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Introdução 11
“
Cada capítulo contém citações de personalidades
influentes. Estas citações ser-lhe-ão úteis para
compreender os diferentes pontos de vista e o
motivo pelo qual cada segredo é útil em contex-
tos práticos.
11
poupar em custos e eficiência. Em consequência, espera-se que todos nós
façamos e alcancemos mais, em menos tempo, com menos colegas e recur-
sos a ajudar-nos.
À exceção daqueles que doam o seu tempo de forma voluntária ou pro
bono, todos trabalhamos para receber algum tipo de salário ou remunera-
ção e, em troca desse valor, espera-se que tenhamos um bom desempenho.
Os nossos empregadores esperam que nos esforcemos por ser bem-sucedi-
dos no nosso trabalho e, se não o conseguirmos, arriscamo-nos a perder o
emprego ou a deixar passar oportunidades de promoção ou aumentos de
salário. Para muitos de nós, tentar ser bem-sucedidos é a única opção.
Todas estas mudanças no local de trabalho levaram a que a gama de
aptidões necessárias para se ter sucesso esteja também a mudar e a evoluir.
No passado, era geralmente suficiente chegar ao trabalho a horas, fazer exa-
tamente o que lhe mandavam e estar disposto a fazer horas extraordinárias
quando fosse necessário. Atualmente, a vida profissional é mais exigente
e complicada, e para sermos bem-sucedidos precisamos de uma caixa de
ferramentas variada, repleta de diversas aptidões, conhecimentos e com-
portamentos. A variedade e número de possíveis carreiras e profissões au-
mentaram exponencialmente nos últimos anos; basta pensar nos cargos
que não existiam há dez ou vinte anos, tais como os que estão relacionados
com a tecnologia da informação, Internet, biotecnologia e meio-ambiente.
Cada cargo ou profissão poderá exigir algumas aptidões técnicas úni-
cas e específicas, mas, felizmente, seja qual for o seu tipo de trabalho, as
aptidões pessoais ou não-técnicas são semelhantes em todas as profissões e
carreiras, e poderá aprendê-las e dominá-las.
Para além da remuneração, todos trabalhamos por vários outros mo-
tivos. Compreender as suas próprias razões ou motivações para trabalhar
poderá ajudá-lo a determinar como pode ter o máximo de sucesso no lo-
cal de trabalho. Há pessoas que trabalham para criar ligações com outras
pessoas, outras procuram a estimulação intelectual que o seu trabalho lhes
proporciona, algumas adoram viajar em trabalho, outras adoram ser che-
fes, enquanto outras gostam simplesmente de fazer um bom trabalho e de
receber o devido reconhecimento.
Os segredos constantes deste livro são preciosos para qualquer um que
esteja atualmente a trabalhar ou que pretenda incorporar a população ativa.
Cada leitor irá identificar-se com cada segredo e com as listas de estraté-
gias de forma diferente, conforme as suas próprias experiências e tipo de
carreira. Para aqueles que entraram recentemente no mercado de trabalho,
grande parte deste livro parecerá novidade e talvez tenham de experimen-
tar aplicar os segredos para descobrir quais os que melhor se adequam à
sua própria jornada em busca do sucesso profissional. Para os que já têm
12
alguns anos de experiência profissional, este livro pode ajudar a mostrar o
que têm feito corretamente, enquanto também ensina o que podem ter-se
esquecido de fazer ou estavam a fazer de forma incorreta.
O que constitui verdadeiramente o sucesso profissional? Sobressair
num emprego pode ter significados diferentes para cada um de nós, e cada
um definiria o sucesso de forma ligeiramente diferente. Contudo, depois
de ter feito career coaching (coaching de carreira) a centenas de pessoas ao
longo dos anos, aprendi que o sucesso profissional pode ser visto de cinco
maneiras diferentes:
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tempo que reduzem as probabilidades de quaisquer promoções ou avanços na
carreira. O sucesso profissional tem de ser sustentável e não poderá custar-lhe
algo que mais tarde lamente ter sacrificado. Afinal, de nada serve fazer a von-
tade ao seu chefe enquanto tem um esgotamento e consequentemente precisa
de meter baixa frequentemente — poderíamos chamar-lhe um «sucesso» de
curta duração. Os 50 segredos deste livro visam mostrar uma forma de atingir
um sucesso equilibrado no local de trabalho, para poder sobressair de forma
contínua na sua carreira.
Os 50 segredos abrangem todos os aspetos do possível sucesso profis-
sional e, quando combinados, permitir-lhe-ão sobressair e ser bem-sucedi-
do em qualquer emprego ou carreira que escolher. Trate este livro como a
sua caixa de ferramentas pessoal, que contém a gama completa de ativida-
des, comportamentos e aptidões ideais, em que se pode basear nas quanti-
dades certas e nos momentos exatos para garantir que é bem-sucedido em
todos os aspetos da sua vida profissional e carreira. Poderá descobrir que
utiliza algumas das ferramentas com bastante frequência e que raramente
precisa de pegar noutras. Na verdade, seria impossível e, francamente, ab-
surdo praticar os 50 segredos ao mesmo tempo. Há uma altura e um lugar
certos para cada um dos segredos; por exemplo, haverá alturas em que terá
de ser paciente, outras em que o ideal será trabalhar sozinho com muita
rapidez, e no momento seguinte poderá ter de orientar um colega e ouvir
os seus problemas com atenção.
As outras pessoas podem ajudá-lo a ser bem-sucedido no seu trabalho
e carreira, mas no final é o leitor que é responsável pela sua própria vida e
carreira, e cabe-lhe a si decidir o quanto quer ser bem-sucedido e como o
conseguirá. Deixe que este livro seja o seu guia para o sucesso profissional
e, à medida que o lê, defina objetivos para implementar e pôr em prática es-
ses «segredos do sucesso no trabalho» que são importantes para o ajudar a
atingir o sucesso profissional, hoje e no futuro. Com o tempo e com prática,
estes segredos tornar-se-ão os seus hábitos.
Desejo-lhe boa sorte ao embarcar na sua jornada em busca do sucesso
profissional. Tenha a confiança e a coragem de fazer o que for necessário,
apoiando-se nas palavras do poeta William Henley:
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1
2
3
4
5
1
6
Trabalhar com os seus 7
8
sonhos e paixões 9
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13
14
15
16
«Nunca nos dão um sonho sem nos darem também o poder de o 17
concretizar.» Richard Bach 18
19
«Não há maior dádiva que possa dar ou receber do que a de honrar 20
a sua vocação. Foi para isso que nasceu e é assim que se sentirá 21
realmente vivo.» Oprah Winfrey 22
23
«O segredo da felicidade no trabalho resume-se a uma palavra: 24
excelência. Para saber fazer uma coisa bem, é preciso apreciá-la.» 25
Pearl S. Buck 26
27
«Muitas vezes, a única coisa que se interpõe entre um homem e 28
29
o que ele realmente deseja da vida é simplesmente a vontade de 30
tentar e a fé para acreditar que é possível.» Richard Devos 31
32
«Um músico deve criar a sua música, um artista deve pintar, 33
um poeta deve escrever se quiser ficar finalmente em paz consigo 34
mesmo.» Abraham Maslow 35
36
37
Durante a nossa vida adulta, passamos normalmente mais de metade do 38
nosso dia a trabalhar — em empregos que podemos considerar entedian- 39
tes, divertidos, difíceis, stressantes, cansativos, emocionantes, monótonos 40
41
ou relaxantes. Faço coaching e dou formação a centenas de pessoas e ra- 42
ramente encontro alguém que possa dizer-me que adora o seu trabalho e 43
que está a ser realmente bem-sucedido no seu emprego ou carreira. Quan- 44
do encontro uma pessoa assim, gosto de descobrir porque se sentem tão 45
satisfeitos e bem-sucedidos. Em todos os casos, quase sem exceção, essas 46
47
pessoas dizem-me que o seu trabalho envolve coisas que adoram fazer, e 48
muitos dizem-me que este é o seu emprego de sonho ou que encontraram 49
o seu destino ou carreira perfeita. 50
15
Como pode esperar ser verdadeiramente feliz e bem-sucedido no seu
trabalho se não estiver a fazer algo que adore e considere relevante? Conheci
contabilistas que detestam números, chefes de cozinha que não gostam de co-
mida e até um piloto de uma companhia aérea que nunca gostou realmente
de voar. O piloto contou-me que quando era criança sonhava ser jornalista e,
ao longo da sua vida, sempre gostou de escrever e manter um diário. Quando
lhe perguntei porque se tornou piloto, confessou que o pai e o tio eram pilo-
tos e o tinham encorajado a seguir a mesma carreira. Não estava a ter grande
sucesso nem a ser realmente ambicioso na profissão e, na sua companhia, era
o piloto mais antigo que ainda não tinha chegado a comandante. Estava mais
interessado na sua escrita a tempo parcial do que na carreira de aviação.
Quando gostamos do que fazemos, ficamos felizes por aprender e ex-
plorar formas de melhorar o nosso trabalho e temos tendência a receber
mais elogios e feedback positivo, o que, por sua vez, nos deixa ainda mais sa-
tisfeitos com o nosso trabalho. É simplesmente mais fácil sermos bem-su-
cedidos em algo que gostamos de fazer do que em algo que não gostamos,
quanto mais não seja porque estamos mais dispostos e motivados a investir
o esforço e trabalho árduo necessários para obter um melhor desempenho.
Na sua vida profissional, o que foi que gostou realmente de fazer e em que
era realmente competente?
16
1
2
■ Em criança, o que gostava de fazer? Construir coisas? 3
Escrever? Brincar na rua? O seu trabalho atual inclui alguma 4
destas atividades? 5
■ E o que sonhava ser quando fosse adulto? Até que ponto o 6
seu trabalho atual é semelhante a esses sonhos de infância? 7
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9
10
DECIDA O QUE GOSTA E O QUE ACHA RELE- 11
12
VANTE 13
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Agora que recordou as suas atividades favoritas e sonhos de infância, olhe 15
para si mesmo como adulto e pergunte: «O que gosto de fazer atualmen- 16
17
te?» Espero que as suas respostas coincidam com a sua lista de sonhos de 18
infância. 19
Que tal passar algum tempo sozinho ou com o seu parceiro a explorar 20
as coisas que aprecia e que gosta de fazer? Tome notas e crie mapas de per- 21
guntas e ideias originadas pelas perguntas seguintes. Se ajudar, desenhe um 22
23
mapa mental para o auxiliar a organizar as ideias, palavras e respostas que 24
lhe vierem à cabeça. 25
26
■ Se o dinheiro não fosse um problema, que tipo de trabalho 27
faria? Manteria o seu emprego atual, abriria o seu próprio ne- 28
29
gócio ou faria algo completamente diferente? 30
■ O que gosta de fazer nos tempos livres? Quais são os seus 31
passatempos e atividades? 32
■ Quais os empregos e carreiras de amigos ou colegas que 33
admira com uma ponta de inveja, e que adoraria ter (e não 34
35
apenas pela remuneração elevada)? 36
37
38
AVALIE O SEU TRABALHO ATUAL PARA EN- 39
40
CONTRAR PARTES DE QUE GOSTA E EM QUE 41
42
É COMPETENTE 43
44
Pense bem como passa um típico dia ou semana de trabalho e faça uma 45
lista das suas várias atividades de trabalho. Se tiver uma descrição do car- 46
go, imprima uma cópia e use este documento como base para compor a 47
48
lista das suas atividades de trabalho. Não inclua o que os outros acham que 49
devia fazer, nem se baseie apenas no que diz a descrição do seu cargo. Em 50
17
vez disso, pense bem no que realmente tem de fazer e o que escolhe fazer
quando está a trabalhar. Atribua percentagens aproximadas aos diferentes
tipos de tarefas e algum tipo de classificação a cada parte. A classificação
pode ser criada da forma seguinte:
Atividades % aprox.
Classificação
principais do cargo de tempo
Liderar equipas de projetos 30 Sou competente e gosto
Liderar reuniões 10 Sou competente e gosto
Escrever relatórios 20 Sou competente e acho
entediante
Fazer investigação 30 Não gosto
Viajar em trabalho Variável Gosto muito
18
Resumindo
19
1
2
3
4
5
2
6
Conhecer e corrigir 7
8
os seus pontos cegos 9
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11
12
13
14
15
«Conhecer-se a si mesmo é o começo de toda a sabedoria.» 16
Aristóteles 17
18
«Não importa em que indústria se trabalha. As pessoas nunca 19
veem as suas próprias fraquezas.» Scott Erker 20
21
«Quem conhece os outros é sábio; quem se conhece a si mesmo é 22
iluminado.» Lao Tsu 23
24
«Até aceitarmos quem somos, nunca ficaremos satisfeitos com o 25
que temos.» Doris Mortman 26
27
«Conheça-se a si mesmo. Não aceite a admiração do seu cão como 28
prova conclusiva de que é uma pessoa maravilhosa.» Ann Landers 29
30
31
O autoconhecimento é uma das aptidões mais importantes de que precisamos 32
33
para tentar melhorar o modo como trabalhamos e interagimos com os outros. 34
Alguma vez olhou para outra pessoa e desejou que ela se conhecesse melhor a 35
si própria e se apercebesse da imagem que estava a passar aos outros? Pode já ter 36
ouvido os seguintes tipos de comentários acerca de alguém: 37
38
39
■ «Se ao menos ele se apercebesse do quanto gosta de se ouvir 40
a si próprio.» 41
■ «Ela acha que se preocupa, mas nunca dá ouvidos às outras 42
pessoas.» 43
■ «Ele age como se fizesse ótimas apresentações, mas as pes- 44
soas adormecem a ouvi-lo.» 45
46
■ «Ela acha que todos a adoram, mas todos a acham irritante e fria.» 47
48
Estes são exemplos dos chamados «pontos cegos», que podem ser 49
definidos como as partes da personalidade ou comportamento de uma 50
21
pessoa que esta não consegue reconhecer em si mesma. Esses pontos
cegos costumam ser áreas de potenciais fraquezas que os outros con-
seguem ver e sobre as quais vão falar e coscuvilhar. São normalmente
coisas em que achamos que somos competentes ou fazemos bem, mas
sobre as quais as outras pessoas têm uma opinião contrária.
Qualquer aspeto do comportamento ou personalidade de uma pessoa
pode constituir um ponto cego. Aqui ficam alguns exemplos comuns que
vejo quando faço coaching e dou formação às pessoas:
22
1
2
3
OBTENHA O FEEDBACK DAQUELES COM 4
5
QUEM TRABALHA E INTERAGE 6
7
8
Na sua organização, com que frequência procura obter feedback acerca 9
do seu trabalho e do seu desempenho em geral? Atualmente, em muitas 10
empresas, só se dá feedback uma vez por ano, como parte de um proces- 11
so de avaliação de desempenho e, por vezes, ele é dado na forma de um 12
13
inquérito de 360 graus, em que os comentários são agrupados, sem lhe 14
permitir saber quem disse o quê. 15
Para ser realmente bem-sucedido no trabalho, aconselho-o a não se 16
basear simplesmente nesses processos anuais, mas, em vez disso, pedir 17
proativamente àqueles com quem trabalha ideias e pensamentos honestos 18
19
que respondam aos seguintes tipos de perguntas: 20
21
■ «Quero compreender-me melhor (no meu trabalho e como 22
teu colega) e gostaria de lhe pedir um grande favor: estaria dis- 23
posto a dar-me a sua opinião em relação aos meus pontos for- 24
25
tes e também áreas a desenvolver — por exemplo, sobre como 26
comunico e trabalho consigo e com os nossos colegas?» 27
■ «Há alguma coisa na minha personalidade, ou no modo como 28
ajo ou me comporto no trabalho, que o irrite particularmente?» 29
■ «Se houvesse alguma coisa que eu pudesse aprender e/ou 30
31
fazer melhor, qual seria?» 32
33
Saliente que quaisquer comentários ou feedback serão mantidos em 34
segredo e que não ficará aborrecido ou irritado com aquela pessoa; pelo 35
contrário, ficará muito grato pela sua disponibilidade e coragem de ser tão 36
franco e honesto. Note que as pessoas não estão habituadas a que lhes façam 37
38
perguntas tão francas e poderão não se sentir à vontade para dizer coisas 39
negativas acerca do leitor. Respeite a sua decisão se recusarem falar muito e 40
tente voltar a tocar no assunto mais tarde, quando tiverem tido tempo de se 41
habituar ao seu desejo de saber a verdade sobre si mesmo. 42
Reconheça que outras pessoas podem ser tendenciosas, com ou sem in- 43
44
tenção, e o que lhe confidenciam poderá não ser inteiramente verdade. Há 45
um ditado que diz que vemos os nossos próprios defeitos nos outros: quando 46
alguém lhe diz que é demasiado reservado ou barulhento no trabalho, talvez 47
tenha ele próprio esses pontos fracos e esteja a projetá-los em si. Use o seu 48
senso comum e procure a opinião de outros para obter um ponto de vista 49
equilibrado das suas áreas a melhorar. 50
23
ESFORCE-SE POR ULTRAPASSAR OS SEUS
PONTOS CEGOS
Não basta aprender com os outros quais são os seus pontos fracos que
ainda não conhecia. Se um colega lhe confidenciar que não é um bom
ouvinte ou que se irrita com demasiada facilidade nas reuniões ou que
os seus e-mails são sempre demasiado longos e incompreensíveis, esteja
preparado para agir de acordo com os seus conselhos e trabalhar para
melhorar nessas áreas.
Pode parecer assustador ter de enfrentar os nossos pontos fracos e de-
pois ter de os trabalhar. Porque não escolher primeiro o mais fácil — o cha-
mado «elo mais fraco» — e trabalhá-lo durante algum tempo? Aconselho-o
a continuar a procurar o feedback daqueles em quem confia e perguntar-
-lhes se veem alguma mudança positiva ou melhoria em áreas específicas.
Pode aprender mais sobre a importância de pedir feedback no Capítulo 43.
Resumindo
24
1
2
3
4
5
3
6
Trabalhar com os seus 7
8
pontos fortes e fracos 9
10
11
12
13
14
15
16
«O sucesso não se obtém ao eliminar os nossos pontos fracos, mas sim ao 17
desenvolver os nossos pontos fortes.» Marilyn vos Savant 18
19
«Jogue com os seus pontos fortes.» J.K. Rowling (Harry Potter e o Cálice 20
de Fogo) 21
22
«Acho realmente que um dos meus pontos fortes é a minha 23
capacidade de contar histórias.» Quentin Tarantino 24
25
«A vida é muito interessante… no fim, alguns dos nossos maiores 26
sofrimentos tornam-se as nossas maiores forças.» Drew Barrymore 27
28
«Baseie-se nos pontos fortes, e as fraquezas acabarão por resolver- 29
-se por si mesmas.» Joyce C. Lock 30
31
32
Todos possuímos uma gama de aptidões, traços de personalidade e compor- 33
34
tamentos que são frequentemente agrupados e chamados de competências. Se 35
seguiu o conselho do capítulo anterior acerca de pontos cegos, deverá ter agora 36
uma melhor noção da sua própria gama completa de competências. 37
No local de trabalho, ninguém é um funcionário perfeito que possui a 38
combinação exata de pontos fortes necessários, sem possuir qualquer pon- 39
to fraco. Uma pessoa poderá ter as aptidões ideais de comunicação, tomada 40 41
de decisões e delegação de tarefas, e ser ao mesmo tempo demasiado impa- 42
ciente e pouco orientado para números. Mesmo que hoje alguém pareça ter 43
a combinação perfeita de pontos fortes, poderá achar que um aspeto da sua 44
personalidade que era um ponto forte se torna um ponto fraco assim que 45
for promovido ou mudar de cargo. Um possível exemplo é um vendedor 46
47
que é egocêntrico e se foca apenas nas suas próprias vendas, e que poderá 48
ter de atenuar esses pontos fortes se quiser ser promovido a um cargo como 49
gestor de vendas. 50
25
Está a usar e a tirar partido de todos os seus pontos fortes no seu atual
emprego e carreira? Estará algum dos seus comportamentos e aptidões
mais fracos a interferir com a sua capacidade de ter um bom desempenho
no emprego? Num mundo ideal, o trabalho de todos deveria fazer uso dos
seus pontos fortes, sem ser afetado por qualquer dos pontos fracos. Mas,
infelizmente, raramente é esse o caso.
Se tiver feito os exercícios do Capítulo 1, terá uma ideia do quanto
o seu trabalho atual está alinhado com o seu trabalho ideal ou de sonho.
Quanto mais próximo for o alinhamento, maior é a probabilidade de que o
seu trabalho esteja a fazer uso dos seus pontos fortes, sem ser influenciado
pelos pontos fracos.
26
1
2
números, cometeu demasiados erros a criar folhas de cálculo importantes 3
e acabou por ser despedida. Mais tarde, confidenciou-me que agora con- 4
seguiu o seu emprego de sonho em formação e recursos humanos, onde 5
posso dizer que felizmente tira partido dos seus pontos fortes e não precisa 6
de confiar nos seus pontos fracos. Estará o leitor realmente a aproveitar os 7
8
seus pontos fortes no trabalho? 9
Esta ideia de jogar com os pontos fortes e de como fazer com que os 10
outros, incluindo o seu chefe, tenham consciência dos benefícios desses 11
pontos fortes é um fator de sucesso muito importante para qualquer um 12
no mundo do trabalho. Sente-se e faça uma lista dos seus pontos fortes 13
e explore a forma como estão a ser utilizados e também reconhecidos 14
15
no seu trabalho. Como regra geral, se menos de metade dos seus pontos 16
fortes estão a ser usados no seu trabalho atual, poderá não estar numa 17
profissão ou cargo ideal. Além disso, se não usarmos os nossos pontos 18
fortes, podemos sentir-nos muito frustrados e isso poderá ter um impac- 19
to negativo no nosso trabalho. 20
21
22
23
24
PLANEIE O CRESCIMENTO DO SEU CARGO 25
26
E CARREIRA PARA USAR MELHOR OS SEUS 27
28
PONTOS FORTES 29
30
31
A contabilista que mencionei acima esperou para ser despedida, antes 32
de começar a procurar um trabalho que usasse melhor os seus pontos 33
fortes e se baseasse menos em áreas em que não se distinguisse natu- 34
ralmente. Se acredita genuína e honestamente que os seus pontos fortes 35
seriam mais bem utilizados noutro cargo (idealmente, o seu emprego 36
de sonho), comece a planear agora para mudar para esse emprego. Não 37
38
espere até falhar no seu trabalho atual ou ficar esgotado e stressado por 39
fazer um trabalho que considera difícil porque não corresponde ao seu 40
conjunto de aptidões. Considere procurar o aconselhamento de um ca‑ 41
reer coach (coach de carreira) para o ajudar a planear qualquer mudança 42
necessária; talvez tenha de voltar a estudar ou mudar para uma nova car- 43
44
reira em que terá de ser humilde e começar por baixo. Não são escolhas 45
fáceis de fazer, e a sua família e amigos poderão tentar convencê-lo a não 46
tomar decisões tão arriscadas nem fazer estas mudanças, por isso tenha 47
cuidado ao pedir conselhos e apoio. 48
49
50
27
Resumindo
28
1
2
3
4
5
4
6
Cumprir as suas 7
8
promessas 9
10
e compromissos 11
12
13
14
15
16
«Nunca prometa mais do que o que pode fazer, mas faça sempre 17
mais do que o que promete.» Lou Holtz 18
19
«As promessas são como bebés a chorar numa sala de cinema, 20
deve-se tratar delas imediatamente.» Norman Vincent Peale 21
22
«Deve cumprir compromissos a curto prazo, ao mesmo tempo que 23
desenvolve uma visão e estratégia a longo prazo e as implementa.» 24
Jack Welch 25
26
«Os perdedores fazem promessas que quebram frequentemente. Os 27
vencedores assumem compromissos que cumprem sempre.» Denis 28
29
Waitley 30
«Ele sempre cumpriu as promessas com exatidão.» William 31 32
Shakespeare 33
34
35
É uma pessoa de palavra? Tem o cuidado de prometer ou comprometer-se 36
apenas com algo que pode cumprir e, caso as circunstâncias o impossibi- 37
litem de o fazer, comunica honesta e rapidamente com as partes afetadas? 38
Uma vez, num workshop, fiz a seguinte pergunta: preferia trabalhar com 39
um amigo que não cumpre a sua palavra ou com um inimigo que cumpre? 40 41
Explorámos esta questão e todo o grupo concordou que preferia trabalhar 42
com inimigos em quem pudesse confiar de alguma forma, do que com ami- 43
gos que poderiam não cumprir a sua palavra ou as suas promessas. Quantas 44
vezes já o desiludiram, tendo concordado ou tendo-se oferecido para dizer ou 45
fazer alguma coisa para o ajudar ou apoiar, mas que mais tarde descobriu que 46
47
não tinham feito? Esses momentos podem ser difíceis de esquecer, especial- 48
mente se essas pessoas lhe mentiram, dizendo talvez que tinham feito alguma 49
coisa que na realidade não tinham. 50
29
Tem colegas ou pessoal que, com o tempo, já se apercebeu de que
raramente cumprem ou fazem o que prometem ou concordam fazer?
Irrita-se constantemente com eles, deixa passar ou, ainda mais interes-
sante, evita dar-lhes tarefas importantes ou cruciais por medo de que não
as concluam de forma adequada e/ou atempada? Na minha experiência
como executive coach, vejo que isto é algo bastante comum e é um fator-
-chave que influencia a produtividade nas organizações. Quando o chefe
de uma equipa age desta forma, pode ter a certeza que os níveis de moti-
vação e empenho dessa equipa serão afetados negativamente.
Há pessoas que tanto querem agradar que prontamente concordam,
prometem e comprometem-se com quase qualquer coisa. Essas pessoas pa-
recem nunca aprender com o seu constante incumprimento de prazos nem
com o facto de não conseguirem cumprir ou fazer o que prometeram aos
outros. Normalmente, também ignoram o conceito de gerir as expectativas
dos outros e poderão nunca os avisar de que estão atrasados ou que não
podem fazer o que tinham prometido.
30
1
2
3
A partir de agora, encorajo-o a prometer sempre menos: se acha que
uma tarefa vai demorar uma semana a fazer, prometa fazê-la em dez dias 4
ou duas semanas. Deixe que a outra parte recue e negoceie, se necessário. 5
Poderá então impressioná-la ao completar a tarefa em menos tempo do 6
que o esperado. 7
8
9
10
DÊ MAIS ATENÇÃO ÀS PROMESSAS DIFÍCEIS 11
12
DE CUMPRIR 13
14
Quando era diretor financeiro, tinha uma enorme carga de trabalho e 15
16
lembro-me de ter um problema regular em manter as minhas promessas
17
de ler novos planos de projetos e dar uma resposta às pessoas. Parecia 18
atrasar-me sempre a dar o meu feedback à outra parte, e esta enviava-me 19
e-mails ou telefonava-me para andar atrás de mim. Isto criava ansiedade 20
e tensão, e eu sentia-me obrigado a apressar-me. Depois de ter aconteci- 21
do demasiadas vezes, apercebi-me de que achava realmente entediante e 22
23
aborrecido rever aqueles planos. A solução que arranjei foi pedir a quem 24
tinha o rascunho dos planos para se sentar comigo e orientar-me, e jun- 25
tos editaríamos os planos. 26
O seu desafio é descobrir quais — se tiver algum — os seus proble- 27
mas de compromisso recorrentes e como poderá agir de forma diferente 28
29
para os cumprir. Em tempos, fui coach de um diretor-geral que estava 30
sempre atrasado para reuniões porque se distraía. Resolveu este pro- 31
blema passando a fazer o máximo de reuniões possíveis no seu próprio 32
gabinete, o que fazia com que fosse muito mais difícil atrasar-se! A pro- 33
cura destas soluções irá testar os seus níveis de criatividade e inovação. 34
Poderá talvez sentar-se com colegas e discutir aqueles compromissos 35
36
profissionais que considera especialmente difíceis de cumprir, e juntos 37
tentarão arranjar soluções razoáveis. 38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
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31
Resumindo
32
1
2
3
4
5
5
6
Trabalhar com confiança 7
8
e integridade 9
10
11
12
13
14
15
16
«A chave é conhecer as pessoas e confiar que elas serão iguais a si 17
próprias. Em vez disso, confiamos que as pessoas serão como nós 18
queremos que elas sejam; e quando não o são, ficamos a chorar.» 19
David Duchovny 20
21
«Não pode fazer tudo ao mesmo tempo, por isso encontre pessoas 22
em quem confia para o ajudar. E não tenha medo de dizer “não”.» 23
24
Jane Seymour 25
«A confiança é a cola da vida. É o ingrediente mais importante 26 27
numa comunicação efetiva. É o princípio-base que mantém todas 28
as relações.» Stephen Covey 29
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«Aprender a confiar é uma das tarefas mais difíceis na vida.» Isaac 31
Watts 32
33
«Tenha a coragem de dizer “não”. Tenha a coragem de encarar 34
a verdade. Faça a coisa certa porque é certa. Estas são as chaves 35
mágicas para viver a vida com integridade.» W. Clement Stone 36
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38
Ser uma pessoa em quem os outros podem confiar é uma das qualidades mais 39
procuradas atualmente no local de trabalho. Na recente crise financeira global, 4041
imensos líderes e o seu pessoal demonstraram uma falta de confiança e integri- 42
dade entre si mesmos e para com os seus clientes e outras partes interessadas. 43
A confiança que existia era do tipo conivente, em que as pessoas concordavam 44
não se denunciar umas às outras acerca de comportamentos ou ações não-éti- 45
cas ou ilegais. Quando falo de confiança neste capítulo, refiro-me a um tipo de 46
47
confiança mais positiva e altruísta, que implica fazer as coisas com integridade. 48
A confiança e a integridade andam de mãos dadas, tendo a integridade 49
a ver com fazer a coisa certa, e a confiança a ver com a noção de que os 50
33
outros sabem que o leitor fará sempre a coisa certa. É preciso despender de
tempo a trabalhar com colegas e clientes para construir uma reputação de
ser alguém íntegro, em quem os outros podem confiar. Mas essa reputação
pode ser prejudicada ou até destruída por uma conversa ou ato inapropria-
do ou descuidado. Assim que se perde a confiança de alguém, tudo muda;
podem perdoá-lo, mas nunca se esquecerão.
Segundo a minha experiência, um dos principais motivos por que um
chefe apoiaria a promoção de um membro da sua equipa dever-se-ia à sua
confiança naquele indivíduo. As organizações apoiam e valorizam real-
mente as pessoas em quem podem confiar.
A confiança é mútua e, para além de se esforçar por ser uma pessoa
íntegra em quem os outros confiam, deverá sempre tentar trabalhar apenas
com pessoas íntegras em quem possa confiar. O resultado final é que deverá
aspirar a trabalhar em culturas de confiança e integridade.
DIGA A VERDADE
A partir de hoje, em qualquer comunicação ou discussão de trabalho, tenha
atenção ao que está a pensar e a comunicar. Está a ser honesto e verdadeiro e,
caso não esteja, qual é o motivo? Não estou a sugerir que se torne o principal de-
lator da sua organização e revele segredos ocultos, mas sugiro que evite o sem-
-número de pequenas mentiras que dizemos e representamos constantemente,
quando estamos no emprego. Estes são possíveis exemplos:
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3
■ «Toda a gente se atrasa para as reuniões, por isso não faz 4
mal eu atrasar-me também.»
■ «Sou feliz no meu emprego» — quando na verdade está secre- 5
tamente desesperado por mudar de carreira. 6
■ Cada dia em que trabalha com colegas que talvez deteste, mas 7
8
simplesmente sorri e finge que gosta deles e até socializa com eles. 9
10
Sei também que quando as pessoas se permitem trabalhar desta for- 11
ma, a sua vida pessoal fica igualmente infetada com pequenas falsidades e 12
poderá atingir um ponto em que não confia em si, nem nos seus próprios 13
pensamentos e opiniões. 14
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ESTEJA PREPARADO PARA PEDIR INTEGRIDA- 18
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DE E SINCERIDADE AOS OUTROS 20
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Com que frequência faz comentários ou perguntas como os seguintes aos 22
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colegas ou ao seu chefe? 24
25
■ «Vamos ser honestos em relação a este problema de traba- 26
lho e discutir todas as soluções possíveis.» 27
■ «Podemos partilhar o que realmente sentimos e pensamos 28
29
acerca deste plano de negócios?» 30
■ «Não faz mal que não tenha lido o meu relatório preliminar. 31
Em vez de dizer que o leu e tecer comentários, talvez possa 32
agora lê-lo por alto e dar-me a sua opinião.» 33
■ «Posso pedir-lhe que me dê um feedback honesto e verda- 34
deiro acerca do meu desempenho?» 35
36
37
Insisto que diga estas coisas — para apoiar e incentivar os outros a serem 38
mais honestos e verdadeiros, de uma forma diplomática. Imagina o quanto o 39
ambiente de trabalho se tornaria mais saudável? Asseguro-lhe que se tornará. 40
Já fui coach de indivíduos que afirmam que, se tentarem ser honestos 41
42
no seu ambiente de trabalho, não serão apreciados ou apoiados. Em respos- 43
ta, encorajei-os a perguntar a si mesmos se estão a trabalhar no ambiente 44
de trabalho ideal e, caso contrário, se deveriam encontrar um lugar mais 45
adequado para trabalhar. Ajudo imensas organizações por todo o mundo e 46
posso confirmar que há muitos ambientes de trabalho em que a honestida- 47
48
de e a integridade são valorizadas, reconhecidas e recompensadas. 49
50
35
NÃO MINTA A SI PRÓPRIO
Nunca minta a si mesmo, nem passe cada dia em negação acerca de al-
guns aspetos importantes da sua personalidade e estilo de trabalho:
Resumindo
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3
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5
6
6
Trabalhar de forma 7
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positiva e divertida 9
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«O pensamento positivo permite-lhe fazer tudo melhor do que o 17
negativo.» Zig Ziglar 18
19
«Para levarmos a cabo uma ação positiva, temos de desenvolver 20
aqui uma visão positiva.» Dalai Lama 21
22
«As pessoas raramente são bem-sucedidas se não se divertirem 23
com o que estão a fazer.» Dale Carnegie 24
25
«Acho que estamos a divertir-nos. Acho que os nossos clientes 26
gostam mesmo dos nossos produtos. E estamos sempre a tentar 27
melhorar.» Steve Jobs 28
29
«Mantenha sempre o rosto virado para o Sol. As sombras cairão 30
31
nas suas costas.» Walt Whitman 32
33
34
Descobri uma verdade simples: as pessoas preferem trabalhar com colegas 35
positivos e divertidos e normalmente evitam passar tempo com pessoas ne- 36
gativas, temperamentais e demasiado sérias. 37
Steve Jobs, o recentemente falecido cofundador da Apple, dizia frequen- 38
temente que o sucesso da sua empresa se baseava no facto de o seu pessoal se 39
40
divertir, fazer o que gostava e ser positivo. Muitas outras pessoas de sucesso 41
dizem a mesma coisa e todas parecem gostar de se levantar de manhã para ir 42
trabalhar. Desconfio que não detestam as manhãs de segunda-feira. O leitor 43
fica ansioso por ir trabalhar todos os dias? E quando chega ao trabalho, gosta 44
do que faz e diverte-se num ambiente de trabalho positivo? 45
Poderemos ser realmente bem-sucedidos no trabalho enquanto nos 46
47
sentimos negativos, infelizes e entediados? As pessoas responderam que, 48
em alguns ambientes de trabalho, agir de forma divertida ou feliz é visto 49
como inapropriado. Espero realmente que o seu ambiente de trabalho seja 50
37
ideal para si e que possa trabalhar de uma forma tão positiva e divertida
quanto quiser. Eu preciso de estar num ambiente divertido e positivo para
poder exprimir-me com naturalidade.
Tem uma personalidade e mentalidade positivas, trabalha com uma
atitude positiva e age «como se o copo estivesse meio cheio» enquanto está
a trabalhar? Os seus colegas gostam de trabalhar e comunicar consigo? Há
cada vez mais estudos e teorias, incluindo nas áreas da psicologia positiva,
que chegam à mesma conclusão, que liga o nível de atitude e pensamento
positivo ao sucesso no local de trabalho. Basicamente, as pessoas preferem
contratar, trabalhar com e promover colegas e pessoal com quem é diver-
tido trabalhar e que têm uma atitude positiva. Ao fim de muitos anos a
trabalhar com todo o tipo de indivíduos, estou convencido de que todos
nós podemos aprender a ser positivos e divertidos no local de trabalho. Não
acredito que nascemos com ou sem essas qualidades e que elas sejam de-
finitivas. Podemos criar a realidade que quisermos, se decidirmos fazê-lo.
38
1
2
3
mãe sempre me disse para «contar até dez» antes de reagir quando alguém me 4
irritasse, e este foi provavelmente um dos melhores conselhos que alguma vez 5
me deram, visto que se tornou um ótimo hábito. As pessoas que seguem este
conselho habituam-se a perder um ou dois segundos a refletir antes de falar, 6
mesmo numa situação bastante urgente. 7
Tente fazer uma pausa. Se quiser um cartão visual imediato, sugiro 89
que escreva «STOP & WAIT» (PARE & ESPERE) num cartão e que o 10
leve consigo e ponha à sua frente na mesa, nas reuniões. Estas duas pala- 11
vras significam o seguinte: 12
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S = Stop (Pare) W = Why (Porque) 15
T = Think (Pense) A = Am (Estou) 16
17
O = (Review) Options (Reveja as Opções) I = I (Eu) 18
P = Proceed (Continue) T = Talking (A Falar)? 19
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Além disso, se alguém vir os seus cartões e lhe perguntar para que ser- 23
vem, vão gostar de ouvir o que significam os dois conjuntos de letras, e 24
talvez os ajude a refletir também na forma como reagem. 25
26
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28
CRIE MOMENTOS DIVERTIDOS NO TRABALHO 29
30
31
Talvez se lembre de um médico americano chamado Patch Adams, cuja 32
história foi transformada num filme. Patch tornou-se famoso por contar 33
piadas e fazer palhaçadas à frente de pacientes com doenças graves e, por 34
vezes, terminais. Isto incomodava os outros médicos e o pessoal do hospi- 35
tal, mas, com o tempo, estes acabaram por entender e aceitar que o facto de 36
Patch ser tão positivo e divertido animava realmente os pacientes, as suas 37
38
famílias e também o pessoal do hospital. Parecia também aliviar a dor e 39
sofrimento dos pacientes. 40
De uma forma menos dramática, ao ser positivo e divertido poderá 41
ajudar os colegas a aliviar o stress e a ansiedade e fazer com que o trabalho 42
seja ligeiramente menos pesaroso do que é para tanta gente. 43
44
A partir de hoje, decida deixar os outros felizes e relaxados, criando 45
momentos divertidos e animados. Por exemplo, esteja preparado para que- 46
brar a tensão numa reunião que pareça estar a prolongar-se demasiado — 47
mas faça-o de forma apropriada e não se torne demasiado irreverente, por 48
exemplo contando demasiadas piadas numa reunião de negócios. Talvez 49
50
39
o seu departamento se ande a desleixar com os aniversários das pessoas?
No próximo aniversário de um colega, leve um bolo e peça talvez às pes-
soas para partilharem uma história ou recordação engraçada acerca do ani-
versariante. Estes momentos de diversão são atenciosos e memoráveis, e é
deles que os seus colegas irão falar quando forem para casa, em vez de se
queixarem dos problemas profissionais que enfrentam.
Resumindo
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1
2
3
4
5
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Trabalhar com paciência 7
8
e persistência 9
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16
«Paciência, persistência e transpiração compõem uma combinação 17
imbatível para o sucesso.» Napoleon Hill 18
19
«Como são pobres, os que não têm paciência! Qual é a ferida que 20
não sarou por etapas?» William Shakespeare 21
22
«A chave para tudo é a paciência. Para conseguir uma galinha, é 23
preciso chocar o ovo e não esmagá-lo.» Arnold H. Glasgow 24
25
«Um momento de paciência pode evitar um enorme desastre. 26
Um momento de impaciência pode arruinar uma vida inteira.» 27
Provérbio chinês 28
29
«Não é que eu seja assim tão esperto, simplesmente agarro-me aos 30
31
problemas por mais tempo.» Albert Einstein 32
33
34
Chegou agora ao Segredo 7. Será que vai ter paciência e persistência para 35
ler o livro todo? Mais importante do que isso, será que vai dedicar o tempo 36
necessário a realmente pôr em prática muitas das estratégias sugeridas? 37
Vivemos num mundo em que muitas coisas estão disponíveis instan- 38
taneamente, e compreendo que muitas pessoas parecem querer obter o su- 39
40
cesso na carreira e no trabalho hoje, mas não compreendem que muitos 41
aspetos do sucesso profissional exigem tempo. Como pode afirmar estar a 42
fazer um bom trabalho, quando pode ainda não ter tido tempo suficiente 43
para aprender a fazer bem o seu trabalho? Em algumas profissões, isto leva 44
semanas; noutras, pode demorar anos. 45
Ter paciência significa aprender a aceitar que tem de dar tempo a si 46
47
mesmo para fazer bem aquilo para que o contrataram. Desafio-o a ser 48
paciente e a não esperar que o sucesso e o reconhecimento cheguem da 49
noite para o dia, e a dar tempo a que o seu trabalho seja reconhecido. 50
41
Não podemos deixar que o stress, a pressão ou a ansiedade nos tornem
demasiado impacientes.
Nunca é fácil saber quando devemos continuar com alguma coisa
e quando devemos mudar ou desistir. Mas como regra geral, quando
em dúvida, seja persistente e mantenha-se nesse trabalho ou tarefa por
mais algum tempo, enquanto explora as suas opções. Não se torne al-
guém que se arrepende de se despedir de um emprego ou de deixar uma
empresa, e que se apercebe, em retrospetiva, de que devia ter ficado por
mais tempo e aguentado. Tenha cuidado com a ideia de que «a galinha
da vizinha é sempre melhor que a minha» e não se permita trocar de
emprego constantemente.
APRENDA A ESPERAR
A paciência é algo que se pode aprender, e eu descobri que desenvolvemos
diferentes níveis de paciência na infância. Depois, quando entramos para
o mundo do trabalho, adquirimos o hábito de ser mais pacientes ou mais
impacientes do que as outras pessoas. Sei também que ser impaciente com
as outras pessoas é um sinal de que estamos a ser também impacientes com
diferentes aspetos de nós próprios.
Com que frequência se torna impaciente consigo mesmo ou com os
seus colegas? Observe-se a si próprio durante um dia e considere tanto
o que pensa, como o que faz. Explore quando poderá estar a agir de
forma precipitada e impaciente e peça também a opinião de um ou mais
dos seus colegas. Pratique ser mais paciente em situações nas quais se
apercebe de que dar um pouco mais de tempo a algo ou a alguém pode
ser algo positivo.
Como exemplo, fui recentemente coach de um líder que lia e respondia
a todos os seus e-mails demasiado depressa. Isto aborrecia frequentemente
os seus colegas, especialmente quando as respostas do líder eram inapro-
priadas (desnecessariamente negativas ou abrasivas, por exemplo). Tam-
bém descobri que este líder era igualmente impaciente consigo próprio.
Encorajei-o a ler os e-mails mais devagar e, quando fosse responder, ler a
mensagem duas vezes, certificando-se de que descia com o rato para ler o
e-mail todo e só depois respondia.
Encontre uma atividade em que talvez seja impaciente ou uma pessoa
com quem poderá ser impaciente e pratique o ato de abrandar e levar o seu
tempo. Ao fazer isto repetidamente, irá desenvolver este hábito.
42