Campos, Emanuel

Fundamentos da Impressão 3D. - 1a ed. - Buenos Aires, Delearte

Emcampos, 2011.

150 p. : il. ; 14x21 cm.

ISBN 978-987-27142-4-6 (em revisão)

1. Ingeniería. 2. Tecnología . I. Título

CDD 621

2
 À Ianina, minha esposa, pelo seu amor incondicional. Aos meus
pais, que me ensinaram à persistir, aos Wilsons da Sisgraph, por
tudo que me ensinaram sobre Prototipagem Rápida e ao Fabio
Andreotti, por ser um bom chefe. Ao Rogério Siqueira, por sempre
apostar em meus sonhos.

A segunda edição deste livro não seria possível sem o apoio quase
incondicional de Vitor Jacob e Vinícius Caravante, da LWT Sistemas
Ltda, revenda da Stratasys, e sem o apoio da Stratasys do Brasil e
de Israel, através da Renata Sollero, Erica Massini e Ben Klein - meu
tutor em tudo que tange à PolyJet e amigo.

A esta terceira edição somo meu apreço e carinho por Felipe

Rosales, a quem me indicou para os trabalhos com a Alcateia, e me
permitiu conhecer e trabalhar com pessoas fantásticas, como
Patrícia Guelfi, Cristiano Costa e Magno Alves. Obrigado à todos por
me acolherem…

Ao Guilherme Thiago, João Alexandre Macluf, Eduardo Silva,

Simone Mazoco, Alberto Rodrigues, e a todos os clientes e amigos
que a Alcateia Distribuidora me proporcionou.

À Silvia Paula Lecci e ao Marcos Tadeu Silva da Assescom, por me

darem mais que um teto, mas apoio para realizar um sonho.

3
 Imprima em 3D agora mesmo!
Bem Vindo!

Tem uma expressão em inglês para

cursos muitos rápidos, crash course, algo
como treinamento para avião caindo.

Você comprou uma impressora 3D, está

olhando para ela e quer saber como
imprimir seus modelos, nada mais fácil.
Respire…

Descubra qual software sua impressora

usa para preparar um desenho 3D para
impressão. Em geral são: Simplify3D,
Cura, MakerBot Print, GrabCAD Print,
Slic3r.

Encontre um desenho 3D para imprimir.

Em STL. Não se preocupe com o que é
STL, apenas encontre, em geral, no
www.thingiverse.com ou em
www.grabcad.com você tem o que
somam 3 milhões de arquivos grátis.
Mais, se estiver disposto a pagar pelo seu
desenho, há páginas que vendem
desenhos especiais, ou feitos sob
encomenda, como se fossem arquivos de
MP3, você compra o arquivo para
imprimir em sua casa.

No software da impressora, encontre o

botão Imprimir (Print, Prepare, Send to
Printer, etc).

Pronto, você deu seu primeiro passo para

entrar nesse mundo.
A Prototipagem Rápida nasce em 1984, quando Chuck Hull, especialista em
resinas para recobrir mesas, descobre que pode também modelar as resinas
se as endurece lentamente, através da cura por luz UV. Logo o processo se
tornaria a primeira impressora do mundo, a Stereolithographic Aparatus.

O processo de endurecer camada por camada de uma resina, empilhando as

fatias até formarem o modelo 3D, logo evoluiria em materiais e processos,
mas sempre fieis às suas origens: empilhar camadas de qualquer material para
reproduzir em 3D um objeto no mundo físico, que antes só existia em Meios
digitais. Aliás, curiosidade rápida, a impressão 3D quase que precede

O primeiro CAD 3D, o CATIA, de 1983, cujo nome deriva diretamente do fato
De ser em 3D: Computer Aidded Tridimensional Interactive Application, ou Em
lusófilo, Aplicação Interativa Tridimensional Auxiliada por Computador.

Tão logo a primeira impressora 3D surgiu, processos derivados não

demoraram a aparecer, logo a SLA tinha a companhia da SLS, DMT, LOM,
PowderBinder E claro, da FDM.

A evolução de materiais e processos conduziu a um escopo maior de

aplicações, E aquilo que era chamado de Prototipagem Rápida, logo passou a
fazer peças finais, berços, gabaritos, ser utilizada no auxílio da manufatura
convencional, ou ainda, usada em salas de aulas, e o termo prototipagem
rápida logo ficou defasado.
Em 2000 o termo foi revisto pela ASTM,
American Society Testing and Materials,
Uma forma de ABNT norte americana, e
passou a ser chamado de manufatura
Aditiva, tirando a impressão 3D de um
plano isolado na sala dos projetista, e
Levando-a à igualdade com máquinas de
produção convencionais, CNC, Tornos,
Fresadoras, e claro, Impressora 3D. Mas
este foi apenas mais um passo na
Revolução industrial que se avizinhava.
Em 2009 as patentes que protegiam
as impressoras 3D caíram, e surgiram
aos borbotões, de garagens e clubes
de hardware, uma nova geração de
impressoras, as RepRap`s,
impressoras caseiras, simples, por
vezes difíceis de fazer duas vezes as
mesmas peças, mas acima de tudo,
impressoras baratas, que se tornaram
motores da expansão cultura da
impressão 3D.
As principais etapas
da impressão 3D
1) Conhecer os tipos de impressoras 3D
que existem. Elas se dividem em
Industriais, Alto Desempenho, Desktop
ou montadas em casa (RepRaps).

2) Entender como a impressora funciona,

o que é um fatiador, e como as
características do fatiador afetam a
impressão 3D.

3) Entender o desenho 3D, como obter

um desenho 3D, o que é o arquivo STL,
e como editar e modificar um desenho
para melhor impressão 3D.

4) Entender as propriedades dos

materiais impressos, como se
diferenciam, quais a características
desses materiais, o que diferenciam as
peças impressas das injetadas

5) Conhecer as principais aplicações da

impressão 3D no mercado e quais
mercados estão sendo explorados hoje
em dia.
 Capítulo 1

Impressoras 3D
 A impressora 3D
Se o Arduino é um protagonista na
esfera que alimenta os dados digitais,
afinal, tudo que ele coleta através de
seus sensores, alimentam a BigData,
uma grande base de dados que serve
tanto para simulações mais precisas,
melhores representações em
Realidades Ampliadas e Realidades
Mistas, dados para Inteligências
Artificiais, princípios para os serviços de
BlockChain, a Impressora 3D atua no
sentido diretamente oposto.
“A Manufatura Aditiva ocorre
através da movimentação
coordenada em XYZ,
depositando e/ou curando um
material que tenha
viscosidade, espessura e
aderência”
Ao permitir manifestar rapidamente,
qualquer criação do mundo digital no
mundo físico, sem a necessidade de
moldes, matrizes, usinagens custosas
de lingotes e tarugos, a impressão 3D
atua como uma máquina de FAX entre
o mundo digital e físico, trazendo à
existência diversos conceitos e computadorizado, é uma PdCQC –
experiências, permitindo escolher mais
rapidamente por qual caminho
prosseguir.
Ao mesmo tempo, a impressora 3D
também atua num mercado de altíssima
customização em massa, ou em
baixíssima demanda, como meio de
produção direto, servindo como
impressora 3D e como máquina de
produção convencional ao mesmo
tempo.
Mas como funciona a impressora 3D?
Para começo de conversa, a impressão
3D é definida pela ASTM (Amercian
Society Testing & Materials), com as
elegantes palavras:
“A Manufatura Aditiva ocorre através da
movimentação coordenada em XYZ,
depositando e/ou curando um material
que tenha viscosidade, espessura e
aderência”
Essa lindíssima expressão, por vezes,
pode parecer um pouco rebuscada e
talvez, seja ela própria, uma barreira dos
curiosos para serem introduzidos nesse
universo, mas quando decompomos o
significado dessa expressão,
entendemos que a impressora 3D não é
nada mais que uma pistola de cola
quente metida à besta. (ou uma pistola
de cola quente operada por computador,
ao invés de CNC, comando numérico
Pistola de Cola Quente
Computadorizada.
Veremos mais adiante que exitem outros
métodos de se imprimir em 3D, mas o
método retratado anteriormente, é
chamado de FDM ou FFF, e atende,
traduzindo a sigla ao português, por:
Modelagem por Deposição de Fundido,
ou, Fabricação por Filamento Fundido,
onde como se pode supor, a impressão
3D se dá por deposição de um
termoplástico (também conhecido como
termorrígido ou polímero), essa
deposição ocorre por um bico extrusor, e
o filamento é “desenhado”, camada por
camada, uma sobre a outra, recriando
em plástico o desenho original no
computador.
Esse método não é o pioneiro da
impressão 3D, como já falamos, a
primeira impressora 3D é chamada de
SLA, ou Stereolithography Aparatus, e
data de 1984. A FDM é uma tecnologia
que foi criada pelo fundador da
Stratasys, Scott Crump, em 1988, que
rapidamente se tornou o processo de
impressão mais popular do mundo, por
duas razões bem simples:
- É relativamente mais barato que os
outros processo;
- E traz em sua tampa as palavras “não
entre em pânico”, digo, isso é o Guia do
Mochileiro das Galaxias. Eu queria dizer:
Por utilizar materiais que já são comuns
ao nosso cotidiano, materiais plásticos
que já utilizamos para produzir painéis
de automóveis, laptops, celulares,
eletrodomésticos e demais bens de
consumo, fazendo mais fácil a transição
da
manufatura convencional para a
manufatura aditiva
Existem outros fatores que tornaram a
FDM/FFF tão populares, como o fato de
não lidar com materiais tóxicos, antes ou
depois de cura, processo de pós
impressão relativamente rápido e
simples e ainda, materiais fáceis de
estocar e armazenar, com durabilidade
indeterminada (isto é, com diversos
cuidados sendo tomados).
Outro motivo que tornou a FDM tão
popular é o fato que uma mesma
impressora consegue lidar com uma
grande gama de materiais, pois todos
eles alteram muito pouco entre si entre
velocidades, temperaturas do bico
extrusor e velocidade do ventilador de
resfriamento.
Embora ainda vamos aprofundar nessas
questões mais para frente neste livro,
aproveito a oportunidade para repassar
o processo de impressão, utilizando a
FFF da MakerBot como referência no
processo, mas a forma de impressão é
basicamente a mesma para quaisquer
impressoras 3D baseadas nesse
processo.
Scott Crump fundador da Stratasys
1 - A impressão 3D sempre tem 2 – O software que prepara o arquivo
origem num desenho 3D. faz então o fatiamento do 3D.

3 – As fatias são enviadas como 4 - Usando um bico extrusor, a

instruções para a impressora, que irá impressora então “desenha” cada
empilhar uma camada sobre a outra. camada, com material com espessura,
e que adere na camada inferior,

5 – Ao término da impressão 3D,

dependendo do processo de
impressão, a peça já está pronta para
retirada da impressora e uso direto.
Remover o suporte ou Raft pode ser
necessário ainda. Falaremos disso em
breve.
Conforme falamos anteriormente, a
impressão 3D é definida como uma
deposição coordenada em XYZ, de um
material que tenha viscosidade,
espessura e aderência.
Essa deposição também deve atender
os requisitos estéticos e funcionais, ou
seja, a peça deve ficar bonita, e ter boa
rigidez após a impressão.
Para entender que requisitos devemos
atender para produzir boas peças, é
importante compreender o processo
com nitidez, devemos entender como o
plástico se comporta no processo da
impressão 3D. Eu convencionalmente
chamo o conhecimento das
características que perfazem a
impressão 3D de: O Vestibular da
Impressão 3D.
Questão número 1: Os termoplásticos
têm uma características muito específica
de não terem uma fase líquida, saltando,
quando aquecidos, de sólidos para
gasosos. Como se chama essa
propriedade?
Se você respondeu que o nome dessa
propriedade é sublimação, acertou. Mas
aí reside o problema, como fazemos
então para imprimir esses plásticos se
eles não têm fase líquida? Nós
utilizamos a fase de transição para
realizar a impressão 3D. Da mesma
forma que a água tem o ponto chamado
de entalpia de evaporação, propriedade
que mantém toda a água à 100oC, até a
transição de todo o volume ocorra, os
Plásticos também têm um processo
semelhante. Durante a transição as
estruturas cristalinas dos termoplásticos,
fixas e congeladas, vão se soltando e se
movimentando, moléculas sobre
moléculas, de forma desordenada. Esse
momento chamado de ponto vítreo da
matéria é também chamado de ponto de
escorregamento. É nesse momento que
a extrusão ocorre, depositando o
plástico transitando pelo bico injetor.
Ao redor do bico, como vimos, habita um
ventilador, que tem a função de
interromper rapidamente a transição do
material, devolvendo-o à forma sólida e
mantendo sua posição no ar e no
espaço.
Para a impressão ser perfeita, a
deposição deve ser constante e
uniforme, deixando a peça bem formada,
e a secagem do filamento pelo ventilador
próximo ao bico, não pode ser tanta, que
a próxima camada não tenha boa fusão
sobre a de baixo, e nem tão pouca, que
o plástico não tenha sua posição entre
terminar uma camada e iniciar a
próxima.
Aliás, ponto vítreo da matéria é, em
geral, a segunda questão do nosso
vestibular para a Impressão 3D.
Encontrar a relação entre temperatura
do cabeçote, velocidade da deposição e
velocidade do ventilador é, em geral, o
tripé para definir como e se um novo
material é passível de ser impresso na
sua impressora.
 Um panorama brasileiro
Depois de idas e vindas, entre sucessos ●
Brasil caiu de 5o para 29 no
retumbantes e quedas catastróficas, o Brasil foi índice global de
de destaque do grupo do BRICS a último país competitividade internacional;
em Competitividade Internacional e Inovação
Competitiva. Segundo o ABDI, o país está ●
O Brasil está em 69 no Índice
atrasado cerca de 40 anos em relação à Global de Inovação;
indústria internacional, mas se o gap nunca foi
tão grande, por outro, nunca houveram tanta ●
A indústria representa menos
tecnologias surgindo, simultaneamente, de 10% do PIB;
capazes de desequilibrar a corrida.
●
A redução dos gastos da
Se por um lado a GM do país foi de um dos indústria ao migrar para a
cinco design centers do mundo, à dúvida em manufatura 4.0 será de 73
sua permanência, por outro, a mesma bilhões de reais ao ano,
montadora criou uma plataforma mundial com o segundo a ABDI;
Onix, e continua provendo soluções de baixo
custo e competitivas, imagine isso com as ●
Programas como Rota2030
novas ferramentas da indústria 4.0, aliada à podem reverter esse quadro;
criatividade do brasileiro?
Abaixo, aplicações da
Assim como a GM, a Volkswagen, FIAT, FORD, impressão 3D na indústria:
CAOA (Cherry e Hyundai), e diversas outras
estão se mobilizando para tornarem-se mais
produtivas, e nesse processo levam com eles,
todos os fornecedores e fornecedores de seus
fornecedores, os chamados Tier 1, Tier 2…

Hoje o nosso desafio é modernizar um pátio de

fábricas que ainda estão presas nas revoluções
passadas em relação ao resto do mundo.
Enquanto os robôs do mundo já são
autônomos, os do Brasil mal são automáticos.
Viver nesse cenário de incerteza, onde as
multinacionais se perguntam: Vale a pena
modernizar as fábricas do Brasil, ou é mais
barato fazer novas, em outro lugar?
 A prototipagem convencional

Antes de entrarmos na Prototipagem Rápida,

propriamente dita, acredito que seja
conveniente explanar sobre as outras
tecnologias de Prototipagem possíveis: a
convencional e a digital.

A prototipagem convencional está corretamente

associada à arte. Cada modelo realizado tem
sua qualidade diretamente derivada da
qualidade do modelador, um artista, como da
mesma forma, é muito difícil obter duas
reproduções idênticas ou precisão dimensional
de um objeto, ainda que esta tenha sido a
técnica realizada por anos e ainda é praticada
não só no Brasil, mas no mundo.

A principal vantagem deste método está no

baixo custo em implementos, não há máquina
envolvida, o trabalho não está sujeito à
precisão de um software, justamente por ser
totalmente artesanal.

Os materiais possíveis para a prototipagem

convencional são: argila (chamada de Clay
neste meio), Isopor, madeira e todos os
materiais passíveis de serem modelados ou
esculpidos.

Suas principais desvantagens, como já citado,

são: demanda semanas ou meses, de acordo
com a complexidade da geometria; dificuldade
em obter superfícies complexas e a qualidade
da fabricação depende da habilidade do
modelador.
Digital Mockup

A modelagem digital tem crescido de uso

exponencialmente nos últimos anos, conforme
a precisão e a capacidade de cálculos e
simulações dos softwares CAD 3D sobem..

No passado já era possível realizar montagens

de arquivos 3D em softwares CAD, contudo,
assim como no papel, os softwares também
não revelavam erros, como regiões com
material sobreposto, análise de interferência e
simulações de impacto ou contato entre partes
móveis, mas isto mudou muito nos últimos
anos. Diversos softwares CAD de ponta,
denominados de High Range ou High End hoje
são capazes de fazer estas simulações,
limitando a necessidade prototipagem rápida
para um segundo estágio, como
experimentação física, aprovação de pessoas
leigas ao manuseio de softwares CAD ou visão
de desenhos em 3D nos monitores ou ainda, a
realização de lotes pilotos ou peças para
fundição ou moldes de silicone, onde o
protótipo faz o papel de molde perdido.

É verdade que a evolução na captação de

dados, através de sensores ao redor do mundo,
transformou as antigas análises CAE, de
análises genéricas em análises extremamente
personalizadas, aprofundadas, e capazes de
predizer o comportamento de cada peça, de
cada componente, de acordo com o operador
futuro do mesmo, de acordo com o ambiente
específico de cada peça. Esse processo se
chama hoje Digital Twin, ou gêmeo digital.
 Prototipagem Rápida
A prototipagem Rápida oferece um meio
mais rápido e econômico de geração de
modelos, reduzindo, desta forma, o ciclo
global de desenvolvimento de produtos. A
PR também assegura repetitividade da
obtenção do modelo e precisão
dimensional para experimental prática da
peça obtida.
Ao contrário dos processos por extração
de material de blocos, que comumente
utilizam pequenos centros de usinagem
com CNC (Controle Numérico
Computadorizado), a PR permite obter
modelos com cavidades internas, ocos e
até mesmo peças articuladas.
A empresa 3D Systems é pioneira no
campo de impressoras 3D,
desenvolvendo os primeiros
equipamentos para laboratórios em 1984
e comercializando impressoras 3D desde
1988. Até 1992 a 3D Systems era
detentora de 90% do mercado, e foi ela
também quem batizou tanto a extensão
padrão do arquivo, o STL, como a
tecnologia, de estereolitografia (Stereo =
tridimensional e Litografia = impressão em
superfícies), contudo, hoje mais de 30
companhias ao redor do mundo possuem
suas próprias tecnologias patenteadas,
cada qual com vantagens e
desvantagens. Aproximadamente 20
destas tecnologias são derivadas da
estereolitografia.
●
SLA – 3D Systems Inc., Foto-
Polímero;
●
SLS – DTM, Termoplásticos, Metais;
●
LOM – Helisys, Papel;
●
3DP – Z Corporation, Vários
Materiais;
●
Inkjet – Solidscape Inc. (Sanders),
Amido;
●
FDM – Stratasys Inc., Termoplásticos,
Elastômeros e Metais;
Para fins práticos, imagine que vamos
reproduzir como peça 3D, algo
equivalente ao arco de uma porta, em U,
mas de ponta cabeça, com o arco par
acima. O processo de impressão irá
depositar o material de cada parede deste
U até chegar na parte superior, onde será
necessário que exista um segundo plano
para a impressão, do contrário, o material
liquefeito não terá sustentação para poder
secar e adquirir a forma desejada. Este
segundo material é chamado,
apropriadamente, de material de suporte.
Ficará mais simples compreender a
necessidade e o funcionamento deste
segundo material, ao observar os
esquemas de impressão das tecnologias.
 Stereolitography Aparatus
SLA

Resumo da tecnologia:

Criação: EUA
Empresa: 3DSystems, FormLabs, Photosintesys, Cliever,
Pro-Feature: Camadas finíssimas, acabamento perfeito, peças lindas
Desvantagens: Processo de instalação cara, peças em geral frágeis, embora novas
resinas já estejam disponíveis
Principais aplicações: No Brasil de 2019 o processo explodiu em trabalhos
odontológicos pelas resinas fotossensíveis bio-compatíveis
Camada: 0,008mm na melhor resolução
A SLA – StereoLitography Aparatus, é
uma tecnologia desenvolvida pela 3D
Systems, para manufatura aditiva. Seu
processo se baseia na combinação de
uma resina fotossensível e um canhão
laser para a construção dos modelos. Em
cada camada, um disparo laser traça uma
seção da peça, onde a exposição desta
resina ao laser a faz entrar em processo
de cura, solidificando o trajeto que o laser
toca.
Após um padrão ser estabelecido, a
plataforma da SLA desce a medida exata
de uma nova camada, normalmente de
0,05mm a 0,15mm, então, a resina que se
acumula abaixo deste pistão
pressionada para cima, cobrindo a parte
recentemente curada pelo laser e o
processo do desenho à laser sobre este
novo material se repete, até que pelo
empilhamento das camadas curadas, se
obtém a réplica 3D do objeto do Software
CAD.
Como se pode observar no desenho ao
lado, superfícies que ficariam “no ar” são
apoiadas pela própria resina acumulada e
não curada, ao longo do desenho das
camadas, formando a “mesa de suporte”
para um plano que faça o fechamento do
sólido com espaços ocos em seu interior.
Vantagens e Desvantagens:
A Estereolitografia possui muitos outros
nomes, tais como: Photo-Solidificação,
Fabricação Ótica, Fabricação de Formas
Livres Ótica e Sólido Imaginário.
Um dos aspectos mais sedutores da SLA
é que uma peça funcional pode ser criada
em menos de um dia, embora a
dimensão, complexidade geométrica e
altura da camada impactem nesse tempo.
A maior parte das máquinas com essa
tecnologia possuem um cilindro de
impressão de 20” x 20” x 24”, sendo esse
o volume máximo de impressão para
peças feitas de uma só vez.
Protótipos feitos com a tecnologia SLA
podem ser muito benéficos, uma vez que
são bastante fortes para serem
manuseados e podem servir como
padrões para moldes de injeção,
é termoformagem e sopramento e também
para moldes de shell. Seus produtos, pela
baixa altura da camada, também contam
com excelente acabamento superficial.
Por fim, embora não haja praticamente
limitações de forma que se podem obter
por este processo, o mesmo não é barato.
A resina fotossensível custa de 300 a 800
dólares o galão (4 litros,
aproximadamente). O equipamento como
um todo, custo ao redor de US$
100.000,00 e seu canhão laser, com um
uso estimado em 10.000 para ser então
trocado, custa ao redor de outros US$
15.000,00. Esta tecnologia requer ainda
um piso especial, anti-vibração, para
garantir a precisão do canhão laser, e
estocagem segura do seu material, pois
os próprios raios UV provenientes do Sol
podem iniciar o processo de cura do
material, deixando-o desde quebradiço,
na hora de usá-lo, até mesmo
inutilizando-o.
A SLA é a pioneira e talvez por isso, uma
tecnologia tão popular. Por muito no
mercado se dizia “fazer uma stereo”,
“comprar uma stereo”, para comprar
qualquer forma de prototipagem rápida.

Ela também deu origem a uma série de

variações nas formas e processos de se
curar a resina. A FormLab, por exemplo,
empresa brilhantemente retratada no
documentário “MAKERBOT, Print the
Legend”, no Netflix, cura a resina da
mesma forma, apenas, “de ponta
cabeça”, a peça gruda numa base que
sobe, se afastando de um reservatório de
resina foto sensível.

Se trocarmos o laser por luz led, temos

impressoras chamadas DLP – Digital
Light Process – que curam a resina por
exposição à luz de LED, como a tela de
um celular, no caso de empresas como a
Photocentric, vendida no Brasil pela 3D
Procer, ou usando um projetor de
imagens, um datashow, usando a potente
lâmpada LED para projeção.

Quando trocamos o laser por LED temos

uma vantagem, a varredura da camada é
bem mais rápida, afinal, se cura toda a
camada com uma projeção só, ao invés
de se ter que desenhá-la traço a traço,
com um ponto de laser. Outra vantagem é
a precisão: o laser, conforme se aproxima
das bordas do recipiente de resina, deixa
de ser um ponto e se torna um oval, como
qualquer ponto de luz projetado de forma
inclinada, o que interfere no acabamento
e na precisão da peça.
 Sinterização por Laser
SLS

Resumo da tecnologia:

Criação: EUA
Empresa: 3DSystems,
Pró-Feature: Combina peças resistentes com camadas finas
Desvantagens: Processo de instalação cara, preço do laser é um consumível caro e
instalações também requerem piso anti-vibração e ventilação forçada
Principais aplicações: peças em Nylon, peças para uso direto, peças para fins
médicos, visto que o pó sinterizado pode até mesmo ser metálico.
Esta é uma tecnologia que utiliza um
poderoso canhão laser, como o dióxido-
carbônico, para fundir pequenas
partículas de termoplásticos, metais
(sinterização direta por laser em metal),
cerâmicas ou vidros, para obter o objeto
3D desejado. O laser de forma seletiva
funde as partículas conforme um
desenho CAD 3D fatiado em camadas
por um software proprietário.
Como neste método, a densidade final
do objeto 3D depende mais do pico da
rajada laser que da continuidade do
mesmo, uma máquina típica de
tecnologia SLS utiliza canhão de pulso
laser. A máquina pré-aquece o cilindro
de materiais para tornar mais fácil o
trabalho do laser de sinterizar as áreas
desejadas.
Algumas máquinas utilizam um pó de
um só material, contudo, muitas das
máquinas de SLS podem utilizar dois
materiais diferentes, geralmente um
composto.
Os envelopes de construção podem
ser de até 381 x 330 x 457 mm, e suas
deficiências estão no acabamento
superficial do produto, sempre muito
áspero e no preço do equipamento e
do canhão laser. O material também é
bastante caro, devido a sua natureza
específica de aplicação e preparo para
estas máquinas.
Quando a SLS é utilizada para sinterizar
metais, e a impressora inteira é
construída ao redor desse propósito, a
tecnologia recebe um novo nome: DMT –
Direct Metal Technology.

A sinterização de pós metálicos é

largamente utilizada para fins médicos,
calotas de cranioplastia, pinos e
localizadores para insertos cirúrgicos,
equipamentos especializados para
cirurgias dedicas.

Diversas empresas surgiram ao redor da

tecnologia de sinterização do pó,
buscando novas formas que dessem
maior resistência mecânica para a peça
ao longo de todos os eixos possíveis.
Diversos tratamentos pós impressão
surgiram para auxiliar nesse processo,
como fornos de cura, de sinterização,
fornos de pressão negativas ou positivas.

Dentre as empresas e processos

variantes, o destaque fica para a Arcam,
que criou o processo mais interessante,
ao menos de descrever: uma esfera de
tungstênio é aquecida ao ponto de atingir
instabilidade de elétrons, que são
conduzidos por um tubo de eletroímãs
para bombardiarem uma massa de pós
metálicos, em geral, titânio. Esse
processo gera as peças com quase 100%
de isotropia, isto é, a mesma resistência
mecânica ao longo de todos os eixos.
Esse processo se chama Eletron Blaster
manufacture, ou EBM.

A EOS é uma das grandes empresas que

produzem a SLS de metal à laser hoje.
Um estudo conduzido por Carnegie
Mellon University adverte para ser
cuidados ao utilizar metais impressos em
3D. Pesquisadores analisaram peças
impressas em 3D utilizando raios X de
penetração profunda e encontraram
falhas preocupantes, sobretudo, no titânio
quando sinterizado por laser, quando há
gases presentes. O gás tende a ficar
preso dentro da estrutura, criando uma
estrutura porosa a cada camada de
impressão.

"Essa porosidade estava presente em

todas as peças impressas analisadas.
Para nós foi uma surpresa encontrar essa
falha com tanta frequência, nosso
próximo passo é, nos perguntar como
melhorar a impressão e livrar as peças
dessas falhas" - diz Antony Rollett,
professor de ciência dos materiais e
engenharia e co-autor da pesquisa na
CMU
 PowderBinder
3DP
As impressoras 3D da 3DP são
geralmente muito rápidas, mais
baratas e fáceis que a maior
parte das tecnologias baseadas
em laser. Uma impressora 3D
funciona à partir de um arquivo
CAD 3D fatiado, cujas camadas
são então depositadas umas
sobre as outras, para obter
o objeto 3D. À diferença das
outras técnicas, esta utiliza cola
para unir as camadas, onde um
cabeçote, semelhante ao da
impressora, desenha a camada
fatiada pelo software depositando
a cola, e então um rolo aplica
gesso ou amido sobre a base,
que por sua vez, só adere às
regiões com a cola.
Essa foi uma das primeiras tecnologias
a também adicionar cores ao processo
de impressão, através do acréscimo de um
cartucho de tinta, de impressoras 2D, que
após cada camada depositada, pinta essa
camada e assim, consegue-se obter um objeto
à cores.
Como se pode imaginar pelas partículas
que esta tecnologia utiliza, gesso ou amido,
sua maior fraqueza abriga-se na espessura da
camada, geralmente ao redor de 0,1mm a mais
fina possível, e no acabamento poroso e de
baixa resistência do objeto final. A peça ainda
requer um processo de verniz para dar maior
resistência e evitar que a peça “esfarele” pelo
manuseio.
Materiais mais comuns: Gesso, Sílicas e Amidos.
Por seu baixo custo de matéria-prima (relativamente, visto que a tinta que ela utiliza
é a mesma tinta de impressoras 2D, aliado à baixa resisttência mecânica das peças,
que afinal são formadas de pó e cola, a PowderBinder é largamente utilizada para
peças de análise visual apenas, literalmente, Prototipagem Rápida, mas no mercado
Consumidor entrou abrigo num setor totalmente novo: avatares 3D, uma forma de
Self 3D que os prestadores de serviços, como os bureaus de impressão 3D
passaram a ofertar.
 Laminated Objet Modeling
LOM

Laminated Object Manufacturing (LOM) é um processo de prototipagem

rápida criada pela Helisys Inc, empresa esta que hoje pertence à Cubic
Technologies.

Sua tecnologia consiste na utilização de um papel laminado, com cola,

e uma faca de corte ou canhão laser para o corte, que desenha sobre
uma folha uma camada obtida pelo seccionamento de um objeto CAD
3D. Ao terminar, uma nova camada do papel laminado é colocado
sobre a anterior e novo corte é feito. Pelo empilhamento das camadas,
se obtém a réplica do objeto 3D.

Este processo não contém virtualmente, nenhuma limitação de

envelope de impressão, contudo, o processo caiu em desuso,
provavelmente pela dificuldade em extraír do papel cortado e
empilhado, a peça acabado sem danificá-la, visto que o papel que se
acumula ao redor da peça não escoa ou é limpo como pós, mas precisa ser
Cortado e retirado, processo que eventualmente danifica a peça.

Mesmo assim, seus protótipos eram tidos como de excelente acabamento, visto
cada espessura de camada é tão fina quanto uma folha de papel, em geral,
16 microns.

A peça ao lado representa um jogo, um

Brinquedo que ilustra muito bem o
Processo LOM.
 PolyJet 3D Printer
PJP

A empresa israelense que já foi As gotas são tão pequenas que possuem
conhecida por Objet, comprou a Stratasys 90 pico-litros, 9x10^-12 L, e o cabeçote
e se lançou como a maior empresa de possui 90 furos, capazes de dispersar até
impressoras 3D do mundo, utiliza um 600 gotas por polegada, gerando uma
processo de impressão 3D chamado resolução de impressão de 1200DPIs
PolyJet, ou Multi-Jet, depende de quem (que diferente do seu televisor ou monitor,
você pergunte. neste caso significa Drops per Inch, gotas
por polegada, e não Dots per inch, pontos
O processo se baseia na dispersão por por polegada).
um cabeçote comum às plotters de
grandes formatos, de impressoras 2D O sistema coordenado de deposição e
mesmo, de uma resina fotossensível, no retífica gera camadas de 0,016mm de
lugar da tinta comum. Anexado ao altura, e o sistema é tão preciso, que é
cabeçote, uma lâmpada UV e uma lâmina capaz de mesclar a deposição, com
de corte. As gotas depositadas são múltiplos cabeçotes, criando numa só
curadas no toque da luz UV, e a lâmina impressão 3D, os chamados materiais
atua de retífica de topo, alisando e dando digitais. Pode-se mesclar cores, durezas,
acabamento à rugosidade inerente que as distintos materiais digitais, transparências,
gotas deixariam na mesma. em uma só impressão.
Se somarmos a esse processo as opções
de suportes solúveis em água pura, o
resultado em acabamento e sem esforço
manual, torna essa impressora uma das
grandes rivais em acabamento industrial
do mercado.
grande gama de materiais permite recriar
tecidos humanos, recortes perfeitos de
setores do corpo humano, com artérias,
músculos, pele, ossos, cada qual com sua
textura e acabamento, diretamente de
uma só impressão 3D.

A prata da casa em 2019 é a J750, capaz Com 20 modelos em linha, as

de produzir 500.000 cores através da impressoras vão de uma área de
combinação de seus 16 cartuchos, entre impressão no formato de um papel A4,
cores e suportes, e criou o conceito de com 150mm de altura, no Objet 30 Pro, a
life-like materials, materiais com texturas, até absurdos 1000x1000x600mm de
rugosidades, sensações tácteis, iguais à envelope na Objet1000.
de quando as peças forem produzidas de
forma industrial. A J750 faz parte da família connex, que
se caracteriza por ter 3 tamanhos
Mas sem dúvida essa grande resolução padrões: 250x250x200, 350x350x200 e
tem também grande aplicação no setor 500x500x200.
médico, onde a precisão combinada à
 Fused Deposition Modeling
FDM

Criada em 1988 por Scott Crump a e por mais absurdo que pareça, o plástico
tecnologia FDM foi a primeira grande ainda é visto com desconfiança na grande
virada da maré no mercado de impressão indústria, mesmo em 2019, para substituir
3D. Se antes as impressoras com laser processos que são usinados por
precisavam de pisos antivibração, plásticos, há ainda uma grande curva de
refrigeração para o canhão laser, resistência, que é natural, afinal, ainda
ventilação forçada pelos vapores das não se ensina plásticos nas escolas de
resinas, os materiais brutos, antes de engenharias mecânicas, passa-se anos
sinterizados, eram tóxicos e requeriam estudando austenita, ferrita, carbonita,
manuseio cuidadoso, e mesmo assim, para chegar na indústria e alguém falar,
tinham e têm até hoje, um período “hei, por que não fazemos isso em
limitado de estocagem, a FDM – Fused nylon?”.
Deposition Modeling – produziu máquinas
baratas, sem custo de instalação, com Seja como for, a impressão 3D FDM
materiais que já usamos fora do ambiente
revolucionou o mercado também por ser a
de impressão 3D, plásticos! forma mais barata que uma impressora
3D pode assumir. E através dela, em
Sem dúvida não é o processo que da o 2014, quando caíram as patentes, a
melhor acabamento direto da impressão, impressão 3D FDM ganhou o mundo.
Como já extensa discutido aqui neste ca: PLA, ABS, ASA, HIPS, PVA, certas
livro, e acredite, vou repetir mais vezes blendas de Nylon (Poliamida – PA), e as
ainda: impressoras trifásicas são chamadas de
industriais, e trabalham com os plásticos
A impressão FDM se dá através da que demandam maior carga térmica:
movimentação coordenada em XYZ de Policarbonado – PC, PC-ABS,
uma extrusora que deposita um material Polifenilsulfona PPSF, Poli eter acetal
que tenha viscosidade, espessura e acetato PEKK – Antero, ULTEM 1010,
aderência, em geral, termoplásticos. ULTEM 9085…

O empilhamento das camadas resulta na Estas impressoras ainda contam com 2

construção dos objetos originalmente extrusores, um dedicado ao material que
desenhados ou escaneados. fará a peça, e um dedicado ao suporte,
que em geral, é solúvel em água ou
As impressoras da Stratasys acabaram solventes, para permitir criar peças de
servindo de referência para dividir o geometrias complexas ou já articuladas e
mercado de impressão 3D montadas, diretamente da impressora 3D.
posteriormente, as impressoras bivolt, e
as impressoras trifásicas. A FDM é pai e mãe das impressoras
open-source, chamadas de FFF ou FOSS
As bivolts lidam com os plásticos mais – Fabricação por Filamento Fundido ou
“fáceis”, que requerem menor carga térmi- Free Open Source Systems.
 O processo detalhado:

1 – O processo tem origem num 2 – O filamento é tracionado para

filamento de termoplástico. dentro do cabeçote pelo motor de
tração

3 – Dentro do cabeçote um tubo de 4 – O material é extrudado pelo bico,

PTFE conduz o filamento à câmara em geral, com orifício de 0,4mm,
quente contra a mesa de impressão

5 – O filamento depositado é achatado,

tanto contra a mesa, como uma
camada contra a outra. A ideia é
diminuir a rugosidade da face, e
também aumentar a área de contato
entre as camadas, para maior
aderência das mesmas.
 Encoder
mede o avanço do
filamento para Guia de alimentação do
identificar fialmento filamento ao estrusor
obstruído

Castelo de tração
do filamento.

Câmara de aquecimento.
Cada termoplástico tem uma
temperatura específica de
impressão 3D.

Duto de distribuição de
ar, resfria a peça ao sair
do bico, garantindo sua
posição e estabilidade
dimensional
Por último, essa tecnologia também incorporou no início de
2014, a opção de máquinas de cores reais para suas peças.

Qual processo de prototipagem eu devo usar?

Abaixo está um quadro comparativo demonstrando as capacidades de

três termoplásticos mais comumente utilizados: SLA (stereolitografia),
FDM (Modelagem por Deposição de Fundidos), e PolyJet:

SLA Polyjet FDM

Tolerância Bom Bom Regular

Acabamento Sup. Bom Bom Regular

Funcional Regular Regular Bom

Materiais duplos N/A Bom N/A

Dureza N/A Bom N/A

Transparência Boa Regular N/A

Sobre Moldagem N/A Bom N/A

Comparativo dos processos de prototipagem :

A Maior parte dos processos de prototipagem rápida podem criar peças

à partir de diversos materiais. A tabela abaixo faz um comparativo
tosco de aplicações e materiais para cada específico processo. Quanto
menor o número, melhor.
 esterilização

Mais cores?
Peças com
Superfície
Tecnologia/

Funcional
Detalhes
Precisão

Flexível

Cores?
Aceita
Suave
Força
Material

FDM
ABS 1 2 2 3 1 S
ABSi 1 2 2 3 1 SIM S
ABS-M30 1 2 1 3 1 S
Policarbonato 1 3 1 3 1
Policarbonato.-ISO 1 3 1 3 1 PC.ISO.T
Policarbonato.-ABS 1 2 1 3 1
PoliJet SIM
Clear 1 1 2 1 2 SIM
Vero 1 1 2 1 2 S
Tango 1 1 3 1 1 S S
ZCorp SIM
Plastic Powder 1 2 3 2 3 S
SLA SIM
Accura 50 Write 1 1 3 1 2
Somos10120-WaterClear 1 1 3 1 2 SIM
Somos11120-WhaterShed 1 1 2 1 2 SIM
Somos 14120 1 1 2 1 2
Somos 14120 Write 1 1 2 1 2
Somos 18420 1 1 2 1 2
Somos 7120 2 1 3 1 2
Somos 9120 1 1 2 1 1 +-
Somos 9920 1 1 3 1 2
SLS

DuraForm GF 2 3 1 3 1
Materiais, comparativo completo

A tabela abaixo relaciona os materiais disponíveis, por tecnologia,

comparando-os de forma empírica. 1 = excelente, 2 = bom e 3 =
regular.

PJET ZCorp FDM SLA SLS

Precisão 1.00 1.00 1.00 1.13 2.00

Detalhamento 1.00 2.00 2.40 1.00 3.00

Força 2.33 3.00 1.33 2.50 1.00

Superfície suave 1.00 2.00 3.00 1.00 3.00

Funcional 1.67 3.00 1.00 1.88 1.00

Semi-transparêcia SIM Não SIM SIM Não

Material Flexível SIM Não Não Parcial Não

Aceita pintura? SIM SIM SIM Não Não

Cores direto da impressora? SIM SIM Não SIM Não

 RepRap’s
As impressoras open-source
Existe um documentário no Netflix,
chamado Print, the Legend, que aborda a
origem da MakerBot, da Formlab, ao
mesmo tempo que traça um paralelo
entre as grandes empresas que utilizam
as mesmas tecnologias, no caso da
Formlab, a SLA, e no caso da MakerBot,
a FDM, que é um termo patenteado pela
Stratasys, e assim, passou-se a chamar
de FFF impressoras que utilizam
Fabricação por Filamento Fundido.
Em 2014 um homebrew 3d printer club
nasceu nos Estados Unidos e na
Inglaterra, nos mesmos moldes dos
velhos Homebrews computers clubs, que
deram origem à Apple, e de certa forma, a
cultura que daria início à Microsoft e
tantos e tantos computadores que
surgiram e morreram até os dias de hoje:
RadioShark, Tandy, Commodore C64.
A diferença é que nos computadores, o
mercado foi se moldando na proporção
que os componentes se tornavam mais
baratos, enquanto a limitação no mercado
das impressoras era o uso das patentes,
que por sorte, dado que a SLA surge no
início dos anos 80, já não tinham mais
patentes, não todas, ao menos.
Com o tempo, uma comunidade foi se
formando para compartilhar aquilo que as
pessoas descobriam possíveis. O uso das
impressoras FFF se tornou rapidamente
popular, pelo baixo custo dos materiais,
pelo fácil acesso à matéria-prima e pela
forma segura de manipular os material
bruto, em contraste com os cuidados que
resinas fotossensíveis demandam.
Nascia assim, o RepRap.org, uma grande
comunidade mundial que se desenvolveu
de compartilhar, aprimorar, e refinar
projetos open-source de impressroas 3D.
Logo, novos avanços foram surgindo na
comunidade, novas arquiteturas de
impressoras 3D: Deltas, Cartesianas,
CoreXY, Hcore, novos formatos de
cabeçotes de impressão 3D: Extrusoras
diretas (direct drive), indiretas (bowldern),
duas drive systems (direct drives e
bowlden).
Cada processo com seu pró e contra, e
mais de 28 variações de arquiteturas hoje
estão disponíveis no site.
Logo, também, algumas pessoas criavam
modificações únicas, fantásticas e não
achavam legal devolver para a
comunidade de onde nasceram suas
máquinas, elas optavam em “fechar o
código” e se tornavam fabricantes de
impressoras 3D, nada de errado nisso, à
propósito. Diversas empresas brasileiras
e do mundo nasceram assim: Ultimakers,
MakerBot, Cliever, Mettamáquina, tantas
e tantas que periga eu esquecer alguém
bom e colocar alguém aqui que nasceu
de um projeto autoral e proprietário.
Se você deseja se lançar no projeto de
fazer sua própria impressora, contudo, o
melhor projeto que posso recomendar, é
criar a TowerlXL, a mais barata das
impressroas 3D da longa lista do
RepRap.org, e também, uma das mais
fáceis de montar. E tem instruções
detalhadas em outro site: instructables.
Não é minha intenção republicar todo o
tutorial online para a construção dessa
impressora, mas basta saber que o site
do Instructables tem todas as instruções
para essa e outras impressoras 3D, e que
no site da RepRap.org você pode
encontrar mais de 30 modelos de
impressoras 3D em diversas arquiteturas.
https://www.instructables.com/id/Building-
a-3D-Printer-Under-200/
Uma coisa interessante, é que o RepRap
passou a aturar como um órgão de
centralização de informações sobre a
impressão 3D doméstica, publicando
censos sobre o uso das impressoras,
divulgando dados de mercado, e
constantemente atualizando e mantendo
atualizações dos fatiadores, firmwares e
demais componentes do ecossistema da
impressão 3D.
Sobre a RepRap, segundo a própria:
RepRap é a primeira máquina de
fabricação auto-replicante de uso geral da
humanidade.
O RepRap assume a forma de uma
impressora 3D de mesa gratuita capaz de
imprimir objetos de plástico. Como muitas
partes do RepRap são feitas de plástico e
o RepRap as imprime, o RepRap se auto-
replica criando um kit por si só - um kit
que qualquer um pode montar com tempo
e materiais. Isso também significa que -
se você possui um RepRap - pode
imprimir muitas coisas úteis e outro
RepRap para um amigo ...
O RepRap é sobre como fabricar
máquinas auto-replicantes e disponibilizá-
las gratuitamente para o benefício de
todos. Estamos usando a impressão 3D
para fazer isso, mas se você tiver outras
tecnologias que podem se copiar e que
podem ser disponibilizadas gratuitamente
para todos, esse também é o local para
você.
Reprap.org é um projeto da comunidade,
o que significa que você pode editar a
maioria das páginas deste site ou, melhor
ainda, criar novas páginas. Nosso portal
da comunidade e as páginas de Novos
desenvolvimentos têm mais informações
sobre como se envolver. Use os links
abaixo e à esquerda para explorar o
conteúdo do site. Você encontrará algum
conteúdo traduzido para outros idiomas.
O RepRap foi a primeira das impressoras
3D de baixo custo e o Projeto RepRap
iniciou a revolução das impressoras 3D
de código aberto. Tornou-se a impressora
3D mais usada entre os membros globais
da Comunidade Maker.
O RepRap foi eleito o objeto impresso em
3D mais significativo em 2017. Ou seja,
as pessoas pensam que a coisa mais
importante que você pode imprimir em
uma impressora 3D é outra impressora
3D - toda a razão do projeto RepRap.
Também em 2017, o criador da RepRap,
Adrian Bowyer, recebeu o Prêmio de
Melhor Contribuição da Indústria de
Impressão 3D para Impressão 3D e foi
introduzido no Hall da Fama da
Impressão 3D.
 Arquitetura das Impressoras
Como já falamos anteriormente,
mesmo uma impressora de um só
cabeçote, ela imprime, em realidade,
2 ou 3 instâncias completamente
distintas.
Pois a peça é o objeto a ser impresso,
mas a impressa leva o suporte, e
pode ou não levar Raft, Brim, Skirt, e
cada uma destas entidades tem suas
próprias configurações e software, pois os ângulos por vezes
características, onde a edição de um,
não afeta necessariamente o outro.
Com suporte, esta característica se
torna mais pronunciada, pois o correto
uso das edições do suporte podem
produzir peças muito melhores em
acabamento superficial, muito mais
rápidas de se imprimir ou, podem
fazer tudo pior.
Inclusive não usar suporte, como
abordamos no capitulo referente a
esse tema, é mais arte que ciência.
Tecnicamente, peças com abertura
maior que 67° em relação ao centro
da peça ao longo do eixo Z, não
precisam de suportes, isto é chamado
de ângulo de alto sustentação. Mas
existem fatores atenuantes ou
extenuantes, como, quanto peso a
peça terá acima deste determinando
ângulo? Sem suporte a peça se
aguentará durante a construção?
Fazer a peça sem suporte, sempre é
mais rápido, pois são menos
movimentos para a impressora
desenhar, menos material para
depositar, e assim, mais rápido e
menos material gasto para se produzir
a peça.
Do outro lado, existem peças que
enganam os mecanismos do
estão dentro das margens toleradas,
são menores que os ângulos de alto
sustentação, mas a peça terá um
baita peso camadas para cima
daquele suporte, que podem ser
pesadas demais para serem
sustentadas durantes a construção.
A própria regra de ouro do suporte cai
por terra, dependendo simplesmente
da sua impressora.
Existem impressoras que a mesa de
impressão se movem para frente e
para trás, e o cabeçote faz os
movimentos de Z, e da esquerda para
direita e vice-versa. Estas
impressoras, chamadas Cartesianas,
são impressoras que tem como
característica vibrarem muito durante
a impressão, e precisam, por
consequência, de muito mais suporte
para peças que sejam muito altas e
muito finas, como a Torre Eiffel ou
uma Millenium Falcon.
Cartesiana: CoreXY:
A impressora move o cabeçote A impressora movimenta a
em X e em Z, e a mesa se move extrusora em X e Y e a mesa só
em Y. se move em Z,
Fonte: https://core3d.tech/2017/06/10/why-core3d-printer-uses-corexy/
Deltas
O cabeçote se apoia sobre 3 hastes, e a coordenação entre os 3 faz o
cabeçote se movimentar em XY e sua altura em relação à mesa faz as vezes
do movimento ao longo do eixo Z.

Existem diversas arquiteturas de impressoras 3D por um simples motivo.

Pegue um peso de 100 gramas e amarre a um pêndulo. Agora acelere ele
uns 15 cm em um segundo e tente fazê-lo parar exatamente sobre o final da
régua, sem vibrar! É isso que as impressoras fazem, ao movimentarem os
cabeçotes, para frente e para trás, esquerda ou direita, e precisam fazer o
cabeçote parar a cada camada, no mesmo lugar, e fazer isso o mais rápido
possível. Sem propagar vibração para a impressora, sem o cabeçote errar a
peça de construção.
Assim, as arquiteturas de impressoras 3D
buscam diferentes formas de equilibrar a
precisão do movimento, com a máxima
velocidade possível.
A CoreXY, por exemplo, tem a máxima
precisão de movimentação, ao
movimentar o cabeçote em XY, ela cria os
movimentos mais suaves possíveis. Por
outro lado, o peso da chamada “mesa
XY”, faz que a impressora seja robusta,
para manter a mesa superior plana, a
máquina também tende a ser mais
ruidosa, por propagar vibrações.
As impressoras Cartesianas requerem
certo olhar do usuário, ao posicionar as
peças sempre paralelas ao longo do eixo
de movimento, por outro lado, o cabeçote
ao fazer menos movimentos, tende a ser
menor, mais leve, e as máquinas
Cartesianas são mais baixas, e sempre
com a base abrigando a eletrônica e os
componentes.
Por fim, as Deltas buscam um trabalho
mais eficiente, silencioso, mas têm mais
dificuldade com geometrias detalhadas, e
em geral, são trabalhosas para uma boa
calibração do sistema.
Agora, outra estratégia de quem cria
essas impressoras foi onde colocar o
motor de tração do filamento para
alimentação da impressora. É comum em
impressoras CoreXY, que já têm uma
estrutura robusta superior, colocarem lá
mesmo o motor de tração. Esses
sistemas são chamados de Direct Drive, e
têm como vantagem, trabalharem com
Uma gama maior de filamentos,
principalmente filamentos flexíveis, onde
a distância entre o motor de tração e o
bico extrusor pode criar uma tensão no
fio, e dificultar obter boas peças, com
fluxos de deposição regulares.
Em máquinas como as Deltas e as
Cartesianas, dada sua forma mais leve na
parte superior, e por consequência menos
estrutura, o motor de tração tende a ficar
próximo aos depósitos de filamento, e
nesses casos, a arquitetura se chama
Bowden.
A grande vantagem das impressoras
Bowlden é o menor peso sobre o
cabeçote e os eixos de movimentação,
isso permite maiores velocidades de
trabalho, e maior precisão na impressão,
mas por outro lado, dificulta, se não torna
impossível, o uso de filamentos flexíveis,
justamente pelo explicado anteriormente.
Outras variações importantes nas
impressoras Desktop, ou RepRaps, são
se elas têm câmaras quentes, ou mesas
aquecidas, ou nenhum destes.
Câmaras quentes fazem peças com
máxima aderência entre camadas, mas
gastam mais energia e demoram mais
para iniciar o trabalho, visto que têm que
aquecer as câmaras.
Mesas aquecidas são rápidas para
aquecerem, mas podem criar tensões em
peças muito longas, visto que se criam
dois polos de calor, um na base, junto à
mesa, e um no topo, junto ao cabeçote.
 Hbots vs CoreXY
Como você pode criar um H-Bot, o H-
Bot será mais simples e terá uma
contagem menor de peças.
Ao projetar uma impressora, você
deve procurar constantemente o elo
mais fraco do design.
Em algum momento, o barramento
não é mais a sua principal
preocupação - você deseja que as
polias e motores fiquem próximos ao
chassi para que suas conexões sejam
o mais rígidas possível.
Considere o que acontece quando
você aplica uma força torsor ao final
da sua impressora: os momentos
serão transferidos diretamente as
roldanas / polias em série (ou
aliviando a tensão, que é Mover a segunda correia abaixo do
numericamente o oposto, mas
efetivamente o mesmo).
Se você estiver aplicando 1 kg de
aceleração no pórtico, todos os
roletes também sofrerão uma
mudança líquida de força de 1 kg e se
cada rolete estiver desviando 10
mícrons sob carga, esse erro
cumulativo começa a se tornar um
problema.
A principal desvantagem do CoreXY é
que ele requer correias em dois
planos separados.
Pode não parecer muito, mas na
prática isso tem muitos efeitos
colaterais. Infelizmente, não tenho
certeza de que posso fornecer
exemplos de design ruim sem ofender
alguém, por isso espero que o
restante deste post seja levado em
contexto.
O pior cenário para o CoreXY se
parece com isso: [imagem 1]. As
polias e as roldanas estão em longos
braços, o que compromete a rigidez, e
as forças estão sendo aplicadas ao
efetor final e ao pórtico longe do
centro de gravidade. Pouquíssimas
impressoras são tão ruins, mas
qualquer CoreXY com as duas
correias acima do carro precisa
gerenciar esses problemas.
trilho linear é uma boa solução
(imagem 2), mas todo o caminho da
correia termina dentro do conjunto de
extrusão / trilho, o que desperdiça
muitas viagens.
Os bons projetos CoreXY (e a
impressora anterior em particular)
também são complexos de construir,
pois as montagens de motor esquerda
e direita geralmente estão em alturas
diferentes, entre outras possíveis
complicações. Este é um problema se
você estiver tendo peças feitas de
metal.
O design típico do H-Bot
([i.imgur.com]) é de simplicidade
absoluta e permite conexões muito
rígidas e compactas entre as várias
partes.
Talvez as desvantagens do CoreXY
sejam irrelevantes para 95% das
impressoras, mas se você estiver
tentando forçar demais os limites da
rigidez, precisará pensar nessas
coisas. É muito mais fácil construir um
pórtico que não se submeta do que
eliminar toda a conformidade no
caminho da correia.
O bem-intencionado projetista
gostaria de substituir as correias de
fibra de vidro por correias de aço e
inclui um estágio adicional de redução
de correia para compensar um
diâmetro maior da polia. No papel,
isso parece ótimo - o aço é mais
rígido que a fibra de vidro -, mas
vamos pensar sobre o que está
acontecendo aqui. Foram adicionadas
duas interfaces correia dentada
adicionais (cada uma com folga
pequena, mas diferente de zero) e
cada polia e polia adicional é mais um
apoio em plástico impresso. As
correias de aço melhoram a fibra de
vidro o suficiente para compensar
esse tipo de conformidade? Os cintos
de fibra de vidro eram um elo fraco
para começar? Por que usar uma
correia de aço quando metade do
caminho da correia é impressa em
plástico?
Se eu quisesse tornar um sistema de
correia mais preciso, começaria a
tornar as montagens da
polia/rolamento mais rígidas,
aumentaria a tensão da correia e,
finalmente, passaria para servos com
repetibilidade angular <0,1 grau. Eu
nunca adicionaria mais polias e polias
de sincronização ao design. Em geral,
a precisão é alcançada eliminando o
maior número possível de
componentes. Existem exceções
óbvias (por exemplo, mais parafusos
é melhor que nenhum parafuso), mas,
como regra, você deseja fazer o seu
"loop de força" entre o motor e o eixo
(assim como o leito e o efeito final) o
mais curto e direto possível. .
O H-Bot é extremamente adequado a
esse princípio. O design típico do H-
Bot (imagem 3) é de simplicidade
absoluta e permite conexões muito
rígidas e compactas entre as várias
partes.
Talvez as desvantagens do CoreXY
sejam irrelevantes para 95% das
impressoras, mas se você estiver
tentando forçar demais os limites da
rigidez, precisará pensar nessas
coisas.
É muito mais fácil construir um pórtico
que não se submeta do que eliminar
toda a conformidade no caminho da
correia.
Fonte:
https://reprap.org/forum/read.php?397
,767054,773460#msg-773460
 Direct Drive Bowden

Prós: Melhor Extrusão: Uma vez que uma Prós: Movimentos mais limpos: Como
extrusora direta é montada na cabeça de uma extrusora Bowden é montada na
impressão, o motor pode facilmente estrutura da impressora e não na cabeça
empurrar o filamento através do bocal, de impressão, há muito menos peso no
permitindo uma melhor extrusão. carro. Menos peso significa impressões
mais rápidas, mais silenciosas e de maior
Retração mais rápida: Como a extrusora qualidade.
está próxima do bocal, a extrusora direta
pode rapidamente retrair o filamento. Maior volume de compilação: uma
extrusora Bowden permite uma
Motor Menos Potente: Devido à curta carruagem de cabeça de impressão
distância entre a extrusora e o bocal, é menor, o que, por sua vez, permite
necessário menos torque do motor para aumentar o volume de construção.
empurrar o filamento.
Tamanho compacto: As extrusoras
Maior alcance de filamentos: Uma Bowden são tipicamente mais compactas,
extrusora direta é compatível com uma ocupando menos espaço que uma
ampla gama de filamentos. Mesmo com extrusora direta normal.
materiais flexíveis e abrasivos, a extrusão
direta permite uma impressão confiável. Contras: Motor Mais Poderoso: Como
uma extrusora Bowden está empurrando
Contras: Movimentos Sobrecarregados: e puxando o filamento através de um tubo
Com a extrusora montada na cabeça de longo, existe uma certa fricção entre os
impressão, o peso é obviamente dois. Esse atrito exige mais torque para
adicionado. Esse peso extra adiciona controlar o filamento.
restrições de velocidade, causando mais
oscilação e possivelmente uma perda de Tempo de resposta mais lento: mais atrito
precisão nos eixos X e Y. no tubo de Bowden também se traduz em
lentidão no tempo de resposta. Extrusoras
de Bowden exigem mais
Qual a melhor impressora 3D?
SLA, SLS, FDM, LOM, PolyJet, Z-
Printer (ou PowderBinder), são todas
impressoras industriais, custam de
dezenas a centenas de milhares de
dólares.
As impressoras de desktop que têm
arquitetura fechada, alta
repetibilidade, mas ainda conservam
certos aspectos de acessibilidade e
customização, são hoje chamadas de
Performance, tais como a MakerBot
Method, a Ultimaker S5, Prusa.
Impressoras que estão entre as
impressoras industriais e as
totalmente domésticas, feitas de
madeira, parafusos, chiclete e fé.
As RepRaps levam a impressão 3D
para as massas, à custos
baixíssimos, mas dificilmente farão a
mesma peça, com a mesma precisão,
e a mesma resistência.
Qual dessas impressoras 3D é a
melhor? A resposta, como você deve
ter adivinhado, é: depende!
Se você é um projetista de uma
grande montadora, esta
desenvolvimento um novo sistema de
admissão de ar, que deixará a mistura
ar+combustível mais eficiente,
motores menos poluentes e que
consomem menos, você não quer
ter que aprender a imprimir em 3D.
Você quer obter a peça, sempre,
precisa, rápida, bem feita. Você quer
imprimir essa peça pessoalmente, ou
que alguém na unidade de outro país
a imprima, sem te ligar para perguntar
qual o preenchimento usado, altura da
camada, resolução, se foi com ou
sem suporte… Sua impressora ideal é
a Industrial.
No mesmo contexto, por vezes seu
ciclo de desenvolvimento é menos
intenso, possui mais peças para
imprimir antes de definir um conceito
vencedor, você precisa imprimir
alguns conceitos prévios. Talvez
desenvolvendo embalagens de
perfumes, ou itens de consumo onde
o design tenha alto impacto e o
número de produtos para eleger um
conceito campeão seja imenso.
Nesse caso, as impressoras
Performance irão atender. Também
para fazer berços e dispositivos para
a linha de produção, onde as
precisões sejam menos exigentes, ou
onde a aparência final não seja
relevante. Mas acima de tudo, a
performance te permite experimentar
materiais novos, tecnicas novas de
impressão, e, a qualquer momento,
voltar para a resolução padrão, para
voltar a ter repetibilidade. A impressão
Desktop profissional te da isso.
As impressoras RepRaps te darão
acesso a diversas peças, modelos e
materiais, onde a repetibilidade não é
relevante, e onde os custos são muito
acessíveis, trabalhos de alunos do
ensino fundamental, pequenas peças
para reparos de eletrodomésticos,
experimentações de materiais novos,
as RepRaps sem dúvida têm seus
lugares ao sol.
De fato, o próprio site da RepRap nos
mostra um universo de aplicações,
através de um censo muito simples
que eles conduziram e hospedaram
na capa do portal deles:
Qual impressora você já utilizou, por fabricante?
“Uma família que usa um RepRap
para imprimir apenas 20 produtos
domésticos por ano (cerca de 0,02%
dos produtos disponíveis) pode
economizar entre US $ 300 e US $
2000:
"... a conclusão inevitável deste
estudo é que o RepRap já é um
investimento economicamente
atraente para a família média dos
EUA".
Fonte: B.T. Wittbrodt et al., Análise
econômica do ciclo de vida da
manufatura distribuída com
impressoras 3D de código aberto,
Mecatrônica.”
 Capítulo 2

A arte do fatiamento
 A arte de preparar um arquivo
O que são Fatiadores? A melhor metáfora
que me ocorre, ao longo desses anos, é
com o painel de impressão do próprio
windows.
Você está escrevendo seu artigo no
Word, ou terminando uma planilha de
Excell, e chega a hora e imprimir. Você
acessa o menu File > Print (ou arquivo >
imprimir), e um painel aparece. Esse
painel te pergunta qual a orientação do
papel, qual a resolução da impresão
(rascunho, alta qualidade?), quais
margens quer deixar, se é preto e branco
ou colorido, entre muita outras
alternativas.
Como nós fazermos impressão 2D desde
as impressoras matriciais, não nos damos
ao trabalho de pensar o quanto somos
questionados, fazemos no automático.
O fatiador tem o mesmo papel, você
termina seu projeto, seja por Scanner 3D,
por CAD, ou simplesmente baixou um
arquivo 3D da internet, e deseja imprimí-
lo, você acessa então um painel, que irá
preparar o arquivo para a impressora.
Nesse programa você pode escolher
entre resolução (rápido ou alta
qualidade), orientação do arquivo,
número de cópias, e dependendo da
impressora 3D, se quer à cores ou
monocromático. Em síntese, o processo
não é mais difícil do que seria a
impressão 2D, mas claro, com um eixo à
mais a imprimir, existem novas variáveis.
Principais configurações

A impressão em 3D compartilha, como

vimos, certas características com a
impressão 2D: orientação do arquivo e
resolução do arquivo por exemplo.

Diferente do 2D, contudo, as impressões 3d

possuem volume. E eu posso escolher como
preencher o interior da peça. Esse
preenchimento é também chamado de infill
no inglês.

Outra característica única da impressão 3D,

é também escolher o número de contornos
da peça, quanto mais perímetros uma peça
tenha, mais resistente ela será, sem
necessariamente ter que fazer a mesma
peça sólida.

Nesse exemplo vemos a simulação das

chamadas configurações padrão da
impressora: Camada de 0,2mm, 2 contornos
e preenchimento de 10%.
Altura da camada
Layer resolution

Quanto menor a camada, mais

camadas por milímetro ao longo da
altura da peça, o chamado eixo Z, são
necessárias. Isto é, para erguer 1 mm
no eixo Z, com uma camada de 0,2mm,
precisamos de cinco camadas, uma
sobre a outra. Em 0,1mm, precisamos
de 10 camadas, e em 0,3, de três
camadas e qualquer coisa da próxima.
Camada de 0,1mm
Como se pode imaginar, a aparência da
peça será mais ou menos rugosa,
conforme se altera a altura da camada,
quanto mais camadas, menor cada
camada é, e logo menor a rugosidade
da peça. Outro fator que se pode
adivinhar, é que mudar a altura da
camada, afeta a precisão em Z da
peça. Afinal, se sua peça tiver uma
região com precisamente 1mm de
altura, e você operar uma camada de
0,3mm, não há como a impressora
cumprir essa perspectiva de altura, ou
ela coloca 3 camadas, e sua altura final Camada de 0,2mm
será de 0,9mm, ou ela coloca 4
camadas, e sua altura final de 1,2mm.

Importante salientar que isso não afeta

a peça em XY. Justamente pelo fato da
impressora desenhar feito uma caneta,
ou uma ploter de pena para os mais
antigos, a precisão, ou melhor, a
acurácia em XY é sempre preservada.

O quadro ao lado mostram a relação

tempo por camada, e um detalhe do
queixo. Camada de 0,3mm
35
 Preenchimento
Infill

O preenchimento retrata qual o

percentual de material que você ter
dentro da peça, que vai de 0%, e
uma peça totalmente oca, à 100% e
uma peça virtualmente totalmente
sólida.

Quanto maior o preenchimento,

maior a resistência mecânica da
peça, e mais a peça se aproximará
Preenchimento de 10% da resistência mecânica indicada no
DataSheet do material. Como
falamos antes, as peças impressas
em 3D são anisotrópicas, isto é, não
têm a mesma resistência mecânica
ao longo de todos os eixos, sendo
que ao longo do eixo Z, é o eixo de
menor resistência. Mas esta
informação ainda estava incompleta,
pois atingir os valores máximos dos
ensaios e das propriedades listas na
folhas de dados de materiais, a peça
ensaiada ainda é sólida, afinal, são
sólidas as peças produzidas por
Preenchimento de 50% injeção plástica, não é mesmo?

Ainda existem poucos softwares

capazes de realizar um ensaio de
resistência dos materiais completo,
para peças impressas em 3D,
capazes de terminar qual o
percentual mínimo que a peça deve
ter para atingir a resistência
desejada. O processo ainda é muito
empírico, e o único software que eu
realmente sei, ser capaz de fazer
isso, é o Simulia da Dassault
Preenchimento de 99% Systemès.
Contornos
Shells

O número de contorno é o número de

vezes que você deseja que o software
repita o perímetro da peça, sempre de
fora para dentro, isto é, sem alterar as
medidas originais do CAD, quantas
vezes além do primeiro perímetro, você
deseja que o software realize uma
repetição do perímetro, peça à dentro.

As funções do contorno são inúmeras,

aumentar a resistência da peça, sem 2 contornos na peça
ter que aumentar a massa ou
preenchimento numa mesma
proporção, aumentando o número de
contornos, ou ainda dar mais volume às
paredes, para que se possa aplicar um
macho ou cossinete, para fazer uma
rosca num furo impresso, sem que a
rosca “vaze” ou crie “furos” para o
interior da peça.

Fazendo menos contornos, e peças

ocas, obtemos peças mais flexíveis, e
com filamentos naturais, mais
translúcidas do que seria possível com 4 contornos na peça
múltiplas paredes.

Em geral o padrão é de 2 contornos

para peças, e de até 5 contornos para
peças que precisarão resistir à
pequenos esforços ou impactos, sem
trincar e/ou propagar danos para o
interior da peça. Da mesma forma que
o preenchimento, ainda não há
softwares CAE capazes de dizer
quantos contornos mínimos uma peça
tem que ter para determinador
6 contornos na peça
esforços.
 Canoa, barra e saia
Raft, brim, skirt

Raft é uma forma de fixação da peça à

bandeja da impressora, onde a
impressão se dá. A função varia, desde
prevenir empenamentos na peça, à
deformações em peças muito planas,
mais largar e compridas do que altas.

Se sua impressora usa mesa aquecida,

o Raft não é apenas desnecessário,
como ainda fica no caminho entre a
peça e a mesa aquecida, que dá um
Peça com Raft acabamento sensacional às peças.

Seja se a mesa for aquecida, ou se for

flexível e aderente, como as modernas
mesas em ULTEM que a Prusa utiliza,
mas se sua peça estiver assim mesmo,
sofrendo com empenamento, existem
as opções de BRIM ou Skrit,
respectivamente barra ou saia da peça.
São paredes, contornos à primeira
camada que visam protegê-las de
fluxos de ar, e garantir que assim não
sofram com empenamentos. Alias,
Paddle empenar é um dos grandes pesadelos
da impressão 3D, mesmo com PLA que
tem baixo índice de contração, apenas
0,2%, quem já passou por isso sabe,
basta uma pontinha levantada para a
peça ficar ruim.

Diversos fatiadores inclusive oferecem

um objeto STL para ser adicionado nas
suas impressões, chamado de Discos
de Auxílio, são discos que são
adicionados à primeira camada, para
aumentar a ancoragem na bandeja.
Paddle + Brim
Suportes
e ângulos de auto sustentação

Suportes são estruturas de apoio,

criadas automaticamente pelo software
fatiador, que visam prevenir camadas
no ar, em balanço ou suspensas, de
deformarem durante a impressão delas.

Se imaginarmos um Cristo Redentor,

como o do Rio de Janeiro, sendo
impresso em pé, e recordarmos das
propriedades da impressão, o ponto
vítreo que o plástico é depositado, e
que ele que tem que secar, ao sair do
bico extrusor, apenas o bastante para
ficar no lugar, de outra forma a próxima
camada não irá se fundir sobre ele, ao
recordar tudo isso, percebemos que
para fazer os braços aberto do Cristo,
sem uma estrutura de apoio sendo
criada paralelamente à base, os braços
ficaram algo mal impressos ou
totalmente deformados, chegando a
poder estragar a impressão e até a
impressora.

E como se dá a montagem do suporte/?

Por ser um algoritmo automático, o
software fatiador buscará por duas
coisas na sua peça: estruturas com
mais de 5cm entre colunas e apoios, ou
estruturas que se projetem do eixo
central da peça, além de 68o de
abertura, para o PLA.

A dist6ancia entre duas colunas que o

plástico pode ser impresso sem
suportes, se chama Bridges (pontes) e
o ângulo de suporte até o qual não se
usa suporte é ângulo de auto
sustentação.
Conforme a imagem acima, existem
diversas configurações importantes
para o suporte, e no fim, não importa
seu software de fatiamento, elas são
relativamente as mesmas, em todos os
softwares.
A primeira opção óbvia é: Ligar ou
desligar a geração de suportes.
Leaky Connections é para definir se o
contato com a peça será mais frágil,
mas em contra partida, resistirá a
menos peso.
Align supports define se os suportes
devem ser construídos paralelos ou
seguindo a geometria da peça,
paralelos eles são mais fácil de
remover, mas pode-se gerar mais
suporte para manter esse alinhamento.
Extra supporte: gerar mais suporte.
Support Density: A densidade do suportes,
justamente para fazê-lo suportar mais ou
menos peso.
Support margin é a distância mínima do
suporte para a peça;
Support to Model Spacing e Support Roof to
Model: Deixar uma camada entre o suporte
e face da peça torna a remoção mais fácil
do suporte, já que a fusão do suporte com a
face é apenas por gravidade, e também
tende a marcar menos a peça. Em
impressoras 3D com suporte solúvel, essa
margem deve ser zero.
Support angle é o ângulo de alto
sustentação, diminuir esse ângulo aumenta
o suporte gerado.
Support layer height: altura da camada do
suporte, por geral, igual ao da camada
impressa.
Breakaway Support: Seria traduzido
como “Remover quebrando tudo pelo
caminho”, gera um suporte que é todo
unido entre si, assim, ao se iniciar a
remover, ele sai como “uma casca” da
peça. Na prática, não funciona muito
bem, mas ajuda a remover suportes
mais externos.
Na foto acima vemos ainda, um
recurso reservado para impressoras
com 2 cabeçotes: criar “Purge Walls”,
esse recurso ajuda a limpar os bicos,
ao mesmo tempo que impede que eles
fiquem pingando dentro da peça, e
também protege a peça de correntes
de ar, para impressoras abertas.
Hoje esse modelo de “purge wall” foi
substituído pelas Torres de Sacrifício.
Dicas:
No pescoço do arquivo acima, chamado
Laurana, vemos uma parte estreita, que
suporte a cabeça. Se o arquivo for
impresso Sólido, esse suporte gerado
poder ser pouco, é quando devemos
usar o “Extra Support” ou aumentar a
densidade do suporte gerado. Se for
impresso com o padrão de 10% a 25%
de preenchimento, o suporte automática
é suficiente.
Torre de Sacrifício ou Purge Walls são
boas para um bico não sujar o que o
outro esta imprimindo.
Sempre é bom deixar ao menos um layer
entre a peça e o suporte, quando ele não
for solúvel. Quando o suporte for solúvel,
não tente remover ele com as mãos, ele
estará sem margem preso à peça.
 aberto do setup do suftware permite
adaptar esse suporte para impressoras
por filamento fundido, as nossas
impressoras chamadas de FFF ou
FDM!

Esse suporte cria uma estrutura de

Diferentes fatiadores geram diferentes
suportes, seja uma estratégia diferente
de deposição, seja pela posição relativa
da peça ao “zero” da impressora, que em
alguma é o canto entre XYZ na parte
frontal esquerda da máquina (do ponto de
vista de quem olha) e em outras é o
centro da bandeja.
Seja como for, muitas vezes esse suporte
automática é insuficiente para produzir
uma peça desejada. Seja por que a peça
ficará muito marcada, ou por que será
muito difícil remover o suporte depois, ou
simplesmente se deseja economizar
tempo e material, ao imprimir o mínimo
possível de suporte, sem estragar a
peça.
sustentação baseada em fractais,
basicamente um tronco principal que
vai se subdividindo em ramos, até
tocar a peça, criando a mínima região
de contato possível, o maior número
de vezes possível.
Desta forma se otimiza a geração do
suporte, diminui-se o tempo gerado
para fazer o suporte, e o material
consumido, além de ser muito mais
fácil de remover as pequenas pontas
de contato da peça, que uma longa
face de suporte apoiada na peça, na
forma de sanfona. (o suporte tradiconal
em geral se dobra sobre si mesmo na
forma de uma sanfona).

Nesse momento entra um Ás, o

MeshMixer, da Autodesk. O Meshmixer é
um software grátis, criado pela Autodesk,
acredito eu, para servir à própria
impressora 3D deles, a Spark, no
passado, e hoje disponibilizado para
qualquer impressora e impressor que
desejar usá-lo.

O grande trunfo dessa plataforma é o

suporte chamado Amber. Feito para usar
em resinas, o padrão
 Outros Fatiadores RepRap
Para transformar uma peça em 3D em
um formato amigável à máquinas,
quaisquer sistemas auxiliados por
computador requerem um início em
arquivo 3D e terminar em uma linguagem
chamada de G-Code.
O G-Code é um conjunto de coordenadas
que tem por objetivo, informar para a
impressora suas próprias dimensões,
pontos de início e termino do trabalho,
temperaturas de trabalho do(s)
cabeçote(s), da mesa, da câmara quente,
e outras instruções.
O fatiador por de ser o segredo da
impresso, num mercado de hardware
cada vez mais acessível, e por a
Stratasys por exemplo utilizar diversos
sob sua plataforma, desde os mais
antigos como Catalyst (Dimension,
Prodigy, uPrint), Mojo Print Wizard,
Insight (o mais poderoso fatiador que já
utilizei, feito para a família Fortus,
Quantum, Maxum), Objet Studio para as
impressoras de Resina da família
PolyJet, e um novo fatiador chamada
GrabCAD, feito para ser “o um fatiador”
para todas as impressoras governar.
O site All3D fez um tutorial brilhante,hoje, tudo bem, fatiadores como Cura
do tipo, tudo que você sempre quis e Simplify3D geram o G-Code
saber sobre G-Code e tinha vergonha automágicamente à partir de arquivos
de perguntar. Mas como este material CAD, então a maior parte das pessoas
está em inglês, vou traduzir alguns nunca teve que lidar com esse código
itens que acho mais relevantes. na vida. Contudo, se você quiser criar
um entendimento mais profundo sobre
Sempre lembrando que esse material o G-Code, talvez haja um par de
é original do All3D e eu não tenho coisas que você precise aprender
nenhum tipo de crédito ou mérito nele, sobre ele. Saber G-Code te ajudár a
ok? solucionar problemas com a sua
impressora 3D melhor que ninguém.
G-Code é a linguagem utilizada por
computadores para se comunicarem G-Code atende por "Geometric Code",
com as impressoras, e nesse curto e não é diferente de qualquer
tutorial, vamos desmitificar e linguagem de um CNC (Comando
compreender esse código. numérico computadorizado), em
essência. Cada linha diz à impressora
Usando o G-code, um computador diz o que fazer naquele exato instante.
à impressora quando depositar
material, quando parar, a que Um código G-Code típico terá esse
velocidade/temperatura, para onde tipo de aparência:
mover a cabeça de impressão, esse
tipo de coisa. G1 X-9.2 Y-5.42 Z-0.5 F3000.0
E0.0377
Se você nunca lidou com um G-Code
até
Dica:
Os firmwares
utilizados pelas
impressoras podem
ter “sotaques”
pequenas variações
nas funções dos G-
Codes, de impressora
para impressora.
Essa linha em particular diz para a
impressora para mover o cabeçote em
linha reta para as coordenadas X=9,2
Y=-5,42 e Z=0,5 na taxa de 3000 e
depositar material à taxa de 0,0377. O
comando G1 que inicia a linha da a
dica da ação, já que as coordenadas
são fáceis de serem lida por si
mesmas.
G1, no caso, significa, mova-se em
linha reta. O reto da linha são
argumentos, que complementam a
ação do comando.
Linhas que iniciam com G, são linhas
de comando, mas e se você precisar
dizer para a impressora para aquecer
a mesa ou ligar/desligar um
ventilador? Essas definições são
dadas por comandos M. Por
exemplo, M140 diz para a impressora
ligar o aquecedor da mesa e M190
diz para a mesma esperar a
temperatura desejada ser atingida.
Eis um lista de comandos que podem
iniciar uma linha e seus significados:

Gnnn = Comando G-code padrão, como mover para um ponto

Tnnn = Seleção da ferramenta nnn, em RepRap isso signfica o tipo e quantos

bicos a impressora usa

Mnnn = Comandos de definição RepRap, como ligar a mesa ou desligar um

ventilador

Jnnn = Parâmetro offset Y em movimento de arco

Innn = Parâmetro offset X em movimento de arco
Rnnn = Parâmetro usado em temperaturas
Hnnn = Parâmetro usado para aquecedores em regulagem PID
Dnnn = Parâmetro usado para diâmetros em regulagem PID
Qnnn = não em uso pela RepRap
Nnnn = Número da linha, usado para rastreabilidade de erros
Ennn = Extenção da extrusão. É o XYZ para consumo de filamento
Fnnn = Taxa de alimentação. (velocidade por movimento da cabeça)
Snnn = Parâmetro de comando, do tipo tensão, temperatura, tempo em segundos,
para um motor

Pnnn = Parâmetro de comando, mas em milissegundos ou PID, para um motor

*nnn = Verificar somas, usado pra rastreabilidade de erros

U,V,W = Eixos adicionais de movimentação, FirmWare RepRap
Znnn, Ynnn e Xnnn = coordenada para movimentação, em inteiros ou fração
Para saber mais: http://reprap.org/wiki/G-
code#Fields

Comandos mais importantes em G-Code:

G0: Mover a cabeça à velocidade máxima às

coordenadas desejadas. Ex: G0 X7 Y18

G1: O comando mais comum na impressão

3D, onde a velocidade da movimentação é
limitada pela taxa de deposição, mantendo o
movimento em X e Y uniforme, Ex: G1 X7 Y18 1a Fase: Inicialização:
F3000 E0.2
Estas são as primeiras cinco linhas de
G20/G21: define a escala da movimentação, um código G-Code real de impressora
3D, que é quase um padrão para todos
G21 é milímetros, G20 é polegadas
os códigos e máquinas:
G17,G18,G19: Definir os planos da máquina.

G28: Define o HOME da máquina, em geral é G90

utilizado o código G28.1 para X0 Y0 Z0
M82
G90: Modo absoluto, diz para a máquina ir
para a coordenada X10, por exemplo, em M106 S0
absoluto
M140 S100
G91: Modo incremental, o mesmo que o G90, M190 S100
mas incrementa a nova medida sob a posição
atual do cabeçote

G2: movimentação no sentido horário:

começar a camada e movimentar a cabeça A primeira linha define as coordenadas
em sentido horário. para a posição absoluta. A segunda
linha define o extrusor para interpretar
Exemplo: os valores como absolutos. A terceira
G21 G90 G17 linha liga o ventilador, mas com
velocidade 0 ainda. A quarta linha liga o
G0 X6 Y18
aquecedor da mesa para atingir 100°C
G2 X18 Y6 I0 J-12 e a quinta linha manda a impressora
G3: o mesmo, mas no sentido anti-horário aguardar os 100° serem atingidos.

O G-code ainda aceita implementações

de comentários, utilizando o ";"
Na fase de inicialização a impressora
nunca imprime nada, apenas para
pugar material, no máximo. E esta é
uma ótima forma de saber quando
houve algum problema nesta fase, ou
não.
2a Fase: a fase da impressão 3D:
A fase da impressão sempre será
marcada por diversos movimentos em
XY, para a impressão da camada, o
preenchimento, velocidades, e então
um movimento em Z, marcando o fim
da camada atual, e o início da próxima
camada. Eis como esse código se
parece:
3a Fase: Reinício da impressora:
Finalmente, quando a impressão
acabar, a impressora deverá entrar em
reinício, voltar o cabeçote ao Home e
a mesa na posição de espera,
desligando ventiladores e aquecimento
de mesa. Eis o código como se
parece:
G28 ; levar o bico ao HOME
M104 S0 ; desligar os aquecedores
M140 S0 ; desligar a cama aquecida
M84 ; desligar os motores

G1 X108.587 Y111.599 F525

; controlled motion in XY
G1 X108.553 Y111.504 F525
; controlled motion in XY

G1 Z0.345 F500 ; mudar a camada

Troubleshooting

Analisar um G-Code é a melhor forma de

encontrar razões para falhas de impressão
3D. Ontem mesmo, num grupo de Whatsapp
Impressoras 3d Brasil, alguém relatava o
problema: "Minha impressora só fez metade
do arquivo, mas o status diz que a
impressão foi concluída, o que pode ser?".

A melhor forma de saber a resposta? Veja

no G-Code o que foi para a máquina,
quantas camadas, quanto tempo, quais
contornos foram. Mas, e para ver isso?
Bom, o Cura e o Simplify3D têm seus
próprios G-Code Viewer, mas se você
estiver fora da sua máquina, recomendo
esse G-Code Online Viewer, que é
excelente:

https://nraynaud.github.io/webgcode/

e
 Capítulo 3

Modelagem 3D
 E o desenho 3D?
Como vimos anteriormente, para produzir
uma peça por impressão 3D, precisamos
de um arquivo G-Code, o aqruivo G-Code
informa a impressora como e para onde
se mover, a que temperatura, e outras
façanhas.
E o arquivo G-Code também leva o
cálculo que o fatiador faz, se o desenho
vai requerer ou não suportes, qual a
altura da camada, qual o preenchimento,
quantos contornos, se a peça terá Raft ou
Brim ou nada.
Mas tudo isso se inicia no arquivo 3D, e
afinal, como podemos obter o 3D?
Obter o arquivo 3D é de certa forma, a
parte mais fácil da equação, afinal, hoje
você baixar o arquivo de redes sociais
3D, como Thingiverse.com ou
GrabCAD.com, onde juntos, somam mais
de 2.000.000 de arquivos prontos!
Ainda existem sites de vendas de
arquivos 3D, como o Fabb365.net, onde
pessoas vendem e compram arquivos
3D, como se fossem arquivos de músicas
MP3, e aliás, esse é meio que um dos
novos negócios que surgiram através da
impressão 3D. Afinal, não apenas um
bom desenho, mas otimizado para ser
impresso, pode valer muito nas mãos
certas.
https://fab365.net/items/122 - veja o vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=zV_VIRnyVpk
Para que o robô visto na página anterior
tenha pernas, braços e cabeça móveis, e
ainda um corpo oco e com porta que abre
e fecha numa só impressão, foram
necessário pensar em diversas soluções
para se chegar a esse resultado.
Essa peça é a prova da importância de se
planejar a impressão 3D, utilizando
conceitos que ainda vamos nos
aprofundar, mas chamados de “Folga de
Tolerância”, “Pontes”, “Curvas de
Autossustentação”, e outros conceitos
avançados.
Aliás, o próprio Thingiverse criou o
conceito de associar sua conta com uma
conta da PayPall, assim as pessoas
podem premiar designer com soluções
que realmente os auxiliam, com uma
“gorjeta”, através do botão “TIP THE
DESIGNER”.
Modelar para a impressão 3D é um dos
quentes do momento.
Isso inevitavelmente nos leva à questão,
como modelar em 3D?
Quem nunca teve a experiência (ruim) de
comprar 40 horas de um curso CAD,
chegar em casa, e na hora de criar, ficar
encarando a tela, ou não lembrar bem de
como se utiliza essa ou aquela função, e
ficar frustrado, não é mesmo? Eu sei que
eu já passei por isso.
Felizmente, hoje, existem diversos
softwares que solucionam essa lacuna, o
espaço do meio entre a ideia e o 3D, e o
melhor, eles são grátis!
Através de ferramentas dedicadas do
Windows 10, ou ferramentas grátis,
online, WebApp`s (softwares que são
executados como se fossem páginas da
internet), hoje podemos realizar com
velocidade e facilidade, o processo de se
obter um 3D, e para isso, apresento
algumas ideias de programas, que eu
mesmo utilizo!
 Ferramentas de varredura 3D

Tecnicamente, scanners 3D caseiros são

fáceis de fazer: você utiliza um emissor
de laser e um sensor junto ao mesmo.

O laser percorre o ar até a peça, onde ele

é refletido, e o te mpo desse processo é
convertido em distância do ponto
emissor. Se repetirmos isso milhões de
vezes, por todo o perímetro da peça, e ao
longo de toda a altura da peça, o que
temos no final é uma tabela, de pontos
listados, com suas coordenadas X, Y e Z,
ao lado.

Convertemos essas coordenadas

tabeladas, também chamadas de nuvem
de pontos, em um sólido. Esse sólido
então, é nosso desenho 3D.

A MakerBot já se aventurou nesse

mercado, mas ela terminou com um
produto caro, e de pouca precisão.
Uma solução muito mais barata, mais que sejam capazes de lidar com cores.
precisa, é utilizar o Scan3D do Windows
10, associado com um Kinnect do Ele ainda exporta os formatos de
XBOX. arquivos em OBJ e WMRL, capazes de
preservar as cores, ou em STL,
Esta ferramenta grátis, presente em incapaz de muita coisa, como
todos os Windows 10 desde a versão falaremos mais adiante, mas o formato
1810, de outubro de de 2018, vem com mais popular de impressão 3D.
a ferramenta já pré-instalada e oculta, se
revelando apenas se você digitar as As desvantagens desse processo
palavras mágicas, na barra do Windows residem em sua precisão, ou acurácia:
10 de programas: 3DSCAN. a captura feita à mão, por um objeto
que nem sequer é lá muito ergonômico,
O processo é mesmo do descrito é onde mora toda a responsabilidade
anteriormente, você circunda a pessoa por uma boa captura e pela precisão do
ou objeto a ser realizado o scanner 3D, resultado final obtido.
e a tela do aplicativo irá te revelando a
forma, conforme ela vai sendo Mesmo feito com esmero e cuidado,
capturada. Regiões mal capturadas variações de medidas são a regra, e
ficam em branco e sem volume, até toda não a exceção, mas já é uma baita
a forma ter sido circundada. ajuda no processo de ter um ponto de
partida criativo. Esse processo é muito
A vantagem deste processo é que o usado para criar próteses e órteses.
arquivo já sai à cores, para impressoras
Outra prática mais simples e muito
utilizada na indústria, é a de converter
croquis em 2D para perfis em 3D.
Existem vários softwares que realizam
essa tarefa, e é muito prático para
converter aquele esboço de um
suporte, uma cantoneira, um bercinho
de apoio de peças, em um produto 3D
rapidamente.
Para realizar esta façanha, também há
um produto no Windows 10 que o faz, e
ele se chama 3D Builder.
O 3D Builder na verdade é um
verdadeiro coringa na impressão 3D,
reparando arquivos 3D com defeitos
(mais sobre isso adiante), unindo e
modelando arquivos 3D, e
convertendo, arquivos de 2D para 3D!
Mas estou me adiantando e o que
quero mostrar aqui é a funcionalidade
de 2D para 3D.
Para isso, basta seguir o infográfico à
seguir:
Abrir o 3D Builder (ele também vem
pré instalado no Windows 10 1018),
Selecionar Novo Cenário, Desde
Galeria, e então inverter ou não o
resultado, conforme os contornos
identificados.
Agora, se você não tem o novo
Windows 10, não há problemas, basta
acessar o site www.picsvg.com e ele
converte qualquer foto em um
conjunto vetorizado, e depois basta
usar esse vetor em seu CAD de
preferência como se fosse um sketch,
mas eu também vou mostrar isso em
breve.
Existe ainda uma ferramenta pronta
na indústria para criar arquivos 3D, de
um fabricante chamado Easythreed
3D, que possui um software para
essas conversões.
Abra a imagem selecionada no grande botão verde chamado UPLOAD A
PICTURE. Quanto mais clara for a imagem, sem imagens de fundo e sem ruídos,
melhor será a conversão. Ainda mais: escolha o filtro que melhor preenche sua
forma, para facilitar a leitura dela pelo CAD, no exemplo abaixo, o TinkerCAD.
Destaque para o filtro na segunda imagem acima. Letras vazadas, como no exemplo
do logo da Universidade Caxias do Sul, sairão vazadas no CAD, e escolher o filtro
para que fiquem preenchidas, o resultado será mais fácil de usar.

8
4
Resultado da mesma imagem,
importado para o 3DBuilder e com o
reconhecimento automático de
contornos e cores. Nenhum CAD
adicional é necessário.
É até estranho para mim falar tanto do
Windows 10, sem uma piada anexada,
mas a verdade é que a Microsoft se
focou de verdade na questão da
impressão 3D, criando não uma, mas
4 soluções para impressão 3D:
- 3D Builder, do qual falamos bastante
aqui;
- 3D Scan, também já falamos;
- Paint3D, a nova plataforma Paint,
feita para impressão 3D e que atua
como uma massa virtual para
modelagem orgânica, excelente para
uso com mesas digitalizadoras ou
telas de toque,
- Print3D, um painel de gerenciamento
de impressoras 3D, filas de impressão,
gestão de materiais na impressora...
Ainda são poucas as impressoras
compatíveis, mas o trabalho é
cuidadoso da Microsoft.
A Microsoft ainda iniciou um consórcio
com empresas desenvolvedoras de
programas 3D, como Dassault
Systèmes, Autodesk e Adobe, para
criarem um formato 3D para
impressoras, capaz de solucionar os
problemas com o formato mais
popular, o STL.
Surge o formato 3mf
Esse formato 3MF já é compatível com
diversas impressoras do mercado,
sendo lido naturalmente pelos
fatiadores CURA e Simplify, mas ainda
não é universal, embora devemo vê-lo
sendo adotado por cada vez mais
empresas, uma vez que o STL é uma
benção e maldição no mercado de
impressão 3D, mas vamos falar mais
sobre o arquivo STL mais à frente.
 Um conceito interessante que mistura
o scaner 3D com os conversores de
2D para 3D é um WebApp feito para
converter self, principalmente de
close-up, a famosa foto 3x4 só do
rosto de documentos, em imagens 3D
do rosto!
Ele utiliza um algorítimo incrível que
aborda a foto desde a perspectiva da
proporcionalidade universal dos
rostos, para reconstruir em 3D
imagens feitas de fotos!
http://cvl-demos.cs.nott.ac.uk/vrn/index.php
Esse recurso, reza a lenda, está sendo
utilizado pelo FBI para criar versões de
rostos de criminosos, à partir das
famosas fotos de fichamento, de
seriados e filmes norte americanos. Para
que? Para usar para desbloquear
dispositivos com “face ID”, que usam um
sistema de escanear a face para
reconhecer se o usuário do aparelho é
mesmo quem o está segurando!
Por razões que ainda não estão claras para mim, esse WebApp só tem uma
desvantagem, gera arquivos invertidos, algo que logo vamos tratar com cuidado,
mas aproveito para reforçar que você pode reparar arquivos defeituosos (em
geral eles aparecem cinza opacos nos fatiadores, e com os volumes e detalhes
mal gerados), através do 3D Builder, no seu Windows 10, ou através da versão
online do reparador que está no software:

https://tools3d.azurewebsites.net/
 Como modelar 3D?
Existem diversas ferramentas de
modelagem 3D no mercado, pagas,
grátis, ou freemium (grátis com
opcionais pagos), que podem e
devem ser utilizadas com a
impressora 3D.
Originalmente, os softwares de
desenho 3D eram exclusivamente
para projetos mecânicos, chamados
de Softwares CAD – Computer Aided
Design (ou Draw, dependendo de
quem você pergunte), os softwares
nasceram como pranchetas
eletrônicas, e logo passaram a fazer
desenhos 3D, com uma série de
truques e gambiarras. Óbvio que
estou falando do AutoCAD e de sua
evolução para o Mechanical Desktop
(bons tempos do Mechanical Desktop,
apesar de tudo).
Como falamos antes, a impressão 3D
precede o primeiro software CAD,
datada de 1984 comercialmente, ela
foi criada antos antes, por Chuck Hall
e pela GE Francesa, e o primeiro
CAD 3D data de 1982, o CATIA, da
desenvolvedora e fabricante de
aviões francesa, Dassault.
No princípio, produzir material para a
impressora 3D era tão difícil quanto
comprar uma, mas com o tempo e a
tecnologia se tornando mais
acessível, desenhar foi se tornando
mais e mais fácil.
Hoje, escolas utilizam como softwares
de desenho coisas como Paint3D,
OnShape, Minecraft, e até mesmo um
software CAD, SolidWorks,
SolidEdge, NX, Pro/E, CATIA e
Autodesk.
Dentre estas ferramentas, uma se
destaca nos últimos anos, pela sua
flexibilidade e condições de uso, o
TinkerCAD.
TinkerCAD é um software online, um
WebApp, um aplicativo via Browser,
bom, você entendeu a ideia.
Baseado em modelagem primitiva, ou
seja, arrastar e unir sólidos para criar
seu projeto, e com uma biblioteca rica
em formas prontas. Permite que
crianças e adultos, de quaisquer
idades, criem o que quisere.
O software, como vimos “en passant”
no exemplo de converter de 2D para
3D, ainda permite importar arquivos
SVG, vetores, para servirem de
profile/sketch/esboço para gerar seu
3D, e permite exportar arquivos em
OBJ, STL e para máquinas de corte a
laser, DXF.
O software ainda tem um setor
poderoso para criar e programar
placas de arduino, fazendo a
simulação do circuito, gerando o
código para o microcontrolador, e se
tornando a uma plataforma para a
todos governar no universo Maker. E
tudo isso, grátis!
Ah, por ser um CAD online, pode-se
começar o trabalho em um
computador, e terminar em outro,
tornando fácil levar tarefas para casa,
da escola ou do trabalho, ou perseguir
uma ideia de qualquer lugar.
DISCLAIMER:
Da mesma forma que eu falei que é
engraçado para mim falar tão bem (e
tanto) do Windows 10, também é
positivamente estranho falar tanto do
AutoCAD, e da empresa mãe a
Autodesk.
Não me entendam errado, mas no
passado, os custos da licença e a
perseguição à licenças piratas,
fizeram do meu TCC em Makerting,
uma proposta de plataforma aberta
comercialmente ofertada no lugar do
AutoCAD. Mais ainda, o Mechanical
Desktop era realmente difícil de
operar, formado por uma série de
gambiarras para gerar o 3D, e ainda
assim, gerava maus arquivos 3D,
pouco precisos.
Por outro lado, uma nova Autodesk
vinha se desenhando e eu não queria
ver, uma Autodesk que queria ser
parte do universo Maker. Com o
Inventor Fusion, criou um CAD 3D
fantástico e acessível, tem mais forma
de usá-lo grátis que pagas. Se você
for microempreendedor, se for
estudante, se for professor, se faturar
até 100.00 dólares ao ano, se
comprar a impressora 3D X ou Y você
ganha a licença, enfim.
Hoje eu realmente amo o TinkerCAD,
e por extensão, diversas ferramentas
que a Autodesk oferece, MeshMixer,
Inventor Fusion, ReCAP. E vamos
falar deles, e chega de bla-bla-bla...
 Clique aqui para voltar à sua galeria

Nome Gerado Automaticamente,

basta clicar nele para alterá-lo.

Copiar, Colar, Duplicar e Apagar, desfazer, refazer

Cubo de vistas preestabelecidas

Vista Principal

Focar na peça selecionada

Zoom - aproximar

Zoom - afastar

Alternar vista entre ortogonal ou perspectiva

Mudar vista para 3D, Minecraft e Lego

Reexibir, Desagrupar, Agrupar, Alinhar, Espelhar

Seletor para outras formas pré

geradas

Menu de formas padrões

Formas podem ser sólidas, e quando

unidas se somam, ou podem ser “furos”
e quando unidas, o furo é subtraído da
forma sólida

Os direcionais do teclado do computador podem Mudar o tamanho da área de

mover peças pela tela, Ajustar grade marca qual trabalho para coincidir com a
o incremento usado para avanço ou retrocesso bandeja da sua impressora.
(de 1 em 1 mm, ou frações)
 Meu 3D, minha vida

Arraste o cubo vermelho para a Ao clicar nas pontas brancas,

área de trabalho. Faça isso pode-se editar as medidas em X e
clicando e mantendo-o clicado para Y, tanto arrastando o mouse,
arrastá-lo. quanto clicando na box com o
número e editando-o.
Cada que uma forma é selecionada, o
menu de propriedades aparece, lá
pode-se esconder uma peça, clicando
na lâmpada, e alterá-la entre sólido e
Orifício. Além de controlar o número de
triângulos da forma.

Em Raio, pode-se determinar uma

curva das arestas do cubo, deixando-o
arredondado. Etapas diz o número de
triângulos que a curva terá, deixando-o
mais suave ou mais “facetado”. Largura,
Altura e Comprimento, mudam as
medidas.

Lá em cima, a lâmpada alterna a peça

entre visível ou invisível e o cadeado
bloqueia a peça de alterações
acidentais.

Ao lado, a peça com os raios

modificados. Raios demais e o cubo vira
uma esfera...
Ao clicar no quadradinho preto
entre as pontas, pode-se mudar as
medidas apenas no eixo
selecionado, arrastando-o com o
mouse.
Ao topo da peça, temos um
quadradinho branco, para alterar a
altura da peça, e uma seta preta,
para mover a peça para longe da
bandeja (ou para aproximar).
Para nossa casa, vamos deixá-la
com 20x20x20mm. E vamos
agregar um telado, do menu de
formas.
O botão esquerdo do mouse
rotaciona a vista da peça, o botão
central do mouse arrasta a peça e
girá-lo faz o zoom in ou out.
Ainda ao redor da peça, pode-se
ver 3 arcos pretos, pequenos, eles
servem para girar a peça em
relação ao plano de trabalho, basta
clicar e arrastar, ou entrar com a
medida.
Usando a seta preta, sobre o
telhado, vamos elevá-lo do plano
na altura exata da nossa casa, a
20mm de altura.
Usando a tecla Shift, selecione as Usando as bolinhas que aparecem
duas formas e então escolha o pode-se eleger por qual ponta
menu alinhar, para ajustar as duas alinhar uma peça, centro, esquerda
peças. ou direita, para cada eixo X, Y e Z.

Com as duas formas selecionadas, Ao agrupar, as peças ficarão da

selecione a função agrupar, no mesma cor, indicando que foram
menu superior esquerdo. unidas e agora são uma só forma!
Nossa casa já está quase pronta!

Usando Crt+C e Crt+V ou o botão Converta a casa com as novas

duplicar, faça uma cópia da nossa medidas em orifício, para subtrair o
casa, e altere suas medias em XY e novo volume da nossa primeira
Z para 18x18x29 casa desenhada. Para isso, vamos
precisar alinhá-las.
As esferas Cinzas marcam quais posições
foram alinhadas, no nosso caso, ao centro
X e em Y, e por baixo, em Z. Agora basta
agrupar o sólido e o orifício, para criar uma
casa oca.
Agora nossa casa é habitável, ainda
restaria usar uns cubos de orifício, para
produzir portas e janelas, mas vamos
deixar essa “lição de casa” para vocês,
hora de imprimir nossa casa!

Basta clicar em exportar, e uma janela

aparece, com duas abas, na primeira
pode-se baixar o seu arquivo em STL e
OBJ, basta clicar na seleção e o download
inicia automático. A outra aba, pode-se
enviar a peça para impressão em serviços
online ou impressoras 3D que tenham
servidores online, como a MakerBot.

Uma outra opção que o software oferece,

para arquivos planos, é baixar o DXF/
DWG do arquivo, que é o formato usado
em máquinas de corte à laser, para
produzir perfis cortados em madeira,
acrílicos, metais e em alguns casos,
vidros. Parabéns, sua casa esta pronta.
 Recapitulando
Aprendemos ao longo destas páginas,
o processo de impressão 3D, para
impressoras por filamento plástico
depositado, camada sobre camada.
Vimos que a impressão 3D tem
origem em um arquivo 3D, que pode
ser obtido por scanner 3D, baixado de
sites que compartilham arquivos 3D
como Thingiverse e GrabCAD, e que
podem ainda ser desenhados.
Em matéria de scanner e desenho, há
o mundo misto que utiliza o 3D
Builder, o 3D Scan + Kinnect da
Microsoft, ou converter vetores e
modelar à partir destes vetores, à
partir do conjunto PICSVG e
TinkerCAD.
Vimos ainda que o 3D Builder
acumula funções, como reparar
arquivos 3D danificados, converter 2D
para 3D, realizar operações boleanas
em objetos 3D diversos.
Vimos as perguntas para o vestibular
de impressão 3D:
- O que é anisotropia
- O que é sublimação
- O que é Ponto Vítreo do Plástico
- Quais as variáveis para produzir um
novo material
- O que são polímeros e E o Raft tem o papel de aderir a peça
termoplásticos
- Suporte, Raft, Preenchimento,
Contornos,
O usuário pode escolher a resolução
da impressão, e isso se dá através da
escolha da altura da camada, 0,1mm
a até 0,4mm, em FDM ou FFF, de
novo, Fabricação por Filamento
Fundido, o termo Open-Source, ou
Modelagem por Deposição de
Fundido, no termo patenteado pela
Stratasys, traduzido do original em
inglês.
A resolução não afeta a acurácia da
impressora, apenas o acabamento
superficial e a redução de alguns
detalhes.
O número de contornos marca a
resistência da parede da peça, é o
número de perímetros que a
impressora faz, e o preenchimento da
a resistência mecânica geral da peça,
quanto mais sólida, mais próxima de
uma peça igual, feita por injeção
plástica.
O suporte tem o papel de apoiar
peças que seriam construídas no ar, e
o uso do chamado de ângulo de
autossustentação permite fazer peças
com movimento, direto da impressora,
em combinação com o conceito de
“Pontes”.
na bandeja. Raft, ou Brim, e protegem
as primeiras camadas de ar frio que
fariam o empenamento ocorrer.
 O que é um arquivo STL?
Agora, mesmo dominando esses
conceitos, por vezes, a peça não fica
satisfatória, e ai vem “the ugly truth”, a
impressora fará peças tão boas
quanto foram desenhadas.
E muitas vezes, em muitas
impressoras, o problema nem resite
no desenho, mas no formato de
compartilhamento entre o CAD e a
impressora.
Conforme já falamos repetidas vezes,
a impressão 3D é anterior ao
surgimento dos softwares de CAD, o
que fez que as primeiras impressoras,
a SLA – Stereolitograph Aparatus,
criasse seu próprio formato 3D, o STL
– Stereolitograph Language, um
formato feito por triângulos
simplificados, que formam o volume
3D a ser impresso.
O STL é feito de triângulo que têm um
comportamento semelhante a um
Vetor, para aqueles que não cursaram
engenharia e não fizeram Vetores e
Geometrias Analíticas (VGA, com
Paul, na FATEC-SP), um vetor tem 3
propriedades: Intensidade, Direção e
Sentido!
Se quiser enlouquecer quem não
gosta de aprender, podemos dizer
ainda: Vetor é uma classe de
equipolência de segmentos de reta
orientados, que possuem a mesma
Intensidade (também designada por
norma ou módulo), mesma direção e
sentido. E por que eu falei tudo isso?
O triângulo utilizado na impressão 3D
possui uma direção, uma face marca a
superfície da peça, e uma face marca o
interior da peça.
Ele possui um tamanho ou intensidade e
um sentido orientado, para cima, para
baixo, para esquerda, para a direita…
O STL é uma reconstrução do desenho
3D original, de forma simplificada, e o
formato de arquivo, por ser pioneiro em
3D no mundo, tem suas desvantagens
advindas da idade: para começar, ele é
adimensional, ou seja, ele não tem
medidas em escala.
Um cubo em STL de 1x1x1, terá faces
de 1 unidade, por 1 unidade e 1 unidade
altura. Mas se for impresso em
milímetros, ele será minúsculo, e se for
impresso em polegadas, ele terá
2,54cm, ou 25,4mm, muito maior.
Por não trazer unidades, há um vale
inteiro (e não apenas margem) para
erros, uma falha de comunicação é a
diferença entre a sonda pousar bem em
marte ou se espatifar na superfície do
planeta.
Para entender a referência:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mars_Climat
e_Orbiter
Outra faceta dele ser feito por Usuário, qual a distância máxima
triângulos, é que, bem, é difícil fazer que ele aceita, da tangência da
círculos com triângulos. Para curva da reta do triângulo. Essa
converter regiões circulares em distância é chamada de tolerância
triângulos, o que o software faz é cordal. Reduzir esse número fará o
criar inúmeros triângulos pequenos, software criar mais e mais triângulos,
para acomodar a tangência da curva para manter a distância da curva
feita com minúsculos segmentos de dentro do valor aceitável pelo
retas. Isto é derivada e integral na usuário.
veia! E há aqui alguns termos bem
interessantes para nosso vestibular Um valor muito grande aqui,
de impressão 3D. resultará em uma peça “facetada”,
onde se pode ver ao longo das
Por exemplo, o software pergunta ao circunferências, os triângulos.
Claro que não é raro alguma limitação
se tornar feature, e houve
recentemente uma explosão por
formas “facetadas” para a decoração,
desde pokemons à vasos, feitos
deliberadamente com poucos
triângulos, já que a forma, vista como
negativa por que trabalha com
impressão 3D, passou a ser vista
como simplista e “zen” para um olhar
externo.
Então nós vimos que o STL é um
formato de arquivo extremamente
antigo,
adimensional, e que ainda por cima
pode resultar, em sua malha
triangular, a deformar a peça final.
Se forem poucos triângulos, o arquivo
fica “facetado” e se forem demasiados
triângulos, o arquivo corre o risco de
se corromper e começar a faltar
triângulos ou ter triângulos com faces
investidas, como vimos na
experiência da self closeup para 3D.
Triângulos investidos fazem o fatiador
Colocar suporte do lado errado da Passou a circular, pois era menor, e
peça, o de dentro, e preencher todo o mais difícil de se corromper.
envelope da impressora, com o
padrão de “infill” adotado. Ou melhor, Claro que ainda hoje existem diversos
fazia, já que ao menos hoje os problemas com o STL, mas nem por
fatiadores detectam que há algo isso ele deixou de ser popular, sendo
errado e sinalizam isso através da ainda o arquivo exclusivamente
peça ficar negra, o ou botão de gerar associado a impressão 3D, o que é
o código de máquina, o G-Code, ficar errado, visto que ele também é usado
inacessível, até o arquivo ser para fazer simulações de esforços em
reparado. softwares de computadores, as tais
análises de elementos finitos
Outro probleminha com o STL, como estáticos, já que o princípio é o
se já não houvesse suficientes, é que mesmo, decompor uma peça à menor
ele ainda pode vir em dois “sabores”, partícula possível e propagar entre as
ou melhor, duas formas de escrever o partículas uma força simulada para
mesmo arquivo: STL ASCII e STL testar o limite de ruptura, conforme
Binário. uma tabela fornecida de acordo com o
material usado.
Por que existem dois formatos? Bom,
quando os computadores ainda não
eram capazes de renderizar imagens
em 3D, a melhor forma de editar um
arquivo 3D era por coordenadas,
editando os pontos dos ditos
triângulos, ou melhor dizendo, a
chamada malha triangular. Se abria o
arquivo no bloco de notas, buscava a
região a ser modificada, reescrevia-
se, e então fechava-se o arquivo
salvando a alteração.

STL em ASCII são lidos por seres

humanos através do bloco de notas,
mas para fazerem isso, o arquivo se
torna anda maior, e logo, mais sujeito
à falhas. Com o tempo, um novo STL,
Binário e feito em código de máquina,
Meu para-choque não cabe na
impressora, e agora?

Até agora vimos sobre suportes, rafts, “Não importa quão grande
vimos sobre fatiamento, altura da seja sua impressora, sempre
camada, e a diferença de resolução haverá uma peça maior que
para precisão, mas apenas vimos que ela para ser impressa”.
existe, e para fazer diversas peças,
precisaremos ir mais à fundo nesses
conceitos.

Aliás, uma das questões que ouço no

campo é: “qual a maior impressora
que tem? Minhas peças são grandes,
sabe…”. Aqui cabe algo que quase
soa como um desses ditados
Mestre Shau We Print
chineses:
Tutorial Como cortar peças com o MeshMixer

Abra o arquivo desejado no MeshMixer No menu edite, na paleta a esquerda da

tela, pode-se acessar Plane Cut

Um plano de corte surge ao meio da peça Posicionar em ângulos não retos podem
e pode ser posicionado através dos facilitar a peça a criar “convites” para
círculos de movimentação montagem futura, como aqui: 95o

No canto superior esquerdo, selecione o
tipo de corte: keep both para manter as
duas metades ou descartar metade. (a
metade a ser descartada já fica
transparente).
Depois, selecione Separte Shells para ver
os dois objetivos criados à partir da peça
original. Você poderá salvar por separado,
cada um, como STL, ou agrupados.

Fonte: https://youtu.be/zOpNw4RKY_g
Tutorial Gerar Suporte Amber
Como já falamos antes, o suporte amber
foi criado para a impressão em
impressoras de resina, SLA, DLP, o que
quer que cure resina líquida em sólida.
A impressão em resina líquida é muito
diferente da impressão FDM, primeiro, por
ser muito mais precisa, a camada é muito
mais fina, logo, marcas de suportes
podem destruir a precisão da impressão e
demandar extenso retrabalho.
A resina ainda tem um outro ponto: não
pode ser impressa com preenchimento
como a FDM, aqueles padrões sextavados
internos, a famosa colmeia, pois a resina
sendo líquida, só tem duas condições
válidas para impressão, ou ela é oca, ou é
sólida, ou há resina, ou não há. E for oca,
um furo deve ser previsto na geometria,
para facilitar a saída da resina líquida de lá
de dentro.
Outra coisa, a resina é viscosa, não é tão
fluída como água, embora não faça
diferença, água também tem o mesmo
problema, chama-se “a experiência das
duas placas de Newton”, que demonstrou
que a água correndo por um cano, tem um
gradiente de velocidade crescente até o
centro da água, onde é máximo, e zero
nas partes que tocam as bordas dos
canos. Esse é o mesmo problema que
gera cavitação na água: se você forçar um
fluxo muito intenso de água, a água que
toca as paredes de um cano tenderá a
tentar levar a face do cano consigo para
se mover. O mesmo acontece na
impressão de resina. Se for muito rápido,
a tensão da superfície da mesma irá tentar
quebrar a mesa de impressão, ou descolar
a peça da base de impressão. Nesse
sentido o suporte Amber não só sustenta
peças no ar, mas ajuda a ancorar a peça
na base, contra as forças da própria resina
Tutorial Gerar Suporte Amber

Selecione Analisys → Overhang para Angle TreshHold selecione quais regiões

acessar o menu de suportes você deseja que seja gerado o suporte

Em Preset selecione o suporte Amber, Com o botão Generate Supports você

para gerar a árvore de suporte. iniciará o cálculo do suprote.

Uma vez que o suporte foi gerado, não Alterar os parâmetros do suporte não
altere a escala do objeto mais, pois isso alterará o suporte já gerado, será preciso
alterará a escala do suporte também, remover o velho, e gerar um novo suporte
tornando-o ou muito fino ou muito grosso para sua peça.

Fonte: https://youtu.be/OXFKVmMwXCQ
Ao exportar a peça, não esqueça de
converter o suporte em sólido e salvar seu
arquivo como um STL separado do objeto,
desta forma, você poderá criar settings de
impressão tradicionais para sua peça, e
settings de suporte, para o suporte.

Isso não apenas facilitará a remoção do

suporte, como também economizará
material e tempo de impressão, visto que
os settings para suporte são mais simples
e menos criteriosos com a qualidade.

No hora de abrir os arquivos em seu

fatiador, escolha a opção “assembled
STL”, assim ele abrirá a montagem
conservando a distância relativa original
do MeshMixer, entre peça e suporte.

Fonte: https://youtu.be/OXFKVmMwXCQ
 Capítulo 4

Propriedades dos Materiais

 Para que não digam que não
falei dos Plásticos

Nessa classificação, temos os

polímeros Termoplásticos ou
Termofixos, também chamados de
termorrígidos. Polímeros
Termoplásticos: são amolecidos pelo
calor e endurecidos pelo frio,
repetidas vezes sem perder suas
propriedades.
As impressoras FFF/FDM utilizam
termoplásticos para a impressão, e alguns
elasômercs, mas no geral, principalmente,
termoplásticos.
Entre os materiais mais populares estão o
ABS e o PLA, respectivamente. O
primeiro, derivado do petróleo e bastante
comum de ser encontrado até mesmo
fora do mercado da impressão 3D, mas
usado em produtos da linha branca,
automotiva, eletroeletrônicos, área
médica, e diversas outras aplicações.
O segundo é um termoplástico de origem
org6anica, derivado de fibras de milho ou
da cana de açúcar, e em realidade, de
quase qualquer fibra vegetal, e tem como
propriedades ser atóxico, hipoalergênico
e compostável.
Além desses plásticos não é raro
encontrar em uso Nylon (vulgarmente
conhecio por Poliamida ou PA), PC-ABS –
ABS com carga de policarbonato, PETG-
material derivado do PET que faz os
frascos de refrigerantes, entre outros.
Cada plástico tem seu perfil de
impressão: temperatura de extrusão,
velocidade de avanço, velocidade do
ventilador de resfriamento, e cada plástico
traz também, um conjunto de
propriedades e características que podem
ser utilizados no seu projeto de impressão
3D.
Aliás, até se a impressão 3D tiver
finalidades de mera verificação de
aparência, até mesmo aí, há um plástico
melhor, no caso, o PLA, por ser o de
menor variação dimensional
durante a impressão 3D.
Os termoplásticos variam em
densidade, capacidade de absorção de
umidade, aderência entre as próprias
camada da impressão 3D, reação
diante da luz do sol e processo de
envelhecimento, e claro, em preço.
Definir o melhor material para sua
impressão 3D é parte vital do processo,
Mas não se enganem, segundo o
3DHUBs, um dos maiores prestadores
de serviços de impressão 3D do
mundo, os materiais mais utilizados
ainda são em PLA e ABS,e as cores,
acreditem, 50% dos pedidos do mundo,
segundo a mesma 3DHUB, mais de
30.000 pedidos por quartil, são no bom
e velho Preto, Branco e Cinza.
Entre as características negativas dos
temoplásticos está um item que
também conforme nossa terceira
perguntado Vestibular para
Impressoras 3D.
Questão 3: Os termoplásticos são
conhecidos por suas alta absorção de
umidade, seja do ar ou do ambiente.
Como se chama essa propriedade?
Se você respondeu a essa pergunta,
que o nome dessa propriedade é
higroscopia, você acertou! Se diz
higroscópico o material que é capaz de
absorver umidade do próprio ar. Como
a sílica gel que vem nos eletrônicos, e
como o arroz, que o pessoal colocava
no saleiro, para deixar o sal solto.
 Principais Plásticos
Dados pelo site: Statista https://www.statista.com/statistics/800454/worldwide-most-used-3d-
printing-materials/
PLA – O Poliácido Lático é o material
mais popular de impressão 3D no
mundo, e o segundo no país. Fácil de
imprimir, não requer câmara fechada
(na maioria das vezes). É duro, logo
tem baixa resistência a impactos, mas
é hipoalergênico e compostável. É fácil
encontrar PLA com carga de Madeira,
Mármore e cobre.
ABS – Acrilonitrila Butadieno Estireno,
um plástico derivado do petróleo, é
dúctil, absorve impactos e chega a se
deformar antes de romper.
ASA – É ligeiramente superior ao
ABS, mas o grande benefício dele é
ser resistente à luz UV, assim em
exposição ao clima o plástico não
perde a cor nem vai se tornando
mais rígido e quebrável, como
acontece com todos os outros.
Nylon – Poliamida, grande
resistência a impactos, à
temperatura e fácil de agregar carga.
TPU – Poliuretano Termoplástico,
material elastomérico, com shore
92A ou 95A.
O que a umidade afeta na impressão
3D? Na peça pronta, nada. Mas o
problema é quando a água é
carregada pelo filamento, para a
câmara quente. Neste caso, como
água entra em evaporação à 100oC,
ela vai interferir na qualidade da
impressão de 3 formas bem
características:
- o vapor concorre com o filamento
na saída do bico extrusor,
ocasionando pecas rugosas, pellas
falha da deposição;
- o filamento rompe constantemente
dentro do cabeçote, ocasionando
erros constante de “filamento preso”
- o filamento se rompe depois do
motor de tração e antes da câmara
quente, entupindo o cabeçote, e
obrigando o operador a abrir o
cabeçote e limpar, perdendo tempo,
e potencialmente, queimando o dedo
em algo quente lá dentro…
Por terem densidades diferentes,
eles demandam diferentes
temperaturas para extrusão,
diferentes velocidades de impressão,
mas uma curiosidade decorrente
dessa característica afeta como
compramos os filamentos para a
impressão 3D, o quanto eu estou
comprando.
Ao comprarmos materiais por quilo,
acabamos levando mais ou menos
metros de material para casa,
dependendo da densidade do
mesmo.
O site Filamnt2Print fez um artigo
genial desse cálculo de metragem
comprada a cada quilo, e
basicamente se resume na equação
abaixo:
p: Densidade (g/cm3)
m: Massa(g)
v:Volume(cm3)
S:Superfície(cm2)
l:Longitude(cm)
r:Raio(cm)
Assim, 500g de ABS, com filamento
de diâmetro de 2,85mm (um padrão
antigo da impressão 3D), tem 75,36
metros de comprimento.
O PLA, muito mais denso, com 1,24
de gravidade específica (outro nome
para densidade), tem 9,09 metros.
https://filament2print.com/pt/blog/16_densidades-longitudes-filamentos-
impressao-3D.html
 ABSplus-P430

ENGLISH METRIC
MECHANICAL PROPERTIES TEST METHOD
XZ AXIS XZ AXIS
Tensile Strength, Ultimate ASTM D638 4,700 psi 33 MPa

Tensile Strength, Yield ASTM D638 4,550 psi 31 MPa

Tensile Modulus ASTM D638 320,000 psi 2,200 MPa
Tensile Elongation at Break ASTM D638 6% 6%
Tensile Elongation at Yield ASTM D638 2% 2%
IZOD Impact, notched ASTM D256 2.0 ft-lb/in 106 J/m

ENGLISH METRIC
MECHANICAL PROPERTIES TEST METHOD
XZ AXIS ZX AXIS XZ AXIS ZX AXIS
Flexural Strength ASTM D790 8,450 psi 5,050 psi 58 MPa 35 MPa
Flexural Modulus ASTM D790 300,000 psi 240,000 psi 2,100 MPa 1,650 MPa

Flexural Strain at Break ASTM D790 4% 4% 2% 2%

THERMAL PROPERTIES
2
TEST METHOD ENGLISH METRIC
Heat Deflection (HDT) @ 66 psi ASTM D648 204°F 96°C
Heat Deflection (HDT) @ 264 psi ASTM D648 180°F 82°C
Glass Transition Temperature (Tg) DSC (SSYS) 226°F 108°C

Melting Point --------- Not Applicable

3
Not Applicable
3

Coefficient of Thermal Expansion ASTM E831 4.90x10

-05
in/in/°F 8.82x10
-05
mm/mm/°C

ELECTRICAL PROPERTIES 4
TEST METHOD VALUE RANGE
Volume Resistivity ASTM D257 2.6x1015 - 5.0x1016 ohm-cm

Dielectric Constant ASTM D150-98 2.3 - 2.85

Dissipation Factor ASTM D150-98 0.0046 - 0.0053

Dielectric Strength ASTM D149-09, Method A, XZ Orientation 130 V/mil

Dielectric Strength ASTM D149-09, Method A, ZX Orientation 290 V/mil

OTHER 2 TEST METHOD VALUE

Specific Gravity ASTM D792 1.04

Flame Classification UL94 HB (0.09", 2.50mm)

UL File Number --------- E345258

Rockwell Hardness ASTM D785 109.5

31
Ao observar a folha de dados na folha
anterior notamos um dado curioso, a
coluna de resistência mecânica estar
dividida em 4 colunas.
A primeira divisão é simples, trata-se
dos resultados dos ensaios divididos
entre sistema internacional, ou
métrico, e no sistema imperial. Dentro
dessas divisões, vemos mais duas
divisões: XZ e ZX.
Acontece que a impressão 3D, por
ocorrer por um filamento que é
contínuo ao longo do eixo XY, mas a
peça é montada em camada
empilhadas, ao longo do eixo Z,
conduz a peça à nossa quinta questão
para o vestibular de impressão 3D:
Questão 5: Como se chama a
propriedade de uma peça de não ter a
mesma resistência mecânica ao longo
de todos os eixo?
Para responder esta pergunta, temos
que descobrir como se chamam as
peças produzidas de forma
homogêneas (ou quase), como peças
de plásticos massissos, injetadas, ou
peças de metal fundido, usinadas.
Quando a resistência é igual em todos
os eixos, chamamos essa
característica de Isotrópica. Igual ao
longo de todos os seus eixos, trópicos.
XZ = X or “on edge”
XY = Y or “flat”
ZX = or “upright”
Quando a resistência não é igual ao
longo de todos os eixos, chamamos a
peça de anisotrópica.
E isso faz toda a diferença do mundo
na hora de projetar uma peça para
sair da impressora e usá-la
diretamente no uso final, processo
chamado de manufatura direta. Uma
peça mal orientada em relação ao
esforço que a peça sofre, poderá
falhar, onde outra, feita na mesma
impressora, com o mesmo material,
com a mesma resolução, funciona
bem.
A estranheza desse fato se deve à
única variável que eu não listei acima:
a posição da impressão. Da mesma
que a impressora 2D permite, na hora
que manda imprimir algo do Word ou
um PDF, se quero imprimir a folha em
Retrato ou Paisagem, no 3D eu
também posso orientar minha peça
na bandeja, mas ao invés de duas
posições, eu tenho 360 graus em
cada eixo, X, Y e Z, criando uma
gama incrível de posições, das mais
malucas às mais rápida de imprimir.
Simplesmente girar a peça na hora
de imprimir, impacta no acabamento,
no tempo de impressão, no material
consumido, e, claro, na resistência
final da peça. Por isso, antes de
continuarmos a falar das
propriedades do desenho, temos que
falar, finalmente, de fatiadores: os
softwares de preparo do arquivo 3D
para impressão.
Para um estudo sobre a dureza e a “macies” dos materiais, vamos utilizar uma
referência do material da Stratasys, em processo de Resina fotossensível curada por
luz UV, chamado PolyJet. Vamos falar mais sobre processos logo mais, mas por hora,
basta saber que este processo não utiliza filamento de temoplástico, mas uma
resina.

Vamos fazer isso, por que no universo que estudamos até agora, o dos polímeros
para impressoras de Fabricação por Filamento Fundido ou Modelagem por
Deposição de Fundido, FFF ou FDM, só existe um material elastomérico, o TPU –
Poliuretano Termoplástico, e seu shore varia apenas em 95A ou 92A, o que não é um
problema, visto que se pode controlar a densidade do material, durante a impressão,
fazendo peças mais ocas ou mais sólidas, e variando assim, artificialmente, o shore
do material feito por FDM.

Shore é uma medida de resistência do material à penetração de um objeto

semelhante a uma agulha que é derrubado sobre o objeto analisado.
A forma do objeto, o ângulo da agulha e a força do impacto criam distintos escalas
de Shore, geralmente, Shore A e Shore D. A força do impacto no Shore A é de
0,822gramas e no Shore D é de 4,536kg.

Abaixo uma tabela de referência dos diferentes Shores e objetos de comparação:

(e tabela de comparação entre os diferentes Shores A e D):
Lembrando que a Borracha de impressoras 3D é uma pseudo-borracha, um
material não vulcanizado, feita para se parecer a uma borracha no impacto, mas
não na tração, isto é, ela absorve golpes que caiam sobre ela, feito a borracha faria,
mas se for puxada, tracionada, ela não terá a mesma resistência. Isso se deve ao
processo de construção da impressão 3D por camadas, atuando como uma peça
sinterizada, excelente para esforços de compressão, mas péssimos para tração.
São três as propriedades mecânicas desejadas na borracha:
● o shore;
● o levantamento em kg/cm e;
● o módulo de alongamento,
O primeiro retrata a macies e o segundo a flexibilidade do material, o
terceiro, a carga que o material por suportar.

O tango gray é muito rígido, partindo-se facilmente. Para

acompanhamento, veja as esta estatísticas na próxima página:
O Tango Gray em si não é recomendado para peças que vão sofrer esforços e mais
adequado quando a macies é para peças estáticas e sem deformação.
Como criar um colchão para amortecer quedas de peças, almofadas de cadeiras, e
qualquer lugar que macies é necessário, sem deformar a peça de borracha.
Diferente do TangoGray, o TangoBlack me permite criar materiais digitais que
simulam variados shores, forças tensoras e percentual de deformações:
A melhor liga, com shore aproximado é o FLX2170DM, última coluna.
Em síntese vemos que o novo material tem 30 % mais alongamento em percentual e
quase 40 % mais levantamento de carga, e o Shore é ainda muito mais próximo que
o originalmente desejado.

Ainda sobre borrachas:

Com relação ao HDT (temperatura de deformação ao próprio peso), o teste nunc a
foi realizado sobre um material digital, mas acredito que o HDT será igual ou menor
ao material dominante, no caso, o TangoBlackPlus.

Infelizmente ele também não tem HDT, pois borrachas são incrivelmente afetadas
pela temperatura, logo as medidas aferidas são sempre sobre condições ambientes.
Nesse caso, vamos para o HDT do material secundário, o material rígido opaco
chamado de VeroBlackPlus:
Veja as tabelas nas próximas páginas para entender essas comparações.
Pró-TIP:

Para imprimir em TPU na impressora por filamento, deve-se observar alguns pré-
-requisitos:
A impressora deve ser Direct Drive, se for Bolden, o filamento será comprimido
entre a saída do carretel até a chegada no cabeçote, tornando a impressão
intermitente.
A velocidade de impressão deve ser algo entre 20mm/s a 40/mms de acordo com
a combinação entre mesa aquecida, câmara fechada e diâmetro do bico.
a retração deve estar desligada. Vamos falar destas variáveis à seguir:
Veja uma comparação direta dos dois materiais:
Capítulo 5

Aplicações
São inúmeras as aplicações da impressão 3D na indústria 4.0, mas
destacamos nesse pequeno guia, algumas das que consideramos principais:

●
Prototipagem de peças
●
Manufatura Auxiliada: ferramentas de auxílio à manufatura convencional
●
Manufatura Expandida: produção paralela da manufatura convencional e
aditiva, lado a lado
●
Manufatura Direta: uma ou várias impressoras 3D aplicadas diretamente
à produzir peças finais e para uso da impressora ao local de trabalho.
●
Otimização Topológica e produção em conjunto: produção de peças da
manufatura convencional feitas de forma que apenas a manufatura
aditiva seja capaz de produzir
Quando falamos de aplicações diretas,
ou manufatura direta, nos referimos à
tirar a peça da impressora e usá-la
diretamente. Isso não nega que a
podemos pintar, e nem especifica qual
uso buscamos para a dita peça, pode
ser um item de decoração, um
brinquedo, ou uma peça que será
aplicada num veículo ou sob esforços
e estresses.

Hoje, com os materiais que já temos,

podemos produzir peças que vão para
nossas mesas de centro ou para um
avião, um foguete, um auxílio
cirúrgico.

Um dos outros usos evidentes da

manufatura direta, é a impressão 3D
para prototipagem rápida. Sim, a
aplicação deu origem à impressão 3D,
foi sinônimo do processo por 16 anos
e que até hoje fazemos protótipos
rápidos.

Um protótipo pode ser desenvolvido

para validação funcional: montagens,
encaixes, testes ergonômicos etc. A
montagem pode ser em relação à
peça nova com componentes antigos,
ou a montagem da eletrônica dentro
de um novo componente, como fazer
uma furadeira ou um joystick, e
colocar dentro do objeto impresso, a
eletrônica do produto final. Sem
dúvida, o escopo de aplicações da
manufatura direta é bem grande, pois
ela ainda incorpora fazer brindes,
colecionáveis para uso pessoal ou
venda, acessórios diversos.
A impressão 3D de diversas formas,
confirma Karl Marx. Calma! Sejam
pacientes comigo, não é ideologia
política, vejam só:
Karl Marx sempre dizia que a solução
para o desiquilíbrio social é que o povo
tome os meios de produção. Os ricos
são ricos, e por serem ricos, são donos
das fábricas. Os pobres são pobres, e
por serem pobres, jamais vão acordar
uma quinta feira, depois de 25 anos de
trabalho e vão falar: “quer saber, vou
comprar minha própria fábrica
amanhã!”. Os pobres estão condenados
a serem, para sempre, empregados e
trabalhar para os ricos. Assim Karl Marx
prega que para romper o ciclo, só
quando todos forem donos dos meios
produtivos é que teremos igualdade.
Claro que há uma lista longa de
problemas com essa afirmação, ainda
que eu achemos algo de verdade no
fundo dela, mas, o livro A Revolução
dos Bichos esta ai para provar, que
sempre, onde houver o espírito
humano, haverá um espírito de porco,
que sempre um trabalhará mais que
outro, que sempre haverá um fiel cego
e um espero.
Seja como for, o ponto onde a
impressão 3D e Karl Marx se
encontram, é no que tange à tomada
dos bens de produção: a impressora 3D
é um bem de produção, que
potencializa e capacita os serem
humanos a serem seus próprios
patrões.
Não faltam exemplos no instagram de
empresas, micro empresas, pessoas
empreendedoras vendendo itens de
decoração, brinquedos, chaveiros,
colecionáveis, feitos de próprio
“punho”, por assim dizer, com
TinkerCAD, Paint3D, 3DBuilder, ou
simplesmente atuando como bureaus
de serviços, vendendo serviços de
impressão como uma lojinha de
Xerox dos anos 90.
Também não faltam casos de
pessoas que foram além do Bureau,
como Thomas Case, da empresa Pés
sem Dor, que hoje roda uma fazenda
3D, com mais de 150 impressoras
produzindo palmilhas ortopédicas
feitas sob medidas, customizadas à
cada clientes.
Seja vendendo bens na sua micro
comunidade, como para pais e alunos
da escola de seus filhos, entre
membros da sua igreja, entre amigos
fãs de séries de TV ou colecionáveis,
ou até mesmo para estranhos,
pegando serviços pela internet de
sites como www.imaterialise.com ou
www.shapeways.com ou vendendo
suas criações 3D em
www.mymifactory.com ou
www.fabb365.com, não faltam casos
de pessoas ganhando dinheiro com a
manufatura direta. Isso vai durar para
sempre? Claro que não, a cada dia,
estamos um passo mais próximos da
impressora 3D se tornar um
commoditie, mas até isso acontecer,
ainda há espaço para empreender.
Ainda em manufatura direta, a
manutenção de equipamentos é algo
também ao alcance das pessoas com a
maioria das impressoras simples.

Na página anterior, vemos um exemplo

de uma impressora RepRap, do
FabLab de Jundiai, cuja engrenagem
de tração qebrou, e uma nova pode ser
feita, em outra impressora, e substituiu
a peça com falha.

De fato, na Argentina, fiquei fascinado

com um projeto que conheci, chamado
El Club de los Reparadores, um grupo
de voluntários que vai, de praça em
praça, pela cidade de Buenos Aires,
todos os domingos, arrumando
eletrodomésticos e eletrônicos para as
pessoas, de graça ou em troca de
doações. Eles mantém uma página no
Facebook informando onde vão estar, e
assim, a cada domingo, um grupo de
voluntários aparece, com uma
impressora 3D, uns laptops para
modelagem 3D, equipamento de solda
de eletrônicos e peças sobressalentes:
tanto para combater a obsolescência
programa, quanto para também, ajudar
a comunidade.

Esse foi de fato, o tema que me

inspirou a criar uma aula para o
programa do Thingiverse Educational,
uma aula de engenharia reversa,
inspirada pelo projeto do clube dos
reparadores!

Para saber mais: https://bit.ly/2NVq6UY

A Manufatura Direta e a Manutenção
de fábricas estão também diretamente
relacionadas. Afinal, como vimos no
exemplo do “Club de los
Reparadores”, produzir peças de
reposição é bastante fácil para uma
impressora 3D.
Com o auxílio de acessórios simplórios
como um sensor de movimento de
videogame, como o Kinnect do Xbox,
ligado a um computador com Windows
10, temos acesso ao aplicativo 3D
Scan, da própria Microsoft, que
converte o sensor em um scanner 3D
paramétrico.
Assim, é fácil imaginar que produzir
peças de reposição para a indústria
através da impressão 3D não é difícil.
Pode não ser algo essencial ao
equipamento e que requeira uma
legislação especial, mas um item por
vezes bobo, mas que paralisa um
equipamento caro, cujo fabricante
pode ter descontinuado o produto, ou
simplesmente o fabricante próprio não
exista mais, talvez tenha saído do país
talvez tenha falido!
Um suporte de um sensor, uma proteção
de uma articulação, um painel de
operação, vulgarmente conhecida como
boteira, e até mesmo braços de robôs
são impressos hoje em dia, seja pela
facilidade de se obter uma geometria
especial, pela facilidade de se passar
tubos e mangueiras por dentro do próprio
braço, diminuindo a bagunça na ponta da
lança e facilitando a programação de
movimentos, ou ainda, diminuindo peso
próprio do robô, o peso que ele carrega
de si mesmo: um braço em ferro fundido
de robô pode pesar mais de 30 Kg! Um
braço impresso, pode passar a pesar tão
pouco quanto 1,5Kg!
Isso melhora a precisão de
movimentação do robô, diminui a inercia
de frenagem e aceleração da massa do
braço, e antes que alguém argumente:
Ah, Emanuel, mas braço impresso de
robô lá vai aguentar carga?, em geral, o
ponto fraco do robô é a articulação do
braço. Mesmo um braço de ferro fundido
é apenas tão forte quanto sua articulação
 Um robô colaborativo da Kuka, com
peso de 35Kg, consegue levantar no
máximo 6kg! Assim é fácil imaginar
que sim, dá para substituir o peso do
robô por peças impressas, e de fato,
isso pode até mesmo otimizar a
capacidade de carga do dito robô.

É o que a Fundação Salvador Arena,

centro de ensino de São Bernardo do
Campo, São Paulo, passou a desafiar
seus alunos a criarem: robôs mais
leves, com menos peças, com maior
capacidade de carga. E é o que a
própria Kuka tem feito, para criar
melhores robôs colaborativos, usando
a MakerBot como equipamento de
auxílio:

https://youtu.be/OyCIgGw7xOc
Manufatura Direta
para alta demanda!
Ainda habita o vasto campo de
manufatura direta, peças para
veículos, e bem, aplicações diretas,
eventualmente precisaremos fugir dos
plásticos tradicionais, PLA, ABS, ASA
e ir além, com os super polímeros,
como PPSF, PEKK e ULTEM, mas o
fato é que hoje já estamos produzindo
peças diretas, por impressão 3D.
No campo dos polímeros, o benefício
se dá com o crescimento dos carros
elétricos, afinal, se abrasivos
químicos, como vapores de
combustível, óleos, graxas, e com
temperaturas de trabalhos menores,
faz muito sentido ter peças impressas
na motorização do veículo.
O ônibus elétrico autônomo Olli, em
Las Vegas faz uso das peças
impressas, com ou sem buchas e
componentes metálicos inseridos
durante ou posterior à impressão.
É o caso de peças de reposição para
veículos fora de linha também.
E por fim, se falarmos de metais, o
céu, literalmente, é o limite. A aviação
utiliza tanto peças plásticas quanto
metálicas impressas em aplicações
diretas.
Bugatti revela pinças de
freios impressas em titânio
A peça topologicamente otimizada
revelada pela Bugatti em janeiro de
2018 estabelece um novo paradigma
na impressão 3D de metal para peças
de alta demanda e veículos de alto
desempenho. Audi, Porsche e
Mercedez-Benz também
demonstraram sua evolução na
impressão 3D de metal,
principalmente para peças de
reposição.
ASTM lança duas novas
normas para impressão 3D
em metal
A normalização é uma necessidade
para maior adoção da impressão 3D
em metal no setor aeroespacial e na
medicina. Em junho de 2018 a ASTM
publicou duas novas normas para
garantir a qualidade da sinterização
de pós metálico e do processo de
fusão, para assegurar a qualidade em
processos críticos.
FORD, VW e BMW
lançam centros de
manufatura aditiva
Tanto a FORD quanto a VW abriram
as portas de seus centros avançados
de manufatura 3D em dezembro de
2018. A BMW prevê seu campus para
2019, e ainda anuncia que passará a
ter dois tipos de presilhas impressas
em 3D em seus veículos comerciais.

11 96636-1591
emanuel.campos@gmail.com
Para aqueles que estão na busca do
empreendimento, e da Manufatura
Direta, publique ao que parece hoje,
milênios atrás (todos nós passamos a
viver em “dog years” na era da
informática, cada ano são 7!), um guia
chamado Estratégia de preços, que te
ajuda a formular quanto cobrar por
serviços, como calcular o ROI –
Return of Investimento, a amortização
e o lucro por serviços. A apresentação
na íntegra pode ser encontrada no lnk
abaixo, mas para uma rápida
referência, é fácil calcular esse valor
(difícil é mantê-lo num mundo cada
vez mais as pessoas querem mais por
menos dinheiro):
https://www.slideshare.net/emcampos/
estratgia-de-preos-final
Emanuel Campos
Um ano tem 52 semanas.
Cada semana tem 40 horas úteis.
Descontando as semanas entre natal
e ano novo e multiplicando o restante
pela horas úteis semanais temos (52-
2)*40horas = 2000 horas úteis.
Para uma impressora de, digamos,
10.000 reais, o valor hora bruto é de
R$10.000,00/2000horas = 5R$/h.
Claro que essa média só é válida
para contratos que efetivamente
ocupem as 40 horas, não tenha erros
nem perdas, nem ocupe nenhum
funcionário ou gaste luz. Para um
valor com lucro, com impostos e
prevendo perdas e erros, existe o
número mágico: x4. Assim, o valor
Hora real é de R$ 5,00/h * 4 = R$
20,00/hora.
Mas isso só paga a máquina, e só dá
o lucro sobre o valor da máquina.
Se você desejar algo supérfluo como,
digamos, um salário, o mesmo cálculo
se aplica:
Um mês tem 4 semanas. Cada
semana tem 40 horas úteis, o mês tem
160 horas. Se você desejar um salário
de 1600 reais ao mês, temos:
R$ 1600,00 / 160 horas = R$ 10/hora.
De novo, para determinar o valor
prevendo tempo ocioso, lucro,
impostos, amortizações gerais, temos
que usar o mesmo número mágico x4:
R$ 10,00/h * 4 = R$ 40,00/ Hora.
Assim, a composição do custo hora,
de uma impressora de R$ 10.000,00, é
de R$ 20,00 da impressora mais R$
40,00 do seu custo, um total de R$
60,00/hora.
Isso é tudo? Não, ou o material
impresso estaria sendo dado grátis. O
mesmo cálculo fazemos pelo material:
Um rolo de 1kg de PLA custa em
média R$ 100,00. Assim:
R$ 100,00/ 1000g = R$ 0,10/grama.
Aplicando o número mágico: R$
0,40/grama.
Os mais criteriosos vão querer colocar
ainda nesse custo, com justa razão, o
custo elétrico do equipamento por hora.
Impressoras de um cabeçote só, sem
mesa ou câmara aquecida, como a
MakerBot Replicator+, apenas
consomem 85W, mas impressora de
dois extrusores, com câmara aquecida,
sensores à rodo, como uma MakerBot
Method, chega a consumir 750W!
Além disso, nas impressoras
profissionais como as Stratasys, a
bandeja é um consumível, o sabão de
dissolução do suporte solúvel é um
consumível, o tanque com agitador,
aquecedor e timer que acelera a
dissolução do dito suporte é um
acessório que precisa ser amortizado e
pago.
E há o marketing também: impulsionar
posts no Instagram, no Facebook,
cartões de visitas, sacolas e adesivos
para entregas das peças. E se você
alugar uma sala para prestar serviços,
há o aluguel, a luz, o telefone, a
internet. E sempre haverá imposto!
Apenas a morte e os impostos são
inevitáveis nessa vida. E olha que eu
sei quem tenha ressuscitado, mas não
pagar os impostos, eu não conheço.
Pergunte ao Wesley Snipes!.
Por isso, de novo, o intuito dessas
parcas páginas não é dar uma aula de
economia e negócios, mas acender
uma lanterna na direção certa, espero.
Uma lanterna pequena numa estrada
muito grande!
Manufatura Auxiliada
Hora real é de R$ 5,00/h * 4 = R$
20,00/hora.
Mas isso só paga a máquina, e só dá
o lucro sobre o valor da máquina.
Se você desejar algo supérfluo como,
digamos, um salário, o mesmo cálculo
se aplica:
Um mês tem 4 semanas. Cada
semana tem 40 horas úteis, o mês tem
160 horas. Se você desejar um salário
de 1600 reais ao mês, temos:
R$ 1600,00 / 160 horas = R$ 10/hora.
De novo, para determinar o valor
prevendo tempo ocioso, lucro,
impostos, amortizações gerais, temos
que usar o mesmo número mágico x4:
R$ 10,00/h * 4 = R$ 40,00/ Hora.
Assim, a composição do custo hora,
de uma impressora de R$ 10.000,00, é
de R$ 20,00 da impressora mais R$
40,00 do seu custo, um total de R$
60,00/hora.
Isso é tudo? Não, ou o material
impresso estaria sendo dado grátis. O
mesmo cálculo fazemos pelo material:
Um rolo de 1kg de PLA custa em
média R$ 100,00. Assim:
R$ 100,00/ 1000g = R$ 0,10/grama.
Aplicando o número mágico: R$
0,40/grama.
Os mais criteriosos vão querer colocar
ainda nesse custo, com justa razão, o
custo elétrico do equipamento por hora.
Impressoras de um cabeçote só, sem
mesa ou câmara aquecida, como a
MakerBot Replicator+, apenas
consomem 85W, mas impressora de
dois extrusores, com câmara aquecida,
sensores à rodo, como uma MakerBot
Method, chega a consumir 750W!
Além disso, nas impressoras
profissionais como as Stratasys, a
bandeja é um consumível, o sabão de
dissolução do suporte solúvel é um
consumível, o tanque com agitador,
aquecedor e timer que acelera a
dissolução do dito suporte é um
acessório que precisa ser amortizado e
pago.
E há o marketing também: impulsionar
posts no Instagram, no Facebook,
cartões de visitas, sacolas e adesivos
para entregas das peças. E se você
alugar uma sala para prestar serviços,
há o aluguel, a luz, o telefone, a
internet. E sempre haverá imposto!
Apenas a morte e os impostos são
inevitáveis nessa vida. E olha que eu
sei quem tenha ressucitado, mas não
pagar os impostos, eu não conheço.
Pergunte ao Wesley Snipes!.
Por isso, de novo, o intuito dessas
parcas páginas não é dar uma aula de
economia e negócios, mas acender
uma lanterna na direção certa, espero.
Uma lanterna pequena numa estrada
muito grande!
 Bibliografia

OECH, Roger; Um TOC na cuca; Editora de Cultura;

VOLPATO, Neri; PROTOTIPAGEM RÁPIDA; Editora Blücher; 2007

ULBRICH, Cristiane; ENGENHARIA INTEGRADA POR COMPUTADORES E

SISTEMAS CAD/CAM/CAE; Editora ArtLiber;

SMYTH, Clifford; The Zombie Apocalipse Guide For 3D Printing, Self publishing;
ISBN 9781530542772

GOLDRATT, Eliyahum; A META; Editora Nobel;

BAXTER, Mike R.; PROJETO DE PRODUTO: GUIA PRÁTICO PARA O DESIGN

DE NOVOS PRODUTOS, 2ª edição, São Paulo, Blucher, 2000;

SCHAEFER, Paulo; O APAGÃO TECNOLÓGICO BRASILEIRO; Auto publicação

MAKERBOT NA SALA DE AULA; tradução por Emanuel Campos, Editora
MakerBot;

MAKERBOT EDUCADORES GUIA DE REFERÊNCIA; Tradução Emanuel

Campos, Ed. MakerBot

GODIN, Seth; BRINDE GRÁTIS! APROVEITE!; Editora Camus Elsevier, ISBN-10:

8535215670

Scratch, Arduino e Construcionismo; UNICAMP, Paper:

https://www.ft.unicamp.br/liag/robotica/downloads/a12.pdf

Artigo Época, INOVE ou MORRA, Clemente Nóbrega,

http://epocanegocios.globo.com/Revista/Epocanegocios/0,,EDR77221-
8382,00.html, 10/11/2008

Artigo Época Negócios; Loic Hamon, INTERNET INDUSTRIAL;

http://internetindustrial.epocanegocios.globo.com/
Podcast, Internet Industrial:
https://jovemnerd.com.br/nerdcast/ge/nerdcast-ge-industrias-superpoderosas/

Documentário: Future Cities, Shenzhen; WIRED

https://www.youtube.com/watch?v=SGJ5cZnoodY&t=3s

Documentário: Print the Legend, the history behind MakerBot; NETFLIX

Podcast: WTFFF – What the Fused Filament Fabrication,

https://3dstartpoint.com/wtfff-podcast/

3DHUBs Reports: https://www.3dhubs.com/blog/tag/industry-trends/

Economia Naranja, Inovaciones que no sabias que eran de America Latina y Caribe;
2017, BID, Banco Interamericano de Desarrollo;

PwC Reports: https://www.pwc.com/gx/en/ceo-agenda/ceosurvey/2018/gx.html

PwC Reports: Internet of Things:

https://www.pwc.com/gx/en/industries/technology/publications/internet-of-things.html

PwC Reports: Industrial Internet of Things:

https://www.pwc.com/gx/en/industries/technology/publications/industrial-internet-of-thin
gs.html