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LADDER AVANÇADO

2024
TABELA COM INSTRUÇÕES CONHECIDAS

Contato NA Contato NF Bobina (Simples)


(Normalmente Aberto) (Normalmente Fechado)

Bobina SET – liga Bobina RESET – desliga

Bloco de Função RS

Operador (Instrução) TON Operador (Instrução) TOF


Bloco de Função SR Temporizador ON Temporizador OF

Operador (Instrução) CTD


Operador (Instrução) CTU Comparador GT
Contador Decrescente
Contador Crescente (Greater Than - Maior Que)

Comparador LE Comparador GE
Comparador LT
(Less Than or Equal - Menor ou (Greater Than or Equal - Maior
(Less Than - Menor que)
igual a) ou igual a)

Comparador EQ Comparador NE
(Equal - Igual a) (Not Equal - diferente de)

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TIPOS DE VARIÁVEIS

BOOL: As variáveis do tipo BOOL, podem apresentar os valores TRUE ou FALSE. Serão
reservados 8 bits de espaço na memória.

BIT: Assim como as variáveis do tipo BOOL, as variáveis do tipo BIT podem apresentar valores
TRUE ou FALSE, mas ocupam somente em bit de espaço de memória.

INTEIROS

RACIONAIS
REAL/LREAL: REAL e LREAL são chamados de ponto flutuante (Float). São utilizados para
representar números racionais (decimais positivos ou negativos). 32 bits de espaço de memória
são reservados para o REAL e 64 para o LREAL.

CARACTERES
STRING: Uma variável do tipo STRING pode conter qualquer sequência de caracteres. Utilizada
normalmente para mensagens em IHMs e Supervisórios.

TEMPO
TIME: duração de tempo para timers e processos.

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CAPÍTULO 1 – ENTRADAS ANALÓGICAS
Um processo pode ser controlado por meio da medição de variáveis que representam o estado
desejado e pelo ajuste automático de outras variáveis, de maneira a se conseguir o valor que se
deseja para a variável controlada.
As variáveis de processo são as grandezas físicas que afetam o desempenho de um processo e
podem mudar de valor espontaneamente em virtude de condições internas ou externas. Por
essa razão, essas variáveis típicas de processos contínuos necessitam de controle.

As principais variáveis medidas e controladas nos processos contínuos são: pressão, vazão,
temperatura, nível, pH, condutividade, velocidade e umidade.
A medição adequada de uma grandeza é um elemento fundamental dentro de um sistema de
calibração de tanques, por exemplo. Uma instrumentação precisa aumentar significativamente
a eficiência da planta.

As grandezas podem ser medidas de maneira digital ou analógica:


Grandeza Digital (ON – OFF) Analógica (n Valores)
Temperatura Termostato Termopar, Termômetro
Pressão Pressostato Transdutor de Pressão
Vazão Fluxostato Transdutor de Fluxo

Entradas Analógicas

As entradas analógicas podem vir de uma variedade de sensores e transdutores

O termo sensor é utilizado para o elemento


que usa um fenômeno natural para sentir a
variável que está sendo medida.

O termo transdutor é utilizado para o


elemento que converte a informação sentida
pelo sensor em um sinal detectável – que
pode ser elétrico, mecânico, óptico.

Transdutor engloba o sensor tornando


possível a medição de determinada
grandeza.

O trabalho do sensor ou transmissor é


transformar isso em um sinal elétrico.

algumas das grandezas que podemos medir e suas Unidades de Campo:

Grandeza Unidade de Campo


Nível m
Posição m
Distância m
Vazão m/s l/s
0
Temperatura C

4
Peso Kg
2
Pressão Kgf/m bar psi
Sensores/Atuadores

O sensor/Transdutor elétrico tem a função de converter a variação física (unidade de


campo), em um sinal elétrico proporcional à variação. Alguns padrões existentes:

GRANDEZA ELÉTRICA FAIXAS


Tensão -10 A +10V 0 A 10V 0 A 5V
Corrente 4 A 20mA 0 A 20mA
Resistência 0 A 400Ω 0 A 4000Ω
Estes padrões (ranges ou faixas) são definidos pelos fabricantes.

Um exemplo aqui poderia ser um transmissor de temperatura com uma saída de 4-20 mA.
Conectado ao transmissor está um sensor de temperatura. O transmissor é então calibrado
para a faixa de, por exemplo, 0-100 graus. O que isso quer dizer é que quando a temperatura é
de 0 graus, a saída do transmissor será de 4 mA, e 20 mA para 100 graus.

Na maioria das vezes, um transdutor é necessário porque o sensor em si não pode fornecer um
sinal analógico.

A calibração é muito importante quando se fala em transdutores. Você tem que saber quanto
esses mA ou volts representam em valor físico.

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Sinais Analógicos no CLP

O CLP trabalha com valores booleanos, ou seja: 0 e 1.

Sinais analógicos são sinais contínuos que podem variar com o tempo.

Por exemplo, você pode ter um sinal analógico de 0-10 volts. Este sinal pode variar de 0 a 10
volts e ter qualquer nível de tensão entre eles

Bits e Bytes

Um número binário com um dígito é chamado de bit. Um bit pode conter um 0 ou um 1. Em


muitos CLPs, um sinal analógico é representado por uma word. Uma word em binário são 16
zeros em sequência ou dois bytes. Bem assim:

.F .E .D .C .B .A .9 .8 .7 .6 .5 .4 .3 .2 .1 .0
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Um número binário com 16 dígitos pode representar valores de 0 a 65.535. Nos CLPs o último
bit (bit F), é usado para sinalizar o número, dando-lhe um valor positivo ou negativo.

Com 1 bit para sinal, nós temos 15 bits restantes para representar o valor analógico: -32.768 a
32.767.

Conversor A/D

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Quando o sinal de entrada analógica (Grandeza elétrica) entra no CLP, ele passa por
um conversor A/D ou conversor analógico/digital. Este é o componente no cartão de entrada
analógica do CLP que transforma o sinal analógico em sinais digitais. São esses sinais digitais
que finalmente fornecerão nossa representação de valor binário no CLP.

RESOLUÇÃO

A resolução dos sensores é indicada em “bits”. Vamos entender: Preciso medir a profundidade
de um líquido em um tanque que tem 1024cm de profundidade. Para isso inicialmente vou
usar um sensor ultrasônico com resolução de 8 bits (8 bits nos permite contar de 0 até 255, ou
seja 256 valores). Dividindo 1024cm por 256, temos intervalos de 4cm, ou seja, a cada 4cm em
teria uma mudança de valor na contagem, e distâncias menores que 4cm não seriam
detectadas! Já analisando um sensor de 10 bits (0 a 1023 = 1024 valores), teremos uma
resolução de 1cm (1024cm/1024). Logo poderemos detectar variações de 1cm ou mais!

RESOLUÇÕES
BITS FAIXA
8 0 A 255 (256 DIVISÕES)
10 0 A 1023 (1024 DIVISÕES)
12 0 A 4095 (4096 DIVISÕES)
16 -32768 A +32767 ou 0 A 65535

Uma balança que pesa até 50 Kg, possui por um sensor de tensão, padrão 0 a 10V,
contagem 0-30000.
E
X BALANÇA SENSOR CLP
E 0 – 50 Kg 0 – 10V 0 - 30000
R
25 15000
C
Í 48
C 15
I 32
O Unid. Campo Instrumento CLP-programa

5 Resolução:
8 bits - resolução de campo é de: ________e a resolução elétrica será de:___________
16 bits - resolução de campo é de: ________e a resolução elétrica será de:___________

ENTRADA ANALÓGICA EM RESISTÊNCIA - RTD

LEITURA DE POTENCIÔMETRO

Conceitos

O CLP da série NEXTO possui entradas analógicas TIPO RTD que permitem ler termopares tipo
PT e resistências.

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Começaremos estudando a leitura de resistências. Inicialmente usaremos um potenciômetro
de 4k7. Essa entrada permitirá uma leitura de resistência de 0 a 4000Ω e fornecendo um valor
de 0 a 4000 na variável da entrada. Valor máximo lido será 4200 (5% de fundo de escala)

Esquema de ligação:

Configurando a entrada no MASTERTOOL:

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1) clicar em Integrated I/O
2) Escolher “Graus Celsius”
3) Escolher “4000Ω”
4) Escolher 100ms para Filtro Digital. Neste caso a cada 100ms será atualizado o valor.
Para situações com muita variação devemos aumentar o filtro.

E
X Ligar saídas conforme leitura de um potenciômetro na entrada RTD:
E
R Ligar Q00 se R > 1 kohm
C Ligar Q01 se R > 2 kohm
Í Ligar Q02 se R > 3 kohm
C Ligar Q03 se R > 4 kohm
I
O

ENTRADA ANALÓGICA EM RESISTÊNCIA - RTD

LEITURA DE POTENCIÔMETRO – CONVERSÃO PARA TEMPO

Conceitos

Na maioria das vezes não podemos usar o valor da entrada analógica direto na nossa lógica. É
necessário convertê-lo para valores que sejam próximos às unidades de trabalho. Para tanto
podemos usar operações matemáticas e instruções específicas para isso.

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Instrução LIN_TRAFO:

Este bloco funcional, fornecido pela biblioteca "Util.Library" transforma um valor REAL
localizado em um intervalo delimitado por um valor superior e inferior, em um valor REAL
localizado em outro intervalo, igualmente definido por um limite superior e inferior.

Para instalar a biblioteca vá em:

Library manager >>> Adicionar biblioteca >>> Application >>> Common >>> Util e clique
em OK. Pronto!

Exemplo: Um potenciômetro de 4000 ohms está conectado à entrada RI0 que está configurada
corretamente. Deseja-se que quanto o potenciômetro estiver totalmente para a esquerda (o
ohms) indique o valor 0 e quando ele estiver totalmente para a direita (4000 ohms ou mais) ele
indique o valor 20. Preencha os espaços abaixo.

Instrução: TO_TIME

Esta instrução faz parte de um conjunto de instruções que converte um tipo numérico para
outro. Um acesso rápido a ela é através da inserção no ladder de uma caixa com conexão.
Neste caso queremos que o valor GERADO EM INT (inteiro) seja convertido para TIME que é o
tipo que o temporizador consegue ler.

Exercício Minuteria:

E
X Implementar uma iluminação inteligente da seguinte forma: Ao acionar um botão deverá
E ligar uma saída que ficará acionada por um tempo programável em um potenciômetro (5
R a 20 segundos).
C
Í Como o CLP “lê” o potenciômetro como um valor entre 0 e 4000, devemos “converter”
C (ou melhor dizendo: reescalonar) para a faixa desejada.
I
O Esse tempo será usado em um temporizador. IMPORTANTE! Ele deverá ser ajustado para
a unidade de milissegundos que é como o CLP “entende” quando não usamos unidades.
7

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ENTRADA ANALÓGICA EM RESISTÊNCIA - RTD

LEITURA DE PT1000

Conceitos

Termopares são sensores de temperatura formados por dois fios metálicos de diferentes
materiais que têm suas extremidades unidas. Quando estas junções são expostas a
temperaturas diferentes, uma força eletromotriz (f.e.m.) é gerada. Esta f.e.m. é uma função da
diferença de temperatura entre as junções do termopar e, também, dos materiais que o
compõem. Uma das junções é exposta à temperatura que desejamos medir. Esta é a junta de
medida ou junta quente. A outra é interrompida pelo medidor e é chamada de junta de
referência ou junta fria.

O funcionamento do termopar é baseado no efeito de Seebeck, que foi descoberto no ano de


1822 pelo físico Thomas Seebeck.

Termoresistência ou Termômetro de Resistência é um sensor de alta precisão e excelente


repetibilidade de leitura. O funcionamento da termoresistência se baseia na variação da
resistência ôhmica em função da temperatura. Seu elemento sensor na maioria das vezes é
feito de platina com o mais alto grau de pureza e encapsulado em bulbos de cerâmica ou vidro.
A Termoresistência por apresentar excelentes características, se tornaram um dos sensores de
medição de temperatura mais utilizados nos processos industriais. É também um dos principais
padrões para laboratórios de calibração.

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OBSERVAÇÃO:

Uma Termoresistência “em curto” deve marcar a temperatura mais baixa: -200°C ou -2000 na
leitura do CLP.
Uma Termoresistência “aberta” deve marcar a temperatura mais alta: +630°C ou 6300 na
leitura do CLP.

AQUECIMENTO DE MATERIAIS POR MEIO DE RESISTÊNCIAS ELÉTRICAS – FORNO INDUSTRIAL

Em um processo industrial muitas vezes é necessário aquecer um material para que o mesmo
possa ser processado. Exemplos: FORNOS, INJETORAS, EXTRUSORAS, SECADORAS.

Cada região de aquecimento é chamada de zona e é composta de:

EQUIPAMENTO PARA AQUECIMENTO: formado por uma ou mais resistências que têm a
função de elevar a temperatura da ZONA.

EQUIPAMENTO PARA RESFRIAMENTO: geralmente um ventilador que tem função de


baixar/frear o aquecimento. Muitos materiais em alguns processos, ao aquecerem, entram em
um ciclo que tendem a aumentar a temperatura espontaneamente. (alguns sistemas não
possuem o VENTILADOR).

TERMOPAR: como estudado antes, tem a função de informar a temperatura para possibilitar o
controle.

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FORNO QUE USAREMOS EM AULA – GIGA

Entrada AQUECE para ligar a resistência (DC 24V);

Entrada RESFRIA para ligar o ventilador (DC 24V);

Saída de termopar tipo PT1000A para a leitura da temperatura;

Entrada 0-10V para aquecimento por queima de gás (DC 0-10V) (que falaremos mais tarde);

Entrada 0-20mA para aquecimento por queima de gás (DC 0-20mA) (que falaremos mais
tarde);

Entrada 4-20mA para aquecimento por queima de gás (DC 4-20mA) (que falaremos mais
tarde);

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FORNO - FUNCIONAMENTO MANUAL

E Um botão deve acionar o aquecimento e outro botão deve acionar o resfriamento


X (acionamento manual).
E
R A temperatura efetiva deverá ser monitorada pelo MASTERTOOL.
C
Í Uma lâmpada deve indicar quando a temperatura estiver acima de 102 graus.
C
I Uma lâmpada deve indicar quando a temperatura estiver abaixo de 98 graus.
O
Uma lâmpada deve indicar quando a temperatura estiver entre 98 e 102 graus.
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CONFIGURANDO O OBJETO TRACE (TRAÇAR GRÁFICOS)

Para inserir o Trace clique com o botão direito em Application, vá em Acrescentar Objeto e
selecione Trace e depois em adicionar na janela que aparece.

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Depois clique em configuração (canto superior direito da janela). Na janela que abrirá marque:

Feche a janela no OK.

Depois clique em acrescentar variável (canto superior direito da janela) e defina em variável
RI0 (a entrada do termopar neste caso). Como RI0 é uma variável integrada, basta digitar seu

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nome. Se a variável que você quer usar no trace for uma variável criada no ladder, você deve
digitar userprg. e escolher na lista a variável. Clique em ok.

Para visualizar: clique na janela do TRACE com o botão direito do mouse e escolha download
do trace.

DINÂMICA DE GRUPO: PRESET x EFETIVO

FORNO – AUTOMATIZANDO O AQUECIMENTO COM PRESET FIXO

E
X Uma chave seletora habilita o funcionamento do forno.
E
R Quando habilitado, o forno deverá aquecer até atingir 100 graus.
C
Í Prever somente aquecimento neste exercício.
C
I Usar o Trace para visualizar o funcionamento.
O

FORNO – AUTOMATIZANDO O AQUECIMENTO COM PRESET POR POTENCIOMETRO

E Um botão liga e um botão desliga são responsáveis por habilitar o funcionamento do


X forno.
E
R O PRESET será ajustado em um potenciômetro de 4kohms que corresponderá a 160 graus
C Celsius.
Í
C Quando habilitado, o forno deverá aquecer até atingir o PRESET.
I
O Prever somente aquecimento neste exercício.

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O QUE É HISTERESE?

A palavra histerese tem origem grega e significa “retardo”. Em sistemas de aquecimento ou


refrigeração, a palavra histerese corresponde a um atraso no acionamento (ou
desacionamento) da saída a relé. É também chamada de diferencial e possui um papel
importante na proteção do equipamento.

Imagine um termopar que mede temperatura em um sistema que se deseja manter um preset
de 100°C. Sempre que a temperatura estiver abaixo desse valor (qualquer valor abaixo) o
aquecimento será acionado. Da mesma forma, quando a temperatura estiver acima desse valor
(qualquer valor acima) o aquecimento será desligado. Como não existe diferença, o
aquecimento será acionado com muita frequência, diminuindo a vida útil dos equipamentos.

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Para evitar este problema é indicada a configuração da histerese. Se ela for de 1°C o
aquecimento será ligado abaixo de 99°C e desligará acima de 101°C, voltando a ligar só quando
a temperatura cair abaixo de 99°C. Esse pequeno ajuste evita um ciclo de liga/desliga
aquecimento contínuo em um curto período, evitando o desgaste excessivo dos componentes.

FUNÇÕES ARITMÉTICAS: O software de programação possui funções aritméticas (Adição,


Subtração, Multiplicação e Divisão). As mesmas podem ser utilizadas nas diferentes linguagens
de programação. A seguir as mesmas serão apresentadas:

Soma (ADD):
Adição de variáveis dos tipos: BYTE, WORD, DWORD, SINT, USINT, INT, UINT, DINT, UDINT, REAL
e LREAL. Duas variáveis de TEMPO podem também ser adicionadas em outro tempo. (por
exemplo, t#45s + t#50s = t#1m35s).
Quando habilitada (EN = TRUE) ela soma o
VALOR_A com o VALOR_B e armazena em
RESULTADO.
RESULTADO = VALOR_A + VALOR_B

Multiplicação (MUL)
Multiplicação das variáveis dos tipos: BYTE, WORD, DWORD, SINT, USINT, INT, UINT, DINT,
UDINT, REAL e LREAL.
Quando habilitada (EN = TRUE) ela
multiplica o VALOR_A pelo VALOR_B e
armazena em RESULTADO.
RESULTADO = VALOR_A * VALOR_B

Subtração (SUB)

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Subtração de uma variável (por outra), dos tipos: BYTE, WORD, DWORD, SINT, USINT, INT, UINT,
DINT, UDINT, REAL e LREAL. Uma variável de tempo (TIME) também pode ser subtraída de
outra variável de tempo, resultando em terceira variável de tipo tempo. Note que os valores
negativos de tempo são indefinidos.
Quando habilitada (EN = TRUE) ela subtrai o
VALOR_B do VALOR_A e armazena em
RESULTADO.
RESULTADO = VALOR_A - VALOR_B

Divisão (DIV)
Divisão de uma variável por outra, dos tipos: BYTE, WORD, DWORD, SINT, USINT, INT, UINT,
DINT, UDINT, REAL e LREAL.
Quando habilitada (EN = TRUE) ela divide o
VALOR_A pelo VALOR_B e armazena em
RESULTADO.
RESULTADO = VALOR_A / VALOR_B

FORNO – AQUECIMENTO E RESFRIAMENTO, CONCEITO DE HISTERESE

E Uma chave seletora habilita o funcionamento do forno.


X
E O PRESET será ajustado em um potenciômetro de 4kohms que permitirá um ajuste de 0 a
R 160 graus Celsius.
C
Í Quando habilitado, o forno deverá tentar atingir o PRESET. A histerese deve ser de 1 grau.
C
I Uma saída acionará o aquecimento e outra o resfriamento.
O

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EN: habilita o funcionamento


da instrução.

RI0: valor da temperatura


EFETIVA.

DESL: valor para desligar o


aquecimento (normalmente
acima do PRESET).

LIGA: valor para ligar o


aquecimento (normalmente
abaixo do PRESET).

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FORNO – AQUECIMENTO E RESFRIAMENTO, CONCEITO DE HISTERESE (FUNÇÃO)

E Uma chave seletora habilita o funcionamento do forno.


X
E O PRESET será ajustado em um potenciômetro de 4kohms que permitirá um ajuste de 0 a
R 160 graus Celsius.
C
Í Quando habilitado, o forno deverá tentar atingir o PRESET. A histerese deve ser de 1 grau.
C
I Prever somente aquecimento neste exercício.
O

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CAPÍTULO 3 – SAÍDAS ANALÓGICAS

As saídas analógicas podem fornecer sinais em tensão ou corrente proporcionais à um “preset”


programado no CLP.

Podemos usar estes sinais para controlar equipamentos que tem seu funcionamento baseado
não em um sistema ON/OFF, LIGA/DESLIGA, mas em valores analógicos. Por exemplo: um
inversor de frequência pode variar sua velocidade em uma faixa de valores entre Frequência
mínima e máxima. Podemos associar uma saída analógica para selecionar uma frequência
conforme o valor desta saída.

As saídas analógicas mais comuns são:

TENSÃO: de 0 a 10 V.

CORRENTE: de 0 a 20 mA ou de 4 a 20 mA.

Características das saídas analógicas da linha NEXTO.

Abaixo um esquema de ligação típico de uma saída analógica.

Característica da saída em Tensão.

Característica da saída em corrente.

20
Configuração das saídas analógicas no NEXTO.

COMO USAR UMA SAÍDA ANALÓGICA?

O processo é o inverso da entrada analógica. Devemos “enviar” um valor para o operando


associado a saída analógica e ela terá como saída um sinal elétrico proporcional a este valor.

Para isso usaremos a instrução MOVE: Ela quando habilitada, move o valor contido em um
operando para dentro de outro. Ela também pode ser utilizada para mover diretamente um
valor para um dentro de um operando.

Neste exemplo, estando habilitada a


instrução, o valor contido em V1 é enviado
para A00.

Neste exemplo, estando habilitada a


instrução, o valor 400 é enviado para A00.

21
E Desenvolva um ladder para atender o que se pede:
X
E - o projeto possui 1 botão desliga que quando pressionado deve fazer com que a saída
R analógica tenha 0V;
C
Í - e 3 botões liga, que quando pressionados devem fazer com que a saída analógica tenha
C 4, 8 e 10V respectivamente.
I
O Prever sustentação e intertravamento.

13

E Desenvolva um ladder para atender o que se pede:


X
E - o projeto possui 1 botão liga que quando pressionado deve fazer com que a saída
R analógica vá de 5V até 10V em 10 segundos
C
Í
C
I
O

13
A

E Ao pressionar um botão liga a SAÍDA ANALÓGICA, esta deverá executar a sequência de


X rampas de tensão conforme o gráfico: o Tempo T será de 10 segundos.
E
R
C
Í
C
I
O

14

PODE USAR O LIN_TRAFO PARA ADEQUAR O TEMPO AO VALOR DA SAIDA ANALÓGICA.


PODE USAR A “BASE DE TEMPO” PARA SEPARAR AS “FASES”.

22
AQUECIMENTO DE MATERIAIS POR MEIO DE FLUIDOS AQUECIDOS (QUEIMADOR DE GÁS,
ÁGUA QUENTE, ÓLEO QUENTE)

Neste tipo de processo um fluido aquecido ou mesmo uma chama entra em contato com o
produto a ser aquecido. Diferente dos fornos estudados até agora onde ao ligar o
AQUECIMENTO tínhamos 100% de fornecimento de calor, neste tipo de controle podemos
“ajustar” a quantidade de calor fornecida controle a quantidade de líquido aquecido que
circula ou no caso de uma chama, sua intensidade.

Para isso usaremos nossa GIGA de testes e atuaremos nas entradas 0a10V, 0a20mA e 4a20mA.

Consideramos que ao enviarmos um sinal elétrico para o forno, teremos um aquecimento


proporcional a este sinal (ex: 10V = 100% de aquecimento).

Devemos então calcular a diferença de temperatura entre o preset e o efetivo e ir reduzindo a


potência de aquecimento à medida que se aproximamos do preset. Como em um carro, que
reduzimos a aceleração quando nos aproximamos da parada.

E
X Programar um ladder que controle um forno com aquecimento a gás.
E
R Prever botão liga e desliga.
C
Í Leitura de temperatura pelo termopar.
C
I Aquecimento de 0 a 10V.
O
Preset por potenciômetro.
15

E
X Programar um ladder que controle um forno com aquecimento a gás.
E
R Prever botão liga e desliga.
C
Í Leitura de temperatura pelo termopar.

23
C
I Aquecimento de 0 a 20mA.
O
Preset por potenciômetro.
16

E
X Programar um ladder que controle um forno com aquecimento a gás.
E
R Prever botão liga e desliga.
C
Í Leitura de temperatura pelo termopar.
C
I Aquecimento de 4 a 20mA.
O
Preset por potenciômetro.
17

24
ENTRADA ANALÓGICA DE UM INVERSOR

O inversor de frequência pode ser ter sua velocidade controlada por um sinal analógico de
tensão (0 a 10V) ou corrente (0 a 20mA ou 4 a 20mA).

O inversor CFW08 tem por padrão o sinal 0 a 10V. Ao receber 0V ele terá uma velocidade de
0Hz e ao receber 10V ele terá uma velocidade igual a P134 (Velocidade máxima). Ou seja: A
velocidade em Hz será proporcional ao sinal analógico que ele recebe. É bom lembrar que esse
sinal só determina a velocidade e para comandar (Ligar, desligar, inverter rotação) devemos
atuar em suas entradas digitais.

E
X INVERSOR DE FREQUÊNCIA - 1
E
R Programar um inversor para que execute a curva de RPM conforme abaixo:
C Ao pressionar um botão 1S1 deverá ir para 60Hz sentido HORÁRIO.
Í Ao pressionar um botão 2S1 deverá ir para 30Hz sentido HORÁRIO.
C Ao pressionar um botão 3S1 deverá ir para 20Hz sentido ANTI-HORÁRIO.
I Prever um botão desliga para parar o inversor.
O

E Uma esteira tem velocidade de 2 m/s quando o inversor que a aciona está a 60Hz.
X Este inversor está a 60Hz quando recebe um sinal de 10V como referência.
E
R Deseja-se que ao acionar um botão a esteira vá a 30Hz e após 20 segundos 15Hz e após 10
C segundos 10Hz e após 15 segundos pare.
Í
C Programe esses saltos de tensão na saída analógica (desconsidere o tempo das rampas).
I
O

E INVERSOR DE FREQUÊNCIA - 2
X
E Programar um inversor para que execute a curva de RPM conforme abaixo:
R

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C
Í
C
I
O

Parâmetros:
Frequência mínima: 0Hz
Frequência máxima: 80Hz
Rampas de Aceleração e Desaceleração: 5 segundos
Tempo T: 10 segundos.
Prever um botão para ligar, um para desligar e um para sentido de giro.

E
X INVERSOR DE FREQUÊNCIA – 3 (SUPERVISÓRIO)
E
R Programar um inversor para que seja controlado por um supervisório.
C Prever:
Í Campo para editar a RPM (Máximo 3000).
C
I
O

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CAPÍTULO 4 – BLOCOS FUNCIONAIS
Muitas vezes você precisa repetir a mesma lógica várias vezes no seu ladder. Exemplos:

- Várias partidas de motores;

- Vários controles de temperatura;

Em outras situações você quer reduzir um pouco o tamanho do seu ladder. Escondendo uma
parte da lógica.

Uma opção seria criar um bloco funcional. Vantagens:

- Poder usá-lo em várias partes de um programa;

- Redução do tamanho visível do ladder;

- Facilidade de modificação “coletiva” da lógica.

Exemplo: BLOCO FUNCIONAL DE UMA MINUTERIA

Inicialmente vamos criar o bloco: clique com o botão direito do mouse em UserPOUs e siga o
caminho abaixo:

Na janela a seguir preencha com: NOME, MARQUE BLOCO FUNCIONAL, ESCOLHA A


LINGUAGEM LADDER e ADICIONE.

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Na criação do ladder temos que indicar quais variáveis serão de:

INPUT/ ENTRADA: São as variáveis que


estarão disponíveis externamente no
bloco para entrada de dados. Neste
caso será o sinal para iniciar e o
tempo.

OUTPUT/SAÍDA: São as variáveis que


estarão disponíveis externamente no
bloco para saída de dados. Neste caso
será o sinal para ligar a lâmpada da
minuteria.

INTERNAS: São as variáveis que


estarão disponíveis internamente no
bloco. Elas não apareceram no ladder
principal e servem para construir a
lógica do bloco.

28
Ladder do BLOCO FUNCIONAL MINUTERIA:

Como ficará o bloco no no ladder principal (UserPrg):

E
X
E Criar um BLOCO FUNCIONAL de uma PARTIDA ESTRELA TRIÂNGULO.
R
C Implementar o bloco no ladder para partir 2 motores.
Í
C
I
O

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ANEXO 1

COMO POR SENHA EM UM PROJETO DO MASTERTOOL


1) ABRA O PROJETO
2) VÁ NESSE MENU:

PROJETO --> CONFIGURAÇÕES DO PROJETO


CLIQUE EM SEGURANÇA E MARQUE ENCRYPTION

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ANEXO 2

CAPÍTULO 1 – TÉCNICAS DE PROGRAMAÇÃO


Conceitos

Passos ou etapas: São a menor parte divisível de um processo. Em um elevador por exemplo:

Abrir a porta - Esperar um tempo - Checar se alguém está na frente da porta - Fechar a porta -
Verificar o fechamento se ocorreu - Mover o elevador para o andar - Parar nivelado - Abrir a
porta

Comando Manual (Passo-a-passo): Cada ação depende de um comando “humano” para


ocorrer.

Comando Automático (Sequencial): As ações vão ocorrendo uma após outra após um
comando “humano” inicial.

Um exemplo seria um ROBÔ ASPIRADOR: Em


modo MANUAL ele pode ser controlado e
levado a limpar cada canto. Em modo
AUTOMÁTICO ele executa uma rotina padrão
cobrindo toda uma área onde estiver.

Processo Batelada com autorização: É o processo automático onde a transição entra etapas é
feita por uma autorização de sensores (geralmente) ou tempos.

Processo Batelada sem autorização: É o processo automático onde a transição entra etapas é
feita geralmente por tempo (sem verificação se a etapa anterior foi corretamente executada).

Processo Contínuo: Neste processo as etapas podem ocorrer simultaneamente. Podem estar
ocorrendo mais de uma ação ao mesmo tempo. Não necessariamente existe uma sequência a
ser seguida, mas sim condições para as ações ocorrerem. Geralmente a ordem não importa.
Exemplo: Controle de temperatura de um forno.

Exercício Manual Automático:

Uma máquina prepara café. Ela


possui 2 válvulas elétricas
E (mecanismo que quando
X energizado libera o produto, ou
E seja, “deixa o produto cair”). São
R elas: EV1 para o café em pó e EV2
C para a água quente).
Í Implementar uma chave
C comutadora com trava 1S1 para
I selecionar manual ou automático.
O

31
Em manual: Cada produto poderá
1 ser liberado por um botão
individual.
Em automático: Haverá um botão
para iniciar o ciclo em que deverá
ligar o café por 5 segundos e após
a água por 10 segundos.
PROCESSO BATELADA SEM AUTORIZAÇÃO
Conceitos:

Cascateamento: Cada tempo é controlado por um temporizador. O próximo tempo começa


quando o anterior termina (daí o nome cascateamento).

Vantagens:

Desvantagens:

Tempo total: Usa-se um temporizador (que tem o tempo total na soma de todas as etapas).
Usa-se instruções de comparação para determinar os tempos intermediários.

Vantagens:

Desvantagens:

Exercício Máquina de lavar:

Uma máquina de lavar deve ser automatizada. Ela possui um botão para ligar e ao final
do processo desliga automaticamente. Devemos controlar:
E - Água limpa que entra através do acionamento de uma eletroválvula EV1;
X - Detergente que entra através de outra eletroválvula EV2;
E - Motor de centrifugação através de um contator M1;
R - Água usada que sai através do acionamento de uma bomba BBA1.
C A sequência de acionamento que corresponde a uma lavagem é:
Í
C ETAPA AÇÃO TEMPO (seg)
I 1 ENTRAR ÁGUA (EV1) 20
O 2 ENTRAR DETERGENTE (EV2) 5
3 LAVAR (M1) 30
2 4 SAIR ÁGUA (BBA1) E LAVAR (M1) 25
Use apenas um temporizador para executar a sequência.

PROCESSO BATELADA SEM AUTORIZAÇÃO – MUX


CARTÃO PERFURADO

32
Nos primórdios da automação se
desenvolveu uma técnica de
programar a sequência de etapas de
um processo em um cartão. Esse
cartão era perfurado e um sistema
“lia” as perfurações e acionava
motores e válvulas. Cada coluna
correspondia a um atuador e cada
linha a uma etapa do processo. Essa
técnica se mostrou bem eficaz e é
usada ainda hoje para automatizar
processos que seguem uma
sequência sem alteração.

“CARTÃO PERFURADO” PARA CAFÉ DOCE

ETAPA SOLENOIDE SOLENOIDE SOLENOIDE


ÁGUA CAFÉ AÇUCAR
0 FURO
1 FURO
2 FURO

“CARTÃO PERFURADO” PARA CAFÉ SEM AÇÚCAR

ETAPA SOLENOIDE SOLENOIDE SOLENOIDE


ÁGUA CAFÉ AÇUCAR
0 FURO
1 FURO
2

INSTRUÇÃO MUX: Esta instrução armazena uma sequência de valores (como uma matrix
unidimensional) . Ela possui um INDICE que indica qual dos valores será movido para a SAÍDA
quando a instrução for ativada.

EN: habilita a execução da instrução;

K: índice (qual valor da lista (VALOR1,


VALOR2,... deve ser copiado para a SAIDA).
O primeiro tem índice 0.

EXEMPLO:
Se o INDICE=0 A SAIDA VALERÁ 10.
Se o INDICE=1 A SAIDA VALERÁ 20.

BYTE_AS_BIT: Esta instrução converte um valor BYTE para BIT (extraindo separadamente cada
um em uma saída).

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Esta instrução está disponível na
biblioteca ÚTIL.

EN: habilita a execução da instrução;

BYTE: valor que será decomposto em bits


e enviado para as saídas B0, B1, ..., B7.

EXEMPLO:
Se BYTE=0 todas saídas estarão desligadas.
Se BYTE=255 todas saídas estarão ligadas.
Se BYTE=1 então B0 estará ligada.
Se BYTE=2 então B1 estará ligada.
Se BYTE=3 então B0 e B1 estarão ligadas.
Se BYTE=4 então B2 estará ligada.
...

Exercício Máquina de lavar:

E Uma máquina de lavar deve ser automatizada. Devemos controlar corretamente:


X - Água limpa que entra através do acionamento de uma eletroválvula EV1;
E - Detergente que entra através de outra eletroválvula EV2;
R - Motor de centrifugação através de um contator M1;
C - Água usada que sai através do acionamento de uma bomba BBA1.
Í
C A sequência de acionamento que corresponde a uma lavagem é igual à do exercício
I anterior.
O Use as instruções aprendidas.

PROCESSO BATELADA COM AUTORIZAÇÃO


Neste tipo de processo, diferente dos métodos anteriores, o próximo passo só inicia através de
uma autorização (que geralmente detecta o fim do passo anterior).

Uma maneira de implantar a lógica é como mostrado no fragmento de ladder abaixo.

34
Exemplo:

1)Começa acionando INICIO.

2)Executa ETAPA1.

3)Fica esperando AUTORIZA2 para


executar ETAPA2.

4)E assim vai fazendo até a última


etapa.

Neste exemplo o DESLIGA_TUDO


derruba toda a lógica.

A autorização pode ser de um fim-de-curso, botão, sensor, temporização, etc.

ETAPA1, ETAPA2, ... , ETAPAn são usadas em outra parte do programa para ligar e desligar as
saídas.

MOTOR liga na ETAPA1, desliga na


ETAPA2 e volta a ligar na ETAPAn

Exercício elevador:

EXERCÍCIO 4 Programe o funcionamento de um elevador.

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ANEXO 3

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