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Passo 3
Bases da vida do discípulo
Apresentação
Seja bem-vindo(a), esta é uma nova etapa para sua vida espiritual. Daremos continuida-
de na jornada de crescimento e amadurecimento espiritual do discipulado. Jesus te
convida para ser seu discípulo, e este material lhe ajudará nesta caminhada.
A base do cristianismo está alicerçada sobre um firme alicerce, a saber, Jesus Cristo.
Desse modo, nossa fé precisa ser alicerçada sobre uma base doutrinária sólida, para
que possamos resistir firmes aos desafios da vida.
Você está preparado para mais uma jornada de aprendizado e transformação do cará-
ter? Se sim, ore pedindo a Deus que ilumine sua mente para a compreensão dos assun-
tos que serão apresentados.
Ser discípulo Impacto do Bases da vida do Características da A arte do perdão Fazer discípulos Servir
de jesus discipulado na discípulo vida do discípulo
vida
Versão 1.0
Bases da vida do discípulo
Lembre-se
O discipulado em grupo é uma importante dádiva que Deus nos concede, afim de nos
proporcionar o crescimento espiritual. Os encontros devem ser dinâmicos e todos os
discípulos devem ter suas oportunidades para compartilhar daquilo que Deus está
comunicando e fazendo em suas vidas.
O início do discipulado deve ser regado com oração de agradecimento pelo tempo de
comunhão e crescimento espiritual, em seguida o grupo deverá ser dividido em duplas
ou trios (homem com homem e mulher com mulher), para que aconteça o momento
da "prestação de contas" da semana e uma oração mais específica. Esse tempo não
pode ultrapassar de vinte minutos. A prestação de contas deverá acontecer sobre os
passos práticos definidos no encontro anterior, além, é claro, de um breve resumo das
atividades da semana e do que Deus tem realizado individualmente durante o período.
Logo após o momento de duplas e trios, o grupo deverá se reunir para iniciar o encon-
tro geral, que poderá ter duração de até 60 minutos, nesse momento é indispensável
seguir a metodologia para o alcance do objetivo principal, que é a formação espiritual
do caráter de Cristo no discípulo. O encontro deve ser finalizado com o estabelecimen-
to de passos práticos de crescimento para o próximo encontro e orações.
Versão 1.0
Discipulado
Para uma melhor experiência, fique atento aos
ícones abaixo, pois eles serão importantíssimos
para que a metodologia seja eficaz, te auxilian-
do assim no processo de crescimento espiritual.
Versão 1.0
Encontro 1: Bíblia, minha regra de fé
Não podemos encarar a Palavra de Deus apenas como um dicionário para consulta de palavras,
mas como um manual de vida, e vida eterna. Quantas vezes você leu a bíblia essa semana?
Alguma vez leu a bíblia toda? O discípulo de Jesus demonstra interesse verdadeiro pela Palavra
do Mestre, Jesus chega a afirmar: "As minhas ovelhas ouvem a minha voz" (Jo 10.27). Para reco-
nhecer a voz do Mestre, é indispensável conhecer as Escrituras, pois elas testificam de Jesus.
Desse modo, quanto mais você se aprofunda na leitura e meditação da Palavra, mais desenvolve
intimidade com o Deus da Bíblia.
A Palavra de Deus é atual, porém ela não se renova diariamente, o que se renova diariamente são
as misericórdias do Senhor (Jr 3.22-25), a atualidade da palavra se dá por meio da necessidade
humana, que é sempre a mesma; ser livre dos efeitos devastadores do pecado. Vale ressaltar que
o profeta Oséias escreve: "O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento" (Os 4.6).
Desse modo, a bíblia responde aos anseios do homem, instruindo ele no caminho que deve
andar. Assim como a chuva age sobre a terra, a Palavra de Deus age produzindo resultados sobre
os corações duros e infrutíferos dos homens. Sua leitura é recomendada tanto no Antigo, como
no Novo Testamento (Sl 1.1,2; Jo 5.39), a bíblia nos revela a vontade de Deus, seus mandamentos,
ordens, orientações e palavras de consolo. Lembre-se do conselho de Deus para Josué: "Não se
aparte da tua boca o livro desta Lei; antes, medita nele dia e noite" (Js 1.8).
Cremos que a Bíblia é a suprema Palavra de Deus, inspirada pelo Espirito Santo, imutável, iner-
rante e suficiente para comunicar a vontade de Deus à humanidade. A Bíblia como a conhece-
mos hoje foi escrita em um período de aproximadamente mil e seiscentos anos. Os escritores
foram homens notáveis, inspirados por Deus para registrar as Palavras do Eterno. Por ser a Pala-
vra de Deus, ela é completamente verdadeira e tem autoridade em si mesma, sendo a regra de fé
e prática para a Igreja. A Palavra de Deus é viva, eficaz e jamais voltará a Deus vazia (Is 55.11; 2Tm
3.16).
Is 55.11
Hb 4.12
Jo 17.17
h) Pensando bem, você poderia ajustar sua agenda para meditar nas
Escrituras sagradas com maior intensidade?
O Pai, o Filho e o Espírito Santo são iguais em essência. Não estão separados, e não são três
manifestações diferentes do mesmo Deus. Também não há hierarquia, ou seja, o Filho não é
menor que o Pai, eles são um (Jo 10.30). Deus é infinitamente maior do que nós, de modo que
com todas as nossas limitações, apenas conhecemos sobre Ele o que Ele próprio decidiu nos
revelar. Com relação à salvação, é correto dizer que o Pai planejou a salvação, o Filho executou o
plano salvífico, e o Espírito Santo confirma essa obra regenerando, capacitando e santificando o
pecador (1 Pe 1.2). Esse entendimento é uma importante base para nossa fé, pois confirma o que
Paulo escreve aos Colossenses "pois nele (Jesus), habita corporalmente toda a plenitude da
divindade" (Cl 2.9).
Cremos que existe um único Deus, que subsiste em três pessoas, tais como as passagens bíblicas
apresentam (Gn 1.26,27; Mt 3.16,17; Jd 20,21). A unidade e a pluralidade existem em harmonia e
fornecem um grande exemplo para a unidade e a pluralidade na igreja (1 Co 12.12). Podemos
aprender uma lição valiosa para nossas vidas e igrejas, isto é, mesmo com nossas diferenças,
somos iguais em essência, e com isso, devemos deixar de lado as dissenções produzidas pelo
individualismo.
Versão 1.0
Mt 28.19
1Co 11.3
1Co 12.12
b) Você tem dado prioridade para a sua relação pessoal com Deus ou tem
deixado que outras coisas ocupem o seu tempo e atenção?
h) Como você pode melhorar sua relação com os demais irmãos e familiares
após esse encontro?
O que Deus requer de mim? Como você trata um irmão que pensa e
age diferente? Aprendemos com a Trindade,
que nossos relacionamentos pessoais e na
igreja não devem ser baseados no individua-
lismo, mas é preciso respeitar aquilo que é
O que eu farei daqui em diante? diferente. A diversidade do corpo produz a
unidade do corpo (1 Co 12.12). Sendo assim,
busque um relacionamento de paz com
aqueles irmãos que são diferentes (Cl 3.15).
Versão 1.0
Encontro 3: Jesus, natureza e identidade
Jesus como filho de Deus não é inferior ao Pai em nada. A triunidade de Deus é perfeita, portanto
Jesus é Deus (Jo 10.30), e também é homem (Is 9.6). Como homem, ele viveu uma vida simples e
de humildade, passou por várias necessidades e não murmurou, tornando-se um exemplo a ser
seguido, não apenas por sua moral elevada, mas porque é o unigênito e primogênito filho de
Deus (Jo 3.16; Rm 8.29). Ao se entregar naquela cruz comprou para si mesmo, homens de todas as
tribos, línguas e nações, e deu-nos poder para sermos feitos filhos de Deus, compartilhando
conosco a sua identidade.
Desse modo, não somos mais de nós mesmos, mas somos d'Ele, pois ele nos comprou por um
alto preço (1 Co 6.20). Ele nos amou a ponto de se entregar por nós. Qual sua conduta diante
d'Ele? Como reagir diante desse amor que nos constrange? O amamos a ponto de entregar nossa
vida para ele? (Mc 8.35). Jesus é o nosso Salvador, que nos redimiu do pecado livrando o pecador
da condenação, e isso foi possível porque Ele é totalmente homem e totalmente Deus, sim Jesus
possui duas naturezas; divina e humana. Ele como filho de Deus se dispôs a tornar-se filho do
homem, fazendo isso ele identificou-se conosco (Hb 4.15). Sua encarnação foi necessária para que
Ele se tornasse um substituto perfeito para nós.
A morte não pôde vencê-lo, sua morte nos garantiu vida eterna. Através da ressurreição, Jesus se
tornou vitorioso possuindo todo o poder no céu e na terra (Mt 28.18). Jesus é nosso exemplo e
modelo de vida, João diz: "Aquele que permanece nele deve andar como ele andou" (1 Jo 2.6), e
nos lembra que "quando Cristo vier, seremos semelhantes a ele" (1 Jo 3.2). Você aguarda a vinda
de Cristo? Anseia por sua união definitiva com o Mestre? Ao que vencer a si mesmo e ao mundo, o
Senhor Jesus dará a coroa de vida eterna e enxugará dos olhos toda a lágrima (Ap 21.4).
Versão 1.0
Is 9.6
Jo 1.14
Gl 4.4,5
a) Como você se sente ao saber que Jesus se entregou para que você
seja salvo?
f) Como você tem usado seus talentos e habilidades para servir aos outros
em nome de Jesus? Você tem sido um exemplo de amor e compaixão para
aqueles ao seu redor?
h) Você tem buscado a graça e o perdão de Jesus para superar seus erros?
Versão 1.0
Encontro 4: Espírito Santo, nosso companheiro
Se o Espírito Santo habita em nós, adquirimos capacidade para viver em comunhão com Deus
e com os irmãos, obedecemos as Escrituras e temos prazer na presença de Deus, sobretudo,
glorificamos a Deus em nosso corpo (1 Co 6.20). O Espírito Santo é muito mais que uma força
ou um poder de Deus, ele é Deus, coeterno com o Pai e o Filho, compartilhando com eles a
glória e a honra. Ele conhece as profundezas do Pai. O Espírito Santo é uma pessoa com Deus.,
tanto que o Espírito fala (Mc 13.11; Ap 2.7), testifica (Jo 15.26; 16.13), encoraja (At 9.31), fortale-
ce (Ef 3.16) e nos ensina, especialmente em tempos de emergência espiritual (Lc 12.12). Não
podemos confundir o Espírito Santo apenas como um poder ou revestimento em nossa vida,
esse tipo de pensamento é reducionista.
O cristão não consegue viver sem o Espírito Santo, pois desde a regeneração, ou seja, o novo
nascimento, somos gerados pelo Espírito. É ele que aplica em nós os benefícios da nova vida
em Cristo. Desse modo, uma vida sem comunhão íntima com o Espírito Santo é uma vida de
silêncio, medo, fraqueza, insegurança e sem socorro nos tempos difíceis. O que você tem feito
para cultivar uma vida de intimidade com a Pessoa do Espírito Santo? Lembre-se, é Ele que te
fortalece e equipa para vencer o pecado e viver uma vida de santidade ao Senhor.
Versão 1.0
Is 11.2
At 16.7
1 Co 2.11
c) Você tem se esforçado para cultivar uma vida espiritual forte e profunda?
f) Como você tem sido usado pelo Espírito Santo para abençoar e servir
aos outros?
i) Você tem buscado cultivar os frutos do Espírito em sua vida, tais como
amor, alegria, paz, paciência, bondade, gentileza, fidelidade e autocontrole?
Versão 1.0
Encontro 5: Pecado, nosso inimigo
Pecado não é apenas fazer a coisa errada, é ser errado, e agir deliberadamente, declarando
independência de Deus e, consequentemente, desobedecer seus mandamentos. O pecado
foi o motivo da queda de Adão e de sua descendência, nesse sentido, compreendemos os
efeitos prejudiciais do pecado. Essas ações não são apenas objetivas, mas também, subjeti-
vas (Mt 5.27,28). Muitos cristãos ouviram tantas vezes a história da queda que ficaram anes-
tesiados em relação ao tamanho da tragédia. A queda condicionou o homem à corrupção, a
morte e a culpa, alterando o comportamento e a condição natural inicial, sendo assim, não
é algo que conseguimos vencer sozinhos. Esse é o motivo de necessitarmos de auxílio contí-
nuo (1 Jo 1.8,9).
Paulo escreve que “o salário do pecado é a morte” (Rm 6.23), Jesus Cristo experimentou a
morte para que pudéssemos viver uma vida de liberdade, livres do poder do pecado. Entre-
tanto, nossa natureza não é anulada na conversão, mas continua a desejar aquilo que é
pecado, por essa razão necessitamos do Espírito Santo. Quando nossos pensamentos são
poluídos pela desobediência e pelo erro estamos pecando, por isso, as Escrituras exigem
santificação total (2 Co 10.5; Fp 4.8). Vale lembrar que não existe pecadinho ou pecadão,
todo pecado é ofensivo a Deus, com isso, devemos fugir da aparência do mal (1Ts 5.22).
Importante destacar que o pecado não está presente apenas nas ações executadas, mas
também nos pensamentos e planos, por esse motivo é importante guardar a mente. Paulo
ao escrever para os Colossenses prescreve um antídoto contra os efeitos do pecado na
mente humana: "Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra; Porque já
estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus" (Cl 3.22,23). O cristão
necessita desviar da aparência do mal, firmando seus pensamentos nas coisas que estão em
cima.
Versão 1.0
Pv 28.13
Rm 3.23
Rm 7.14-17
c) Quais são os pecados que você mais luta contra em sua vida?
g) Como você pode buscar a ajuda e o apoio de outras pessoas para vencer
o pecado em sua vida?
i) Quais são as práticas espirituais que você adota para fortalecer sua vida
espiritual e vencer o pecado?
Versão 1.0
Encontro 6: Graça, um favor imerecido
A graça é a ação divina que nos favorece, oposta ao mérito, ela depende exclusivamente
da vontade de Deus. Ainda, a graça é a causa única da salvação (Ef 2.8). O pecador está
morto em seus pecados, incapaz de agir espiritualmente e de responder ao chamado
divino da salvação, entretanto, a graça salvadora entra em ação, habilita a fé, manifestando
assim a salvação. Essa graça pode ser observada no Antigo e no Novo Testamento, princi-
palmente, através do evangelho, sobretudo, na cruz de Cristo. Jesus é a graça personifica-
da, sem ele o homem nada pode fazer (Jo 15.4).
A graça exclui qualquer pretensão de salvação por obras ou méritos, porém não excluí-nos
das obras, as boas obras são para o louvor de Deus (Tg 2.17; Ef 2.10). A salvação pela graça
não exclui a responsabilidade humana. O cristão deve viver uma vida de santificação e
adoração, desviando-se do mal (1 Ts 4.7). Sem a graça isso é impossível, pois tudo nos é
dado de graça e pela graça, pois o preço já foi pago na cruz.
A graça sempre esteve presente na história da criação e se tornou mais evidente após a
queda, entretanto, ela se completa através do sacrifício de Cristo no calvário e cabe a cada
um de nós, tão somente, tomarmos posse pela fé desta bênção a nós outorgada (Ef 2.8). A
única exigência é a fé, como está escrito em João 3.16 "todo aquele que nele crê". Você crê
a ponto de confiar somente na graça divina? Sente-se seguro com o plano de salvação? Ou
você ainda carrega o sentimento de culpa e dívida que lhe impulsiona a fazer algo em
retribuição?
A graça liberta o pecador de toda a condenação do pecado, ela exclui todo o mérito
humano. A graça glorifica a Deus, pois somente ele é quem pode salvar (Is 61.10).
Versão 1.0
Rm 5.1,2
1 Tm 1.13,14
1 Pe 4.10,11
d) Você se sente confortável sabendo que Deus lhe salva não por mérito,
mas por graça?
e) Qual é o papel da arrogância e do orgulho na vida de alguém que rejeita
a graça de Deus?
O conceito de expiação é apresentado nas Escrituras com a ideia de "cobertura" (Lv 4.3; 1
Sm 6.3). Significando assim, que Deus cobriu e proporcionou meios pelos quais o pecado
do homem pudesse ser perdoado. No Antigo Testamento a figura do sacrifício proporcio-
nava alívio e segurança para o pecador (2 Cr 29.24). Em outras palavras, o sacrifício era uma
oferta requerida pelo pecado cometido, com o objetivo de trazer perdão para o ofertante.
No Novo Testamento, fica claro que nossa expiação é Cristo (1 Jo 2.1,2). Com a expiação de
Cristo sobre nós somos livres da culpa do pecado. Entretanto, ainda somos vulneráveis e
podemos pecar (1 Jo 1.10). Basicamente, a expiação consiste em reconciliar e restabelecer
a paz onde antes havia conflito. A expiação permitia que pessoas distantes de Deus pelo
pecado desfrutassem novamente da “união” com ele.
É possível entender melhor essa dinâmica quando observamos a história de Abraão. Ele
chegou ao lugar que Deus designou para o sacrifício, preparou o altar e ergueu a mão para
sacrificar seu filho. No último momento, porém, Deus o deteve e providenciou um carneiro
para ser imolado em lugar de Isaque (Gn 22.1-13), nesse caso, o carneiro foi sacrificado no
lugar de Isaque. Essa história é uma representação da morte de Cristo em nosso lugar.
Não existe uma pessoa que não peque, por esse motivo, todos nós necessitamos de um
substituto, de uma "cobertura". Cristo viveu uma vida perfeita de obediência a Deus, ele é o
nosso cordeiro e nossa expiação (Ap 13.8). Dessa maneira, quando cobertos pela oferta de
Jesus, recebemos a satisfação da justiça divina e, consequentemente, nós recebemos os
méritos de Cristo como uma cobertura quando o aceitamos pela fé (Rm 5.19). Em termos
simples, a expiação bíblica é o processo pelo qual o pecado humano é removido e a rela-
ção entre Deus e a humanidade é restaurada
Versão 1.0
Is 53.10-12
Hb 10.3-7
1 Pe 2.20-25
b) Qual é o significado da expiação para você e como ela afeta sua vida
diária?
Todos os seres humanos nascem fisicamente, mas nem todos nascem espiritualmente, por
esse motivo Jesus disse a Nicodemos "Na verdade, na verdade te digo que aquele que não
nascer de novo, não pode ver o reino de Deus" (Jo 3.3). De acordo com a Bíblia, todas as
pessoas nascem com uma natureza pecaminosa, o que significa que elas têm uma tendên-
cia para o mal e são incapazes de agradar a Deus por conta própria. A regeneração ocorre
quando uma pessoa se arrepende de seus pecados e confia em Jesus Cristo como seu
Salvador pessoal. Neste momento, a pessoa recebe um novo coração e uma nova natureza,
capacitando-a a viver uma vida que agrada a Deus.
Esse novo nascimento é o início da nova vida da pessoa que recebe o Espírito de Deus
através da fé e do arrependimento. Sem a regeneração é impossível ter uma fé genuína e
viver um arrependimento verdadeiro. O Espírito Santo que passa a habitar nos crentes irá
produzir Seu fruto, o que levará à mudança dos velhos hábitos. Contudo, a regeneração não
pode ser entendida como uma mudança que ocorre no corpo do homem, tampouco que
ocorre apenas no intelecto. Ela afeta diretamente o coração, compreendido no sentido
bíblico como o órgão central e totalmente dominante do homem como um todo, do qual,
inclusive, "procedem as fontes da vida" (Pv 4.23).
Desse modo, a regeneração deve impactar o homem por completo, ou seja, intelectual,
emocional, moral e espiritualmente. A regeneração é um ato sobrenatural de Deus, que
capacita uma pessoa a segui-lo e a viver uma vida que honra a Ele. É importante refletir
sobre os efeitos da regeneração: ela nos torna novas criaturas (2 Co 5.17), vivemos com
esperança (1 Pe 1.3), somos lavados por Cristo (Tt 3.5), amamos os irmãos (1 Jo 4.7) e não
permanecemos na prática do pecado de maneira premeditada (1 Jo 3.9).
Versão 1.0
Dt 30.6
Rm 8.28-30
1 Co 10.13
Versão 1.0
Encontro 9: Justificação, o débito pago na cruz
A justificação é mais um ato divino em favor do pecador, é o ato de Deus declarar uma pessoa justa
diante Dele, mesmo que ela seja pecadora. Isso acontece quando uma pessoa coloca sua fé em
Jesus Cristo como seu Salvador pessoal, no mesmo instante que o pecador responde ao evangelho
com arrependimento e fé, Deus considera nossos pecados perdoados atribuindo a nós a justiça de
Cristo. A justificação nos traz paz com Deus, aproxima-nos d'Ele, e nos confere a alegria de glorificar
ao Senhor (Rm 5.1-6).
De acordo com a Bíblia, todas as pessoas são pecadoras e estão separadas de Deus. Isso significa
que não podemos nos relacionar com Deus por nós mesmos, porque não somos justos. Não é
possível ser justificado pelas obras, basta lembrar da parábola do fariseu e do publicano (Lc 18.9-
-14), pois se isso fosse possível, o homem não precisaria de um mediador (1Tm 2.5). Cristo já pagou
o preço pelas suas transgressões. Sendo assim, quando aceita a oferta de salvação, a justiça de
Cristo é recebida (2Co 5.21).
Em outras palavras, a justificação bíblica é o ato de Deus atribuir a justiça de Cristo a uma pessoa
que confia nele. Isso não significa que a pessoa se torna perfeita, mas sim que ela é vista por Deus
como justa por causa de sua fé em Jesus. Isso significa que a pessoa não precisa mais tentar ganhar
a salvação ou a aprovação de Deus através de suas próprias obras ou esforços (Ef 2.8,9). Em vez
disso, os cristãos justificados por Deus podem viver suas vidas confiantes de que Deus os ama e os
aceita como são, independentemente de suas falhas e pecados. Isso traz uma grande liberdade e
alegria à vida cristã, porque os crentes sabem que sua salvação está segura em Cristo.
Sendo assim, os cristãos são chamados a tratar os outros com amor, compaixão e justiça, em vez de
julgamento e condenação. Isso leva a uma vida de serviço e cuidado pelos outros, em vez de uma
vida focada apenas em si mesmo..
Versão 1.0
Dt 30.6
Rm 8.28-30
1Co 10.13
c) Existe alguma obra humana que possa ser feita para se alcançar a
justificação?
Versão 1.0
Encontro 9: Revisão
Que bom que você chegou até aqui, isso significa que está comprometido
com o seu desenvolvimento espiritual. Acreditamos que esse tempo de
comunhão e aprendizado com o discipulado contribuiu para grandes mu-
danças e transformações em sua vida e família.
a) Reflita sobre o processo de discipulado que você vivenciou nestas últimas semanas. Quais foram os
benefícios para o seu crescimento espiritual em Cristo?
c) Com base na avaliação acima, como você considera seu nível de crescimento espiritual?
MISSÃO DA SEMANA: Marque um dia e horário com seu discipulador e converse sobre a sua revisão.
Dia: / / Hora: :
Discipulado um processo continuo de morrer para o eu permitindo, assim, que a cada dia
Jesus viva através de vocês e de suas atitudes. O discipulado para toda vida a vida, nele
aprendemos a colocar na prática as doutrinas de Jesus.
Versão 1.0
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Versão 1.0