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CONTOS AFRICANOS
CONTOS INDÍGENAS
A origem do conto está na transmissão oral dos fatos, no ato de contar histórias,
que antecede a escrita e nos remete a tempos remotos. O ato de narrar um
acontecimento oralmente evoluiu para o registro escrito desta narrativa. E o narrador
também evoluiu de um simples contador de histórias para a figura de um narrador
preocupado com aspectos criativos e estéticos..
Há tempos os homens reproduzem, para os seus descendentes, o modo de vida e
as tradições do passado. Vamos ler, por exemplo, um conto que narra a história de como
os índios obteve o poder sobre o fogo.
TEXTO II:
PANACEIA INDÍGENA
Diz que o pajé da tribo foi chamado à tenda do cacique. Quando o pajé entrou, o
cacique estava deitado, meio sobre o gemebundo, se me permitem o termo. A perna do
cacique estava inchada, mais inchada que coxa de corista veterana. Tinha pisado num
espinho envenenado. O pajé examinou, deu uns dois ou três roncos de pajé e depois
aconselhou:
No dia seguinte estava com a perna mais inchada. Chamaram o pajé de novo. O
pajé veio, examinou e lascou:
– Hum… hum… perna grande guerreiro melhorou nada com folha galho
passarinho azul pousou. Precisa lavar com água de Lua.
Disse e se mandou. O “staff” arranjou uma cuia e botou a bichinha bem no meio da
maloca, cheia de água, que era para – de noite – a Lua se refletir nela. Foi o que
aconteceu. De noite houve Lua e, de manhãzinha, foram buscar a cuia e lavaram com a
água a perna do cacique.
O pajé já até tinha pensado que o chefe ficara bom, pois não foi mais chamado.
Passado uns dias, no entanto, voltaram a apelar para os seus dotes de curandeiro. Lá foi
o pajé para a tenda do cacique, encontrou-o deitado com a perna mais inchada que
cabeça de botafoguense. Aí o pajé achou que já era tempo de acabar com aquilo.
Examinou bem, fez um exame minucioso e sentenciou:
– Cacique vai perdoar pajé, mas único jeito é tomar penicilina!
1. O pajé foi chamado à tenda do cacique para curá-lo de um mal. O que causou esse
mal?
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5. O autor afirma que o pajé receitou penicilina. Com isso, pretende fazer-nos rir, pois a
penicilina é totalmente estranha à medicina tradicional dos índios. Analisando melhor essa
afirmação, notamos que o autor pretende também:
6. Pelo contexto, você deve ter concluído que panaceia (título do texto) é:
7. Dá-se o nome de oca à construção em que moram os índios. Essa palavra, entretanto,
não foi usada no texto. Que palavra o autor usou para referir-se à casa dos índios?
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8) Ao comparar os dois contos, observa- se que o texto I e II apresentam ensinamentos
diferentes sobre valores humanos. Identifique-os e compare-os de acordo com as
historias narradas nos textos.
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O homem
leopardo
Panacéia
indígena
CENTRO DE ATENÇÃO INTEGRAL À CRIANÇA E AO ADOLESCENTE
CAIC PAULO DACORSO FILHO
CONVÊNIO: UFRRJ – PMS
Analisando o texto:
A conversa entre a onça, a anta e o macaco, na fábula que você leu, é contada por
Monteiro Lobato de um modo que nos permite saber direitinho as palavras que cada um
usou. Isso e chamado de discurso direto. Ou seja, a pessoa que conta a historia, o
narrador, apresenta os personagens e reproduz a sua conversa. Para isso, ele usa alguns
sinais de pontuação: os dois pontos e o travessão. Veja só:
Toda vez que você ler uma historia em discurso direto vai encontrar esses dois sinais de
pontuação.
Nessa frase, não aparecem mais os dois pontos e o travessão porque o narrador não
está apresentando a fala do personagem. O narrador está apenas contando o que
aconteceu, utilizando suas próprias palavras. Ou seja, ele não está mais usando o
discurso direto, e sim o discurso indireto.
Discurso direto
Discurso indireto
“A onça perguntou a anta se ela queria comparar os filhos dos outros com os seus.”
Discurso direto
“A anta respondeu:
― Não vejo motivo para tanto barulho. Fizeram com elas o que você faz todo dia com os
outros filhotes”
Discurso Indireto
“A anta respondeu a onça que não via motivo para tanto barulho porque fizeram com os
filhotes da onça o que ela fazia todo dia com os outros filhotes.”
Leia agora este trecho e veja como ficaria a fábula da onça escrita em discurso indireto:
“Ao chegar em casa, a onça perguntou onde estavam suas filhas. Perto dali, a anta
respondeu que não via motivo para tanto barulho. Disse também que fizeram com
elas o que a onça fazia todos os dias com os outros filhotes. A onça então
perguntou se a anta queria comparar suas filhas com os outros filhotes.
Observando a cena, o macaco afirmou que era sempre assim: pimenta nos olhos
dos outros não arde.”
Você reparou na diferença entre as duas maneiras de contar a mesma historia?
EXEMPLO
Atividade D - Nesta atividade, você vai fazer o contrário da anterior. Vai passar do
discurso direto para o discurso indireto, conforme o modelo. Preste atenção nos sinais de
pontuação:
a) Pedro falou:
-- Pretendo tirar férias a partir do mês de janeiro.
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b) Roberto disse:
― A festa de sábado foi muito boa.
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c) Sergio afirmou:
― Adoro passear olhando o mar!
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