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MANUTENÇÃO DE SISTEMAS DE ALARMES DE PAINES DE GASES

MEDICINAIS

FERREIRA, Giuseppe Visentim1


TRAIANO, Denner2

RESUMO: Este estudo analisou a manutenção de alarmes de painéis de gases


medicinais, tendo como base manuais e artigos sobre o dispositivo. Foi observado
que não há uma periodicidade na manutenção sendo preciso a observação, e um
bom uso do dispositivo, além da qualificação dos operantes para obter assim um
melhor proveito e eficiência do dispositivo.

Palavras-chave: MANUTENÇÃO. GASES MEDICINAIS. PAINEL. ALARME.

1 INTRODUÇÃO

A utilização de gases medicinais desempenha um papel fundamental em


hospitais e unidades de saúde em todo o mundo. Esses gases são utilizados em
diversos processos, em tratamentos de pacientes clínicos, desde um suprimento de
oxigênio de pacientes com dificuldade respiratório (painel de O 2) até em um
procedimento como a sucção de fluídos (painel de vácuo). Para garantir o
fornecimento eficiente e seguro desses gases, os sistemas de distribuição e controle
desempenham um papel essencial no tratamento. Nesse contexto, os painéis de
alarme de gases medicinais emergem como componentes vitais, monitorando a
pressão, a pureza e outros parâmetros cruciais para a segurança dos pacientes e a
eficácia dos tratamentos. (LOPEZ, M. P.; ABREU, F. R., 2013, P.2)
No entanto, a manutenção adequada desses painéis de alarme é
frequentemente negligenciada ou subestimada, mesmo que a falha nesses sistemas
possa ter consequências graves para a saúde dos pacientes. Os alarmes incorretos
ou a falta de aviso oportuno podem resultar em situações de risco iminente,
comprometendo a qualidade do atendimento médico e a segurança do ambiente
hospitalar (BRASIL. Ministério da Saúde, 2002, P.51)
Pesquisa propõem explorar a eficiência e a segurança associadas à
manutenção de painéis de alarme de gases medicinais. Abordando questões
críticas, como a periodicidade e os procedimentos ideais de manutenção, a
importância do treinamento adequado dos técnicos responsáveis e a adoção das
melhores práticas em hospitais e unidades de saúde. Além disso, investigaremos
1
Estudante, Engenharia Mecânica, 6º período, Centro Universitário Campo Real;
2
Mestre em Engenharia Mecânica.
avanços tecnológicos recentes que podem aprimorar a confiabilidade desses
sistemas e reduzir o risco de falhas (LOPEZ, M. P.; ABREU, F. R., 2013, P.7)
Este estudo tem como objetivo fornecer uma base para melhor administração
da gestão de manutenção dos painéis de alarme de gases medicinais,
proporcionando assim uma assistência médica mais segura e eficaz. Conforme a
demanda por atendimento na área de saúde e a tecnologia médica é continuamente
crescente, a manutenção eficiente desses sistemas é cada vez mais uma prioridade
para a comunidade médica de forma abrangente, principalmente para os hospitais.
Este estudo procura contribuir para desenvolver este campo no quesito de um
melhor atendimento aos pacientes, vem para aumentar a compreensão das práticas
de manutenção, tornando-as ainda mais eficazes e promovendo a segurança do
paciente, bem como, aumentar ainda mais a qualidade do atendimento
médico/clínico.

2 DESENVOLVIMENTO

O estudo foi realizado a partir dos conhecimentos técnicos e experimentais,


com experiencia pessoais no setor de saúde, além de manuais de manutenção de
alarmes dos painéis de gases medicinais, disponibilizados por fabricantes destes
dispositivos. Também foram consultados artigos que tratam de apresentar estes
dispositivos no ponto de vista de suas definições e dados técnicos. Sob análise de
informações obtidas neste estudo, notou-se que não há uma periodicidade definida
para a realização destas manutenções, sendo assim, uma manutenção corretiva,
quando o aparelho começar a apresentar problemas. Porém deve se atentar a cada
uso sinais que apontem a necessidade de manutenção, tais como diminuição na
pressão e desempenho do dispositivo, a fim de evitar a completa parada do
aparelho.

3 RESULTADOS

Abaixo temos algumas tabelas que possuem especificações e normas dos


dispositivos de suprimento de gases medicinais:
Tabela 1 – Especificações de dispositivos de J.G Moriya Repres. Imp. E Exp. Com. Ltda

Fonte: INSTRUÇÃO DE USO PAINEL DE ALARME (Disponível em: jgmoriya.com.br)

As tabelas abaixo são referentes à ABNT NBR 12188:2016 que diz respeito sobre os
dispositivos sobre gases medicinais:
Tabela 2 – Caraterísticas dimensionais dos tubos da rede de distribuição
Espessura mínima Pressão mínima de
Diâmetro nominal Diâmetro externo
X de parede serviço
mm mm
mm Mpa
15,0 a 15,00 X 0,80 6,91
22,0 22,00 X 0,90 5,24
28,0 28,00 X 0,90 4,09
35,0 35,00 X 1,10 4,00
42,0 42,00 X 1,10 3,32
54,0 54,00 X 1,20 2,81
a
– Diâmetro mínimo admitido.
NOTA: Para diâmetros acima de 54 mm consultar a ABNT NBR 13206
Fonte: ABNT NBR 12188:2016

Tabela 3 – Vão máximo entre os suportes dos tubos


Diâmetro externo Vão máximo (vertical) Vão máximo (horizontal)
Mm m m
Até 15 1,8 1,5
De 22 a 28 2,4 2,0
De 35 a 54 3,0 2,5
Maior que 54 3,0 3,0
Fonte: ABNT NBR 12188:2016

Tabela 4 – Fatores de simultaneidade (%) por área


Local Fator de simultaneidade
Oxigênio Óxido nitroso Vácuo Ar
medicinal medicinal clínico medicinal
Sala de emergência 80 10 10 80
Sala de exames/curativos queimados 50 50 80 50
Área de cuidados/higienização de RN 10 - 70 10
UTI neonatal, pediátrica e de adulto 80 - 50 80
Sala de cirurgia e de parto 100 100 100 100
Quarto/Enfermaria 15 - 10 10
Sala de exame e curativos 10 - - 10
Nota 1 – Condições normais de temperatura e pressão.
Nota 2 – Pressão de 300 mmHg de vácuo.
Nota 3 – Valores de referência para dimensionamento das redes de distribuição.
Nota 4 – Não aplicáveis ao dimensionamento das centrais de suprimento.
Fonte: ABNT NBR 12188:2016

Segundo as investigações bibliográficas algumas recomendações são utilizadas


para prolongar a vida do dispositivo:
 Não utilizar o Painel de Alarme em ambientes de atmosferas
tóxicas, como poeiras, umidade ou qualquer tipo de poluição que
possa vir a contaminar o dispositivo;
 Não operar o Painel de Alarme sem conhecimento ou supervisão
adequada (neste posto recomenda-se o uso/supervisão de um
enfermeiro/técnico em enfermagem/auxiliar de enfermagem);
 Nunca usar óleo, graxa, hidrocarboneto ou deixe materiais
orgânicos similares em contato com oxigênio, sob risco de
explosão.
 Não submeter o dispositivo à desinfecção por métodos de imersão
química líquida com a utilização de saneantes a base de aldeídos;
 Manusear o produto cuidadosamente;
 Não sobrecarregar os encaixes;
 Seguir corretamente as instruções para limpeza, desinfecção e/ou
esterilização apresentadas no manual do aparelho;
 Não expor o Painel de Alarme a choques, vibrações ou impactos
repentinos;
 Não utilizar álcool, álcool isopropílico, veja ou produtos similares
para limpar o Painel de Alarme, estes produtos danificam as peças
plásticas;
 Armazenar o equipamento em local arejado e ao abrigo de calor e
umidade;
 Antes da utilização, verificar se o produto não possui imperfeições.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através deste estudo podemos concluir que a melhor forma para uma
manutenção eficiente e assertiva destes dispositivos, seria através da contínua
observação a cada uso, a fim de identificar sinais que apontem uma diminuição na
eficiência deste. Ressalta-se também que parte da composição essencial da
manutenção do equipamento está o uso adequado dele, através de qualificação dos
operantes e cuidados para com a não contaminação dos gases, considerando que
para os tratamentos nos quais são usados é imprescindível a assepsia da
substância fornecida por estes.

4 REFERÊNCIAS

INSTRUÇÃO DE USO PAINEL DE ALARME


Disponível em: jgmoriya.com.br

ABNT NBR 12188:2016


Disponível em: gastecnique.com.br

LOPEZ, M. P.; ABREU, F. R. Central de Gases Medicinais: Coração de uma


Instituição Hospitalar. Caderno de Estudos Tecnológicos. (2013)
Disponível em: fatecbauru.edu.br

BRASIL. Ministério da Saúde. Equipamentos Médico-Hospitalares e o


Gerenciamento da Manutenção; Capacitação a Distância; Brasília DF.
Disponível em: bvsms.saude.gov.br/bvs/publicações/cd06_19_1.pdf

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