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entrevistado
Manoel Simplicio
Maria de Lourdes da conceição Alves
ilustração
co-autores
professores e alunos da Escola Indigena Jenipapo-Kanindé
guardiões da memorias
APRESENTAÇÃO
Esta cartilha é um fruto do trabalho realizado por Cleilson Mateus da Silva, professores da
Escola Indigena Jenipapo-Kanindé, cursista da Licenciatura Intercultural Indigena LII-
PITAKAJA e bolsista do PIBID DIVERSIDADE. Esta cartilha tem por objetivo repassar para
nosso povo, os mitos e lendas contadas pelos os nossos guardiões da memoria, como uma
forma de manter sempre a cultura e a história dos nossos antepassados viva, em nossas
memorias. Esta cartilha também servirá de material didático para trabalhar com os alunos
dentro de sala de aula como um forma pedagogica de estudo. Esta cartilha tem por objetivo
de relata e descrever o cotidiano do povo Jenipapo-Kanindé, desta forma, compreender a
cultura local do nosso povo atravez das lendas e mitos contado pelos os nossos guardiões de
memorias.
01
DEDICATÓRIA
02
SUMARIO
APRESENTAÇÃO:...................................................................................... 01
DEDICATORIA: …....................................................................................... 02
Lendas e mitos: …...................................................................................... 04 á 12
O mito da cobra:.......................................................................................... 07
Atividades:..................................................................................................
Noite de natal:............................................................................................... 09
Atividades:...................................................................................................
A princesa e o peixe:................................................................................... 11
Atividades:.................................................................................................
03
ATIVIDADE
04
A cidade sob a lagoa
ATIVIDADE
Diz que veio um homem... Dois homens que sabia uma oração. Aí vieram pra desencantar a
lagoa. Em numa certa altura
eles subiram no pé do morro.
Os homens chegou a ler um
livro, aí o outro ficou ali
encostado, ouvindo né. Diz que
a lagoa foi secando, foi
secando e foi aparecendo
àquelas pessoas. A lagoa já
tava seca, já tava mesmo no
solo... Num ia encher mais...
Vendo tudo já, as casa... Aí
esse outro companheiro que
tava com ele disse: “rapaz o
que você ver não se admire,
porque se não desaparecendo tudo e volta o que tava”. Aí ele pegou a se admirar e
desapareceu tudo e a lagoa continuou encantada. (Lenda contada pela India Maria de
Lourdes da conceição Alves, cacique Pequena, Lagoa Encantada, 2014).
ATIVIDADE
1ª- Escreva o titulo desta lenda?
06
O mito da cobra
Ai eu fui pega umas iscas de manhã cedo de madrugadinha, o sol vinha saindo, ai eu avistei
o irmão brasileiro, que tem a barraca no outro lado da lagoa, e estava a cordado e eu dado
vários lance da tarrafa, chegou mora minha
filha eu já tinha pegado as isca e três cara. Ai
eu jogando a tarrafa um peixe pulou na minha
frente, caio no modo de uma pedra grande
que pesava uns três quilos, ai eu disse: na
tarrafa tinha uns peixe eu não tirei do saco da
tarrafa, o peixe corria de um lado para o outro
pra la e pra ca, ai sacudi essa tarrafa em riba
do peixe e fiz o primeiro paga mão na tarrafa,
quando fui fazer o outro ai aquela rudia, olhei
era uma cobra bem grandona, eu falei pro
irmão João lacei uma cobra, foi mesmo irmã
chiquim? Foi irmão João! Ai soltei o punho da
tarrafa só com uma corda na pega mão e
joguei a tarrafa no seco. E peguei um pedaço de pau para mata a cobra, mais quando eu mim
virei à cobra tinha se transformado num toco em forma de uma cabeça de bode. (Indio
Francisco Alves Filho, 2015)
ATIVIDADE
9ª- Na lenda os dois personagem descreve uma atividade, que atividade era essa?
10ª- Qual é o instrumentos de pesca citado na lenda e descreva como é usado?
11ª- Faça um
desenho que
representa a
lenda.
07
ATIVIDADE
08
Noite de natal
O finado Adorico cansou de mim contar também e foi certo mesmo, noite de natal... Aí descia
uma banda, as doze hora, doze hora
descia uma banda aqui, desse o
morro pra cá, chegava aqui parava,
tocando isso era uma festa animada
medonha, aí tocava, tocava, tocava,
os galo cantava ai, ia simbora, se
encantava, é encanto né? O pessoal
diz que não existe, mas existe muita
coisa nessa lagoa má. As vez eu ia
pescar, lanceava, lanceava e não
pegava nada, nesse tempo não
tinha isopor, nem nada, eu ia num
cavalete, reparei assim pra baixo, lá
estar o prato mesmo assentado lá
embaxo, era mesmo como o sol vem
saindo aqueles raio assim... o ouro
mais bonito da vida, aí eu pense; eu pudia descer, vou descer não ren, ren, ren, aí no disci, aí
demorei um pedaõ bom olhando, olhando, mas lá era bonito, era ouro, essa lagoa tem muito
ouro má, perdido.
(Lenda contada pelo indio Manoel Jorge da Silva, 74 anos, 2015).
ATIVIDADE
1ª- Escreva o titulo desta lenda?
09
Uma mulher chamada Aline contava que ali no Morro do Urubu, diz ela que na Sexta-feira
santa havia atrás do Morro não é Morro, é uma igreja que foi enterrada Diz que aparece esse
cordão de ouro lá. Mas só vê assim
quem fica mesmo prestando atenção
na semana santa, na Sexta-feira
santa. Aparece em cima aí no próprio
instante que o cordão aparece aí
cum um pedaço apareça a igreja
também. Diz que os cordão pé torre
da igreja (Índio Novo. Lagoa da
Encantada)
Os meus ti também diziam que nesse
morro aí, eles também viam o morro
se transformando numa igreja sabe,
aquela igreja bonita... toda
desenhada mesmo conforme uma
igreja . E eles ficam observando e
vendo aquelas belezas da noite se
transformando, aquelas beleza da
lagoa. E quando era depois no outro
dia eles num via mais nada, eles via
a lagoa mesmo vestida com a água e o morro do jeito que é, todo vestido de mata. (Índia
Maria de Lourdes da conceição Alves, cacique Pequena, 2015)
ATIVIDADE
1ª- Assinale a alternativa correta:
A) ( ) Atrás do Morro, não é Morro, é uma igreja
que foi enterrada.
B) ( ) Noite de natal, descia uma banda, as doze horas.
C) ( ) Morro se transformava em uma igreja.
10
A princesa e o peixe
Ao amanhecer o dia, um rapaz chamado Chico Pixinga pegou seu arpão e foi buscar água.
Quando chegou na beira da lagoa encheu seu pote e colocou no seco, olhou para a lagoa e
viu um ressôo muito grande. Ficou olhando mais de perto e viu um peixe enorme, correu em
casa, e foi pegar seu arpão e voltou correndo para a lagoa. Quando chegou na lagoa o peixe
ainda estava no mesmo lugar, jogou o arpão no peixe e ferrou o peixe. O peixe saiu rápido e
ele ficou pensando como aquele peixe foi embora. Quando ele olhou, avistou um moça muito
bonita.
Ela chegou perto dele e disse: vamos tirar o
arpão das costas do meu pai.
Ele disse: seu pai? Eu arpei foi um peixe.
Ela disse: não você arpou foi meu pai.
Ele perguntou para ela: como é que eu faço
para tirar o arpão das costas de seu pai?
Ela respondeu: você feche bem os olhos e
suba em cima da minhas das costas e só
abra os olhos quando eu mandar.
Assim ele fez. Quando ele chegou na casa
dela, avistou um paraiso, uma casa linda
cheia de arvores ao redor, com muitas
frutas.
Ele perguntou: onde esta seu pai?
Ela falou: me acompanhe, ele esta lá no
quarto, mais você não pode pegar em nada
se não você não volta mais.
Quando chegou no quarto, ele avistou o pai
dela deitado em cima de uma cama,
gemendo, com o arpão em suas costas. Ele
puxou o arpão e ela disse para ele: vamos
dar uma volta no jardim .
Ela perguntou para ele: que ficar morando aqui com a gente ?
Ele respondeu: não, porque eu não pedir aos meus pais e então eu quero ir embora.
Ai ela disse: suba em minhas costas e feche os olhos.
Assim ele fez, mais quando ele abriu os olhos, ele estava na beira da lagoa com seu pote
cheio d água e foi embora. (Índia Maria de Lourdes da conceição Alves, cacique
Pequena, 2015)
ATIVIDADE
1ª- Qual é a finalidade deste texto?
ATIVIDADE