resistência é R magnético. Duas linhas de força de um campo magnético
= 2,0 , e a diferença de potencial da bateria é 12 nunca se cruzam. As linhas de força do campo magnético
V. Qual o valor da corrente elétrica que passa produzido por uma única massa magnética seriam
através da bateria? retilíneas. E as do campo produzido por mais que uma
a) 1,0 A massa magnética são curvas. Como na natureza não existe
b) 2,0 A uma massa magnética isolada, mas elas existem aos pares,
c) 3,0 A formando os ímãs, concluímos que as linhas de força dos
d) 4,0 A campos magnéticos dos ímãs são curvas. A figura mostra
e) 5,0 A a forma das linhas de força do campo de ímã em forma de
barra. Convencionamos que o sentido da linha de força
seja o sentido de deslocamento de uma massa magnética
puntiforme norte colocada sobre a linha. Com essa
convenção, concluímos que as linhas de força “saem” do
Gabarito polo Norte e “entram” no polo Sul.
1. D 2. B 3. D 4. D 5. B
6. B 7. C 8. B 9. D

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FÍSICA

Campo Magnético criado por uma espira

B – campo magnético no centro da espira [T]


µ – permeabilidade magnética do meio [T.m / A]
i – corrente que atravessa a espira a)
n – número de espiras justapostas
R – raio da espira [m]
O polo Norte geográfico da Terra é o polo Sul magnético e o
polo Sul geográfico é o polo Norte magnético. Campo magnético criado por um fio condutor
retilíneo
Força Magnética em uma carga livre submetida
a um campo magnético uniforme

B – campo magnético em torno do fio [T]


µ – permeabilidade magnética do meio [T.m /A]
i – corrente que atravessa o fio a)
d – distância do fio até o ponto desejado [m]
F – força magnética [N]
B – campo magnético [T – Tesla] Campo magnético no interior de um solenoide
q – valor da carga c)
v – velocidade da carga [m/s]
Θ – ângulo formado entre B e v [graus]

Os sentidos de F, B e v são dados por meio da regra


da mão direita (o polegar indica v, os outros dedos
indicam B e saindo da palma da mão temos F).

Força Magnética em um condutor retilíneo


submetido a um campo magnético uniforme

B – campo magnético no interior do solenoide [T]


µ – permeabilidade magnética do meio [T.m /A]
F – força magnética [N] i – corrente que atravessa o fio a)
B – campo magnético [T – Tesla] n – número de espiras
i – corrente que atravessa o condutor a) L – comprimento do solenoide [m]
L – comprimento do condutor [m]
Θ – angulo formado entre B e i [graus] Fluxo Magnético

Os sentidos de F, B e i são dados por meio da regra


da mão direita (acima), substituindo-se v por i.

Observação:

Indica a grandeza “entrando” no plano da folha.


Ø – fluxo magnético [Wb – Weber (T.m2)]
B – campo magnético [T]
A – área atravessada pelo campo magnético [m2]
Indica a grandeza “saindo” do plano da folha. µ – angulo formado entre B e A [graus]
Lei de Faraday

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.
FÍSICA

“Sempre que ocorrer uma variação de fluxo b) I e II.


magnético através de um circuito aparecerá, nesse circuito, c) II.
uma f.e.m. induzida”. d) II e IV.
e) II, III e IV.

02. Uma partícula, de massa m  5,0  1018 kg e


carga q  8,0  106 C, penetra perpendicular-
mente em um campo magnético uniforme, com
E - f.e.m. induzida velocidade constante de módulo
B - variação do fluxo magnético
L - intervalo de tempo v  4,0  106 m / s, passando a descrever uma
órbita circular de raio r  5,0  103 cm,
desprezando o efeito do campo gravitacional. O
módulo do campo magnético a que a partícula
está submetida é igual a:
a) 4,0  10 4 T
E - f.e.m. induzida
B -campo magnético ao qual é submetido condutor b) 0,5  10 8 T
L – comprimento da barra que se desloca pelo
condutor c) 2,0  10 6 T
v – velocidade de deslocamento da barra d) 5,0  10 8 T
Lei de Lenz e) 5,0  10 7 T

“A corrente induzida num circuito aparece sempre 03. Sob a ação exclusiva de um campo magnético
com um sentido tal que o campo magnético que ela cria uniforme de intensidade 0,4 T, um próton
tende a contrariar a variação do fluxo magnético através descreve um movimento circular uniforme de raio
da espira”. 10 mm em um plano perpendicular à direção
desse campo. A razão entre a sua massa e a sua
Transformadores carga é de 10-8 kg/C. A velocidade com que o
próton descreve este movimento é de:
a) 4  105 m s
b) 2  105 m s
c) 8  104 m s
d) 6  104 m s
N1 – número de espiras do primário
V1 – tensão no primário e) 5  103 m s
N2 – número de espiras do secundário r
V2 – tensão no secundário 04. Uma partícula de carga q, com velocidade v e
massa m dentro de um campo magnético B, fica
r
sujeita a uma força F pela ação desse campo.
EXERCÍCIOS Sobre a situação, foram feitas três afirmações.
I. A intensidade da força depende do valor de q.
01. Sobre conceitos de eletricidade e magnetismo, r
II. O sentido da força F depende do sinal de q.
são feitas as seguintes afirmações:
III. A intensidade da força depende da velocidade v e da
I. Se uma partícula com carga não nula se move num
massa m da partícula.
campo magnético uniforme perpendicularmente à
direção do campo, então a força magnética sobre ela é
A afirmativa está correta em:
nula.
a) I e III apenas.
II. Somente imãs permanentes podem produzir, num
b) I e II apenas.
dado ponto do espaço, campos magnéticos de módulo
c) II e III apenas.
e direção constantes.
d) I, II e III.
III. Quando dois fios condutores retilíneos longos são
colocados em paralelo e percorridos por correntes 05. Um feixe de elétrons, todos com mesma
elétricas contínuas de mesmo módulo e sentido, velocidade, penetra em uma região do espaço
observa-se que os fios se atraem. onde há um campo elétrico uniforme entre duas
IV. Uma carga elétrica em movimento pode gerar campo placas condutoras, planas e paralelas, uma delas
magnético, mas não campo elétrico. carregada positivamente e a outra, negativamente.
Durante todo o percurso, na região entre as
Está correto apenas o que se afirma em: placas, os elétrons têm trajetória retilínea, perpen-
a) III. dicular ao campo elétrico.
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FÍSICA

Ignorando efeitos gravitacionais, esse movimento 24. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DAS ONDAS
é possível se entre as placas houver, além do
campo elétrico, também um campo magnético,
com intensidade adequada e: Movimento Harmônico Simples
a) perpendicular ao campo elétrico e à trajetória dos
elétrons. Consideremos um ponto material em MHS.
b) paralelo e de sentido oposto ao do campo elétrico.
c) paralelo e de mesmo sentido que o do campo elétrico.
d) paralelo e de sentido oposto ao da velocidade dos
elétrons.
e) paralelo e de mesmo sentido que o da velocidade dos
elétrons.

06. Uma bobina, formada por 5 espiras que possui


um raio igual a 3,0 cm, é atravessada por um A função horária do movimento é dada por:
campo magnético perpendicular ao plano da
bobina.
Se o campo magnético tem seu módulo variado
de 1,0 T até 3,5 T em 9,0 ms, é CORRETO Estudar um MHS significa conhecermos as funções
afirmar que a força eletromotriz induzida foi, em horárias da velocidade e da aceleração.
média, igual a:
a) 25 mV
b) 75 mV Equação da
c) 0,25 V Velocidade
d) 1,25 V
e) 3,75 V O ponto P realiza um MHS de amplitude a e
pulsação .
07. Dois fios “A” e “B” retos, paralelos e extensos,
estão separados por uma distância de
2 m. Uma espira circular de raio igual a π 4 m
encontra-se com seu centro “O” a uma distância
de 2 m do fio “B”, conforme desenho a seguir.

Sejam:
v velocidade do MHS
A espira e os fios são coplanares e se encontram v’ velocidade do MCU
no vácuo. Os fios “A” e “B” e a espira são v é projeção de v’ no eixo x.
percorridos por correntes elétricas de mesma
intensidade i = 1 A com os sentidos representados Da figura:
no desenho. A intensidade do vetor indução cos ( + 90°) = cos · cos 90º – sen · sen 90°
magnética resultante originado pelas três cos ( + 90°) = cos · 0 – sen · 1
correntes no centro “O” da espira é: cos ( + 90°) = – sen
Dado: Permeabilidade magnética do vácuo:
μ0  4 π  107 T  m / A
os ( + 90°) = v = v’ · cos ( + 90°)
cos ( + 90°) = v’ (–sen )
Do MCU v’ = · r, como r = a
a) 3,0  107 T v’ = · a
b) 4,5  107 T v = · a · (– sen )
c) 6,5  107 T
d) 7,5  107 T
e) 8,0  107 T

Gabarito
1. A 2. B 3. A 4. B
5. A 6. E 7. D

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FÍSICA

Equação da Aceleração superfície e a energia dissipada na deformação da mola.


F = FR
No MCU, a aceleração é centrípeta e, portanto,
radial no sentido para o centro. Como:

F = k · x e FR = m · |a|, então: k · x = m · |a|

Do MHS, temos: a = – ·xe = , então:

k·x=m·

k·x=m· ·x
Da figura: k · T = m · (2 )
2 2

O período do sistema massa-mola depende da massa


cos ( + ) = cos · cos – sen · sen
do corpo e da constante de mola. O período não depende
cos ( + ) = –1 · cos – 0 · sen = – cos
da amplitude do MHS e nem do plano de vibração, ou
seja, o período é o mesmo se o corpo oscilar na
cos ( + ) = cos ( + ) horizontal, vertical ou plano inclinado.

Como ev= ·r

= ·r= ·a

= · a (–cos )

Pêndulo Simples
No MHS:
x = a cos ( t + ) Prende-se num suporte (teto) um fio e na
e extremidade deste um corpo de massa m que pende
verticalmente. A seguir, afasta-se esse corpo da vertical de
= – a · cos ( t + ) equilíbrio, abandonando-o, de modo a iniciar um
movimento de vaivém, ou seja, um MHS.
Dividindo as expressões acima membro e membro, .
vem:

Sistema Massa-Mola Durante a oscilação do pêndulo, estão aplicadas no

corpo duas forças: peso e tração , em que é


Entende-se por sistema massa-mola o conjunto de
um corpo de massa m com uma mola de constante vertical e está aplicada na direção do fio.
elástica k. Prende-se o corpo numa extremidade da mola e
a outra extremidade num suporte fixo, e o conjunto é
posto a oscilar, de modo que esse corpo realize um
Movimento Harmônico Simples (MHS).

A força elástica é a resultante das forças aplicadas no


corpo, uma vez desprezados o atrito entre o corpo e a

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FÍSICA

FR = Tx = t · sen m · a = T · sen oscila verticalmente, para permitir a passagem da


P = Ty = T · cos m · g = T · cos perturbação.

Fundamentos da Ondulatória

Você já deve ter brincado alguma vez de pular corda,


com uma extremidade da corda presa num suporte e a
outra na mão de seu amigo. O seu amigo produz na
extremidade da corda um pulso, ou seja, uma perturbação,
que vai se propagar por todos os pontos da corda.

Ondas → A onda é uma sucessão periódica de


pulsos, ou seja, quem produz o pulso (fonte de onda) o
faz continuamente e no mesmo ritmo.
A onda transporta energia e não a matéria do meio.

Outro exemplo que podemos citar é o de uma gota Formas de Ondas


lançada na superfície das águas calmas e tranquilas. Nota-
se que, a partir daquele ponto, pulsos se movimentam em Podemos classificar as ondas, quanto à forma, em
círculo, afastando-se dele e vibrando todos os pontos do dois tipos: longitudinal e transversal.
meio.
A) LONGITUDINAL → É a onda que se propaga
num meio de forma que a direção de vibração
coincide com a direção de propagação.

Os fenômenos vistos são chamados de pulsos e


consistem em perturbações dadas a um meio. A onda é
uma sucessão de pulsos.

Pulso → É uma perturbação dada num meio, que


vai se propagar através deste, sem carregar matéria, apenas
transportando energia.
Podemos citar como exemplo as ondas audíveis
Quando provocamos uma perturbação no meio, (ondas sonoras) que entram pela cavidade dos nossos
estamos fornecendo energia que, de alguma forma, precisa ouvidos, vindas pela vibração das moléculas de ar.
se manifestar, e esta manifestação se dá através do pulso.
B) TRANSVERSAL → É a onda que se propaga de
forma que a sua direção de propagação é
perpendicular à direção de vibração.

Os pontos da corda oscilam, porém não são


carregados pelo pulso.
Podemos verificar isso fazendo um barquinho de
papel e colocando-o num recipiente contendo água.
Ao produzirmos uma onda na superfície da água,
notamos que, quando essa onda passar pelo barco, ele vai
apenas subir e descer, porém não será arrastado pela água,
porque ela não se movimenta horizontalmente e sim
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.
FÍSICA

Natureza das Ondas fontes pode ser: construtiva (crista com crista ou vale com
vale), destrutiva (crista com vale) ou parcial, quando a
Podemos classificar as ondas quanto à sua natureza crista não coincidir com crista ou vale.
em: mecânica e eletromagnética.

1) ONDA MECÂNICA → A onda é dita mecânica,


quando só se propaga em meios materiais, de forma
a vibrar os pontos deste meio. Ela pode ser
longitudinal ou transversal.

Por exemplo, a onda que se movimenta numa corda.

Seja P o ponto onde se quer estudar o tipo de


interferência sofrida.

x = |x1 – x2|

2) ONDA ELETROMAGNÉTICA → A onda é dita x diferença de marcha (defasagem)


eletromagnética quando se propaga tanto no vácuo
quanto em certos meios materiais, sem vibrar os
pontos do meio. Por exemplo, a luz ou as ondas de
rádio e TV, que podem propagar-se no vácuo, ar,
água etc. Se n for par, a interferência das ondas em P é
construtiva e:
Interferência de Ondas

A interferência de ondas acontece devido ao cruzamento


delas, quando se movimentarem no mesmo meio. A
interferência pode ser construtiva ou destrutiva. Se n for ímpar, a interferência das ondas em P é
Na interferência construtiva, os pulsos se encontram destrutiva e se:
em concordância de fases (crista com crista ou vale com
vale).
(totalmente destrutiva)

(parcialmente destrutiva)

Se n não for inteiro, a interferência das ondas em P


é parcial.

Ondas Estacionárias

Na interferência destrutiva, os pulsos se encontram Uma onda estacionária é obtida pela superposição
com fases invertidas (crista com vale). (interferência) de duas ondas iguais (mesmo comprimento
de onda e frequência), que se movimentam na mesma
direção e em sentidos contrários. Geralmente acontece na
superposição de uma onda com a sua respectiva onda
refletida.

Consideremos duas ondas emitidas pelas fontes F1 e


F2, na mesma frequência e em concordância de fases, quer
dizer, F1 e F2 emitem cristas e vales no mesmo instante, A distância entre dois nós consecutivos é de
cujas ondas são de mesmo comprimento de onda.
A interferência dessas ondas no espaço ao redor das 1 fuso =

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.
FÍSICA

Ventres são pontos onde ocorre sempre


interferência construtiva. Esses pontos vibram com
amplitude máxima Av, dada por:

Av = a + a µ densidade linear de massa

Nós são pontos onde ocorre sempre interferência


destrutiva. Esses pontos vibram com amplitude An nula. µ=

Ondas Sonoras
An=a–a
Ondas sonoras são ondas longitudinais que são
produzidas por deformações provocadas pela diferença de
pressão em um meio elástico qualquer. Elas possuem
freqüência de vibração entre 20 e 20.000Hz, que
naturalmente, são captadas e processadas por nosso
sistema auditivo.
Observações:
Propriedades das ondas sonoras
1. Ventres vibram com amplitude 2a.
A altura é a qualidade que nos permite diferenciar os
2. Nós não vibram (amplitude de vibração nula). sons agudos dos sons graves: o som alto é um som agudo
e o som baixo é um som grave.
3. Pontos intermediários entre nós e ventres com O timbre é a qualidade que nos faz distinguir os sons
amplitude entre 0 e 2a. de diversas origens.
A intensidade sonora está associada àquilo que nós
4. A velocidade de propagação de uma onda comumente chamamos de volume.
estacionária é nula. Por isso, embora tenham energia,
as ondas estacionárias não propagam essa energia.
Cordas Sonoras
5. Distância entre:
Formam-se, na corda, um fuso com 2 nós.
• nós consecutivos: /
• ventres consecutivos: / 2
• ventres e nós consecutivos: / 4

Velocidade da Onda na Corda

As cordas vibrantes são fios flexíveis e tracionados


nos seus extremos. São utilizados nos instrumentos
musicais de corda como a guitarra, o violino, o violão e o
piano.

A área de secção transversal da corda.


m massa da corda. Formam-se, na corda, dois fusos com 3 nós.
l comprimento na corda.
T tração na corda.

A velocidade com que um pulso se movimenta na


corda foi determinada por Brook Taylor (1683-1731) e
ficou conhecida como equação de Taylor.

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.
FÍSICA

outra para o meio externo. Ao soprarmos um tubo aberto,


produz-se então uma onda que vai da embocadura para a
outra extremidade e, ao atingi-la, a onda encontra um
meio diferente (devido à diferença de temperatura,
pressão, densidade) de forma a sofrer reflexão e refração.
A onda refletida retorna e pode formar, com a incidente,
uma onda estacionária, emitindo, assim, o som de maior
intensidade.

O tubo pode formar um número n inteiro e positivo


de fusos. Quando se formar no tubo um único fuso,
Formam-se, na corda, três fusos com 4 nós. temos a onda estacionária de menor frequência possível,
denominada de primeiro harmônico ou frequência
fundamental.

Portanto, para tubos sonoros abertos, aplicamos:

para n inteiro e positivo. Em relação ao 1º harmônico,


podemos escrever: fn = n · f1.

Tubos Fechados → Uma extremidade do tubo é


aberta, onde está a embocadura, e a outra é fechada. Ao
soprarmos um tubo fechado, pode ocorrer a formação de
uma onda estacionária, de forma a emitir o som mais
intenso. Para formar a onda estacionária, na extremidade
fechada do tubo, a onda deve terminar em nó.
O som de menor frequência (primeiro harmônico ou
As cordas sonoras emitem todos os harmônicos do frequência fundamental) acontece para uma onda
som fundamental tanto os de ordem par como os de estacionária de meio fuso e, a seguir, para um e meio fuso,
ímpar. ou seja, de frequência três vezes maior do que a
Generalizando para qualquer harmônico: fundamental. Nos tubos fechados, não se formam
harmônicos de ordem par, apenas ímpar.

Portanto, para tubos sonoros fechados, aplicamos:

Para o enésimo harmônico:


para n ímpar e positivo. Em relação ao primeiro
harmônico:

fn = n · f 1

Comparando com o 1º harmônico:


EXERCÍCIOS

1. Uma corda elástica está inicialmente esticada e


em repouso, com uma de suas extremidades fixa
Tubos Sonoros em uma parede e a outra presa a um oscilador
capaz de gerar ondas transversais nessa corda. A
Os tubos sonoros podem ser abertos ou fechados. figura representa o perfil de um trecho da corda
em determinado instante posterior ao aciona-
mento do oscilador e um ponto P que descreve
um movimento harmônico vertical, indo desde
um ponto mais baixo (vale da onda) até um mais
alto (crista da onda).

Tubo Aberto → As duas extremidades do tubo são


abertas, uma na embocadura onde o ar é soprado, e a

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.
FÍSICA

Sabendo que as ondas se propagam nessa corda


com velocidade constante de 10 m/s e que a
frequência do oscilador também é constante, a
velocidade escalar média do ponto P, em m/s,
quando ele vai de um vale até uma crista da onda
no menor intervalo de tempo possível é igual a: Considere:
a) 4. velocidade da luz  3,0  108 m s e
b) 8. 1 nm  1,0  109
m.
c) 6.
d) 10. O filtro solar que a pessoa deve selecionar é o:
e) 12. a) V.
b) IV.
2. c) III.
d) II.
e) I.

4. Uma das atrações mais frequentadas de um


parque aquático é a “piscina de ondas”. O
desenho abaixo representa o perfil de uma onda
que se propaga na superfície da água da piscina
em um dado instante.

O gráfico acima representa uma onda que se


propaga com velocidade constante de
200 m/s.

A amplitude (A), o comprimento de onda ( λ ) e a


frequência (f) da onda são, respectivamente,
a) 2,4 cm; 1,0 cm; 40 kHz
b) 2,4 cm; 4,0 cm; 20 kHz
c) 1,2 cm; 2,0 cm; 40 kHz
d) 1,2 cm; 2,0 cm; 10 kHz
Um rapaz observa, de fora da piscina, o
e) 1,2 cm; 4,0 cm; 10 kHz movimento de seu amigo, que se encontra em
uma boia sobre a água e nota que, durante a
3. A radiação ultravioleta (UV) é dividida, de acordo passagem da onda, a boia oscila para cima e para
com três faixas de frequência, em baixo e que, a cada 8 segundos, o amigo está
UV-A, UV-B e UV-C, conforme a figura. sempre na posição mais elevada da onda.
O motor que impulsiona as águas da piscina gera
ondas periódicas. Com base nessas informações,
e desconsiderando as forças dissipativas na
piscina de ondas, é possível concluir que a onda
se propaga com uma velocidade de:
a) 0,15 m / s
b) 0,30 m / s
Para selecionar um filtro solar que apresente c) 0,40 m / s
absorção máxima na faixa UV-B, uma pessoa
analisou os espectros de absorção da radiação UV d) 0,50 m / s
de cinco filtros solares: e) 0,60 m / s

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FÍSICA

5. O período da onda periódica a seguir é 2,5 s.

É correto afirmar que a velocidade de propagação


dessa onda é:
a) 1,8cm / s.
b) 2,2cm / s.
c) 2,6cm / s.
d) 3,2cm / s.

06. A tecnologia de telefonia celular 4G passou a ser


utilizada no Brasil em 2013, como parte da
iniciativa de melhoria geral dos serviços no Brasil,
em preparação para a Copa do Mundo de 2014.
Algumas operadoras inauguraram serviços com
ondas eletromagnéticas na frequência de 40 MHz.
Sendo a velocidade da luz no vácuo
c  3,0  108 m / s, o comprimento de onda
dessas ondas eletromagnéticas é:
a) 1,2 m.
b) 7,5 m.
c) 5,0 m.
d) 12,0 m.

07. Um bloco de massa igual 1,6 kg está pendurado


no teto por uma corda de comprimento 50 cm.
Sabendo que esse bloco provoca um pulso com
velocidade de 4 m/s, calcule a massa da corda,
em kg.

08. Um pulso com velocidade igual a 10 m/s se


propaga em um fio provocado por uma força de
50 N. Qual o comprimento do fio, em metros,
sabendo que sua massa é igual a
200 g.

09. Qual(ais) característica(s) da luz – comprimento


de onda, frequência e velocidade – muda(m) de
valor quando a luz passa do ar para o vidro?
a) Apenas a frequência.
b) Apenas a velocidade..
c) A frequência e o comprimento de onda.
d) A velocidade e o comprimento de onda.
e) A frequência e a velocidade.

10. O gráfico abaixo representa a posição y de uma


rolha que se move verticalmente em uma piscina,
onde é produzida uma onda transversal com
cristas sucessivas distantes 2,0 m umas das
outras. Qual a velocidade de propagação da onda?

Gabarito
1. B 2. D 3. B 4. D 5. D
6. B 7. 2 8. 0,4 m 9. D 10. B

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FÍSICA

24. GRAVITAÇÃO UNIVERSAL Nesta fórmula g é a aceleração da gravidade de um corpo


em queda livre. Combinando essa equação com a Lei da
Leis de Kepler gravitação universal temos:

As três leis de Kepler regem os movimentos dos


planetas de qualquer sistema solar. mg = G Mm  g = Gm
d² d²
1ª lei: Lei das órbitas
 Para pontos na superfície do planeta d = R (raio do
“As órbitas descritas pelos planetas em redor do Sol são elipses, com planeta), temos:
o Sol num dos focos”.

g = Gm

 A uma altura h da superfície da terra, podemos


2ª Lei: Lei das Áreas escrever:

g = Gm
“O raio vetor que liga um planeta ao Sol descreve áreas iguais em
tempos iguais”. (R+h)²

Velocidade de corpos em órbita


V
F = Fcp
F
GMm = mV²
d² d

3ª Lei: Lei dos períodos V= GM


√ d
“Os quadrados dos períodos de revolução de dois planetas
quaisquer estão entre si como os cubos de suas distâncias médias ao
Sol”. Note que:
A velocidade independe da massa m do satélite.
A velocidade depende da massa M do planeta e da
R³ = k . T² distância.

Calculando o Período de revolução


Newton e a Lei da gravitação Universal

Dois pontos materiais atraem-se com forças cujas


intensidades são diretamente proporcionais às suas massas
e inversamente proporcionais ao quadrado da distância
que os separa, matematicamente:

F = G Mm
d² EXERCÍCIOS

1. Qual o valor da aceleração da gravidade no ponto


Sendo M e m as massas de dois pontos materiais e d situado a uma altura igual ao raio da terra?
a distância que os separa e G uma constante universal cujo a) Igual ao da superfície da terra
valor é da por: b) Metade do valor da superfície da terra
c) Um quarto do valor da superfície da terra
G = 6,67 . 10-11 N.m²/Kg²
d) Um sexto do valor da superfície da terra.
e) Zero
Aceleração da Gravidade
2. Sabe-se que um dado planeta tem massa igual ao
De acordo com a segunda lei de Newton, podemos triplo da Terra, e o raio igual ao dobro do raio da
escrever a força de atração entre os corpos do seguinte Terra. Considerando que a aceleração da
modo: gravidade na superfície da Terra é 10m/s², qual o
peso de um corpo de massa m= 1,6 kg na
superfície de tal planeta hipotético?

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FÍSICA

a) 4N a) 36
b) 8N b) 80
c) 800
c) 10 N
d) 2000
d) 12 N
e) 16 N 8. Em um planeta distante da Terra, em outro
sistema planetário, cientistas, obviamente
3. Dois satélites artificiais A e B, em órbitas alienígenas, estudam a colocação de uma estação
circulares em torno da Terra, têm raios orbitais orbital entre o seu planeta e sua lua, conforme
satisfazendo a relação RA/RB = ¼. Qual é a razão pode ser visto na figura. Visando ajudá-los,
vA/vB entre as suas velocidades escalares orbitais? determine a que distância, em km, do centro do
planeta a estação (considerada uma partícula)
4. O astrônomo alemão Johannes Kepler apresentou deve ser colocada, de forma que a resultante das
três generalizações a respeito dos movimentos forças gravitacionais que atuam sobre a estação
planetários em torno do Sol, conhecidas como seja nula.
Leis de Kepler. Fundamentados nessas leis,
analise as proposições a seguir: Observações:
01) O quociente do cubo do raio médio da órbita pelo - Massa do planeta alienígena: 25.1020 kg.
quadrado do período de revolução é constante para - Massa da lua alienígena: 4.1018 kg.
qualquer planeta do sistema solar. - Distância do centro do planeta ao centro da lua:
312.10³ km.
02) Quadruplicando-se o raio da órbita, o período de
- Considere o instante em que o planeta, a lua e a
revolução de um planeta em torno do Sol octuplica. estação estão alinhados, conforme a figura.
03) Quanto mais próximo do sol gravitar um planeta,
maior será seu período de revolução. a) 2 . 102.
04) No sistema solar, o período de revolução dos planetas b) 3 . 105.
em torno do Sol cresce de mercúrio para Netuno. c) 4 . 105.
05) Quando a Terra está mais próxima do Sol, a estação d) 5 . 104.
predominante é o Verão.
DE OLHO NO ESPCEX
5. Um planeta gira, em órbita elíptica, em torno do
Sol. Considere as informações: 1. (22 – 2016) Um trem de 150 m de comprimento se
B
desloca com velocidade escalar constante de 16
m/s. Esse trem atravessa um túnel e leva 50 s
A C desde a entrada até a saída completa de dentro
Sol dele. O comprimento do túnel é de:
a) 500 m
b) 650 m
c) 800 m
I - Na posição A, a quantidade de movimento linear do d) 950 m
planeta tem módulo máximo. e) 1100 m
II – Na posição C, a energia potencial do sistema (sol +
planeta) é máxima. 2. (29 - 2015) Um móvel descreve um movimento
III - Na posição B, a energia total do sistema (Sol + retilíneo uniformemente acelerado. Ele parte da
planeta) tem um valor intermediário, situado situados posição inicial igual a 40 m com uma velocidade
entre os correspondentes valores em A e C. de 30 m/s, no sentido contrário à orientação
positiva da trajetória, e a sua aceleração é de 10
6. Dois corpos de massas m1 e m2 estão separados m/s2 no sentido positivo da trajetória. A posição
por uma distância d e interagem entre si com uma do móvel no instante 4s é
força gravitacional F. Se duplicarmos o valor de a) 0 m
m1 e reduzirmos a distância entre os corpos pela b) 40 m
metade, a nova força de interação gravitacional c) 80 m
entre eles, em função de F, será d) 100 m
a) F/8 e) 240 m
b) F/4
c) 4F 3. (31 2018) O gráfico abaixo está associado ao
d) 8F movimento de uma motocicleta e de um carro
que se deslocam ao longo de uma estrada
7. Em Júpiter a aceleração da gravidade vale retilínea. Em t=0 h ambos se encontram no
aproximadamente 25 m/s2 (2,5 x maior do que a quilômetro 0 (zero) dessa estrada.
aceleração da gravidade da Terra). Se uma pessoa
possui na Terra um peso de 800 N, quantos
newtons esta mesma pessoa pesaria em Júpiter?
(Considere a gravidade na Terra g = 10 m/s2).
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FÍSICA

6. (23 - 2019) Duas polias, A e B, ligadas por uma


correia inextensível têm raios RA = 60 cm e RB =
20 cm, conforme o desenho abaixo. Admitindo
que não haja escorregamento da correia e
sabendo que a frequência da polia A é fA = 30
rpm, então a frequência da polia B é

a) 10 rpm.
b) 20 rpm.
c) 80 rpm.
d) 90 rpm.
e) 120 rpm.

7. (29 – 2019) No plano inclinado abaixo, um bloco


homogêneo encontra-se sob a ação de uma força
Com relação a esse gráfico, são feitas as seguintes
de intensidade F=4 N, constante e paralela ao
afirmações:
plano. O bloco percorre a distância AB, que é
I. A motocicleta percorre a estrada em movimento
igual a 1,6 m, ao longo do plano com velocidade
uniformemente retardado.
constante. Desprezando-se o atrito, então a massa
II. Entre os instantes 0 h e 2 h, o carro e a motocicleta
do bloco e o trabalho realizado pela força peso
percorreram, respectivamente, uma distância de 60 km
quando o bloco se desloca do ponto A para o
e 120 km.
ponto B são, respectivamente, Dados: adote a
III. A velocidade do carro aumenta 30 km/h a cada hora.
aceleração da gravidade g = 10 m/s2.
IV. O carro e a motocicleta voltam a estar na mesma
posição no instante t=2 h.

Das afirmações acima está(ão) correta(s) apenas


a(s)
a) IV.
b) II, III e IV.
c) I, III e IV.
d) II e III.
e) I e III

4. (31 2019) Considere um objeto que se desloca em


movimento retilíneo uniforme durante 10 s. O
desenho abaixo representa o gráfico do espaço
em função do tempo. O espaço do objeto no
instante t = 10 s, em metros, é 8. (24 – 2019) O sistema de polias, sendo uma fixa e
a) 25 m. três móveis, encontra-se em equilíbrio estático,
b) 30 m. conforme mostra o desenho. A constante elástica
c) 33 m. da mola, ideal, de peso desprezível, é igual a 50
d) 36 m. N/cm e a força F na extremidade da corda é de
e) 40 m. intensidade igual a 100 N. Os fios e as polias,
iguais, são ideais. O valor do peso do corpo X e a
deformação
sofrida pela mola
são,
respectivamente,

a) 800 N e 16 cm.
5. (32 - 2015) Um projétil é lançado obliquamente, a b) 400 N e 8 cm.
partir de um solo plano e horizontal, com uma c) 600 N e 7 cm.
velocidade que forma com a horizontal um ângulo d) 800 N e 8 cm.
α e atinge a altura máxima de 8,45 m. Sabendo e) 950 N e 10 cm.
que, no ponto mais alto da trajetória, a velocidade
escalar do projétil é 9,0 m/s, pode-se afirmar que
o alcance horizontal do lançamento é:
a) 11,7 m 9. (29 – 2019) Um motor tem uma potência total
b) 17,5 m igual a 1500 W e eleva de 15 m um volume de 9·104
c) 19,4 m L de água de um poço artesiano durante 5 horas
d) 23,4 m de funcionamento. O rendimento do motor, nessa
e) 30,4 m operação, é de Dados: considere a aceleração da
gravidade igual a 10 m/s2 e a densidade da água
igual a 1 Kg/L.

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FÍSICA

a) 30%
b) 50%
c) 60%
d) 70%
e) 80%

10. (22 – 2017) Um bloco A de massa 100 kg sobe, em


movimento retilíneo uniforme, um plano
inclinado que forma um ângulo de 37° com a
superfície horizontal. O bloco é puxado por um
sistema de roldanas móveis e cordas, todas ideais, a) 500 N
e coplanares. O sistema mantém as cordas b) 600 N
paralelas ao plano inclinado enquanto é aplicada c) 700 N
a força de intensidade F na extremidade livre da d) 800 N
corda, conforme o desenho abaixo. Todas as e) 900 N
cordas possuem uma de suas extremidades
fixadas em um poste que permanece imóvel 12. (29 – 2017) Um painel coletor de energia solar é
quando as cordas são tracionadas. Sabendo que o utilizado para aquecer a água de uma residência e
coeficiente de atrito dinâmico entre o bloco A e o todo o sistema tem um rendimento de 60%. Para
plano inclinado é de 0,50, intensidade da força F é aumentar a temperatura em 12,0 ºC de uma massa
de água de 1000 kg, a energia solar total coletada
Dados: sen 37o= 0,60 e cos 37o= 0,80 22 no painel deve ser de Dado: considere o calor
específico da água igual a 4,0 .
a) 2,8 · 104 J
b) 4,8 · 104 J
c) 8,0 · 104 J
d) 4,8 · 107 J
e) 8,0 · 107 J

13. (29-2016) Um prédio em construção, de 20 m de


altura, possui, na parte externa da obra, um
elevador de carga com massa total de 6 ton,
suspenso por um cabo inextensível e de massa
desprezível. O elevador se desloca, com
velocidade constante, do piso térreo até a altura
a) 125 N de 20 m, em um intervalo de tempo igual a 10 s.
b) 200 N Desprezando as forças dissipativas e
c) 225 N considerando a intensidade da aceleração da
d) 300 N gravidade igual a 10 m/s2, podemos afirmar que a
e) 400 N potência média útil desenvolvida por esse
elevador é:
11. (31 – 2017) Um operário, na margem A de um a) 120 kW
riacho, quer enviar um equipamento de peso 500 b) 180 kW
N para outro operário na margem B. Para isso ele c) 200 kW
utiliza uma corda ideal de comprimento L=3m, d) 360 kW
em que uma das extremidades está amarrada ao e) 600 Kw
equipamento e a outra a um pórtico rígido. Na
margem A, a corda forma um ângulo θ com a 14. (31 – 2016) Uma esfera, sólida, homogênea e de
perpendicular ao ponto de fixação no pórtico. O massa 0,8 kg é abandonada de um ponto a 4 m de
equipamento é abandonado do repouso a uma altura do solo em uma rampa curva. Uma mola
altura de 1,20 m em relação ao ponto mais baixo ideal de constante elástica k=400 N/m é colocada
da sua trajetória. Em seguida, ele entra em no fim dessa rampa, conforme desenho abaixo. A
movimento e descreve um arco de circunferência, esfera colide com a mola e provoca uma
conforme o desenho abaixo e chega à margem B. compressão. Desprezando as forças dissipativas,
Desprezando todas as forças de atrito e considerando a intensidade da aceleração da
considerando o equipamento uma partícula, o gravidade g = 10 m/s2 e que a esfera apenas
módulo da força de tração na corda no ponto mais desliza e não rola, a máxima deformação sofrida
baixo da trajetória é Dado: considere a aceleração pela mola é de:
da gravidade g=10 m/s2

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FÍSICA

movimento do cubo são respectivamente:


a) 36 N·s e 36 kg·m/s
b) 24 N·s e 36 kg·m/s
c) 24 N·s e 24 kg·m/s
d) 12 N·s e 36 kg·m/s
e) 12 N·s e 12 kg·m/s

17. (25 – 2018) Dois fios inextensíveis, paralelos,


idênticos e de massas desprezíveis suspendem
um bloco regular de massa 10 kg formando um
a) 8 cm pêndulo vertical balístico, inicialmente em
b) 16 cm repouso. Um projetil de massa igual a 100 g, com
c) 20 cm velocidade horizontal, penetra e se aloja no bloco
d) 32 cm e, devido ao choque, o conjunto se eleva a uma
e) 40 cm altura de 80 cm, conforme figura abaixo.
Considere que os fios permaneçam sempre
15. (27 – 2015) Um corpo de massa 300 kg é paralelos. A velocidade do projetil imediatamente
abandonado, a partir do repouso, sobre uma antes de entrar no bloco é Dados: despreze a
rampa no ponto A, que está a 40 m de altura, e resistência do ar e considere a aceleração da
desliza sobre a rampa até o ponto B, sem atrito. gravidade igual a 10 m/s2.
Ao terminar a rampa AB, ele continua o seu
movimento e percorre 40 m de um trecho plano e
horizontal BC com coeficiente de atrito dinâmico
de 0,25 e, em seguida, percorre uma pista de
formato circular de raio R, sem atrito, conforme o
desenho abaixo. O maior raio R que a pista pode
ter, para que o corpo faça todo trajeto, sem perder
o contato com ela é de Dado: intensidade da
aceleração da gravidade g=10 m/s2.

a) 224 m/s.
b) 320 m/s.
c) 370 m/s.
d) 380 m/s.
e) 404 m/s.

18. (25 – 2019) Uma viga rígida homogênea Z com


100 cm de comprimento e 10 N de peso está
apoiada no suporte A, em equilíbrio estático. Os
blocos X e Y são homogêneos, sendo que o peso
do bloco Y é de 20 N, conforme o desenho abaixo.
O peso do bloco X é
a) 10,0 N.
b) 16,5 N.
c) 18,0 N.
d) 14,5 N.
e) 24,5 N.

19. (24 – 2018) O ponto C de uma haste homogênea


a) 8m AB, de seção reta uniforme com massa
b) 10 m desprezível, está preso, através de uma mola ideal,
c) 12 m ao ponto D de uma parede vertical. A
d) 16 m extremidade A da haste está articulada em O.
e) 20 m

16. (26 – 2016) Um cubo de massa 4 kg está


inicialmente em repouso sobre um plano
horizontal sem atrito. Durante 3 s, aplica-se sobre
o cubo uma força constante F, horizontal e
perpendicular no centro de uma de suas faces,
fazendo com que ele sofra um deslocamento
retilíneo de 9 m, nesse intervalo de tempo,
conforme representado no desenho abaixo. No
final do intervalo de tempo de 3 s, os módulos do
impulso da força F e da quantidade de
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.
FÍSICA

A haste sustenta pesos de 20 N, 40 N e 60 N e 23. (28 – 2016) Durante um experimento, um gás


está em equilíbrio estático, na horizontal, perfeito é comprimido, adiabaticamente, sendo
conforme representado no desenho abaixo. realizado sobre ele um trabalho de 800 J. Em
Sabendo que a deformação na mola é de 10 cm, relação ao gás, ao final do processo, podemos
então o valor da constante elástica da mola é afirmar que:
a) 1900 N/m. a) o volume aumentou, a temperatura aumentou e a
b) 2400 N/m. pressão aumentou.
c) 3800 N/m. b) o volume diminuiu, a temperatura diminuiu e a pressão
d) 4300 N/m. aumentou.
e) 7600 N/m.
c) o volume diminuiu, a temperatura aumentou e a
20. (32 – 2019) Um corpo homogêneo de massa 2 kg pressão diminuiu.
desliza sobre uma superfície horizontal, sem d) o volume diminuiu, a temperatura aumentou e a
atrito, com velocidade constante de 8 m/s no pressão aumentou.
sentido indicado no desenho, caracterizando a e) o volume aumentou, a temperatura aumentou e a
situação 1. A partir do ponto A, inicia a subida da pressão diminuiu.
rampa, onde existe atrito. O corpo sobe até parar
na situação 2, e, nesse instante, a diferença entre
as alturas dos centros de gravidade (CG) nas 24. (28 – A – 2018) Duas esferas homogêneas A e B,
situações 1 e 2 é 2,0 m. A energia mecânica unidas por um fio ideal na posição vertical,
dissipada pelo atrito durante a subida do corpo na encontram-se em equilíbrio estático
rampa, da situação 1 até a situação 2, é Dado: completamente imersas em um líquido
adote a aceleração da gravidade g=10 m/s2 homogêneo em repouso de densidade 1 kg/dm3,
contido em um recipiente apoiado na superfície
da Terra, conforme desenho abaixo. As esferas A
e B possuem, respectivamente, as massas mA=1
kg e mB=5 kg. Sabendo que a densidade da esfera
B é de 2,5 kg/dm3, o volume da esfera A é de
Dado: considere a aceleração da gravidade igual a
10 m/s2.
a) 2 dm3.
b) 3 dm3.
c) 4 dm3.
d) 5 dm3.
a) 10 J. e) 6 dm3.
b) 12 J.
c) 24 J.
d) 36 J.
e) 40 J

21. (26 – 2019) Um gás ideal é comprimido por um


agente externo, ao mesmo tempo em que recebe
calor de 300 J de uma fonte térmica. Sabendo-se 25. (21 – 2018) Considere uma máquina térmica X
que o trabalho do agente externo é de 600 J, então que executa um ciclo termodinâmico com a
a variação de energia interna do gás é realização de trabalho. O rendimento dessa
a) 900 J. máquina é de 40% do rendimento de uma
b) 600 J. máquina Y que funciona segundo o ciclo de
c) 400 J. Carnot, operando entre duas fontes de calor com
d) 500 J. temperaturas de 27 °C e 327 °C. Durante um ciclo,
e) 300 J. o calor rejeitado pela máquina X para a fonte fria
é de 500 J, então o trabalho realizado neste ciclo é
22. (27 – 2019) Um bloco de massa igual a 1,5 kg é de
lançado sobre uma superfície horizontal plana a) 100 J.
com atrito com uma velocidade inicial de 6 m/s b) 125 J.
em t1 = 0 s. Ele percorre uma certa distância, c) 200 J.
numa trajetória retilínea, até parar completamente d) 500 J.
em t2=5 s, conforme o gráfico abaixo. O valor e) 625 J.
absoluto do trabalho realizado pela força de atrito
sobre o bloco é 26. (28 – 2019) No triângulo retângulo isóceles XYZ,
a) 4,5 J conforme desenho abaixo, em que XZ = YZ = 3,0
b) 9,0 J cm, foram colocadas uma carga elétrica
c) 15 J puntiforme Qx = +6 nC no vértice X e uma carga
d) 27 J elétrica puntiforme Qy = +8 nC no vértice Y. A
e) 30 J intensidade do campo elétrico resultante em Z,
devido às cargas já citadas é Dados: o meio é o
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FÍSICA

vácuo e a constante eletrostática do vácuo é ko = 9 30. (23 – A – 2019) No circuito desenhado abaixo,
· 109 N · m2/C2. temos três pilhas ideais ligadas em paralelo que
fornecem uma ddp igual a 25 V cada uma. Elas
alimentam três resistores ôhmicos: R1=10 Ω,
R2=R3=20 Ω. O amperímetro, o voltímetro e os
fios condutores inseridos no circuito são todos
ideais. As leituras indicadas no amperímetro (A) e
no voltímetro (V) são, respectivamente,

a) 2·105 N/C.
b) 6·103 N/C.
c) 8·104 N/C.
d) 104 N/C.
e) 105 N/C.
a) 5,00 A e 25,00 V.
27. (21 – A – 2019) O circuito de um certo dispositivo b) 0,50 A e 20,00 V.
elétrico é formado por duas pilhas ideais, c) 2,50 A e 16,66 V.
possuindo cada uma tensão “V”, quatro lâmpadas d) 1,25 A e 12,50 V
incandescentes, que possuem resistências e) 3,75 A e 37,50 V.
elétricas constantes e de mesmo valor, L1, L2, L3
e L4 , e fios condutores de resistências 31. (22 – 2019) Duas espiras circulares, concêntricas e
desprezíveis, conforme o desenho abaixo. coplanares de raios R1 = 2π m e R2 = 4π m são
Considerando que as lâmpadas não se queimam, percorridas, respectivamente, por correntes de
pode-se afirmar que intensidades i1 = 6 A e i2 = 8 A, conforme mostra o
a) a lâmpada L1 brilha mais que a L2. desenho. A intensidade (módulo) do vetor
b) todas as lâmpadas têm o mesmo brilho. indução magnética no centro das espiras “O” é
c) as lâmpadas L1, L2 e L3 têm o mesmo brilho. Dado: o meio é o vácuo e a permeabilidade
d) a lâmpada L3 brilha mais que L2. magnética do vácuo µo = 4π·10-7 T · m/A.
e) nenhuma das lâmpadas tem brilho igual. a) 2 · 10-7 T.
b) 3 · 10-7 T.
28. (26 – 2018) Considere uma esfera metálica de c) 6 · 10-7 T.
massa igual a 10-6 kg e carga positiva de 10-3 C. d) 8 · 10-7 T.
Ela é lançada verticalmente para cima com e) 9 · 10-7 T.
velocidade inicial vo=50 m/s, em uma região
onde há um campo elétrico uniforme apontado 32. (21 – 2017) O desenho abaixo representa um
verticalmente para baixo, de módulo E=10-2 circuito elétrico composto por gerador, receptor,
N/C. A máxima altura que a esfera alcança, em condutores, um voltímetro (V), todos ideais, e
relação ao ponto de onde foi lançada, é de Dado: resistores ôhmicos. O valor da diferença de
considere a aceleração da gravidade igual a 10 potencial (ddp), entre os pontos F e G do circuito,
m/s2. medida pelo voltímetro, é igual a
a) 32,5 m. a) 1,0 V
b) 40,5 m. b) 3,0 V
c) 62,5 m. c) 4,0 V
d) 70,0 m. d) 5,0 V
e) 82,7 m. e) 8,0 V

29. (28 – 2017) Uma carga elétrica puntiforme, no


interior de um campo magnético uniforme e
constante, dependendo de suas condições
cinemáticas, pode ficar sujeita à ação de uma 33. (30 – 2017) Uma partícula com carga elétrica
força magnética. Sobre essa força pode-se afirmar negativa igual a -10-8 C encontra-se fixa num
que ponto do espaço. Uma segunda partícula de
a) tem a mesma direção do campo magnético, se a carga massa igual a 0,1 g e carga elétrica positiva igual a
elétrica tiver velocidade perpendicular a ele. +10-8 C descreve um movimento circular
b) é nula se a carga elétrica estiver em repouso. uniforme de raio 10 cm em torno da primeira
c) tem máxima intensidade se o campo magnético e a partícula. Considerando que elas estejam isoladas
velocidade da carga elétrica forem paralelos. no vácuo e desprezando todas as interações
d) é nula se o campo magnético e a velocidade da carga gravitacionais, o módulo da velocidade linear da
elétrica forem perpendiculares. partícula positiva em torno da partícula negativa é
e) tem a mesma direção da velocidade da carga elétrica. igual a Dado: considere a constante eletrostática
do vácuo igual a 9·109. N·m2/C2.
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FÍSICA

a) 0,3 m/s II. As ondas eletromagnéticas propagam-se somente no


b) 0,6 m/s vácuo.
c) 0,8 m/s III. As micro-ondas são ondas que se propagam somente
d) 1,0 m/s em meios materiais. Das afirmações acima está(ão)
e) 1,5 m/s correta(s) apenas a(s)

34. (22 – 2019) Dois fios longos e retilíneos 1 e 2, fixos a) I.


e paralelos entre si, estão dispostos no vácuo, em b) II.
uma direção perpendicular a um plano α. O plano c) I e III.
α contém o ponto C conforme representado no d) I e II.
desenho abaixo. Os fios são percorridos por e) II e III.
correntes elétricas constantes, de mesmo sentido,
saindo do plano α para o observador. O fio 1 é 37. (32 – 2019) Com relação a um ponto material que
percorrido por uma corrente elétrica de efetua um movimento harmônico simples linear,
intensidade i1=6 A e o fio 2 por uma corrente de podemos afirmar que
intensidade i2= 8 A. O módulo do vetor indução a) ele oscila periodicamente em torno de duas posições
magnética resultante no ponto C devido às de equilíbrio.
correntes i1 e i2 é Dado: considere a b) a sua energia mecânica varia ao longo do movimento.
permeabilidade magnética do vácuo igual a c) o seu período é diretamente proporcional à sua
4·π·10-7 T·m/A. frequência.
d) a sua energia mecânica é inversamente proporcional à
amplitude.
e) o período independe da amplitude de seu movimento.

38. (27 – 2018) Uma jovem, para fazer sua


maquiagem, comprou um espelho esférico de
Gauss. Ela observou que, quando o seu rosto está
a 30 cm do espelho, a sua imagem é direita e três
vezes maior do que o tamanho do rosto. O tipo de
espelho comprado pela jovem e o seu raio de
curvatura são, respectivamente,
a) côncavo e maior do que 60 cm.
b) convexo e maior do que 60 cm.
c) côncavo e igual a 30 cm.
d) côncavo e menor do que 30 cm.
e) convexo e menor do que 30 cm.

39. (27 – 2019) Um objeto retilíneo e frontal XY,


perpendicular ao eixo principal, encontra-se
diante de uma lente delgada convergente. Os
focos F e F’, os pontos antiprincipais A e A’ e o
35. (30 – 2019) Um ponto material realiza um centro óptico “O” estão representados no
movimento harmônico simples (MHS) sobre um desenho abaixo. Com o objeto XY sobre o ponto
eixo 0x, sendo a função horária dada por: antiprincipal A, pode-se afirmar que a imagem
X’Y’, desse objeto é:
para x em metros e
t em segundos.
A pulsação, a fase inicial e o período do
movimento são, respectivamente,

a) real, invertida, e do mesmo tamanho que XY.


b) real, invertida, maior que XY.
c) real, direita, maior que XY.
d) virtual, direita, menor que XY.
e) virtual, invertida, e do mesmo tamanho que XY.
36. (30 – 2018) Com relação às ondas, são feitas as 40. (26 – A – 2019) Um estudante foi ao
seguintes afirmações: oftalmologista, reclamando que, de perto, não
I. As ondas mecânicas propagam-se somente em meios enxergava bem. Depois de realizar o exame, o
materiais.
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FÍSICA

médico explicou que tal fato acontecia porque o d) 12,0·10-6 J


ponto próximo da vista do rapaz estava a uma e) 18,0·10-6 J
distância superior a 25 cm e que ele, para corrigir
o problema, deveria usar óculos com “lentes de 44. (25 – 2016) O desenho abaixo representa um
2,0 graus“, isto é, lentes possuindo vergência de circuito elétrico composto por resistores ôhmicos,
2,0 dioptrias. Do exposto acima, pode-se concluir um gerador ideal e um receptor ideal. A potência
que o estudante deve usar lentes elétrica dissipada no resistor de 4 Ω do circuito é:
a) divergentes com 40 cm de distância focal. a) 0,16 W
b) divergentes com 50 cm de distância focal. b) 0,20 W
c) divergentes com 25 cm de distância focal. c) 0,40 W
d) convergentes com 50 cm de distância focal. d) 0,72 W
e) convergentes com 25 cm de distância focal. e) 0,80 W

41. (23 - A - 2017) O espelho retrovisor de um carro e


o espelho em portas de elevador são, geralmente,
espelhos esféricos convexos. Para um objeto real,
um espelho convexo gaussiano forma uma
imagem
a) real e menor.
b) virtual e menor. 45. (27 - 2016) Dois fios condutores retilíneos, muito
c) real e maior. longos e paralelos entre si, são percorridos por
d) virtual e invertida. correntes elétricas de intensidade distintas, i1 e i2 ,
e) real e direita. de sentidos opostos. Uma espira circular
condutora de raio R é colocada entre os dois fios e
42. (32 - 2016) Uma partícula de carga q e massa 10- é percorrida por uma corrente elétrica i. A espira e
6kg foi colocada num ponto próximo à superfície os fios estão no mesmo plano. O centro da espira
da Terra onde existe um campo elétrico uniforme, dista de 3 R de cada fio, conforme o desenho
vertical e ascendente de intensidade E=105 N/C. abaixo. Para que o vetor campo magnético
Sabendo que a partícula está em equilíbrio, resultante, no centro da espira, seja nulo, a
considerando a intensidade da aceleração da intensidade da corrente elétrica i e seu sentido,
gravidade g=10 m/s2, o valor da carga q e o seu tomando como referência o desenho, são
sinal são respectivamente: respectivamente:

a) 10-3 µC, negativa


b) 10-5 µC, positiva
c) 10-5 µC, negativa
d) 10-4 µC, positiva
e) 10-4 µC, negativa

43. (26 – 2017) Um capacitor de capacitância igual a 2


µF está completamente carregado e possui uma 46. A figura abaixo representa um fio condutor
diferença de potencial entre suas armaduras de 3 homogêneo rígido, de comprimento L e massa M,
V.Em seguida, este capacitor é ligado a um que está em um local onde a aceleração da
resistor ôhmico por meio de fios condutores gravidade tem intensidade g. O fio é sustentado
ideais, conforme representado no circuito abaixo, por duas molas ideais, iguais, isolantes e, cada
sendo completamente descarregado através do uma, de constante elástica k. O fio condutor está
resistor. Nesta situação, a energia elétrica total imerso em um campo magnético uniforme de
transformada em calor pelo resistor é de intensidade B, perpendicular ao plano da página e
saindo dela, que age sobre o condutor mas não
sobre as molas. Uma corrente elétrica i passa pelo
condutor e, após o equilíbrio do sistema, cada
mola apresentará uma deformação de:

a) 1,5·10-6 J
b) 6,0·10-6 J
c) 9,0·10-6 J
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Dados: calor específico da água = 4 kJ/kg°C


calor latente de vaporização da água = 2230 kJ/kg
densidade da água = 1kg/L
a) 4080 s
b) 2040 s
c) 3200 s
d) 2296 s
e) 1500 s

49. (25 – 2015) Um satélite esférico, homogêneo e de


massa m, gira com velocidade angular constante
em torno de um planeta esférico, homogêneo e de
massa M, em uma órbita circular de raio R e
período T, conforme figura abaixo. Considerando
G a constante de gravitação universal, a massa do
planeta em função de R, T e G é:

47. (24 – 2015) No circuito elétrico desenhado abaixo,


todos os resistores ôhmicos são iguais e têm
resistência R=1,0 Ω. Ele é alimentado por uma
fonte ideal de tensão contínua de E=5,0 V. A
diferença de potencial entre os pontos A e B é de:

a) 1,0 V
b) 2,0 V
c) 2,5 V
d) 3,0 V
e) 3,3 V

48. (30 – 2015) Num recipiente contendo 4,0 litros de


água, a uma temperatura inicial de 20°C, existe
um resistor ôhmico, imerso na água, de
resistência elétrica R=1Ω, alimentado por um
gerador ideal de força eletromotriz E= 50 V,
conforme o desenho abaixo. O sistema encontra-
se ao nível do mar. A transferência de calor para a
água ocorre de forma homogênea. Considerando
as perdas de calor desprezíveis para o meio, para
o recipiente e para o restante do circuito elétrico,
o tempo necessário para vaporizar 2,0 litros de
água é

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