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Passo 2
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Passo 2
Impacto do discipulado na vida
Apresentação
Seja bem-vindo(a), esta é uma nova etapa para sua vida espiritual. Daremos continuida-
de na jornada de crescimento e amadurecimento espiritual do discipulado. Jesus nos
convida para sermos seus discípulos, e este material lhe ajudará nesta caminhada.
Você está preparado para mais uma jornada de aprendizado e transformação do cará-
ter? Se sim, ore pedindo a Deus que ilumine sua mente para a compreensão dos assun-
tos que serão apresentados.
Ser discípulo Impacto do Bases da vida do Características da A arte do perdão Fazer discípulos Servir
de jesus discipulado na discípulo vida do discípulo
vida
Lembre-se
O discipulado em grupo é uma importante dádiva que Deus nos concede, afim de nos
proporcionar o crescimento espiritual. Os encontros devem ser dinâmicos e todos os
discípulos devem ter suas oportunidades para compartilhar daquilo que Deus está
comunicando e fazendo em suas vidas.
O início do discipulado deve ser regado com oração de agradecimento pelo tempo de
comunhão e crescimento espiritual, em seguida o grupo deverá ser dividido em duplas
ou trios (homem com homem e mulher com mulher), para que aconteça o momento
da "prestação de contas" da semana e uma oração mais específica. Esse tempo mão
pode ultrapassar vinte minutos. A prestação de contas deverá acontecer sobre os
passos práticos definidos no encontro anterior, além é claro, de um breve resumo das
atividades da semana, e do que Deus tem realizado individualmente durante o período.
Logo após o momento de duplas e trios, o grupo deverá se reunir para iniciar o encon-
tro geral, que poderá ter duração de até 60 minutos, nesse momento é indispensável
seguir a metodologia para o alcance do objetivo principal, que é a formação espiritual
do caráter de Cristo no discípulo. O encontro deve ser finalizado com o estabelecimen-
to de passos práticos de crescimento para o próximo encontro e orações..
Versão 1.0
Discipulado
Para uma melhor experiência, fique atento aos
ícones abaixo, pois eles serão importantíssimos
para que a metodologia seja eficaz, te auxilian-
do assim no processo de crescimento espiritual.
Versão 1.0
Encontro 1: Pobres de espírito
O discípulo deve ser pobre de espírito (Mt 5.3). Essa afirmação significa que ao contrário
dos fariseus que se vangloriavam por suas práticas espirituais, os seguidores de Jesus não
se orgulham de suas obras (Is 64.5-8), mas descansam e dependem de Deus, pois sabem
que o Pai é o provedor de todos os benefícios espirituais (Ef 1.3). A humildade em reco-
nhecer seu estado natural e espiritual é a chave para compreender o que é ser um pobre
de espírito. Mas, afinal, o que é ser pobre de Espírito?
Ser pobre de espírito não é ser desprovido de recursos materiais e espirituais, como
alguns pensam. Também não é autodesprezo. Para sermos pobres de espírito precisamos
lançar fora, renunciar e abominar todas as ideias de que, em algum momento, podería-
mos produzir nossa salvação. Ser pobre de espírito é ser totalmente dependente de Deus,
é ser humilde no coração e não apenas no exterior. Ser pobre de espírito é ser herdeiro do
Reino de Deus. Quanto mais avançamos em conhecimento de Deus, mais discernimos a
necessidade da justiça divina em nós. A pobreza de espírito não pode ser produzida natu-
ralmente.
Sl 40.16,17
Rm 7.23-25
2 Co 9.8-111
b) Como você se sente em relação aos dons e talentos que Deus lhe deu?
Versão 1.0
Encontro 2: Consolados
O mundo em que vivemos gosta de rir, e tem aversão ao choro. Basta olharmos as redes
sociais para identificarmos nas fotos pessoas felizes, sorrindo e alegres. O mundo não
gosta de pessoas chorosas; elas são estraga pra zeres. Entretanto, a alegria do mundo é
passageira e logo o sorriso se desfaz, contudo, Jesus ensina que bem-aventurado são os
que choram. Isto não significa que o cristão deva sempre ser triste, ao contrário, os cris-
tãos vivem em um Reino de alegria (Rm 14.17-19).
O choro que é consolado não é resultado de condições gerais da vida como perdas e
frustrações, se assim fosse qualquer pessoa seria consolada. Você deve estar se pergun-
tando: o que é esse choro então? Esse choro é o pesar que o cristão sente por seu próprio
pecado. O mesmo sentimento que Paulo descreve em Romanos 7.24 "miserável homem
que sou!". O pecado é de fato aquilo que deve entristecer o discípulo, mas, por outro lado
ele será consolado! Jesus pagou o preço pelo resgate do seu povo (Mc 10.45), e livrou-os
do pecado (Mt 1.21).
Versão 1.0
Encontro 3: Mansos
Qual será a definição de mansidão que Jesus se refere no texto de Mateus 5.5? Precisamos
entender que essas são qualidades e características daqueles que participam do Reino de
Deus. Você é do reino? Você é manso? Temos o exemplo de Abraão, que deixou Ló, mesmo
sendo mais novo, escolher a terra que queria morar e trabalhar e não fez nenhuma queixa
posterior (Gn 13. 8-12). Outro exemplo é o de Moisés que não impunha a própria vontade
aos outros, mas antes, com mansidão e humildade conduziu o povo, entretanto, a mansi-
dão não é algo natural, muito pelo contrário, é algo produzido pelo Espírito Santo.
Ser manso não é ser isento de opinião, muito menos aceitar tudo sem questionar. Ser
manso não é ser isento de sentimentos ou deixar-se dominar, tampouco é apenas expres-
são exterior. Ninguém pode se tornar humilde, apenas o Espírito Santo é capaz realizar
essa obra. Ser manso é resultado da obra do Espírito Santo (Gl 5.22). Ser manso é saber
como agir em determinadas situações; é abrir mão de direitos próprios em benefício de
outros. Temos a obrigação de pôr um ponto final em nosso próprio “eu”, que é a causa de
todas as nossas dificuldades.
Versão 1.0
Nm 12.3
Mt 11.28,29
2 Sm 12.1-13
Versão 1.0
Encontro 4: Apetite espiritual
Jesus apresenta necessidades físicas: fome e sede, que possuem relação com o apetite
pela justiça, e as liga com a questão da bem-aventurança, ou seja, a felicidade. No
mundo tudo quanto os homens fazem tem por alvo a felicidade. Entretanto, a grande
tragédia do mundo é que, embora a humanidade se concentre tanto na busca pela
felicidade, jamais consegue encontrá-la nas coisas terrenas, pois sempre que alguém
coloca a felicidade acima da justiça, este encontra o fracasso.
Para Jesus, seus discípulos devem refletir um padrão de excelência sendo justos, desse
modo, o versículo de Mateus 5.6 se torna um termômetro que mede nossas intenções.
Jesus ensina que só são felizes as pessoas que buscam primeiramente a justiça; não a
justiça pública ou social, mas a justiça divina que pode inclusive nos justificar, trazendo
assim alegria verdadeira (Rm 4.7,8). Ao alcançar essa condição de justificados, o relacio-
namento com Deus é restabelecido, e a alegria verdadeira se torna possível. Uma análi-
se desse conceito aponta para o desejo de receber libertação do pecado, sendo assim,
o apetite espiritual adequado é aquele que deseja a justiça e o perdão divinos como
prioridades.
Versão 1.0
Ef 2.4,5
Jo 14.16-18
Lc 18.13,14
c) O que você pode fazer para desenvolver mais o seu apetite espiritual?
Versão 1.0
Encontro 5: Misericordiosos
A misericórdia não é um sentimento subjetivo, ela deve ser externada através de ações,
proporcionando assim bem estar ao próximo. Essa virtude não depende de uma
disposição natural do homem, e só pode ser atingida através da maturidade espiritual.
Jesus deu exemplo de misericórdia. Ele se moveu de íntima compaixão e manifestou
seus sentimentos agindo em benefício do necessitado (Rm 5.8), além disso, Jesus
demonstrou compaixão quando diante de seus executores exclamou: "Pai, perdoa-lhes,
pois não sabem o que estão fazendo" (Lc 23.34).
Versão 1.0
Êx 34.6
2 Sm 22.25,26
Lm 3.22,23
b) Como você se sente em relação aos seus sentimentos para com o próximo?
f) Quando alguém lhe prejudica, você deseja que essa pessoa receba o
mesmo prejuízo?
Versão 1.0
Encontro 6: Limpos de coração
O coração é apresentado na Bíblia como a fonte dos males (Jr 17.9). Neste caso, as
ações externas revelam o que está no coração (Mt 15.19; Jo 8.44). É impossível afirmar:
"tenho Deus no coração" e não demonstrar isso através de ações externas. Infelizmente
o coração do homem natural é uma fábrica de impiedade. O coração pode ser limpo
pela ação regeneradora do Espírito Santo (Hb 8.10; 10.19-23). E, com isso, é possível
obedecer a Palavra de Deus (Rm 6.17,18). O objetivo do evangelho é proporcionar-nos
a visão de Deus, é levar-nos a ver Deus, isso se tornará possível através da purificação
do nosso interior e, consequentemente, do exterior.
Versão 1.0
Dt 6.5
Sl 86.11,12
1 Jo 1.9
k) Existe algum ídolo em seu coração? Algo que está tentando tomar o
lugar prioritário de Deus?
Versão 1.0
Encontro 7: Pacificadores
Por que há tantas guerras no mundo? O que há com este mundo? Só existe uma
resposta para essa indagação, o pecado. As guerras e disputas também estão dentro
das igrejas. Temos esquecido da exigência do Mestre de sermos pacificadores. O pacifi-
cador não é apenas pacífico, mas, sobretudo, é alguém que procura estabelecer ativa-
mente a concórdia. Já aprendemos que o coração é a fonte de todos os males, e que ele
deve ser tratado e regenerado pelo Espírito Santo. Somente através da intervenção
divina é possível desenvolver essa qualidade. O discípulo deve agir ativamente para
que haja paz entre todos.
Para ser um pacificador, não basta ter capacidades naturais ou habilidades discursivas.
A paz que excede o entendimento vem de Deus e nos habilita a viver em paz com
todos, porém, enquanto você não tiver a disposição para abrir mão de seus direitos,
não provará a paz de Deus (Mt 5.38-41). Para ser um pacificador é necessário ter domí-
nio próprio, e também dominar os impulsos (Tg 3.3-6). Crente é aquele em quem vivem
dois homens, o velho homem e o novo homem, além disso, o pacificador é o homem
que se dispõe a deixar-se humilhar (Mt 23.12).
Versão 1.0
Tg 3.17,18
Rm 8.5-8
2 Co 5.18,19
e) O que pode ser feito para que situações externas não afetem sua paz?
h) Reflita: Quando foi a última vez que você cedeu em uma discussão?
Versão 1.0
Encontro 8: Oração
.
O crente é perseguido por ser um determinado tipo de pessoa e porque se comporta
de maneira diferente do mundo. Não lemos em Mateus 5.10: “Bem-aventurados os
perseguidos porque são fanáticos”. Nem lemos: “Bem-aventurados os perseguidos por
serem excessivamente zelosos”. Nosso fanatismo poderia levar-nos a ser perseguidos,
mas o fanatismo jamais é recomendado pelo Novo Testamento. Não lemos: “Bem-aven-
turados os perseguidos por estarem fazendo algo de errado”.
Sem dúvida, para o mundo a perseguição não é encarada como algo bom que cause
alegria. Porém, para os cristãos, a perseguição faz parte das bem aventuranças e devem
produzir alegria (At 5.38-42), pois ser justo e praticar a justiça, significa assemelhar-se
ao Senhor Jesus Cristo. Portanto, bem-aventurados são os perseguidos por se parece-
rem com Ele, como a Escritura afirma: “Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do
que a vós outros, me odiou a mim" (Jo 15.18). Quando somos justificados por Cristo,
buscamos a justiça do Reino em primeiro lugar (Mt 6.33).
A perseguição que causa alegria, é aquela que está ligada com a justiça do Reino e
com a vontade de Deus. Essa perseguição fortalece a fé (Rm 5.3-5). A presente bem-a-
venturança sonda os nossos pensamentos a respeito do que é uma pessoa crente. Um
crente é alguém que será perseguido, simplesmente, por ser alguém que imita a Cristo,
sendo uma representação fiel de Seu caráter. Por ser justificado pelo Senhor, tem paz
com Deus e, consequentemente, terá inimizade com o mundo. Dessa forma, podemos
afirmar o que está escrito em João 16.33: "no mundo tereis aflições". Quanto mais nos
tornamos amigos de Jesus, mas o mundo se torna nosso inimigo.
Versão 1.0
1 Co 4.9-14
2 Co 4.8,9
Gl 6.12,13
h) Reflita: Existe algo em sua vida que possa ser motivo de perseguição?
Se sim, você deverá pedir ao Senhor que lhe ajude a livra-se de tais práticas.
Pois a única justificativa aceita para ser perseguido é a semelhança com Jesus.
Versão 1.0
Encontro 9: Revisão
Que bom que você chegou até aqui, isso significa que está comprometido com o seu
desenvolvimento espiritual. Acreditamos que esse tempo de comunhão e aprendizado
com o discipulado contribuiu para grandes mudanças e transformações em sua vida e
família.
a) Reflita sobre o processo de discipulado que você vivenciou nestas últimas semanas. Quais foram os
benefícios para o seu crescimento espiritual em Cristo?
c) Com base na avaliação acima, como você considera seu nível de crescimento espiritual?
MISSÃO DA SEMANA: Marque um dia e horário com seu discipulador e converse sobre a sua revisão.
Dia: / / Hora: :
Versão 1.0
Referências
CARSON, D. A. O sermão do Monte: Exposição de Mateus 5-7. Vida Nova. São Paulo, 1º
edição, 2018.
GUZIK, David. Lucas 6: o Sermão da Planície. Enduring Word. 2021. Disponível em:
https://cutt.ly/w4ZD49s
JONES, Martyn Lloyd. Estudos no Sermão do Monte. Editora Fiel. São Paulo, 1º edição,
1984. pg 336.
OLIVEIRA. Lucio Antônio de. Confessando a Idolatria: A apologia à Fé Cristã pelo argu-
mento da infelicidade a partir do Agostinho do livro x das Confissões. Dissertação de
Mestrado, Universidade Federal de Uberlândia. 2022.
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