A SOURCEBOOK FOR VAMPIRE: THE MASQUER ADE

bloodlines
companion
part ii
 BLOODLINES COMPANION II
LEGAL AND CREDITS

CR E AT E D BY Chrystian Rissoli

World of Darkness, Vampire: The Masquerade, Vampire: The Dark Ages, Victorian Age: Vampire, Werewolf: The Apocalypse, Werewolf: The Wild
West, Mage: The Ascension, Mage: The Sorcerers Crusade, Wraith: The Oblivion, Wraith: The Great War, Changeling: The Dreaming, Hunter: The
Reckoning, Demon: The Fallen, Mummy: The Resurrection, Orpheus, Exalted, Chronicles of Darkness, Vampire:The Requiem, Werewolf: The Forsaken,
Mage: The Awakening, Changeling: The Lost, Hunter: The Vigil, Geist: The Sin Eaters, Demon: The Descent, Mummy: The Curse, Beast: The Primordial,
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TABELA DE CONTEÚDO

Introdução 4

Capítulo Um: Linhagens Ocultas 5

Angellis Ater 7

Irmãos de Sangue 13

Maeghar 22

Nictuku 36

Seguidores da Estrela Vermelha (Phuri Dae) 43

Novas Disciplinas 50

Loresheets 59
Introdução
“Espero nunca mais ver o céu. Eu vim para levá-lo à outra margem; na escuridão
eterna; no fogo e no gelo.”
— DANTE ALIGUIERI

A continuação do mal...
O Compêndio das Linhagens, volume II de Vampiro: a Máscara surgiu devido
ao sucesso do primeiro compêndio lançado, que mesmo sendo disponibilizado
de graça à comunidade de vampiro, me recompensou com reconhecimento ím-
par. Este suplemento visa permitir com que os Narradores e jogadores voltem a
utilizar dos recursos de crônicas, dar vida às possibilidades inexploradas, criar
histórias envolventes e permitir a descoberta do desconhecido.
Assim como seu antecessor, este livro provém opções de Linhagens que são
descendentes dos Clãs de Caim. As Linhagens possuem efeitos de Disciplinas
únicos que só eles devem conseguir aprender devido às técnicas ensinadas para
esses Cainitas durante milênios. Adicionalmente, novos Méritos, Defeitos e
uma expansão para Narrativas com esses Cainitas.
Espero que gostem.

4
 B LO O D L I N E S C O M PA N I O N I I

Parte I:

linhagens
ocultas

"As Linhagens devem ser destruídas? Acredito que sim. São

aqueles que causam furdûncios, escondem segredos, verdades in-
egáveis aos olhos dos iludidos, as Linhagens são nada mais que
um cuspe de Caim nos dizendo como ele se sente sobre nós."

5
 Cordeiros
Discípulos de Shaitan
Demônios Negros
Azaneali

"Destrua os céus e reine

no inferno."

6

Azaneali
S
obreviventes desde a idade das trevas,
os Azaneali são descendentes de um
poderoso Cainita, antes pertencente aos
Lasombra, que se nomeava como Azaneal.
Considerados os membros mais recentes dos Baali,
os Azaneali são membros do Clã da Noite que
sofreram da corrupção Baali em heresia. A maioria
deles passou a crer que os vampiros eram as fer-
ramentas de Satanás no mundo, uma vez que eram,
em peso, católicos.
Embora exista algum ou outro vampiro que
afirme que esta Linhagem busca trabalhar para
o "bem", nunca se houveram provas do contrário.
Ainda que tenham existido vampiros que trabal-
ham como forma de controlar o mal enquanto
arriscam-se pela corrupção, o caso dos Azaneali
foi puramente a sua própria vontade. Eles são re-
sponsáveis pela origem da teoria de que o Abismo
ao qual os Lasombra servem e as entidades De-
moníacas ao qual os Baali servem surgiram do
mesmo lugar.
7
B LO O D L I N E S C O M PA N I O N I I
Quem São os Azaneali
A verdadeira origem desta "Seita" (pois seu Clã
original são os Lasombra) surgiu a partir de Aza-
neal durante a idade das trevas. O mundo Cainita
os conhece como Angellis Ater ou "Anjos Negros"
e provavelmente acredita que estão extintos.
Entretanto, os membros Azaneali estavam muito
bem ativos até há pouco tempo atrás e acredita-se
que tenham sido os principais responsáveis pelo
Chamado (Beckoning) dos Cainitas.
Ante a qualquer conclusão, maioria dos Aza-
neali são Cainitas que não quiseram (por opção)
aderir ao Daimonion, mantendo o domínio da
Disciplina Oblívio. Os membros da Linhagem
que se entregaram ao aprendizado de Daimonion
posteriormente uniram-se ao próprio Clã Baali. Es-
ses vampiros se desvinculam, com o tempo, da sua
origem e se apegam à corrupção pura e "honesta".
Entretanto, isso é considerado uma "traição" aos
membros da Seita e todo Angellis Ater que deixou
seus irmãos foi caçado como um
inimigo.
Mesmo que sirvam a um
mesmo propósito, os Angellis
Ater nunca foram e nunca serão
aliados verdadeiros dos Baali.
Dentro do ponto de vista Baali,
os membros desta Seita nada
mais são do que Cainitas com um
senso desesperador de importân-
cia, imortais que não conseguem
atribuir qualquer vitória a si e
por tal razão seguem o mesmo
caminho. Entre os Anjos Negros,
os Baali são caíram, estão fracos
e nunca vão se recuperar porque
passaram a servir aos próprios
propósitos e não aos ideais de
Satan. Ainda que sejam igual-
mente habilidosos em distribuir
a corrupção e o mal, são impos-
tores pervertidos e não lutam por
um ideal.
A visão de ambos os Clãs so-
bre si mesmos é puramente uma
ilusão. É parte do que a Jyhad faz
com os Cainitas e provavelmente
mudará a cada era que se passar.
Mesmo assim, isso nunca impediu
os Angelis Ater de trabalharem
com os Baali quando tiveram
oportunidade, ainda que fosse
uma "aliança velada" pelo passado
de intrigas que ambas as Linha-
gens tem um com o outro.
Mesmo que nunca admitam,
só o "trabalho em equipe" desses
Cainitas foi o suficiente para
causar a ruína. Mesmo que não
existam provas concretas do que,
de fato, aconteceu, esses Cainitas
foram responsáveis por grande
parte do caos e destruição que
acontece no Oriente Médio nas
noites modernas.
o despertar do fim
A primeira década do segundo
milênio foi recheada de eventos
catastróficos para os Cainitas. A
Semana dos Pesadelos, a morte
de Xaviar, a saída dos Gangrel
da Camarilla, o 11 de Setembro,
8
tudo está relacionado aos vampi-
ros. Entretanto, o maior evento
de todos foi despertado por esses
Cainitas.
Em 2001, surgiram vestí-
gios durante uma escavação de
uma cidade com mais de cinco
milênios, enterrada sob met-
ros de pedra e calcário. Ainda
que desconhecida, a localização
provavelmente está ao leste do
Iraque. Os rumores afirmam que
dois anos depois, em 2003, mais
outra cidade foi encontrada em
alguma região da Síria e enfim,
a última cidade foi encontrada
em 2006, na região da Armênia.
Ambas as três cidades tinham
enormes fossos, de profundidade
desconhecidas, com correntes de
metal e grades resistentes o su-
ficiente para que nem o próprio
tempo fosse capaz de corroê-las,
indestrutíveis.
As escavações foram iniciadas
pelos Angellis Ater, através de

Carniçais e contatos e finaliza-
das pelos Baali. Seu objetivo?
Libertar Azaneal, o Criador da
Seita, que estava aprisionado em
Chorazin. Seria uma poderosa
vitória à Linhagem
as ruínas de chorazin
Chorazin é uma poderosa e ocul-
ta fortaleza infernal subterrânea
criada pela Ordem de Moloque
(Seita Baali), com o intuito de
guardar os segredos dos Baali e
conduzir os planos da Linhagem
enquanto estiverem existentes.
Foi utilizada durante um dos
maiores conflitos entre os Baali e
os Azanealli no passado, ao qual
puderam utilizar de quase todo o
poder e energia que circundava a
fortaleza para aprisionar Aza-
neal e destruir qualquer saída do
Cainita de lá.
Em busca da libertação do
poderoso Matusalém, os Azaneal-
li acreditaram que os três fossos
seriam importantes para reunir a
energia infernal e destruir os Se-
los de Chorazin, responsáveis por
manter Azaneal preso por meio
de feitiçaria demoníaca. Acred-
ita-se que os Azaneali tenham
iniciado o rituais de abertura
dos círculos infernais, evocando
as forças poderosas dos fossos
para destruir os Selos de Chora-
zin! Por infortúnio do destino,
a Ordem de Moloque conseguiu
descobrir um dos fossos durante
o período do ritual devido à
poderosa energia canalizada,
utilizando sua força infernal
totalmente em retalização aos
Azaneali.
Uma vez que o ritual se
iniciou, uma energia de tamanho
poder não poderia ser fácilmente
dissipada. O ataque aos Azaneali
teve seu êxito, porém a Ordem de
Moloque foi obrigada a descar-
regar toda a energia de libertação
dos Selos Infrnais nos fossos para
que Azaneal não fosse libertado.
O resultado não poderia ser
pior: ao invés de destruirem os
Selos de Chorazin, destruíram os
selos de algo ainda pior! Os Baali
despertaram, "sem querer", o que
acredita-se ser um dos Funda-
dores de Clã.
Após o evento, sabe-se que os
primeiros Azaneali foram atingi-
dos por uma avalanche de Com-
pulsões, resultando em eventos
catastróficos para a Linhagem.
Não só o despertar da criatura
parece ter matado grande parte
deles, que estava reunido por
lá com os Baali como também
os afetou permanentemente. O
Chamado (Beckoning) se iniciou
desta forma: com a destruição
parcial dos Baali mais poderosos
e dos Angelis Ater, que mor-
reram tentando aprisionar a
Besta que estava há muito tempo
enjaulada.
Disciplinas
OBLIVION : evocando as trevas,
Oblívio é uma das Disciplinas
principais dos Angelis Ater. Um
tanto diferente dos Lasombra,
esses Cainitas são muito mais
apelativos com toda a mística
das sombras e aos rituais que
envolvem o Abismo ou o mundo
dos mortos do que o Clã da
Noite. Eles utilizam versões nefas-
9
B LO O D L I N E S C O M PA N I O N I I
tas da Disciplina para cumprirem
com o mesmo objetivo.
POTENCE : quando os rituais e
o argumento não funcionam, a
força deve agir. Assim como os
Lasombra, esses Cainitas privile-
giaram manter a Potência como
uma de suas Disciplinas princi-
pais devido à necessidade de agir
caso nenhum dos seus recursos
sobrenaturais funcionem. Como
o Clã da Noite, os Angelis Ater
são impositivos, destrutivos e
dominadores! Eles são a liderança
e vão impor aquilo que querem
por bem ou por mal.
DOMINATE : Dominação é a
arma mais importante para o
político quando as suas palavras
não funcionam. A Dominação é
a garantia de que acordos serão
respeitados, de que os Cainitas
se manterão temidos e de que
objetivos serão cumpridos. Con-
siderando sua origem, os Angelis
Ater mantiveram a Dominação
porque acreditam que só existe
essa maneira de garantir que seus
mandos sejam obedecidos com
propriedade.
Fraqueza
Considerando que os Azaneali
são membros do Clã Lasombra
que dividiram-se numa Seita, há
muito tempo atrás para ideais
diferentes, não há qualquer
diferença na Fraqueza Lasombra
e Angelis Ater. Esses vampiros
são pertecentes ao Clã, mas não
quiseram adotar a ideologia
Lasombra naquela época. Sua
Compulsão, no entanto, se torna diferente pela
divergência da maneira de pensar que esses vampi-
ros tem.
compulsão: o corrupto
Assim que o Angelis Ater sofre uma Compulsão, ele
sofre de um poderoso ímpeto de comandar a mal-
dade do próximo. Ele precisa fazer com que um alvo
próximo a ele prejudique alguém, seja maldoso ou
então que se prejudique! Não importa quem é seu
companheiro ou até mesmo se ele se importa com o
mesmo, ele forçará o alvo a fazer o mal.
O vampiro vai buscar a resolução mais danosa.
Ele deve forçar sua vítima, seja com Dominação,
agressões físicas com Potência, os usos maquiavéli-
cos de Oblívio ou qualquer outro recurso aterrori-
zante em sua mão.
Ações tomadas para mitigar essa tragédia ime-
diatamente custam um ponto de Força de Vontade
do Azaneali e um decréscimo de dois dados como
penalidade. A Compulsão cessa imediatamente
assim que alguma vítima tiver sofrido nas mãos do
vampiro ou até o final da cena.
Arquétipos de Azaneali
O Sobrevivente
O sobrevivente é um resquício da mistura entre os
Clã Lasombra e a Linhagem dos Azaneali. Dotado
de eventos traumáticos, o Sobrevivente foi um dos
Cainitas que pode ter participado do evento de
"despertar" da Gehenna ou não. Alguns dos sobre-
viventes acreditam que o único meio de retomar
qualquer possibilidade de salvação da própria pele é
libertando Azaneal.
O Atormentado
Como o nome menciona, o Atormentado se arre-
pendeu dos seus atos, de seus erros e de tudo o que
praticou nos únicos anos. Ele provavelmente busca
se reconciliar com sua própria moralidade, mas
acredita estar perdido demais em maldade, corrup-
ção e destruição. Seja por algum evento traumático,
como o dos fossos ou por si próprio, os Cainitas que
10
restaram e pertencem a esta "casta" querem fazer o
impossível e o possível para reatarem seus erros e
transformá-los em acertos.
O Solitário
Considerado um vagante, o Solitário perdeu seu
envolvimento com a Linhagem há certo tempo e
provavelmente não se envolve em quaisquer mano-
bras políticas. Ele quer estar solitário e aproveitou
do desmanche da Linhagem e de qualquer liderança
para afastar-se de seus companheiros anteriores.
Ele pode até mesmo buscar a salvação de si próprio
como maneira de distanciar-se da própria Seita,
mas sabe que hora ou outra ele terá de voltar a ser-
vir como ferramenta do mau. É por isso que alguns
deles ainda servem como tal.
A Trilha do Amaldiçoado
C
onsiderados seguidores do que era
conhecido como a Trilha da Redenção
Noturna, criada na cidade de Montréal
pelos Cabeças de Pá, entende-sae que
a Trilha de Redenção Sombria nada mais é do que
sua reformulação e mudança de alguns conceitos.
Os vampiros que aderiram a esta linha de pen-
samento querem encontrar a sua própria redenção
antes da Gehenna, porém aprendendo com os
ensinamnetos de Caim e dos Segunda Geração. Os
"Redentores", como são chamados, acreditam que a
preparação e provação para o Fim dos Tempos é o
exercício da própria convicção.
O maior ideal desses Cainitas é encontrar-se
no pecado, assim como Caim o fez, é descobrir a
Salvação (ou Golconda?) porque para eles, a Ge-
henna é o Apocalipse daqueles que não entendem
a sua própria maldição. Eles acreditam que os
Antediluvianos só poderão punir aos Cainitas que
perderam-se em sua própria Moralidade e não mais
sabem quem são, àqueles que são escravos de sua
vontade, que não se entregaram às necessidades
para depois as controlarem e que não aproveitaram
a eternidade. Serão punidos apenas os Cainitas que
não buscaram o entendimento da própria Maldição
de Caim.

A Trilha da Redenção Som-
bria não é tão acadêmica quanto
outras ideologias Cainitas. Os
vampiros seguidores desta Trilha
se baseiam em entender o pecado
de Caim, cometê-los todos os
para que só assim estejam unidos
ao Pai das Trevas. Esses Cainitas
colocam em prática as necessi-
dades humanas, pois acreditam
que são um presente do Todo-
Poderoso e um sinal do Fim dos
Tempos. Enquanto puderem,
eles trarão tal sentimento à tona
e desfrutarão de tudo o que lhe
prover! São vampiros extrema-
mente provocadores e apegados
aos desejos mais intrínsecos de si
e dos mortais.
Eles entendem que a máxima
compreensão de tal "status quo"
só deve ser encontrada se os
mortais forem levados ao seu ex-
tremos, tanto para bem, quanto
para mal. Ao ponto de vista
deles, o Sabá lutará enquanto eles
descobrirão a Maldição de Caim,
o Sabá enfrentará a Gehenna
enquanto eles estão entendendo e
provocando a própria origem. O
Sabá os protegerá enquanto eles
estão buscando a Sabedoria de
Caim e da Segunda Geração, para
assim se tornarem a chave para o
início do fim da Gehenna.
Éticas
■ Os pecados de Caim são os
nossos pecados. Cometa-os,
pois somente aqueles que
viverão pelo pecado encon-
trarão a própria Redenção;
■ O desejo humano é a maior
dádiva e maldição, presentea-
das pelo Todo-Poderoso.
Intigue-os! Os humanos
devem ser levados aos seus
extremos, para bem ou mal e
só assim saberemos como nós
mesmos somos;
■ Encontre a Sabedoria de
Caim e dos Segunda Geração,
pois só vivendo pela maldição
é que poderemos derrotar
nossa destruição verdadeira.
éticas opcionais
■ Como seus irmãos e irmãs,
os membros que vierem a
ser Abraçados devem estar
dispostos ao sacrifício que os
Filhos de Caim cometem pelo
Sabá;
■ Contemple a Criação de
11
B LO O D L I N E S C O M PA N I O N I I
Caim, esmague os temores
que teu coração guarda e viva
os prazeres que a Eternidade
deve lhe proporcionar. Só
então busque a Redenção com
glória.
Em Crônicas
A Trilha da Redenção Sombria
não é tão acadêmica quanto
outras ideologias Cainitas. Os
vampiros seguidores desta Trilha
se baseiam em entender o pecado
de Caim, cometê-los todos os
para que só assim estejam unidos
ao Pai das Trevas. Esses Cainitas
colocam em prática as necessi-
dades humanas, pois acreditam
que são um presente do Todo-
Poderoso e um sinal do Fim dos
Tempos. Enquanto puderem,
eles trarão tal sentimento à tona
e desfrutarão de tudo o que lhe
prover! São vampiros extrema-
mente provocadores e apegados
aos desejos mais intrínsecos de si
e dos mortais.
Disciplinas
A maioria dos seguidores desta
Trilha são adeptos da utilização
de Presença, do Proteanismo,
Feitiçaria de Sangue ou Domi-
nação (alguns aplicam Potência
no lugar de Dominação). Eles
encontram as saídas que buscam
através da provocação e só podem
fazê-lo por meio das Disciplinas
listadas. Outros acreditam que
estas são os poderes primais
que mais podem uní-los ao Pai
das Trevas, sendo estritamente
necessários para o desenvolvi-
mento em sua Trilha.
 Frankensteins
Irmãos de Sangue
Filhos do Sangue

"Nós somos o Uno. Con-

verse comigo e conversará
com todos nós. Matar?"

12

Filhos do Sangue
D
esenvolvidos como um experimento
Tzimisce, os Filhos do Sangue se tor-
naram uma Seita pertencente ao Sabá,
seguidores de uma das Trilhas de
Moralidade, que foram artificialmente criados para
gerir a um propósito: ser a linha de frente do Sabá.
Há poucos anos atrás, esses Cainitas eram conheci-
dos como Irmãos de Sangue e misturavam técnicas
de Vicissitude para alinhar suas capacidades com
outros iguais a si mesmos.
As lendas rezam que eles eram capazes de
trocar membros, poderes e até mesmo virar uma
monstruosidade única! Considerando que, com
o tempo, o Sabá sumiu e só re-apareceu há pouco
tempo, os Filhos do Sangue também mudaram
e carregam consigo novos ideais que antes eram
desconhecidos.
Os "Frankensteins", como são chamados, cri-
aram a Trilha da Redenção Sombria. Entende-se
que esses Cainitas aderiram essas convicções por
acreditarem que seu propósito se revelou verda-
13
B LO O D L I N E S C O M PA N I O N I I
deiro após a cruzada do Sabá se iniciar. Os Filhos
do Sangue são o guardiões enviados por Caim para
cumprirem com o propósito que a Gehenna os
trouxe.
Quem São os Filhos do
Sangue?
Os Irmãos de Sangue foram criados durante as
noites, quando o Sabá estava passando por um
processo de expansão e necessidade de manter
seus territórios protegidos dos ataques da Torre de
Marfim. Ainda naquela época, eles eram Cainitas
completamente cegos, violentos e que se compor-
tavam como uma espécime de "colméia". A sua
criação é um experimento Tzimisce, como uma
espécime de inspiração dos Gárgulas, que foram
uma criação dos Tremere. Os boatos sobre o fim
dos tempos afirmavam que esses Cainitas seriam
destruídos assim que a Estrela Vermelha brilhasse
aos céus.
 O maior e principal objetivo deles era puramente jogá-
los aos mais frequentes e poderosos ataques do Sabá. Eles
literalmente não tinham qualquer função senão causar a
maior possibilidade de estrago possível. Considerando que
quase sempre andavam em Bandos de até 5 Cainitas, esses
vampiros geralmente utilizavam de efeitos específicos ensi-
nados pelos Tzimisce para trocarem de habilidades durante
os confrontos. Sabe-se que em cada um desses grupos, havia
pelo menos um Tzimisce que liderava o Bando. Em alguns
casos, eles se tornavam totalmente independentes.
Durante os anos 90, a maioria desses Cainitas adquir-
iam um aspecto muito semelhante de aparência devido às
mudanças corporais que sofriam devido ao uso frequente
das técnicas de Vicissitude ensinadas, pelos Tzimisce. Eles
tentam apagar qualquer coisa que possa distingui-los como
indivíduos; para isso, eles podem tatuar-se com números
que identificam seu círculo, ou ser feitos de carne para
se parecerem com seus companheiros. A maior parte da
"cultura" que envolvia esses vampiros estava diretamente
relacionada à violência, pois era assim que foram treinados
a ser: violentos e reativos.
Durante décadas, esses Cainitas careciam de desejos
pessoais e eram considerados servos ideais por seus cria-
dores, embora a opinião deles fosse diferente entre outros
membros do Sabá que estão cientes de sua existência. Eles
sabiam que serviam a um único propósito e eram obedi-
entes e leais: nada os tiraria de seu propósito. Esse compor-
tamento se manteve recorrente até o Chamado (Beckon-
ing). Foi quando a maior parte da Linhagem sofreu uma
enorme divergência.
Durante o Chamado (Beckoning), muitos dos Senhores,
Líderes dos Bandos ao qual os Irmãos de Sangue faziam
parte levaram consigo para a batalha no Oriente Médio. A
cruzada do Sabá foi grande responsável por ordenar que
a maioria dos Irmãos de Sangue finalmente concluíssem
seu objetivo maior e deixassem o seu legado como uma das
mais eficazes ferramentas de batalha da Mão Negra em pról
de defender-se da destruição final. A menor porção desses
Cainitas, que permaneceram em seus refúgios seguindo
as ordens de seus Senhores, adquiriram consciência e se
tornaram algo a mais.
Apenas após a destruição dos Criadores que sacrific-
aram-se pela cruzada que os mais jovens, os Franksteins
sobreviventes puderam, pela primeira vez, estarem com-
pletamente independentes. Eles sabem que ainda teriam

14

de servir ao propósito do Sabá porque não faria
sentido voltar-se contra tudo o que foram criados
para ser, mas agora seria a melhor a maior possi-
bilidade de ser algo além do que apenas a linha de
frente. Esses vampiros puderam aperfeiçoar as téc-
nicas que haviam aprendido para suportar as mais
dificultosas tarefas e por meio desta, apegaram-se à
novos conceitos que aprenderam com os Cainitas de
Montréal.
Os Irmãos de Sangue se tornaram Filhos do
Sangue porque agora de fato se consideram uma
coisa só. Ainda que tenham a possibilidade de
divergir em opiniões, eles lutam para pensar, agir e
trabalhar igualmente. Eles são uma "Unidade" e por
tal razão, todos pertencem ao Sangue de Caim. Este
conceito surgiu através da conversão à uma versão
reformulada da Trilha da Redenção Noturna. Aos
Filhos do Sangue, o seu propósito é único e novo,
servindo a uma razão que não podem mais se dar o
luxo de abandonar. Eles se tornaram importantes e
ainda que visem novos mortais para se tornar parte
da "Unidade" (ao qual eles se chamam), é preferível
que mantenham seus números e quantidade relati-
vamente inferior ao que eram antes.
Os Cainitas, que eram considerados Irmãos de
Sangue, morreram durante a cruzada. Essa variação
das Linhagens de Caim morreu lutando em glória e
com honra aos seus princípios. Entretanto, seus suc-
essores tomaram o seu lugar e se transformaram em
algo novo e não mais se reconhecendo como Irmãos
de Sangue. Os Irmãos de Sangue não se importa-
vam com seus refúgios; os Filhos do Sangue querem
capelas e igrejas, quaisquer templos que possam
ser convertidos em sua Seita unitária. Enquanto
puderem ficar juntos, os Filhos do Sangue não se
importam com a qualidade do referido refúgio.
CONECTADO À UNIDADE (MÉRITO DE
CLÃ): muito similar ao que muitos membros do
Clã da Lua sofriam no passado com Malkav, a Uni-
dade parece ter evoluído para uma criatura "única".
Seus pensamentos invadem a mente de cada um dos
Franksteins que são portadores deste Mério. Eles
estão diretamente conectados a alguma consciência
que pode ajudá-los em momentos de necessidade. A
15
B LO O D L I N E S C O M PA N I O N I I
cada sessão, o personagem pode "gastar" a quanti-
dade de pontos investidos neste Mérito para obter
Sucessos automáticos numa rolagem. Entretanto, o
ponto só é recuperado em um por sessão. Esta ca-
pacidade pode ser "emprestada" uma vez por sessão
para outro vampiro da Coterie ao doar seu sangue,
entretanto segue a mesma regra, além das regras de
Laço de Sangue.
Disciplinas
FORTITUDE : a resiliência é essencial para a sobre-
vivência da Unidade. Eles precisam da Fortitude
para resistir a todo tipo de abalo que sofreram e
que sofrerão com o Fim dos Tempos. Eles enxergam
na Fortitude uma das maiores capacidades Cainitas!
A capacidade de preservar a imortalidade é a maior
importância que o vampiro deve dar para si.
POTENCE : considerados os "Guerreiros do Sabá",
os Filhos do Sangue aprenderam a Potência como
forma de responder aos principais adversários que
enfrentavam no passado. Há quem diga que agora,
como Unidade, muitos deles tentam migrar para
Animalismo como forma de entrar em contato com
a sua Besta. Infelizmente, devido às limitações apli-
cadas pelos Tzimisce, essa troca está sendo comple-
tamente dificultosa.
PROTEAN : através do Proteanismo, os Filhos do
Sangue utilizam das técnicas da Vicissitude como
forma de organizarem-se como uma Linhagem. Eles
doam capacidades para outros vampiros e tomam
da mesma maneira. Assim, eles se tornam criaturas
co-dependentes que conseguem trabalhar de modo
independente no geral.
Fraqueza
Os Filhos do Sangue foram criados com um único
propósito: destruição. É por esta razão que eles
foram enfraquecidos pelos Tzimisce. Se houvesse
qualquer possibilidade de rebelião, lidar com as
próprias criações bestializadas seria um desafio
inconveniente ao que foi planejado par ao Sabá.
Entende-se que os Filhos do Sangue foram
condenados a suportar duas maldições (alguns deles
afirmam ser três), os que os fez tornarem-se ainda
mais obcecados pela história de Caim: eles se vêem
como os verdadeiros descendentes de Caim. Sua
primeira maldição não os permite Abraçar nenhum
Cainita pelos meios convencionais! Considerando
que os rituais estão guardados como minas de ouro,
esses Cainitas sentem-se obrigados a contar com
a sorte ou o surgimento dos "Parideiros", nome ao
qual chamam aqueles que desenvolveram a capaci-
dade da Abraçar. A "Unidade" se tornou uma con-
sciência. Embora alguns eruditos venham a afirmar
que tal "consciência" é puramente algum Tzimisce
com mais de mil anos, essa teoria é totalmente
descartada pelos próprios Filhos do Sangue. Eles
acreditam que os pensamentos são seus e que nada
os influencia além de si mesmos.
Uma vez por sessão, o Filho do Sangue deve
receber uma sugestão, ordem ou qualquer comando
que o faça tomar alguma ação em pról da sua Besta
ou de si mesmo. Esta ação surge em sua mente como
um pensamento incontrolável! Só é possível resistir
a ele ao despender um ponto de Força de Vontade.
Caso o faça, o personagem recebe uma penalidade
de dados equivalente à sua Severidade de Maldição
(cumulativamente). Considerando que o person-
agem não obedeça a este comando, outros coman-
dos devem surgir até completarem três durante a
sessão. Considerando que ele resista aos três, ele
estará livre de quaisquer penalidades naquela noite.
As penalidades resetam na noite seguinte após o
personagem descansar.
compulsão: síndrome do impostor
Sabe-se lá qual magia obscura ou efeitos de Domi-
nação foram aplicados durante a sua criação, mas
estes Cainitas ainda mantém um padrão de com-
portamento igual ao de seus irmãos. Os Filhos de
Sangue ficam agitados se eles se vêem como "difer-
entes", e por isso usam as mesmas roupas para que
possam se sentir mais à vontade enquanto Compul-
sivos. Durante a Compulsão, esses Cainitas passam
a sentir-se completamente descrentes em tudo o que
fizeram e que fizerem durante aquela cena.
Acredita-se que esses pensamentos venham
16
justamente porque sua mente é compartilhada com
a "Unidade". Eles são condenados a buscar uma
reparação das suas incapacidades imediatamente.
Durante a cena, o personagem sempre realizará
duas rolagens: uma para acertar e outra para errar.
Esta "auto-compensação" o faz errar muito mais do
que acertar, pois ao almejar a perfeição, ele encon-
tra-se com mais erros do que acertos.
A quantidade de dados que o personagem rola
contra si mesmo é sempre a sua Parada de Dados -2.
Eles ainda pode despender um ponto de Força de
Vontade, diminuindo os dados em -3. Cada Sucesso
rolado contra si mesmo abate do Sucesso do acerto.
Após a cena, essa penalidade some. Supondo que
tenha despendido o ponto de Força de Vontade, ele
só poderá recuperá-lo pelos meios comuns! Consid-
erando que o personagem tenha uma Para de Dados
"insignificante", ele não é capaz de rolar contra si
mesmo por não ser bom o suficiente naquilo.
Arquétipos dos Filhos do
Sangue
O Recrutador; "Parideiro".
Considerado aquele que descobriu o ritual de
Abraço para trazer novos mortais aos Filhos do
Sangue ou simplesmente desensolveu a capacidade
de Abraçar um mortal em Cainita, o Recrutador é
chamado de "Parideiro" pelos membros da própria
Seita por sua capacidade única. Seu trabalho é
puramente realizar todos os preceitos, pois ele é a
"quebra" do padrão! Mesmo ensinando, nem todos
os passos do ritual parecem funcionar com out-
ros Cainitas e por esta razão ele é a autoridade no
quesito transformação. Se alguém será Recrutado?
Será feito por ele.
Os próprios Filhos do Sangue teorizam de que
esta foi mais uma das maldições Tzimisce, como
forma de pará-los a não serem maiores do que são.
O Oráculo
Conectado de maneira sobrenatural com a Uni-
dade, o Oráculo é responsável por trazer os recados,

obter informações, entender a
Unidade e comunicar-se com seus
irmãos. Ele é quem traz os pressá-
gios, é quem sente e aprofunda-se
no estudo da Unidade. Oráculos
também são responsáveis pelo
desenvolvimento da Seita com
a Trilha da Redenção Sombria,
permitindo-os melhor entendi-
mentos obre as práticas da
Trilha e ditando cada vez mais as
capacidades dos Filhos do Sangue
nas éticas e moralidades que
pregram.
O Líder
O Recrutador Abraça e escolhe,
o Oráculo intuí e orienta, o Líder
comanda e orienta. Seu papel
é Literalmente manter contato
com os outros dois arquétipos de
Filhos do Sangue para entender
o processo de orientar a Linha-
gem à ascensão. Os Líderes estão
ocupados com planos, com ação
e com reação. Não precisa haver
um único Líder, podem haver
vários que trabalham em con-
junto e a palavra do que mais fez
pela Seita é a que valerá de maior
peso. Eles são especialmente
importantes porque representam,
ainda, aquela parcela dos Frank-
steins que parece ter morrido
nas cruzadas: a ação impetuosa e
impiedosa do Sabá.
Poderes de Disci-
plinas
Fortitude
Level 3
sentidos bestiais
Pré-requisito: Fortitude 2,
Barreira Mental.
Amálgama: Animalismo ou
Proteanismo 1, Sentir a Besta ou
Olhos da Besta.
O vampiro ingere o sangue de
17
B LO O D L I N E S C O M PA N I O N I I
outro indivíduo e cria o Vínculo
de Sangue ou Laço de Sangue
com o mesmo. A partir deste
momento, ambos compartilham
os sentidos das suas Bestas e con-
seguem interpretar parcialmente
como estão se sentindo.
Sendo muito poderoso, este
poder permite vincular várias
Bestas ao mesmo tempo, de modo
que os Cainitas consigam criar
"táticas de matilha" e trabalhar
em equipe. Ainda que não ten-
ham uma comunicação clara, eles
conseguem sentir e entender as
intenções um do outro por meio
de intuições.
Dice Pool: Wits + Insight.
Cost: One Rouse Check.
System: uma vez que o per-
sonagem vinculou-se a um aliado,
o poder permanecerá ativo por
uma cena. Ele ainda poderá ativar
em outros momentos ao concen-
trar-se por um turno! Após o
Rouse Check, os efeitos do poder
permanecem passivos enquanto
o Cainita estiver vinculado ao
seu aliado. Este efeito só pode ser
utilizado em uma quantidade de
vampiros equivalente ao nível de
Fortitude do personagem, pois
simboliza o quanto ele consegue
se conectar antes de receber os
efeitos negativos da Besta.
Enquanto estiverem conecta-
dos, os personagens podem tro-
car comandos simples, como "Siga
para lá", "Ataque pelas costas",
"Segure os braços", "Fareje seu
rastro" e etc. Esses servem para
garantir movimento em grupo e
os personagens o fazem por meio
de grunhidos durante a cena. Eles
simplesmente entendem o que
está sendo dito de forma intuiti-
va! Comandos complexos podem
exigir a rolagem de Wits + Insight
para compreensão ao encargo do
Narrador.
Considerando que o per-
sonagem tenha Animalismo 1,
ele poderá utilizar os efeitos de
Sentir a Besta em seus compan-
heiros com maior facilidade.
Cada aliado consegue Sentir a
Besta um do outro, o que facilita
completamente a comunicação e
estágio de interação. As rolagens
de comandos recebem +2 dados
bônus. Se o personagem tiver
Olhos da Besta, todos os aliados
recebem o mesmo benefício do
poder, sendo compartilhado en-
tre si. Entretanto, não há quais-
quer benefícios de dados.
Duration: ativo por uma cena ou
até o invocador do poder entrar
em Torpor ou ser destruído.
Level 4
empréstimo sanguinário
Amálgama: Fortitude 2.
Os Filhos do Sangue são
conhecidos por emprestar suas
Características Físicas aos seus
iguais e então realizar feitos de
tremenda força, velocidade ou
resistência. Empréstimo San-
guinário permite que o person-
agem pegue pontos de Atributos
de cada companheiro para dis-
tribuir em sua própria Ficha. Os
Filhos do Sangue aperfeiçoaram
essa capacidade e transformaram
em uma máquina de sobrevivên-
cia.
Dice Pool: Força de Vontade.
Cost: One Rouse Check. Adi-
cionalmente, um ponto de Força
de Vontade e outro Rouse Check.
System: exatamente como em
"Sentido Bestial", o personagem
precisa vincular-se com Laço
de Sangue para cada compan-
heiro que ele quiser obter pontos
extras. Durante a ativação do
poder, ele concentra-se na Clas-
sificação de Atributo (Físico,
Mental ou Social) que pretende
melhorar. Em seguida, ele realiza
um teste de Força de Vontade,
ao passo em que cada Sucesso
permite que um aliado empreste
um ponto para distribuir em
sua Ficha.Considerando que ele
despenda um ponto de Força de
Vontade, cada aliado pode doar
até dois pontos para adicionar em
seus Atributos.
É importante mencionar
que o Filho de Sangue não pode
escolher mais de uma classifi-
cação de Atributos. Sendo assim,
18
considerando que ele tenha cinco
aliados e queira melhorar suas
capacidades mentais, ele pre-
cisará ter cinco Sucessos durante
a ativação do poder para con-
seguir um ponto de cada aliado
para distribuir naquele Atributo.
Os pontos são dobrados após o
dispêndio de Força de Vontade e
a rolagem de outro Rouse Check.
Considerando que o aliado está
vinculado, ele não pode evitar
essa "coleta". Este poder também
pode ser utilizado contra ad-
versários.
Ainda que o personagem
pegue muitos pontos para
distribuir naquela seção de
Atributos, ele não pode superar
os limites humanos. Sendo assim,
ele ainda está preso ao máximo
de 5 pontos por Atributo. É
importante considerar que esses
pontos não são dados extras, mas
literalmente pontos de Atributo
e por esta razão se manifestam fi-
sicamente no personagem! Braços
extras podem surgir (Força),
olhos podem saltar de sua testa
(Raciocínio), suas pernas podem
crescer (Destreza) e assim por
diante.
Duration: uma cena inteira.
Proteanismo
Level 3
sanguineum
Amálgama: Fortitude 3 ou
Potência 2.
O Cainita deve vincular ad-
versários ou aliados ao seu sangue
para, em momentos de necessi-
dade, invocar a cura sobrenatural

de cada vítima para si. A força do
sangue de cada vampiro enlaçado
é imediatamente direcionada par
ao propósito de curar o invoca-
dor deste poder.
Cost: Two Rouse Check.
System: o personagem deve
realizar um Vínculo de Sangue e
mantê-lo ativo antes de utilizar
este poder. Após realizar o Laço
de Sangue, dois Rouse Check
é realizado com cada vítima
vinculada. Sempre que precisar
se curar, o vampiro evoca o poder
de seus aliados (ou adversários)
e se cura através da capacidade
deles.
Assim que ativo, o vampiro
determina de quais ou de quan-
tos aliados (ou vítimas) invocará
a cura sobrenatural. A cada vam-
piro escolhido, um Rouse Check
é feito por parte dele para ali-
mentar o invocador deste poder.
Sendo assim, o Cainita não
sentirá a Besta urrando por mais
sangue e sim, seus companheiros
que evocaram a própria Besta
deles para curá-lo! Em humanos e
Carniçais, essa cura não pode ser
realizada.
A quantidade de Vitali-
dade recuperada é diretamente
influenciada pela Potência de
Sangue de cada vampiro vincu-
lado. Ainda que este poder possa
ser imposto à quem não queira
cooperar, o vampiro precisará
despender um ponto de Força
de Vontade para utilizá-lo. A
mesma lógica se aplica contra
adversários.
Duration: uma ação. Este
poder só pode ser utilizado uma
vez na mesma vítima uma vez por
cena.
Level 4
potencializar o sangue
Pré-requisito: Sanguineum,
Potência 2.
Amálgama: Potência 2.
Os Tremere do Sabá diziam
que esta havia sido uma das téc-
nicas que os Tzimisce copiaram
da Feitiçaria de Sangue criada
por eles ao ensiná-las para os
Filhos do Sangue. Potencializar
o Sangue permite que o vam-
piro aumente a sua Potência de
Sangue ignorando os limites da
Geração, para assim, se tornar
ainda mais poderoso.
Dice Pool: Força de Vontade.
Cost: One Rouse Check.
System: diferente de outros
poderes, onde o personagem é
obrigado a criar Vínculos de
Sangue com seus companheiros,
este poder pede que ele tenha
ingerido o sangue de seus com-
panheiros. Não há custo ao criar
tal Laço de Sangue e enquanto o
poder estiver ativo, ele consegue
ativar o efeito principal.
Assim que precisar, o per-
sonagem evoca os a Potência
do Sangue de seus aliados. A
rolagem de ativação é feita ao
passo em que cada Sucesso au-
menta a pontuação de Potência
de Sangue dele em +1. Os Suces-
sos podem ultrapassar o limite
Geracional, mas cada aliado
perderá um ponto de Potência
de Sangue enquanto o efeito do
poder estiver ativo.
O vampiro se tornará
suscetível a todas as beneces e
malefícios de uma Potência de
19
B LO O D L I N E S C O M PA N I O N I I
Sangue poderosa. Ainda que
ultrapasse o limite Geracional, a
Potência de Sangue máxima atin-
gida é equivalente a quantidade
de aliados ao qual ele evocou tal
poder. Os Sucessos extras, em
caso de Sucesso Crítico consider-
am como dados extras para ações
envolvendo Disciplinas.
Duration: uma cena.
A Trilha da Re-
denção Sombria
C
onsiderados segui-
dores do que era
conhecido como a
Trilha da Redenção
Noturna, criada na cidade de
Montréal pelos Cabeças de Pá,
entende-sae que a Trilha de Re-
denção Sombria nada mais é do
que sua reformulação e mudança
de alguns conceitos. Os vampi-
ros que aderiram a esta linha de
pensamento querem encontrar
a sua própria redenção antes da
Gehenna, porém aprendendo
com os ensinamnetos de Caim e
dos Segunda Geração. Os "Re-
dentores", como são chamados,
acreditam que a preparação e
provação para o Fim dos Tempos
é o exercício da própria con-
vicção.
O maior ideal desses Cainitas
é encontrar-se no pecado, assim
como Caim o fez, é descobrir a
Salvação (ou Golconda?) porque
para eles, a Gehenna é o Apoc-
alipse daqueles que não enten-
dem a sua própria maldição. Eles
acreditam que os Antediluvianos
só poderão punir aos Cainitas
que perderam-se em sua própria
Moralidade e não mais sabem
quem são, àqueles que são escra-
vos de sua vontade, que não se
entregaram às necessidades para
depois as controlarem e que não
aproveitaram a eternidade. Serão
punidos apenas os Cainitas que
não buscaram o entendimento da
própria Maldição de Caim.
A Trilha da Redenção Som-
bria não é tão acadêmica quanto
outras ideologias Cainitas. Os
vampiros seguidores desta Trilha
se baseiam em entender o pecado
de Caim, cometê-los todos os
para que só assim estejam unidos
ao Pai das Trevas. Esses Cainitas
colocam em prática as necessi-
dades humanas, pois acreditam
que são um presente do Todo-
Poderoso e um sinal do Fim dos
Tempos. Enquanto puderem,
eles trarão tal sentimento à tona
e desfrutarão de tudo o que lhe
prover! São vampiros extrema-
mente provocadores e apegados
aos desejos mais intrínsecos de si
e dos mortais.
Eles entendem que a máxima
compreensão de tal "status quo"
só deve ser encontrada se os
mortais forem levados ao seu ex-
tremos, tanto para bem, quanto
para mal. Ao ponto de vista
deles, o Sabá lutará enquanto eles
descobrirão a Maldição de Caim,
o Sabá enfrentará a Gehenna
enquanto eles estão entendendo e
provocando a própria origem. O
Sabá os protegerá enquanto eles
estão buscando a Sabedoria de
Caim e da Segunda Geração, para
assim se tornarem a chave para o
início do fim da Gehenna.
Éticas
■ Os pecados de Caim são os
nossos pecados. Cometa-os,
pois somente aqueles que
viverão pelo pecado encon-
trarão a própria Redenção;
■ O desejo humano é a maior
dádiva e maldição, presentea-
das pelo Todo-Poderoso.
Intigue-os! Os humanos
devem ser levados aos seus
extremos, para bem ou mal e
só assim saberemos como nós
■
mesmos somos;
Encontre a Sabedoria de
Caim e dos Segunda Geração,
pois só vivendo pela maldição
é que poderemos derrotar
nossa destruição verdadeira.
éticas opcionais
■ Como seus irmãos e irmãs, os
membros que vierem a ser Abraça-
dos devem estar dispostos ao
sacrifício que os Filhos do Sangue
cometem pelo Sabá;
■ Contemple a Criação de Caim, es-
mague os temores que teu coração
guarda e viva os prazeres que a
Eternidade deve lhe proporcionar.
Só então busque a Redenção com
glória.
20
Em Crônicas
A Trilha da Redenção Sombria
não é tão acadêmica quanto
outras ideologias Cainitas. Os
vampiros seguidores desta Trilha
se baseiam em entender o pecado
de Caim, cometê-los todos os
para que só assim estejam unidos
ao Pai das Trevas. Esses Cainitas
colocam em prática as necessi-
dades humanas, pois acreditam
que são um presente do Todo-
Poderoso e um sinal do Fim dos
Tempos. Enquanto puderem,
eles trarão tal sentimento à tona
e desfrutarão de tudo o que lhe
prover! São vampiros extrema-
mente provocadores e apegados
aos desejos mais intrínsecos de si
e dos mortais.
Disciplinas
A maioria dos seguidores desta
Trilha são adeptos da utilização
de Presença, do Proteanismo,
Feitiçaria de Sangue ou Domi-
nação (alguns aplicam Potência
no lugar de Dominação). Eles
encontram as saídas que buscam
através da provocação e só podem
fazê-lo por meio das Disciplinas
listadas. Outros acreditam que
estas são os poderes primais
que mais podem uní-los ao Pai
das Trevas, sendo estritamente
necessários para o desenvolvi-
mento em sua Trilha.
 B LO O D L I N E S C O M PA N I O N I I

Relíquias
Esquisitões
Borboletas
Maeghar

"Encontro-me com minhas

origens, para que minhas
origens me salvem deste
mundo destruído."

21
 Maeghar
A
maior parte dos mitos Cainitas as-
sumem que os Maeghar são descend-
entes de uma extinta Linhagem de
vampiros conhecida como Kiasyd. Em
tempos mais distantes, acreditava-se que esses
imortais descendiam de Fadas e que tiveram seu
sangue misturado ao sangue "Feérico". Os poucos
ocultistas que poderiam confirmar essas infor-
mações entre os Cainitas da modernidade não
estão vivos ou sumiram com o Chamado (Beckon-
ing). Ainda que os Ravnos soubessem, a maioria
deles foi igualmente destruída na semana dos
pesadelos e tais segredos estarão guardados na
história ou caso algum bastardo sortudo consiga
encontrá-los.
Os Maghar são conhecidos entre os Neófitos
como uma "variação" dos Sangue Fraco. Dotados de
Disciplinas similares à Alquimia de Sangue Fraco,
esses vampiros conseguem replicar efeitos complet-
amente diferentes do usual. Eles foram responsáveis
pode causar muitos infortúnios entre os vampiros
22
no passado e o pouco que se tem sobre sua história
indica que tinham um poderoso líder que foi
responsável por destruir quase todos eles. Eles são
os Maeghar, outrora conhecidos como Kiasyd, ape-
lidados "Esquisitos", Borboletas Quebradas (pelos
Malkavianos) ou Relíquias por si mesmos.
Quem São os Maeghar?
Antes de contar sua história, é preciso introduzir
o passado Kiasyd. Considerados uma Linhagem
recente, os Maeghar surgiram por conta de um
grandioso desafio que assombrou seus antecessores
durante a idade das trevas. Originalmente, "Ki-
asyd" era um termo usado para descrever qualquer
vampiro ao qual o Abraço foi "quebrado", se eles
tivessem sobrevivido com sucesso ao trauma do
Abraço. Considerando as crenças da época, diziam
que isso estava diretamente relacionado ao Sangue
de Fada ou que eles eram simplesmente Fadas
Abraçadas por Cainitas. Não passa de um mito ou

fantasia.
Similar aos Sangue Fraco, esses vampiros sabiam
instintivamente que não pertenciam a qualquer
Clã, e a maioria dos Senhores imediatamente se
livrava desses "acidentes bizarros". Os raros Kiasyd
que sobreviveram descobriram que podiam trans-
mitir sua maldição com o Abraço, criando um
novo Kiasyd. A maioria dessas Linhagens Kiasyd
estava espalhada, já que a maioria dos Kiasyd não
suportava contato próximo, pois os lembrava do
que haviam perdido. Diferente dos Sangue Fraco,
a grande maioria deles nunca se deu o trabalho de
unir-se e arriscar-se numa relação proveitosa. Os
Kiasyd se detestavam, os vampiros os detestavam,
ninguém gostaria de se tornar seu aliado aberta-
mente por serem considerados "aberrações".
Os relatos até mesmo afirmam que era fácil
encontrar um Kiasyd simplesmente porque seu
tom de pele era alterado conforme ele utilizada os
poderes do sangue. Alguns ficavam azulados, outros
avermelhados, alguns deles tinham uma "repreen-
são" com ferro frio e outros eram vinculados demais
ao Abismo que os Lasombra tanto clamam. Esses
fatos não só serviram de argumento para levantar a
hipótese de que os Lasombra teriam os criado como
também supostamente confirmavam sua origem
23
B LO O D L I N E S C O M PA N I O N I I
Feérica. Nenhuma das informações foi confirmada
nos últimos tempos. A história desta
Linhagem mudou no início do Renascimento,
quando Marconius (um Matusalém pertencente à
Linhagem) e suas Progênies uniram-se para gover-
nar aos Kiasyd sozinhos. A maioria dos membros
da Linhagem começaram a desparecer nesta época,
pois Marconius não os governava... Eles os destruía.
Os Kiasyd sobreviventes renderam seu nome à
Marconius, renomeando-se Maeghar, deixando a
linhagem de Marconius e suas Progênies como Ki-
asyds. No fim, Marconius destruiu até mesmo seus
filhos em pról de ser o único vampiro pertencente à
Linhagem.
Ainda que ninguém seja capaz de confir-
mar, os vampiros desta Linhagem migraram para
adequar-se à Seita que outrora foi conhecida como
Tal'Mahe'Ra. Acredita-se que se tornaram estu-
diosos, ocultistas e feiticeiros durante o tempo de
serviço na Tal'Mahe'Ra. Foi durante os anos de
envolvimento com a Seita que os Maeghar haviam
conseguido resgatar conhecimentos envolvendo a
Alquimia de Kiasyd, uma espécime feitiçaria que
combina o Sangue Kiasyd com outros recursos
sobrenaturais e causa efeitos primorosos.
Após a Semana dos Pesadelos e sumiço da Seita,
o rumo dos Maeghar se tornou totalmente diferente
do que normalmente executariam. Motivados a
reencontrar um propósito, a Linhagem passou a se
organizar devidamente, como os própriosa Kiasyd
fizeram antes de exilarem seus irmãos. Os Maeghar
se tornaram "coletores", perseguidores de conheci-
mentos ocultos, de relíquias e culturas totalmente
esquecidas. A aproximação dos Maeghar com a
alquimia se tornou um dos traços mais relevantes e
marcantes da Linhagem pós Chamado (Beckoning).
Esses Cainitas perceberam que não só a destru-
ição da Tal'Mahe'Ra quanto o sumiço dos Anciões
foi de tamanho impacto para os Cainitas como
também influenciou na forma com que o conheci-
mento é disseminado e por tal razão, decidiram se
unir para uma causa: reunir o conhecimento que
foi perdido, recuperar o que foi destruído, entender
sobre o próprio passado e desvendar o que ainda
está oculto. Com o sumiço de Marconius, os Kiasyd
e muitos de seus inimigos, esta se tornou a opor-
tunidade perfeita de conseguir uma reorganização
e aproveitar a chave de entrada para um futuro
glorioso.
Disciplinas
Os Kiasyd criaram a Alquimia de Sangue, que
muitos Sangue Fraco clamam terem sido pioneiros.
É, pode até ser que foram pioneiros da Alquimia
de Sangue Fraco, mas a Alquimia de Sangue veio
muito antes deles. A maior parte dos Maeghar não
só herdaram por serem sobreviventes do exermínio
causado pelos Kiasyd, como também roubaram
novas técnicas durante o curso das décadas.
A Alquimia de Kiasyd é sua única e principal
Disciplina. Similar aos Sangue Fraco, quando um
Maeghar se alimenta, ele ganha um ponto em uma
Disciplina associada à Ressonância do sangue
consumido, junto com um poder de nível um nessa
Disciplina. Se a Ressonância for Intensa ou mais
forte, eles ganham um ponto adicional junto com
um segundo poder. Nenhum poder adicional pode
ser adquirido desta forma, nem a classificação
pode aumentar com a experiência. Esta pontuação
de Disciplina dura até que a Fome atinja 5 ou a
próxima alimentação.
24
Diferente dos Kiasyd, que eram aberrações e
tinham como manter Disciplinas advindas de seus
"Clãs originais", os Maeghar perderam esta capaci-
dade. Esses Cainitas são vítimas de uma imensa
dificuldade em aprender novas Disciplinas por si só.
Ainda que eles consigam aprender efeitos de Disci-
plinas temporariamente, aprendê-las permanente
tem um custo muito maior! O custo de aprendizado
de qualquer Disciplina é sempre considerado fora
de Clã para eles. Adicionalmente, para cada Ger-
ação acima da 8ª, o custo em Pontos de Experiência
aumenta em mais um. Sendo assim, um 13ª Geração
pagaria o próximo Nível x 12.
Fraqueza
O estudo dos mitos aponta que os seres Feéricos são
repletos de magia e presença. Em qualquer conto, as
Fadas são criaturas que representam cores, brilho
e uma magia intrínseca de seu ser. Infelizmente, os
Maeghar foram tão amaldiçoados quanto os Salu-
bri, que possuem um terceiro olho na testa. Sempre
que um Maeghar utiliza de qualquer Disciplina
(incluindo Alquimia de Kiasyd, a partir do Nível
2), sua pele muda sutilmente de cor. Sendo assim,
seus adversários recebem dados extras equivalente à
Severidade de Maldição (Bane Severity) do person-
agem para perceber a mudança sutil caso queiram.
Utilizando o Sopro da Vida (Blush of Life)
através de um Rouse Check, o personagem pode
disfarçar este caso. É preciso, entretanto, que ele
realize um teste de Manipulação + Compostura
para anular os dados extras. Considerando que o
vampiro consiga a quantidade de Sucessos equiva-
lente a Severidade de Maldição (Bane Severity), ele
poderá anular os dados extras e manter a pele co-
rada ao menos por uma cena. Em casos de vampiros
com uma maldição poderosa, essa maldição pode
simplesmente entregar a sua natureza sobrenatural
num estalar de dedos! Quanto mais poderoso é um
Maeghar, mais a mudança se torna evidente. Em
casos de vampiros extremamente antigos, sua pele
literalmente muda de cor, de modo que o Sopro da
Vida (Blush of Life) não é sequer capaz de escondê-
lo. Os Maeghar são obrigados a tomar muito cui-
dado ao utilizar de seus poderes.

Qualquer estudioso europeu que se preze deve
ter ouvido falar sobre as lendas envolvendo Fadas
e seus mitos. Especialmente a mitologia celta e
irlandesa ressaltam todo o envolvimento desses seres
mitológicos com o mundo humano. Mesmo que
essa informação não seja totalmente disseminada
dentre os mitos, é fato que um estudioso chegaria
à conclusão de que tais criaturas podem ser feridas
com o "ferro frio". Os Maeghar parecem ser vítimas
desta maldição, também.
O "ferro frio" é uma composição que poucos
sabem a verdadeira origem. Alguns dizem que é
o ferro moldado sem o calor das chamas de uma
forja, puramente por martelos e quaisquer outros
materiais. Equipamentos de ferro frio tendem a ser
muito menos refinados por conta de sua condição,
mas são principais responsáveis por causar destru-
ição para os seres Feéricos. Outros dizem que é uma
composição química diferente do usual. Até onde
se sabe, os Maeghar sofrem dano Agravado quando
atingidos pelo ferro frio.
compulsão: eternidade dos pesadelos
Ainda que estiverem acordados, sempre que o
Maeghar estiver em Compulsão, ele é tomado por
uma onda de pesadelos assustadores. Esses pesadelos
se projetam mesmo enquanto ele está acordado e
só vão embora após certo tempo de sofrimento. Há
quem diga que o surgimento desta Compulsão tem
vínculo direto com a Semana dos Pesadelos, evento
ao qual a maioria dos Maeghar sobreviventes foram
gravemente impactados! Os boatos revelam que
os vampiros desta Linhagem estavam nas proximi-
dades do Antediluviano Ravnos quando o evento
aconteceu.
Sempre que os pesadelos começarem, o person-
agem perderá uma quantidade de dados equiva-
lentes a sua Severidade de Maldição (Bane Severity)
em quaisquer ações Físicas, Sociais e Mentais. Ele é
gravemente impactado por isso e é obrigado a lutar
contra sua própria mente.
O Narrador deve requisitar um teste de Com-
postura + Wits para vencer seus pesadelos, entre-
tanto só um desses testes podem ser realizados por
cena. Em contrapartida, o Narrador deve jogar a
25
B LO O D L I N E S C O M PA N I O N I I
mesma parada de dados do vampiro contra ele mes-
mo +1 para cada ponto de Severidade de Maldição
(Bane Severity). A Falha neste teste contestado sim-
boliza que o personagem não conseguirá se desven-
cilhar dos pesadelos e o Narrador deverá tratar de
incluir tais efeitos dramáticos à cena. Falhas Bestiais
simbolizam que o personagem pode ser tomado por
um Rotshreck, ao encargo do Narrador.
Arquétipos dos Maeghar
O Kiasyd
Especialmente os Maeghar mais antigos são sobre-
viventes do extermínio causado pelos Kiasyd. Esses
vampiros são os remanescentes de uma época que
sequer é mencionada. Ocultistas, alquimistas de
elite, conhecedores natos do ocultismo e do mais
profundo entendimento da cultura Feérica, estes
são Cainitas perigosos que vagam em silêncio pelo
mundo. Não demonstram ser parte de nada ou de
qualquer organização. São hábeis, antigos e po-
derosos e provavelmente possuem conhecimento su-
ficiente para suprir muito mais do que se imagina.
O Mão Negra
Abraçado após o tempo de extermínio Kiasyd, o
Mão Negra é considerado um dos Maeghar que
remanesceram da Mão Negra. Ainda que ele não
tenha muita noção ou sequer qualquer conheci-
mento pertencente a Seita, ele é um dos sortudos
(ou desafortunados?) que podem dizer que fizeram
parte de uma Seita extremamente relevante. Esses
Cainitas são os mais presentes e provavelmente
idealizadores do que os Maeghar se tornaram nas
noites modernas. São dotados de conhecimentos,
dentro do possível e provavelmente escondem muito
mais do que são capazes de demonstrar.
O Feérico
Considerado um dos mais enlouquecedores Mae-
ghar, o Feérico tem este arquétipo porque está sem-
pre tentando se encontrar com a cultura ao qual ele
mesmo prega ter vindo. Ainda que não afirme ab-
ertamente sobre a existência de Fadas, este Cainita
é visto como louco quando tenta
provar para seus companheiros
que os Fae existem e que ele não é
fruto de um Abraço mal realiza-
do. Com histórias, contos, mitos,
este arquétipo tenta provar a
todo custo que tudo o que ele
está falando é verdadeiro e quem
sabe até mesmo busque encontrar
com alguma criatura Feérica pelo
mundo esperando desvendar suas
respostas.
Nova Disciplina
Alquimia de Kiasyd
"O único Alquimista que esteve
diante de mim fazia milagres com
suas fórmulas. Como um mágico,
ele as misturava e criava sensações,
visões e realizeções a partir do nada.
Um real criador, que era capaz de
trazer à realidade aquilo que nunca
poderíamos ver. Seus segredos sempre
foram ocultos o suficiente para que
eu nunca fizesse sequer ideia de seus
feitos e como eram criados. Pois bem,
um alquimista, tal qual um mágico...
Nunca revelará os seus segredos."
Nicknames: Alquimia do Sonhar,
Alquimia de Kiasyd, Feitiçaria
Oculta.
Aprendido e disseminado antes
de se tornarem Maeghar, a
Alquimia Kiasyd é o resultado
de um bando de sabores e fuções
bem sucedidas. As suas mis-
turas bizarras são o poder que
esses vampiros encontraram para
"replicar" Disciplinas, efeitos
de poderes Cainitas e outras
capacidades que estão além de
sua cultura. Através de um certo
custo, é claro, os Kiasyd da Idade
das Trevas ou simplesmente os
Maeghar da era contemporânea
podem "copiar" efeitos, despertar
capacidades únicas ou simples-
mente utilizar daquilo que foi
outrora disseminado dentre os
membros da Linhagem.
O tempo ditou que estas mis-
turas tenham se tornado bizarras,
ao passo em que começaram a
alterar as formas e os poderes
de quem as bebe. Os coquetéis
Maeghar podem trazer benefícios
temporários, como aumento de
Atributos ou efeitos de Discipli-
nas ao obter o sangue de vampi-
ros de um Clã específico. Outros
poderes próprios e até mesmo
capacidades únicas podem ser
igualmente exploradas.
Como dito, todos estes
poderes devem ter um custo. Os
exemplos mais comuns poderiam
carregar uma maior probabi-
lidade de Frenesi, tornando-se
sujeito a coincidências bizarras
ao usar Disciplinas que violam
a Máscara, ou sendo caçado por
entidades ilusórias, frutos da
própria imaginação do Maeghar!
São todas as penalidades pos-
síveis para se entregar ao campo
macabro da Alquimia de Kiasyd.
Características
A Alquimia de Kiasyd normal-
mente não costuma afetar outros
alvos a menos que o vampiro em
si distribua goles do elixir que
criou ou toque seus alvos (mesmo
que seja parte de um ataque). As-
sim, ele consegue replicar efeitos
em cada um de seus aliados e
26
que podem ou não ser benéficos
a quem ele emprestou. A menos
que consiga um efeito replicando
uma outras Disciplina, o vampiro
com este poder nunca pode uti-
lizar um efeito original à distân-
cia ou sem toque físico.
A utilização desta Disciplina
pode variar entre Física e Mental,
mas dificilmente explora as
capacidades Sociais do person-
agem, ainda que ele queira e
consiga explorar isto. Os poderes
disponibilizados são, em sua
maioria, defensivos. O person-
agem dificilmente pode provocar
efeitos em seus adversários sem
tocá-los ou apenas com a visão
e esta Disciplina é incapaz de
destruir completamente a mente
de um alvo.
A Alquimia de Kiasyd é
uma Disciplina que abrange as
capacidades mentais de um per-
sonagem. É mais importante que
um personagem esta capacidade
entenda sobre Ocultismo, tenha
um desenvolvimento hábil no
conhecimento da cultura Cainita,
bem como uma capacidade avan-
çada de raciocínio do que outras
capacidades. Em alguns casos, a
Alquimia de Kiasyd pode exigir
uma resiliência física pelo fato de
modificar a estrutura corporal do
vampiro.
■ Tipo: Mental
■ Risco à Máscara: variável,
alto. A Alquimia de Kiasyd pode se
manifestar em formas físicas, mentais
ou sociais. É fácilmente perceptível
mesmo por quem não tem poderes
sobrenaturais para tal façanha porque
sempre deixa algum rastro de sua
 B LO O D L I N E S C O M PA N I O N I I

existência.
■ Resonância: Colérico. Impulsividade, policiais, pesquisa-
dores, políticos (especialmente corruptos) e pessoas extremamente
apegadas ao desejo.

CRIANDO A FÓRMULA
A Alquimia de Kiasyd é executada de maneira similar à
Alquimia de Sangue Fraco. O personagem utiliza das "Fór-
mulas" para atingir os resultados amejados. Essas requerem
a Vitae do vampiro misturada ao sangue humano com a
Ressonância correta (p. 226 - VtM: Corebook 5th ed).
O sangue humano ressonante pode ser armazenado em
qualquer lugar. A quantidade específica necessária depende
do grau de Ressonância do doador e da exigência do Nar-
rador. Nessas regras, o “Nível de Poder” sempre se refere ao
nível de Alquimia envolvido, não ao nível do poder falsifi-
cado com a fórmula.
Essas fórmulas têm um custo para destilar e depois o
custo para ativar. O custo da destilação reflete o fato de
que todas as fórmulas incluem a própria vitae do Maeghar:
um único Rouse Check. O custo de ativação para uma
fórmula é o mesmo que usar o poder normalmente: grátis
ou algum número de ativações adicionais.
Uma vez ativado, o Maeghar faz um teste de destilação
para determinar a eficácia da mistura em particular. Cada
versão da Alquimia utiliza de uma parada de dados difer-
ente para o teste de destilação. Quanto mais sucessos, mais
eficaz a mistura:

sucessos efeito

1 Fraco. O efeito demora um turno para

acontecer ou o resultado é reduzido em
-1.
3 Comum. O efeito acontece no mesmo
turno, como esperado.
5 ou mais Especial. O efeito é máximo, acontece
instantaneamente e recebe um bônus no
resultado final.

Alguns poderes requerem suas próprias paradas de

dados para fazer efeito, ou para medir o grau de sucesso. O
Maeghar faz esses testes quando necessário, substituindo
seu nível em Alquimia de Sangue Fraco pelo nível especí-
fico de Disciplina quando relevante. Aprender uma nova
fórmula requer tempo de pesquisa, quer o Maeghar o gaste

27
vasculhando bibliotecas ou em
meditação ou em expedições de
degustação ou realizando experi-
mentos em laboratório.
Os jogadores devem anotar
quais fórmulas seu personagem
já conhece, e quaisquer ingredi-
entes especiais necessários. Um
personagem recebe gratuitamente
uma fórmula para cada ponto
em Alquimia de Kiasyd e pode
comprar fórmulas adicionais com
experiência e experimentação.
Level 1
elixir da verdade
Através do consumo desta
fórmula, o Maeghar se torna
capaz de aguçar sua mente para
validar, identificar e entender
comportamentos humanos como
nunca antes. Ele encontra manei-
ras de desvendar as mentiras con-
tadas contra ele de modo ímpar,
sabendo quase intuitivamente
que um adversário está tentando
enganá-lo.
Ingredientes: sangue de um
humano Fleumático, a vitae do
Alquimista, três colheres de mel
fervido ou uma pitada de sal refi-
nado com pimenta do reino.
Custo de Ativação: Nenhum.
System: uma vez ingerido,
o personagem se torna capaz
de identificar situações ao qual
não poderia não. Em qualquer
situação ao qual um adversário
tente mentir, enganar, trapacear
em qualquer circunstância, o
Alquimista deve receber sua
pontuação de Alquimia de
Kiasyd como dados extras para
identificar inverdades. Adicional-
mente, qualquer teste contestado
de enganação imediatamente
presenteia o Maeghar com um
Sucesso automático.
Duration: uma cena.
olhar da escuridão
Similar aos Olhos da Besta,
em Proteanismo, Olhar da
Escuridão imita o mesmo efeito.
Com esta fórmula, o vampiro se
torna imune às penalidades de
escuridão causadas por meios
naturais ou sobrenaturais.
Ingredientes: sangue de um
humano Fleumático, a vitae
do Alquimista, cinco libélulas
amassadas em uma composição
alcóolica.
Custo de Ativação: Nenhum.
System: nenhum teste é
necessário para a ativação deste
poder. Os Olhos da Escuridão
permitem que o personagem ig-
nore toda e qualquer penalidade
de visão no escuro, incluindo
sobrenatural. Seus olhos recebem
um tom colorido e brilhante du-
rante o uso do poder que entrega
a sua natureza sobrenatural.
Olhar da Escuridão presenteia
o personagem com a incrível ca-
pacidade de captar os sinais sutis
de poderes que tentam enganar
a sua visão. Sempre que precisar
perceber oscilações causadas por
Oblívio ou Ofuscação, o vampiro
recebe +2 dados como bônus.
O vampiro não é capaz de
quebrar os efeitos de Ofuscação
ou de Oblívio, mas pode perceber
sinais de que ambos os poderes
estão sendo utilizados naquele
ambiente, como uma silhueta es-
condida no canto da sala ou uma
sombra se movendo sutilmente
28
em direção a ele num ambiente
escuro.
Duration: uma cena.
mensagem sangrenta
Através de um gole de seu
elixir, o vampiro pode transferir
qualquer mensagem que queira,
incluindo uma memória sua
se bem descrita numa folha de
papel.
Ingredientes: sangue de um
humano Melancólico, a vitae
do Alquimista, uma folha de
papel com a memória descrita
ao máximo possível com carvão.
A folha de papel dissolvirá no
sangue junto com a mensagem
transmitida.
Dice Pool: Ofícios + Alquimia
de Kiasyd.
Cost: Nenhum.
System: após a ativação, o
pedaço de papel é dissolvido no
sangue do vampiro. O teste de
ativação determina o quão bem
o Alquimista conseguiu trans-
mitir as informações descritas no
sangue! A mentalização durante
o processo de escrita está igual-
mente envolvida nesse processo,
permitindo que outros persona-
gens adquiram a informação.
Assim que o aliado ou
adversário beber do conteúdo,
ele imediatamente recebe uma
memória, bem como a mensagem
descrita. Ele sabe exatamente
aquilo que o Maeghar quis pas-
sar, como se fosse um compar-
tilhando de memórias por meio
de uma mensagem escrita. Essa
memória pode ser literalmente
qualquer lembrança ou infor-
mação que o Alquimista tenha

(mesmo que alterada por Domi-
nação).
Aliados ou adversários que
ingerirem o contéudo desta
fórmula estão sujeitos aos efeitos
de Laço de Sangue quando o
fizerem, ainda que não percebam
o efeito.
Duration: uma cena.
Level 2
toque sanguinário
A pele do personagem se
modifica através da fórmula, de
maneira que ele consiga absorver
qualquer Vitae ao simples toque.
Ainda que esse sangue precise
estar exposto, o vampiro se torna
capaz de utilizá-lo em momentos
de necessidade extrema. Este
poder também permite que o
Alquimista acumule o sangue em
seu corpo para usos posteriores.
Ingredientes: sangue de um
humano Sanguíneo, a vitae do
Alquimista, um alho inteiro
amassado e misturado ao pó de
carvão.
Custo de Ativação: One
Rouse Check.
Dice Pool: Manipulação +
Subterfúgio vs Vigor + Insight.
System: uma vez ingerido, o
vampiro se torna capaz de absor-
ver sangue pelo simples toque.
O sangue precisa estar visível a
ele, como uma poça derramada
ou um ferimento aberto. Assim,
o Maeghar é capaz de absorver
qualquer quantidade de sangue
derramado e saciar a sua Besta.
Este sangue serve como meio
de alimentação, mas não pode
ignorar as penalidades de ali-
mentações aplicadas por conta da
Potência de Sangue do person-
agem. Um vampiro totalmente
saciado pode utilizar este poder
uma vez para armazenar o sangue
em seu corpo e utilizá-lo para seu
próximo Rouse Check, evitando
sucumbir à fome de imediato.
Duration: uma ação para
ativação ou uma noite de armaze-
namento.
sentido sobrenatural
A utilização desta fórmula
apenas requer que o personagem
marque seus dois braços com a
mistura e em seguida venha a
ingerir o resto to líquido. As mar-
cas não precisam estar visíveis ou
grandes, podendo ser pequenos
pontos marcados com sangue.
Após a execução da fórmula, o
personagem imediatamente sente
os seus sentidos se aguçarem pra
qualquer percepção sobrenatural.
Ingredientes: sangue de um
humano Fleumático, a vitae do
Alquimista, uma folha de hortelã
amassada num pilão de pedra
caucário e mercúrio líquido.
Custo de Ativação: One
Rouse Check.
Dice Pool: Wits + Alquimia
de Kiasyd.
System: uma vez que o poder
está ativo, sempre que algum
adversário utilizar de qualquer
poder sobrenatural durante a
cena, o personagem imediata-
mente sabe que algum evento
sobrenatural está acontecendo.
Ainda que não sejam Disciplinas,
o personagem pode sentir outras
criaturas sobrenaturais sim-
plesmente pelo aroma, mas não
vampiros.
29
B LO O D L I N E S C O M PA N I O N I I
Considerando que o Maeghar
prove do sangue da criatura na
mesma cena que a mesma uti-
lizou algum poder sobrenatural,
ele é capaz de descobrir o último
efeito sobrenatural utilizado
naquela mesma cena. Curiosa-
mente, qualquer Feitiçaria de
Sangue, incluindo as Cerimônias
de Oblívio escapam das garras
deste poder, ao qual o vampiro é
incapaz de sentir suas energias.
Duration: uma cena.
ordenar permancência
Assim que um alvo realizar a
ativação de uma de suas Discipli-
nas, ainda que o Alquimista não
tenha percebido isso, ele pode
tocá-lo e ordenar a permanência
da mesma por mais turnos ou até
uma cena. Sendo assim, o vam-
piro é capaz de obrigar seu alvo
a realizar algumas rolagens de
Fome (Rouse Checks) em ordem
para manter o seu poder.
Acredita-se que este poder
era muito usado para sabotar
vampiros como os Gangrel, que
se enfiavam na terra durante
eventos de tensão física e não
conseguam mais sair, aprisiona-
dos pelos Kiasyd.
Ingredientes: sangue de um
humano Colérico, a vitae do
Alquimista, uma mistura de
canela quebrada, mel, Cyperus
rotundus (espécime de planta)
e um punhado de sal. O líquido
deve ser aquecido até se tornar
uma pasta e depois, deixado
para endurecer com argila e se
tornar quebradiça. O Alquimista
quebrará até se tornar um pó e o
utilizará para sua fórmula.
 Custo de Ativação: One
Rouse Check.
Dice Pool: Inteligência +
Alquimia de Kiasyd vs Compo-
sure + Resolve.
System: o Alquimista pode
arremessar o pó em seu ad-
versário ou no local em que ele
está parado. Uma vez que o mes-
mo foi atingido pelo pó, ambos
deve realizar testes contestados.
Considerando que o Alquimista
tenha mais Sucessos que o ad-
versário, o mesmo é obrigado a
realizar um novo Rouse Check.
Este poder dura por apenas
um turno, mas provoca a Besta
de sua vítima e poder ser ativado
mais de uma vez. Arremessando
vários punhados do pó em seu
alvo, o Alquimista manterá os
efeitos aplicados. Ainda sim,
este poder só é efetivo caso o
alvo esteja com uma Disciplina
ativa. Considerando que o poder
ativado não precise de um teste
de Fome (Rouse Check), o alvo
ainda sim tem a sua Besta pro-
vocada e é obrigado a realizar a
rolagem igualmente.
Duration: um turno.
Level 3
desnortear
Considerado um dos poderes
mais explícitos da Alquimia de
Kiasyd, desnortear requer que
o Alquimista marque um local
ou pessoa ao cospir o líquido
em seu alvo. Uma vez que esta
marca atinge seu alvo ou com-
pleta o equivalente a um círculo,
as vítimas deste poder recebem
tremendas penalidades de con-
centração. Em locais fechados,
basta cospir em todas as entradas
da sala/salão.
Ingredientes: sangue de um
humano Colérico, a vitae do
Alquimista, duas folhas de coca,
marijuana ou ópio amassados
em uma composição de qualquer
alcóolico, vinagre e cogumelos
alucinógenos (como Conocybe,
Psilocybe ou Gymnopilus).
Custo de Ativação: One
Rouse Check.
Dice Pool: Inteligência +
Alquimia de Kiasyd para ativação
vs Stamina + Resolve.
System: após misturar sua
composição, cada Sucesso para
a rolagem de ativação do poder
considera um dado de penali-
dade para ser distribuído entre
Atributos Físicos e Mentais para
alvos que tenham sido atingidos
diretamente. Considerando que o
Alquimista marque um "terri- para resistir ao poder. Cada Suc-
tório", não será necessário acertá- esso recupera um dado que tenha
lo! O efeito é imediatamente sido retirado pelo Alquimista.
aplicado e o adversário recebe Os aliados do Maeghar são
penalidades fixas de -1 dado e +1 igualmente atingidos e para
de dificuldade para quaisquer resistirem ao poder, o Alquimista
rolagens em Raciocínio, In- deve doar um pouco de seu
teligência, Força e Destreza. sangue após ingerir um gole de
Sendo assim, o adversário sua própria fórmula. Então, seu
que for atingido por este poder sangue funcionará como "antí-
será imediatamente acometido de doto". Nenhuma das penalidades
tontura, dificuldade de concen- pode ser aplicada duas vezes ao
tração, de movimentação e outras mesmo alvo, não sendo consid-
características. Em alguns casos, erada cumulativa.
até mesmo poderá alucinar. O Assim que um Atributo
Narrador pode considerar um atinge zero pontos, o adversário
teste de Destreza + Atletismo se torna incapaz de utilizá-lo,
para acertar o alvo e após atin- sendo necessário o uso apenas das
gido, o mesmo deve realizar um Habilidades. Ainda que consiga
teste de Composure + Resolve andar, mesmo com Destreza 0, a
30

vítima será acometida de tremen-
tas dificuldades para correr, se
esquivar e entre outras carac-
terísticas. É necessário utilizar
características sobrenaturais,
como o aumento das mesmas ou
Disciplinas Físicas.
Duration: a criação deste
alquímico pode render o equiva-
lente ao Nível de Alquimia
de Kiasyd + 1d4 em goles. Em
média, 100ml para cada ponto. A
duração após a ativação é de uma
cena.
o enigma da esfinge
O personagem cria um
enigma difícil para seu alvo e
o desnorteia, o fazendo ficar
completamente perdido naquele
enigma por uma cena.
Custo de Ativação: One
Rouse Check.
Ingredientes: sangue de um
humano Fleumático, a vitae do
Alquimista, cogumelo Claviceps
purpurea e ópio.
Dice Pool: Inteligência +
Alquimia de Kiasyd vs Inteligên-
cia + Insight.
System: o Alquimista deve
concentrar toda a composição
alquímica em seu punho e trit-
urá-la até virar um pó. Com um
punhado, ele poderá arremessá-
la ao rosto de seu adversário e
realizar um enigma ao qual o seu
adversário permanecerá distraído
por um tempo enquanto não
conseguir solucioná-lo. Em alguns
casos, não é preciso soprar ou
arremessar o pó no rosto do ad-
31
B LO O D L I N E S C O M PA N I O N I I
versário e tal uso pode ser mais
sutil, como passá-lo nos lábios e
beijar sua vítima. Alguns Kiasy
utilizaram técnicas muito mais
sutis no passado! O pó apenas
precisa estar em contato com o
rosto do alvo.
A cada Sucesso na rolagem
de ativação do poder, um Nível
de Dano Agravado é aplicado ao
adversário. O alvo perde a Vitali-
dade se não conseguir resolver o
enigma. Entretanto, ainda per-
manecerá com uma penalidade
de -2 dados para quaisquer rola-
gens de Inteligência e Raciocínio
durante a cena. Este poder ainda
pode ser aplicado na mesma
vítima, porém não causará mais
dano, só restando as penalidades
acumuladas.
As rolagens do adversário
não mitigam o dano que será
recebido, mas servem para atin-
gir uma quantidade de Sucessos
equivalente ao Nível de Alquimia
de Kiasyd + Sucessos obtidos
na ativação do poder durante
o tempo do poder. Atingindo a
esta quantidade, o alvo soluciona
o enigma e não recebe o dano,
ainda que permaneça com a pe-
nalidade pelo resto da cena.
Duration: o tempo determi-
nado para resolver o enigma é
equivalente ao Nível de Força de
Vontade do alvo, menos o Nível
de Alquimia de Kiasyd (mín. de
um turno). A penalidade perdur-
ará uma cena.
Level 4
destruir aura
O Alquimista utiliza da sua
fórmula para destruir a aura de
qualquer objeto que encontre.
Este ritual funciona de maneira
muito parecida com o Toque
Sanguinário, mas ao invés de
absorver o sangue, o Cainita
rouba a aura de um alvo. Assim,
usuários de Auspícios enfren-
tarão dificuldades para descobrir
o que havia ali.
Custo de Ativação: One
Rouse Check.
Ingredientes: sangue de um
humano Sanguíneo, a vitae do
Alquimista, um alho inteiro
amassado, misturado ao pó de
carvão com uma aranha marrom
amassada.
Dice Pool: Inteligência +
Alquimia de Kiasyd.
System: o personagem deve
misturar o líquico à uma de
suas mãos e então deixar secar
como uma "capa". A fórmula
literalmente formará uma capa
de couro na mão do personagem
que permanecerá por uma noite
se ele não ativar o poder. Então,
ele deverá tocar no objeto ao
qual deseja ver a Aura e sentí-lo.
As mesmas regras de Toque do
Espírito (Spirit's Touch), de Aus-
pícios, devem ser seguidas para
que o personagem obtenha as
informações especializadas sobre
aquele objeto.
Após adquirir as informações
desejadas, a Aura é absorvida
com base na quantidade de Suc-
essos obtidos. Qualquer usuário
de Auspícios precisará ter uma
quantidade igual ou superior ao
Alquimista para ver a primeira
camada de Aura, e assim por
diante. Um Sucesso Crítico por
parte do Alquimista literalmente
apaga aquela Aura, consumindo-
a! Novas Auras poderão ser
aplicadas posteriormente, mas
não aquela.
O Alquimista deve recuperar
um ponto de Força de Vontade
após absorver a Aura para si. Este
poder não pode ser utilizado
duas vezes no mesmo objeto e
nem no ambiente. Seres sen-
cientes não podem perder sua
Aura. Uma vez utilizado, a capa
enfraquece da mão do person-
agem e cai, o obrigando a criar
uma nova.
Duration: indefinidamente;
até que outra Aura assuma o
objeto.
furto de memórias
Considerado um dos poderes
mais terríveis da Alquimia de
Kiasyd, o Furto de Memórias
literalmente rouba os conheci-
mentos de um adversário. Em al-
guns casos, este furto permanece
pela eternidade. Embora muitos
tenham confundido com um
efeito de Dominação por obrigar
ao Alquimista a repetir o olhar
nos olhos, este efeito ainda se
mantém um segredo da Linha-
gem para evitar com que outros
Cainitas venham buscá-los.
Ingredientes: sangue de um
humano Fleumático, a vitae do
Alquimista, uma aranha marrom
amassada ou veneno de cobra
(qualquer).
Custo de Ativação: One
Rouse Check.
Dice Pool: Manipulação +
Alquimia de Kiasyd vs Inteligên-
cia + Resolve.
System: uma vez que o
32
Alquimista encara seu alvo nos
olhos, considerando as mesmas
regras de Dominação, ele escolhe
as memórias que pretende furtar.
Em seguida, o vampiro inicia
uma disputa de Manipulação +
Alquimia de Kiasyd vs Inteligên-
cia + Resolução. Cada Sucesso
de margem permite ao usuário
remover uma memória adicional
e pegar para si.
Este é um poder completa-
mente destrutivo, a vítima sente
que há algo errado e sempre que
tenta se lembrar, nada acon-
tece. Suas memórias furtadas se
tornam nada mais um borrão ou
vazio em sua mente. Uma vitória
Crítica cria umm furto impecáv-
el, tão imperceptível que o alvo
sequer sentirá qualquer falta da
memória furtada, mesmo quando
precisar dela.
As memórias furtadas sim-
plesmente somem da cabeça da
vítima e não podem ser percebi-
das a menos que por Dominação
ou Auspícios, obtendo mais
Sucessos que o Maeghar ou outro
poder ainda mais forte. Ainda
assim, o usuário das Disciplinas
só saberá que a mente da vítima
foi alterada e que estão faltando
memórias.
Duration: indefinidamente.
A vítima furtada não recuperará
suas memórias.
Level 5
lamento de mnemosine
Pré-requisito: Furto de
Memórias, Alquimia de Kiasyd 4.
A Divindade das Memórias,
Mnemosine, é a portadora e re-
sponsável por todas as experiên-

cias que construímos em nossa
vida. Ela determina o que vamos
nos lembrar e se aquela memória
pertencerá as nossas experiências.
Lamento de Mnemosine é
uma "homenagem" à Divindade,
mas especialmente porque o
Cainita desafia os mandos da
figura Divina. Com este poder,
o Alquimista literalmente rouba
uma ou mais Habilidades de seu
adversário para si. Ele as absorve
e utiliza durante um período
de tempo até que Mnemosine
perceba e recupere as memórias
de suas vítimas, ao menos é o que
dizem.
Ingredientes: sangue de um
humano Melancólico, a vitae do
Alquimista, uma cabeça humana
pulverizada e ouro líquido.
Dice Pool: Resolve + Alquimia
de Kiasyd vs Composure + Re-
solve.
Custo de Ativação: One
Rouse Check, um ponto de Força
de Vontade.
System: de que este poder
funcione, o Alquimista deve
ingerir ou inserir (com uma ser-
inga) o composto em suas veias.
Seus olhos assumirão um tom
amarelado, bem como suas veias
se tornarão douradas e chamati-
vas. O efeito permanecerá oculto
até ser utilizado. De forma que
o personagem evite sofrer danos
por conta deste ritual, ele é
obrigado a despender um ponto
de Força de Vontade durante a
execução.
Enquanto o Alquimista
encara seu alvo nos olhos, con-
siderando as mesmas regras de
Dominação, ele escolhe uma Ha-
bilidade que pretende furtar. Em
seguida, o vampiro inicia uma
disputa de Resolve + Alquimia de
Kiasyd vs Composure + Reso-
lução. A cada dois Sucesso de
margem permite ao usuário re-
mover uma Habilidade adicional
e roubá-la para si.
As Habilidades roubadas não
podem ser Disciplinas e nem
Atributos, devem literalmente
ser Habilidades do adversário.
O Alquimista literalmente tira
todo o conhecimento do ad-
versário e pega para si, substi-
tuindo temporariamente à sua
Habilidade. A utilização desta
Disciplina também permite com
que o Alquimista saiba quais
as Características principais do
adversário, pois o Narrador deve
descrever os pontos mais altos a
serem roubados.
Duration: uma noite por
Nível de Alquimia de Kiasyd.
Sucessos Críticos dobram o
tempo de duração do poder, Fal-
has Bestiais tornam o alvo imune
a este poder pela mesma quanti-
dade de tempo.
enganar a maldição de caim
Alguns diziam que os Ki-
asyd se tornavam humanos uma
vez por ano quando realizaram
um poderoso ritual. É por esta
mesma razão que esta fórmula
ficou conhecida como "Enganar a
Maldição de Caim". Entretanto,
não, o personagem apenas se
torna relavitamente resistente à
33
B LO O D L I N E S C O M PA N I O N I I
maldição que lhe força a dormir e
que lhe traz à morte final.
Dice Pool: sangue de um
humano Melancólico, a vitae do
Alquimista, 100g de oricalco
(minério) derretido, 250g de ouro
derretido, 500g de prata líquida
misturados em um vaso de pedra.
O líquido não poderá endurecer
caso o Alquimista misture 50g de
mercúrio líquido e argila.
Dice Pool: Nenhum.
Cost: Two Rouse Checks.
System: o personagem deve
passar a valiosa pasta em seu
corpo antes de dormir. Este pro-
cesso deve ser realizado entre o
findar da noite para início do dia.
A pasta argilosa deve cobrir parte
do corpo do vampiro. Então, o
personagem deverá deitar para se
descansar.
Assim que o sol raiar, o
vampiro despertará sem qualquer
sono ou penalidade de andar
durante o dia. Ele não será
queimado. Sua pele, entretanto,
assumirá um tom sobrenatural
de avermelhado com dourado
e poderá certamente entregar
a sua verdadeira natureza. O
vampiro não poderá utilizar
outros poderes enquanto estiver
debaixo da luz do sol, mas seus
efeitos funcionam plenamente
se estiver coberto da mesma.
Adicionalmente, o personagem se
torna temporariamente imune ao
Frenesi e Rotshreck.
Duration: até o próximo
anoitecer.
 Devoradores
Famintos
Nictuku

"Viver sabendo que não

roubaram a sua história,
sua origem e seu Criador
deve ser um privilégio.
Hora de criarmos a nossa
'reparação histórica'."

34
 B LO O D L I N E S C O M PA N I O N I I

Nota de
Esclarecimento
E nqu a nto est av a esc revendo este suplemento, eu sequer sa bia que ex ist ia u m a S eit a de Nos -
fer a t u que se ident i f ica com os Nict u k u. E m Forbidden Rel i g ions, a S eit a é desc r it a como
u m pequeno g r upo de seg u idores dos Nict u k u, que os vener a m como Deu ses v ivos. Um a
vez que nã o t ive a cesso a este suplemento a té u m dos meu s f ã s br a si lei ros ter lev a nt a do
t a l ponto, d i g o que nã o t ive qu a isquer i ntenções de plá g io ou de repet i r u m conteúdo que
ex iste. Os Nict u k u rea l mente su rg i r a m pa r a m i m como u m a S eit a Nosfer a t u que dec id iu
a ba ndona r os conceitos do a nt i g o C lã pa r a a der i rem à s su a s or i g ens.

Fel i zmente, a c red ito que foi u m a cer to meu ter pensa do a ssi m. Me most r a que estou a l i n ha do
com o que tem sido esc r ito pa r a os suplementos de Mu ndo d a s Trev a s, espec ia l mente de
Va mpi ro: a M á sca r a , 5ª E d içã o. E stou sa t isfeito de est a r na "mesm a pá g i na" que os a u -
tores of ic ia is e de conseg u i r a compa n há - los em seu s t r a ba l hos. Si mbol i za que u m t r a ba l ho
em conju nto est á sendo feito.

Decla ro que todos o conteúdo a qu i esc r ito v isa completement a r pu r a e exclu siv a mente
qu a lquer m a ter ia l publ ica do pela Pa r a dox em Mu ndo d a s Trev a s. Meu objet ivo sempre ser á
preencher i n for m a ções que podem ser relev a ntes a os jog a dores, complement a r o que foi
esc r ito, ex plor a r o que nã o foi esc r ito e me ba sea r na h istór ia desenvol v id a a o lon g o dos
ú lt i mos t r i nt a a nos, de Va mpi ro: a M á sca r a . E spero receber o recon hec i mento d a ed itor a e
quem sa be, ser cha m a do pa r a t r a ba l ha r mos ju ntos.

Meu s si nceros a g r a dec i mentos à Nicola s Ba r reto por ter me a present a do os " W h itered O nes".
A c red ito que sem ele, eu sequer sa ber ia dessa S eit a e prov avel mente ser ia consider a do u m
conteúdo repet ido. E spero que g ostem d a leit u r a .

Cu r it iba , Pa r a n á - Br a zi l. 11/12 /2 02 2 .
 Nictuku
D
urante a idade das trevas, os maiores
inimigos dos Nosferatu eram os
Nictuku. Acreditava-se que eram os
responsáveis por impedir uma prolif-
eração extremamente avançada do Clã dos Feiosos.
Não era sem razão que os Nictuku caçaram os
Nosferatu por milênios, pois sua história de desen-
tendimentos vem desde a Segunda Cidade gov-
ernada pelos Cainitas, há mais de cinco mil anos
atrás. Os Nictuku sempre foram inimigos mortais
dos Nosferatu e nunca se soube se eram realmente
criaturas presentes na Jyhad dos Cainitas após a
Queda de Roma.
A existência dos Nictuku sempre foi um misté-
rio porque muitos dos Nosferatu que acreditavam
em sua lenda, também desconfiavam de que eram
poderosos Matusaléns de 4ª, 5ª e 6ª Geração pron-
tos para devorar os membros do Clã. Histórias,
lendas e mitos foram criados ao redor dos Nictuku,
que os tornou um verdadeiro "bicho papão" dos
Nosferatu com o passar dos séculos. Os Nictuku se
36
tornaram uma forma de controle Nosferatu e quem
sabe até mesmo de manipulação contra o Clã.
Quem São os Nictuku?
A maior surpresa para a maioria dos Cainitas
seria descobrir que os Nictuku são, de acordo com
algumas das lendas mais antigas, os verdadeiros
"Nosferatu". Eles vieram primeiro do que o Clã do
Oculto e são os "irmãos mais velhos" dos Nosferatu.
Há quem diga que são os verdadeiros e que buscam
destruir o Clã Nosferatu por um desentendimento
entre o Antediluviano Nosferatu (ou Nictuku?)
e suas crias mais velhas. Seja qual for este desen-
tendimento, hoje ele está esquecido e ninguém se
lembra exatamente qual é ele.
Ainda que os próprios Nictuku tenham guar-
dado rancor ou uma missão poderosa o suficiente
para manter seu objetivo inicial por milênios, a
sua presença decaiu conforme a modernidade se
aproximava. Acredita-se que na idade das trevas, já

não se ouvia mais falar da presença destes vampi-
ros pelo velho continente ou pelas Américas. Eles
simplesmente se tornaram tão ou mais ocultos que
os Nosferatu Anciões da época. Nenhum rastro
era conhecido, nada era visto, eles se tornaram
simplesmente um pesadelo que ninguém saberia de
onde vinha e quando viria. O sumiço dos Nictuku
sempre reverberou nas Gerações de Cainitas que
foram Abraçados século após século, década após
década, sempre sendo considerados as criaturas
que retornariam para uma vingança que ninguém
sequer saberia o que era.
A missão dos Nictuku se tornou tão misteriosa
quanto o seu sumiço e dezenas de teorias surgiram
conforme a ideia da Gehenna se disseminou dentre
a cultura Cainita. Seria o Antediluviano Nictuku
que não via mais a suas crias Nosferatu como
dignas? Ou então ele se enraiveceu? Outros dizem
que suas crias aproveitaram de um momento de
fraqueza para criar o Clã Nosferatu equanto outros
até mesmo dizem que ele era um mestre punitivo
e simplesmente se tornou sádico a ponto de levan-
tar suas crias umas contra as outras. A verdadeira
história não é de conhecimento geral, mas o que os
Nictuku se tornaram durante esta era é.
Durante a quebra da ShreckNet 2.0, alguns
vazamentos de arquivos dentro do próprio Clã
Nosferatu revelaram aos Neófitos e Ancillae a
maior parte de sua história e mesmo que contada
do ponto de vista do próprio Clã, esses Cainitas
se convenceram de que o Antediluviano deles não
é um Nosferatu, mas um Nictuku. Atualmente os
Nictuku se tornaram uma "divisão" do Clã Nosfer-
atu devido às descobertas do próprio Clã relacio-
nado aos seus irmãos mais velhos. Os Nictuku eram
os "bichos papões" que viriam destruir os Nosferatu
e agora se tornaram membros do Clã Nosferatu que
simplesmente não se enxergam mais como membros
do Clã do Oculto.
contra a irmandade
A primeira década do segundo milênio foi recheada
de eventos catastróficos para os Cainitas. A Se-
mana dos Pesadelos, a morte de Xaviar, a saída dos
Gangrel da Camarilla, o 11 de Setembro, tudo está
37
B LO O D L I N E S C O M PA N I O N I I
relacionado aos vampiros. Apenas quando o sumiço
dos Anciões Nosferatu se deu por existente que os
Cainitas pertencentes ao Clã começaram a desco-
brir mais de sua origem e, compilado com todas as
informações relacionadas à Gehenna e o Chamado,
os Nosferatu que concordaram com o ponto de vista
Nictuku decidiram sair de seu "Clã" para retornar
aos braços de seu Antediluviano Nictuku.
O plano dos Nictuku, enquanto Seita, é con-
verter o máximo de Nosferatus ao seu lado. Eles
não são inimigos do Clã Nosferatu e muito menos
querem a destruição repleta de seus irmãos. A
conversão, a transformação dos Nosferatu em
Nictuku é um dos objetivos primaris da Linhagem
porque eles acreditam que é desta maneira que o
débito dos Nosferatu estará pago com seu Antedilu-
viano. Apenas assumindo o manto, o nome e glória
dos Nictuku que seu Antediluviano irá poupá-los
da destruição final. É por acreditar nesta teoria,
por terem percebido que foram enganados e por
planejar um futuro glorioso para os Nosferatu e
os Nictuku que esses Cainitas aderiram à causa da
Linhagem.
os murchados (the withered ones)
Embora muitos dos Nosferatu, que aderiram à ideo-
logia dos Nictuku sequer tenham ideia, uma expres-
siva parte da narrativa que foi construída para o
Clã deixar as convicções anteriores só pode ter sido
trazida à realidade por eles. Outras fontes (como
em Forbidden Religions, p.15 para 18) mencionam
que esses Cainitas são um culto secreto que decidiu
vivenciar sua eternidade como uma devoção aos
Nictuku em troca de sobrevivência. O medo é uma
ferramenta muito bem trabalhada pelos Matusaléns
Nictuku e foi suficiente para converter esses
membros numa espécime de "insanidade" ao qual
veneram as Progenies do Antediluviano Nictuku
como Divindades.
Os Murchados sempre souberam que a mesma
narrativa não seria suficiente para tornar um Clã
inteiro seus aliados. É fato que eles sempre foram
uma minoria completa e extensa dos Nosferatu,
que se escondiam pelas sombras e acreditam em
sua passagem como algo que não deve ser visto,
mencionado ou ouvido. Eles sempre estiveram entre
os muitos Nosferatu, mas servindo aos Nictuku
e é por esta razão que seu plano mirabolante teve
êxito: compartilhar os arquivos corretos, resgatados
da antiga ShreckNet e "deixar" peças relevantes
de informações "aqui e ali" não foi tão difícil. Em
pouco tempo, devido à ausência dos Anciões, os
Nictuku começaram a se fortalecer como uma Seita
independente.
Ainda assim, a principal ideia dos Murchados
nunca foi converter membros para a sua devoção.
Uma coisa é ser devoto, outra é entender que a
maioria dos "irmãos" Nosferatu não tem a menor
mentalidade de quem toleraria tamanha verdade e
provavelmente enlouqueceria. Os Murchados estão
prestando seu papel, estão servindo nas sombras,
não deixam quaisquer rastros de que este foi o
trabalho de sua existência e querem mesmo é que
os Nosferatu se tornem uma Linhagem. É onde os
Nosferatu merecem estar. O trabalho dos Mur-
chados ainda não acabou. Há muito mais por vir e
seus planos estão dando certo simplesmente porque
agora basta deixar que os próprios Nosferatu se en-
venenem com as informações. Ou melhor, se curem,
pois a verdade é o antídoto para o idiota.
Disciplinas
AUSPEX : substituto do Animalismo, os Nictuku
não acreditam que a interação com as Bestas seja a
melhor forma de trazer a ascensão ao próprio Clã.
Auspícios serve tanto para coletar as informações
que tanto almejam como para encontrar seus
irmãos Nosferatu e convertê-los à sua causa, por
bem ou por mal. A Disciplina oracular se tornou
um dos principais recursos dos Nictuku quando se
diz respeito a cumprir com o plano de seu Antedi-
luviano.
POTENCE : a maior defesa é o ataque. Assim como
os Nosferatu, os Nictuku mantiveram uma de suas
Disciplinas mais destrutivas e investem nela como
principal meio bélico do Clã. Potência é utilizada
tanto para enfrentar Nosferatus que não querem
38
aderir à causa e foram totalmente enganados pela
ideia que vilaniza aos Nictuku quanto para se
defender de outros Cainitas que não se colocam em
seu próprio lugar.
OBFUSCATE : sua beleza física é igualmente
roubada. Assim como o Clã Nosferatu, os Nictuku
sofrem de maldições bastante similares e são total-
mente aterrorizados pela sociedade mortal por não
cumprirem com os requisitos de beleza. Ofuscação
não é um meio, é uma necessidade para se incluir
em qualquer sociedade Cainita. Esta é sua arma de
ocultação, de socialização e de defesa da própria
existência.
Fraqueza
Considerando que os Nictuku não são mais uma
linhagem que diverge totalmente dos Nosferatu,
mas apenas vampiros pertecentes ao Clã que quis-
eram resgatar suas origens, sua Fraqueza permanece
exatamente a mesma. Sua Compulsão, no entanto,
se torna diferente pela divergência da maneira de
pensar que esses vampiros tem.
A maior diferença entre um verdadeiro Nic-
tuku e um Nictuku moderno pode ser percebida
pela conexão com a Besta que estes Cainitas pos-
suem. Enquanto os Nosferatus são horrorosos
por natureza, os Nictuku só são afetados por esta
característica quando estão com Fome. Eles nem
mesmo precisam estar com graus incontroláveis de
Fome, apenas precisam começar a sentí-la para ver
sua aparência decair. Em razão de sua Bestialidade
aparente, o Nictuku recebe +2 dados (não cumula-
tivos) para quaisquer rolagens de Intimidação. As
vítimas humanas são extremamente suscetíveis à tal
ferramenta.
A cada ponto de Fome acima do terceiro, o Nic-
tuku perde -1 dado para cada Nível de Severidade
de Maldição (Bane Severity) em qualquer interação
Social devido à sua aparência. Quanto mais Fome
um Nictuku atinge, mais feio ele se torna porque
sua Besta se manifesta em seu corpo físico. Desta
maneira, os Nictuku são obrigados a tomar muito
cuidado com o tamanho da Fome que enfrentam.

Ao que ditam as lendas, os verdadeiros Nictuku só
podem existir abaixo da 6ª Geração. Eles são Caini-
tas extremamente poderosos devido a idade e poder
do sangue.
compulsão: o devorador
Devido ao seu histórico de predador, a maio-
ria dos Nictuku se tornam verdadeiros canibais
descontrolados quando estiverem Compulsivos. A
Compulsão do Devorador obriga o Nictuku a de-
vorar completamente suas vítimas (mesmo as vivas)
para saciar a sua Besta. Ainda que não estiverem em
Frenesi, eles acreditam que sua Besta está faminta e
perdem qualquer controle ou noção moral. Alguns
podem até mesmoa firmar que tal condição se torna
psicológica com o tempo ou que de fato, uma fome
fatídica os ataca no momento da Compulsão.
A resistência contra a fome requer uma rolagem
de Composure + Resolve e imediatamente aplica
uma penalidade de -2 dados em qualquer ação
para aquela cena. Se não resistirem, os Nictuku
lutarão contra seus alvos (qualquer alvo) de forma
que priorizem mordidas e arranquem pedaços de
seus inimigos simplesmente mastigando sua carne
em pleno combate. Esta é uma das razões pelo qual
estas criaturas são verdadeiros pesadelos ambu-
lantes! É difícil imaginar um monstro horrendo
arrancando seus pedaços frenéticamente durante
um conflito físico.
Arquétipos dos Nictuku
O Condutor
Considerado um dos "fundadores" da Seita Nic-
tuku, esses Nosferatu foram convertidos pela ideia
que eles mesmos disseminam e provavelmente não
vão abandoná-las tão cedo. Eles encontraram um
plano de vida e querem transformá-lo em realidade,
agregando o máximo de membros Nosferatu que
puderem para a cultura e ideologia dos Nictuku.
Acreditando que assim serão poupados de uma
punição final, o Condutor é literalmente o Cainita
que se encontra no papel de conduzir seu Clã à
salvação, glória e auto-conhecimento.
39
B LO O D L I N E S C O M PA N I O N I I
O Caçador
Uma vez que um condutor falha em seu papel, o
desespero pode se tornar seu maior amante e dor-
mir com ele durante todos os dias. O Caçador é o
Nosferatu convertido que não conseguiu converter
membros o suficiente e desesperou-se devido à sua
falha constante. Eles não toleram o fato de outros
Nosferatu não aceitarem fazer parte do Clã Nic-
tuku e os caçam até a morte quando isto acontece.
Eles são vingativos e encontraram uma desculpa
para dizer ao seu Antediluviano, que estavam elimi-
nando os adversários que não aceitaram a proposta
gloriosa de fazer parte dos Nictuku. A conversão é
um fim, mas a violência se tornou o meio de atingí-
la.
O Verdadeiro
Encobertos pelas trevas do tempo, esquecidos pelo
seu tempo de vida, talvez presenteados por Cronos
e temidos como monstros pela maioria que ouviu
seus nomes nos últimos milênios, os Verdadeiros
Nictuku são criaturas de antiguidade e poder
magnânimos. Dotados de monstruosidade, acredita-
se que esses Cainitas sequer consigam emular a
humanidade e tudo o que a modernidade traz em
seus costumes não mais pode ser ensinado para eles.
Este vampiros são os pesadelos ao qual os Nosfera-
tus se referem e sua fome é tanta que precisam, de
fato, devorar outros Cainitas para saciá-las. Um
Verdadeiro Nictuku é um adversário formidável e
jamais deve ser subestimado! São criaturas de anti-
guidade ímpar ao qual ninguém mais sabe se anda
pela Terra.
Poderes de Disciplinas
Auspex
Level 2
rasgar a mentira
Amálgama: Potência 2
Uma das conhecidas técnicas que foram muito
utilizadas contra os Nosferatu no passado foi a
capacidade de destruir sua Ofuscação simplesmente
ao atacar o ambiente. O Nictuku
utiliza de uma união de Potên-
cia com Auspícios para atingir
seus adversários ocultos, mesmo
quando não podem enxergá-los.
Dice Pool: Força ou Raci-
ocínio + Auspícios vs Composure
+ Furtividade ou Ofuscação +
Furtividade.
Cost: Nenhum.
System: quando o person-
agem adentrar num ambiente
que houver algo sobrenatural
se escondendo, o vampiro pode
utilizar de uma ação para abalar
ou desconcentrar seu adversário
que estiver se ocultando. As ações
devem ser físicas, como socar os
ventos numa direção, bater pal-
mas utilizando Potência, levantar
poeira através de uma demon-
stração de força e assim por
diante. O vampiro pode tanto
utilizar brutalidade (Atributo
Força) quanto técnica (Atributo
Raciocínio), o resultado final não
difere.
Em seguida, ele realiza sua
rolagem resistida pela rolagem
do adversário. Considerando que
o adversário não esteja ciente de
que esta técnica existe ou se foi
pego de surpresa, ele utilizará de
Composure + Furtividade. Um
vampiro que tenha conhecimento
de tal técnica ou esteja atento,
pode utilizar Ofuscação + Fur-
tividade para resistir ao pode.
Considerando que o invocador
de Rasgar a Mentira obtenha
mais Sucessos, o vampiro oculto
imediatamente é retirado de sua
Ofuscação e o efeito é quebrado.
Caso contrário, nenhum efeito
40
acontece.
Duration: uma ação.
Level 3
dilacerar o espírito
Amálgama: Potência 3.
Enquanto muitos Brujah são
capazes de destruir seu corpo
físico com meros ataques, alguns
vampiros tornaram-se perigosos
após aprenderem a destruir o
espírito de seus alvos. Dilacerar
o Espírito é uma refinada técnica
de Potência com Auspícios que
permite um impacto espiritual
estrondoso. O alvo sofre severa-
mente com esses impactos, sem
nem mesmo entender como está
sofrendo aquele tipo de dano.
Cost: One Rouse Check,
um ponto de Força de Vontade
quando contra vários alvos.

System: quando engajar em
combate contra uma vítima, o
vampiro pode ativar este poder.
A cada turno de combate, o
qualquer margem de dano obtida
por parte do Nictuku é aplicada
diretamente como Dano Super-
ficial à Força de Vontade de seu
adversário. Um mortal que ficar
debilitado por esse poder experi-
menta um colapso nervoso, um
desmaio ou um surto psicótico,
a forma e a naturesa de cada um
desses depende de sua personali-
dade (e talvez da sua Ressonância
de Sangue). Um vampiro que
fique debilitado por esse poder
deve imediatamente sucumbir
a uma Compulsão, a escolha do
usuário do poder.
Ao afetar múltiplas vítimas,
o vampiro precisará despender
um ponto de Força de Vontade.
Assim, toda e qualquer vítima
que adentrar ao combate naquela
cena poderá ser potencialmente
atingida pelo poder destrutivo do
Cainita. Dilacerar o Espírito não
afeta ao corpo físico dos alvos da
mesma maneira! A cada ataque,
apenas metade da pontuação de
Auspícios (arredondado para
cima) do personagem pode ser
aplicada como Dano Contunden-
te. Outros efeitos de Potência
podem agravar ainda mais o
potencial deste dano.
ao ativá-lo, o Cainita se torna
um incrível combatente, capaz
de destruir completamente o
espírito de seus alvos ao atingí-
los com os punhos de forma
espectral. Assim que ativo, em
qualquer cena de
Duration: uma cena.
Potência
Level 2
exercer domínio
Amálgama: Ofuscação 1.
Ao infundir sua força em uma
área como uma barreira, os Nos-
feratu podem criar um espaço
que resiste a qualquer forma de
entrada física. No entanto, essa
barreira é ilusória e está na mente
do alvo. A área pode ser camu-
flada ou não, conforme o Nos-
feratu decidir. No entanto, para
entrar na área, qualquer outra
pessoa precisa passar por uma
força aparentemente invisível. O
vampiro pode liberar indivíduos
desse poder simplesmente pelo
toque.
Cost: One Rouse Check.
System: ao concentrar-se, o
Cainita realiza um teste de Força
41
B LO O D L I N E S C O M PA N I O N I I
+ Ofuscação. A cada Sucesso
obtido, o vampiro pode manter
a zona por uma hora e, uma vez
configurada, ele não precisará
estar próximo ao território. O
vampiro pode criar uma zona de
qualquer tamanho até um raio
de seis pés/dois metros para cada
ponto de Potência e Ofuscação
que ela tem. Um personagem
com Ofuscação 5 e Potência 3
poderia criar uma zona com um
raio de até 16 metros.
Para qualquer um, exceto o
vampiro, entrar na zona requer
um teste como se o personagem
estivesse tentando abrir uma
porta. No entanto, a zona é na
verdade uma barreira mental,
não física. Então os sucessos
necessários são iguais à Ofus-
cação + Potência do vampiro,
necessitando uma rolagem de
Inteligência + Prontidão ou
Auspícios. Personagens já dentro
da zona podem sair sem proble-
mas, mas devem fazer o mesmo
teste para voltar. O vampiro pode
tocar qualquer personagem e
excluí-lo dos efeitos deste poder
sem nenhum custo.
Duration: um turno de con-
centração para ativação do poder,
uma hora por Sucesso.
Sábios
Pressagistas
Phuri Dae
Seguidores da Estrela Ver-
melha

"O passado é a maior fer-

ramenta contra o presente.
O presente é a maior arma
contra o futuro."

42
 B LO O D L I N E S C O M PA N I O N I I

Seguidores da
Estrela Vermelha
E
m um passado não muito distante, a
casta conhecida como Phuri Dae era
Quem São os Seguidores da
um segredo dentro do Clã Ravnos. De Estrela Vermelha?
função relevante o suficiente para deter-
Após a Semana dos Pesadelos, os Phuri Dae foram
minar o destino do Clã, os Phuri Dae (literalmente
a única casta remanescente dos Ravnos que con-
"Velha Mãe") sempre foram oráculos, videntes e
seguiu fugir do Chamado de seu Antediluviano,
coletores de conhecimento. Eles (ou elas) eram
antes da destruição quase completa do Clã. As
Ravnos apegados ao passado, presente e futuro do
lendas contam que os Phuri Dae foram criados
Clã. Sempre trabalhando em pról da existência
há milênios por uma das primeiras progênies do
dos Ravnos, esses Cainitas cumpriam uma função
Autarca Ravnos, conhecida como "A Antiga Sen-
única que nenhum outro vampiro cumpria: gar-
horita dos Ravnos". A principal razão da criação
antir a existência do Clã.
dos Phuri Dae foi quando seu idealizador percebeu
Sua origem pertence ao passado, que não é mais
que os Cainitas guardavam para si um potencial de
lembrado pela maioria dos Cainitas, pois restam
destruição do próprio Svadharma que nem mesmo
apenas lendas. Como seu próprio nome indica (Vel-
os humanos eram capazes de fazê-lo. Os Ravnos
ha Mãe), a casta Phuri Dae é uma das mais antigas
precisavam de Cainitas que os lembrassem de
pertencentes ao Clã Ravnos. Ainda que sempre
quem eram.
tenham existido várias Linhagens descendentes do
Os Phuri Dae foram ensinados a trabalhar com
Clã Ravnos no Oriente e na Ásia, nenhuma delas
as capacidades de vislumbrar o futuro, entender o
se tornou tão importante quanto os Phuri Dae se
passado e o presente. Suas tradições se tornaram
tornaram.

43
guardar, proteger e coletar todo resquício do Clã
Ravnos, ainda que em tempos de paz. As Phuri Dae
literalmente existiam com o objetivo de protegerem
o Svadharma do Clã Ravnos quando nem mesmo o
próprio Clã estivesse interessado nisso. Eles eram a
esperança dos irmãos que se perderiam para a Bes-
ta, a convicção dos irmãos que estavam se perdendo
e a âncora daqueles que estavam perdidos.
A sua tradição sempre exigiu sigilo, como de-
cretou sua Criadora. Os Phuri Dae nunca deveriam
assumir glória por honrar um papel tão importante,
nunca deveriam cobrar fama e pagamento por
cumprirem um objetivo nobre. É parte do papel de
um Phuri Dae se isentar dos desejos materiais e das
obras carnais que destruiriam sua missão. Secreta-
mente, as Phuri Dae sempre estiveram no papel de
tutores dos Caminhos de Sabedoria (antecessor das
Trilhas de Sabedoria) dos Ravnos como o do Para-
doxo Oriental, eram juízes, protetores e professores,
ainda que nem sempre tenha sido assim.
Foi durante a Queda de Roma que os Phuri Dae
se tornaram uma casta similar a uma sociedade
secreta. Sua Progenitora adormeceu e lhes deixou
a missão de cumprir com seu legado. Os Phuri Dae
44
passaram a agir de maneira independente, com seus
próprios conselheiros, decisões e missões. Foram
eles os responsáveis por modernizar o Caminho
do Paradoxo Oriental (que antes era nada mais
do que uma mera Filosofia), eles fizeram parte dos
planos de reorganização do Clã e puderam manter
as tradições dos Ravnos vivas na Ásia e em parte
do Oriente. Os Phuri Dae foram principais respon-
sáveis por evitar a queda total do Clã na Europa e
mantê-lo intacto na Ásia.
A Europa foi palco da corrupção dos Ravnos
que viveram por lá. Durante a idade das trevas,
a fama do Clã Ravnos foi influenciada por dois
fenômenos: a contínua degeneração dos Ravnos
ocidentais, que se recusavam a seguir as tradições
resguardadas pelos Phuri Dae e os Ravnos orientais,
através do Caminho do Paradoxo Ocidental, e a di-
minuição da presença dos Ravnos indianos seguin-
do os Rroma. Essa contaminação do Caminho do
Paradoxo Oriental forçou uma redução abrupta
das relações dos Phuri Dae para com os Ravnos
que não aceitavam seguir suas tradições. Em ordem
para não trazerem a podridão ocidental ao oriente,
os Phuri Dae reservaram-se apenas em resguardar

seus esforços para os Ravnos que
somente estavam interessados em
conhecer suas origens.
O Caminho do Paradoxo
Ocidental se tornou uma forma
degenerada do Paradoxo Orien-
tal, o caminho clássico seguido
na Índia. Os Ravnos ocidentais
mudaram o caminho para uma
necessidade de interesse próp-
rio e diableries arbitrários sem
seguir os princípios originais.
Essa forma acabou se tornando o
caminho padrão do Clã ociden-
tal, enquanto o Caminho oriental
permaneceu na Índia. O caminho
do paradoxo e a cultura associada
ao clã levaram à baixa reputação
que os Ravnos tiveram em toda
a Europa. Por volta do século
15, os Ravnos ocidentais eram
estereotipadamente vistos como
degenerados e vermes enquanto
os Ravnos orientais se tornaram
uma memória distante na Eu-
ropa.
A influência Phuri Dae se
tornou menor ainda após o
despertar de sua Progenitora,
que clamou ter visto o fim da
Linhagem e ordenou o início de
um plano secular, que impediria
tal evento de acontecer. Acredita-
se que a Antiga Senhorita dos
Ravnos viu o nascimento da Es-
trela Vermelha e despertar de seu
Progenitor, seguindo da destru-
ição do Clã. Os Phuri Dae tro-
caram sua responsabilidade: eles
passariam séculos se preparando
para restaurar o Clã Ravnos
assim que o evento acontecesse,
considerando que eles sabiam que
não poderiam e nem tentariam
mudar o destino cruel do Clã.
Séculos antes do fim dos
Ravnos, os Phuri Dae esta-
vam ciente do destino que lhes
aguardava. Eles souberam e se
prepararam. Entendedores de
que não poderiam impedir o
despertar de seu Antediluviano
e possível destruição do Clã, eles
recuperaram tudo o que poderia
se perder da história dos Ravnos
para restaurar o Clã após a sua
quebra.
Desde o fim da idade das
trevas, os Phuri Dae trabalharam
para recuperar conhecimentos
perdidos acerca do Clã Ravnos,
salvar suas tradições, manter seus
conhecimentos ocultos, restaurar
o que foi destruído e até mesmo
se filiar ao lado místico do Clã,
com os Brahmin. Aos olhos dos
Ravnos, os Phuri Dae se tor-
naram figuras irrelevantes para
o Clã Ravnos, mas que um dia
tiveram sua importância, esque-
cida na era moderna.
a semana dos pesadelos
Exatamente um ano antes da
Semana dos Pesadelos, os Phuri
Dae prepararam um poderoso
ritual com o devido auxílio de
sua Progenitora em ordem para
resistirem ao chamado de seu
Antediluviano. O ritual não po-
deria salvar a todos, mas àqueles
que estariam mais distantes das
primeira gerações de Caim. Em
um calabouço, todos os Phuri
Dae restantes foram acorrentados
em caixões de metal, com estacas
em seus corações e um poderoso
ritual de selamento. A Antiga
Senhorita dos Ravnos resistiu ao
Chamado enquanto pôde, cum-
45
B LO O D L I N E S C O M PA N I O N I I
prindo com seu juramento de
proteção aos Phuri Dae e atuando
como seu guardião até que a Se-
mana dos Pesadelos tivesse início.
Os rituais não foram po-
derosos o suficiente para segurar
alguns dos Phuri Dae, que mesmo
assim conseguiram despertar do
Torpor e destruir seus caixões. A
Semana dos Pesadelos ocorreu,
deixando uma marca na história
dos Cainitas e especialmente na
história dos Ravnos. Os remanes-
centes, sobreviventes do evento,
ainda perambulam pelo mundo
enquanto carregam o fardo de
sofrimento do "Clã destruído".
Os Phuri Dae, não. Eles tem uma
missão a cumprir! Acredita-se
que após a Semana dos Pesadelos,
esses Cainitas conseguiram uma
amostra do sangue de Zapathas-
ura e certamente essa amostra
será a responsável por ajudá-los a
trabalhar na restauração do Clã.
Os Phuri Dae passaram a se
identificar como "Seguidores
da Estrela Vermelha" apenas
recentemente, como um sím-
bolo pelo evento que marcou a
história dos Ravnos. Eles buscam
restaurar o Clã, seja por meio de
ressucitar o seu Antediluviano ou
por meio de trazer cada Ravnos
destruído. Enquanto a estrela
estiver aos céus, eles continuarão
com a sua missão sombria.
Qualquer que seja a estratégia
dos Phuri Dae para ressucitar os
Ravnos, talvez até mesmo seu
Antediluviano, ela está acon-
tecendo e cedo ou tarde eles
acreditam que vão conseguir.
A amostra de sangue, os rituais
ensinados pelos Brahmin, os
conhecimentos perdidos recuper-
ados e até Artefatos recuperados
(como os Olhos da Hazimel) se
tornaram ferramentas nas mãos
desses Cainitas determinados.
Eles não pouparão esforços para
tornarem os seus sonhos em
realidade.
Disciplinas
AUSPEX : considerada sua
Disciplina matriz, os Phuri Dae
divergiram muito com os Ravnos
ao aprenderem Auspícios. Como
eram os oráculos do Clã num
passado distante, esses profetas
utilizam de seus dons oraculares
para planejar e esquematizar
seus próximos passos em pról da
reconstrução do Clã. É muito
comum vê-los reconstruindo
memórias que haviam sido perdi-
das através do uso de Auspícios.
PRESENCE : considerado
método ideal quando o charme
natural e a persuasão não são
suficientes, os Phuri Dae também
fazem uso frequente da Presença
para enganar suas vítimas, de-
sempenhando papel fundamental
nos poderes alucinatórios. Os
Phuri Dae, entretanto, valorizam
muito mais a manipulação das
emoções e da mente em pról de
um objetivo honrado e respei-
tável.
OBFUSCATE : enquanto os
Ravnos preferem utilizar da
Ofuscação e criar ilusões fan-
tástics, os Seguidores da Estrela
Vermelha privilegiam ocultar-se.
Ainda que consigam usar esta
Disciplina com Presença e impul-
sionar as propriedades místicas
de suas ilusões, os Phuri Dae não
distribuem esses usos leviana-
mente e o utilizam como último
recurso.
Fraqueza
Considerando que os Seguidores
da Estrela Vermelha não são mais
uma Linhagem que diverge total-
mente dos Ravnos, mas apenas
Cainitas pertecentes ao Clã que
buscam salvar o próprio futuro,
sua Fraqueza permanece exata-
mente a mesma. Sua Compulsão
também segue o mesmo padrão
Ravnos. Acredita-se que não
existam divergências pelo fato de
que tais maldições vieram após a
destruição de seu Antediluviano
(o que afetou a todos os vampiros
do Clã Ravnos).
Arquétipos dos
Phuri Dae
O Juíz
Dentre os Seguidores da Estrela
Vermelha, este arquétipo de
vampiro é um conhecedor das
tradições dos Ravnos. Empen-
hado em ordenar o Clã, bem
reconhecimento como as leis e
tradições, este é o perfil honrado
dos Ravnos que pouco é visto.
Suas enganações nunca podem
sobrepor a ordem, seus traque-
jos não devem agir contra suas
próprias crenças e seu julgamento
não pode ser dúbio. O Juíz é
um respeitável arquétipo dentre
todos os Ravnos.
46
O Coletor
Considerado um dos mais
filosóficos arquétipos, o Coletor
é um dos que mais estudam a
importância do Svadharma e das
leis hindus. Diferente do Juíz, que
julga, o Coletor sentencia. Sua re-
sponsabilidade não é determinar
o destino, é selar o destino. Ele
coleta as dívidas do Clã, elimina
os Cainitas em débito com seu
Svadharma, pune os indignos
e destrói o caos gerado pelas
más consequências das ações
dos Cainitas (especialmente dos
Ravnos).
O Artista
O maior trunfo da Linhagem
está no arquétipo Artista. Ele
transforma suas ilusões em arte.
Ele prevê perfeitamente bem o
comportamento dos seus alvos,
ele entende a psiquê Cainita e
humana, ele manipula os seus
adversários com precisão e realiza
aquilo que o Juíz e o Coletor não
podem fazer. O Artista é respon-
sável por se arriscar pelos Segui-
dores da Estrela Vermelha, ele é
quem arma para seus adversários
e quem desfaz as armadilhas
para os Ravnos. Ele questiona e
desafia, mas mantém a honra e a
tradição do Paradoxo.
A Trilha do Para-
doxo
A
Trilha do Paradoxo
constrói um senso de
dívida com alguns
dos princípios do
hinduísmo, ao qual os vampiros

que são seus praticantes devem
cumprir. A eternidade Cainita é
considerada uma prisão que está
fora do ciclo ilusório do universo,
conhecido como "maya" entre os
hindus. Enquanto a maioria dos
seres passa pelo " saṃsāra" (ciclo
de reencarnação), os vampiros
foram banidos deste ciclo e es-
caparam do mesmo.
O Paradoxo trabalha com
a ideia de que cada indivíduo
tem seu próprio propósito,
conhecido como "svadharma" e
que os Cainitas, por terem sido
banidos deste ciclo, o perderam.
Como forma de encontrar um
propósito, os seguidores do
Paradoxo devem proteger o maya
do universo ao compreender o
svadharma, eles devem penetrar
nas grandes ilusões que encobrem
a última verdade que puderam
ter com seus olhos antes do
banimento, a fim de entender o
seu próprios svadharma em seu
novo estágio de vida (não-vida).
Um meio comum para esse fim é
aceitar duas coisas contraditórias
como verdadeiras e encontrar
significado no Paradoxo.
Uma vez que um Ravnos ten-
ha encontrado seu svadharma, ele
deve dedicar sua existência a ele.
Apenas conhecer o svadharma
não é suficiente, o vampiro deve
agir de acordo com esse conheci-
mento. Para este fim, os Cainitas
são individualistas e ferozes,
tentando não se enredar nos
svadharmas de outros seres vivos.
As leis, especialmente as mortais,
são vistas como distrações de
seu propósito divino e parte do
estado ilusório do mundo que os
47
B LO O D L I N E S C O M PA N I O N I I
Ravnos se esforçam para superar.
Além disso, encoraja o seguidor
a aceitar sua desumanidade, pois
deixou seu carma original para
trás no momento de seu Abraço.
O Ancião do Paradoxo também
tem fortes tendências fatalistas,
acreditando na preordenação de
eventos que são o resultado das
interações de vários svadharma.
Se um mortal se deparar com
eles, certamente era seu destino
ser devorado pelo vampiro, caso
contrário, seu svadharma o teria
levado embora.
O Caminho do Paradoxo
é árduo e exigente, pois, para
realmente cumprir o código, é
preciso colher importantes grãos
de informação daqueles com
quem se conspira, a fim de com-
preender melhor seu svadharma.
Muitos dos enganos dos Ravnos
são, na realidade, testes com-
plicados fornecidos para fazer
com que o sujeito revele aspectos
ocultos de si mesmo, ajudando o
universo a mostrar ao vampiro
rebelde seu verdadeiro propósito.
Assim, os Ravnos viajam pelo
mundo, expulsos por Cainitas
ignorantes que falham em perce-
ber a necessidade dos deveres do
universo.
Éticas
■ Vampiros que não servem à
qualquer propósito devem ser
destruídos. Se você os encon-
trou, este é seu destino;
■ A enganação é uma ferra-
menta para atingir os seus
objetivos, mas não torne dela
o seu meio de vida;
■ Elimine quaisquer dívidas
cármicas, interprete o Svad-
harma dos outros e os ajude a
cumprí-lo.
éticas opcionais
■ O Abraço só deve ser doado
quando absolutamente
necessário. Cuidar do Svad-
harma é uma tarefa eterna;
■ Não mate mortais, a menos
que por razões de sobrevivên-
cia. É nosso dever devolvê-
los ao seu Svadharma e não
tirá-los.
Em Crônicas
A Trilha do Paradoxo é muito
similar a uma crença religiosa,
ideológica e filosófica de seus
adeptos. Os vampiros que seguem
esta Trilha vivem em pról de
encontrar o seu próprio svad-
harma e cumprí-lo, tendo que
auxiliar mortais (e até mesmo
alguns Cainitas) a encontrarem o
seu próprio objetivo de existência
naquela vida. Eles entendem que
o cilo reencernatório é um con-
ceito ilusório e buscam trabalhar
fora da visão que engloba este cic-
lo. Curiosamente, os seguidores
do Paradoxo enxergam que o que
aconteceu com os Ravnos nada
mais foi do que o próprio destino
de quem não seguia ou encontrou
seu Svadharma a tempo.
Os adeptos do Paradoxo
utilizam da enganação como
uma ferramenta para encontrar
o seu svadharma. Eles podem
ser muito honrados com os seus
propósitos, impiedosos com
quem leva a existência como uma
farsa, filosóficos com o oculto e o
universo. Os Ravnos que seguiam
esta Trilha de Sabedoria antes da
Semana dos Pesadelos geralmente
adotavam à estrita política de
não Abraçar sem um propósito
maior. Considerando que o
objetivo dos Seguidores da Es-
trela Vermelha é restaurar o Clã
Ravnos em pról de reestruturar
àqueles que verdadeiramente se
importam com o svhadarma, o
maya e o samsara.
Os Seguidores da Estrela
Vermelha buscam restaurar a
responsabilidade de cuidar do
svadharma de seus irmãos e
futuros Ravnos que surgirão se o
seu plano funcionar. Eles entend-
eram que o seu próprio objetivo
48
de existência é reconstruir o
principal Esses Cainitas colo-
cam em prática as necessidades
humanas, pois acreditam que são
um presente do Todo-Poderoso
e um sinal do Fim dos Tempos.
Enquanto puderem, eles trarão
tal sentimento à tona e desfrutar-
ão de tudo o que lhe prover! São
vampiros extremamente provoca-
dores e apegados aos desejos mais
intrínsecos de si e dos mortais.
Disciplinas
A maioria dos seguidores desta
Trilha são adeptos da utilização
de Presença, da Ofuscação,
Feitiçaria de Sangue ou Auspí-
cios. Eles entendem que a arte de
provocar os tecidos de realidade
também requer o vislumbre do
que é verdadeiro ou falso. Os
poderes são as capacidades pri-
mairs que lhes isentam do ciclo
reencarnatório e lhes permitem
sobrepor as mentiras causadas
por outros Cainitas e impor
as enganações que a realidade
lhes permite. Ainda assim, nem
sempre precisam de poderes para
trabalhar com a realidade.
 B LO O D L I N E S C O M PA N I O N I I

49
novas disciplinas
Feitiçaria de Kouldun
"Da terra eu vim, à terra voltarei. Eu sou um con-
structo dela e posso usufruir de seus bens.
Escorro meu sangue pelos pulsos e o deixo pingar
pelo chão, para que escorra exatamente como os rios
rasgam as florestas, conectam-se aos mares e criam
garoas através das nuvens.
Forço o suspiro de meu pulmão, desfalecido, e sopro
como os ventos poderiam fazê-lo comigo. Sou fruto do
tempo e os ventos podem levar-me com ele.
Os meus pés descalços se conectam ao solo, pois
minha pele também é parte da terra. Conecto-me aos
espíritos da natureza para que eles me emprestassem
seus poderes.
Sou eterno. Estive no passado. Estou no presente. Es-
tarei no futuro. Receba meu sangue, desfrute de mim,
una-me a ti e torne-me um de seus prazeres."
Nicknames: Taumaturgia Tzimisce, Feitiçaria
Infernal, Feitiçaria Kouldûnica.
Desenvolvida há milênios, a Feitiçaria de Koul-
dun ou Feitiçaria Kouldûnica é uma das magias
de sangue mais poderosas de que se tem registro
dentre os Cainitas. Seu poder se dá por efetivo
porque estes exigem o serviço dos espíritos da
natureza em vez de ritos e rituais memorizados,
o "Koldunismo" tendendo a ser muito mais sutil
do que a Taumaturgia em níveis inferiores, ao
mesmo passo que não exige tanto uma extensão
da vontade de seu invocador.
Nenhum vampiro é abraçado pelo Koldunis-
50
mo. A Feitiçaria de Kouldun é sempre aprendida
como uma disciplina fora do clã. Apesar de ser
considerada uma forma de Feitiçaria de Sangue,
geralmente não requer a provocação da Besta
pelo conjurador. Os antigos Tzimisce que culti-
vavam esse poder conheciam as dificuldades de
caçar em seus territórios e, portanto, invocavam
seus poderes escravizando os espíritos da terra.
Os praticantes da Feitiçaria Koldunica são
conhecidos como koldun e são quase exclusiva-
mente do Velho Clã Tzimisce. Muitos Tzimisce
"regulares" são incapazes de praticar o Koldun-
ismo, tendo se afastado da espiritualidade e per-
feição que esta forma de feitiçaria requer para
dominar. No entanto, a Feitiçaria Koldunic não
é de forma alguma "boa"; o uso constante fará
com que a própria terra e a terra eventualmente
se deformem em torno do usuário.
Características
Sem provas, os estudiosos do Clã Tremere levan-
taram as possibilidades há séculos atrás de que a
Feitiçaria Kouldûnica seria fruto da conexão de
uma entidade demoníaca milenar da Romênia.
Os boatos afirmam que os Tzimisce criaram um
débito eterno com esta criatura porque no pas-
sado, utilizaram de seus poderes para expulsar
os poderosos Lobisomens da região. Ainda que
nenhum Tzimisce confirme ou desmita esta
história, é fato que tal conhecimento circula
de Cainita em Cainita quando ouve-se sobre a
antiga e poderosa Feitiçaria de Kouldun.
Similar à Feitiçaria de Sangue, a Feitiçaria de
Kouldun trabalha com uma linha específica de
poderes, que podem ser variados a depender da
região ao qual o Tzimisce descende e aprendeu

seus poderes. Um tanto diferente
da Feitiçaria de Sangue, o Koul-
dunismo (nome dado às práticas
Kouldunicas) é uma espécime
de magia que trabalha com os
espíritos locais e entidades que o
vampiro consulta ou invoca para
lhes prestar serviços. Ainda que
pareça similar às Cerimônias
de Oblívio, o Kouldunismo é
uma espécime de acordo entre o
Cainita e as entidades místicas da
natureza.
O domínio que a Feitiçaria de
Kouldun reivindica muitas vezes
leva décadas para que o Acólito
ao "Kouldunismo" (nome dado
à cultura de Koldun) consiga
aprendê-lo e usá-lo adequada-
mente. Atualmente, o Kouldun-
ismo envolve muito o estudo dos
rituais e da magia misturada às
entidades místicas e formas de
cultuá-las em seu recanto. Os mi-
tos costumam dizer que durante
a "Véspera de Kupala" (evento
festivo em homenagem à enti-
dade que ensinou o Kouldunismo
aos Tzismice), muitos membros
do Clã abandonam seus postos
e migram para a Romênia para
unirem-se aos festejos. Dizem
as histórias que um punhado de
Anciões Tzimisce praticava essa
forma antiga, a maioria deles em
aliança com os Tal'Mahe'Ra.
■ Tipo: Mental
■ Risco à Máscara: variável,
alto. A Feitiçaria de Kouldun muitas
vezes se manifesta em formas físicas
abruptas. especialmente se lidar com os
espíritos da natureza. Os usuários de
Kouldun devem ter cautela ao evocar
seus poderes para não criar fogo a par-
tir do nada ou até mesmo um vendaval
descontrolado.
■ Resonância: Sanguíneo. Es-
tudiosos adictos, politeístas, pesquisa-
dores, curiosos e pessoas extremamente
apegadas ao conhecimento e à cultura
espiritual.
Level 1
provocação de krivda
A instabilidade de seus ad-
versários é uma arma para o Feiti-
ceiro do Kouldunismo. Ao cuspir
um insulto poderoso, o Feiticeiro
clama por Krivda, uma Deusa do
Ódio e da Amargura e garante
que o comentário ofenda seu
adversário. O mesmo é imediata-
mente enfurecido, se tornando
vítima da sua irracionalidade. O
seu adversário é obrigado a tentar
resistir aos impulsos de raiva, que
podem levá-lo a cometer decisões
que não deveria.
Nos conflitos Tzimisce e
Tremere de noites passadas, os
Feiticeiros carregavam Krivda em
suas línguas, incitando seus opo-
nentes Diableristas ao Frenesi.
Eles preferiam lidar com presas
furiosas em vez de Feitiçaria
de Sangue calculada. Este é um
poder perigoso de usar, mas
pode desequilibrar um oponente
fisicamente fraco que tem acesso
a Disciplinas poderosas ou pode
ser usado para embaraçar um
Cainita fazendo-o entrar em
frenesi em público.
Dice Pool: Manipulação +
Feitiçaria de Kouldun vs Raci-
ocínio + Resolve.
Cost: One Willpower Point.
System: uma vez que o vam-
piro despender um ponto de For-
ça de Vontade e realizar o teste
51
B LO O D L I N E S C O M PA N I O N I I
resistido, o efeito do poder entra
em ação ao obter mais Sucessos
que seu adversários. O Feiticeiro
deve ofender ao seu adversário
da maneira mais humilhante e
provocante possível, o forçando a
entrar em Frênesi. Se o teste for
bem sucedido, o alvo fica com
uma Fúria incontrolável e ataca
o Feiticeiro. Se o alvo for um
vampiro, ele deve imediatamente
fazer um teste para resistir ao
Frenesi (Dificuldade 1 + os Suces-
sos de margem do Feiticeiro) na
ativação.
Duration: um turno por
Sucesso total obtido (não consid-
erando a margem).
Level 2
a punição de nestrecha
Em homenagem à Divindade
da Dor e do Fracasso, este poder
permite ao Feiticeiro realizar
uma prece para que os espíritos
locais roubem a determinação
de um adversário. O simples
olhar do Feiticeiro enfraquece a
vontade de lutar do alvo. Embora
a vítima seja dominada por um
pessimismo resignado ou sen-
timentos de derrota, ela ainda
pode tomar medidas para resistir
ao vampiro, incluindo o combate,
mas apenas de maneira indifer-
ente ou medrosa. Ele não demon-
stra nenhuma paixão ou deter-
minação habitual, o que pode ser
um tormento para os Toreador.
Dice Pool: Manipulação +
Feitiçaria de Kouldun vs Compo-
sure + Resolve.
Cost: One Willpower Point.
System: concentrando-se num
alvo, o Feiticeiro realiza uma
prece às entidade espirituais para
furtarem os reservatórios psíqui-
cos de seu alvo. Enquanto este
poder estiver ativo, o adversário
não pode despender pontos de
Força de Vontade para Disci-
plinas ou rolar suas Falhas em
qualquer rolagem. Em termos de
Narrativa, a vítima também pode
carecer de fortes motivações ou
convicções durante a duração do
poder ("Que diferença isso faz?"
ou "Eu simplesmente não me im-
porto mais"). Para que este poder
seja eficaz, o Koldun deve fazer
contato visual com sua vítima.
Duration: um turno por
Sucesso.
Level 3
ordem de ozius
Criado pelos Kouldunistas
gregos, Ordem de Ozius é uma
homenagem à entidade da amar-
gura. Filho de Nix e Érebo, Ozius
é um ser místico que emana
horror, medo, tristeza e solidão.
Sabe-se que ao evocar seu nome
e direcioná-lo contra um alvo
através de palavras condenáveis,
o Feiticeiro transfere toda a sua
amargura ao seu alvo.
Este poder faz mais do que
derramar algumas lágrimas,
causando gritos histéricos, choro
e ranger de dentes. Alguma
noção deprimente toma conta
da vítima. Os vampiros podem
lamentar a perda de sua hu-
manidade ou o falecimento de
amantes que morreram há muito
tempo. Às vezes, a fonte é ainda
mais nebulosa. Os Feiticeiro
acreditam que ela transmite a
tristeza coletada do das vítimas
absorvidas por suas presas ao
52
longo das décadas.
Dice Pool: Manipulação +
Feitiçaria de Kouldun vs Stamina
+ Resolve.
Cost: One Rouse Check.
System: uma vez que o Feiti-
ceiro proferiu suas palavras de
maldição, a rolagem de ativação
é realizada, previamente ao teste
contestado. A cada Sucesso ob-
tido pelo invocador, um ponto de
Vitalidade Agravado é aplicado
contra seu adversário! O dano é
aplicado conforme a margem de
Sucessos obtida pelo Feiticeiro. O
alvo é dominado por intensa des-
graça e chora incontrolavelmente.
Pior do que se imagina, os
alvos passam a expurgar sangue
por todos os orifícios enquanto
choram em terror. Quaisquer
ações que requeiram concen-
tração recebem uma penalidade

de -3 dados.
Duration: um turno por
Sucesso. Entretanto, o adversário
não toma dano por turno, sendo
vítima apenas da penalidade de
dados (não cumulativa).
Level 4
o infortúnio de cher-
nogolov
Ao rogar uma maldição em
sua vítima, o Feiticeiro clama ao
Deus do Infortúnio para que o
mesmo destrua qualquer pos-
sibilidade de Sucesso de seu
adversário. Sob o olhar infeliz
de Chernogolov, sua vítima é
impedida em tudo o que faz. Se
ela falhar, ele o fará de forma
espetacular.
Dice Pool: Raciocínio +
Feitiçaria de Koldun vs Compo-
sure + Resolve.
Cost: One Rouse Check, One
Willpower Point.
System: o Feiticeiro roga sua
maldição e realiza sua rolagem
contestada contra o adversário.
Após a vitória, a dificuldade
base para se obter um Sucesso é
aumentada para 8. Sendo assim,
qualquer rolagem precisa atingir
valor igual a 8 ou mais no resul-
tado do dado para se obter um
Sucesso naquela ação.
Duration: uma cena.
Level 5
olhar de dagda
O vampiro é capaz de evocar
as capacidades espirituais para
Dagda, o Deus da Vida e de
Todos os Seres o entregue todos
os eventos que estão acontecendo
no seu redor. Sendo assim, um
personagem com essa habilidade
pode descobrir Cainitas com
Ofuscação tentando enganá-lo
(seguindo as mesmas regras de
Auspícios), adversários escon-
didos, evitar ser surpreendido e
ter ciência de qualquer lugar que
possa perceber em um raio curto
de distância.
Dice Pool: Wits + Feitiçaria de
Kouldun.
Instruções: Um olho humano,
desidratado ou ensanguentado.
Um Rouse Check para potencial-
izar o efeito.
System: o vampiro deve
mastigar o olho humano e engo-
lir. Em seguida, evoca as forças
espirituais para que tenha ciência
de tudo o que está acontecendo.
Assim que a rolagem de ativação
é realizada, o efeito do poder
constará como ativo! Cainitas
ocultos por quaisquer poderes
ilusórios (seguindo as regras de
Auspícios), adversários escon-
didos (não importando como e
onde), até mesmo a disposição
dos móveis de uma sala ao lado
é imediatamente obtida em um
raio de até 15 metros do per-
sonagem ou 50 pés. Este raio,
bem como a duração do efeito,
podem dobrar caso o personagem
mastique outro olho humano e
realize um Rouse Check.
Considerando que este
poder esteja ativo, o vampiro
sabe exatamente quem está em
seus arredores. É mais difícil
de enganá-lo, distraí-lo ou
surpreendê-lo! Ainda que receba
toda e qualquer penalidade para
lutar contra mais de um ad-
versário, ataques pelos flancos e
53
B LO O D L I N E S C O M PA N I O N I I
quaisquer outras armadilhas que
tenham sido preparadas contra
ele, qualquer teste envolvendo
percepção recebe a sua pontuação
de Feitiçaria de Kouldun como
dados extras.
O personagem, apesar de
senciente do que pode estar
ocorrendo em seus arredores, não
tem qualquer benefício em sua
mobilidade corporal e por esta
razão, tais bonificações/penali-
dades continuam sendo aplicadas
contra ele.
Duration: um turno por
Sucesso de ativação. Dobre o
resultado final dos turnos caso
o personagem realize o Rouse
Check.
Rituais
Salvo indicado o contrário,
realizar um ritual Kouldunico
requer um Rouse Check, cinco
minutos por nível para ser lan-
çado e um teste bem sucedido
de Inteligência + Feitiçaria de
Kouldun (Dificuldade = Nível
Ritual + 1). Rituais geralmente
requerem ingredientes adicionais,
embora alguns precisem apenas
da concentração ininterrupta do
usuário, e muitas vezes envolvem
a mistura de Sangue com ingre-
dientes escolhidos de acordo com
os princípios da magia simpática
ou alquimia. Salvo indicado o
contrário, o conjurador só pode
realizar rituais benéficos em si
mesmo.
Level 1
sussurros dos elementos
O mais comum e interessante
ritual praticado pelos ritualistas
do Antigo Clã Tzimisce é a ca-
pacidade de despertar o "espírito"
dos elementos básicos: água,
fogo, terra e ar. Os espíritos se
manifestam em formas efêmeras
ao Kouldun, obtendo consciên-
cia limitada e individual. A sua
resposta ao comportamento do
Tzimisce depende da personali-
dade do elemento ao qual intera-
giu. As chamas de uma fogueira
são muito mais diretas em suas
respostas do que os ventos cinti-
lantes da noite.
A maneira com que os el-
ementos respondem ao ritualista
devem ser interpretados pelo
Narrador de forma enigmática.
Os ventos podem ser precisos,
trazendo informações de longas
datas, mas podem se esquecer
completamente do que conver-
saram há pouco tempo; a terra
pode ser extremamente decidida
e difícil de se convencer a revelar
uma informação; a água pode
ser muito mais sensitiva e se for
ofendida, não revelará nada;
enfim, o fogo pode ser agressivo e
decisivo, mas trará verdades dol-
oridas. Esta interpretação cabe ao
Narrador.
O comportamento do ritu-
alista perante aos espíritos da
natureza também determinará
como eles reagirão contra ou em
favor dele. Ainda assim, se direta-
mente ordenados a silenciar, eles
obedecem. A função primária
deste ritual obter as informações
dos elementos sentinelas que ele
cria. Contanto que o ritualista
não maltrate os espíritos, ele
pode ter a certeza de ser devida-
mente informado.
Até a revolução industrial,
acredita-se que os Feiticeiros
criaram uma versão deste ritual
que conversava com objetos do
próprio refúgio. Esta versão do
ritual foi perdida com o tempo.
Ingredientes: um punhado
do elemento que o Cainita deseja
invocar misturado ao seu sangue.
Para o "ar", uma solução alcalina
misturada em pó de prata. Para o
fogo, óleo (qualquer) e sua vitae
devem ser misturados.
Processo: o vampiro deve
evocar o elemento de uma
maneira específica. Se for água,
ele deve misturar água ao seu
sangue enquanto concentra-se na
convocação do espírito. Se para
fogo, ele deve acender a mistura
e chamar pelo espírito do fogo.
Com a terra, o vampiro deve
misturar terra ao seu sangue
e enterrá-la em algum terreno
próximo. Com o ar, ele deve in-
gerir a solução alcalina enquanto
respira, para que a mistura caia
em seus pulmões. Então poderá
invocar as entidades místicas.
System: após realizar o pro-
cesso de invocação das entidades
elementais, o personagem precisa
realizar uma rolagem de Carisma
+ Liderança. Os espíritos elemen-
tais assumirão uma forma espec-
tral que só pode ser vista pelo
ritualista. Só ele pode ouví-los
e tocá-los. Ele não pode lutar con-
tra essas formas espectrais e nem
pode ser atacado, mas não pode
obrigar as formas a respondê-lo.
Durante um tempo limitado,
ele pode pedir informações
baseadas nas últimas horas que
se passaram ou pode consultá-
54
los como um espírito mentor. É
preciso se atentar, no entando,
de que essas entidades místicas
darão conselhos com base na sua
personalidade. O fogo nem sem-
pre será sábio, a água não será
ambiciosa.
Duration: um turno por
Sucesso.
Level 2
revigorar o espírito
Ao pingar um punhado de
seu sangue em água, o vampiro
pode beber o líquido restante.
Em seguida, ele se torna capaz
de recuperar-se do cansaço e do
esforço mental.
Ingredientes: um punhado de
seu sangue e água.
Processo: o personagem só
deve misturar o líquido e ingerí-
lo.
Sistema: ao misturar o líquido
e concentrar-se no chamado, o
vampiro realiza um teste de Ca-
risma + Liderança (Dificuldade
6, menos o Nível de Feitiçaria de
Kouldun). Atingindo a quanti-
dade de Sucessos necessária, o
personagem não vomita a água e
o ritual funciona.
Se o ritual funcionar, o
personagem recupera um ponto
de Força de Vontade imedita-
mente. Adicionalmente, ele cura
um ponto de dano recebido em
sua Força de Vontade. Qualquer
cansaço mental (ou espiritual)
causado por efeitos naturais e/
ou sobrenaturais são descartados
interpretativamente por uma
cena). O vampiro se mostra mais
disposto e consciente à tomar
decisões, ainda que os modifica-

dores negativos estejam lá.
Duração: instantâneo.
Level 3
barganha espiritual
O ritualista oferece o sacrifí-
cio de seu próprio sangue para
chamar a atenção dos espíritos
da natureza e faz um acordo com
eles. Embora o vampiro barganhe
de uma posição de poder, ele o
faz com cortesia, e não como um
tirano que deve ser obedecido.
Ingredientes: o sangue do
próprio Cainita, um giz de cera,
incensos de invocação, uma ba-
cia, uma cumbuca e carvão.
Processo: o vampiro pre-
cisará desenhar um círculo onde
invocará o espírito. Com a bacia,
poderá derramar a quantidade
desejada sob ela. Ao encargo
do Narrador, essa quantidade
pode exigir mais d eum Rouse
Check. O sangue pode ou não ser
do Cainita. O incenso deve ser
colocado sob a cumbuca com os
carvões e devem ser acendidos.
Só então, ele poderá convocar o
espírito.
System: com o processo
do ritual estando pronto, o
Cainita realiza um chamado.
Este chamado pode ser realizado
com Carisma ou Inteligência +
Ocultismo. Se bem sucedido, os
espíritos na área que desejam o
sangue podem aparecer diante do
ritualista e oferecer seus serviços.
O Feiticeiro pode aceitar a oferta
ou propor seu próprio acordo;
geralmente, quanto maior a
oferenda de sangue, mais séria
ou mesmo perigosa a tarefa que o
espírito está disposto a realizar.
A maioria dos espíritos
realizará apenas uma única
tarefa curta, como transmitir
uma mensagem ou assustar um
mortal com uma demonstração
de poder sobrenatural. Missões
de espionagem, muito menos
uma tarefa que pode resultar em
combate, exigem uma vitória
da Manipulação ou Carisma +
Lábia ou Persuasão do ritualista
x Inteligência + Determinação da
entidade, bem como um verda-
deiro banquete de sangue. Uma
vez que o espírito aceite os ter-
mos do pacto e beba o sangue, ele
deve cumprir sua parte no acordo
com o melhor de suas habilidades
antes de prosseguir com qualquer
outro negócio.
A pontuação para os espíri-
tos chamados com este ritual
são deixadas para os Narradores
projetar. Geralmente, tais espíri-
tos são fracos ou relativamente
insignificantes, tornando-os
suscetíveis à bajulação.
Duration: durante o tempo
em que o incenso estiver acesso,
o ritual estará acontecendo e
o Tzimisce poderá barganhar.
Assim que o fogo chegar à brase
do carvão, o ritual deve chegar
ao fim e uma conclusão deve ser
decretada, mesmo que não tenha
saído nenhum acordo dali. Este
processo geralmente leva uma
cena, devido às energias místicas
dali.
Level 4
despertar das águas mortas
Convocando um espírito
menor como no ritual Barganha
Espiritual, um ritualista pode
55
B LO O D L I N E S C O M PA N I O N I I
enganar o ser para que siga sua
oferenda de sangue até a garganta
de um carniçal. Uma vez lá den-
tro, o espírito permanece preso
até a morte de sua prisão carnal.
Ingredientes: a mistura de seu
sangue e o solo onde o vampiro
descansou durante o último dia,
ele precisa ter passado as últimas
horas literalmente em contato
com a terra, uma bacia e alho.
Processo: o vampiro precisa
realizar um cântico contínuo por
uma hora, no qual ele deverá mis-
turar os ingredientes durante este
período com uma colher de pau.
Ao fim do cântico, ele forçará um
mortal a consumir a mistura ter-
rosa do solo de onde descansou.
Só então o rito entrará em vigor.
System: uma vez que o vam-
piro realiza o rito, um teste resis-
tido da Manipulação + Lábia ou
Persuasão x Raciocínio + Deter-
minação do espírito é realizado.
Em caso de vitória do ritualista,
o espírito cai na armadilha e se
materializa dentro do hospedei-
ro. Essa materialização inflige
um dado de Dano Agravado por
nível de Feitiçaria de Kouldun no
mortal como a luta do espírito
para escapar do corpo.
Se o mortal sobreviver, ele se
torna Carniçal e o espírito dis-
torce a carne tão grotescamente
quanto as alterações que a Vicis-
situde faria. O Carniçal cai re-
cebe o mesmo Defeito de Clã dos
Nosferatu, mas ganha três pontos
de Força e Vigor. Essa pontuação
pode cruzar o limite de 5 pon-
tos humanos e alterar os pontos
de Vitalidade do personagem.
Este ritual também funciona em
vampiros, com algumas condições
adicionais.
O ódio do espírito envenena
o sangue já contaminado do Car-
niçal e provoca sua Bestialidade.
Carniçais adquirem a pontuação
de Fome dos Cainitas. A cada
nascer do sol, o Carniçal deve
realizar um Rouse Check. Se sua
Fome atingir 5 pontos, ele perece
(morre) e o espírito escapa.
Vampiros não morrem, porém
ficam extremamente suscetíveis
ao Frênesi. O espírito pode matá-
los a depender da quantidade
da dano recebido para realizar o
ritual.
Duration: indeterminado.
Level 5
barganha demoníaca
Similar à capacidade de tro-
car um sacrifício de sangue pelo
favor de um espírito, Barganha
Demoníaca faz o mesmo. Entre-
tanto trabalha com entidades,
espíritos e fantasmas com uma
energia mais densa e aterrori-
zante. Essas criaturas espirituais
são conhecidas como demônios
por carregarem uma carga ma-
ligna consigo, sendo capazes de
monstruosidades contra quem o
invocador decidiu punir.
Os Feiticeiros de Kouldun
acreditam que os demônios
invocados pertencem à sua terra,
local onde Kupala (seu mestre)
adormece. São entidades podero-
sas e malignas, que estão dispos-
tas a fazer barganhas ao qual es-
píritos comuns não fariam. Esses
demônios nunca precisarão mos-
trar medo ou obediência porque
seus poderes superam de longe
os do vampiro. Ainda assim, as
criaturas invocadas desta forma
lembram-se doe que o Feiticeiro
pode humilhá-los com poderosas
maldições e encantamentos.
Pela memória daqueles pactos
antigos e pelo medo de que esses
pactos possam uma noite ser
renovados, os demônios tratam
os ritualistas com respeito e como
iguais. Tais seres não toleram
desrespeito por sua vez, no en-
tanto, Feiticeiros tão incautos ar-
riscam a destruição por palavras
descuidadas.
Um Cainita pode pedir um
favor a um demônio e oferecer
um favor em troca. Muitas vezes,
os demônios executam uma
tarefa em troca de um pagamento
não especificado em uma data
posterior. Não é incomum que
um demônio espere séculos para
56
cobrar um pagamento devido,
embora nem todos sejam tão
pacientes.
Ingredientes: o sangue do
próprio Cainita, jóias de ouro,
um giz de cera, incensos de invo-
cação, um coração (humano ou
de um animal de grande porte,
como um boi), uma bacia, um
punhal de prata, uma cumbuca e
carvão.
Processo: o vampiro precisará
desenhar um círculo onde invo-
cará o demônio. Ele nunca pode
pisar dentro do círculo, pois é ali
onde o demônio estará preso para
não atacá-lo. Com a bacia, poderá
derramar a quantidade desejada
sob ela. Ao encargo do Narrador,
essa quantidade pode exigir mais
d eum Rouse Check. O sangue
pode ou não ser do Cainita. O
incenso deve ser colocado sob a
cumbuca com os carvões e devem
ser acendidos. As jóias devem
ser espalhadas em posições que
formem um pentagrama inver-
tido. O coração de uma criatura
deve ser perfurado com uma faca
na hora de chamá-lo, para que
então o demônio ouça e sinta o
sacritício. Só então, ele poderá
convocar a entidade mística.
System: com o processo

do ritual estando pronto, o
Cainita realiza um chamado.
Este chamado pode ser realizado
com Carisma ou Inteligência +
Ocultismo. Se bem sucedido,
um demônio associado a um
dos Sete Pecados Capitais da
terra de Kupala que desejar
barganhar aparecer diante do
ritualista e oferecer seus serviços.
Enquanto espíritos fazem sua
oferta, o demônio sempre ouvirá
a primeira oferta do ritualista. A
oferenda realizada no ritual serve
apenas para chamá-lo e nada
mais, nem mesmo concretiza
qualquer acordo. É preciso ter
em mente que o demônio estará
sempre com vantagem contra o
ritualista e é como uma faca de
dois gumes, pois se mal usado se
torna contra você.
Um demônio pode realizar
uma tarefa árdua e complicada,
como amaldiçoar um alvo ou
destruir a vida financeira de um
adversário do Cainita. Missões de
assassinatos, tarefas que podem
resultar no banimento daquele
demônio para sua dimensão, ex-
igem uma vitória da Manipulação
ou Carisma + Lábia ou Persuasão
do ritualista x Inteligência +
Determinação da entidade, bem
como um favor extremamente
valioso. Uma vez que o demônio
aceite os termos do pacto e coma
o coração banhado em sangue, ele
deve cumprir sua parte no acordo
com o melhor de suas habilidades
antes de prosseguir com qualquer
outro negócio.
A pontuação para o demônio
chamado com este ritual são
deixadas para os Narradores pro-
B LO O D L I N E S C O M PA N I O N I I
saído nenhum acordo dali. Este
INVOCAÇÃO DEMONÍACA processo geralmente leva uma
Não importa qual a natureza do cena, devido às energias místicas
pecado relacionado à entidade dali.
demoníaca, seu poderio sem-
pre terá uma base parecida. As Feitiçaria de
Características dos Demônios
não são conhecidas por vampiros, Sangue
portando seus poderes podem
ser "confundidos" com Discipli- Level 1
nas.
espelho dos deuses
■ Um Atributo em 5, três Atribu-
Acredita-se que os espelhos da
tos em 4, quatro Atributos em 3
antiguidade eram capazes de en-
e um Atributo em dois.
tregar a verdadeira identidade de
■ Acrescente +15 pontos de Ha-
criaturas sobrenaturais por pos-
bilidades, não importando qual
suírem uma fina camada de prata
configuração seja escolhida.
por trás da lente. Os Tlacique
■ Distribua 10 pontos em Disci-
desenvolveram um poder que lhes
plinas.
permitiria enxergar a utilização
de outras Feitiçarias de Sangue,
identificando-as com precisão.
jetar. Geralmente, tais entidades
Embora o nome seja simbólico, os
místicas são extremamente mais
olhos do Feiticeiro assumem um
poderosas que o Cainita, mas são
teor prateado e reflexivo, onde
suscetíveis à provocação de seu
lhe permite descobrir traços de
pecado. O Narrador deve consid-
utilização de Feitiçarias.
erar que demônios são criaturas
Dice Pools: Wits + Awareness.
ardilosas, extremamente inteli-
Cost: One Rouse Check
gentes e perspicazes. Eles não vão
System: uma vez ativado, o
cair em qualquer tramóia barata
vampiro concentra-se por um
e não vão arriscar sua existência
turno no exato local onde foi
para enfrentar Matusaléns, como
realizado um ritual, Feitiçaria de
Mithras, O Príncipe de Londres.
Sangue, Alquimia de Sangue ou
A negociata deve fazer sentido
qualquer outra fonte de magia
para o que o invocador seja capaz
para obter as respostas daquilo.
de pagar e o demônio seja capaz
A dificuldade pode aumentar
de fazer.
conforme o Narrador acreditar
Duration: durante o tempo
que existam empecílhos mágicos
em que o incenso estiver acesso,
na cena, reduzindo o potencial
o ritual estará acontecendo e
máximo da quantidade de infor-
o Tzimisce poderá barganhar.
mações que o Feiticeiro é capaz
Assim que o fogo chegar à brase
de ter.
do carvão, o ritual deve chegar
Quanto maior o número
ao fim e uma conclusão deve ser
dee Sucessos, maior qualidade
decretada, mesmo que não tenha
57

de informações que o Feiticeiro
consegue obter. As informações
não podem ser precisas e devem
revelar apenas traços mágicos,
como "utilizou sangue", deixou
"X" Ressonância", foi um ritual
poderoso (maior ou igual que
Nível 4), o ritual durou algumas
horas, serviu para machucar
alguém e etc.
Duration: um turno. Este
poder só pode ser utilizado uma
vez na mesma energia mágica.
Level 2
sangue de tezcatlipoca
Similar ao que os Banu
Haqim são capazes de fazer com
seu sangue, tornando-o ácido,
os Tlacique puderam criar uma
técnica similar. Ao invés de tor-
nar o próprio sangue ácido, eles
podem tornar todo e qualquer
sangue em um líquido inflamável
ao mero toque.
Cost: One Rouse Check ou
mais.
System: este poder não requer
qualquer teste de habilidade adi-
cional. O Feiticeiro deve se con-
centrar por um turno enquanto
força o seu sangue a cair através
de uma ferida autoinfligida (ou
causada por alguém). Então
derrama o seu sangue sobre algo
ou alguém e em seguida o torna
inflamável. O sangue do con-
jurador se transmuta em lama
grudenta pelo resto da noite se
não for aceso. Qualquer tenta-
tiva de se alimentar do vampiro
produz um bocado de chamas
líquidas semelhantes ao magma.
Certamente fatal para os mortais,
cada Rouse Check de "magma"
consumido inflige um nível de
dano Agravado seus adversários.
LORESHEE T
As chamas provocam os
mesmos efeitos de Rotshreck em
qualquer Cainita, por exceção do
invocador e podem ser acendidas
através de fagulhas ou ao mero
toque do vampiro. A cada Rouse
Check, o vampiro consegue
transformar aproximadamente
100 ml de sangue em inflamável,
suficiente para incendiá-lo com
uma mínima fagulha de chama.
As chamas não agem como
fogo normal e sim como um
"magma terroso", destruindo
qualquer material pela frente
(como em Sangue Corrosivo),
especialmente porque o sangue
gruda de maneira espessa e
gosmenta em qualquer alvo que
pegar. É mais difícil apagá-lo,
requerindo múltiplas tentativas
para fazê-lo. Ao critério do Nar-
rador, esta chama só pode ser
apagada se uma quantidade 4x
maior de água for utilizada para
fazê-lo.
Duration: até uma noite.
Level 3
convocar ao reino divino
Ao encantar seus punhos, o
Feiticeiro clama para que Tez-
catlipoca chame suas vítimas ao
seu reino. Então, com um mero
toque, o Cainita pode induzir
um alvo a um sono profundo
(similar ao Torpor), de modo que
permanecer acordado acarretará
em dificuldades tremendas para
executar qualquer tarefa. Ainda
que o toque seja utilizado de
maneira pacífica, no passado era
possível encontrar utilizações
dele em momentos de embates
físicos! Algumas vítimas dizem
até mesmo ter sonhado sobre
encontros com algum ser Divino.
58 58
Cost: One Rouse Check.
System: assim que ativado, o
personagem pode simplesmente
tocar o seu alvo. O toque pode
ser feito através de um ataque.
Em seguida, a vítima é obrigada
a resistir com Vigor + Determi-
nação (Resolve), obtendo mais
Sucessos que o Feiticeiro na
rolagem de ativação. Consideran-
do que a vítima obteve mais Suc-
essos, o poder não causa nenhum
efeito negativo, mas drena um
ponto de sua Força de Vontade
temporária.
A cada Sucesso de margem
do Feiticeiro, um dado de pe-
nalidade é aplicado para todas as
ações Físicas ou Mentais (à escol-
ha do Tlacique), como se estivesse
forçando a vítima a dormir. Seu
corpo não sustenta seu peso, suas
pernas não se movimentam como
deveriam e seus músculos não
machucam como poderiam. Em
outro caso, sua mente não é tão
veloz como o comum, sua resil-
iência mental se torna mais frágil
e sua memorização é lenta.
Em caso de Falha Bestial (ou
Vitória Crítica do Tlacique), a
vítima é colocada para dormir.
Os vampiros adentram ao "sono
profundo", conhecido como Tor-
por. Os humanos simplesmente
descansam por um período de
oito horas seguidas. Eles desper-
tam caso o Tlacique queira que
isto aconteça ou assim que o pe-
ríodo de tempo passar. Nenhuma
das penalidades aplicadas podem
ser cumulativas.
Duration: oito horas ou
menos, caso o Tlacique queira
despertar sua vítima.
 LORESHEE T B LO O D L I N E S C O M PA N I O N I I

Ordo Kouldun
tzimisce only

A
Ordem de Kouldun sempre existiu como Tal'Mahe'Ra (Seita secreta ao qual comandavam).
uma Seita de Feiticeiros que se consideravam Atualmente, os membros do Antigo Clã Tzimisce
membros do Clã Tzimisce por descendência continuam fazendo parte da Ordem de Kouldun.
do sangue de Caim, porém que trocaram Enquanto no passado, a Ordem de Kouldun surgiu
suas origens e se tornaram uma Linhagem. Eles eram os com o objetivo de repelir aos Lobisomens das terras
poderosos Feiticeiros e ritualistas que enfrentaram os dos Tzimisce e se manteve poderosa para deter os
Tremere durante a Guerra dos Príncipes e adiante, im- Tremere, a Ordem de Kouldun é parte da premissa
pedindo a entrada do Clã dos Usurpadores nos territórios de resgate do Antigo Clã Tzimisce. Os Feiticeiros
da Valáquia. Os membros da Ordem de Kouldun sempre acreditam que uma maneira de resgatar as origens
foram magistas extremamente respeitados, que exploravam Tzimisce através do conhecimento místico que os
as artes da magia elemental, ensinada por uma de suas membros do Antigo Clã Tzimisce se apegavam na
poderosas entidades: Kupala. idade das trevas.
Há não muito tempo atrás, os únicos membros da Infelizmente muito conhecimento se perdeu e os
Ordem de Kouldun eram aqueles que se consideravam membros da Ordem de Kouldun buscam reestabelecer
pertencentes ao Antigo Clã Tzimisce. Eles exploravam muitos conceitos e tradições que não conseguiram
os dons de Kupala em pról dos objetivos da antiga recuperar. Para onde foi Kupala, a maior parte de seus
rituais e segredos ainda são perguntas sem respostas.
LORE
O Místico: você desenvolveu certo Vigiado Espiritualmente: um arco de história em volta deste
empenho em conhecer a natureza você está conectado a alguma entidade refúgio e lhe bonificar de acordo.
mística do Clã Tzimisce. Considerando espiritual que você sequer conhece. O Coração de Kupala:
que você conhece a Ordem de Kouldun Ainda que desconfie sobre se é ou não em uma de suas excursões, você encon-
e alguns companheiros de Clã sabem Kupala, essa "entidade" lhe transmite trou um coração vivo. O órgão parece
disso, você pode ser requisitado vez ensinamentos, segredos e pensamen- se comunicar com você, criando um
ou outra por um Contato ( ) que tos em troca de serviços que visem laço, exigindo missões e prometendo
está interessado em contratá-lo para restaurar a Ordem de Kouldun. Uma muito em troca. O objeto é horrendo e
algum ou outro serviço. vez por Sessão, você pode obter uma sempre responde à sua requisição com
Ex-Membro: antes da informação valiosa de cunho místico alguma característica de bonificação
Tal'Mahe'Ra cair, você foi iniciado na ou relacionado ao seu Clã, porém você poderosa (Sucesso Automático? Dados
Ordem de Kouldun e fez parte dos precisará prestar um serviço a este ser. extras? Algum poder místico? Uma
primeiros rituais da Seita. Ainda que não Este favor sempre visará recuperar o resposta secreta? Etc) ao encargo do
seja um líder dentro da nova configu- Status da Ordem de Kouldun como uma Narrador. Porém há algo muito além do
ração que o Antigo Clã Tzimisce possuí, poderosa união de Feiticeiros. que você pode imaginar te esperando e
sua opinião é extremamente válida e Ocultista Ancião: você o preço não será barato. É importante
respeitada dentro do círculo do Clã. descobriu um antigo refúgio de algum mencionar que Kupala é uma entidade
Sempre que se apresentar a outro membro da Ordem de Kouldun próxi- milenar. Mesmo que não seja o coração
Tzimisce (mesmo que não seja membro mo à região onde você está. O que tem dele, existem consequências positivas
do Antigo Clã) como iniciado da Ordem neste refúgio, se o dono dele ainda está e negativas em serví-lo. O Narrador e
de Kouldun, receba um bônus de Status desperto ou se é de valia caberá a você jogador devem estar cientes disso.
equivalente à ( ) pontos. descobrir. O Narrador deve construir

59
 LORESHEE T

tlacique
APENAS MINISTÉRIO

A
ntes dos Seguidores de Set se transformarem defender suas terras quando os espanhóis destruíram as
no Ministério, haviam várias Linhagens civilizações que adoravam os Tlacique. Seu ressentimento
descendentes do Clã principal que herdaram pela Camarilla ter sido grande responsável pela desturição
conquistas, vitórias e um histórico respei- dos povos Mesoamericanos resultaou em uma aliança
tável dentre os Cainitas. Os Tlacique fizeram parte das ao Sabá , trabalhando juntos para expulsar a Camarilla
Linhagens mais respeitadas dentre o Ministério, domi- do México. Assim que o Sabá adotou os elementos mais
nando as Américas antes das colonizações e até próximo sangrentos dos rituais Tlacique, eles careciam das crenças
do período do renascimento. espirituais que os Tlacique valorizavam. Então, o Sabá se
Durante um período respeitável, os Tlacique foram voltou contra eles.
reis, líderes tribais, foram Deuses e figuras extremamente Nas noites modernas , os Tlacique são amplamente con-
poderosas. Eles dominaram completamente as capacidades siderados extintos. Eles Abraçam exclusivamente de grupos
mágicas que os Cainitas poderiam conhecer antes mesmo nativos americanos, ainda ressentidos com a destruição
que os Tremere sequer sonhassem em fazê-lo e eram européia de suas terras natais. Nos últimos anos, eles esta-
especialistas em astrologia, astronomia, magias elementais vam formando uma aliança com os Necromantes Pisanob,
e a escuridão divina. Eles acreditavam ser descendentes de mas sua aliança acabou após o surgimento dos Hecata. Este
Tezcatlipoca, o Deus da Noite, da Lua e das Estrelas. evento os forçou a juntar-se com Ministério para adotar a
Durante a colonização, esses vampiros tiveram de posição de feiticeiros do Clã, de uma vez por todas .
LORE
Cultural: introduzido aos conheci- Ex Membro do Sabá: você Essa descendência lhe concede um
mentos do oculto desde muito cedo, havia sido recrutado pelo Sabá como ponto extra em suas Disciplinas de Clã
você entendeu a cultura Mesoamericana um Tlacique antes do Chamado deses- e um ponto em Potência de Sangue.
e seus enigmas. Sempre que precisar tabilizar a Seita. Mesmo que não tenha O Antigo Presságio: em
realizar qualquer rolagem envolvendo gostado do Sabá, você teve suas razões alguma missão, caiu sob suas mãos um
Feitiçarias, conhecimentos proibidos para fazê-lo e quando o Sabá partiu em calendário de pedra mágico criado por
e enigmas relacionadas à cultura em sua cruzada de insanidade, você per- um antigo feiticeiro Tlacique. Acredita-
questão, você recebe +2 dados bônus. maneceu aliado ao seu Clã. Por razão se que tal Artefato possa responder
Descendente: considerado uma disto, você tem um ponto de Contato perguntas sobre o futuro de qualquer
das raridades entre os Clãs, você é um que é membro do Sabá e do Ministério Cainita que coloque seu sangue ali.
dos poucos Tlaciques restantes. Ainda que pode ajudá-lo em questões relacio- Despendendo um ponto de Força de
que sirva ao Ministério, você foi tutelado nadas à Seita. Adicinalmente, você pode Vontade, em seguida realizando um
nas artes e nos conhecimentos dos aprender efeitos de Disciplinas específi- Rouse Check, o personagem pode ter
Tlacique. Ao invés de obter Presença cos que só poderiam ser ensinados para acesso aos segredos do universo! Ele
como uma das Disciplinas de Clã, você membros do Sabá. pode realizar uma pergunta por sessão,
recebe Feitiçaria de Sangue e pode Descendente de Tez- que será respondida com precisão.
trocar Ofuscação por Auspícios. Sua catlipoca: você é um dos descend- Entretanto, o Artefato só pode dar as
Fraqueza de Clã e outras Características entes do Matusalém conhecido como respostas que a própria mente do por-
se mantém a mesma. Tezcatlipoca, ao qual acredita-se que era tador é capaz de compreender.
visto como divindade Mesoamericana.

60
 LORESHEE T

NICTU K Uapenas nosferatu

tanto diferente do que eram no passado e talvez até mais

enfraquecidos do que antes. Os Nictuku estão de volta,
presentes e vão tomar o lugar dos Nosferatu! Ainda que
eles (atualmente) sejam uma Seita formada pelos Nos-
feratu que descobriram sua história e se enganaram, não
há nenhum impeditivo de retomar o Clã Nosferatu, ou
melhor, Nictuku às origens.
A utilização deste Loresheet marca o envolvimento
de um personagem com a cultura Nosferatu, envolvi-
mento com os Nictuku, proximidade com o Clã, con-
tato e outros benefícios. Vampiros que aderem a esse
Loresheet não precisam necessariamente estar filiados

O
pesadelo dos Nosferatu nos séculos pas-
sados se tornou algo real. O retorno dos
Nictuku os marca como antagonistas do
Clã durante a modernidade e os torna
perigos reais aos olhos dos Nosferatu. Ainda que um
à Seita Nictuku (a menos que especificado o envolvi-
mento), embora a regra e senso comum seja que isso
realmente aconteça. Crônicas envolvendo personagens
Nosferatu podem ter um desenvolvimento muito
maior da política interna no Clã com esta caracterís-
tica.

Conheedor da História: curioso
com a história dos Nictuku, você decidiu
estudá-las e aprofundar-se no envolvi-
mento que o seu Clã Nosferatu tem
com estes Cainitas. Uma vez que você
descobriu a maioria dos contos e sabe
por onde começar, esses conhecimentos
ficaram marcados com você e o acom-
panharão pela eternidade. Sempre que
realizar qualquer teste de conhecimento
envolvendo o seu Clã Nosferatu e os
Nictuku, receba +3 dados como bônus.
Membro Convertido: ao
conhecer mais sobre a história de seu
Clã, você percebeu que estava ao lado
errado da história. Agora, você adotou
o Clã Nictuku como sua origem verda-
deira e está disposto a fazer o possível
para ser bem quisto por lá. Sempre que
precisar, você pode convocar um aliado
equivalente a Contatos 3 ou Aliados
LORE
2 para ajudá-lo em alguma situação
conflituosa. Este personagem provav-
elmente lhe pedirá favores em troca,
afinal você faz parte da Seita Nictuku e
terá de provar o seu valor a ela.
Dono da Bandeira: sendo
um dos primeiros a terem adeiro aos
Nictuku como verdadeiros Nosferatu,
você se tornou autoridade e determina
missões, organizações e até mesmo se
envolve com outros membros do Clã
com o fim de trazê-los à sua ideolo-
gia. Sempre que interagir com outro
Nictuku ou Nosferatu, você recebe
+2 dados em testes Sociais ao impor
autoridade e +1 Sucesso automático.
Você é reconhecido e respeitado por
ter iniciado esse movimento junto com
outros Cainitas.
O Verdadeiro: você é um
Nictuku verdadeiro. Não, você não
aderiu a nenhuma ideologia, não é um
"Nosferatu convertido" e muito menos
um dos fracotes com mínima Potência
de Sangue. Ainda que seu Criador tenha
sumido e você não o veja há anos, você
sabe de sua origem. Suas Disciplinas de
Clã são Auspícios, Potência e Ofuscação,
você começa a crônica com Potência de
Sangue ao máximo de sua Geração e
uma Geração a menos que sua Coterie.
Filho do Oculto: um vam-
piro muito antigo lhe adotou. Ele é um
Nictuku e acredita que você tem poten-
cial para ajudá-lo em alguma tarefa que
ele busca. Este Cainita equivale a Mawla
5, é um vampiro extremamente po-
deroso e se tornou seu Mentor, estando
disposto a ajudá-lo. Suas Características,
história e envolvimento com a Crônica
devem ser criados e desenvolvidos pelo
Narrador.

61
 LORESHEE T

A UNIDADE

E
xistem alguns relatos de membros dos Filhos do
Sangue (Irmãos de Sangue) que afirmam terem
sonhado com "a Unidade". Outros deles são
atormentados por visões, palavras, ideias que
inundam suas mentes e os incitam a tomar decisões que
mesmo eles não querem. Ao mesmo tempo, contar este
tipo de história é um tabu entre os membros da Linhagem
porque a Unidade deve ser respeitada.
Com este Loresheet, o personagem conseguiu intera-
gir, de alguma maneira, com a Unidade e agora está vin-
culado (preso) a ela. Quando maior sua pontuação, mais
ele é capaz de interagir com as capacidades que a Unidade
lhe empresta. Essa conexão "interior" surgiu em algum mo-
mento de sua não-vida que nem mesmo ele sabe.
Rumores espalhados dentre os Cainitas sugerem que a
Unidade é um poderoso(a) Matusalém, pois vampiros de
fora da Linhagem estão sendo infectados por ela também.

Sangue Puro: considerado um
dos únicos Filhos do Sangue capazes
de tal dom, Sangue Puro permite que
o personagem seja capaz de Abraçar
outro Cainita devido à sua Geração
(12ª ou mais) ou devido a algum talento
ensinado pelo Criador do vampiro com
Vicissitude. Este Loresheet "burla" a
Fraqueza inicial dos Filhos do Sangue e
imediatamente o coloca em um patamar
de importância maior, pois o Cainita
se torna um "Parideiro" ou potencial
recrutador para a Seita.
Furto do Sangue: o personagem
foi um dos poucos capazes de adquirir
certa consciência sobre o sangue. Essa
consciência o permite ter exata noção
de uma informação daqueles que inger-
iram seu sangue. Com este Loresheet, o
personagem pode convocar uma peça
de informação, relevante ou não, de
qualquer membro que tenha ingerido o
LORE
seu sangue. Essa informação é precisa e
o personagem tem total descrição dela.
Conectado À Unidade: o
personagem está diretamente conec-
tados a alguma consciência que pode
ajudá-los em momentos de necessi-
dade. A cada sessão, o personagem
pode "gastar" a quantidade de pontos
investidos neste Loresheet para obter
Sucessos automáticos numa rolagem.
Entretanto, o ponto só é recuperado
em um por sessão. Esta capacidade
pode ser "emprestada" uma vez por
sessão para outro vampiro da Coterie
ao doar seu sangue, entretanto segue a
mesma regra, além das regras de Laço
de Sangue.
Comandar à Unidade:
diferente da maioria dos Filhos do
Sangue, os personagens com este
Loresheet podem "silenciar" as
Fraquezas causadas pela Compulsão
ao despender um ponto de Força de
Vontade uma vez por sessão. Adicional-
mente, o vampiro é capaz de convocar
uma peça de informação relevante, ro-
lando Carisma + Loresheet por sessão.
O Narrador determinará o valor da
informação com base na quantidade de
Sucessos obtidos.
O Primeiro: o personagem
foi o primeiro a adquirir a "consciência"
ao qual veio a ser chamada de Unidade
posteriormente. Essa consciência lhe
permite saber informações relevantes
sobre qualquer Filho do Sangue, sobre
como ele está se sentindo, onde ele
está, se está ferido (pontos de Vitali-
dade), se está cansado (pontos de Força
de Vontade) e quais são seus pensamen-
tos básicos. Se o personagem comprar
"Furto de Sangue", ele se torna capaz
de usá-lo para obter informações do
mesmo aliado.

62
 LORESHEE T

HE R DEI R O IN F E R NAL
E XCLU Í DO DO CONTE Ú DO F INAL ( APENAS IN F E R NALISTAS )

O
s infernalistas sempre estiveram presentes
dentre os Cainitas. Eram e são considerados
aqueles que movimentam-se com as forças
infernais para obter seus objetivos. Os
Azaneali não são os primeiros a terem este título, consid-
erando que os Baali ainda são os principais protagonistas
da "jornada infernal" desde o início dos tempos. Este
Loresheet representa a conexão infernal que estes Cainitas
possuem com as forças diabolistas e como foram afetados
pelos últimos eventos envolvendo criaturas dimensionais.
Ao obter este Loresheet, o Cainita imediatamente
adquire um Defeito conhecido como "Acordo Infer-
nal". A cada ponto de Loresheet, ele obtém um ponto
neste Defeito (máx. 5) e será obrigado a continuar
representando as forças infernais aqui na terra. Ele
sempre será requisitado por demônios, presságios,
criaturas místicas que virão procurá-lo. aquilo que você não deseja. Demônios estarão sempre
Acredita-se que este Loresheet seja a razão pelo cobrando novos acordos e ser "bom" deixa de ser uma
qual nenhum Baali ou diabolista conseguiu escapar do opção. Mesmo os Cainitas que buscam trabalhar com
destino terrível que lhes circunda. Uma vez envolvido as energias infernais sucumbem à maldade que as
nas forças infernais, é praticmaente impossível deixá- entidades demoníacas lhes impões. Até hoje, ninguém
las de lado! O inferno o buscará e o forçará a se tornar escapou desse cruel destino.

Sentido da Maldade: como um
herdeiro das energias infernais, você se
tornou capaz de perceber com melhor
perspicácia as más intenções das pes-
soas. Ao despender um ponto de Força
de Vontade, você pode saber se uma
pessoa está mentindo, com más inten-
ções ou sua ressonância sanguínea.
Carisma Natural: abençoado
com a arte de ser agradável, os seres
das trevas lhe ensinaram a como
conquistar as atenções. Considere o
aumento de +1 dado e -1 de redutor
de dificuldade para qualquer rolagem
Social que você precise ser agradável.
Este efeito não é aplicável para uso de
LORE
Disciplinas.
Criatura Infernal: você
conheceu uma criatura abissal que
aparece em forma humanóide para
você. Esta criatura não é humana e você
até mesmo poderia dizer que é um
demônio. Suas Características devem
estar sob responsabilidade do Narrador,
sendo relativamente mais poderoso do
que você. Considere este personagem
como Contatos ( ) na sua Ficha.
Favor Abissal: você conquis-
tou o favor de alguma criatura mística
ao qual você sequer sabe a origem. Este
favor é algo relevante, mas único! Uma
vez pedido, a criatura realizará o seu
pedido. Cuidado com o que você deseja.
"Eu estava lá": infeliz-
mente (ou felizmente), você esteve
presente durante o ritual que iniciou o
Chamado. Você viu coisas que ninguém
deveria sequer conhecer e de alguma
forma, sua mente mudou completa-
mente! Seja pela abertura do portal,
pelo despertar da criatura ou qualquer
outra razão, você foi afetado por isso
e alguma energia obscura o cerca. Esta
energia pode ser uma bênção com ou
sem custo, ao encargo do Narrador e
deve ter vínculo direto com algo extre-
mamente relevante para a história.

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“Nenhum de nós realmente muda com o
tempo; apenas nos tornamos mais plena
mente o que somos.”
— ANNE RICE, A RAINHA DOS CONDENADOS.

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