Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
E-ISSN: 2177-5184
admin@revistabrasileiramarketing.org
Universidade Nove de Julho
Brasil
RESUMO
Esta pesquisa tem como objetivo identificar as tendências e rumos do marketing ambiental no Brasil, a partir de
um levantamento da produção científica nacional, período dos últimos dez anos (2006-2015), a fim de verificar
possíveis mudanças evolutivas na orientação e aplicação do marketing. Como metodologia, a pesquisa adotou um
caráter exploratório, com abordagem qualitativa e a pesquisa bibliográfica como instrumento de coleta. Nas
revistas científicas de Administração do Brasil (Qualis A1 a B3) foram buscados todos os artigos com o assunto
“marketing”. Os resultados indicaram que as publicações de marketing ambiental correspondem a 6,88% do total
de artigos nos últimos dez anos. Desta forma, com base nas pesquisas brasileiras, constata-se que o marketing
ambiental é uma fonte de vantagem competitiva, porém ainda não faz parte da cultura organizacional. Portanto,
apresenta-se uma agenda de pesquisa no sentindo de contribuir para o avanço da prática do marketing ambiental
nas empresas.
ABSTRACT
This research aims to identify the trends and directions of environmental marketing in Brazil, from a survey of
national scientific production, the last ten years period (2006-2015) in order to identify possible evolutionary
changes in the orientation and implementation of marketing. As methodology, the research adopted an exploratory
character with a qualitative approach and the literature as collection instrument. In scientific journals of Directors
of Brazil (Qualis A1 to B3) were searched all items with the subject matter "marketing". The results showed that
the green marketing publications correspond to 6.88% of articles over the last ten years. With existing publications
may be noted that many companies make use of green marketing only as another business strategy to gain market
share or practice environmental management only when necessary as in the case of regulatory laws. Thus, based
on Brazilian studies, it appears that environmental marketing is a source of competitive advantage, but is not yet
part of the organizational culture. Therefoen, it presents a research agenda with some propositions in the feeling
of contributing to the advancement of environmental marketing practice in companies.
1
Bacharel em Administração pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS. Brasil. E-mail:
weslei.maique@gmail.com
2
Doutor em Administração pela Universidade Nove de Julho - UNINOVE. Professor da Universidade Federal de
Mato Grosso Sul Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS. Brasil. E-mail: wesley.freitas@ufms.br
__________________________________________________________________________________
Brazilian Journal of Marketing - BJM
LOPES/ FREITAS 355 Revista Brasileira de Marketing – ReMark
Vol. 15, N. 3. Julho/Setembro. 2016
Marketing Ambiental: Análise da Produção Científica Brasileira
__________________________________________________________________________
LOPES/ FREITAS
357 Brazilian Journal of Marketing - BJM
Revista Brasileira de Marketing – ReMark
Vol. 15, N. 3. Julho/Setembro. 2016
Marketing Ambiental: Análise da Produção Científica Brasileira
_______________________________________________________________________________
2014) e/ou gestão ambiental (JABBOUR; SANTOS; comunicação e demais áreas, por fim o nível de
BARBIERI, 2008; GALLON et al., 2008). sociologia e antropologia foca encontrados um
Vieira (2003) realizou um balanço da número limitado de artigos. Não foram relacionados
publicação científica brasileira na área de marketing pelos autores a influência do marketing na gestão
com o objetivo de analisar a influência da produção ambiental.
na própria academia. O levantamento foi realizado Gallon et al. (2008) estabeleceram como
com a publicações da década de 1990, os quais foram objetivo traçar um panorama da produção científica
analisados 272 artigos relacionados ao marketing. em Administração sobre a temática ambiental. Foi
Como resultado obtiveram um total de 5.883 adotada uma pesquisa exploratória-descritiva por
citações bibliográficas analisadas e ficou constatado meio de um estudo bibliométrico. Foram
que a produção de marketing brasileira não tem pesquisadas as publicações do Encontro da ANPAD
servido como referência na sua própria área. Além – EnANPAD e das revistas Organizações &
destes resultados, ressalta-se que não foram Sociedade -O&S, Revista de Administração
encontradas publicações relacionadas à integração Contemporânea - RAC, Revista de Administração de
do marketing com a gestão ambiental, os temas em Empresas - RAE, Revista de Administração de
sua maioria foram voltados a comportamento do Empresas Eletrônica - RAE Elet., Revista de
consumidor, marketing de serviços, estratégias de Administração Pública - RAP, Revista de
mercado, comunicação, sistema de informação e Administração da USP - RAUSP, Revista
pesquisa em marketing. Contabilidade & Finanças - RCF e Revista
Jabbour, Santos e Barbieri (2008) Eletrônica de Administração - REAd), durante um
realizaram outro balanço da produção científica afim triênio (2004-2006). Foram analisados 165 artigos,
de verificar quais as principais características da dentre eles, 126 do EnANPAD e 39 dos demais
produção acadêmica brasileira sobre gestão periódicos de administração. Os principais temas
ambiental empresarial registrada em periódicos da abordados nos artigos foram: gestão dos recursos
área de administração entre 1996 e 2005. A busca ambientais, responsabilidade ambiental, modelos de
por publicações foi realizada nos seis principais gestão ambiental, sustentabilidade ambiental e
periódicos de Administração no intervalo de tempo contabilidade/evidenciação ambiental. Grande parte
de 10 anos: Revista Eletrônica de Administração dos artigos tinham trabalhos práticos com estudos
(REAd), Revista de Administração Contemporânea divididos entre estudos de caso e pesquisas survey, a
– Eletrônica (RAEE), Revista de Administração parte restante dos artigos trataram de fontes
Pública (RAC), Revista de Administração de secundárias. Não foram relatadas qualquer pesquisa
Empresas (RAE) e Revista de Administração integrando o marketing com a temática ambiental.
(RAUSP). O marketing ambiental é uma área de
A amostra totalizou 1.785 pesquisas na área pesquisa relativamente nova e relevante em relação
de Administração, mas apenas 41 artigos a gestão empresarial ambiental (KUMAR, 2016).
apresentaram como tema gestão ambiental
empresarial. Constataram que a produção acadêmica
em gestão ambiental empresarial corresponde à 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
somente 2,30% do total e que as pesquisas se
restringem a um pequeno grupo de pesquisadores e Esta pesquisa apresenta um caráter
instituições, ou seja, apenas cinco instituições exploratório, tendo como objetivo compreender um
representam 60% de toda produção. Neste caso, fenômeno investigado, deste modo, geralmente é a
também não houve nenhuma evidência de pesquisas primeira etapa de uma pesquisa, podendo definir
de gestão ambiental relacionada ao marketing. como uma forma de apresentar o problema,
Rossi, Bortoli e Castilhos (2014) buscaram inicialmente é utilizada para se formular hipóteses
analisar a contribuição da disciplina de marketing para pesquisa futuras, portanto não existe a
para outras áreas de conhecimento por meio de um necessidade de elaboração de hipóteses que existam
estudo bibliométrico. Foi realizada uma análise de a necessidade de serem provadas, servindo para
citações nos principais periódicos de marketing e de estabelecer objetivos para buscar novas informações
outras áreas, no período de 2006 a 2011. Por fim, foi sobre determinado assunto, outra função é a
realizada uma análise de frequência e cruzamentos familiarização com determinado assunto podendo se
por ano, área de conhecimento, quantidade de obter uma nova percepção sobre o mesmo (CERVO;
citações e autores mais citados. Foram analisados BERVIAN; DA SILVA, 2007; ACEVEDO;
três níveis de influência, o primeiro na área de NOHARA, 2009).
negócios e comunicação, o segundo em economia e A abordagem dos dados da pesquisa
finanças e o terceiro em sociologia, antropologia e ocorreu de forma qualitativa em que o ambiente
psicologia. Como resultado verificaram maior natural é a fonte direta para coleta de dados e o
influência na área de negócios, seguido pela pesquisador é o instrumento chave (SILVA;
__________________________________________________________________________________
LOPES/ FREITAS
358 Brazilian Journal of Marketing - BJM
Revista Brasileira de Marketing – ReMark
Vol. 15, N. 3. Julho/Setembro. 2016
Marketing Ambiental: Análise da Produção Científica Brasileira
_______________________________________________________________________________
MENEZES, 2005). Na abordagem qualitativa Gil (2002) afirma que a maior vantagem da
observa-se que há uma relação dinâmica entre o pesquisa bibliográfica é porque permite ao
mundo real e o sujeito, isto é, uma conexão pesquisador uma cobertura de uma quantidade de
indissociável entre o mundo objetivo e a fenômenos muito mais ampla do que poderia se
subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido conseguir diretamente.
em expressões numéricas (ASSIS, 2008). Especificamente, para atender o objetivo
Como procedimento técnico de coleta de proposto da pesquisa, realizou-se uma busca nos
dados, realizou-se uma pesquisa bibliográfica, pois, principais periódicos de administração do Brasil
segundo Silva e Menezes (2005) esse procedimento (Qualis A1 a B3) (Quadro 1) nos mecanismos de
consiste em elaborar uma pesquisa a partir de filtragem por meio do assunto “marketing”, referente
material já publicado, constituído principalmente de ao período de Janeiro2006à Dezembro de 2015, após
livros, artigos de periódicos e atualmente com isso, foram selecionados os artigos que apresentaram
material disponibilizado na Internet. à referida palavra-chave para a análise de conteúdo.
__________________________________________________________________________________
LOPES/ FREITAS
359 Brazilian Journal of Marketing - BJM
Revista Brasileira de Marketing – ReMark
Vol. 15, N. 3. Julho/Setembro. 2016
Marketing Ambiental: Análise da Produção Científica Brasileira
_______________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
LOPES/ FREITAS
360 Brazilian Journal of Marketing - BJM
Revista Brasileira de Marketing – ReMark
Vol. 15, N. 3. Julho/Setembro. 2016
Marketing Ambiental: Análise da Produção Científica Brasileira
_______________________________________________________________________________
Total
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
Revista/Periódico
BAR 0 0 1 0 1 1 0 0 0 0 3
G&P 0 0 0 1 0 3 0 1 1 2 8
O&S 2 1 1 1 0 1 0 1 1 5 13
RAC 3 3 5 2 1 1 1 0 0 0 16
RAE-e 2 1 1 3 3 0 1 0 2 1 14
RAP 1 1 0 0 2 1 1 0 0 2 8
RAI 1 2 0 0 1 0 1 1 1 2 9
RAM 0 0 0 0 1 0 1 1 1 1 5
RAUSP 0 1 2 0 2 1 0 0 2 1 9
RBGN 2 2 1 3 2 2 0 1 0 3 16
RCA 0 1 3 1 0 0 1 3 1 3 13
RPBG 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2
REMark 0 0 0 8 8 4 10 14 16 25 85
Análise 0 1 2 0 0 0 3 0 0 6 12
Contextus 0 1 1 1 1 0 1 0 1 0 6
G&P 1 0 1 1 0 1 1 0 0 5 10
ROC 0 0 0 0 3 1 4 3 0 5 16
Pretexto 0 4 2 2 3 4 2 0 0 1 18
Rama 0 0 1 0 0 1 0 0 1 0 3
REGE 4 3 4 4 1 1 1 3 1 1 23
Alcance 0 0 0 0 0 0 2 3 0 1 6
Produção Online 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 2
RGO 0 0 0 0 1 2 0 0 0 0 3
RGSA 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 2
S&G 0 0 1 0 1 1 1 0 0 0 4
APGS 0 0 0 1 0 1 0 1 0 0 3
Connexio 0 0 0 0 0 0 0 1 2 2 5
GES 0 1 0 1 1 0 0 1 0 0 4
P&P 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1
RAD 0 0 0 0 0 0 3 0 1 1 5
RBADM 0 0 0 0 0 0 2 2 1 1 6
Cesumar 0 0 0 1 0 1 1 0 0 0 3
RMPE 0 0 0 0 0 0 0 0 2 1 3
RARA 0 0 0 0 0 1 0 0 1 4 6
Economia e Administração 1 0 1 1 2 1 1 0 2 0 9
REGET 0 0 0 0 0 0 0 0 3 4 7
RAUNP 0 0 0 0 0 0 2 2 1 0 5
Total 17 22 27 31 34 30 41 40 41 80 363
Fonte: Organizado pelos autores.
__________________________________________________________________________________
LOPES/ FREITAS
361 Brazilian Journal of Marketing - BJM
Revista Brasileira de Marketing – ReMark
Vol. 15, N. 3. Julho/Setembro. 2016
Marketing Ambiental: Análise da Produção Científica Brasileira
_______________________________________________________________________________
Como poder ser observado no gráfico 1, é marca da empresa, gerar expansão de mercado e, por
notável o crescimento de publicações na área de esse motivo vem se tornando alvo de pesquisas
marketing, assim, pode se constatar que houve um cientificas (VIEIRA; TIBOLA, 2005; FARACHE et
crescimento em relação ao tema nos últimos anos, al., 2008; PEREIRA; TOLEDO; TOLEDO, 2009;
visto que é uma ferramenta extremamente necessária LAGO da SILVA; LOURENZANI, 2011; VIEIRA;
para empresa gerenciar sua comunicação, melhorar MATOS, 2012).
suas ações para satisfazer seus clientes, cuidar na
80
41 40 41
34
31 30
27
22
17
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Citações
Título Autores Instituição Revista Ano
(scholar)
FEI /
O marketingecológico como vantagem Sérgio Luís Stirbolov Universidade
REGE 2007 14
competitiva Motta e Braulio Oliveira Presbiteriana
Mackenzie
Universidade
Competitividade baseada no Sérgio Luís Stirbolov
Presbiteriana RCA 2008 10
marketingecológico Motta
Mackenzie
__________________________________________________________________________________
LOPES/ FREITAS
88 Brazilian Journal of Marketing - BJM
Revista Brasileira de Marketing – ReMark
Vol. 15, N. 3. Julho/Setembro. 2016
Marketing Ambiental: Análise da Produção Científica Brasileira
_______________________________________________________________________________
Bonin e Luciane
Kümpel
MarlomDalmoro, Jonas
Marketing verde: responsabilidade
Cardona Venturini e
social e ambiental integradas na UFSM RGBN 2009 15
Breno Augusto Diniz
envolvente de marketing
Pereira
ThelAugusti Monteiro,
Impactos da consciência ecológica Antonio Carlos Giuliani,
UNIMEP /
sobre atitudes do consumidor diante de NadiaKassoufPizzinatto REMark 2012 2
FGV / USP
produtos e marcas e Christiano França da
Cunha
__________________________________________________________________________________
LOPES/ FREITAS
363 Brazilian Journal of Marketing - BJM
Revista Brasileira de Marketing – ReMark
Vol. 15, N. 3. Julho/Setembro. 2016
Marketing Ambiental: Análise da Produção Científica Brasileira
_______________________________________________________________________________
Utilização de projetos de
biocombustível como fator de Guilherme RigonPedrini
UFMS Rama 2014 0
fortalecimento da imagem da marca e MorenisePuperi
Petrobras
Julianne Dias
Rodrigues, Vinicius
Comportamento de consumo verde: Farias Moreira,
uma análise dos consumidores de Abdinardo Moreira UFCG/UFPE RBADM 2014 0
Campina Grande Barreto de Oliveiar,
Edvan Cruz Aguiar e
Ohana Trajanao Barbosa
Thaise Goulart
Marketing ambiental nos postos de
Lederhos, Ana Júlia REGET/
combustíveis no município de São UNIPAMPA 2015 0
Senna Sarmento Barata USFM
Gabriel -RS
e Ricardo Ribeiro Alves
Alexandre Nascimento
de Almeida, Elivaldo
Segmentação do mercado consumidor
Ribeiro de Santana, REGET/
do Distrito Federal conforme seu UnB 2015 0
Andréa de Oliveira UFSM
comportamento ambiental
Gonçalves e Humberto
Angelo
A influência da comunicação de ações Antonio Benedito de
sustentáveis corporativas na intenção Oliveira Jr., Melby
FEI RGSA 2015 0
de compra e o efeito moderador do Karina Zuniga Huertas e
tipo de consumidor Mauro José de Oliveira
Marketing ambiental: o caso da Mário Gualberto de
associação comercial e empresarial Brito Jr. e André Luís de UNIFAMMA RARA 2015 0
Alfa Castro
LOPES/ FREITAS
364 Brazilian Journal of Marketing - BJM
Revista Brasileira de Marketing – ReMark
Vol. 15, N. 3. Julho/Setembro. 2016
Marketing Ambiental: Análise da Produção Científica Brasileira
_______________________________________________________________________________
que abordassem a consciência social e ambiental e não possua devida percepção estratégica necessária
da demanda de bens e serviços ecologicamente para seguir essa nova filosofia de gestão do
corretos, estes produzidos por empresas que buscam marketing, sendo necessário o aprimoramento de
a potencialização da justiça social e o equilíbrio dos conhecimentos específicos na área.
recursos naturais restantes no planeta. Por fim, Marin e Moretti (2011) analisaram as
conseguiram constatar a importância das reações dos consumidores ao marketing, baseado na
ferramentas de marketing ambiental trabalhando responsabilidade social empresarial (RSE), em que
lado-a-lado com as ferramentas da responsabilidade foi avaliado o grau de lealdade e a atitude do
socioambiental empresarial devido à consumidor com relação à essas iniciativas. A coleta
conscientização dos consumidores. de dados ocorreu junto a uma amostra de 8 mil
Motta (2008) estabeleceu como objetivo assinantes de revistas e consumidores de produtos de
apresentar a incorporação da responsabilidade supermercados na cidade de São Paulo. Os autores
ambiental às empresas como um diferencial capaz de observaram que a composição das ações de RSE
contribuir para a efetiva melhoria da qualidade de juntamente com os fatores ética e consciência são
vida dos cidadãos e constituir-se em vantagem mais importantes e apresentaram um forte efeito na
competitiva. O autorrealizou entrevistas focalizadas amostra, podendo se considerar que práticas
em grupo, em cada discussão estavam presentes estratégicas voltadas à dimensão socioambiental
somente sete pessoas afim de estimular a podem gerar melhores resultados junto aos clientes.
participação ativa de todos. Terres e Branchi (2013) traçaram como
Foi certificado que ninguém do grupo se objetivo evidenciar as motivações da adoção do
conhecia para que não houvesseinfluência sobre as marketingverde pelas organizações com a finalidade
respostas.Os grupos foram compostos somente por de analisar os segmentos de consumidores de
mulheres, visto que, de acordo com as pesquisas, são produtos ecologicamente corretos e, ainda identificar
mais ativas em relação às questões ambientais e quais estratégias mais adequadas para os diferentes
tomam a decisão de compra domiciliares, residiam segmentos de consumidores.Os autores constataram
na cidade de São Paulo, com idades entre 25 e 48 a necessidade das empresas praticarem práticas
anos, todas foram questionadas sobre questões sociais como educação ambiental e cidadania para se
ambientais e decisões de compra em seus cotidianos. caracterizar como práticas sustentáveis.Outro fator é
Foi constatado que essas mulheres não incluem o a confusão por parte do consumidor em identificar
meio ambiente como decisão de compra, em razão informações nos produtos sustentáveis, quais suas
da falta de informação. diferenças e vantagens em relação aos outros,
Com base nas evidências de Motta (2007), influenciando na intenção de compra e a compra de
Motta e Oliveira (2007) e Motta (2008) pode afirmar fato, para isso é necessária uma melhor apresentação
que a proposição 1 é confirmada, isto é, o marketing destas caraterísticas para que acrescentem maior
ambiental é uma fonte de vantagem competitiva para credibilidade sobre o produto.
as empresas que adotam como estratégia de negócio. Monteiro et al.(2012) tiveram como
Prado et al. (2011) investigaram a objetivo mensurar o grau de consciência ecológica
influência do marketing ambiental em jovens dos consumidores, aplicaram 150 questionários em
universitários do curso de administração de duas alunos do curso de Administração de uma instituição
Instituições de Ensino Superior de Minas Gerais, particular no interior de São Paulo. Conseguiram
verificando se reconhecem a importância da prática constatar que os consumidores tomam decisões de
e como futuros administradores pretendem compra baseados em estímulos, tanto as
incentivar as empresas sobre esta prática.A partir de interpretações das informações promovidas pela
uma pesquisa quantitativa analisada por meio do comunicação até a evidenciação do que realmente é
software estatístico SPSS, constatou-se que apesar ou não ecologicamente correto. Os consumidores
dos universitários conhecerem a importância do estão atentos as práticas ambientais, mas ainda não é
meio ambiente, em sua maioria não apresentam o possível afirmar que são consumidores com
valor ambiental no processo de compra, mas consciência ecológica em suas práticas de consumo,
declararam que pretendem implementar esse hábito pois ainda não se avalia criteriosamente os produtos
na prática da profissão de administrador. que compra e que tem consciência dos impactos
O objetivo de Brandão et al.(2011) foi causados no meio ambiente em razão de usa própria
conhecer de que forma os stakeholdersinfluenciam atitude.
na adoção de estratégias de marketingverde sob a Veiga Neto et al.(2014) investigaram as
ótica da empresa Alfa, uma indústria moveleira no variáveis de marketingverde relevantes para a
Rio Grande do Norte. Sob uma abordagem estratégia como a prática empresarial. Para isso
qualitativa e realizando um estudo de caso, os buscaram novas variáveis de marketingverde por
autores conseguiram contatar que os stakeholders meio de entrevistas aprofundadas com especialistas
são levados em consideração para adoção de da área mercadológica e ambiental, com seus estudos
estratégia de marketingverde, mesmo que a empresa constataram quinze variáveis já existentes e três
__________________________________________________________________________________
LOPES/ FREITAS
365 Brazilian Journal of Marketing - BJM
Revista Brasileira de Marketing – ReMark
Vol. 15, N. 3. Julho/Setembro. 2016
Marketing Ambiental: Análise da Produção Científica Brasileira
_______________________________________________________________________________
novas que foram agrupadas em um modelo teórico verde, visto que ficou constatado que quanto mais
da Estratégia como prática (ECP), sugeriram, ainda jovem, mais sensíveis às questões ambientais, já no
que, em estudos futuros se possa validar seus fator renda se constatou que quanto menor a renda
resultados alcançados. maior a preocupação ambiental, e no fator nível de
Lopes e Pacagnan (2013) verificaram se as instrução, quanto maior a escolaridade maiores as
grandes indústrias do Paraná estão utilizando atitudes para um comportamento de compra verde.
práticas de marketing ambiental e se mantêm Lederhos, Barata e Alves (2015)
projetos de gestão socioambiental. Foi realizada uma estabeleceram como objetivo caracterizar as ações
pesquisa quantitativa com 48 empresas de grande de marketing ambiental adotadas pelos postos de
porte do Paraná. Constataram que a grande maioria combustíveis do município de São Gabriel – RS.
das empresas tem um departamento de marketing e Como metodologia de pesquisa foi realizada uma
mantém um sistema de gestão ambiental, porém as coleta de dados por meio 20 questões, foram feitas
empresas utilizam muito pouco das práticas de entrevistas com 7 gerentes de empresas distintas.
marketing ambiental. Com sua pesquisa contataram que os postos de
Rodrigues et al. (2014) tiveram como combustíveis acreditam ter uma boa imagem
objetivo identificar a importância da questão ambiental e que seus funcionários estão conscientes
ambiental no comportamento de consumo dos quanto aos problemas ambientais, quanto as práticas
moradores de Campina Grande – Paraíba. A coleta ambientais em postos de combustíveis, os gerentes
de dados se deu por envio de um questionário disseram que cumprem as legislações ambientais,
estruturado de autopreenchimento com 40 questões, porém só geram custos, nenhuma vantagem
dessas, 35 estão relacionadas com o consumo competitiva ou ganho financeiros.
ambientalmente consciente, o questionário foi Na tabela 3, observa-se as revistas
encaminhado aos entrevistados por e-mail ou por encontradas com publicações no tema de marketing
meio do Facebook. Tiveram como resultado um ambiental e o número de artigos publicados,
perfil amostral adequado a pesquisa sobre consumo destacando a RAMA e a REMarK.
20
20
15
10
4
5 3 3
2 2 2
1 1 1 1 1 1 1 1 1
0
TAL
REGE RAMA REMARK PRETEXTO RGSA ROC ALCANCE RAUNP CONTEXTUS REGET RCA RGBN RARA RBADM RAUSP TO
Um crescimento pode ser notado durante o e no meio em que estão inseridos, conforme
período pesquisado nas publicações sobre o tema evidencias de Freitas e Rezende (2010Brandão et al.
aqui abordado, há menos de uma década o marketing (2011), Marin e Moretti (2012), Rodrigues et al.
relacionado a gestão ambiental não era foco de (2015) e Almeida et al. (2015), mas apesar de
pesquisa no Brasil (gráfico 3), porém, quando os reconhecerer a necessidade da mudança em relação
primeiros estudos surgiram conseguiram comprovar às suas atitudes e seus comportamento de compra,
que os clientes estavam mudando a maneira de não apresentam valores ambientais (PRADO et al.,
pensar sobre os produtos que adquiriam e estavam 2011), tomando suas decisões de compra com base
começando a avaliar os impactos que o processo nos estímulos de comunição de marketing
produtivo poderia causar no meio ambiente. (MONTEIRO et al., 2012). Desta forma, os valores
Consequentemente, pode-se afirmar que o culturais da sociedade estão sendo alterados em
pressuposto 2 da pesquisa foi confirmado em partes. torno de uma cultura ambiental, todavia, as atitudes
O comportamento ambiental dos consumidores é e comportamentos ainda não refletem a dimensão
conseqüente das mudanças percebidas na sociedade ambiental.
__________________________________________________________________________________
LOPES/ FREITAS
366 Brazilian Journal of Marketing - BJM
Revista Brasileira de Marketing – ReMark
Vol. 15, N. 3. Julho/Setembro. 2016
Marketing Ambiental: Análise da Produção Científica Brasileira
_______________________________________________________________________________
3
2 2
2
1 1
1
0
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9
__________________________________________________________________________________
LOPES/ FREITAS
367 Brazilian Journal of Marketing - BJM
Revista Brasileira de Marketing – ReMark
Vol. 15, N. 3. Julho/Setembro. 2016
Marketing Ambiental: Análise da Produção Científica Brasileira
_______________________________________________________________________________
A maneira como as empresas se relacionam pouco tempo que o tema é abordado no Brasil, a
com a ambiente natural e o relacionamento deste partir de 2007, ou seja, confirmando que o tema
com o marketing, no sentido de comunicar com o marketing ambiental ainda é embrionário no âmbito
público alvo, pois as pessoas não irão mudar suas acadêmico.
atitudes, se depender exlusivamente da comunicação Com as publicações existentes pode se
da gestão pública (POLONKSY, 2011). notar três fatores fatores importantes: (1) marketing
A partir destas evidências pode-se destacar ambiental é uma fonte de vantagem competitiva para
que as empresas estão adotando estratégias as empresas; (2) a sociedade está em um processo de
ambientais em razão da pressão dos transformação cultural no sentido de apresentar
stakeholders(BRANDÃO et al., 2011) e que o valores ambientais, mas, as atitudes e
marketing ambiental pode promover vantagem comportamentos ainda não são efetivos em torno da
competitiva para as empresas (MOTTA, 2007; dimensão ambiental; (3) refletindo a uma prática de
MARIN; MORETTI, 2011), pois os consumidores já marketing ambiental para atender determinados
apresentam atitudes positivas em relação ao segmentos de mercados ou legislações específicas,
consumos de produtos sustentáveis (MOTTA; não sendo parte da cultura organizacional da
OLIVEIRA, 2007). Entretanto, ainda é muito empresa.
incipiente o comportamento de compra com critérios Muitas empresas fazem uso do marketing
ambientais, seja pela falta de informação (MOTTA, ambiental somente como mais uma estratégia
2008), nesse caso, é torna-se necessário as empresas empresarial para ganhar mercado ou praticam a
investirem em uma efetiva comunicação de gestão ambiental somente quando necessário como
marketing (TERRES; BRANCHI, 2013) ou por falta no caso de leis regulamentares. O outro fator que
de atitude, mesmos conscientes da importância deixa claro que a prática do marketing ambiental só
ambiental (PRADO et al., 2011; MONTEIRO et al., tende a trazer vantagens competitivas para a
2012). organização, quando criada e seguida com ética, a
As empresas que não se envolverem empresa consegue aumentar seus ganhos com a
efetivamente com o meio ambiente por meio de expansão de mercado e, em alguns casos, pode até
estratégias ambientais poderão perder vantagens reduzir seus custos de produção tornando o sistema
competitivas de mercado, todavia, para isso não ainda mais viável.
acontecer, podem-se beneficiar com os erros das Constatou-se os principais temas que se
primeiras empresas que adotaram estratégias destacaram dentro do marketing ambiental são (em
ambientais e, ao mesmo tempo, alocar eficazmente ordem do total de publicações):
os seus recursos em iniciativas verdes adequadas ao 1º - Responsabilidade socioambiental
negócio (RICKEY et al., 2014). empresarial (10artigos);2º - Consumo consciente
Como corolário, o aprofundamento das (9artigos);3º - Estratégia de marketing ambiental (4
pesquisas sobre marketing ambiental torna-se artigos);4º - Selo/Certificação verde (2 artigos);
necessários (VEIGA NETO et al., 2014), pois muitas Logo, propõe-se à academia para que
empresas apresentam o departamento de marketing e ocorra o avanço do marketing ambiental a seguinte
ambiental, porém não apresentam estratégias agenda de pesquisa:
mercadológicas sustentáveis (LOPES; a) Devidoàimportância e a recentividade do
PACAGNAN, 2013) além disso, a mídia está se tema, sugere-se a realização de estudos de casos a
posicionando estrategicamente para moldar a fim de verificar como é desenvolvido a aplicação das
percepção pública com um estilo de vida saudável e práticas de marketing ambiental nas empresas, em
sustentável (LA VENTURE; NORRGARD, 2016). outras palavras, verificar como as empresas utilizam
Para ter alguma chance de sucesso, o suas estratégias e estruturas de marketing para
marketing ambiental precisa utilizar as estruturas desenvolver e agregar valor ambiental em produtos
existentes da área de marketing e promover as e serviços para determinados segmentos de mercado;
questões ambientais como um componente central b) Recomenda-se à academia a realização
nos mercados em que atuam (POLONSKY, 2011). de call for papers, a fim de incentivar as pesquisas
no Brasil sobre marketing ambiental;
c) Avaliar em grandes empresas com
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS práticas de marketing ambiental consideradas
avançadas, como é a comunicação e o
Tendo em vista o objetivo proposto, pode- posicionamento para os nichos de mercado;
se concluir que mesmo com o surgimento de d) A realização de um levantamento
pesquisas, a quantidade de publicações ainda é baixa objetivando verificar se as empresas consideram o
(25artigos), isso se comparado com as publicações marketing de ambiental uma consequência da cultura
na área de marketing (363artigos), representando organizacional;.
6,88% do total de artigos nos últimos dez anos. Um
dos fatores que podem influenciar esses dados é o
__________________________________________________________________________________
LOPES/ FREITAS
368 Brazilian Journal of Marketing - BJM
Revista Brasileira de Marketing – ReMark
Vol. 15, N. 3. Julho/Setembro. 2016
Marketing Ambiental: Análise da Produção Científica Brasileira
_______________________________________________________________________________
Acevedo, C. R.; Nohara, J. J.Monografia no curso de Dean, T. J.; Pacheco, D. F. Green marketing: a
administração:guia completo de conteúdo e strategic balancing act for creating value. Journal
forma: inclui normas atualizadas da ABNT, of Business Strategy, v. 35, n. 5, p.14-22, 2014.
TCC, TGI, trabalhos de estágio, MBA,
dissertações e teses. 3. ed. São Paulo: Atlas, Enéas Silva, M.; Aguiar, E. C.; Falcao, M. C.; Costa,
2009. A. C. V. A perspectiva responsável do marketing
e o consumo consciente: uma interação
Almeida, A. N.; Santana, E. R.; Gonçalves, A. O.; necessária entre a empresa e o consumidor.
Angelo, H.. Segmentação do mercado Revista Organizações em Contexto (Online), v.
consumidor do Distrito Federal conforme seu 8, p. 61-90, 2012.
comportamento ambiental. Revista Eletrônica
em Gestão, Educação e Tecnologia Ambiental Farache, F.; Perks, K. J.; Wanderley, L. S. O.; Souza
Santa Maria, v. 19, n. 2, mai-ago. 2015, p. Filho, J. M. Cause related marketing: consumers’
451−460. perceptions and benefits for profit and non-
profits organisations. BAR, v. 5, p. 210-224,
Almeida, M. R. A.; Licorio, A. M. O.; Siena, O.. 2008.
Uma análise bibliométrica sobre gestão
ambiental como um dos componentes das Freitas, A. G. G.; Rezende, D. C. A complexa
estratégias e das competências nas organizações. relação entre marketing social corporativo e
In: X Convibra - Congresso Virtual Brasileiro de consumo consciente. REMark. Revista Brasileira
Administração, 2013, São Paulo. Anais do X de Marketing, v. 9, p. 27-48, 2010.
Convibra, 2013.
Freitas, W. R. S.; Souza, M. T. S.; Teixeira, A. A.;
Avelar, E. A.; Santos, T. S.; Leite, D. M.. Marketing: Jabbour, C. J. C. Produção científica sobre gestão
uma análise das pesquisas brasileiras de recursos humanos e sustentabilidade: síntese e
desenvolvidas na primeira década do século XXI. agenda de pesquisa. Revista de Ciências da
In: XIV Seminários em Administração, 2011, Administração (CAD/UFSC), v. 15, p. 11-27,
São Paulo. Anais XIV Seminários em 2013.
Administração. São Paulo, 2011.
Fuentes, C. How green marketing works: Practices,
Brandao, M. R. M.; Alexandre, M. L.; Anez, M. E. materialities, and images. Scandinavian Journal
M.; Costa, B. K.. Influência dos stakeholders na of Management, v. 31, n. 2, p. 192-205, 2015.
adoção de estratégias de marketing verde.
Pretexto (Belo Horizonte. Impresso), v. 12, p. 33- Gallon, A. V.; Souza, F. C.; Rover, S.; Bellen, H. M.
54, 2011. V.Um estudo longitudinal da produção científica
em Administração direcionada à Temática
Brito Jr., M. G.; Castro, A. L.. Marketing ambiental: ambiental. Revista Alcance, Itajaí, v. 15, n.1, p.
o caso da associação comercial e empresarial 81-101, 2008.
__________________________________________________________________________________
LOPES/ FREITAS
369 Brazilian Journal of Marketing - BJM
Revista Brasileira de Marketing – ReMark
Vol. 15, N. 3. Julho/Setembro. 2016
Marketing Ambiental: Análise da Produção Científica Brasileira
_______________________________________________________________________________
Grant, J.Greenmarketing.Strategic Direction, v. 24, Lopes, V. N.; Pacagnan, M. N.. Marketing verde e
p. 25-27, 2008. práticas socioambientais nas indústrias do
Paraná. Revista de Administração (FEA-USP), v.
Graziano, G. O.; Campanario, M. A.; Chagas Filho, 49, p. 116-128, 2013.
M. F.. Produtos Orgânicos: as ferramentas de
marketing sua sustentabilidade Econômica. Marin, E. R.; Moretti, S. L. A..A responsabilidade
RGSA: Revista de Gestão Social e Ambiental, social empresarial e o marketing: reflexos na
São Paulo, v. 5, n. 3, p. x-xx, 2011. atitude e lealdade do consumidor de
supermercados em São Paulo-SP. Revista
Gurau, C.; Ranchhod, A. International green Alcance (Online), v. 19, p. 24-34, 2012.
marketing: A comparative study of British and
Romanian firms". International Marketing Mette, F. M. B.; Dameda, A. N.; Matos, C. A.. Uma
Review, v. 22, n. 5, p.547-561, 2005. análise bibliométrica da contribuição do
marketing para a área de estratégia. In: XXXVII
Kotler, P.; Armstrong, G.Princípios de marketing. Encontro da ANPAD, 2013, Rio de Janeiro.
12. ed. São Paulo: Pearson, 2007. Anais do XXXVII Encontro da ANPAD, 2013.
Kumar, P. State of green marketing research over 25 Monteiro, T. A.; Giuliani, A.C.; Pizzinatto, N. K.;
years (1990-2014): Literature survey and Cunha, C. F.. Impactos da consciência ecológica
classification". Marketing Intelligence & sobre atitudes do consumidor diante de produtos
Planning, v. 34, n. 1, p.137-158, 2015. e marcas. REMark. Revista Brasileira de
Marketing, v. 11, p. 3, 2012.
Lago da Silva, A.; Lourenzani, A. E. B. S.. Modelo
sistêmico de ocorrência de ações coletivas: um Motta, S. L. S.. Competitividade baseada no
estudo multicaso na comercialização de frutas, marketing ecológico. Revista Ciências da
legumes e verduras. Gest. Prod., v. 18, p 159- Administração, v. 10, p. 128-145, 2008.
174, 2011.
Motta, S. L. S.. Motivações para o lançamento de um
La Venture, K.; Norrgard, C. With the old, out with produto ecologicamente correto: um estudo de
the new:green marketing and the used caso. REGE. Revista de Gestão USP, v. 14, p. 31-
merchandise sector. The Journal of Applied 40, 2007.
Business Research, v. 32, n.3, 2016.
Motta, S. L. S.; Oliveira, B. A. C.. O marketing
Lederhos, T. G.; Barata, A. J. S. S.; Alves, R. R.. ecológico como vantagem competitiva. REGE.
Marketing ambiental nos postos de combustíveis Revista de Gestão USP, v. 14, p. 49-59, 2007.
no município de São Gabriel – RS. Revista
Eletrônica em Gestão, Educação e Tecnologia Oliveira Jr., A. B.; HuertaS, M. K. Z.; Oliveira, M.
Ambiental, V. 19, n. 2, mai-ago. 2015, p. 609- J.. A influência da comunicação de ações
623. sustentáveis corporativas na intenção de compra
e o efeito moderador do tipo de consumidor.
Liu, S.; Kasturiratne, D.; Moizer, J. A hub-and- Revista de Gestão Social e Ambiental - RGSA,
spoke model for multi-dimensional integration of São Paulo, v. 9, n. 1, p. 2-18, jan./abr., 2015.
green marketing and sustainable supply chain
management. Industrial Marketing Management, Pacheco, T. J. D. D. F.Green marketing: a strategic
v. 41, n. 4, p. 581-588, 2012. balancing act for creating value. Journalof
Business Strategy, v. 35, p. 14-22, 2014.
Lizuka, E. S.; Peçanha, R. S.. Análise da produção
científica brasileira sobre sustentabilidade entre Peano, C.; Baudino, C.; Tecco, N.; Girgenti, V.
2008 e 2011. Journal of Environmental Green marketing tools for fruit growers
Management and Sustainability – JEMS, v. 3, n. associated groups: application of the Life Cycle
1, 2014, p.1-17 Assessment (LCA) for strawberries and berry
fruits ecobranding in northern Italy. Journal of
Lopes, J. C. J.; Ferreira da Silva, A. E.; Bonduqui, C. Cleaner Production, v. 104, n. 1, p.59-67, 2015.
C.; Bonin, G.; Kümpel, L.. A contribuição do
marketing socioambiental nas organizações. Pedrini, G. R.; Puperi, M. Utilização de projetos de
Rama: Revista em Agronegócio e Meio biocombustível como fator de fortalecimento da
Ambiente, v. 1, p. 241-256, 2008. imagem da marca PETROBRAS. Rama: Revista
em Agronegócio e Meio Ambiente, v. 7, p. 1,
2014.
__________________________________________________________________________________
LOPES/ FREITAS
370 Brazilian Journal of Marketing - BJM
Revista Brasileira de Marketing – ReMark
Vol. 15, N. 3. Julho/Setembro. 2016
Marketing Ambiental: Análise da Produção Científica Brasileira
_______________________________________________________________________________
Pereira, C. B.; Toledo, G. L.; Toledo, L. A. Sartori, S.; Ensslin, L.; Campos, L. M. S.; Ensslin, S.
Considerações sobre o conceito de marketing: Mapeamento do estado da arte do tema
teoria e prática gerencial. O&S, v. 16, p. 519- sustentabilidade ambiental direcionado para a TI.
543, 2009. Transinformação, v. 26, p. 77-89, 2014.
Pereira, V. V.; Mangualde, R. M.. A rotulagem Scharf, E. R.; Rosa, C. P.; Oliveira, D. Os hábitos de
ambiental no agronegócio. Rama: Revista em consumo das gerações Y e Z: a dimensão
Agronegócio e Meio Ambiente, v. 4, p. 267-276, ambiental nos contextos familiar e escolar.
2011. Contextus (Fortaleza), v. 10, p. 54-66, 2012.
Rex, E.; Baumann, H. Beyond ecolabels: what green Souza, M. T. S.; Ribeiro, H. M.; Machado Jr., C.;
marketing can learn from conventional Correa, R. Perfil e evolução da pesquisa em
marketing. Journal of Cleaner Production, v. 15, sustentabilidade ambiental: uma análise
n. 6, p. 567-576, 2007. bibliométrica. In: Encontro Nacional de Pós-
graduação e Pesquisa em Administração -
Richey, JR.; C. G.; Musgrove, C. F.; Gillison, S. T.; ENANPAD, 2011, Rio de Janeiro - RJ. Anais
Gabler, C. B. The effects of environmental focus XXXV Encontro da ANPAD. Rio de Janeiro -
and program timing on green marketing RJ: ANPAD, 2011.
performance and the moderating role of resource
commitment. Industrial Marketing Management, Terres, M. S.; Branchi, I. H.Going Green: consumo
v. 43, n. 7, p. 1246-1257, 2014. sustentável e as estratégias de marketing verde.
Revista Eletrônica Mestrado em Administração,
Rizzatti, C. B.; Lorenzett, J. B.; Lorenzett, D. B.; v. 5, p. 33-44, 2012.
Godoy, L. P.Sacolas retornáveis: uma alternativa
para redução do impacto de larga escala causado Trindade, G. R.; Senna, A. J. T.; Boligon, A. A.;
pela eliminação irregular de sacolas descartáveis. Alves, R. R. Análise do comportamento dos
Revista Eletrônica em Gestão, Educação e consumidores de produtos ecologicamente
Tecnologia Ambiental, v. 18, p. 25-33, 2014. corretos no município de São Gabriel: o caso dos
produtos orizícolas certificados com selo
Rodrigues, J. D.; Moreira, V. F.; Oliveira, A. M. B.; ambiental do IRGA. Revista Eletrônica em
Aguiar, E. C.; Barbosa, O. T. Comportamento de Gestão, Educação e Tecnologia Ambiental, v. 18,
consumo verde: uma análise dos consumidores p. 483-503, 2014.
de Campina Grande. Revista Brasileira de
Administração Científica, Aquidabã, v.5, n.1, Vaccaro, V. L. B2B green marketing and innovation
Jan, Fev, Mar, Abr, Mai, Jun, 2014. theory for competitive advantage. Journalof
Systems andInformation Technology, v. 11, p.
Roome, N.; Wijen, F. Management stakeholder 315-330, 2009.
power and organizational learning in corporate
environmental.OrganizationStudies, v. 27, n. 2, Veiga Neto, A. R.; Filgueiras, C. R. M.;
p. 235-263, 2005. Vasconcelos, C. R. M.; Almeida, S. T. Marketing
verde aplicado à estratégia como prática: análise
Rossi, C. A. V.; Bortoli, L. V.; Castilhos, R. B. de variáveis na visão de empreendedores. Revista
Análise bibliométrica da contribuição de Eletrônica Mestrado em Administração, v. 6, p.
marketing para outras ciências. Revista de 23-37, 2014.
Ciências da Administração (CAD/UFSC), v. 16,
p. 29-44, 2014.
__________________________________________________________________________________
LOPES/ FREITAS
371 Brazilian Journal of Marketing - BJM
Revista Brasileira de Marketing – ReMark
Vol. 15, N. 3. Julho/Setembro. 2016
Marketing Ambiental: Análise da Produção Científica Brasileira
_______________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
LOPES/ FREITAS
372 Brazilian Journal of Marketing - BJM
Revista Brasileira de Marketing – ReMark
Vol. 15, N. 3. Julho/Setembro. 2016