CULTURA DOS CLÃS

flickered on,
He turned to Miriam and nodded, and at the signal, she clicked her computer. Each of the TV screens
showing video footage of an elderly Arabic woman who seemed to be in the throes of a drug high.
s, she is —
“I was given this video by the Amr. The woman you see before you served the Amr as a seer. By all account
final prophecy.”
or rather was — a gifted prophetess whose visions have always been completely reliable. This is her
is coming. The
As the video continued, the old woman’s eyes rolled back up into her head and she began to speak. “He
Death culled his
Black Shepherd comes to cull the flock. The Hateful Spawn. The Herald of Destruction. As the Lord of
those same words
childer at Kaymakli, the Black Shepherd shall cull the Children at Alamut.” The old woman repeated
and then pour
over and over in mounting hysteria. She didn’t even seem to notice when blood started to drip from her eyes
dead.
from her nose and ears. After less than a minute, she began to convulse before falling over, apparently
d. “The Amr
Tegyrius looked around at his peers within the Clan, whose expressions ranged from confused to horrifie
in store for our
sent me this prophecy because he finds it credible, as do I. It appears that a ‘culling’ of some sort lies
Clan.” The Vizier’s face hardened. “I do not intend to be a part of it. Do any of you?”
With that question, a conspiracy was born.

12 OS ASSAMITAS
 A HistorLD GRV
)LOKRV GH Haqim
Enquanto olho para um futuro incerto, vejo-me forçado a
considerar e reconsiderar o passado. Há muito da história de
nosso Clã, para o qual sou uma das poucas testemunhas
existentes, mas muito mais antecede até mesmo a minha
venerável idade. Talvez se nós Vizires tivéssemos feito mais
para educar os Filhos sobre nossa história e legado… mas
não, os eventos ocorreram como ocorreram e não poderiam
ter ocorrido de outra maneira. O que importa é onde
estamos hoje e quais decisões tomamos a seguir. Ainda
assim, a história ainda pode servir como nosso guia, e assim
coloco minha própria história no papel para o benefício de
meus companheiros Assamitas.
Como mencionei, sou um vizir, e então meus vieses devem
ser óbvios para qualquer leitor perspicaz. Para registro, meu
senhor e ancestral foram… reticentes em compartilhar os
detalhes de suas próprias não-vidas, e há poucos mais velhos
do que eles que falariam sobre o nosso passado coletivo.
Portanto, muito do que sei sobre nossas origens é ouvido
dizer e conjectura, provavelmente com uma boa dose de
deturpação deliberada. Quando era um neófito, eu era
ingênuo. Seriam muitos séculos antes que eu considerasse a
possibilidade de que meus semelhantes poderiam mentir
sobre nossa história.
$V3ULPHLUDV1RLWHV
Há duas histórias extremamente contraditórias que cercam
o próprio Abraço e os primeiros tempos de não-vida de
Haqim. A versão que acredito estar mais próxima da verdade
é a seguinte, embora reconheça a origem alternativa, bem
estabelecida entre a ala extremista da casta guerreira antes de
eu me juntar aos Filhos. Embora eu a considere pouco
convincente, não é impossível que a versão deles seja correta.
Na minha história preferida, Haqim era um guerreiro e
líder militar durante a era da Primeira Cidade, que foi
Abraçado por um membro da Segunda Geração. Há poucas
evidências textuais sobre qual deles. Embora seu passado fosse
como guerreiro e caçador, ele dedicou os primeiros tempos de
sua não-vida a buscas intelectuais, tornando-se instruído para
a época. Parece que ele não Abraçou filhos próprios até o
surgimento da Segunda Cidade. Seus primeiros filhos foram
homens e mulheres de aprendizado, e eles lançaram os
fundamentos da casta dos vizires. Como a casta mais antiga,
deveríamos ter dominado o restante de nosso Clã até mesmo
esta noite. O fato de termos falhado tem sido nosso erro mais
grave.
Com o tempo (e supostamente em resposta à pressão de seus
colegas Antediluvianos), Haqim criou uma segunda linhagem
de sangue; a casta guerreira. Pergunte a um guerreiro
CULTURA DOS CLÃS
e ele lhe dirá que Haqim criou sua casta para servir como
juízes do comportamento dos outros Cainitas da Segunda
Cidade. Bobagem. Nenhum dos outros Clãs jamais teria
tolerado que um único Clã conseguisse julgamento sobre
eles, quanto mais pedir por isso, como algumas lendas dizem.
Os guerreiros deveriam servir como tropas de elite para lutar
em campanhas militares contra os inimigos da Segunda
Cidade, principalmente os malditos Baali. Quando os
guerreiros se mostraram incapazes de enfrentar os Baali
empoderados demonicamente, Haqim criou uma terceira
linhagem de sangue, os feiticeiros. Dos feiticeiros, o mais
poderoso (e mais aterrorizante) era o misterioso Ur-Shulgi
(Shulginho pros intimos), cuja forma era a de uma criança
horrível cuja pele havia enegrecido como se queimada. Foi
preciso a proeza combinada das três castas, e especialmente o
poder terrível de Ur-Shulgi, para finalmente pôr fim à ameaça
dos Baali, pelo menos por um tempo. Meu ancestral
descreveu um encontro com Ur-Shulgi uma vez. Acho que foi
a única vez que o vi demonstrar medo.
Desde o início, havia atritos entre nossas castas, unidas
pelo sangue compartilhado, mas pouco mais. Com o tempo,
o maior problema seria o crescimento populacional. Para ser
selecionado como um vizir, um prospecto precisava
demonstrar inteligência, astúcia política e algum grau de
educação. Na Idade do Bronze, tais qualidades eram raras.
Para ser um feiticeiro, o prospecto precisava demonstrar
qualidades ainda mais raras de algum grau de conhecimento
oculto funcional e, idealmente, conseguir trabalhar alguma
forma de magia como um mortal. A seleção como
guerreiro… exigia apenas a habilidade de matar. É verdade
que os guerreiros selecionavam apenas aqueles que eram os
melhores nisso, mas até os lutadores, soldados e assassinos
mais habilidosos eram muito mais fáceis de encontrar do que
candidatos adequados para serem Abraçados como vizires ou
feiticeiros. Não é de se admirar que na época que nosso Clã
se mudou para Alamut, os guerreiros compunham mais da
metade de nossos números?
21LQKRGD»JXLD
No decorrer do tempo, a Segunda Cidade caiu, seus
governantes amaldiçoados pelo próprio Caim. Nossa história não
é clara sobre se Haqim e seu Clã estavam presentes na época.
Algumas de nossas lendas dizem que ele já havia se mudado para
Alamut naquela época, adoecido como estava pela corrupção dos
outros Antediluvianos. Outras anedotas menos politicamente
corretas dizem que Caim nos amaldiçoou também, que as
peculiaridades dos vizires e dos feiticeiros derivam do desagrado
do grande-senhor Haqim, e os guerreiros também sofreram
punição com uma maldição sanguínea naquela época. Há poucos
registros dessas noites, e não há Filhos que as testemunharam para
contar a história. Exatamente por que não há registros escritos das
Primeiras Noites é uma questão de algum debate, dada a existência
13
de uma casta inteira profundamente preocupada com a
manutenção de registros. O consenso é que registros datando
daquela época foram perdidos durante a transição para Alamut,
ou então deliberadamente destruídos quando a Teia de Facas
ganhou proeminência. No entanto, existem lendas persistentes
sobre uma “biblioteca secreta” que os vizires mais antigos
esconderam de seus inimigos no Clã. Quanto à Maldição, se
Caim realmente lançou uma contra nós, ele não seria o último a
fazê-lo, e sua maldição não foi tão debilitante como aquelas que
viriam depois
Seja qual for as circunstâncias, Haqim eventualmente
conduziu os Filhos a um novo refúgio comum — Alamut, o
Ninho da Águia. Eu não revelarei sua localização por escrito.
Na verdade, eu não poderia fazê-lo mesmo que desejasse, pois
essa localização permanece oculta pela vontade de um
Antediluviano que dominou as expressões máximas das
Disciplinas dedicadas ao sigilo e ao silêncio. O poder de
Haqim protegeu Alamut da descoberta por milênios, e Alamut
tornou-se o coração do Clã Assamita. Normalmente, não mais
do que algumas dezenas dos Filhos residiam permanentemente
em seus túneis labirínticos por vez, embora compartilhem o
espaço com carniçais e mortais suficientes para servir e
alimentar os habitantes cainita. Todos os membros leais do
Clã desde o momento do nosso Abraço instintivamente
conhecem o caminho de volta para casa, assim como a vontade
de nosso Ancestral nos liga a todos contra revelar essa casa a
estranhos diante das torturas mais cruéis ou da magia mais
sedutora. Traidores do Clã se revelam pelo fato de perderem
toda memória da localização de Alamut. Apenas uma vez um
estranho penetrou o véu que protege Alamut, e isso foi o
suficiente para mudar o curso de nossa história.
Enquanto os anciãos de nosso Clã tornavam Alamut o
centro de nosso poder, o restante dos Filhos se espalhou por
toda a Ásia e norte da África, em alguns lugares coexistindo
com outros cainita e em outros dominando a região.
Infelizmente, nosso fundador Haqim tinha uma visão
excepcionalmente negativa de nosso envolvimento com o
Jyhad. Embora parecesse relutante em proibir explicitamente
os Assamitas de se envolverem na política dos cainita, ele
comunicou sua insatisfação de maneiras cada vez mais óbvias
até que, finalmente, ele explodiu depois que uma briga
eclodiu dentro de Alamut entre Filhos de lados opostos da
Guerra do Peloponeso. Denunciando todas as partes por
colocarem maquinações políticas acima da unidade do Clã,
Haqim deixou Alamut naquela noite. Ele retornou em
algumas ocasiões, mas apenas brevemente, e não ofereceu
nenhuma opinião sobre os assuntos do Clã quando o fez.
$$VFHQomRGRV*XHUUHLURV
Quando Haqim abandonou Alamut, isso provocou a
ação mais extremista e elitista dos guerreiros de maneira
impulsiva. Ou talvez tenha simplesmente lhes dado a
14 OS ASSAMITAS
a oportunidade pela qual estavam esperando. As opiniões
divergem. Desde os dias da Segunda Cidade, Haqim
costumava deixar seus filhos às suas próprias vontades por
décadas, e em sua ausência, uma política surgiu onde os
líderes das três castas escolheriam um vampiro "Ancião" para
dirigir os assuntos do Clã na ausência de Haqim. Com
números superiores e habilidades de combate, os guerreiros
extremistas realizaram um golpe sem derramamento de
sangue e estabeleceram que dali em diante, o Clã sempre
escolheria seu Ancião da casta guerreira, usando a alegação
de que foram os vizires que foram unicamente responsáveis
por alienar o fundador do Clã.
Indignados, mas sem os recursos para revidar, os vizires e
os feiticeiros cederam, e pelas próximas duas milênios, os
guerreiros seriam o rosto do Clã Assamita. Para ser justo, a
própria casta guerreira se dividiu igualmente sobre o assunto,
com muitos daqueles fora dos líderes do golpe indignados
em nosso nome. No final, porém, escolheram apoiar sua
casta em vez de permitir que o Clã todo mergulhasse em uma
guerra civil. Esses dissidentes foram fundamentais na
proteção dos vizires e feiticeiros contra os radicais que
abertamente falavam sobre nossa exterminação.
No entanto, nem todos aceitaram o novo status quo.
Sempre houve Assamitas que escolheram a independência
em vez da lealdade ao Clã e optaram por trilhar o próprio
caminho. Os Despossuídos. Depois que os guerreiros
tomaram o controle, o número de Despossuídos aumentou
com vizires, feiticeiros e até muitos dos guerreiros menos
doutrinários que se sentiram inseguros dentro de sua própria
casta. Todos fugiram de Alamut para buscar suas fortunas
em outros lugares. Durante essa era, duas linhagens
adicionais nasceram: os Shango, feiticeiros Assamitas que
abandonaram a disciplina Quietus e se tornaram parte da
comunidade Laibon africana, e os chamados Beduínos,
nômades guerreiros que percorriam o Norte da África com
poucas preocupações com os planos dos líderes de Alamut.
Esses planos eram realmente ambiciosos.
À medida que os extremistas consolidavam seu domínio
sobre o restante do Clã, eles seguiram o mesmo caminho que
outros conquistadores ao reescreverem nosso passado para se
exaltarem sobre seus semelhantes. Na história recém-aprovada,
o propósito dos Assamitas era julgar e punir todos os outros
Cainitas por seus pecados, reais ou imaginados. Com o tempo,
eles até desenvolveram uma nova origem para o próprio
Haqim. Não mais um dos filhos de Caim o selecionara para o
Abraço. Em vez disso, ele era um herói que lutou contra o
malvado Caim, assassinando o rei e a rainha sem nome que
haviam sido os primeiros filhos de Caim e roubando seu sangue
para se tornar um vampiro da Segunda Geração em vez da
Terceira. Depois disso, ele conduziu seus seguidores
diretamente a Alamut, onde comandouos guerreiros a purificar
o mundo da prole de Caim. Um conto fantasioso, sem dúvida,
especialmente quando se considera a falta de qualquer
evidência de que Haqim tivesse gerado alguma prole de
Terceira Geração própria.
Menos fantasiosa e mais perturbadora era a nova filosofia
que acompanhava a nova e aprimorada história: A Trilha do
Sangue. Em sua iteração anterior, o Caminho do Sangue era
uma filosofia nobre que pedia a seus adeptos que agissem
honradamente, punissem os maus, protegessem os inocentes
e resistissem à paixão em favor da razão. Nos séculos
subsequentes, os extremistas a distorceram em uma
abordagem desumana e violenta da não-vida, que ordenava a
seus seguidores não apenas matar sem hesitação moral, mas
cometer diablerie em todas as oportunidades. Nós, os vizires,
ficamos horrorizados com esses desenvolvimentos, mas não
podíamos conter as novas ideias de nossos irmãos. No
entanto, em breve encontraríamos uma nova filosofia
própria, enquanto os guerreiros colheriam as consequências
de sua própria sede de sangue.
2 ProIHWD, 2 DLDERHD
7HtD
O século VII d.C. testemunhou duas mudanças sísmicas
entre os Filhos: o nascimento e crescimento do Islã e a
maldição Baali. Estrangeiros frequentemente não
compreendem como esses dois eventos alteraram nosso Clã.
Na verdade, a maioria dos estrangeiros nem
sabe que a maldição Baali aconteceu e assume erroneamente
que os Assamitas, independentemente da afinidade de casta,
sempre tiveram uma sede insaciável por sangue dos cainita.
Muitos Filhos modernos pensam que o Islã inspirou algum
tipo de conversão em massa entre os Assamitas e que, desde o
início, éramos a ala vampírica do movimento islâmico. Pelo
contrário, os líderes extremistas do emergente culto de Haqim
detestam o Islã porque os princípios de humildade, misericórdia
e compaixão encontrados no Alcorão são incompatíveis com a
visão deles. Alá não era, afinal de contas, um defensor do
genocídio, enquanto esses extremistas não buscam nada além da
aniquilação de todos os outros Cainitas.
Foi por essas razões que aqueles de nós que estavam fora
do culto extremista secretamente minaram todos os esforços
para influenciar o crescimento do Islã em uma forma mais
ao gosto deles. Com o tempo, nossos esforços deram frutos.
No nono século d.C., tornou-se cada vez mais difícil
encontrar recrutas em potencial para nosso Clã nas terras
onde tradicionalmente vagávamos que não fossem fiéis a
Alá em vida. Era igualmente difícil persuadir as crianças
recém-abraçadas que haviam sido fiéis durante toda a vida a
abandonar essa fé em favor de uma devoção cega a um deus
sanguinário genocida, especialmente quando duas das três
CULTURA DOS CLÃS
castas insistiam que o tal deus sanguinário não era nada como
havia sido retratado por seus adoradores mais enérgicos.
Embora a maioria dos Assamitas nunca tenha sido
muçulmana, os Assamitas muçulmanos passaram a
representar uma pluralidade do Clã. Além disso, com os
vizires, os feiticeiros e mais do que alguns guerreiros unidos em
preservar o direito dos Assamitas islâmicos de adorar Alá como
achassem adequado, o Islã serviu como uma muralha vital
contra o Culto de Haqim
Tal muralha era necessária, pois o nascimento do Profeta
não foi o único grande evento daquela época a impactar
nosso Clã. Em 636 d.C., os Baali mais uma vez estenderam
suas mãos contaminadas no Oriente Médio. Seria a última
vez que aqueles cães se atreveriam a agir tão abertamente,
mas nossa vitória foi pírrica. Mesmo enquanto nossos
guerreiros e feiticeiros derrubavam os muros da infame
cidade infernal de Chorazin, os Baali atingiram seus
atacantes com uma terrível maldição infernal. Os guerreiros
foram os primeiros e mais gravemente afetados. Gosto de
pensar que a dependência dos vizires e feiticeiros pela razão e
racionalidade foi o que nos protegeu, e não posso deixar de
notar que os guerreiros extremistas sucumbiram à maldição
mais facilmente do que aqueles que evitavam o
emocionalismo. Independentemente disso, num século, a
maioria dos guerreiros e uma porcentagem considerável das
outras castas sofreu, contaminada por uma terrível sede de
sangue cainita. Com o tempo, os outros Clãs passariam a nos
ver como nada além de um Clã depravado que sempre
ansiou por seu sangue.
Inabalados por essas mudanças, os extremistas reagiram
com uma campanha de doutrinação destinada a preencher o
Clã com novos recrutas livres da “fraqueza” imposta pelo
Islã. Eles estavam prontos para abraçar a fome imposta pela
Maldição Baali como apenas um obstáculo no caminho para
a divindade. Finalmente, os extremistas deram um nome ao
seu movimento: a Teia de Facas, mais uma coisa que
teríamos eliminado em sua infância se tivéssemos os meios
para fazê-lo. Criada como uma forma de “construir os
guerreiros perfeitos para Haqim”, a Teia de Facas
eventualmente se tornou a facção política dominante dentro
de nosso Clã e, de muitas maneiras, o rosto que os Assamitas
apresentariam aos outros cainita nos séculos vindouros.
$ ,GDGH0pGLDHD
0DOGLomR Tremere
Foi nesse cenário que as Cruzadas chegaram ao Oriente
Médio. Apesar de nossas diferenças, os Filhos se uniram
contra os invasores. Os Assamitas muçulmanos, com o
pequeno grupo de Assamitas judeus, desejavam proteger
as Terras Sagradas de suas religiões contra a dominação
15
cristã. Os vizires e feiticeiros desejavam defender os
territórios que eram nossos domínios políticos do roubo por
potenciais inimigos. Os Assamitas cristãos (e de fato havia
alguns) elegeram adiar para a vontade de uma maioria que os
superava em número e desconfiava de sua lealdade. A Teia
de Facas, na maioria, se deliciava engordando-se com o vitae
dos Cainitas europeus. Uma vez mais, os Filhos se imergiram
completamente no Jyhad ao ponto de que um dia
dirigiríamos os herdeiros do Profeta para saquear a lendária
Constantinopla. Como Haqim deve ter chorado se pudesse
ver isso.
Nem o Jyhad se limitou às Terras Sagradas. Guerreiros
dentro e fora da Teia de Facas usaram atrocidades
cometidas pelos cruzados como pretexto para suas próprias
incursões na Europa, ajudados pela agitação social que
acompanhava a Revolta Anarquista. Cidades inteiras
foram esvaziadas de suas populações, Cainitas, anciãos e
Anarquistas por igual, consumidos por nossos assassinos.
Nossos conflitos com os outros Clãs continuaram até o
século XV d.C., quando a recém-nascida Camarilla decidiu
mostrar seu poder e declarar uma Caçada de Sangue contra
todos os Assamitas, onde quer que nos encontrássemos.
Até mesmo nós, vizires, rimos disso, até que o espião
Nosferatu foi capturado no coração de Alamut. A
descoberta enviou uma onda de choque pelos Filhos.
Desde tempos imemoriais, Alamut era sagrado.
16 OS ASSAMITAS
Após discussões amargas (algumas violentas), o Velho
no Monte proferiu seu decreto: proteger Alamut.
Tivemos que obter paz com a Camarilla.
Os líderes da Teia de Facas ficaram furiosos, ainda mais
quando nem o Du’at, nem o Velho revelariam precisamente
por que era tão importante preservar a santidade de Alamut,
que, apesar de seu papel em unificar nosso Clã, era
realmente apenas o mais proeminente de muitos
esconderijos secretos Assamitas. A verdade é um segredo
mantido apenas por aqueles quatro: Alamut guarda uma
quantidade significativa do Sangue do Coração, o próprio
sangue de Haqim, em um poço profundo no interior da
Montanha.
Al-Ashrad acreditava que, se os Tremere ganhassem acesso
ao Sangue do Coração, eles poderiam conseguir direcionar
um feitiço de morte a Haqim através do vínculo com a
Montanha. Através dele, eles poderiam subjugar ou até
mesmo matar a totalidade do Clã onde quer que nos
escondêssemo
Portanto, foi assim que nossos representantes vincularam
todo o Clã ao Tratado de Tiro, fornecendo assim aos Tremere
um vínculo simpatético que lhes permitia nos atingir com um
castigo menos destrutivo. No espaço de uma única noite, os
Tremere amaldiçoaram todos os Assamitas a sofrer dor e correr
o risco de Morte Final ao consumirem o vitae dos cainita. A
Teia de Facas enfureceu. Eles não podiam mais seguir o
"comando de Haqim" de devorar o caminho para a apoteose
através do sacramento do diablerie. Para aqueles que
não seguiam o Caminho do Sangue, os resultados da
Maldição Tremere eram mais... ambíguos. Ela
efetivamente neutralizou a Maldição Baali, muito mais
debilitante, e na maioria enfraqueceu os adeptos do
Caminho do Sangue que eram abertamente genocidas
em seus objetivos. No entanto, esses benefícios
positivos foram superados pela humilhação de nossa
derrota nas mãos da Camarilla.
Por outro lado, nem todos os Filhos foram vítimas da
Maldição Tremere. Al-Ashrad aconselhou que desfazer
a maldição seria obra de séculos, mas alguns dos Filhos,
principalmente os líderes mais velhos da Teia de Facas,
estavam impacientes. Eles viajaram em segredo para as
ruínas esquecidas de Corazim e fizeram... algo. Al-
Ashrad me aconselhou a não perguntar sobre o
assunto, e embora ache isso condescendente, também
acho que o modo como ele me aconselhou é
perturbador o suficiente para acatar. Poucas coisas
neste mundo assustam o Amr. Basta dizer que um
contingente considerável de guerreiros se libertou da
Maldição Tremere, aparentemente matando o punhado
de vizires e feiticeiros que os acompanharam no
processo. Ao fazê-lo, eles se julgaram superiores ao
restante dos Filhos e nos abandonaram, optando por se
juntar ao nascente Sabá como os antitribu Assamitas.
Dizem que os mais poderosos deles governam o Sabá
até esta noite das sombras como senhores da chamada
Mão Negra.
A maioria dos guerreiros permaneceu entre os Filhos. Sem
a capacidade de buscar livremente o vitae de outros Cainitas,
eles pediram ao Amr alguma forma de fazê-lo indiretamente,
e, com certa relutância, ele concordou. O resultado foi uma
forma de magia ritual simples ao alcance de qualquer
Assamita competente, que permite "tributar" uma
quantidade de vitae a um feiticeiro que, em seguida, o
processa em uma forma que um guerreiro pode consumir
com segurança. Vitae suficiente convertido dessa maneira
permite a um devoto do Caminho do Sangue trazer-se
eventualmente mais perto de Haqim de uma maneira
semelhante ao diablerie, mas sem os efeitos colaterais
prejudiciais à alma. Portanto, aconteceu que os poderosos
guerreiros de Haqim, o flagelo de todos os Cainitas, se
tornaram assassinos comuns dispostos a matar qualquer alvo
em troca de um pouco do sangue de seus empregadores..
8m Clm+XPLOKDGR
Os elementos mais disruptivos da Teia de Facas
foram embora completamente, tendo abandonado o
Clã para se tornarem antitribu. Dessa maneira, os
Filhos alcançaram um certo grau de equilíbrio que fal-
CULTURA DOS CLÃS
va há séculos. Constantinopla caiu, mas outros governos,
impérios e califados predominantemente muçulmanos
surgiram em seu lugar. Os vizires os moldaram da melhor
forma possível, principalmente visando evitar que os
vampiros europeus invadissem nossos domínios. Os
feiticeiros retiraram-se para suas pesquisas sobre os
mistérios mais profundos de Dur-An-Ki, a resposta de
nosso Clã à Taumaturgia, esforçando simbólicos para
quebrar a Maldição Tremere, a fim de satisfazer os
guerreiros.
Cainitas paranoicos frequentemente acusam os Assamitas
de terem planejado os eventos conhecidos no Ocidente como
"11 de setembro". Típico preconceito ocidental. Ficamos tão
surpresos quanto qualquer outra pessoa, mortal ou Cainita,
por aquela atrocidade. O ataque nos teria ofendido apenas
pela sua execução covarde, mas o 11 de setembro também
levou a uma islamofobia desenfreada entre os ocidentais, sem
precedentes desde as Cruzadas, para não mencionar a
violência que desencadeou por todo o Oriente Médio.
Em questão de meses após o ataque, os Estados Unidos e
seus aliados estavam lançando bombas. Por uma coincidência
aparente, algumas das campanhas de bombardeio americanas
atingiram nossas propriedades nas áreas afetadas com uma
precisão incomum. A primeira pista de que não era
coincidência veio quando as forças americanas em Bagdá,
devido a um erro de comunicação aparente, não conseguiram
proteger o Museu Nacional. Como resultado, uma grande
quantidade de antiguidades foi saqueada, algumas das quais
(desconhecido pelos mortais) datavam da época da Segunda
Cidade. Embora o roubo tenha sido um constrangimento
para o governo americano, seria pior se eles soubessem a
verdade. Nossos agentes que haviam infiltrado os americanos
trouxeram de volta os corpos dos últimos guardas a
permanecer no museu antes do saque. Eles foram queimados
além do reconhecimento — não por um incendiário
convencional, mas por um ataque sobrenatural tão obscuro
que nossos feiticeiros não conseguem identificar a sua origem.
Dois meses depois, Al-Ashrad me enviou uma gravação de
vídeo de uma profecia feita por uma vidente mortal que fazia
parte de seu séquito, alguém que ele nunca ousou tornar
carniçal ou Cainita para que o Sangue não interferisse nas
notáveis percepções da mortal. Sua última profecia era tão
horrível que ela morreu ao fazê-la. Ela prevê a ascensão do
Pastor Negro, um dos apelidos usados pelo matusalém
adormecido Ur-Shulgi. Ela prevê um extermínio de nosso
Clã. Combinado com o inimigo misterioso que usou a névoa
da guerra para infiltrar nossos domínios, devo assumir o pior.
Os Assamitas devem se preparar da melhor maneira possível,
mesmo que isso signifique realizar o impensável.
17
 2s AssassinRV+RMH
O que significa ser um Assamita? Uma pergunta difícil, pois
nenhum outro Clã é tão diverso quanto os Assamitas, e nunca
estivemos em tanto fluxo quanto estamos agora. Três linhagens
distintas de sangue unidas sob uma identidade comum, além de
outras linhagens de sangue do lado de fora observando. Um Clã
independente com laços estreitos com o Sabá, mas cujos líderes
estão considerando uma deserção em massa para a Camarilla
para obter proteção de um matusalém em ascensão que talvez
nem exista. Dois movimentos religiosos profundamente sentidos
e completamente incompatíveis, além de uma infinidade de
religiões menores que sofrem com a falta de influência do Clã.
Uma casta dominante completamente inadequada para liderar o
Clã na era moderna, mas que o faz de qualquer maneira,
simplesmente porque supera em número as outras duas
combinadas. Um estereótipo universalmente reconhecido de
"assassino muçulmano louco" que ignora identidades alternativas
que vão desde espanhóis da era da Reconquista até judeus
sionistas e soldados americanos Abraçados durante a primeira
Guerra do Golfo. Uma rica tradição de magia do sangue sobre a
qual os Tremere sabem pouco, embora a promessa de
compartilhar nosso conhecimento com nossos velhos inimigos
possa ainda nos garantir um lugar na mesa da Camarilla. Após
milênios de evolução, quem são os Assamitas hoje à noite?
ReligimR eRV AssamitDs
A religião desempenha um papel maior entre os Filhos
de Haqim do que em qualquer outro Clã, exceto talvez os
Seguidores de Set (não me dei ao trabalho de aprender
sobre os caminhos deles). Entre o Clã principal, a grande
maioria de nossos novos recrutas que se juntaram nos
últimos dois séculos era muçulmana no momento de seu
Abraço. Uma porcentagem muito menor era étnica e
religiosamente judia em vida, e uma parte ainda menor é
composta por uma ampla variedade de pontos de vista
religiosos, que vão desde o zoroastrismo e o politeísmo pré-
cristão e pré-islâmico (entre os mais velhos) até o
catolicismo, protestantismo e cristianismo evangélico.
Embora não seja incomum se apegar às crenças
mortais nos primeiros anos, a maioria não possui uma
fé forte o suficiente para sobreviver a não-vida sem
quebrar ou se dobrar. Entre os Assamitas que estiveram
entre nós tempo suficiente para reconsiderar sua fé, mal
uma pluralidade ainda segue os preceitos do Islã,
embora isso inclua muitos anciãos influentes. A segunda
maior afiliação religiosa adora Haqim em si. Mais
precisamente, eles adoram a imagem de Haqim, o
Destruidor, moldada pela Teia de Facas como um foco
para suas crenças - uma imagem em conflito com a
lembrança que a maioria dos anciãos, que foram seus
contemporâneos, têm dele. Um número considerável de
18 OS ASSAMITAS
feiticeiros adora o antigo panteão mesopotâmico,
embora “adorar” talvez não seja o melhor termo para
um sistema de crenças adotado exclusivamente para
facilitar certas práticas mágicas.
O restante do Clã é ou agnóstico, irreligioso (incluindo
os Filhos que se consideram “condenados” segundo a
religião que seguiam), ou ainda tenta seguir as crenças que
tinham em vida. Tais crenças incluem o judaísmo, o
cristianismo, o zoroastrismo, o hinduísmo e o budismo.
Os dois últimos são especialmente comuns entre os
Assamitas que habitam na Índia, juntamente com um
número menor de Assamitas siques. Da mesma forma,
muitos membros da linhagem Shango na África Central
ainda seguem a religião Yorùbá de seus antepassados.
Assamitas muçulmanos geralmente seguem os Cinco
Pilares do Islã, adaptados à condição vampírica. Por exemplo,
eles observam o costume do Salat, a oração ritual na direção
de Meca, mas o Assamita ora cinco vezes durante a noite em
vez do dia. Da mesma forma, Assamitas geralmente não
podem realizar o Hajj (peregrinação a Meca) a menos que
tenham permissão e assistência dos vampiros misteriosos que
se autoproclamaram guardiões da cidade sagrada. Por séculos,
um efeito sobrenatural misterioso conhecido como o
Lamento impede que a maioria dos vampiros entre em Meca,
mas um ritual realizado pelos guardiões da cidade pode aliviar
isso para vampiros específicos. Como esses guardiões são
seletivos quanto a quem permitem entrar em Meca, a maioria
dos Assamitas muçulmanos fará pelo menos uma
peregrinação a Alamut para orar a Alá na presença do Poço
do Sangue do Coração, uma prática que a Teia de Facas
tolera com relutância. Em vez de jejuar durante o Ramadã, o
Assamita deve reduzir sua ingestão de sangue ao mínimo
necessário para evitar o torpor e o frenesi.
2 ContratR
Aqueles que desejam contratar os Assamitas para assassinatos
normalmente precisam fazê-lo através da Silsila, embora em
cidades onde um Assamita reside abertamente, ela esteja
normalmente disposta a facilitar as apresentações por uma taxa.
Nenhum Assamita leal ao Clã aceitará um contrato que não
tenha passado pela Silsila. Assassinatos de alvos mortais são
geralmente pagos em dinheiro, embora a taxas exorbitantes: um
quarto de milhão de dólares americanos por assassinato é
barato para um assassino Assamita. Se o alvo for sobrenatural
ou estiver sob a proteção de seres sobrenaturais, o preço
aumenta de acordo. Se o cliente for um vampiro, sangue é
sempre o preço, que o cliente deve derramar em um recipiente
de argila magicamente preparado enquanto o Assamita observa.
O recipiente não é um meio de armazenamento, mas um
dispositivo de transferência. O sangue imediatamente se materia-
liza em um recipiente em posse de um feiticeiro,
que então o prepara para uso futuro pelo Clã.
A Silsila possui uma fórmula pela qual a dificuldade
relativa do assassinato é equilibrada em relação a uma
quantidade e qualidade específicas de vitae a serem
pagas. O assassino deve dar o dízimo de dez por cento
de todos os pagamentos a seu senhor e mais dez por
cento ao Clã. O Vizir recolhe qualquer dinheiro ou
outros pagamentos materiais para reinvestimento
apropriado. Artefatos ocultos vão para o Amr, que
compensa o assassino conforme apropriado. O Califa
recebe qualquer pagamento em vitae coletado
diretamente de clientes vampiros, adicionando a parte
do Clã ao Poço do Sangue do Coração. Qualquer vitae
restante para o assassino é guardado pelo Amr em uma
urna especial para benefício do assassino até que o
suficiente seja acumulado para reduzir sua Geração
através do ritual Dur-An-Ki chamado “Da Garganta de
Marduk”.

$V LHLs GH Haqim
A maioria dos Assamitas conhece e pelo menos tenta
seguir as leis estabelecidas por Haqim quando ele fundou
Alamut. Os problemas residem em interpretações
diferentes e em discordância sobre quais leis são mais
importantes. Por exemplo, a Lei da Destruição proíbe os
Assamitas de matar “aqueles do Sangue”. Os vizires, e em
menor medida os feiticeiros, veem isso como uma
prescrição contra o genocídio, enquanto a maioria dos
guerreiros limita o significado de “aqueles do Sangue” aos
Assamitas companheiros.
Os mais reacionários da Teia de Facas iriam além e
diriam que apenas os guerreiros estão “do Sangue”, e as
outras castas existem à sua indulgência.
$ LHLGD LLGHUDQoD
Honre os Mais Velhos entre vocês, pois ele é para
governar minha Casa quando estiver ausente.
Esta lei tem sido a base da gerontocracia de facto do
Clã desde a antiguidade. A maioria dos anciãos é
respeitada pelos mais jovens, independentemente da
casta. A Teia de Facas é a exceção; seus membros
geralmente zombam da ideia de reconhecer o Vizir e o
Amr como sendo de alguma forma iguais ao Califa e
ao Mais Velho. Guerreiros fora da Teia de Facas são
mais respeitosos com os anciãos das outras duas castas,
mas mesmo eles pressupõem a primazia do Califa e do
Mais Velho. Por sua parte, Tegyrius e Al-Ashrad
ambos se recusam à ideia de se submeter a um deus-
sangue desumano como Ur-Shulgi, caso ele surja, não
importa o quão velho seja o Pastor Negro.

CULTURA DOS CLÃS 19

$ LHLGD ProteomR
Proteja os mortais dos descendentes de Caim e trate-os com
honra em todas as coisas.
Cada vez mais, aqueles Assamitas fora da Teia de
Facas sentem-se motivados a proteger os mortais
daqueles de nós que veem os humanos como gado, em
vez de seres merecedores de consideração.
$ LHLGD DestruiomR
Não mate aqueles do Sangue, pois esse julgamento cabe
apenas ao ancião.
Como observado, o Clã está dividido sobre quem é e
quem não é do Sangue, com a Teia de Facas defendendo
abertamente o genocídio contra os outros Clãs.
$ LHLGa 3DODYUD
Não engane aqueles do Sangue, pois minha Casa é
fundamentada, na Verdade
A verdade é subjetiva. Os Assamitas raramente mentem
uns para os outros, mas também não se sentem obrigados
a manter aqueles com os quais discordam atualizados
sobre seus planos.
$ LHLGR JuOJDPHQWR
Julgue aqueles do sangue de Caim e os puna se forem
considerados inadequados.
Assim como com a Lei da Destruição, existe uma
forte divisão no Clã sobre quem merece punição e
quais punições são apropriadas. A Teia de Facas exige a
sanção máxima contra todos os vampiros fora do Clã
por violações de suas interpretações das Leis de Haqim.
Assamitas mais humanos olham para as lições das
guerras contra os Baali e interpretam isso como um
mandamento para lutar e punir vampiros que atacam
indiscriminadamente, ou aqueles que lidam com
demônios.
$V CastDs
2V Warriors
A casta dos guerreiros representa a maioria do nosso
Clã. Destes, cerca da metade se juntou ao Clã através da
doutrinação na Teia de Facas, enquanto os demais foram
Abraçados de acordo com tradições mais antigas. No
último caso, o senhor normalmente escolhe um candidato
adequado, o Abraça e depois a deixa na maioria por conta
própria com supervisão mínima, além de garantir que ela
cumpra suas obrigações de dízimo para o Clã.
20 OS ASSAMITAS
O líder da casta dos guerreiros é o Califa, normalmente o
mais antigo e poderoso dos guerreiros. O poder pessoal é
mais importante para o cargo de Califa do que a idade ou o
respeito. Qualquer guerreiro pode teoricamente desafiar um
Califa para um duelo de honra por qualquer falha percebida
no desempenho de suas funções. Existe a expectativa de que
um Califa que perca tal duelo se submeta à diablerização
ritual por seu oponente, assumindo que ele não tenha sido
destruído antes que tal diablerização possa ocorrer.
O Califa atual é Thetmes, um egípcio de Quinta
Geração Abraçado em 25 a.C. Ele é um devoto da versão
corrupta do Caminho do Sangue e, uma vez que antecede
o Islã por mais de seis séculos, tem muito pouco respeito
tanto por seus preceitos quanto por seus praticantes,
atitude sendo a fonte de sua antipatia em relação ao atual
Velho Homem. Thetmes ascendeu à posição de Califa
depois de pessoalmente matar o Califa anterior em
combate devido ao desastroso manejo do cerco de Viena
em 1529 d.C. Em quase cinco séculos, ninguém nunca
contestou sua autoridade sobre a casta dos guerreiros.
Eles sofrem com a Maldição Tremere e a Maldição
Baali, embora a primeira anule a segunda. Caso algo
algum dia remova a Maldição Tremere, a Maldição
Baali imediatamente afetaria todos os guerreiros.
2V VizirHs
Os vizires representam cerca de um terço dos Filhos de
Haqim. Há muito poucos vizires entre os Sabá, mas um
número considerável são Despossuídos. Os vizires
desempenham uma variedade de funções no Clã.
Normalmente, supervisionam os interesses políticos ou
financeiros dos Assamitas, mas também podem atuar como
pesquisadores, diplomatas, historiadores ou até mesmo
artistas. De muitas maneiras, eles são a resposta dos Assamitas
tanto aos Ventrue quanto aos Toreador, e muitos vizires
Despossuídos observam com certa tristeza que geralmente se
dão melhor com esses Clãs do que com os Assamitas das
outras duas castas.
O líder dos vizires é, bem, o Vizir. Que o mesmo nome
é usado tanto para a casta quanto para o seu líder às vezes
é confuso para os de fora, mas os próprios vizires são bons
em contexto e sempre parecem saber de quem estão
falando. Em eras anteriores, alguns vizires eram
conhecidos pelo termo arcaico "Fikri", mas ele caiu em
desuso. Ao contrário do Califa, a posição de Vizir é
decidida por voto democrático, após um período de
intensa politicagem e influência. Uma vez eleito, o Vizir
serve por um mandato de 63 anos, a menos que seja
removido prematuramente por qualquer meio. Os vizires
podem servir vários mandatos, mas não consecutivos.
 O atual Vizir é Tegyrius, que está em seu terceiro mandato.
Tegyrius foi um soldado em vida, embora um soldado de alta patente
nos exércitos de Alexandre — em outras palavras, um cosmopolita
politicamente hábil, além de um guerreiro. Durante grande parte dos
últimos dois séculos, a influência em declínio dos vizires sobre os
Filhos de Haqim desmoralizou Tegyrius. No entanto, desde a
invasão do Iraque, ele foi galvanizado por sua firme convicção de que
a ascensão de Ur-Shulgi é iminente. Certo de que a chegada iminente
do Pastor Negro não trará nada de bom para sua casta ou para o Clã na
totalidade, ele é o principal impulsionador da Conspiração dos
Preservacionistas.
Eles sofrem com a Maldição Tremere e a Maldição da
Obsessão. Alguns vizires contraíram a Maldição Baali de
seus parentes guerreiros. Em tais vizires, a Maldição Baali
muitas vezes substitui a Maldição da Obsessão, para a qual
esses vizires geralmente são (mas nem sempre) imunes.
2V )HLWLoHLURV
O restante do nosso Clã pertence à casta insular dos
feiticeiros. Tanto os guerreiros quanto os vizires veem grande
valor no poder dos feiticeiros, mas nenhum dos grupos confia
completamente neles. As lendas do Clã relacionadas aos Baali
estão muito enraizadas para que o Assamita típico fique à
vontade perto de alguém que pode comandar demônios e
djinns com uma palavra. Assim como com os vizires, há
muito poucos feiticeiros entre os Sabá. Existem alguns
feiticeiros entre os Despossuídos, mas a raridade dos
feiticeiros e a solidão de seu estilo de vida os levam a procurar
a companhia de outros de sua espécie. Infelizmente,
enquanto os vizires podem se entender com seus colegas na
Camarilla, a maioria dos feiticeiros não consegue nem ficar
na mesma sala com os Tremere invejosos e paranóicos sem
que um duelo mágico irrompa. Uma pena, já que a maioria
dos membros da Camarilla ficaria encantada em lidar com
taumaturgos que não impusessem tantas condições quanto os
Tremere
O líder da casta dos feiticeiros é o Amr, uma posição
que tem sido sinônimo de Al-Ashrad por quase dois mil
anos. Um mago ele mesmo por mais de cinco séculos
antes de seu Abraço, Al-Ashrad define o cargo de Amr tão
completamente que há apenas um Assamita da
antiguidade que se equipara ao seu poder. Infelizmente,
esse Assamita - Ur-Shulgi - é o que Al-Ashrad mais teme
que surgirá para realizar esse desafio, é por isso que o Amr
se juntou à conspiração de Tegyrius. Al-Ashrad não está
sozinho em suas origens, já que uma pequena, mas vital,
porcentagem dos feiticeiros eram magos mortais antes do
Abraço. Alguns deles até mantiveram conexões com suas
afiliações ocultas anteriores, o que ocasionalmente pode
fornecer informações valiosas aos Filhos.
CULTURA DOS CLÃS
Os feiticeiros sofrem com a Maldição Tremere e a Maldição
da Proeminência. Alguns feiticeiros contraíram a Maldição
Baali de seus parentes guerreiros. Em tais feiticeiros, a
Maldição Baali geralmente substitui a Maldição da
Proeminência, mas alguns feiticeiros sofrem de ambas.
PoliticDs (QWUH RV
AssamitDs
O Du'at é o nome coletivo para o Califa, o Vizir e o
Amr, e no papel, todos eles têm poder e status iguais.
Na prática, o Califa tem precedência sobre os outros
dois e não tem medo de deixá-los cientes disso; embora
o Velho o restrinja o quanto pode, ele regularmente
concede deferência ao Amr e ao Vizir dentro de suas
áreas de competência.
Abaixo do Califa está o Silsila, uma corte informal
composta pelos guerreiros residentes permanentes de
Alamut. Em noites anteriores, o Silsila consistia em
números iguais das três castas, mas os guerreiros têm
dominado por último milênio. Como tal, deixou de ser
um corpo consultivo e se tornou o exército privado do
Califa para garantir a dominância dos guerreiros sobre as
outras duas castas. A Teia de Facas tende a ver o Silsila
como o sacerdócio informal do Culto de Haqim.
Naturalmente, Assamitas fora dessa facção têm menos
respeito pelo Silsila, embora geralmente não o expressem
abertamente. O Silsila também atua como agência
intermediária para forasteiros que desejam contratar os
Assamitas para fins de assassinato. Se um Cainita
descobrir que precisa que um Assamita mate por ela e ela
não for incompetente, eventualmente entrará em contato
com o representante de um dos Silsila, que então entrará
em contato para negociações.
Contrabalançando o Silsila está o Conselho dos
Pergaminhos, um órgão consultivo de quinze Assamitas
composto principalmente de vizires e feiticeiros,
embora nenhuma proibição exista impedindo
guerreiros de se juntarem. O Eldest e o Du'at estão
excluídos da adesão para evitar conflitos de interesse.
Cada membro do Conselho é considerado o
especialista residente do Clã ao se tratar de qualquer
assunto na área de atuação desse assento.
3ULQFLSDLV Faco}HV
$ 7HLDGDV )DFDV
Fundada no início do século XII d.C., a Teia de Facas é um
culto da morte. Seus fundadores eram todos guerreiros
Assamitas radicais que desaprovavam o efeito que o Islã teve
21
em seu Clã de forma geral. Esses fundadores buscavam forjar uma ditam na origem do Clã, que afirma que Haqim tomou o
técnica para transicionar novos recrutas diretamente da existência poder do Sangue para si a fim de lutar contra a maldade de
mortal para o mundo brutal e ensanguentado de sua nova religião. Caim, que os guerreiros foram os primeiros filhos de Haqim,
Quando um dos Dervixes encontra um mortal excepcionalmente com as “castas inferiores” vindo depois, e que a divindade é
habilidoso em combate, ele dá ao mortal a oportunidade de se alcançável por meio da diablerie.
juntar às Crianças. Às vezes, ele é até sincero o suficiente para dizer $&RQVtUDomRGRV PreservaFLRQLVWDV
que a alternativa é a morte.
O novo recruta passa os próximos vários anos em uma das A Conspiração dos Preservacionistas é uma facção tão nova
instalações de treinamento secretas do grupo, onde aprende que mal possui um nome. A conspiração é ideia do Vizir
todas as formas de combate e todas as técnicas de assassinato, Tegyrius e do Amr Al-Ashrad, ambos dos quais concluíram
além de ser doutrinado nos dogmas religiosas do grupo. A que os Filhos de Haqim estão condenados enquanto
maioria não consegue e acaba sendo jogada em covas anônimas permanecerem em seu curso atual. A Teia de Facas está fora
cavadas por colegas recrutas para mostrar a eles o preço do de controle, e sua sede por violência transformou grande
fracasso. Aqueles que sobrevivem tempo suficiente para parte do Oriente Médio em um matadouro. Eles rejeitam
impressionar seus mestres se tornam carniçais e passam mais tanto o Islã quanto a modernidade em favor de uma ideologia
anos aprendendo a matar seres sobrenaturais tão facilmente depravada que clama por genocídio contra todos os Cainitas.
quanto outros mortais, tudo enquanto se tornam ainda mais No entanto, a Teia de Facas sozinha não seria um
dedicados à Teia de Facas e ao Caminho do Sangue. obstáculo insuperável. O que inclina a balança para a traição
Normalmente, essa fase de treinamento dura cerca de sete anos, contra o restante do Clã são os sinais claros de que os Baali
momento em que os sobreviventes que provaram sua lealdade estão agindo nos bastidores e a possibilidade de que um dos
têm um teste final: o assassinato direcionado de um indivíduo matusaléms mais aterrorizantes do mundo esteja se erguendo
específico sobre o qual o iniciado não tem informações além de para purgar o Clã. Nem Tegyrius, nem Al-Ashrad têm ilusões
um nome e uma imagem. Aqueles que têm sucesso recebem a sobre quais facções são alvos prováveis para a purgação, nem
recompensa do Abraço. A penalidade pelo fracasso é qual facção liderará a purgação. Consequentemente, medidas
autoevidente. desesperadas são necessárias para preservar o verdadeiro
Embora a ordem tenha sido fundada no século XII d.C., ela não
legado dos Filhos de Haqim.
recrutou uma única mulher até o século XVIII, e o número de Assim nasceu a Conspiração dos Preservacionistas. Durante
mulheres desde então pode ser contado em uma mão. Durante a a última década, o Vizir e o Amr têm recrutado e lançado as
maioria de sua existência, a Teia de Facas foi uma organização bases para uma deserção em massa dos Assamitas que
pequena, embora sua influência política fosse desproporcionalmente
compartilham suas visões sócio-políticas para outras seitas,
grande em relação ao seu tamanho. Guerreiros Assamitas que não seja para a Camarilla, a Sabá, a Ashirra (uma aliança multi-
faziam parte da organização ainda assim admiravam sua dedicação e
Clã de vampiros muçulmanos ativos em todo o Oriente
intensidade. Durante a primeira Guerra do Golfo, a Teia de Facas
Médio) ou alguma combinação dessas. No momento, a
visou aumentar seu tamanho e estatura com uma “campanha de conspiração inclui uma maioria pequena dos vizires e dos
recrutamento” de pessoal militar (tanto do Oriente Médio quanto de
feiticeiros. O restante são guerreiros que não se encaixam no
soldados Aliados) que demonstrasse competência em campo. paradigma lealista, seja por devoção extrema ao Islã ou
Quando os americanos invadiram o Iraque em 2003 d.C., esses simplesmente oposição ao barbarismo do Caminho do
recrutas já eram vampiros há cinco anos e estavam completamenteSangue. Aqueles que demonstraram mais lealdade à
dedicados à Teia de Facas. Eles, por sua vez, lideraram a próxima
conspiração e mais habilidades políticas e sociais já foram
rodada de recrutamento, dessa vez de soldados que lutaram no enviados para o exterior para formar conexões, ganhar aliados
Iraque e Afeganistão, bem como terroristas e insurgentes e abrir caminho para mais refugiados se e quando as Noites
particularmente habilidosos. Os recrutas dessa “classe” acabaram de
Finais começarem. Entre esses pioneiros, os vizires e os
concluir seu treinamento. Seu crescimento repentino e abrupto é um
feiticeiros se aproximam dos territórios da Camarilla. Os
dos principais fatores que levaram ao surgimento dos planos de primeiros tiveram sorte ao se passar por Toreador. Os últimos
deserção de Tegyrius. geralmente precisam se passar por Caitiff e torcer para que
Todos os membros da Teia de Facas são seguidores dedicados ninguém faça muitas perguntas.
do Caminho do Sangue (como reimaginado pelos fundadores
do grupo), e a maioria deles anseia pelo dia em que a
2V AssamitDV Antitribu
Maldição Tremere seja levantada, para poderem buscar a Muitos Membros enganosamente assumem que os
apoteose por meio da diablerie, além de cumprir o comando de antitribu Assamitas representam uma linhagem de
Haqim de exterminar todos os outros Cainitas. Todos eles acre- sangue separada. Isso é falso.Os antitribu são simples-

22 OS ASSAMITAS
mente guerreiros Assamitas que não estão sujeitos à Maldição
Tremere. Entre os Tremere, a explicação convencional para
essa peculiaridade é que os antitribu já haviam abandonado
seu Clã antes que a maldição se manifestasse, e assim eles não
foram afetados pela magia simpática. Entre os feiticeiros
Assamitas, teorias mais sinistras ganham força, sugerindo que
aqueles que se tornaram antitribu de alguma forma
invocaram o poder dos Baali para superar a magia dos
Tremere. Independentemente disso, os “Assamitas Livres”
perceberam que não tinham lugar entre os Filhos e, portanto,
ofereceram suas lâminas ao Sabá, que estava ansioso para
aceitar. Lá, os Anjos de Caim poderiam saciar sua sede por
vitae e seu desejo de diminuir sua Geração por meio de
diablerie sem sanção.
Poucos fora dos antitribu entendem isso, mas, na verdade,
existem duas facções de Assamitas no Sabá. A primeira onda
de antitribu Assamitas consiste principalmente de anciões
que lembram claramente o tempo entre os Filhos. Para eles, o
Sabá é um meio para um fim — a destruição da Camarilla e
especialmente dos Tremere, para que o restante do Clã possa
ser liberto. Nessa capacidade, esses anciões se tornaram a
espinha dorsal da Mão Negra, os generais militares do Sabá.
No entanto, como parte de seus deveres, esses anciões
Assamitas foram forçados a Abraçar indiscriminadamente e
sem oportunidade de ensinar aos seus filhos os caminhos do
Clã Assamita. Complicando ainda mais as coisas, um desses
"caminhos Assamitas" é o Caminho do Sangue, que seria
herético para quaisquer padres do Sabá que o aprendessem,
então os antitribu precisam caminhar em uma linha tênue.
Como resultado, os Assamitas mais jovens não sabem nada
sobre a história do Clã, sobre as lendas de Haqim ou sobre as
castas. Eles sabem apenas que têm fome do sangue dos
Cainitas. Além disso, enquanto aprenderam algo sobre
Haqim, os antitribu mais jovens aprenderam que ele é um
Antediluviano que um dia se erguerá para matar a todos. Isso
não faz com que os antitribu sejam queridos pelos Filhos de
Haqim, e vice-versa.
Faco}HV0HQRUHV
2V DHVSRVVXLGRV
Os Despossuídos não são realmente uma facção. Na verdade,
eles são possivelmente a antítese de uma facção, pois
historicamente, os Assamitas empregam o termo para descrever
o que outros Membros se refeririam como “autarkis” — ou seja,
Assamitas que não querem ter nada a ver com outros Assamitas.
O termo é antigo e foi supostamente usado após a queda da
Segunda Cidade para descrever os membros do Clã que
buscavam seus próprios destinos em vez de seguir com Haqim
para Alamut. Argumentalmente, a Conspiração dos Preservaci-
CULTURA DOS CLÃS
onistas pode ser vista como um grande grupo de “em breve
Despossuídos”, mas é mais preciso dizer que os Preservacionistas
desejam um Clã Assamita próprio, enquanto os verdadeiros
Despossuídos apenas desejam ser deixados a suas próprias vontades.
2V LeopardRV GH 6imR
Os Leopardos de Sião surgiram e desapareceram ao
longo dos séculos. Enquanto os Assamitas recrutaram do
Oriente Médio, eles recrutaram judeus. Enquanto houve
Assamitas judeus, houve Leopardos prontos para defender
seu povo contra quem os ameaçasse. Os Leopardos de
Sião são um grupo informal de Assamitas judeus leais que
invariavelmente apoiam o povo judeu e o Estado de Israel
sempre que possível. Isso muitas vezes causa atritos entre
os Leopardos e os Assamitas palestinos, e assim os
Leopardos devem agir com cautela. Complicando ainda
mais as coisas para o grupo, há atritos internos — nem
todos os Leopardos estão convencidos de que as atitudes
gerais de Israel em relação à Palestina sejam boas para a
nação a longo prazo. Atualmente, o grupo tenta superar
essas divisões. Eles estão em grande desvantagem em
relação aos Assamitas que têm pouco ou nenhum respeito
pela santidade de Israel, e não podem se dar ao luxo de ter
divisões internas.
2 ClubHGRV0LO0HWURV
Assim como os Leopardos, o Clube dos Mil Metros é um
grupo social. Em vez de uma aliança baseada em etnia, os
membros do clube se unem em seu respeito mútuo pela maestria
de uma única arma: o rifle de franco-atirador. A adesão é
estendida a qualquer Assamita que assassine com sucesso um
alvo a uma distância de 1.000 metros ou mais, sem o uso de
quaisquer Disciplinas. O fundador não oficial é o Sgt. Randy
Hopkirk, um franco-atirador dos Fuzileiros Navais dos EUA, do
Alabama, que teve mais de cinquenta mortes confirmadas na
Segunda Guerra Mundial antes de seu senhor selecioná-lo para o
Abraço. Não há requisitos oficiais para ingressar no Clube dos
Mil Metros, exceto um assassinato confirmado de pelo menos
1.000 metros. Como questão prática, no entanto, isso geralmente
requer habilidades excepcionais com armas de fogo.
,UPDQGDGHGHKairouan
Uma família de carniçais consanguíneos, criada pelos
Feiticeiros Assamitas de Al-Qayrawan como um método de
estudo e experimentação após os Assamitas encontrarem os
revenastes Tzimisce na Europa. Rumores dizem que a casta
guerreira expulsou os místicos de Alamut por seus
experimentos “antinaturais”, mas essa família continua nas
noites modernas. Alguns são comerciantes e lidam mais com
os vizires do que com outros Assamitas, enquanto outros
ainda têm laços com a casta de feiticeiros.
23
Personagens e Características
Conceitos
Antitribu
Você era contador antes dos Distúrbios de Watts. Você acha
importante lembrar disso por alguma razão. Você não lembra
qual foi o gatilho (talvez algo racial?), mas tem quase certeza de
que foi realmente uma desculpa para uma Cruzada. É o que o
Sabá chama quando eles marcham para uma cidade, pegam
alguns locais convenientes, acertam com uma pá e dão um
pouco de sangue antes de enterrá-los vivos. Bem, não vivos.
Você estava definitivamente morto quando saiu da cova.
Disseram que você era um Assamita, e você ficou tão surpreso
quanto qualquer um quando sobreviveu à Cruzada. Quando você
percebeu que era um maldito vampiro, pensou em se matar. Era a
coisa certa a fazer. Mas antes de ter a chance, você teve um problema
com um dos vampiros locais da Camarilla e sugou a vadia até secar.
Caramba! Foi melhor que cocaína, até melhor que sexo. Então você
decidiu estar provavelmente condenado de qualquer maneira. É
melhor ver se há mais desse “vee-tay” para pegar.

Assassino Contratado
Você tinha 14 anos na primeira vez que matou um homem. Claro, era
seu próprio pai e foi porque você estava cansado do toque nojento dele à
noite. Infelizmente, a penalidade por assassinato era severa sob a lei Marro-
quina, mesmo quando a “vítima” era um molestador de crianças. Felizmente
para você, alguém achou que suas ações eram justificadas e habilidosas. Ele te
visitou na prisão e ofereceu liberdade e poder que você nunca havia sonhado,
desde que você estivesse disposto a matar de novo… e de novo. Seu senhor
não fazia parte da Teia de Facas, por isso ele estava considerando até mesmo
uma mulher. Você deduziu que ele queria provar um ponto para seus rivais
políticos. Três anos depois, ele estava satisfeito o suficiente com suas
habilidades com uma arma, uma faca, uma garrafa de veneno ou suas
próprias mãos para te abraçar. Você prova o ponto dele desde então,
normalmente por um milhão de dólares por assassinato.

Crypto-Cabalista
Os Leopardos sempre defenderam Israel. Uma vez isso significou usar
espadas, depois armas e depois jatos. Você costumava fazer isso com números e
softwares como um dos principais analistas de computador do Mossad. Então,
um feiticeiro Assamita te recrutou para ver se era possível realizar rituais de
numerologia baseados na Cabala com computadores. Você continua
trabalhando nisso, mas se tornou um feiticeiro ótimo por conta própria, e
apesar da sua lealdade aparente aos Assamitas, você não perdeu a chance de
usar seus poderes em nome da Nação de Israel quando pode.

24 OS ASSAMITAS
Caçador de Demônios
Você era uma garotinha quando viu um djinn pela primeira
vez (bem, você achou que fosse um djinn). Você acordou com
um barulho estranho e se aproximou do quarto dos seus pais
para ver o que era. Você arfou ao perceber o garoto de pele
vermelha brilhante flutuando no ar sobre a cama dos seus
pais. Ele olhou para você e riu. Então ele incendiou seus pais.
Todo mundo mais disse que era uma bomba, uma das muitas
que caíram em Beirute durante a guerra civil do Líbano. Você
sabia diferente e se dedicou a aprender tudo o que podia sobre
os djinn, os efrit e os outros espíritos malignos do Oriente
Médio. Seus estudos te levaram aos Filhos de Haqim e sua
devoção (bem como sua habilidade incomum de ver espíritos
desmaterializados) eventualmente levou ao Abraço. Agora,
você perambula pelo Líbano e Síria como quiser, ignorando a
violência humana em sua busca pelos espíritos malignos que
se alimentam dela, espíritos que você prende em seu serviço
ou destrói em nome de Alá e Haqim.
Anarquista Despossuída
Você nunca pediu pelo Abraço, e certamente nunca pediu
para ser Abraçada como uma guerreira Assamita. Desde o
início, você não queria ter nada a ver com seu estranho Clã
de assassinos islâmicos malucos. Felizmente, seu senhor não
estava na Teia de Facas, então ele não te levou para ser
doutrinada. Ele era apenas um guerreiro que achou que tinha
encontrado um espírito afim (por assim dizer) em um
legionário francês servindo em Argel. Ele te ensinou o
suficiente para sobreviver, e outros Membros que você
encontrou te mostraram para onde ir. Um ano depois, você
estava em Los Angeles… bem a tempo do Sabá atacar. Você
resistiu e ajudou como pôde, e até salvou a não-vida de um
importante Barão Anarquista. Ele te retribuiu te trazendo
para sua equipe e não fazendo perguntas sobre seu uso
ocasional de Quietus.
Enviada para a Camarilla
Na vida, você era uma judia cujo trabalho na Resistência
Dinamarquesa a levou a se tornar uma agente de inteligência
israelense após sua emigração pós-guerra. Na morte, você
descobriu que havia se juntado a um Clã hostil às mulheres,
aos ocidentais e cada vez mais aos judeus. Seus companheiros
vizires estavam bem, mas seus pais contaram histórias sobre
como era nos anos 1930 antes que tudo fosse para o inferno, e
você conseguia ver o que estava por vir. Quando um dos
contatos de Tegyrius começou a te sondar sobre se juntar à
conspiração deles, você o interrompeu para contar muitas
coisas que já tinha descoberto e que ele não sabia. Então você
perguntou o que poderia fazer para ajudar.
Foi assim que você acabou aqui em uma fortaleza da
Camarilla, posando como uma neonata Toreador. Voce in-
CULTURA DOS CLÃS
terpreta o papel de uma socialite brilhante e um tanto vazia
enquanto procura maneiras de se aproximar do Príncipe,
maneiras que possam abrir portas para todos os outros que estão
tentando sair.
Rainha do Gelo
O Clube dos Mil Metros não tem muitos membros em
primeiro lugar, mas ao contrário de grande parte do Clã, ele
é surpreendentemente receptivo às mulheres. Claro, você
está acostumada a competir contra homens com sucesso.
Você e mulheres como você lutaram pela Mãe Rússia e pela
Revolução contra os nazistas. Sua especialidade era o rifle de
franco-atirador, e com mais de cinquenta mortes
confirmadas, você era ótima nisso. No final da guerra, você
foi recrutada por uma força de combate muito melhor pelo
seu senhor, uma mulher com a pele da cor da meia-noite que
te observou matar quatro alemães que nunca tiveram ideia
de onde você estava. “Magnífico”, ela disse quando a cabeça
do último se desintegrou. Você viajou com ela desde então,
servindo como sua pupila, sua guarda-costas e sua amante
ocasional.
Mujahid
Na vida, você era membro da Guarda Republicana que
lutou na Guerra Irã-Iraque durante os anos 1980. O conflito
entre os governos te entediava, assim como o conflito entre
sunitas e xiitas. Você era um soldado, era pago para matar, e
era bom nisso. Às vezes, te incomodava quando seus
companheiros de armas te olhavam como um monstro, mas
isso era fraqueza deles, não sua. Depois que a guerra acabou,
você se desligou do serviço militar e estava procurando
trabalho quando um homem apareceu em sua casa. Sem nem
se apresentar, ele cuspiu em seu rosto e depois te jogou uma
faca. Mesmo armado e ele não, ele ainda te espancou sem
sentido. Apesar disso, ele ainda sorriu para você e disse que
você tinha potencial. Então ele mostrou seus dentes afiados e
perguntou se você queria ser uma assassina ou uma vítima.
Você nunca hesitou. E nunca hesitará.
Executivo de Companhia de Petróleo
Na vida, você era um parente distante de um sheik árabe do
petróleo, não conectado o suficiente para ser rico por conta
própria, mas próximo o bastante para receber uma boa
educação, incluindo um diploma em negócios nos Estados
Unidos. Você se formou bem a tempo da Crise do Petróleo de
1973, que colocou brevemente a OPEP no topo do mundo.
Não durou muito - os anos 1980 viram um colapso massivo
nos preços do petróleo - mas até então seu lugar na companhia
de petróleo nacional saudita, a Saudi Aramco, estava garantido.
Mais importante ainda, sua reputação como um homem de
negócios astuto e implacável o precedia; tanto que chamou a
atenção de um ancião vizir que estava tendo problemas para
compreender as complexidades do setor de energia conforme se
aplicava à geopolítica do final do século XX. Ele precisava de
sua perícia e ofereceu imortalidade em troca, um acordo bas-
25
tante satisfatório. Hoje à noite, você divide seu tempo
entre as salas de reunião de Riad e os palácios de prazer
de Dubai. Há negócios para fazer em ambos os lugares.
A Vidente
Você tinha nove anos quando teve sua primeira visão
do futuro. Você tinha quinze anos quando sua visão
lhe disse como e onde você morreria. Quando tinha
dezessete anos, sua visão lhe disse que sua morte não
era o fim, mas o verdadeiro começo. Aos dezoito anos e
era uma mulher quando deixou sua casa no sul do
Marrocos e partiu para o Egito, onde vagou pelas noites
até encontrar um apartamento específico que chamava
por você. Você bateu na porta e quando um homem
alto de pele ébano abriu a porta, você sorriu e disse:
“Estou pronta para morrer, mestre.” Você não teve
mais visões desde o seu Abraço, mas se dedicou à
Feitiçaria Assamita como se fosse destinada a isso… o
que, é claro, você sabe que estava.
Qualidades e Defeitos
Aliado Sectário (1pt. Qualidade)
Você tem um amigo próximo em uma das seitas dos
Membros. Talvez você seja um guerreiro que está em
contato com um dos antitribu, um vizir que compartilha
interesses comerciais com alguns Ventrue da Camarilla,
ou um feiticeiro que corresponde com um dos raros
magos de sangue do Movimento Anarquista. Seu aliado
pode ajudá-lo a navegar pelas correntes de sua seita,
mas eles podem querer algo em troca ocasionalmente.
Assassino dos Mil Metros (1pt. Qualidade)
Você provou ser digno de se juntar ao Clube dos Mil
Metros devido à sua habilidade notável com o rifle de franco-
atirador. A dificuldade de todas as rolagens associadas ao
franco-atirador é reduzida em -1. Você também dobra a
distância normal ao usar um rifle de franco-atirador como
arma.
Exilado (2 pts. Defeito
Você rejeitou o ethos da casta na qual foi Abraçado. Talvez
você seja um dos poucos vizires ou feiticeiros a apoiar a Teia
de Facas, ou seguir o Caminho do Sangue. Talvez você seja
um guerreiro com pouco estômago para o combate,
preferindo ser um diplomata ou um estudante do ocultismo.
Talvez você tenha feito algum tipo de espetáculo público que
revelou seu desprezo pelos outros membros de sua casta. Seu
senhor agora o rejeita, assim como os outros membros de sua
casta. A dificuldade de todas as rolagens sociais contra
membros de sua casta é de +2.
26 OS ASSAMITAS
Antitribu Quebrado (3 pts. Defeito)
Você é uma das coisas mais lamentáveis — um
antitribu Assamita que continua sob a Maldição
Tremere. Você se comprometeu com o Sabá, mas não
pode realizar diablerie e só pode tomar vitae dos
Membros que já passaram pelo Vaulderie. Como
resultado, a dificuldade de todas as rolagens sociais
contra outros membros do Sabá é de +2.
Maldições Múltiplas (3 pts. Defeito)
Além da maldição normal imposta a você por sua
casta ou seita, você sofre uma adicional associada ao
Clã Assamita. Provavelmente, você é um vizir ou
feiticeiro raro dentro do Sabá que sofre a Maldição
Baali, além da maldição imposta por sua casta, mas a
critério do Narrador, outras combinações podem ser
possíveis.
Poderes de Disciplina
Os poderes mais comuns associados à Disciplina Quietus
estão no V20, pg. 203-209. Em geral, os guerreiros favorecem
esses poderes por suas aplicações em combate. No entanto,
um vizir raramente precisa matar um inimigo cuspindo em
seu rosto, e um feiticeiro ainda menos. Consequentemente,
abaixo estão versões alternativas dos poderes comuns de
Quietus disponíveis para as castas de vizir e feiticeiro - apenas
as modificações para os poderes listados no V20 estão
apresentadas aqui. O jogador de um personagem vizir ou
feiticeiro deve decidir ao adquirir o poder individual se deseja
escolher a versão tradicional associada aos guerreiros ou a
versão específica da casta.
Quietus dos Feiticeiros
• Silêncio Mortal
Apesar de ninguém poder ouvi-la, a feiticeira ainda pode fa-
lar. Embora isso possa parecer uma distinção
insignificante, muitas aplicações da Feitiçaria Assamita
requerem encantações verbais, o que esse poder permite
que a feiticeira use sem chamar a atenção para si mesma.
•• Maldição do Escorpião (Toque do Escorpião)
A versão feiticeira do Toque do Escorpião é a Maldição do
Escorpião. Ela permite que a feiticeira coloque uma proteção em uma
superfície sólida, como uma porta, uma parte do chão ou até mesmo
um objeto pequeno, como uma caixa ou uma carta. A feiticeira pode
proteger qualquer objeto ou área com até seus pontos de Inteligência
em metros quadrados. Alguns segundos após o poder ser ativado, a
proteção de sangue desaparece e só pode ser percebida com uma
rolagem de Percepção + Raciocínio( dificuldade 9) ou uma rolagem
de Percepção + Investigação (dificuldade 7). A proteção dura
um número de dias igual aos seus pontos de Ocultismo antes
de dissipar, mas enquanto ela dura, qualquer pessoa que
tocar a área ou item afetado é alvo da Disciplina, como se
um guerreiro usando o Toque do Escorpião tivesse tocado
nela com sucesso.
••• Chamado de Dagon
As versões feiticeira e vizir para o Chamado de
Dagon funcionam da mesma forma. Em vez de devastar
o corpo do alvo, o Assamita aflige a mente.
Mecanicamente, esse poder funciona da mesma forma que
a versão guerreira, exceto pelos seguintes aspectos: primeiro,
o teste é Manipulação do Assamita contra a Inteligência do
alvo. A dificuldade para ambos os testes é a Força de
Vontade permanente do outro. Segundo, em vez de causar
dano letal, cada sucesso líquido do Assamita retira do alvo
um ponto de Força de Vontade temporária. Se o Assamita
gastar um ponto de Força de Vontade e continuar a rolar
mesmo após o alvo ter perdido toda sua Força de Vontade
temporária, sucessos adicionais retiram do alvo um ponto de
Força de Vontade permanente. Isso representa o dano
máximo que esse poder pode causar em uma única noite,
independentemente dos sucessos, mas um alvo que tenha
perdido todos os seus pontos de Força de Vontade através do
uso do Chamado de Dagon em noites sucessivas é reduzido a
um casco sem mente.
Assim como na versão guerreira, o Assamita não precisa
estar presente junto ao alvo para desencadear esse ataque.
•••• Carícia de Baal
A versão feiticeira da Carícia de Baal é menos útil para
matar inimigos do que para golpear demônios. Com esse
poder, o feiticeiro pode gastar um ponto de sangue que ele
espalha sobre seus olhos. Pelo restante da cena, o feiticeiro
pode perceber espíritos desmaterializados e criaturas
semelhantes como se fossem materiais. Se ele gastar pontos
adicionais de sangue para revestir uma arma de combate
corpo a corpo, como uma adaga ou uma espada, essa arma
pode atingir esses alvos e prejudicá-los normalmente, apesar
de sua intangibilidade.
••••• Gosto pela Morte
O equivalente feiticeiro ao Gosto pela Morte funciona
exatamente da mesma forma que o equivalente guerreiro,
exceto que o ataque só mira espíritos desmaterializados e
similares como se fossem sólidos. Isso ocorre se o feiticeiro já
tiver usado a Carícia de Baal para tornar-se capaz de perceber
tais seres.
Quietus dos Vizires
• Silêncio da Morte
Uma vez que a zona de silêncio é ativada, o vizir pode decidir
quem, se alguém, pode ouvi-lo quando ele fala. Assim, enquanto o
poder estiver ativo, ele pode permitir que uma ou mais pessoas o ou-
CULTURA DOS CLÃS
çam, enquanto ninguém mais pode. Mais importante
ainda, ele pode dar instruções apoiadas por Presença
ou Dominação sem que ninguém mais perceba.
•• Toque de Ishtar (Toque do Escorpião)
A versão vizir do Toque do Escorpião é o Toque de
Ishtar. Em vez de produzir um veneno mortal, esse
poder converte o sangue do vizir em um narcótico
ativado por toque que coloca a vítima em um estado de
embriaguez, tornando-a mais vulnerável à Presença,
Dominação e até mesmo manipulação social mundana.
O jogador do vizir deve gastar um número variável de
pontos de sangue (até o máximo de sua Geração) e rolar Força
de Vontade (dificuldade 6). Se o teste for bem-sucedido e o
vizir tocar a pele exposta do alvo, o sangue contaminado passa
para a corrente sanguínea do alvo através da pele. O alvo deve
então rolar Vigor + Fortitude (dificuldade 6) — cada sucesso
subtrai dos sucessos rolados pelo vizir. Se restarem sucessos, o
poder entra em efeito.
Enquanto o efeito estiver ativo, o alvo não pode
gastar Força de Vontade para resistir à manipulação
mental ou social do vizir, e as dificuldades de todos os
testes feitos pelo vizir para tal manipulação (seja natural
ou sobrenatural) são reduzidas pelo número de pontos
de sangue gastos, até um mínimo de 4. Esse efeito dura
apenas enquanto o alvo estiver na presença do vizir,
após o que ela voltará a seus sentidos. No entanto, se o
vizir voltar à presença da vítima, ela automaticamente
voltará a seu estado confuso.
Essa debilidade dura por uma duração determinada
pelos sucessos do vizir da seguinte forma:
Succesos Resultado
1 Um turno
2 Um hora
3 Um dia
4 Um mês
5 Um ano
••• Chamado de Dagon
Como a versão de feiticeiro informada anteriormente
•••• Carícia de Baal
Os vizires raramente estão tão ansiosos para matar seus
oponentes quanto os guerreiros estão. A subjugação é muito mais
desejável. O vizir pode revestir uma arma com seu vitae, assim
como a guerreira faz com sua versão desse poder. No entanto, em
um ataque bem-sucedido, o golpe não inflige nenhum dano. Em
vez disso, o sucesso no teste de dano faz com que o alvo perca um
27
ponto de Força de Vontade temporária. Mais importante ainda,
se o alvo perder toda a sua Força de Vontade temporária devido à
Carícia de Baal, ele se torna temporariamente totalmente ligado
pelo sangue ao vizir. Esse efeito dura apenas por uma única cena,
mas durante esse tempo, o alvo responde ao vizir como se tivesse
bebido o sangue do vizir três vezes. Se o alvo já estiver ligado a
outro vampiro, ela pode rolar Raciocínio (dificuldade 7) para
resistir a comandos do vizir que entrem em conflito com os
desejos de seu regente, conforme ela os entende.
De maneira irônica, os Tremere, devido à fraqueza de
seu Clã, são particularmente vulneráveis a esse poder e
permanecerão sob o efeito do laço de sangue
temporário pelo resto da noite, em vez de uma cena.
••••• Gosto do Êxtase (Gosto pela Morte)
Ao contrário da versão desagradável e cáustica deste poder
usada pelos guerreiros, a versão do vizir é o Gosto do Êxtase.
Em vez de cuspir um ácido mortal, o vizir exala suavemente
uma névoa avermelhada em direção ao alvo. O vizir pode
mirar alguém a uma distância de até 10 pés (3 metros) por
ponto de Força e Potência que ele possuir. Acertar o alvo
requer um teste de Vigor + Atletismo (dificuldade 6). Se o
ataque acertar, o jogador do vizir rola dois dados por ponto
de sangue gasto, e a dificuldade é a Força de Vontade atual
do alvo. Cada sucesso tira do alvo um ponto de Força de
Vontade temporária, e se o alvo perder toda a sua Força de
Vontade, ela considera o vizir como se estivesse
completamente ligada a ele pelo sangue até o sol nascer. Além
disso, se o ataque tiver sucesso em fazer o alvo perder pelo
menos um ponto de Força de Vontade, trate o ataque como
se o alvo tivesse realmente consumido um ponto de sangue
para fins normais de ligação pelo sangue.
Combinação de Disciplinas
Se um poder de Disciplina de combinação lista uma versão
específica de casta de Quietus como requisito, apenas o poder
exato listado deve ser do tipo de casta. Por exemplo, se o
requisito é “Quietus (Casta de Vizir) •••••”, então o
personagem só precisa ter Gosto do Êxtase — os outros quatro
poderes de Quietus podem ser qualquer combinação de
Quietus padrão ou específico de vizir. Se nenhuma versão
específica de casta for mencionada, qualquer versão de
Quietus será suficiente como pré-requisito
Visão de Baal (Auspícios••,
Quietus (Casta de Feiticeiro) ••••)
Muitas vezes, os caçadores de demônios da casta de
feiticeiros carecem de tempo para ativar a visão
espiritual associada ao Toque de Baal. Este poder
remove a necessidade de fazê-lo.
28 OS ASSAMITAS
Sistema: Ao aprender este poder, o feiticeiro ganha a
capacidade permanente de ver espíritos desmaterializados e
similares. Não há rolagem nem custo para fazê-lo, e isso
conta como parte do requisito para a versão de feiticeiro de
Gosto da Morte (p. 27). No entanto, o poder altera
permanentemente os olhos do feiticeiro, tornando-os
perturbadoramente avermelhados como se ele tivesse uma
infecção permanente em ambos os olhos. Além disso,
qualquer espírito na presença do feiticeiro intuirá que ele
pode vê-los, o que alguns espíritos consideram ofensivo.
Este poder custa 18 pontos de experiência para aprender.
Sofro da Alma
(Auspicios ••••, Quietus •••••)
Este poder é na maioria um vestígio dos dias antes da
Maldição Tremere. Embora muitos anciãos Assamitas ainda o
conheçam, o Sopro da Alma é inútil para aqueles que não
podem beber o sangue de outros Cainitas. Os antitribu ainda
podem usá-lo e, se a Maldição Tremere for algum dia
removida, todos os Assamitas terão o potencial de beber as
memórias de suas vítimas, não apenas suas almas.
Sistema: Este poder só pode ser usado quando um
Assamita comete diablerie. O jogador gasta um número de
pontos de Força de Vontade igual à Inteligência da vítima e,
em seguida, rola Força de Vontade (dificuldade igual à Força
de Vontade permanente da vítima mais um para cada
Transtorno que ela tinha; máximo de 9).
Se a rolagem for bem-sucedida, o jogador ganha um ponto de
experiência para cada Habilidade na qual a classificação da
vítima era igual ou maior do que a do personagem. Os pontos
de experiência bônus só podem ser gastos para melhorar
Habilidades nas quais a classificação da vítima igualou ou
excedeu a do Assamita. Esses pontos de experiência devem ser
mantidos em um grupo separado. A critério do Narrador, o
personagem também pode conseguir acessar memórias
específicas da vítima, geralmente em um estado onírico. Se a
rolagem do jogador falhar completamente, o personagem
adquire um Transtorno permanente, geralmente um que a
vítima tinha anteriormente, se apropriado.
Este poder custa 27 pontos de experiência.
Olhos de Alamut
(Auspícios ••••, Quietus •••)
Este poder permite uma vigilância muito astuta. O
Assamita deve tocar o alvo para ativar o poder. Se for bem-
sucedido, então, pelas próximas horas por sucesso, ela pode
enxergar pelos olhos do alvo e ouvir pelos ouvidos dele.
Sistema: Para ativar Olhos de Alamut, o jogador deve gastar
um ponto de Força de Vontade e rolar Percepção + Raciocínio
 (dificuldade é a Força de Vontade atual do alvo). Este poder
só pode ser usado para espionar alguém que o Assamita tenha
tocado fisicamente, e a conexão dura apenas por uma hora.
Um alvo que também possua Telepatia (Auspícios ••••)
pode perceber o fato de alguém estar usando seus sentidos
com um sucesso em uma rolagem de Percepção + Ocultismo
(dificuldade 6). Um personagem assim percebe
automaticamente a intrusão se o Assamita usar Comando à
Distância e a tentativa de controle não for bem-sucedida.
Este poder custa 21 pontos de experiência para aprender.
Olhos das Lâminas (Auspícios ••, Rapidez •••)
O Assamita pode usar sua velocidade preternatural
para evitar ou bloquear uma série de ataques.
Sistema: No início do turno de combate do personagem, o
jogador gasta dois pontos de sangue e um ponto de Força de
Vontade. Isso conta como ativar Rapidez por um turno.
Durante este turno, o personagem não pode realizar
nenhuma ação além de autodefesa, mas pode se defender
com seu conjunto completo de dados (seja esquivando ou
bloqueando) contra todos os ataques feitos contra ela
naquele turno.
Este poder custa 15 pontos de experiência para aprender.
CULTURA DOS CLÃS
Marcha Forçada
A Marcha Forçada permite ao Assamita cobrir terreno
rapidamente. Este poder não pode ser usado em combate,
mas pode auxiliar o Assamita a se mover com grande
velocidade sem o custo debilitante de vitae da Rapidez
convencional.
Sistema: O Assamita gasta um número de pontos de
sangue igual à metade de sua classificação de Rapidez,
arredondado para cima. Por um número de horas igual à sua
Fortitude, o Assamita multiplica sua velocidade normal de
corrida por sua classificação de Rapidez. Assim, um Assamita
com Fortitude ••• e Rapidez •••• que normalmente
poderia correr cerca de quatro milhas por hora (seis km/h)
poderia usar esse poder para correr a uma velocidade de 16
milhas por hora (25 km/h) por até três horas.
Este poder custa 12 pontos de experiência para aprender.
Palavras Doces (Auspícios ••, Presença ••)
Os vizires são preternaturalmente habilidosos em dizer aos
seus ouvintes o que eles querem ouvir. Tão habilidosos, na
verdade, que às vezes um vizir nem precisa saber sobre o que está
falando. Este poder garante ao vizir que, não importa quais pala-
29
vras saiam de sua boca, elas sempre serão a resposta
perfeita.
Sistema: O jogador deve rolar Manipulação + Expressão
(dificuldade 6). Pelo restante da cena, a dificuldade de todas
as rolagens para persuadir, manipular ou interrogar um
único alvo por meio de uma conversa mundana é reduzida
pelo número de sucessos rolados, até um mínimo de 4. Além
disso, o Narrador (ou jogador se esse poder for usado contra
o personagem de um jogador) deve aconselhar o jogador do
vizir se o vizir estiver em perigo de dizer algo que possa
ofender, confundir ou preocupar o alvo. É possível usar este
poder para confundir alguém com jargão altamente técnico
que o próprio vizir não entende nada.
Este poder custa 9 pontos de experiência para aprender.
Finta das Sombras
(Rapidez ••, Ofuscação ••)
A Finta das Sombras combina as características de Rapidez
e Ofuscação para turvar as percepções de seus inimigos.
Sistema: No início de qualquer turno onde o Assamita
ativou a Rapidez e em que sua primeira ação é evasiva, o
jogador pode gastar um ponto adicional de sangue para ativar
a Finta das Sombras. Pelo resto do turno, a dificuldade de
todas as rolagens para mirar o Assamita aumenta em +2, até
um máximo de 9. Este é um poder de Ofuscação e não pode
afetar qualquer vampiro cujos Auspícios exceda a Ofuscação
do Assamita.
Este poder custa 12 pontos de experiência para aprender.
Fraquezas dos Assamitas
Dada a diversidade dos Assamitas e o incomum
número de maldições lançadas contra eles ao longo de
sua história, nós as detalhamos aqui para você.
A Maldição da Escuridão Crescente
Todos os Assamitas sofrem com isso. Para os Assamitas
mais jovens, isso é um incômodo menor — após um século, a
maioria dos caucasianos terá uma aparência vagamente
bronzeada, a maioria dos árabes e do Oriente Médio terá um
tom escuro e a maioria dos africanos terá a pele negra.
Depois de três a cinco séculos, o tom da pele se torna
distintamente antinatural. Afinal, não existem etnias no mundo
cujo tom de pele seja literalmente negro como azeviche, o que é
comum entre os anciões Assamitas. Um ancião Assamita com
mais de cinco séculos sofre +1 na dificuldade em rolagens
Sociais entre mortais devido ao seu tom de pele anormalmente
30 OS ASSAMITAS
escuro. Um ancião com mais de mil anos sofre +3 na
dificuldade e tem uma aparência distintamente não humana,
embora não seja tão perturbadora quanto os típicos
Nosferatu ou Tzimisce. Ambas essas penalidades podem ser
superadas com níveis apropriados de Ofuscação.
A maioria dos Assamitas acredita que essa maldição é uma
inversão da maldição menor em outros Clãs, que geralmente
ficam mais pálidos com o passar do tempo. O Amr, que por
algum motivo é imune a essa maldição, está da opinião de
que a Maldição da Escuridão Crescente foi a maldição
original lançada no Clã por Caim, e que as várias outras
fraquezas dos Clãs vieram depois.
A Maldição dos Baali ou a Maldição da Fome
Esta maldição — uma sede insaciável por vitae de Cainitas
— atualmente aflige apenas os Assamitas antitribu (conforme
descrito em V20, p. 429). Até a imposição da Maldição dos
Tremere, afligia muitos da casta guerreira e alguns membros
das castas vizir e feiticeiro. Agora a maldição se espalhou.
Embora essa maldição esteja atualmente adormecida nos
Assamitas principais, se a Maldição dos Tremere fosse
removida, é provável que ela voltasse com força total. Nesse
caso, a Maldição da Fome automaticamente se instalaria em
todos os Assamitas da casta guerreira. Para vizires e feiticeiros,
sofrer essa maldição além de suas maldições de casta normais
constitui uma Falha de três pontos
A Maldição da Obsessão
Essa maldição afeta a casta vizir. Suas origens são
desconhecidas e podem remontar à Segunda Cidade.
Ela se manifesta como um transtorno obsessivo-
compulsivo (conforme descrito em V20, p. 434).
A Maldição da Proeminência
TEssa maldição afeta a casta feiticeiro. O Amr afirma que
essa “maldição” é, na verdade, benigna e que é apenas um
resultado natural de sua herança mágica, em vez de um
castigo imposto à casta. Ela se manifesta como uma aura
incomumente vívida que marca todos os feiticeiros como
tendo poder mágico aos olhos de quem possui Auspícios ou
sentidos místicos comparáveis (conforme descrito em V20, p.
434)
A Maldição dos Tremere
ou a Maldição do Sangue
Essa maldição afeta todos os Assamitas exceto os antitribu.
Ela faz com que os Assamitas sofram uma reação alérgica
mortal ao consumo de vitae de Cainitas (conforme descrito
em V20, p. 49). Se Ur-Shulgi ressurgir, é provável que ele
remova essa maldição como seu primeiro ato.
Novo Ritual Dur-An-Ki:
Da Garganta de Marduk
(Nível Cinco)
Este ritual é o meio pelo qual os Assamitas podem
continuar a reduzir sua Geração, apesar das limitações
impostas pela Maldição dos Tremere. É também o
mecanismo pelo qual a casta de feiticeiros mantém alguma
influência e controle sobre o Clã, apesar de seu pequeno
número, pois a dificuldade do ritual significa que apenas
feiticeiros muito experientes podem usá-lo. O feiticeiro cria
um substituto alquímico para o sangue vampírico,
permitindo a um Assamita que beba o suficiente reduzir sua
Geração. Os ingredientes incluem uma ampla variedade de
produtos químicos, ervas e outros materiais exóticos, mas o
ingrediente mais importante é o sangue de Cainitas.
Para reduzir a Geração do bebedor em um nível, a poção deve
incorporar uma quantidade de pontos de sangue de vampiros de Ge-
CULTURA DOS CLÃS
ração inferior à do bebedor, igual a quatro vezes o valor
máximo de pontos de sangue da Geração desejada. Por
exemplo, um Assamita que buscasse reduzir sua Geração de
Oitava para Sétima precisaria adquirir vinte e oito pontos de
sangue de Cainitas cuja própria Geração fosse a Sétima ou
inferior. Independentemente da quantidade de vitae, o
resultado do processo alquímico evaporará e se transformará
em um material espesso e viscoso que o ingeridor deve
consumir em uma única tentativa.
A poção é repugnante e exige que o ingeridor faça um teste
bem-sucedido de Força de Vontade (dificuldade 9). Se esse
teste for bem-sucedido, o Assamita deve então assimilar com
êxito o sangue em seu corpo. Isso requer um teste estendido de
Força de Vontade (dificuldade 9), buscando 15 sucessos para
uma nova Geração. Falhas não interrompem o processo, mas
causam seis dados de dano letal cada uma (absorvidos
normalmente). A assimilação é tão dolorosa e distraída que
qualquer ataque feito contra ela durante esse tempo enfrenta
uma dificuldade de apenas 2.
31