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TOPOGRAFIA

Unidade II
5 LEVANTAMENTO DE PONTOS DETALHE

O levantamento de pontos detalhe é usualmente chamado de Taqueometria, que é o nome do


processo de obtenção da distância e da diferença de cotas entre dois pontos.

Os levantamentos taqueométricos são simples e permitem a obtenção rápida das características


de diversos pontos do relevo. Por isso são utilizados para o levantamento de pontos detalhes, para
complemento das informações obtidas no levantamento principal.

5.1 Levantamento

A execução da taqueometria é bem simples. Instala-se o teodolito (estação total) no vértice da


poligonal e faz-se a leitura dos dados de uma mira graduada, posicionada no ponto visado. Pelo retículo,
leem-se três números: A, M e B. Por meio delas e considerando o ângulo zenital (vertical) medido,
calculam-se os parâmetros de distância e desnível.

Z M
B

Mira retículo
Teodolito

Figura 26 – Leitura do levantamento taqueométrico

A mira graduada pode ser dos seguintes tipos:

Figura 27 – Mira graduada

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A leitura do retículo é simples. Os pontinhos acima do número indicam a leitura em metro.


Normalmente, as miras possuem 4 m de altura. Aqui, lê-se 3 m.

O número maior (1) é a leitura em decímetro. As leituras em centímetro se dão por contagem visual,
facilitada pelos dentes existentes nas leituras de 0 e 5 cm e pela alternância das cores branco (par) e
preto (ímpar). Por último, a leitura em milímetro se dá por interpolação.

Considerando a figura anterior, tem-se que as leituras feitas são:

• A = 3122 mm

• M = 3072 mm

• B = 3022 mm

Para uma verificação expedita da consistência do levantamento, faz-se a comparação das diferenças
A – M e M – B. Caso sejam diferentes, o resultado do levantamento não será aceito.

A distância na taqueometria é dada pela expressão:

d = k ⋅ AB ⋅ sin2z

onde k é a constante de construção, igual a 100, AB é a diferença das leituras A-B e z é o ângulo zenital.

Pode-se utilizar usualmente a expressão já com a constante substituída:

d = 100 ⋅ AB ⋅ sin2z

Observação

Ao realizar as operações trigonométricas na calculadora científica


ou eletrônica, lembre-se de que primeiro é necessário calcular o seno do
ângulo zenital para depois elevar o resultado ao quadrado.

A figura a seguir ilustra o esquema do levantamento taqueométrico para a determinação das cotas:

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Mira

M
S
z ∆
Teodolito

hi
A d B

Figura 28 – Determinação do desnível em taqueometria

Para a determinação do desnível, calcula-se a parcela D, função da diferença (AB = A – B), da


constante de construção (k = 100) e do ângulo zenital.

∆ = 100 ⋅ AB ⋅ sin z ⋅ cos z

Conhecida a cota do ponto A, a cota do ponto B consiste na solução da expressão a seguir:

hB = hA + hi + ∆ − M

onde

hi = altura do instrumento

M = leitura do retículo médio da mira graduada

O processo taqueométrico é muito simples, tanto em campo quanto em escritório, sendo


normalmente utilizado quando houver necessidade de obtenção rápida de algum dado ou para a
complementação do levantamento planialtimétrico tradicional.

Exemplo de aplicação

Do ponto A foi feita uma visada taqueométrica para o ponto B, obtendo-se os ângulos horizontal e
vertical: azimute = 215°45’ e zênite = 89°18’. As leituras na mira foram: A= 1,272; M= 1,072; B= 0,872.

Sabendo que a altura do instrumento no levantamento era de 1,27 m e que a constante do aparelho
é 100, determine:

a) A distância horizontal AB

b) A cota do ponto B, sabendo-se que a cota de A é de 860,265 m

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Solução

Primeiro, verifica-se a consistência do levantamento:

A – M = 0,200 mm

M – B = 0,200 mm

Como A – M = M – B, então o levantamento está consistente e os dados podem ser utilizados.

a) Cálculo da distância entre os dois pontos:

d = 100 ⋅ (1272
, − 0, 872) ⋅ sin2 89°18’
d = 39, 994 m

b) Cálculo da cota do ponto B:

∆ = 100 ⋅ (1272
, − 0, 872) ⋅ sin89°18’ ⋅ cos 89°18’
→ ∆ = 0, 489 m
hB = 860, 265 + 1, 27 + 0, 489 − 1, 072
→ hB = 860, 952 m

Uma aplicação prática dos levantamentos taqueométricos refere-se à determinação de vãos livres
sob obras de arte especiais (OAEs – pontes e viadutos). Fazem-se leituras horizontais (z = 90°) com a mira
sob o viaduto, por exemplo, para determinação da distância entre o equipamento e a borda da OAE. Na
sequência, com o teodolito no mesmo local, posiciona-se a mira sobre o viaduto, ou no ponto da cota
inferior da laje de apoio do tabuleiro, para a determinação da cota correspondente e, por consequência,
do vão livre. O Exemplo de aplicação a seguir resolve esse problema.

Exemplo de aplicação

Para a determinação do gabarito existente de um viaduto (vão livre), foram obtidas medidas por meio
do levantamento taqueométrico sob e sobre o viaduto, à mesma distância do teodolito. As medidas sob
o viaduto foram feitas na horizontal (z = 90°) e o ângulo vertical de visada para a mira sobre o viaduto
é igual a 86°35’.

As leituras da mira no pavimento (horizontal) são: A = 1,915 mm, M = 1,658 mm e B = 1,401 mm.

Verifique se o gabarito vertical atende à norma vigente para vias arteriais (gabarito mínimo
igual a 5,50 m).
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Solução

O levantamento foi feito conforme o croqui a seguir:


viaduto

V
z

H
T
M
pavimento
s

Figura 29 – Croqui do levantamento taqueométrico

Calcula-se inicialmente a distância do instrumento ao ponto de leitura.

s = 100 ⋅ (1, 915 − 1, 401) ⋅ sin2 90°


s = 51, 4 m

O desnível D pode ser expresso pela distância s multiplicada pela cotangente do ângulo zenital.

∆ = 51, 4 ⋅ cot 86°35’


∆ = 3, 069 m

O gabarito (vão livre) é a soma da leitura média da mira e do desnível.

H = ∆ + M = 3, 069 + 1, 658
→ H = 4, 727 m

Resposta: o gabarito sob a estrutura do viaduto é de 4,727 m e está em desacordo com a norma, que
indica que deve haver 5,50 m livres.

5.1.1 Atividade prática 5

Esta atividade prática prevê a realização de um levantamento taqueométrico para a caracterização


de pontos detalhe.

Título: levantamento topográfico planimétrico com uso da taqueometria.

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Definição: Levantamento de pontos no plano horizontal de elementos físicos tais como: prédios, muros,
guias, cercas etc., com base em elementos geométricos (poligonal fechada) e taqueometria (medições
indiretas sem uso de trena), gerando condições para averiguação de erros e precisão do trabalho.

Objetivo: levantar ângulos e distâncias por Taqueometria de pontos pré-definidos, de maneira a


montar uma poligonal fechada e desenhar detalhes e elementos físicos em escala.

Equipamentos e materiais utilizados por grupo: teodolito, tripé, bússola, mira, duas balizas, nível
de mão, caderneta de campo (ou caderno), quatro piquetes (2,5 x 2,5 x 15 cm) e marreta.

Procedimento

1. Repetir os procedimentos da atividade prática 4, utilizando para medir as distâncias horizontais


a técnica de taqueometria, ou seja, a substituição da trena por leituras na mira, utilizando os
retículos do teodolito e verificando o ângulo vertical do telescópio, conforme instruções de uso
do aparelho.

2. Repetir todas as atividades seguintes.

Resultados: elaborar uma planilha auxiliar para a determinação das distâncias por taqueometria.
Na sequência, com base nessa planilha, montar outra, para a determinação das coordenadas dos vértices
da poligonal.

Sugere-se utilizar os mesmos pontos da atividade prática 4 para a comparação dos resultados.

6 SISTEMAS ALTIMÉTRICOS

Os sistemas altimétricos consistem na determinação de altitudes e cotas do terreno, em um


processo conhecido como nivelamento. Esse processo consiste na determinação do desnível, ou seja,
das diferenças de cotas entre um conjunto de pontos. Caso a cota de um ponto seja conhecida (ou
arbitrada), é possível determinar a cota dos demais pontos nivelados.

Por altitude entende-se a cota com referência no nível do mar (também chamada de cota absoluta).
A cota, simplesmente, pode ter origem em um plano arbitrário. Existem redes de pontos cotados cuja
altitude é conhecida, determinados como Referência de Nível (RN). Conhecidos os dados da RN mais
próxima da área que se quer nivelar, pode-se fazer o transporte das cotas.

A RN deve ser um ponto facilmente reconhecível e sempre instalado próximo ao solo. Pode ser
identificado por um marco de concreto ou um prego ou outro objeto cravado em um ponto fixo, que
não possa mudar de lugar.

Em São Paulo, é comum a utilização do Pilar 1 da Universidade de São Paulo (USP), localizado na Raia
Olímpica da Cidade Universitária, como RN para os levantamentos realizados na região metropolitana.

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A seguir, discutiremos conceitos básicos para o entendimento dos sistemas altimétricos, a


apresentação dos métodos de nivelamento e o cálculo para a determinação das cotas.

6.1 Referências de nível

Os serviços de topografia devem adotar um sistema de referência para a determinação das


coordenadas e cotas, o chamado datum. No Brasil, por exemplo, é obrigatório o uso do SGB.

O SGB estabelece as características do elipsoide e a origem altimétrica que deve ser utilizada para a
determinação de coordenadas e cotas nos levantamentos.

Atualmente, a obtenção de dados tem sido possível de forma rápida e precisa por meio dos Sistemas
Globais de Navegação por Satélite (GNSS) em inglês, Global Navigation Satellite Systems, popularmente
conhecidos por sua componente americana, o Global Positioning System (GPS). Entretanto, alguns
cuidados devem ser tomados na utilização dos dados, em especial com relação às altitudes.

O número fornecido como altitude no GNSS (GPS) é chamado de altura geométrica. Esta se refere
ao datum considerado no sistema. Entretanto, deseja-se conhecer a altitude acima do nível do mar,
conhecida como altura ortométrica, cuja referência é o geoide. A diferença entre o geoide e o elipsoide
é chamada de ondulação geoidal. Pelo site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é
possível consultar a ondulação geoidal em função das coordenadas geográficas do ponto em que foi
obtida a medida pelo GNSS, por meio do sistema MapGeo. A figura a seguir indica a descrição das
alturas geométrica, ortométrica e da ondulação geoidal.

Superfície
terrestre

H h Geoide

N
Elipsoide
H=h-N

Figura 30 – Alturas geométrica, ortométrica e ondulação geoidal

Pela figura, a altura geométrica (obtida a partir do GPS/GNSS) é identificada pela letra H. A altura
ortométrica (ou altitude, simplesmente) é identificada pela letra h e a ondulação geoidal, N. Em termos
escalares, podemos dizer que

H—h—N

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Saiba mais

Para saber mais sobre a coleta de dados em sistemas GNSS e sobre o


mapeamento das ondulações geoidais, consulte o site do IBGE na área de
Geociências.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Modelo de


Ondulação Geoidal – MAPGEO2015. IBGE, [s.d.]. Disponível em: <https://www.
ibge.gov.br/geociencias-novoportal/informacoes-sobre-posicionamento-
geodesico/servicos-para-posicionamento-geodesico/10855-modelo-de-
ondulacao-geoidal.html>. Acesso em: 21 dez. 2017.

6.2 Métodos de nivelamento

Praticamente em todos os casos práticos, os engenheiros e topógrafos realizam o nivelamento


geométrico. Existem outras duas técnicas: o nivelamento trigonométrico e o nivelamento barométrico.

O primeiro método, já citado como o mais utilizado, é muito simples. Consiste na medição de
distâncias verticais mensuradas tendo como ponto de referência uma linha horizontal. O ângulo vertical
(zênite) é sempre igual a 90°. Esse levantamento é feito com a utilização do nível (uma luneta de alta
potência) e de uma mira graduada.

No nivelamento trigonométrico, são medidas a distância horizontal de um ponto até o alvo e o


respectivo ângulo zenital. A altura do instrumento também deve ser conhecida. Através de relações
trigonométricas é possível determinar o desnível entre os pontos. A figura a seguir indica as medidas
realizadas e a formulação para a determinação do desnível.

a
linad
ncia inc
S= distâ A.i.
eta
da d e lun B
de visa
linha V V = diferença
e n ital
ngulo z de cota
z=Â
α = Ângulo vertical
A
A.i. = altura H = Distância horizontal
da ocular do
instrumento V = H tan α = S cot z
acima do terreno
ou
V = S senα - S cos z
cota de B = cota de A + V

Figura 31 – Esquema do nivelamento trigonométrico

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Uma aplicação prática para o nivelamento trigonométrico é o conhecimento da altura de uma torre
ou igreja, por exemplo. Sendo conhecida a distância do ponto até a torre, faz-se uma visada com o
teodolito para o topo da torre e anota-se o ângulo vertical (com origem na horizontal) ou o zenital. Por
trigonometria simples, determina-se o desnível entre os dois pontos.

O nivelamento barométrico consiste na determinação de cotas por meio da variação da pressão


atmosférica, a partir da utilização de barômetros de mercúrio. Não é um método usual, em função da
dificuldade de uso e da fragilidade desses equipamentos. Podem ser utilizados barômetros aneroides,
conhecidos como altímetros, embora eles não apresentem precisão razoável.

6.3 Nivelamento geométrico

No processo conhecido como nivelamento geométrico, o topógrafo posiciona corretamente o nível,


que é um equipamento mais preciso que o teodolito, e faz duas visadas, a ré e a vante. Uma vez
conhecida a cota de partida, é possível fazer o transporte da cota por meio de operações sucessivas de
visadas à ré e vante.

Saiba mais

Veja mais informações sobre um nível no site a seguir:

LEICA. Leica Runner 20/24. Leica Geosystems, 2017a. Disponível em:


<http://www.leica-geosystems.com.br/br/Leica-Runner-2024_103189.
htm>. Acesso em: 21 dez. 2017.

6.3.1 Efeito de curvatura e refração atmosférica

As visadas devem ter comprimento tal que seja possível desprezar o efeito de curvatura da Terra e
da refração atmosférica. A figura a seguir ilustra a curvatura:
D = distância de visada
Linha horizontal

C = correção

Superfície da Terra
E = raio médio da Terra

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Figura 32 – Efeito da curvatura e da refração atmosférica


Por conta da curvatura da Terra, considerando um raio de 6371 km, uma linha horizontal se afasta
de uma linha nivelada por 0,0785 m a cada quilômetro. Essa variação é proporcional ao quadrado da
distância horizontal. Quando combinado ao efeito da refração, a diferença resulta em 0,0675 m/km.

Com o objetivo de desprezar o efeito da curvatura e considerando o alcance visual dos instrumentos,
as visadas são limitadas a 100 m ou menos. Em operações corriqueiras de nivelamento geométrico,
costuma-se adotar visadas iguais da ordem de 50 m, tanto para ré quanto para vante.

A adoção de visadas iguais cancela os eventuais efeitos de curvatura e refração. Como cada leitura
seria acrescida do mesmo erro, o resultado seria o cancelamento desse erro.

6.3.2 Levantamento

O esquema do nivelamento geométrico pode ser visto na figura a seguir:

(R) ré (V) vante

h1
B
∆z

A
Sr Sv
ZA ZB

Figura 33 – Nivelamento geométrico

Como as distâncias sr (ré) e sv (vante) são praticamente as mesmas, a diferença de nível é dada por:

∆z = R − V

Caso a cota do ponto B seja conhecida, por exemplo, a cota do ponto A pode ser determinada por:

z A = zB + ∆z
z A = zB + R − V

A soma das leituras de ré com a cota do ponto inicial fornece a altura do instrumento.

Assim como no levantamento taqueométrico, são feitas três leituras na mira, A, M e B. Para controle
da consistência do levantamento, AM ≅ MB. As leituras de ré e vante utilizadas no cálculo consistem no
ponto M.

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Para o transporte das cotas até um ponto qualquer, faz-se o caminhamento. O equipamento é
levado para um novo ponto, do qual faz novamente duas visadas. O ponto anteriormente lido como
vante deve então ser lido como ré. Assim, todos os pontos intermediários do caminhamento têm duas
leituras. A figura a seguir ilustra o caminhamento e transporte do nivelamento:

R V

R V E
4
R V
D
R V 3
C
2
B
1
A

Figura 34 – Sequência de caminhamento

Caso o levantamento não tenha início e fim em referências de nível conhecidas, deve ser realizado
o contranivelamento, fechando o percurso como se fosse uma poligonal fechada, para poder calcular e
distribuir os erros.

É possível que pontos de interesse estejam locados fora do caminhamento original do levantamento.
Nesse caso, com o nível instalado em uma posição adequada para a visada, pode-se fazer apenas uma
leitura, como se se tratasse de um ponto de vante. A visada é tratada como um “ponto detalhe” e o
cálculo da cota é feito considerando-a um ponto de vante comum.

Durante o levantamento, os dados coletados são organizados em uma planilha na qual são
relacionadas as leituras das miras na visada ré e vante e a distância entre as estações. Caso a distância
não seja apresentada, é possível o cálculo por taqueometria, lembrando que z = 90°.

lembrete

Caso a planilha de tomada de dados de campo contenha as informações


completas da leitura da mira (A, M e B), lembre-se de checar a consistência
dos dados antes de realizar o cálculo das cotas.

6.3.3 Erro de fechamento

O erro de fechamento admissível é dado pela fórmula:

f = k⋅ s
onde
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f = erro de fechamento admissível, em mm


k = constante associada à precisão do levantamento

s = distância total do nivelamento, em km

Em levantamentos topográficos usuais, a constante k é igual a 10 mm/km0,5.

A distribuição do erro total de fechamento, que deve ser inferior ao admissível, é proporcional ao
comprimento de cada visada. Dessa forma, como as distâncias visadas são semelhantes, basta dividir
o erro total pela quantidade de pontos de vante, igual ao número de vezes que o equipamento foi
estacionado para fazer uma leitura. A correção é acumulada, ou seja, na segunda visada, o erro unitário
deve ser multiplicado por dois.

Em pontos detalhe, a correção a ser aplicada é a mesma do ponto vante a que está vinculado.

Observação

Para os seus estudos, você pode elaborar um resumo contendo a forma


de distribuição dos erros de fechamento nos cálculos dos azimutes, das
coordenadas e das cotas, comparando os métodos utilizados.

Exemplo de aplicação

Em um nivelamento geométrico, a distância total percorrida é de 490 m (0,49 km). Considerando


que se trata de um levantamento com precisão usual, ou seja, com constante igual a 10 mm/km0,5, qual
o erro admissível para esse levantamento? Supondo que o erro de fechamento obtido foi de 6 mm, o
levantamento pode ser considerado aceitável ou deve ser reavaliado?

Solução

O erro admissível é dado por:

f = k⋅ s

Considerando os dados do enunciado, temos:

f = 10 ⋅ 0, 49
f = 7 mm
Resposta: o erro admissível para esse levantamento é de 7 mm. Considerando que o erro de
fechamento obtido foi de 6 mm, o levantamento pode ser aceito.

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6.3.4 Sequência de cálculo

A sequência de cálculo é mais bem apresentada por meio de um Exemplo de aplicação.

A cota provisória do ponto é obtida somando-se a cota provisória do ponto anterior à leitura de ré
e subtraindo a leitura de vante.

Deve-se tomar cuidado com aos pontos detalhe, para não confundi-los com o ponto de vante e usá-
lo na sequência do caminhamento.

A diferença das somatórias das leituras de ré e vante indica o desnível entre o ponto de início e fim
do levantamento antes da correção pelo erro de fechamento. Caso a origem e o término sejam o mesmo
ponto (operações de nivelamento e contranivelamento), a diferença é o próprio erro de fechamento.

Exemplo de aplicação

1. Com os dados de um nivelamento geométrico, pode-se calcular a altitude de todos os pontos


levantados, admitindo-se para o ponto RN cota igual a 100,00 m.

Tabela 21

Ponto Leitura da Mira Cotas (m)


Visado Ré Vante Provisória Ajustes Corretas
RN 1,555 100,000
1 2,083
1 1,528
2 1,984
2 2,051
3 1,378
3 1,057
4 1,079
4 2,045
5 1,030
5 0,345
RN 1,009

Solução

O processo de cálculo é simples. Tomando a cota do ponto RN como 100,000, a cota do ponto
seguinte, 1, é dada por:

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z1 = zRN + R − V
z1 = 100, 000 + 1, 555 − 2, 083
z1 = 99, 472 m

A cota do ponto seguinte, 2, é obtida de forma semelhante:

z2 = z1 + R − V
z2 = 99, 472 + 1, 528 − 1, 984
z2 = 99, 016 m

E assim sucessivamente. Podemos então preencher a tabela resultante:

Tabela 22

Ponto Leitura da Mira Cotas (m)


Visado Ré Vante Provisória Ajustes Corretas
RN 1,555 100,000
1 2,083 99,472
1 1,528
2 1,984 99,016
2 2,051
3 1,378 99,689
3 1,057
4 1,079 99,667
4 2,045
5 1,030 100,682
5 0,345
RN 1,009 100,018

Da tabela, pode-se rapidamente calcular o erro de fechamento. A diferença entre o ponto inicial e
o final, que deveriam ser de mesma cota é, na verdade, igual a 0,018 m, ou 18 mm. Considerando que
o nível foi estacionado seis vezes para o levantamento (seis visadas de vante), o erro unitário é igual a
0,003 m.

A distribuição do fechamento é proporcional à quantidade de visadas. Na origem do levantamento


(RN), o erro é igual a zero. Na primeira visada (ponto 1), o erro é 1. 0,003 = 0,003m. Na segunda visada,
2.0,003 = 0,006m e assim sucessivamente. A cota correta, ou ajustada, é a soma da cota provisória e do
erro de fechamento distribuído. Não se esqueça de considerar o sinal positivo ou negativo do erro de
fechamento. Nesse caso, nosso erro de fechamento é negativo.

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A tabela totalmente preenchida, já com as cotas ajustadas, é apresentada a seguir:

Tabela 23 – Cálculo das cotas – nivelamento geométrico

Ponto Leitura da Mira Cotas (m)


Visado Ré Vante Provisória Ajustes Corretas
RN 1,555 100,000 0,000 100,000
1 2,083 99,472 -0,003 99,469
1 1,528
2 1,984 99,016 -0,006 99,010
2 2,051
3 1,378 99,689 -0,009 99,680
3 1,057
4 1,079 99,667 -0,012 98,420
4 2,045
5 1,030 100,682 -0,015 100,667
5 0,345
RN 1,009 100,018 -0,018 100,000

2. Considere um nivelamento geométrico realizado em um sistema viário conforme a figura a seguir:

III

I
Aux. (2)
RN

A Aux. (1)
Estra

B
da

C II
Asfaltada

Ponto notável (Marco)


e adota-se a ref. de nível

Planta

Figura 35

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Do ponto I, foram visados o ponto RN (ré) e o ponto aux. 1 (vante). O equipamento foi transportado
para o ponto II, a partir do qual foi visado o ponto aux. 1, dessa vez como ré, e o ponto aux. 2 (vante).
Finalmente, o equipamento foi levado para o ponto III, a partir do qual foi lido o ponto aux. 2 (ré) e
os pontos A, B, C e D, todos como detalhe. O croqui do levantamento com as respectivas leituras está
indicado na figura a seguir:
Perfil
0,348 3,976
2,120
1,850
I
0,350 1,750
RN = 100,000 3,800
III

0,420 1,650

A
II
B
C
Aux. (1) D

Aux. (2)

Figura 36

Sabendo que a cota do ponto RN é igual a 100,000 m, calcule as cotas dos pontos aux. 1, aux. 2, A,
B, C e D.

Solução

O primeiro passo é montar a tabela para o cálculo com base nas figuras:

Tabela 24 – Leituras do nivelamento

Ponto Leitura da mira Cotas (m)


visado Ré Vante Detalhe Provisória Ajustes Corretas
RN 0,348 100,000
Aux. 1 3,976
Aux. 1 0,420
Aux. 2 1,960
Aux. 2 3,800
A 0,350
B 1,750
C 1,850
D 2,120

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Repare que foi criada uma coluna auxiliar “Detalhe”. Os pontos A, B, C e D, como foram visados
apenas uma vez, como vante, podem ser considerados “pontos detalhe”. Note também que, uma vez que
não há referência de nível no término do levantamento, não há como estimar o erro de fechamento.

O processo de cálculo é semelhante ao feito anteriormente. Tomando a cota do ponto RN como


100,000, a cota do ponto seguinte, aux. 1, é dada por:

z Aux1 = zRN + R − V
z Aux1 = 100, 000 + 0, 348 − 3, 976
z Aux1 = 96, 372 m

A cota do ponto seguinte, aux. 2, é feita de forma semelhante:

z Aux2 = z Aux1 + R − V
z Aux2 = 96, 372 + 0, 420 − 1, 960
z Aux2 = 94, 832 m

Para todos os pontos seguintes, A, B, C e D, a origem é a cota do ponto aux. 2.

• Ponto A:

z A = z Aux2 + R − V
z A = 94, 832 + 3, 800 − 0, 350
z A = 98, 282 m

• Ponto B:

zB = z Aux2 + R − V
zB = 94, 832 +3,800 − 1750
,
zB = 96, 882 m

• Ponto C:

zC = z Aux2 + R − V
zC = 94, 832 + 3, 800 − 1, 850
zC = 96, 782 m

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• Ponto D:

zD = z Aux2 + R − V
zD = 94, 832 + 3, 800 − 2,120
zD = 96, 512 m

A tabela preenchida é apresentada a seguir.

Tabela 25 – Cálculo das cotas

Ponto Leitura da Mira Cotas (m)


Visado Ré Vante Detalhe Provisória Ajustes Corretas
RN 0,348 100,000
Aux. 1 3,976 96,372
Aux. 1 0,420
Aux. 2 1,960 94,832
Aux. 2 3,800
A 0,350 98,282
B 1,750 96,882
C 1,850 96,782
D 2,120 96,512

6.3.5 Atividade prática 6

A atividade prática deste tópico prevê a familiarização do uso do nível para a realização do
nivelamento geométrico.

Título: uso do aparelho de nível.

Definição: utilização dos recursos do aparelho de nível, orientações sobre componentes, sistema de
nivelamento do prato e sistema óptico.

Objetivo: orientar sobre os cuidados com o equipamento, realizar medidas verticais ou altimétricas.

Essa prática fornece aos alunos um primeiro contato com o aparelho para deixá-los familiarizados
com as operações de estacionar e fazer as leituras, preparando-os para as tarefas mais complexas.

É importante que cada membro do grupo faça uma operação de estacionar o aparelho e a leitura
das medidas verticais na mira.

82
TOPOGRAFIA

Equipamentos e materiais utilizados por grupo: aparelho de nível, tripé, mira, duas balizas, nível
de mão, caderneta de campo (ou caderno), dois piquetes (2,5 x 2,5 x 15 cm) e marreta.

Segue um esquema das peças e funções do aparelho de nível da marca CST/Berger, modelo 55-PAL.
Deverá ser consultado o manual de instruções do equipamento disponível para a realização no seu
campus da prática proposta.

Descrição dos componentes do nível

6 7

5
4
3 8
2

1 9

12
11

10

13

Figura 37 – Componentes do nível

1. Prato base.

2. Círculo horizontal.

3. Marca referência do círculo horizontal.

4. Trinco do compensador.

5. Parafuso de focagem.

6. Ponto de mira.

7. Lente da objetiva.

83
Unidade II

8. Parafuso de movimentos horizontais.

9. Parafusos de nivelamentos (calantes).

10. Nível de bolha circular.

11. Prisma visor do nível.

12. Tampa da ocular.

13. Focagem da ocular.

Procedimento:

1. Implantar dois piquetes no solo (local ao ar livre, pode ser um gramado) com distância aproximada
de 20 passos um do outro, escolhendo pontos com desnível perceptível à visão comum.

2. Em um ponto aleatório, de preferência acima dos pontos demarcados, colocar somente o tripé
aberto, colocando o prato de apoio na horizontal visualmente.

3. Essas operações de nivelamento do prato podem ser obtidas pelos parafusos de liberação das
alturas de cada perna do tripé. Soltar e esticar até a posição conveniente.

4. Retirar o aparelho do estojo, seguro pelo prato base (1), conduzindo-o até o tripé e fixando-o pelo
parafuso central.

5. Nivelar o aparelho preliminarmente, observando a bolha de nível circular (10), regulando os


parafusos calantes (9). Será necessário que a bolha esteja centralizada no círculo em linha preta.

6. Nivelar o aparelho definitivamente com a precisão necessária através da observação pelo prisma
visor de nível (11), sempre em posições ortogonais entre si, conferindo, assim, os quatro lados
possíveis, a cada 90° de giro.

7. Direcionar o telescópio do aparelho utilizando o ponto de mira (6) para o piquete de ré, onde
deverá haver um assistente com uma régua graduada, denominada mira, no piquete e na vertical.

8. Utilizar o parafuso de focagem (5) até que a mira esteja no foco do aparelho e então regular o
retículo de leitura na focagem da ocular (13).

9. Realizar a leitura da mira na linha do retículo horizontal, anotar o valor na caderneta de campo.

10. Soltar e girar o aparelho até a posição do piquete de vante e repetir os passos de 7 a 9.

84
TOPOGRAFIA

11. Repetir as operações em outras posições aleatórias, tomando o cuidado de fazer com que
o aparelho esteja estacionado e seja operado por alunos distintos, para que todos tenham
conhecimento das operações.

12. Para completar todo o grupo, poderão ser realizadas operações quantas vezes forem necessárias,
fornecendo, assim, opções para conferir erros cometidos.

Resultados: calcular as diferenças de cotas entre os piquetes, nas diversas leituras realizadas,
verificando a diferença entre elas e comentando sobre os erros cometidos.

7 CÁLCULO DE ÁREAS E VOLUMES

7.1 Cálculo de áreas

A agrimensura tem por objetivo não só o mapeamento do relevo, mas também a análise dos aspectos
legais de demarcação de uma propriedade. Por isso, essa área de estudo se vale da Topografia para a
avaliação de áreas, principalmente em casos de compra e venda de imóveis rurais e urbanos e em
processos de partilha, desapropriação, adequação de escrituras etc.

Lembre-se de que em Topografia sempre se utiliza a área plana, decorrente da definição do plano
topográfico e das medidas de distâncias e ângulos horizontais. Plantas e escrituras mais antigas referem-se,
por vezes, a distâncias inclinadas e/ou se baseiam em rumos magnéticos. Cabe ao profissional capacitado
a avaliação de tais características na determinação da área real do terreno avaliado.

Os processos para determinação de áreas podem ser definidos como analíticos, gráficos,
computacionais e mecânicos.

7.1.1 Processos analíticos

Os processos analíticos para determinação da área são formulações matemáticas que utilizam os
dados do levantamento topográfico. A formulação mais comum é o método de Gauss.

Método de Gauss

O método de Gauss para a determinação da área de polígonos regulares consiste na soma e subtração
da área de trapézios formados pelos vértices e suas projeções nos eixos N e E. Matematicamente, a área
é definida por:

1
S =  ∑ (Ni ⋅ Ei+1) − ∑ (Ei ⋅ Ni+1)
2

Para i = 1,2 ... n

85
Unidade II

O processo é simples quando as coordenadas N e E dos vértices estão dispostas em uma tabela.
Pode-se fazer o produto cruzado das coordenadas e dispô-lo em uma nova coluna, lateral, para facilitar
as somatórias.

O Exemplo de aplicação a seguir ilustra o método de Gauss para a determinação da área de


um polígono.

É importante lembrar que as coordenadas do primeiro ponto devem ser repetidas ao final da tabela,
para fechar a poligonal e o cálculo.

Exemplo de aplicação

Calcular a área do polígono de cinco lados, cujas coordenadas estão indicadas a seguir, por meio do
processo de Gauss. Desenhar um croqui da área.

Tabela 26 – Coordenadas dos pontos

Coordenadas (m)
Ponto
N E
A 10 3
B 10 7
C 14 9
D 18 5
E 14 2

Solução

Primeiro, repete-se a primeira linha no final da tabela. Vamos reproduzir a tabela original com duas
colunas extras, para a multiplicação cruzada.

Tabela 27 – Cálculo dos produtos – método de Gauss

Coordenadas (m) Produto


Ponto
N E Ni . Ei+1 Ei . Ni+1
A 10 3
B 10 7 70 30
C 14 9 90 98
D 18 5 70 162
E 14 2 36 70
A 10 3 42 20

Calculando as somas parciais da primeira e segunda coluna e resolvendo a expressão principal,


tem-se que S = 36 m².
86
TOPOGRAFIA

A área desenhada em um croqui tem o seguinte formato:


20
18 18
16
14 14 14
12
10 10 10
8
6
4
2
0
0 2 4 6 8 10

Figura 38 - Polígono A B C D E A

Métodos para áreas não regulares

Entre os métodos utilizados para a determinação de áreas com contornos irregulares, destacam-se
os de Bezout, Poncelet e Simpson. Entretanto, os três têm formulação semelhante e, por conta disso,
abordaremos apenas o primeiro – Bezout.

A avaliação de áreas não regulares é normalmente realizada pelo esquema ilustrado na figura a
seguir:
y

0 1 2 3 n-2 n-1 n

x
d

Figura 39 – Esquema para cálculo de áreas não regulares

O método de Bezout considera que a área consiste na somatória de n trapézios de base d. A principal
vantagem desse método é que ele vale para qualquer n, seja par ou ímpar. Os outros métodos citados
ora se aplicam para n par, ora n ímpar.

 y +y 
S = d ⋅  ∑yi + 0 n 
 2 

87
Unidade II

onde

∑yi = y1 + y2 + y3 + …+ yn
Esse método é particularmente interessante quando se deseja calcular uma área extrapoligonal. Um
exemplo é a determinação de uma área entre um terreno já planimetrado por uma poligonal e uma
estrada. A distância entre os limites da cerca do terreno e da via podem ser representados pelos trapézios
do método de Bezout.

7.1.2 Processos gráficos

Os processos gráficos consistem na equivalência do desenho da área analisada por figuras geométricas
de área conhecida, ou na divisão da área em quadrículas de mesmo tamanho, sendo que a área total é
o produto da quantidade de quadrados pela área de um deles.

Figura 40 – Processos gráficos para a determinação da área

Podem ser relacionados ainda outros processos, como a divisão em faixas de igual espessura e a
medição das larguras, sendo que a área é o produto da espessura da faixa adotada pela somatória
das larguras; e a transformação geométrica é aplicável apenas a poligonais regulares que podem ser
reduzidas a um triângulo de área equivalente.

7.1.3 Processos computacionais

Com o avanço da tecnologia e a popularização dos instrumentos de coleta e armazenamento de


dados, a utilização de ferramentas CAD (Computer Aided Design) passou a ser usual em escritórios de
engenharia civil e arquitetura.

Em um programa editor de desenho, como o AutoCAD, o projetista deve fechar uma polilinha
(polyline) sobre o limite da área a ser determinada. Um comando é suficiente para a determinação do
atributo “área”.

Uma curiosidade é que a maioria dos programas de desenho considera as coordenadas de cada
vértice e calcula a área pelo método analítico de Gauss.
88
TOPOGRAFIA

Exemplo de aplicação

Com os dados da atividade prática realizada para o levantamento planimétrico, você irá calcular
as coordenadas dos vértices de uma poligonal. Faça o desenho em um programa CAD e calcule a
área das duas formas: analítica (Gauss) e pelo atributo (polyline). A comparação dos resultados é
um bom exercício!

7.1.4 Processos mecânicos

Antes da evolução e popularização dos sistemas CAD, as áreas eram medidas com o apoio do
planímetro. Trata-se de um equipamento que possui dois braços articulados, com um ponto fixo
denominado polo e um cursor na extremidade dos braços, o qual deve percorrer o perímetro do polígono
cuja área se deseja calcular.

A diferença de leituras expressa no tambor giratório é proporcional à área medida.

Planix 5

11 Pole arm

12 Pole weight

Figura 41 – Planímetro

7.2 Cálculo de volumes

O cálculo de volumes é importante para o estudo da terraplenagem, ou seja, da movimentação de


terra, seja em corte ou aterro, para implantação de estradas e plataformas para edificações. Também
pode ser utilizado na estimativa de volumes de barragens ou de mineração.

7.2.1 Método das seções transversais

No projeto de estradas e ferrovias, as seções transversais são determinadas, usualmente, a cada estaca
(20 m). Pela seção, é possível saber se a via está em trecho de corte, quando o greide (perfil) projetado está
sob o terreno natural, ou em aterro, quando o greide projetado está acima do terreno natural.
89
Unidade II

Costuma-se assumir, em estimativas preliminares (nível de anteprojeto), que as seções são trapézios,
cuja área pode ser calculada em função da altura de corte ou aterro no eixo da via, da largura da
plataforma e da inclinação do talude.

O volume entre duas seções consecutivas é um prisma trapezoidal, cuja fórmula é a seguinte:

Si + Si+1
Vi = ⋅d
2

onde Si e Si+1 é a área de duas seções consecutivas (de corte ou aterro) e d é a distância entre elas
(1 estaca = 20 m).

Exemplo de aplicação

Calcule o volume de terraplenagem de um trecho de quatro estacas cujas áreas das seções transversais
são conhecidas.

Tabela 28 – Áreas da seção transversal por estaca

Área da Seção Transversal (m²)


Estaca
Corte Aterro
0 5,20 -
1 35,50 6,00
2 2,10 18,60
3 - 48,50
4 5,00 20,00

Solução

O cálculo do volume deve considerar cada movimento de terra isoladamente, ou seja, será calculado
um volume de corte e outro de aterro para o trecho.

A tabela a ser preparada deve inserir as colunas para o volume por estaca e acumulado e também
uma para distância entre as estações de análise. Nesse caso, todas as seções estão separadas por uma
estaca (20 m), mas podem ocorrer casos em que a distância entre as seções seja menor, como em curvas.

Somam-se as áreas na sequência do caminhamento (área 0 + área 1), (área 1 + área 2), (área 2 + área
3) e assim sucessivamente tanto para corte quanto para aterro. Não se deve, em nenhuma condição,
misturar os volumes nesse cálculo.

90
TOPOGRAFIA

Tabela 29 – Cálculo de volumes

Distância Área (m²) Volume (m³) Volume Acumulado(m³)


Estaca (m) Corte Aterro Corte Aterro Corte Aterro
0 - 5,20 -
1 20,00 35,50 6,00 407,00 60,00 407,00 60,00
2 20,00 2,10 18,60 376,00 246,00 783,00 306,00
3 20,00 - 48,50 21,00 671,00 804,00 977,00
4 20,00 5,00 20,00 50,00 685,00 854,00 1.662,00

Os resultados servirão de base para o engenheiro avaliar a necessidade de movimentação de terra.


Em uma primeira análise sobre os resultados obtidos para o trecho de 80 m, considerando que há
praticamente o dobro de necessidade de material para aterro em relação ao material de corte, que será
escavado, pode-se prever a utilização do material do corte no corpo do aterro. A análise fundamentada
será realizada em conjunto pelos profissionais de geometria/terraplenagem e irá indicar a quantidade de
material necessária, de topografia, que irá certificar em campo os volumes disponíveis, e de geotecnia,
que irá atestar a qualidade do material e permitir ou rejeitar seu uso.

7.2.2 Método das superfícies equidistantes

É semelhante ao método anterior. No entanto, o volume é a somatória de áreas justapostas, planas,


paralelas entre si, espaçadas por uma distância d.

A principal aplicação desse método é a definição de volumes de reservatórios de barragens. As


superfícies planas são definidas pelas curvas de nível e calculadas por métodos computacionais
(AutoCAD) ou pela utilização do planímetro. A distância d é o espaçamento entre as curvas de nível.

S S 
V =  1 + S2 + S3 + …+ n  ⋅ d
2 2

onde S é a área de cada nível da plataforma. Observe que a primeira e a última são divididas por 2.

8 REPRESENTAÇÃO DO RELEVO

8.1 Elementos de representação

O desenho topográfico consiste na representação fiel do terreno, incluindo as feições do relevo, que
pode ser representado por meio dos pontos cotados e das curvas de nível.

Em um desenho topográfico, devem constar todos os elementos catalogados, como acidentes


geográficos, construções, cursos d’água e elementos de delimitação (cercas).

91
Unidade II

Para a orientação, o desenho deve conter a direção do Norte (direção N-S), a quadrícula das
coordenadas, graduada, e a escala para interpretação dos dados (em forma gráfica ou numérica).

Todos os desenhos devem conter também a legenda da representação adotada. Conforme a


NBR 13133 (ABNT, 1994), devem ser utilizadas as seguintes convenções, apresentadas na figura a seguir:

Figura 42 – Convenções topográficas conforme NBR 13133

92
TOPOGRAFIA

Em levantamentos cadastrais para delimitação de propriedades, devem constar informações


referentes aos proprietários da propriedade principal e confrontantes e dimensões das divisas e de
eventuais benfeitorias, de forma que seja possível a determinação das áreas totais e parciais.

Com base nos croquis do levantamento de campo e considerando as medições efetuadas, o projetista
deve transpor o coletado para o desenho, seja manual ou em meio eletrônico. Caso seja utilizado algum
equipamento com coleta e armazenamento automático de dados, o cálculo das poligonais e o desenho
são muito simples, bastando aplicar alguns comandos para a sua elaboração. Nesses casos, cabe ao
projetista apenas a análise dos dados, para que não ocorra nenhum erro.

Com relação à representação do relevo, a forma mais simples de representação são os pontos cotados.
Nessa representação, as projeções dos pontos no terreno têm ao seu lado as suas cotas ou altitudes. Ela
é usada onde é importante o conhecimento de cotas e declividades, como em sistemas viários e redes
de drenagem pluvial. 723,35
N

724,95 724,72

725,18 725,00 724,82

723,15 722,50

Figura 43 – Pontos cotados

A forma mais tradicional para a representação do relevo são as curvas de nível. São linhas que unem
pontos com a mesma cota.

A diferença de cota entre duas curvas de nível é denominada equidistância vertical, obtida em
função da escala da carta, do tipo do terreno e da precisão das medidas altimétricas.

93
Unidade II

Figura 44 – Curvas de nível

8.2 Análise das curvas de nível

As principais características das curvas de nível são:

• as curvas de nível nunca se cruzam;

• curvas muito próximas indicam declividade acentuada;

• curvas bastante espaçadas indicam declividade suave;

• a linha que cruza curvas de nível é, possivelmente, um curso d’água (talvegue). A representação
usual indica cursos d’água permanentes com linha contínua e cursos d’água intermitentes com linha
tracejada.

Por meio da análise das curvas de nível, é possível inferir o relevo por meio de perfis longitudinais,
que representam cortes ao longo de uma linha determinada.

94
TOPOGRAFIA

695

Planta
720 715 715
710
705
700 710
700
695

720 Perfil
715
710
705
700

Figura 45 – Exemplo de planta e perfil de uma área

Em levantamentos topográficos para o Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de São


Paulo (DER/SP), os pontos cotados necessários devem ser representados para a complementação da
representação do relevo pelas curvas de nível, equidistantes em 1 m no caso das curvas intermediárias
e de 5 m nas curvas principais, com indicação destas. Deve haver um mínimo de 16 pontos por hectare.

Por meio da análise das curvas de nível, é possível identificar os acidentes geográficos do relevo. As
figuras a seguir são exemplos de representação:

Figura 46 – Talvegue

As linhas de talvegue são linhas de encontro de duas vertentes opostas. Nesse encontro, as águas
tendem a se acumular, formando os rios ou cursos d’água. Em projetos de engenharia, o termo talvegue
é utilizado como sinônimo de curso d’água.

95
Unidade II

40
10

30 20
20
30
10
40

Figura 47 – Depressão e elevação

A figura anterior apresenta superfícies nas quais as curvas de nível de maior valor envolvem as de
menor no caso das depressões. O contrário ocorre nas elevações.
15

20

Figura 48 – Espigão

O espigão, também chamado de divisor de águas, linha divisória de bacias, ou linha divisória de
águas, é a superfície de altitude mais alta da linha de cumeada.

O divisor de águas também pode ser descrito pela linha formada pelo encontro de duas vertentes
opostas pelos cumes, segundo a qual se divide o caminhamento das águas.

96
TOPOGRAFIA

45

40

45

Figura 49 – Divisor de águas

Saiba mais

Além das especificações da ABNT e do DER/SP, já citados no texto, cada


órgão costuma ter a sua própria instrução para a elaboração dos desenhos
topográficos.

Sugerimos que tais normas sejam consultadas previamente à elaboração


dos desenhos.

Dentre os órgãos com especificações próprias, podemos destacar:

DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre

FONSECA, A. Publicações. Departamento Nacional de Infraestrutura de


Transportes, 11 nov. 2015. Disponível em: <http://ipr.dnit.gov.br/normas-e-
manuais/manuais/publicacoes>. Acesso em: 21 dez. 2017.

DER/MG – Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM DE MINAS GERAIS.


Normas técnicas DER/MG. DER/MG, 12 jun. 2017. Disponível em:
<http://www.der.mg.gov.br/institucional/legislacao/normas-tecnicas-
dermg/64?task=view>. Acesso em: 21 dez. 2017.

97
Unidade II

Resumo

Conhecemos duas novas técnicas para o levantamento topográfico:


a taqueometria (ou levantamento taqueométrico) e o nivelamento
geométrico. Por ambas as técnicas, é possível determinar o desnível entre
dois pontos e, por consequência, as cotas e altitudes.

A taqueometria é um levantamento simplificado, com o uso de


um teodolito e de uma mira graduada. Por relações trigonométricas,
determinam-se as distâncias horizontal e inclinada e a diferença de cotas.

O nivelamento geométrico é realizado com o equipamento denominado


nível e com a mesma mira graduada utilizada na taqueometria. Trata-se de
um processo rápido, no qual são realizadas visadas com a luneta à ré e vante
em pontos equidistantes. A diferença de cotas é diretamente determinada
pela diferença das leituras obtidas.

Ainda para o nivelamento, deve-se tomar cuidado com as


distâncias adotadas para as visadas, com o objetivo de eliminar os
efeitos de curvatura e de refração atmosféricas, que podem implicar
erros nas cotas obtidas. Recomenda-se que as visadas sejam curtas,
em torno de 50 a 100 m no máximo. Usualmente, recomendam-se
valores de 40 a 50 m.

Tratamos da aplicações dos dados obtidos no levantamento


topográfico. Falamos da estimativa de áreas de terrenos e volumes de
terraplenagem e do desenho topográfico e representação do relevo.

Com base nas coordenadas e cotas calculadas a partir da medição de


ângulos e distâncias, seja por trena, teodolito, estações totais e nível, é possível
determinar o posicionamento de entes no espaço e suas respectivas cotas.

A estimativa de áreas de polígonos regulares, como os limites de


uma propriedade rural ou urbana, pode ser realizada pelo método
de Gauss, que consiste na aproximação da área do polígono original
por trapézios e que é o método embutido em programas como o
AutoCAD. A avaliação de volumes é de grande importância para a
terraplenagem, por exemplo, no cálculo do movimento de terra gerado
para a implantação de uma rodovia, ou para a estimativa de volume
armazenado em uma barragem.

98
TOPOGRAFIA

Por último, tratamos da representação do levantamento, do desenho


topográfico e do relevo. Foram apresentadas técnicas para o registro e
visualização dos pontos coletados.

Exercícios

Questão 1. A área do polígono de 5 lados, cujas coordenadas estão indicadas a seguir, deve ser
determinada por meio do processo de Gauss.

Tabela 30

Coordenadas (m)
Ponto
N E
A 10 5
B 3 4
C 1 1
D 1 2
E 4 3

Assinale a alternativa que apresenta corretamente a área do polígono.

A) 12 m².

B) 34 m².

C) 58 m².

D) 24 m².

E) 6 m².

Resposta correta: alternativa A.

Análise da questão

Primeiro, repete-se a primeira linha no final da tabela. Vamos reproduzir a tabela original com duas
colunas extras, para a multiplicação cruzada.

99
Unidade II

Tabela 31

Coordenadas (m) Produto


Ponto
N E Ni Ei+1
.
Ei . Ni+1
A 10 5
B 3 4 14 15
C 1 1 4 4
D 1 2 3 1
E 4 3 4 8
A 10 5 9 30
Soma 34 58

Calculando as somas parciais da primeira e segunda coluna, a diferença fica igual a 24 e, com
isso, S = 12 m².

Análise das alternativas

A) Alternativa correta.

Justificativa: rever a “análise da questão”.

B) Alternativa incorreta.

Justificativa: a alternativa apresenta os produtos Ni . Ei+1.

C) Alternativa incorreta.

Justificativa: a alternativa apresenta os produtos Ei . Ni+1.

D) Alternativa incorreta.

Justificativa: a alternativa apresenta a diferença entre os produtos Ni . Ei+1 e Ei . Ni+1.

E) Alternativa incorreta.

Justificativa: a alternativa apresenta a metade da área.

100
TOPOGRAFIA

Questão 2. Observe o mapa de curva de nível apresentado na figura a seguir:


H

Mar
50
100 50
150 100
200 150
200
250

0 500 1000
metros

Figura 50 - Mapa de curva de nível

É correto afirmar que:

A) O ponto mais alto apresentado no mapa está a 250 m de altura e o mais baixo está a 50 m.

B) Um corte horizontal feito de maneira a dividir o desenho em duas partes iguais revela dois picos
com perfis topográficos semelhantes.

C) As linhas onde estão indicados numerais 100 estão a 100 centímetros de altura.

D) Qualquer que seja o corte, o perfil topográfico será o mesmo.

E) O mapa representa duas depressões.

Resolução desta questão na plataforma.

101
FIGURAS E ILUSTRAÇÕES

Figura 1

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Noções básicas de cartografia. Rio


de Janeiro: IBGE, 1999. (Manuais Técnicos em Geociências, n. 8). p. 13. Disponível em: <https://
biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/monografias/GEBIS%20-%20RJ/ManuaisdeGeociencias/Nocoes%20
basicas%20de%20cartografia.pdf>. Acesso em: 29 nov. 2017.

Figura 4

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Noções básicas de cartografia. Rio


de Janeiro: IBGE, 1999. (Manuais Técnicos em Geociências, n. 8). p. 53. Disponível em: <https://
biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/monografias/GEBIS%20-%20RJ/ManuaisdeGeociencias/Nocoes%20
basicas%20de%20cartografia.pdf>. Acesso em: 29 nov. 2017.

Figura 10

MCCORMAC, J.; SARASUA, W.; DAVIS, W. Topografia. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2016. p. 43.

Figura 19

VEIGA, L. A. K.; ZANETTI, M. A. Z.; FAGGION, P. L. Fundamentos de Topografia. Curitiba: UFPR, 2012. p. 110.

Figura 21

CST/BERGER. Instruction manual: electronic digital transit/theodolite. [s.d.]a. p. 2.

Figura 30

FIGURA2. Disponível em: <https://ww2.ibge.gov.br/home/geociencias/geodesia/modelo_geoidal.shtm>.


Acesso em: 21 dez. 2017.

Figura 31

MCCORMAC, J.; SARASUA, W.; DAVIS, W. Topografia. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2016. p. 96. Adaptada.

Figura 32

MCCORMAC, J.; SARASUA, W.; DAVIS, W. Topografia. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2016. p. 96. p. 115.

Figura 37

CST/BERGER. Instruction manual: PAL/SAL “N“ series automatic level. [s.d.]b. p. 2.


102
Figura 41

SOKKIA. Planix 5,6. [s.d.]. p. 4.

Figura 42

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 13133: execução de levantamento


topográfico. Rio de Janeiro: ABNT, 1994. p. 32.

REFERÊNCIAS

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Informações:
www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000

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