Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Turma: BM161
● Vida do autor
Manuel Bandeira foi um destacado poeta modernista brasileiro, nascido em 1886 no Recife.
Ele casou-se com Francelina Ribeiro em 1913, mas a felicidade conjugal foi interrompida
pela morte precoce de sua esposa, vítima da gripe espanhola em 1918. Esse evento trágico
teve um profundo impacto em sua poesia, influenciando temas de perda e saudade. Sua obra
reflete uma sensibilidade única e uma abordagem íntima de temas cotidianos, amor e
fragilidade humana.
Além de poeta, foi também professor, crítico literário e tradutor. Graduou-se em Farmácia,
mas sua verdadeira paixão era a literatura. Iniciou sua carreira literária no Simbolismo,
refletindo influências de autores como Baudelaire e Verlaine. Com a eclosão do Modernismo
no Brasil, participou ativamente do movimento, contribuindo para a Semana de Arte
Moderna de 1922.
A tuberculose, diagnosticada em sua juventude, moldou sua perspectiva artística e
existencial. A doença o levou a internações em sanatórios e influenciou temas recorrentes em
sua poesia, como a transitoriedade da vida e a fragilidade do corpo. Seu primeiro livro, "A
Cinza das Horas," foi publicado em 1917, mas foi com "Libertinagem”, lançado em 1930,
que consolidou seu estilo modernista, explorando a linguagem coloquial e temas mais
pessoais.
Bandeira traduziu obras de autores como Shakespeare e Dante, enriquecendo seu repertório
literário. Sua atuação como professor também deixou marcas, influenciando gerações de
escritores. A melancolia presente em sua poesia, muitas vezes associada à sua condição de
saúde, revela uma profundidade emocional única, tornando-o um dos poetas mais singulares
da literatura brasileira do século XX.
● Principais Obras
Essas obras refletem a evolução poética de Manoel Bandeira e sua contribuição para a
riqueza da literatura brasileira.
1. “A Cinza das Horas” (1917): Este foi o primeiro livro de Manoel Bandeira, revelando sua
inclinação para o Simbolismo, com influências de autores franceses como Baudelaire.
2. “Carnaval” (1919): Publicado durante sua estadia na Suíça, este livro reflete a atmosfera da
cidade de Lausanne e traz uma abordagem lírica e intimista.
3. “O Ritmo Dissolut” (1924): Essa obra marca a transição de Bandeira para o Modernismo,
destacando-se pela quebra de padrões métricos e rítmicos, características do movimento.
5. “Estrela da Manhã” (1936): Nesta coletânea, Bandeira aborda temas como a infância e a
nostalgia, apresentando uma poesia mais madura e reflexiva.
6. “Poemas” (1940): Esta obra reúne alguns dos poemas mais marcantes de Bandeira,
abrangendo diferentes fases de sua carreira.
7. “Opus 10” (1942): Mais uma coletânea que destaca a diversidade temática presente na obra
do autor, abordando desde temas amorosos até reflexões existenciais.
8. “Itinerário de Pasárgada” (1954): Essa é uma espécie de biografia poética, onde Bandeira
revisita e recria momentos de sua vida, dando um toque memorialístico à sua poesia.
9. “Mafuá do Malungo” (1948): Uma coletânea que reafirma a riqueza lírica de Bandeira,
explorando diferentes estilos e temas.
10. “Belo, Belo” (1960): Publicado postumamente, este livro inclui poemas inéditos e marca
o encerramento da trajetória literária de Manoel Bandeira.
ANÁLISE DE OBRA
A obra escolhida para ser analisada foi o livro “Libertinagem”, por ser uma obra
muito lembrada dentro do modernismo brasileiro. Em sua obra, Manuel consegue refletir
muitos aspectos do modernismo, dentre elas a linguagem coloquial aproximando os leitores a
uma linguagem mais acessível, rompimento de algumas tradições literárias e principalmente a
abordagem de temas mais contemporâneos, de forma a refletir as complexidades do âmbito
brasileiro da época. A realidade brasileira faz-se então de matéria-prima para construção de
poemas mais livres na obra e de presenças temáticas envolvendo melancolia, ironia,
paisagens brasileiras e outros.
……………………………………………………………………….