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União dos Escoteiros do Brasil

Região do Paraná
Grupo Escoteiro Manoel Ribas 89º/PR
Sede: Rua Visconde de Guarapuava, 920 – Centro – Guarapuava – PR

1º ENCONTRO DE FORMAÇÃO DE MONITORES


CAIO VIANNA MARTINS
Aos monitores e sub-monitores, este material é o resultado da experiência de toda a chefia e de uma
pesquisa que foi elaborada, exclusivamente, para você MONITOR(A), SUB-MONITOR(A) e para quem
está se preparando para assumir esse cargo tão importante em uma Patrulha.
Os assuntos apresentados neste material, serão abordados nas conversas que teremos durante o
treinamento. O nosso objetivo é contribuir com o crescimento de vocês como líderes, desta forma,
alcançando o seu “Melhor Possível” estando nesse cargo tão importante. Ao mesmo tempo que você irá
trilhar o próprio caminho para o seu crescimento, irá contribuir e instigar os membros da sua Patrulha
fazerem o mesmo. É por este motivo que este cargo representa muito mais RESPONSABILIDADE do que
PRIVILÉGIOS.
Para desenvolver bem sua função na Patrulha, você pode consultar este material que contém um
resumo de orientações básicas utilizadas no dia a dia da Patrulha, mas também, pode buscar os materiais
publicados pela União dos Escoteiros do Brasil. Estes documentos deverão fazer parte da bibliografia da sua
Tropa e Patrulha.
É impossível abranger em um final de semana todos os assuntos relevantes para o desempenho da
monitoria de uma patrulha. Assim, sempre que surgirem dúvidas procure a chefia para pedir orientação, ela
buscará esclarecer suas dúvidas e dará a orientação para que você se torne melhor MONITOR(A) e melhor
SUB-MONITOR(A). Converse sempre com os escotistas da sua Tropa.
Conte com a chefia pois ela também conta com você!
- Ch. Giuseppe Visentim
Quem foi Caio Vianna Martins?

Caio Vianna Martins nasceu em Matozinhos, em 13 de julho de 1923, e foi um escoteiro brasileiro.
Sua história é marcada por coragem, altruísmo e dedicação ao ideal escoteiro.
Caio era um menino comum do seu tempo e mudou-se para Belo Horizonte com a família aos oito
anos. Lá, estudou no colégio Arnaldo e Afonso Arinos e ingressou no Escotismo. Mais tarde, ele se
tornaria monitor da Patrulha Lobo.
Em uma noite fatídica, 19 de dezembro de 1938, Caio estava com seu destino traçado, semelhante
aos grandes heróis da história. Ele fazia parte de uma delegação de 25 membros que participava de
uma excursão técnico-cultural a São Paulo. O grupo viajava de trem, e tudo parecia normal até que, entre as
pequenas estações de Sítio e João Aires, ocorreu um terrível desastre. O trem noturno em que estavam
colidiu com um trem cargueiro que subia. Muitos vagões descarrilharam, e o vagão ocupado pelos escoteiros
ficou comprimido entre outros carros.
Caio e seus companheiros resistiram ao impacto e se reuniram em um ponto da estrada. No entanto,
perceberam que o Escoteiro Gerson Issa Satuf e o Lobinho Hélio Marcos estavam desaparecidos. Na busca,
encontraram ambos já sem vida. Os sobreviventes improvisaram macas e uma fogueira para iluminar o
local, facilitando o resgate. Os primeiros socorros chegaram apenas cinco horas após o acidente, e Caio,
mesmo ferido, recusou a maca, dizendo: “Um escoteiro caminha com as próprias pernas”. Ele seguiu
andando, mas o esforço foi demais, e ele desfaleceu. Caio Martins veio a falecer na manhã do dia 20 de
dezembro, aos 15 anos de idade, na presença de seus pais.
Caio Vianna Martins é lembrado como um exemplo de coragem, solidariedade e espírito escoteiro.
Sua memória permanece viva, inspirando gerações de jovens a seguirem os valores do Escotismo.
1 ESCOTISMO
1.1 Sinais manuais;
1.2 Sinais sonoros;
1.3 Uso da bandeirola;
1.4 História do Escotismo;

2 ORGANIZAÇÃO LOCAL
2.1 Organização da Patrulha;
2.1.1 Patrulha;
2.1.1.1 Espírito de patrulha;
2.1.1.2 Disciplina;
2.1.1.3 Conselho de patrulha;
2.1.2 Encargos de patrulha;
2.1.2.1 Monitor;
2.1.2.2 Sub-monitor;
2.1.2.3 Encargos de sede;
2.1.2.4 Encargos de campo;
2.1.3 Corte de Honra;

3 TÉCNICAS MATEIRAS
3.1 Nós e Amarras;
3.2 Montagem de campo;
3.3 Pionerias;
3.4 Barraca;

4 TÉCNICAS DE COZINHA
4.1 Fogos e fogueiras;
4.2 Regras de Segurança;

5 SAÚDE
5.1 Ataduras e tipoias;
5.2 Imobilização e transporte de feridos;
5.3 Caixa de primeiros socorros;

6 SEGURANÇA
6.1 Ferramentas de campo;
6.2 Fogareiros e lampiões;

7 CIDADANIA
7.1 Bandeira Nacional;

8 LIDERANÇA
8.1 O que é um monitor;
8.2 O que é preciso para ser um monitor;
8.3 Respeito e admiração dos comandados;

9 ESPIRITUALIDADE
9.1 Orações escoteiras;
9.2 Importância da espiritualidade na Patrulha;
LEI DO ESCOTEIRO
Antes de tudo, o monitor deve ter sempre em mente a lei do escoteiro tendo ela como base da sua
vida.

1. O escoteiro é digno de confiança;

2. O escoteiro é leal;

3. O escoteiro está sempre alerta para ajudar o


próximo e pratica diariamente uma boa ação;

4. O escoteiro é amigo de todos e irmão dos demais


escoteiros;

5. O escoteiro é cortês;

6. O escoteiro é bom para os animais e as plantas;

7. O escoteiro é obediente e disciplinado;

8. O escoteiro é alegre e sorri nas dificuldades;

9. O escoteiro é econômico e respeita o bem alheio;

10. O escoteiro é limpo de corpo e alma.


1 ESCOTISMO

1.1 Sinais manuais

ATENÇÃO ou ALERTA: O chefe ergue o braço direito com


o sinal escoteiro. Usado quando se deseja atenção ou silêncio
da tropa

FIRME: O chefe ergue lateralmente o braço e o traz de volta


junto ao corpo, enquanto seus pés se unem também.
DESCANSAR: O chefe afasta lateralmente o braço e o traz de
volta para suas costas, onde a mão se une a outra, ao mesmo
tempo em que seus pés se afastam.

FILA INDIANA: O chefe estende o braço direito à frente e a


tropa forma uma fila única (fila indiana) por patrulhas. Os
monitores à frente, seguido pelos elementos e por último o sub-
monitor; na sequência a patrulha seguinte se posiciona da
mesma forma atrás do sub-monitor da primeira patrulha.

POR PATRULHAS: O chefe chama a tropa e se posiciona


com os dois braços estendidos à frente e com punhos fechados.
Os monitores tiram a medida de 3 passos do chefe e formam
suas patrulhas para então apresentar ao chefe.
COLUNA ou EM LINHA: O chefe estende os
dois braços lateralmente e a tropa forma uma
linha a sua frente com a metade da patrulha à
esquerda e metade à direita.

CÍRCULO: O chefe balança os braços ao redor


do seu corpo e a tropa forma em torno dele.

FERRADURA: O chefe faz formato de


ferradura com os braços levemente flexionados,
a tropa, ou grupo, passa de forma ordenada por
trás do chefe e formam em formato de ferradura
com o todos voltados para o chefe.

DEBANDAR: O chefe cruza os braços três


vezes a sua frente e todos dão um passo à frente,
fazem a saudação e gritam o lema do seu ramo
(Lobinho: “Melhor possível” / Escoteiro e
Sênior: “Sempre Alerta” / Pioneiros: “Servir”)

COLUNA: O estica os braços para frente com


os antebraços dobrados para cima e a tropa
formam em linha, uma atrás da outra, todos
virados para o chefe.
1.2 Sinais sonoros

1.3 Uso da bandeirola


O bastão do monitor é uma ferramenta muito funcional, o monitor pode, por exemplo,
gravar medições como uma régua na bandeirola, sinais de pista, enrolar alguns metros de
cabo, escalas de mapa para conversão...
O monitor e sua bandeirola, quando o monitor está representando sua patrulha, ele
deverá utilizar a bandeirola e mostrar como usá-lo em:
I. Em uma oração;

II. Na bandeira;
III. Na apresentação da patrulha;

IV. Colocar a patrulha em forma.

1.4 História do escotismo

O escotismo é um movimento educacional que visa ao desenvolvimento integral dos


jovens, por meio de atividades ao ar livre, valores e princípios. Foi fundado em 1907 por
Robert Baden-Powell, um ex-general britânico que se inspirou em suas experiências militares
e em técnicas de sobrevivência na natureza.
O primeiro acampamento escoteiro foi realizado na Ilha de Brownsea, na Inglaterra,
com 20 rapazes de diferentes classes sociais. O sucesso do acampamento levou Baden-Powell
a escrever o livro “Escotismo para Rapazes”, que se tornou o guia do movimento.
O escotismo se espalhou pelo mundo e se adaptou às diferentes culturas e
necessidades dos jovens. Hoje, existem mais de 50 milhões de escoteiros em mais de 200
países e territórios, organizados em quatro ramos: lobinho, escoteiro, sênior e pioneiro.
O escotismo no Brasil começou em 1910, com a fundação do primeiro grupo escoteiro
em Niterói, no Rio de Janeiro. Em 1924, foi criada a União dos Escoteiros do Brasil, que é a
instituição que representa o escotismo nacional. O escotismo brasileiro segue os mesmos
princípios e métodos do escotismo mundial, mas com algumas características próprias, como
o uso do lenço, a presença do lobo-guará como mascote do ramo lobinho e a valorização da
diversidade cultural e ambiental do país.
2 ORGANIZAÇÃO LOCAL
2.1 Organização da Patrulha
A patrulha é um pequeno grupo de jovens, que de forma organizada pratica o
escotismo. Liderados pelo monitor, esses grupos devem ser autônomos, unidos e ter iniciativa
e vida própria.
Na organização da patrulha são distribuídas algumas funções, ou encargos, para
organizar, manter a ordem, dar sustentabilidade e guardar a história da patrulha.

2.1.1 Patrulha
2.1.1.1 Espírito de patrulha
Independente da função que exercer dentro da patrulha, o ESPÍRITO
DE PATRULHA é o que mantém a patrulha como uma unidade. Todos
precisam ter a visão de pertencimento à patrulha e ver ela como uma família,
para que desta forma, todos tenham a consciência de cumprir a função que lhe
foi determinada.
Espera-se que os MONITORES demonstrem para os demais da
patrulha o Espírito de Patrulha, bem como, distribuir as funções para cada um
dos elementos. O monitor é o líder da Patrulha, sendo assim, pode ajudá-la a
conquistar qualquer objetivo, incentivando e unindo SEMPRE a patrulha.
O Espírito de Patrulha é o resultado do somatório das experiências de
todos que passam pela patrulha, tudo aquilo que “trazem na bagagem”. Cada
um possui suas próprias qualidades e cabe ao monitor explorar estes pontos
positivo para que a patrulha seja ainda mais forte.
Este Espírito de Patrulha é como um “RG”, uma identidade da patrulha.
Desta forma, a patrulha pode ter características que a diferencie das demais,
como por exemplo:
 Chamado de patrulha: Um grito que seja uma chamada para os
elementos da patrulha se reunirem;
 Decoração do canto da patrulha: Ter decorações que tenham
relação com o nome da patrulha, o canto da patrulha pode ainda
ter uma placa com nome, por exemplo: Covil dos Leões
(Patrulha Leão) / Oca dos Pataxós (Patrulha Pataxó);
 Uso de um grito de guerra para incentivar a patrulha durante
atividades.

2.1.1.2 Disciplinas
É fundamental a pontualidade. O monitor deve ser o exemplo da
patrulha.
Caso o monitor não possa comparecer ou tenha que se atrasar para uma
atividade, deve avisar com antecedência o sub-monitor e passar as devidas
instruções para que este o substitua.
O ideal é que a patrulha seja formada e apresentada o mais rápido
possível após o chamado da chefia, portanto monitor, seja ágil em se
posicionar e guiar a patrulha para isto.
O monitor deve estar a 4 passos da chefia.
A patrulha deve ter a disciplina de permanecer em silêncio e atentos à
chefia.
2.1.1.3 Conselho de patrulha
É uma reunião da patrulha sob a presidência do monitor. É uma, se não
a mais, importante ferramenta para promover a união da patrulha. O monitor
não deve impor seus desejos à patrulha, mas sim sugerir e ouvir as sugestões
dos demais.
Não precisa ser na sede. É interessante que cada vez seja feito na casa
de um integrante diferente da patrulha, em uma espécie de “rodízio”, pois
assim, os pais dos integrantes conhecem aqueles que acompanham seus filhos,
e cria um vínculo maior entre os integrantes da patrulha. É importante que essa
reunião aconteça em local tranquilo para que todos possam falar e serem
ouvidos.
O Conselho de Patrulha pode ocorrer 1 vez por semana, 1 vez a cada 15
dias, 1 vez por mês, fica à escolha da patrulha. Mas precisa ocorrer antes da
Corte de Honra.
Mas atenção, o Conselho de Patrulha é para tratar, acima de tudo, de
assuntos relacionados ao escoteiro. Não deve se limitar a um lanche e uma
partida de futebol.
Exemplo de alguns assuntos a serem tratados no Conselho de Patrulha:
 Atividades a serem propostas na Assembleia de Tropa;
 Eleição de monitor;
 Aprovação do Sub-monitor;
 Distribuição dos encargos da patrulha;
 Administração dos recursos da patrulha;
 Planejamento da patrulha para próximas atividades;
 Progressão pessoal e especialidades;
 Definição de atividades específicas da patrulha;
 Autoavaliação dos integrantes;
 Discussão de assuntos a serem levados à Corte de Honra pelo
monitor.

2.1.2 Encargos de patrulha


2.1.2.1 Monitor
Escoteiro escolhido pelo conselho de patrulha para dirigir a mesma.
Não é necessariamente o mais velho, inteligente ou forte, mas sim
aquele que consegue fazer a patrulha funcionar unida e promover o
desenvolvimento de seus elementos. Normalmente é o escoteiro mais velho da
patrulha.
Funções:
 Cuidar do adestramento e evolução dos seus elementos;
 Manter a união, solidariedade e disciplina da patrulha;
 Manter o interesse da patrulha nas atividades;
 Cuidar da boa apresentação de patrulha;
 Elevar o ânimo de patrulha nas adversidades;
 Levar as aspirações, preocupações e necessidades da patrulha
para a Corte de Honra;
 Apresentar ideias e planos de ação para a patrulha;
 Dirigir a patrulha nos jogos;
 Apresentar semanalmente o relatório de patrulha.

Privilégios do monitor:
 Representar sua patrulha na Corte de Honra;
 Ter fácil acesso à chefia;
 Participar de eventos específicos para monitores;
 Presidir o conselho de patrulha.

2.1.2.2 Sub-monitor
Escoteiro escolhido pelo monitor para ser seu substituto em caso de
ausência. É visto como “braço direito” do monitor, alguém quem confia a
liderança de suam patrulha.
O monitor e o sub-monitor precisam estar em contante sintonia para
que estejam alinhados no que diz respeito ao crescimento da patrulha.

2.1.2.3 Encargos de sede


I. ALMOXARIFE
É o responsável por cuidar do material da patrulha, como
barracas, fogareiros, lanternas, e outros equipamentos. Ele verifica o
estado de conservação, a limpeza, e a necessidade de manutenção ou
reposição dos itens;

II. SECRETÁRIO(A)
É o responsável por registrar as atas das reuniões, as presenças,
as faltas, e as avaliações da patrulha. Ele também organiza e mantém
atualizado o livro de patrulha, com documentos, fotos, e outros
registros;

III. TESOUREIRO(A)
Responsável pela guarda das finanças da patrulha. Para esta
função é preciso ser organizado e manter todos os registros de entrada e
saída de caixa em dia, relatando sempre ao monitor a situação das
finanças da patrulha.

2.1.2.4 Encargos de campo


I. AGUADEIRO(A)
Deve manter o campo abastecido de água, assim como orientar e
demarcar os pontos de captação de água potável, lavagem de utensílios
e banho;

II. COZINHEIRO(A)
Responsável pela cozinha, preparo das refeições, organização e
limpeza da intendência. Quando necessário pode ter um assistente;

III. INTENDENTE
É o responsável pela guarda do material da patrulha, além de
providenciar tudo que for necessário para as atividades de patrulha;
IV. LENHADOR(A)
Responsável por coletar lenha para cozinha e fogueiras. Deve
zelar para que a lenha fique protegida da umidade e manter sempre um
estoque para a cozinha.
2.1.3 Corte de Honra
A corte de honra do escoteiro é o órgão executivo da tropa, formado pelos
monitores de todas as patrulhas. Ela é responsável por planejar, organizar, e avaliar as
atividades da tropa, seguindo os princípios e valores do escotismo. Também é
encarregada de resolver os conflitos, as infrações, e as questões de honra da tropa,
aplicando as sanções ou as recompensas adequadas.
A corte de honra é presidida por um membro eleito pelos demais. A corte de
honra é essencial para o desenvolvimento, pois estimula a liderança, a democracia, a
responsabilidade e a autonomia.
A corte de honra é onde os monitores discutem, por exemplo, as atividades a
serem propostas à chefia na montagem do calendário da tropa.

3 TÉCNICAS MATEIRAS
3.1 Nós e Amarras
I. NÓ DE ESCOTA

Serve para emendar cabos de diâmetros iguais, diferentes ou para prender um


cabo numa alça. É um nó rápido e simples, muito utilizado.

II. VOLTA DA RIBEIRA


Sua função é prender um cabo a um bastão (tronco, vara etc.) e depois mantê-
la sob tensão. Quanto mais se puxa o cabo mais o nó aperta, ideal para evitar que a
peça deslize pelo nó.

III. VOLTA DO SALTEADOR

Utilizado para prender uma corda a um bastão, com uma ponta fixa e outra que
quando puxada desata o nó.

IV. VOLTA DO FIEL

Nó inicial ou final de amarras. Muito utilizado para fixar um cabo a um ponto


fixo, pode ser uma árvore, estaca, mosquetão, entre outros. Não corre lateralmente e
suporta bem a tensão. Tente fazer esse nó como se fosse duas argolas.

V. LAIS DE GUIA

É chamado de Rei dos nós e nunca deslizará se feito corretamente. Utilizado


para fazer uma alça fixa (e bastante segura) tendo em mão apenas uma ponta da corda.
Utilizado para salvamento ou encordamento. Nó bastante confiável, ainda mais se
feito duplo.
Como fazer o nó de forma rápida:
VI. ENFARDADOR (CARIOCA/CAMINHONEIRO)

O nó enfardador, também chamado de nó carioca, paulista ou de caminhoneiro,


é um nó muito útil e eficiente para amarrar cargas pesadas com formato regular, como
caixas e móveis. Ele é composto de três partes: um laço, um aperto e duas travas. Esse
nó pode ser usado em diversas situações, como acampamentos, montagens de tendas,
entre outros.
Passso a passo do nó:

VII. AMARRA DIAGONAL


Serve para aproximar e unir duas varas que se encontram formando um ângulo
agudo. É menos usada que a Amarra Quadrada, mas é muito utilizada na construção
de cavaletes de ponte, pórticos, entre outras funcionalidades. Para começar usa-se a
Volta da Ribeira apertando fortemente as duas peças, dão-se três voltas redondas em
torno das varas no sentido dos ângulos, e em seguida, mais três voltas no sentido dos
ângulos suplementares, arrematando-se com um anel de duas ou três voltas entre as
peças (enforcamento) e uma Volta do Fiel para encerrar. Pode-se também encerrar
unindo a ponta final a inicial com um nó direito.
VIII. AMARRA QUADRADA

É usada para unir dois troncos ou varas mais ou menos em ângulo reto (90º). O
cabo deve medir aproximadamente setenta vezes o diâmetro da peça mais grossa.
Começa-se com uma Volta do Fiel bem firme ou uma Volta da Ribeira. A ponta que
sobra desse nó, deve ser torcida com o cabo para maior segurança ou utilizada para
terminar a amarra unindo-se a ponta final com um nó direito. As toras ou varas são
rodeadas por três voltas completas redondas entre as peças (enforcamento)
concluindo-se com a Volta do Fiel na vara oposta ao que se deu o nó de início ou com
o nó direito na extremidade inicial.

IX. AMARRA PARALELA

Serve para unir duas varas colocadas paralelamente. Pode ser usada para apoiar
ou até sustentar o outro bambu. Faz-se uma argola e dá-se voltas sobre ela e as duas
varas como se estivesse falcaçando, terminando, também com um falcaça, passando a
pontado cabo pela argola e puxando a outra extremidade para apertar. Finaliza-se com
um nó direito unindo as duas extremidades.
X. AMARRA DE TRIPÉ

Esta amarra é usada para a construção de tripés em acampamentos, a fim de


segurar lampiões ou servir como suporte para qualquer outro fim. A amarra de tripé é
feita iniciando com uma volta da ribeira e passando alternadamente por cima e por
baixo de cada uma das três varas, que devem estar colocadas lado a lado com uma
pequena distância entre elas. A vara do meio deve estar colocada bem acima, a fim de
amarrar a sua extremidade inferior à extremidade superior das outras duas ao lado.
Não é necessário o enforcamento nesta amarra, pois ao ajustar o tripé girando a vara
do meio a amarra já sofre o “enforcamento” sendo suficientemente presa. Entretanto,
em alguns casos o enforcamento pode ser feito, passando voltas entre as varas e
finalizando com uma volta do fiel ou nó direito preso à extremidade inicial.

XI. AMARRA CONTÍNUA

É utilizada para amarrar várias varas continuamente, é feito um Volta do Fiel


na vara no meio da corda, as pontas livres da corda devem ter o mesmo comprimento.
Passe as pontas da corda por cima da vara a ser amarrada e depois por baixo dela,
cruze a corda formando um “X”, puxe e aperte bem a corda, coloque a outra vara e
continue com o mesmo procedimento, finalize com um nó direito unindo as duas
pontas da corda.
3.2 Montagem de campo

O esquema de montagem do campo precisa ser adequado de acordo com o espaço e o relevo
encontrado; evitar ao máximo desmatar o terreno, cortar árvores ou retirar grama. Caso seja
necessário, retirar a grama em placas, mantendo-a sempre úmida, para ser recolocada ao final do
acampamento.
O canto do lenhador deve ser a primeira coisa a ser montada no campo.

3.3 Pioneirias
Uma pioneiria é uma estrutura construída geralmente de bambu (ou troncos) e sisal com o uso
de amarras e nós, com a finalidade de trazer conforto ao acampamento escoteiro além de
desenvolver a coordenação motora e a segurança no uso de ferramentas de corte. Alguns
exemplos de pioneirias escoteiras são: mesa, portal, latrina, abrigo natural, cozinha, entre outros.
Para fazer uma pioneiria, é preciso conhecer a utilidade de nós e as amarras quadrada,
diagonal, paralela, contínua... Também é preciso utilizar as regras de segurança no manuseio de
ferramentas. É importante saber como projetar e coordenar a execução de uma pioneiria, e como
afiar e manter as ferramentas.
A pioneiria escoteira é uma das especialidades que os escoteiros podem conquistar, de acordo
com o número de itens que cumprirem.
Exemplos de pioneiria:
Pia banheiro;

Pia Cozinha;
Torre de Observação;

Acampamento suspenso;
Torre;

Mesa;
Mesa com cadeira;

Mesa coberta.
3.4 Barraca
I. CANADENSE

Mais conhecida como “barraca de escoteiro” tem a forma de um “V” invertido.


É simples de armar, já que a sustentação normalmente é formada por dois pólos ou
“mastros” verticais. Teto e sobre teto descem inclinados até o chão. As mais modernas
possuem pólos em “V” externos. Trata-se do modelo mais simples para montar e
desmontar

II. IGLU

Seu formato se assemelha a um iglu esquimó, com uma estrutura externa de


pólos em forma de arco. São resistentes aos ventos fortes e muito confortáveis, com
um ótimo aproveitamento de espaço interno.
TÉCNICAS DE COZINHA
3.5 Fogos e fogueiras
Quando falamos de fogueiras, temos alguns modelos mais utilizados:
I. PIRÂMIDE

Tipo de fogueira mais utilizada. Coloque a mecha, os gravetos pequenos, os


médios, os grandes e a lenha.
Deixe um espaço pequeno entre eles para circular o ar. Acenda o fogo. Se
precisar, assopre devagar. Toda a lenha deve estar seca. Lenha verde faz fumaça e não
pega fogo.

II. DE CAÇADOR ou TIPO PRATELEIRA

É um fogo para cozinhar. Se colocam sobre o solo dois troncos, grossos,


perpendiculares ao vento. Sobre estes troncos se colocam troncos menores de forma
alternada. As toras mais verdes podem ficar mais embaixo. Faz-se um fogo em
pirâmide no lado de cima para acendê-lo. Serve para um fogo de conselho de maior
duração.
III. DE CONSELHO

Ao redor de uma fogueira em forma de pirâmide, empilha-se toras formando


uma chaminé. Para alimentar esta fogueira coloca-se lenha pelo alto ou pelos espaços
da armação. Produz um fogo maior e, mais intenso.

IV. ESTRELA

É uma fogueira que produz um fogo duradouro, quase sem chamas. No centro
faz-se uma fogueira em forma de pirâmide e, a medida que vai consumindo as pontas
das toras se empurram mais para o centro, onde irão produzir mais brasas vivas. Ideal
para aquecer e, produzir iluminação.

3.6 Regras de Segurança


I. Limpe o local escolhido antes de armar a sua fogueira, veja se não há risco de o fogo
se alastrar;
II. Quando for assoprar o fogo, avise aos outros de que vai assoprar, para que ninguém
faça isso ao mesmo tempo;
III. Fique sempre atento quando estiver cuidando do fogo;
IV. Não jogue produtos combustíveis no fogo (desodorante, álcool etc.). O fogo pode
fazer o caminho inverso do fluído (líquido/gás), subir até o frasco do produto, causar
uma pequena explosão e provocar queimaduras em todos que estiverem por perto;
V. Fogo é sempre um perigo e sempre temos de estar atentos para evitar acidentes.
4 SAÚDE
4.1 Ataduras e tipoias
O lenço escoteiro, além de uma identificação, é uma ótima ferramenta para fazermos um
curativo provisório até ter materiais para um curativo definitivo.

Como dobrar uma bandagem triangular:


4.2 Imobilização e transporte de feridos

Vítima consciente e podendo andar Vítima consciente e não podendo andar


com mais de uma pessoa; estando sozinho;

Vítima inconsciente sem auxílio de outra pessoa;


Caixa de primeiros socorros
A caixa de primeiros socorros é um item essencial para qualquer grupo escoteiro. Ela
contém materiais e suprimentos necessários para prestar os primeiros cuidados em caso de
acidentes ou emergências. Aqui estão alguns itens que geralmente compõem uma caixa de
primeiros socorros para escoteiros:
1. CURATIVOS RÁPIDOS (Band-Aid): Disponíveis em várias formas e tamanhos, são
usados para cobrir ferimentos leves;
2. COMPRESSAS ESTERILIZADAS (Gazes): Para realizar curativos;
3. ESPARADRAPOS: Para fixar curativos no local;
4. TESOURA SEM PONTA E PINÇA: Para cortar materiais e remover objetos
estranhos;
5. SORO FISIOLÓGICO: Para limpar ferimentos;
6. SOLUÇÃO ANTISSÉPTICA: Para desinfetar feridas;
7. CURATIVOS ESTÉREIS PARA OS OLHOS: Caso haja lesões oculares;
8. INSTRUÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS: Incluindo procedimentos para tratar
ferimentos, picadas, entorses, fraturas e outras situações de emergência;

Lembre-se de que é importante manter a caixa de primeiros socorros sempre atualizada e


em local de fácil acesso durante atividades escoteiras. Além disso, é fundamental que os
monitores e elementos saibam como usar corretamente os itens da caixa em caso de
necessidade.

5 SEGURANÇA
5.1 Ferramentas de campo
I. CANIVETE
Para que você possa usar uma faca ou um canivete deve saber utilizá-los com
segurança. Os dois sempre devem estar sempre na bainha na hora de transportá-los.
Para sua segurança compre sua faca ou seu canivete com bainha e de marcas
confiáveis.
Toda a vez que você for fechar o canivete tome cuidado para não cortar os
dedos. Se alguém pedir o canivete emprestado e você estiver utilizando, deve fechá-lo
para passar a outra pessoa.
Quando não estiver utilizando mantenha sempre fechado. Para transportar
coloque a bainha no cinto, sempre na lateral de corpo, do lado direita, bem em cima da
costura lateral da calça.
Sempre corte para fora, e não em direção ao corpo. Após o uso limpe-o antes
de guardar.
II. FACA
De forma alguma, transporte sua faca na frente ou atrás do seu corpo. Se por
um acaso você escorregar com a faca, em posição errada, pode acabar te cortando,
mesmo ela estando dentro da bainha. Para transportar, coloque a bainha no cinto,
sempre na lateral do corpo, do lado direito, bem em cima da costura lateral da calça.
Algumas orientações:
 Mantenha sempre presa a faca, dentro da bainha;
 Não corra com nenhuma ferramenta nas mãos, muito menos com sua
faca, mesmo dentro da bainha;
 Só utilize a faca em acampamentos ou no campo;
 Não há a necessidade de utilizá-la na sede, visitas, passeios e ou
excursões;
 O tamanho máximo de uma faca, pela Lei para não ser considerada
arma branca é de 12cm de lâmina. Não utilize facas maiores do que o
tamanho permitido pela Lei;
 Sempre corte para fora, e não em direção ao corpo;
 O desenho abaixo mostra como você deve segurar a faca ao passar a
outra pessoa, como se você estivesse olhando para a sua mão; A lâmina
deve estar paralela ao chão e não com a lâmina para baixo; O corte da
faca sempre para o lado de fora da mão; preste muita atenção se a outra
pessoa está segurando a faca firme antes de soltar:

III. MACHADINHA
A machadinha é um machado em pequena dimensão, é útil para cortar gravetos e
lenha, tudo que precisamos para usar nas fogueiras.
Machadinha tradicional tem corpo de metal e cabo de madeira, há outro tipo de
machadinha em que a cabeça e cabo são de metal em uma peça única.
Você deve tomar cuidado no transportar, a machadinha, assim como toda
ferramenta de campo, deverá estar no canto do lenhador.
Para transportar e passar a outra pessoa, deve ser feito de acordo com a imagem
abaixo:

Cuidados com sua machadinha:


Ao cortar madeira, esteja usando uma calça comprida e calçado fechado, se estiver
com cordão ou qualquer corrente, remova;
Verifique a área ao seu lado tenha a certeza de que esteja limpa com espaço e não
tenha alguém muito próximo que possa ser ferido caso alguma lasca salte para os
lados, no mínimo 3 metros de distância.
Abra seus braços e de uma volta completa, esse é o espaço mínimo que precisa
estar livre. Fique concentrado em seu trabalho evitando acidentes.
Para afiar a machadinha, deve seguir as orientações abaixo:

Observe abaixo orientações de como se utilizar corretamente a machadinha:


IV. FACÃO
Para o facão as regras são as mesmas, vale dizer que o facão é uma faca em tamanho
maior, ideal para cortar vegetação e sujeiras em volta do campo.

5.2 Fogareiros e lampiões


Em nossas atividades o uso de fogareiros e lampiões fazem parte de nossa rotina, mas
devemos tomar alguns cuidados para evitar acidentes durante o manuseio desses materiais. As
primeiras coisas que deve saber antes de aprender a utilizar lampiões e/ou fogareiros são as
regras de segurança, para prevenir acidentes.
Regras de Segurança
I. Durante o Uso
 Coloque sempre o lampião e/ou a fogareiro em lugar firme ou plano;
 Verifique antes se a pioneiria ou galho realmente suporta o peso;
 Não coloque onde possa apanhar chuva ou orvalho. Deixe-o sob o toldo da
cozinha, na barraca de intendência ou cubra-o com um plástico depois que
esfriar;
 Jamais deixe qualquer lampião apagado ou aceso dentro da barraca ou no
local em que você estiver dormindo! Há perigo de vazamento e incêndio;
 Transporte com cuidado, evitando choques ou pancadas. Se o lampião e/ou
fogareiro estiver aceso ou se foi apagado há pouco, cuidado com onde põe
as mãos, pois pode se queimar gravemente.

II. Acendimento
Antes de acender um lampião e/ou fogareiro tome os seguintes cuidados:
 Que o lampião e/ou fogareiro esteja firme, sem risco de tombar;
 Que não haja nada de inflamável por perto. (álcool, querosene,
gasolina, plástico etc.);
 Que haja gás ou combustível, que a "camisa" ou mecha esteja em
perfeito estado Que o lampião e/ou fogareiro esteja bem fixado ao
bujão de combustível ou gás e que não haja vazamentos;
 Para saber se há vazamento de gás, após rosquear o lampião e/ou
fogareiro, passe um pouco de espuma de sabão, se fizer bolhas é que
está vazando, desrosquei e troque a borracha de vedação.
Limpeza
Qualquer equipamento dura mais, se for bem cuidado. Portanto mantenha o seu
lampião e/ou fogareiro sempre em boa ordem, livre de sujeira e ferrugem. Verifique
sempre o seu estado e depois de cada atividade, reparando ou trocando alguma peça
sempre que houver necessidade.

Uma dica importante:


Sempre leve camisinha de sobra, pois após queimadas elas com qualquer toque ou balanço se
desprendem do bico do lampião.
Lampiões
São dois os tipos de lampiões mais usados: a gás e a querosene. O Lampião a gás
devido a facilidade de uso, limpeza e menor risco de acidente, deve ser o preferido.
Lampião a querosene simples
 Verifique o tamanho do pavio ou mecha;
 Quantidade de querosene, dependendo do transporte às vezes é melhor levar vazia,
para não derramar;
 Estado do vidro, sempre ter um de reserva;
 Antes de acender tenha a certeza de que não há combustível em suas mãos e nem
perto do lampião;
 Para acender pressione a alavanca para levantar o vidro, aproxime o fósforo ao
pavio. Quando acender, baixe o vidro e regule a chama para não escurecer o vidro.
Para apagar basta suspender o vidro e assoprar.
Lampião a gás
 Estado da “camisa", tenha sempre algumas de reserva;
 Quantidade de gás no botijão. E estado do "Filtro";
 Se a rosca do lampião se adapta ao bujão de gás;
 Estado dos anéis de borracha de vedação, se estiverem ressecados, com
rachaduras, troque;
 Para trocar a camisa, retire o parafuso de fixação, desmonte o lampião retirando o
vidro. Prenda a "camisa" no "filtro" e remonte o lampião;
 Para acender o lampião, acenda o fósforo, coloque ele bem perto da "camisa" pela
abertura abaixo do vidro, até ela queimar totalmente. Depois de queimada abra um
pouquinho a torneira, e regule a entrada de ar;
 Se a "camisa" quebrar ou cair, deligue o lampião, espere esfriar e troque a
"camisa".
Fogareiros
 Quantidade de gás no botijão;
 Se a rosca do fogareiro se adapta ao bujão de gás;
 Estado dos anéis de borracha de vedação, se estiverem ressecados, com
rachaduras, troque;
 Acenda o fósforo, abra a torneira de gás e aproxime-o do queimador;
 Se a chama não estiver satisfatória, gire o anel da entrada de ar;
 Para apagar é só torcer a torneira em sentido contrário;
 Quando desligar o fogareiro não esqueça de fechar a torneira do botijão de gás.

6 CIDADANIA
6.1 Bandeira Nacional
As cerimônias de hasteamento e arriamento são importantes formas de expressar nosso
respeito à nossa pátria. Por isso, todos os Grupos Escoteiros costumam começar suas atividades
com uma cerimônia especial, na qual todos demonstram respeito
Antes da cerimônia de hasteamento começar as bandeiras ja devem estar preparadas nos
mastros. A bandeira Nacional deve ocupar sempre posição de destaque, sendo colocada no
mastro mais alto ou, caso os mastros tenham a mesma altura, deve ocupar o centro do conjunto
(número ímpar de mastro) ou o primeiro mastro à direita. Por direita entenda-se o lado direito de
"uma pessoa colocada junto a ele e voltada para a rua, para a plateia ou de modo geral, para o
público que observa o dispositivo".
Pode-se seguir com a mesma lógica para se posicionar as demais bandeiras que os Grupos
Escoteiros costumam incluir nas cerimônias de hasteamento e arriamento, deixando as bandeiras
mais importantes (na sequência: Estado, Município, WOSM, GE, Seções etc.)
Quando várias bandeiras são hasteadas ou arriadas simultaneamente, a Bandeira Nacional
é a primeira a tingir o topo e a última a dele descer.
Estas cerimônias podem acontecer a qualquer hora do dia ou da noite, desde que a
Bandeira Nacional esteja devidamente iluminada.
Hasteamento

Tradicionalmente fazemos o hasteamento com duas pessoas, um com as costas junto


ao mastro e o outro a alguns passos a sua frente, formando com a adriça um algo como um
triangulo retângulo. A bandeira deve fazer parte do triângulo, mas caso seja muito grande o
jovem pode apoiá-la no braço, apenas para que não arraste no chão.
O jovem que está com a Bandeira Nacional anuncia ao Chefe que a bandeira está
pronta para ser hasteada. Quando o Chefe que estiver dirigindo a cerimônia determinar, todos
ficam em posição "firmes", saúdam a Bandeira com a Saudação Escoteira, e ela será içada até
o alto do mastro. É importante salientar que, caso estejam sendo hasteadas várias bandeiras, a
Bandeira Nacional deve ser a primeira a chegar no topo do mastro.
Quando o chefe que estiver dirigindo a cerimônia determinar, todos voltam à posição
"firmes" e a adriça é presa ao mastro. Aqueles que a içaram colocam-se de frente para a
Bandeira, fazem a saudação escoteira e retornam as suas patrulhas.
Para fixar a bandeira na adriça deve-se utilizar o nó de escota alceado:

Arriamento
Pode acontecer a qualquer hora do dia ou da noite, desde que a Bandeira Nacional esteja
devidamente iluminada. Ao início, as pessoas que farão o arriamento fazem a saudação à
bandeira, e posicionam-se, um com as costas junto ao mastro e outro mais distante, formando
com a adriça um triângulo retângulo
O jovem que está de frente para o mastro anuncia ao Chefe que a bandeira está pronta
para ser arriada Conforme o chefe que estiver dirigindo a cerimônia determinar, todos ficam em
posição "firmes", fazem a saudação escoteira e a bandeira descerá através da adriça até as mãos
do jovem que está posicionado frente para o mastro. É importante salientar que, caso existam
outras bandeiras, a Bandeira Nacional deve ser a última a chegar em baixo. Da mesma forma que
no arriamento a Bandeira deve fazer parte do triângulo
Quando o escotista que estiver dirigindo a cerimônia determinar todos voltam à posição
de "firmes" Em seguida a bandeira é solta da adriça, dobradas de maneira adequada e aqueles que
participaram do arriamento voltam a suas patrulhas
É importante ressaltar que alguns Grupos Escoteiros possuem suas tradições e costumes
em relação a estas cerimônias. Por isso, converse com seu monitor ou com seus chefes para saber
exatamente como elas acontecem no seu Grupo.
A Bandeira Nacional, no arriamento, após ser retirada do mastro, é dobrada da seguinte
forma:
I. Dobrar ao melo em seu sentido longitudinal, ficando para baixo a parte em que
aparecem a estrela isolada Espiga e a parte dos dísticos Ordem e Progresso;
II. Dobrada ao melo, novamente no seu sentido longitudinal, ficando voltada para cima a
parte em que aparece a ponta de um dos ângulos obtusos do losango amarelo;
III. A seguir dobrar no seu sentido transversal, em três partes, com as duas partes
extremas dobrando por baixo;
IV. Ao final da dobragem, a Bandeira Nacional apresenta a maior parte do
dístico para cima.

7 LIDERANÇA
7.1 O que é um monitor
O monitor é um membro eleito por sua patrulha, no conselho de patrulha, para ser LÍDER
dela. Deverá ser o melhor elemento, se destacando em liderança e conhecimento. Sua patrulha irá
se espelhar em suas atitudes e ações.
Na qualidade de líder ele vai dirigir o conselho de patrulha, representar a patrulha na corte
de Honra, gerenciar a vida de patrulha, atribuir funções e avaliar o desempenho dos demais.

7.2 O que é preciso para ser um monitor


Ser dedicado para com a sua patrulha. Uma boa patrulha começa com um monitor
dedicado em adestrar e comandar sua patrulha.
Terá que ter muito espírito escoteiro, ele deve saber comandar e cobrar sem desrespeitar
seus elementos. Saber ensinar o que sabe e passar as instruções dadas pela chefia. Enfim, ser
mais um membro da patrulha, só que, com a responsabilidade de não a deixar, pois ele é a sua
"alma".
Saber lidar com todos os membros da patrulha, saber lidar com a chefia. saber ouvir e
saber o que falar e em que hora falar. Saber solucionar os problemas de forma a ser o melhor para
toda patrulha.
De preferência ser o mais adestrado, pois assim ele poderá adestrar os demais e mostrar
confiança e conhecimento.
Ter sempre uma opinião sobre tudo, ser flexível às opiniões dos demais e saber explicar a
solução tomada para o problema.
Criatividade para expor seus conhecimentos e lidar com membros da patrulha. A chefia
sempre propõe tarefas que exigem muito do monitor, como a criatividade, imaginação e respostas
rápidas.
Ser amigo dos elementos que confiam em você e você também terá que demonstrar
confiança neles. Além de monitor você é um conselheiro que poderá ajudar na vida deles como
amigo e poderá ajudar com problemas pessoais. Humildade para justificar-se quando está errado.
Sempre zelar pela união da patrulha e esclarecer os problemas internos. Ser aquele que
nas horas difíceis de superar a barreiras é o primeiro a tentar superá-las, dizendo:
" Se eu consigo, vocês meus elementos irão conseguir"
Como líder o monitor tem de ter:
 Visão: enxergar onde os outros não encherão, olhando sempre a frente;
 Paixão: ele deve amar sua patrulha, aconteça o que acontecer ele não desiste, não muda de
patrulha, quer ver ela sempre com todos os integrantes nas atividades;
 Comunicação: ter boa comunicação com todos os elementos, ser respeitado em suas
ideias, e uma grande qualidade ele sabe além de tudo ouvir;
 Disciplina: ele tem de ser o exemplo para seus pares, entender que suas vontades são
menores que a de sua patrulha: Excelência: como líder deve buscar a excelência de sua
patrulha, em nivel de organização, conhecimento;
 Humildade: alguém que é verdadeiramente humilde não se deixa levar para baixo, em vez
disso, levanta os demais, considerando-os tão importantes quanto ele mesmo.

7.3 Respeito e admiração dos comandados


O monitor deve ser um LÍDER, fazer com que os elementos vejam nele alguém que tem o
objetivo de fazer com que a patrulha cresça. O monitor jamais deve ser um ditador, precisa
despertar em seus comandados o interesse em fazer as atividades.
O grande objetivo do monitor é ser exemplo aos seus comandados. Precisando
compreender e praticar os pontos que trabalhados nesse treinamento, mas lembre-se, a excelência
vem a prática, quanto mais você, monitor, trabalhar estes pontos com a patrulha, melhor monitor
será.
Os elementos precisam ver no monitor um LÍDER, alguém que está à frente da patrulha
para ajudá-los sempre a melhorar e crescer como escoteiros e como pessoas.
O monitor é o exemplo para seus comandados, sendo assim, deve atender os pontos que
trabalhamos neste treinamento.

8 ESPIRITUALIDADE
8.1 Orações escoteiras
Oração do Escoteiro

Senhor, ensina-me a ser generoso. A servir-te como mereces, A dar sem medir. A lutar
sem medo de ser ferido. A trabalhar sem descanso E a não esperar outra recompensa senão a
de saber que faço a tua vontade.
Assim seja.

Oração do Escoteiro II

Divino Chefe celestial, fazei-me generoso e leal. Quero estar Sempre Alerta para
servir como vos mereceis, para dar sem restrição, para combater sem medo, para trabalhar
sem buscar descanso, para despender toda a minha vida servindo ao próximo, sem esperar
outra recompensa, senão a alegria da consciência de estar cumprindo o meu dever, fazendo
vossa vontade.
Assim seja.

Oração do Monitor

Senhor, meu grande monitor.


Dá-me a bravura dos bandeirantes;
A coragem dos guerreiros;
A humildade dos monges;
A lealdade dos cavaleiros;
A honradez dos justos;
A força dos animais;
A limpidez das águas;
E um coração que saiba, ouvir, entender, e amar aqueles que me cercam.
Assim Seja.
8.2 Importância da espiritualidade na Patrulha
A espiritualidade é uma dimensão essencial do desenvolvimento humano, que busca dar
sentido e propósito à vida. A espiritualidade pode ser expressa de diferentes formas, de acordo
com as crenças, tradições e experiências de cada pessoa. O Escotismo respeita e valoriza a
diversidade religiosa e espiritual, e incentiva os jovens a explorarem e aprofundarem sua fé e sua
relação com o transcendente.
A importância da espiritualidade na patrulha escoteira é que ela contribui para a formação
integral dos jovens, ajudando-os a:
 Reconhecer e apreciar a beleza e a harmonia da natureza, como manifestação da
criação divina;
 Desenvolver uma consciência ética e moral, baseada nos princípios escoteiros e na lei
divina;
 Buscar o crescimento pessoal, a busca da verdade e a realização da vocação, como
caminhos de realização espiritual.
A espiritualidade na patrulha escoteira pode ser vivenciada de diversas maneiras, como
por exemplo:
 Realizar momentos de reflexão, oração, meditação ou celebração, de acordo com a
tradição religiosa ou espiritual de cada membro da patrulha;
 Participar de atividades que promovam o diálogo inter-religioso e o respeito à
diversidade de crenças e culturas;
 Realizar projetos de serviço comunitário que beneficiem pessoas em situação de
vulnerabilidade ou necessidade;
 Explorar e cuidar do meio ambiente, como forma de preservar e valorizar a criação
divina;
 Estudar e praticar os valores escoteiros, como forma de viver a espiritualidade no
cotidiano.
A espiritualidade na patrulha escoteira é, portanto, uma oportunidade de enriquecer a
experiência escoteira, de fortalecer os laços de amizade e de fraternidade, e de contribuir para a
formação de cidadãos responsáveis, solidários e comprometidos com o bem comum.

10 MENSAGEM FINAL
[Pedir para Andressa digitar uma mensagem final aos monitores/sub-monitores]
- Ch. Andressa K. Couto

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