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EXERCÍCIOS ESPIRITUAIS PARA JOVENS

EM

DISCERNIMENTO VOCACIONAL

ONDE ESTÁ TEU CORAÇÃO?


PREPARAÇÃO
OS EXERCÍCIOS ESPIRITUAIS

Santo Inácio de Loyola (1491-1556) fascinava as pessoas com conversas sobre


sua experiência de Deus e sobre a influência exercida por Jesus na sua vida. Aos 30
anos, depois de ser ferido na perna por uma bala de canhão, Inácio sofreu uma mudança
radical na sua vida. Decidiu deixar de ser um nobre e ir ajudar os homens. O
instrumento principal de Inácio para ajudar os homens foi sua própria experiência de
oração compartilhada em conversa com outros. Inácio tomou nota destas experiências e,
em forma mais aperfeiçoada, estas notas seriam conhecidas como os “Exercícios
Espirituais”. Através deles quis ele que outras pessoas tivessem uma experiência
religiosa igual à sua.

Os Exercícios Espirituais, adaptado a jovens inquietos vocacionalmente, é um


instrumento único e original que possibilitará a você “trazer à tona” toda a riqueza
conservada no seu interior.

Os Exercícios Espirituais são um caminho que provoca o coração a se exprimir,


algo que desperta o imaginário, o desejo, algo que estimula as forças e riquezas
acumuladas. É um caminho que abre acesso ao coração, lugar da experiência do
encontro consigo mesmo e com Deus. Ele não pode estar separado da sua experiência
de vida.

Fazer os Exercícios Espirituais na vida diária é um momento privilegiado de


descoberta de si mesmo diante de Deus e dos outros:

- ajudam a ler com novos olhos o passado, descobrindo aí a ação poderosa de


Deus;
- ajudam a assumir o presente despertando as energias interiores adormecidas;
- ajudam a projetar o futuro com novo ardor e esperança.

Os Exercícios Espirituais não visam acumular nosso interior de novos conteúdos


e conhecimentos. Eles propõem desbloquear nosso coração para que jorrem
permanentemente “os rios de águas vivas”. Diz S.Inácio:

“Não é o muito saber que sacia e satisfaz o nosso interior, mas saborear as
coisas internamente” (EE.2).

Os Exercícios Espirituais são um caminho provocativo e estimulativo. A pessoa


por inteira é mobilizada (os sentidos, a imaginação, a razão, a afetividade). Tudo é
“ordenado” para que a manifestação de Deus em nosso interior seja percebida.

Através dos Exercícios Espirituais a pessoa deixa-se alcançar por uma força que
atravessa a história e desperta formidáveis dinamismos de criatividade.

“Exercitar”, “fazer Exercícios”, “fazer Retiro”... é despertar e fazer crescer a


própria criatividade: isto significa sair dos nossos esquemas para entrar na mentalidade
de Deus. O Espírito de Deus, que é criatividade e vida, “sopra onde quer e não se sabe
de onde vem e para onde vai” (Jo 3,8). Ele rompe os esquemas e torna sempre nova
todas as coisas. Deus é aquele que rompe barreiras e traça caminhos novos, levando-nos
a abandonar seguranças repetitivas, “velhas respostas”, acomodação estéril...

O Reino de Deus só pode tornar-se realidade quando penetra em nossa pessoa,


pondo em movimento toda a nossa capacidade criadora.

O processo dos Exercícios Espirituais desperta a conquista gradual da própria


identidade, da legítima autonomia, do discernimento responsável, da esperança ativa,
suscitando uma nova atitude diante do mundo e da Igreja, não de espectador da história,
mas de um ator responsável e otimista, agente de transformação da realidade pessoal e
social.

A Espiritualidade de Santo Inácio, ou Inaciana, apresenta uma contribuição


original que motiva e prepara para o compromisso, lançando-nos ao meio da realidade
da vida cotidiana, permitindo integrar na nossa visão espiritual todas as dimensões dessa
mesma realidade.

Alguns traços dessa Espiritualidade:

- O caráter de compromisso - A intimidade com Deus que Inácio procura com


todas as energias não o distancia da realidade conflitiva do mundo;
- O Cristo é um Cristo em ação - É o Cristo que nos envia ao meio do mundo e
nos manda buscar a Deus em nossas atividades: Deus em todas as coisas e todas as
coisas em Deus;
- A necessidade de contínuo discernimento - Hoje sentimos fortemente a
insegurança resultante da relativização de todos os valores, a confusão a respeito do
sentido da vida, a falta de pontos de referência que oriente nossas atitudes... No meio do
pluralismo de opiniões e tendências, das mudanças rápidas que nos fazem enfrentar
situações novas, que critérios usar para identificar o verdadeiro caminho e tomar
decisões acertadas à luz da fé?
- A ação do Espírito de Deus - Não somente nos prepara para enfrentar os
problemas que a crise do mundo atual apresenta, mas ajuda-nos também a perceber em
meio às vicissitudes da história a ação do Espírito de Deus que renova a face da terra,
conduzindo a criação à plenitude de seu destino.

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PASSOS PARA A ORAÇÃO

1. Determine um tempo diário destinado à oração. Não será nada fácil cumprir este
compromisso. Será preciso superar a preguiça e até o temor mais ou menos consciente
de colocar sua vida diante de Deus. Que esta hora seja um momento em que não esteja
atarefado com preocupações, trabalhos, calor ou frio, sono ou cansaço. Para começar,
reserve um mínimo de 20 a 30 minutos diários de oração.

2. Antes de se deitar, leia rapidamente o assunto do dia seguinte. Depois de deitar-se,


estando já para adormecer, pense a que hora fará amanhã sua oração e lembre
brevemente o assunto. Quando acordar, pense rapidamente no assunto da oração.

3. Busque um lugar onde possa sentir-se bem... Música suave, uma certa penumbra
podem criar clima favorável. Se o lugar de oração for o quarto, você pode sentar-se no
chão, sobre um cobertor dobrado, com a Bíblia e este livro perto de você.

4. Busque uma posição corporal que o ajude na concentração e que seja razoavelmente
cômoda e tranquila. O homem reza não só com a mente, mas com todo o seu ser,
também com o seu corpo. É o homem todo que reza! Você poderá rezar de pé, sentado,
de joelhos, com as mãos abertas, juntas... procure seu modo! Evite, porém, andar ou
deitar-se.

5. Fazer silêncio... Acalmar-se... suscitar desejo de ouvir a palavra de Deus...


Acreditar que Deus está presente escutando-o aqui, hoje. Feche os olhos e coloque-se
diante de Deus, seja presença na presença Dele. O importante é sentir como o Pai o
ama, como olha para você! Deixe que Deus se comunique com você! Se achar que
aquela determinada postura corporal lhe está ajudando no seu encontro com Deus, não
mude.

6. Pedir pela graça que você deseja mais profundamente dentro do seu íntimo. Pedindo,
você reconhece que tudo é dom, e não fruto do seu agir. Durante o Retiro, você sempre
encontrará a indicação de uma graça a pedir, como um fruto a ser alcançado naquela
etapa de oração.

7. Leia com atenção e tranquilidade a Palavra de Deus indicada, se possível em voz


alta. A Palavra de Deus é interrogação que vem de fora para dentro de você.

8. Pare e saboreie interiormente, sempre que algo o atrair ou o impulsionar. Se


perceber que aquele determinado pensamento lhe traz alegria e paz, não passe para a
frente, fique nele. Deus lhe está falando! Faça sua oração com amor e liberdade...
Mergulhe em profundidade... Falar e escutar... Louvar... Pedir... Perguntar... Meditar...
Refletir... Relacionar... Silenciar,,, Tente não imaginar coisas por você mesmo, mas
deixe o Espírito rezar através de você. Deixe-se invadir pela
graça, pela gratuidade do Senhor, e seja grato para com Ele! Perguntar-se: o que Deus
está querendo me dizer?... Como posso colocar em prática o que Deus está me dizendo?

9. Mantenha sempre estrita fidelidade ao tempo que, no início, você se propôs a ficar
em oração. Caso o impulso seja para aumentar o tempo, faça-o tranquilamente.
10. Saiba terminar a oração com um tempo de “colóquio”, uma conversa com Deus,
que consiste em “falar com Deus” e não um “falar para Deus”. Agradeça a Deus este
momento de oração e peça forças para viver a vontade Dele. Reze um Pai Nosso e uma
Ave Maria.

11. Procure reservar sempre, no final da oração, ao menos 5 minutos para registrar num
breve texto, um pouco do que aconteceu enquanto estava rezando. Muitas vezes a
revisão da oração é mais importante do que a própria oração. Por meio dela deve
descobrir o que Deus quer de sua vida. Deverá fazer estas revisões num caderno
dedicado a este trabalho.

12. Para revisar a oração:


- Escreva os trechos da Palavra de Deus, pensamentos, imagens, palavras,
expressões, recordações da vida que foram mais marcantes...
- Escreva os sentimentos que mais apareceram: paz, alegria, confiança, ânimo,
coragem, abertura, experiência do sentido da vida, etc. ou inquietude, angústia, tristeza,
desconfiança, desânimo, fechamento, obscuridade, confusão, irritação, etc.
- Veja quais foram os apelos, impulsos, desejos, inspirações...
- Veja quais foram as resistências, medos e repugnâncias diante do texto...

13. É indispensável que você confronte com o seu orientador espiritual o seu processo
de oração e discernimento. É importante ter uma pessoa na qual você possa confiar
totalmente, que o acompanhe no seu caminho, que o escute e o ajude a discernir, isto é,
a encontrar a vontade de Deus em você. Leve consigo para os encontros com ele as
revisões da sua oração.

PARA AJUDAR A REZAR:

GRAÇA - Senhor, ensina-me a rezar.

PALAVRA DE DEUS

 Lc 11,1-13 (Ensina-nos a rezar)


 Lc 12, 22-34 (Onde estiver o vosso tesouro, aí estará o vosso coração)
 Is 43, 1-7 (És muito precioso para mim)
 Os 11, 11, 1-9 (Eu os amarrei com cordas de amor)
 Sl 23 (22) (O Senhor é meu pastor, nada me pode faltar)
 Sl 121 (120) (o Senhor te preservará de todo mal).

REVISÃO DA ORAÇÃO - Como você se sentiu na oração?


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MINHA IDENTIDADE ESCONDIDA COM CRISTO EM


DEUS

“Um boneco de sal percorreu milhares de quilometros de terra firme, até que,
finalmente, chegou ao mar. Ficou fascinado diante daquela massa, móvel e estranha,
totalmente diferente de tudo quanto tinha visto até então.
- Quem és tu? perguntou o boneco de sal ao mar.
Com um sorriso, o mar respondeu:
- Entra e comprova-o tu mesmo!
E o boneco entrou no mar. Mas, à medida que se adentrava nele, ia
dissolvendo-se, até que não restasse mais nada dele. Antes que se dissolvesse o último
pedaço, o boneco exclamou assombrado:
- Agora já sei quem sou!”

Todo ser humano possui dentro de si uma profundidade que é o seu mistério
íntimo e pessoal. Trata-se do “coração”, aquele lugar santo, intocável, onde reside o
lado mais positivo da pessoa, onde a pessoa encontra a sua identidade pessoal. O
coração é a sua dimensão mais verdadeira, sede das decisões vitais, lugar das riquezas
pessoais, onde se vive o melhor de si mesmo, onde se encontram os dinamismos do seu
crescimento, de onde partem as suas aspirações e desejos fundamentais, onde percebe as
dimensões do Absoluto e do Infinito da sua vida.

É no coração, “última solidão do ser”, que Deus marca encontro conosco.

Na oração, nosso coração se encontra diante da revelação da sua identidade


pessoal, porque está enraizada na própria identidade de Deus.

A pergunta básica da oração: “Quem sou eu, diante do Senhor?” supõe uma
tarefa pessoal de assumir a própria experiência e responsabilizar-se por ela. Sem
identificação será quase impossível um encontro profundo com o Senhor.

O encontro “consigo mesmo” lhe aproxima do “conhecimento” de Deus.

Uma oração bem feita, com lucidez, liberdade e escuta de toda sua realidade
pessoal acelera o seu processo de integração e amplia sua vida para além de suas
pequenas fronteiras.

Com efeito, orar é aproximar-nos da “Verdade que nos faz livres”: livre para
ser você mesmo, chegar a ser aquilo a que é chamado a ser.

Isto não é fácil, pois em nossa experiência há fatos ameaçadores, imagens


negativas de nós mesmos...; frequentemente preferimos ignorar partes de nós mesmos,
apagar da consciência episódios pessoais; nossa identidade se dissocia e se desintegra.
Uma pessoa amadurece reconhecendo suas experiências e vivências, assumindo-
as em sua totalidade, expressando-as, integrando-as, configurando uma identidade que
tem consciência da realidade de sua vida.

A oração é o lugar natural dessa descoberta: dentro da Palavra de Deus está


escondida nossa identidade. A Palavra de Deus fala daquilo que somos chamados a ser.
Diante de Deus, não há o que esconder... a oração nos faz transparentes, revela nossa
imagem real, nos ajuda a identificar-nos, para saber “quem somos”.

Por isso a oração cristã não é só adoração e culto. É também descoberta de si


mesmo, da própria realidade pessoal, do mistério que habita em nós.

Na experiência de oração, o importante não é o que eu faço, mas o


reconhecimento amoroso e agradecido daquilo que Deus realiza. É nessa manifestação
divina que você descobre-se a si mesmo.

Você começa a descobrir o seu ser (único, original, sagrado...) quando


“mergulha” no misterioso relacionamento com Deus e quando permite que o “mistério
experimentado” se torne Fonte de sua identidade.

Mais ainda, você saberá melhor quem é, esquecendo-se de si mesmo, aceitando


perder-se, deixando que o Amor o liberte de seu pequeno ego.

PARA AJUDAR A REZAR:

REVISÃO DA ORAÇÃO - É um instrumento para ajudar você a refletir sobre a


experiência de oração, perceber a ação de Deus em você. Feita nos cinco minutos finais
do tempo dedicado à oração, por escrito, evita que se interfira na comunicação com
Deus durante a oração. Não é anotação de como você compreendeu o texto bíblico (veja
2º DIA – PASOS PARA A ORAÇÃO - item 12). Anote apenas aquilo que foi
significativo e sobre o qual será interessante conversar com seu orientador ou
simplesmente para sua lembrança pessoal.

GRAÇA - Senhor, que eu me conheça a mim mesmo.

PALAVRA DE DEUS

 Sl 139 (138): (Senhor, vós me perscrutais e me conheceis).


 Sl 62 (61): (Só em Deus repousa a minha alma)
 Sl 91 (90): Meu refúgio, minha fortaleza)
 Sl 95 (94): Ele é o nosso Deus, e nós... o rebanho que Ele conduz),
 Sl 131 (130): Acalmo-me e tranqüilizo como uma criança no colo da mãe).
 Rm 8, 31-39 (Se Deus está conosco, o que poderá estar contra nós).

REVISÃO DA ORAÇÃO - Que resposta você daria para alguém que lhe perguntasse:
“Quem é você?”
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EU QUERO, SENHOR, O QUE TU QUERES

Três tipos de pessoas se equivocam sobre a oração:

1. Os atentos: julgam que o essencial, durante a oração, é estar atento a Deus


com uma atenção sem desfalecimento. Ora, eles só chegam a breves instantes de
atenção. No resto do tempo são levados por toda espécie de pensamentos, sentimentos,
devaneios, impressões, que eles chamam de “distrações” porque isso os distrai de sua
atenção a Deus. Não tardam a desanimar. Fazem mal: o valor da oração não se mede
pela estabilidade da atenção do espírito. A oração pode ser boa sem essa estabilidade.
Não está nisso o essencial. O que não quer dizer que seja inútil recorrer aos métodos e
meios que favorecem a atenção.

2. Os intelectuais: imaginam que o essencial consiste em buscar e cultivar belos


e profundos pensamentos sobre Deus. Radiante de contentamento quando alcançam
esse objetivo, desalenta-se quando seu espírito está como que entorpecido, estéril.

3. Os sensíveis: se desesperam quando não experimentam em si impressões


exaltantes ou tonificantes: por exemplo o sentimento de uma certa presença de Deus
acompanhada de alegria e paz, ou então um fervor de amor, um entusiasmo.
Conheceram, sem dúvida, um dia ou outro essas “impressões”, e desde então vêm à
oração ávidos por reecontrá-las. Perdem-se pelo caminho. No domínio da oração, é a
pessoa desinteressada que vem a Deus por causa de Deus e não por causa de si mesma.
“Que diferença entre o que vai ao banquete pelo banquete e o que vai ao banquete pelo
bem-amado!” Fervor e abundância de sentimentos não são o essencial da oração mas
um acompanhamento concedido por Deus quando Ele quiser e a quem Ele quiser.

Mas, se o essencial da oração não está nem na estabilidade da atenção, nem no


“eu penso”, nem no “eu sinto”, onde encontrá-lo? No “eu quero”, na adesão de sua
vontade à Vontade de Deus. O que equivale a dizer que a oração não é questão de
atenção, nem de atividade intelectual, nem de sensibilidade. Ela consiste nessa
orientação que você imprime voluntariamente em seu “coração profundo”.

O mais importante é que na oração o “eu quero” seja definido por um lúcido e
vigoroso ato de vontade. Direi, por exemplo: “o que eu quero desta oração, Senhor, é
o que Tu queres”. “Ponho-me, Senhor, à tua disposição”. Estar verdadeiramente
presente. Tornar-se presente a Deus desde o início da oração é estabelecer a relação
Eu-Tu. Ele, de sua parte, lhe está presente. Você deve corresponder a esta Presença com
sua presença.

A relação Eu-Tu será mais cordial, concreta, viva se, ao me aproximar de Deus,
procuro entrar nas suas intenções. Por que não lhe perguntar: “Senhor, que esperas de
mim?” Há sempre o risco de se concentrar em si mesmo, de só ficar atento às próprias
emoções.
Deve privilegiar o “eu quero” porque ele é em você o que é mais você mesmo,
sua vontade, sua liberdade que assume posição e compromisso. Na oração, Deus dá
menos atenção aos seus desfalecimentos, às suas fraquezas, que ao seu profundo “quero
ser inteiramente teu”.

Quando é o tédio que reina, quando você está sem pensamentos, sem amor...
longe de se desencorajar, voltará com toda a tranquilidade, toda a calma ao“eu quero”.
“Eu quero, Senhor, o que tu queres desta oração. Fervorosa ou desértica, como
quiseres”. Esses “eu quero”, repetidos de tempos em tempos, são as torres que
sustentam a linha de alta tensão através dos campos. Elas transportam minha oração.

Reservar o espaço do silêncio na oração, pois “em matéria de amor mais vale o
silêncio que um longo discurso” (Pascal). Por que querer sempre falar ou fazer quando
bastaria estar, estar presente. Com Deus. Para Deus. Oferecido. Meu “eu quero” será a
alma de seu silêncio.

Durante a oração nos entretemos familiarmente com o Senhor de nossas alegrias


e trabalhos, de nossos desejos e contrariedades, de nossa vida... Ser verdadeiro. Não se
enfeitar para ir ao encontro de Deus. Com cuidado de evitar a tagarelice. “Se Deus deu
ao homem duas orelhas e só uma boca, é para sugerir que se leve duas vezes mais
tempo escutando que falando”.

PARA AJUDAR A REZAR:

TEMPO DE ORAÇÃO - Lembre-se que o tempo mínimo inicial para a oração é de


vinte minutos. O ser humano é, por natureza, disperso, e o processo de oração necessita
de uma harmonização e quietude interiores que supõem dar-se um período de tempo
suficiente. Este tempo está situado entre outras diferentes ocupações que você tem
durante o seu dia, e, por elas, será imediatamente marcado.

GRAÇA - Senhor, que eu queira o que Tu queres de mim.

PALAVRA DE DEUS
 Sb 9,1-18
 Mt 10, 29 – 31 (Não tenhais medo...)
 Ex 3, 4 -10 (Vendo Deus que Moisés se aproxima o chamou ...)
 Dt 1, 29 – 33 (O Senhor vai adiante de ti...)
 Dt 7, 6 – 9 (O Senhor se afeiçoou a vós e vos escolheu...)
 Sb 11, 21 – 26 (A todos tratas com bondade...)
 Is 54, 5 – 10 (Meu amor por ti nunca vai mudar...)

REVISÃO DA ORAÇÃO
- Que lhe pediu Deus nessa oração?

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