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ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE SEROPÉDICA


SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CULTURA E ESPORTE
CONVÊNIO: UFRRJ – PMS
CAIC PAULO DACORSO FILHO
Seropédica: 01 de março de 2021.
Ano de escolaridade: 9º Ano do Ens. Fund. Turmas: 901 e 902
Carga horária da atividade: Professor (a): Maria Luiza Wilker da Silva Cortes
Aluno (a):
ÁREA: Linguagem, Códigos e suas tecnologias
COMPONENTE CURRICULAR: Língua Portuguesa- Aula Remota
UNIDADE TEMÁTICA: Reportagem
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: Leitura e compreensão das relações entre textos.

“O impossível não é impossível”: a produção de vacinas Covid-19 em tempo recorde


Laboratórios fizeram esforço histórico para conseguir produzir vacinas em velocidade recorde
Jen Christensen, CNN
05 de março de 2021 às 14:41
Antes da pandemia, os amigos e a família da norte-americana Anne Leonard tinham apenas um
interesse superficial em suas duas décadas de trabalho na fabricação de produtos farmacêuticos.

Mas, recentemente, quando sua avó soube que o trabalho dela como diretora de garantia de
qualidade nas instalações da Catalent, no estado de Indiana, EUA, significava que a neta estava
ajudando a manter as vacinas Johnson & Johnson e Moderna seguras, ela ficou tão orgulhosa
que saiu contando para todos os seus amigos.

“Ela não tinha notado mesmo que eu estava tão próxima da fabricante da vacina para a Covid-
19”, disse Leonard. “Ela ficou encantada”.

Leonard disse que até seus filhos de 9 e 11 anos sabem que, embora tenha de trabalhar por
muitas horas mais, o que está fazendo é um trabalho importante.

“Digo que estou fazendo isso por eles, pela vovó e por seus professores”, contou Leonard.

Com a autorização da FDA, a agência reguladora de medicamentos e alimentos nos EUA, na


semana passada, a Johnson & Johnson disse que cerca de quatro milhões de doses de sua
vacina contra o coronavírus iriam imediatamente para os estados para ajudar a atender à enorme
demanda. A empresa disse que espera fazer doses suficientes para vacinar 20 milhões de
pessoas até o final de março, e tem o objetivo de produzir um bilhão de doses globalmente até o
final do ano.

Mas, como disse o presidente Joe Biden na terça-feira (2), “simplesmente não estava
acontecendo de forma rápida o suficiente”.

Biden anunciou que a farmacêutica Merck ajudará a fabricar a vacina Johnson & Johnson, uma
decisão tomada depois que ficou claro que a J&J ficaria aquém de seus objetivos de fabricação. A
parceria foi revelada pela primeira vez pelo jornal “The Washington Post”.
A Casa Branca disse que estava utilizando a Lei de Produção de Defesa para ajudar a equipar
duas instalações da Merck para fabricar o produto Johnson & Johnson, inclusive reforçando a
capacidade de preenchimento dos frascos e empacotamento final (conhecida pelo termo em
inglês “fill/finish”) e aumentando a disponibilidade dos componentes das vacinas.

Ainda pode haver atrasos, mas Biden disse na terça-feira que os Estados Unidos terão doses
suficientes da vacina contra a Covid-19 para cada norte-americano adulto até o final de maio.

Não é na base do grito

Antes que a vacina da J&J chegue ao braço de alguém, ela deve passar por um processo
sofisticado e complicado que envolve várias empresas. O processo não acontece da noite para o
dia, mas as empresas dizem que a fabricação de vacinas avançou a uma velocidade nunca vista
antes na história da fabricação de produtos farmacêuticos.

A J&J disse que tem trabalhado com “urgência” para aumentar a produção do imunizante, mas
não é fácil.

“A produção de nossa vacina é um processo altamente complexo que requer capacidades e


experiências muito particulares”, disse o doutor Richard Nettles, vice-presidente de assuntos
médicos da J&J ao subcomitê de Supervisão e Investigações para o Comitê de Energia e
Comércio da Câmara dos EUA na semana passada.

Demora cerca de cinco ou seis semanas para fazer a engenharia genética. Depois, é preciso que
a vacina cresça, seja purificada e finalizada antes de poder ser embalada, lacrada e enviada para
distribuição aos centros de vacinação.

Colocando de outra forma, o doutor Paul Stoffels, diretor científico da Johnson & Johnson, disse à
CNN, “não dá para acelerar na base do grito”.

A J&J examinou 100 locais de produção em potencial e encontrou oito que atendem às suas
necessidades até agora, disse Nettles. Três produziram lotes de teste da vacina. A expectativa é
ter capacidade adicional até o segundo trimestre do ano, com produção nos Estados Unidos,
Europa, Ásia e África.

Anne Leonard trabalha na movimentada fábrica da Catalent em Bloomington, Indiana, que fica em
um prédio escondido entre uma quadra esportiva e um distribuidor da Budweiser. Cinco turnos de
dois mil funcionários mantêm as movimentadas linhas de produção funcionando 24 horas por dia,
sete dias por semana.

A produção da vacina J&J no local começou no final de janeiro e deve chegar às mãos da
autoridade reguladora em breve. As doses que vão sair esta semana vêm de outra fábrica.

A Catalent espera atender à crescente demanda por vacinas para ajudar a acabar com a
pandemia.

“Estamos indo o mais rápido que podemos. Em um setor tão regulamentado, há certas etapas
que não podem mesmo ser aceleradas, mas acho que estamos fazendo coisas incríveis para
lançar a vacina de forma tão rápida. Todos no local sentem uma grande responsabilidade e
trabalhamos dia e noite para fazer isso”.

A fábrica que, décadas atrás, fazia televisores, agora está ajudando a produzir a substância com
a qual o país conta para acabar com seu isolamento.

Como a vacina é feita


A empresa que de fato inicia o processo de fabricação da J&J não é a Catalent, mas a Emergent
Biosolutions, sediada em Baltimore.

A Emergent faz o trabalho de engenharia genética com um vírus conhecido como adenovírus 26,
que causa o resfriado comum em humanos. Os genes são removidos do vírus para que ele não
se replique e se espalhe pelo corpo. O material genético também é removido para dar lugar às
instruções genéticas para fazer um pedaço da proteína spike do coronavírus, usada para se ligar
às células.

O vetor de adenovírus é cultivado em cubas de células humanas em grandes reatores. O vírus


resultante é purificado para remover detritos. É um processo biológico que leva várias semanas
antes que o produto resultante possa ser congelado e enviado a centenas de quilômetros para
empresas como a Catalent.

Tanto para a vacina da J&J quanto para a da Moderna, a Catalent é uma das empresas que faz o
que é conhecido na indústria como a parte “fill/finish” do processo de fabricação.

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