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“Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se
desviará dele.” (Provérbios 22:6)
“Muitos pais veem neste versículo uma sanção para forçar as crianças a seguir a
profissão ou of ício que eles acham melhor para elas. Dessa forma, acabam trazendo
sofrimento e decepção sobre si mesmos, pois o filho, depois de crescer, costuma optar
por um caminho completamente diverso. Em vez disso, o versículo aconselha os pais a
saber e ensinar o caminho em que seu filho poderá ser mais útil para si e para os
outros e no qual terá mais realização.” (Comentário Bíblico Adventista, vol. 3, p. 1151)
A Bíblia declara que os pais devem compreender que os filhos “são herança do
Senhor.” (Salmos 127:3).
O que está envolvido nesse conceito é a mordomia. Os pais são mordomos e
devem cuidar dos filhos com amor, paciência, bondade e autoridade. A autoridade
não significa uma atitude ditatorial ou opressiva, mas demonstrada por alguém que
tem interesse no bem-estar dos filhos e cuida da melhor maneira possível para que
isso seja uma realidade.
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Isto só pode ser alcançado com dedicação de tempo dos pais para estarem pró-
ximos dos filhos e educá-los nos caminhos de Deus.
• “Passe tempo de qualidade com seu filho. Isso significa interagir com
ele, demonstrar afeto, conversar e fazer juntos atividades que treinem as
emoções dele.” (Annie Schulz Begle, “Crescimento na Adversidade”, Revista
Adventista/Adventist World, junho 2021, p. 21).
A obra de educar é uma escola que não conhece graduação. Os pais estão sem-
pre aprendendo enquanto fazem o melhor para educar.
“Ao educar os filhos, a mãe está numa contínua escola. Ao mesmo tempo em
que ensina os filhos, ela mesma está aprendendo diariamente.” (Ellen G. White,
Orientação da Criança, p. 135).
Tiago White
• Tiago nasceu no dia 4 de agosto de 1821, em Palmyra, uma pequena cidade
no centro do estado do Maine.
• Era uma criança frágil, e foi diagnosticado com verminose (worm fever)
quando tinha menos de três anos de idade.
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• A febre afetou seus olhos e quase destruiu sua visão, deixando-o vesgo,
fraco e parcialmente cego.
• Após anos de trabalho duro, ele fortaleceu sua saúde geral, aos dezesseis anos
seus olhos melhoraram, e pela primeira vez, ele podia ler com liberdade.
• Durante aqueles dias de trabalho árduo, Tiago entregou sua vida a Jesus.
• Aos quinze anos foi batizado na igreja Conexão Cristã (James White, Life
Incidents, p. 15).
Ellen Harmon
• Ellen nasceu no dia 26 de novembro de 1827, em Gorham, uma pequena
cidade no Maine, mas passou sua infância e juventude em Portland, a maior
cidade do Maine, localizada no litoral sul do estado.
• Ela e sua irmã gêmea, Elizabeth (“Lizzie”) eram as filhas mais novas de Robert
F. Harmon (1786–1866), fazendeiro e fabricante de chapéus, e Eunice Gould
Harmon (1787–1863), dona de casa, que já tinha quatro filhas e dois filhos.
• Quando Ellen tinha cerca de nove anos ela sofreu um acidente que afetou
toda a sua vida. Uma colega de classe “zangada” atirou uma pedra que a atingiu,
quebrando seu nariz e nocauteando-a. Ela acordou pouco depois, coberta de
sangue, muito fraca e incapaz de andar, foi carregada para sua casa.
• Durante algumas semanas ela não se lembrava de nada, portanto não fazia ideia
da causa de sua fraqueza. Pela gravidade do choque, perda de sangue, respiração
inadequada e falta de atividade física, ela ficou reduzida a “quase um esqueleto”.
• Em seu desespero, ela começou a orar pelo perdão dos pecados e prepara-
ção para a vida eterna, o que lhe trouxe “paz de espírito”.
• O primeiro encontro com o seu pai (que viajando estivera ausente durante
a primeira fase de seu infortúnio) após o acidente a deixou ainda mais devas-
tada, pois quando ele retornou não a reconheceu.
• Ela foi “forçada a aprender a amarga lição” de que a aparência pessoal fazia uma
grande “diferença nos sentimentos de muitos”. Seu orgulho foi “ferido” e ela sentiu
um fardo pesado em seu coração. (Ellen G. White, Life Sketches Manuscript, p. 6-7).
• Durante sua fase de pré-adolescência ela teve que conviver com uma saúde
bastante comprometida, deformação na aparência f ísica, perda de aceitação
social por parte de algumas amigas, e a mais forte de suas frustrações, aban-
donar os estudos.
• “Foi a mais forte luta de minha juventude, ceder à fraqueza e decidir que deve-
ria abandonar os estudos e renunciar a toda esperança de instruir-me” (Ellen G.
White, Testemunhos para a Igreja, vol. 1, p. 13).
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• Esses infortúnios a levaram a perder a expectativa de uma vida normal.
No meio dessa frustração, ela, inconformada com sua “sorte”, “às vezes, mur-
murava contra a providência de Deus por assim afligir-me” (Ellen G. White,
Testemunhos para a Igreja, vol. 1, p. 13).
IV. CONCLUSÃO
Ouvir, procurar entender e mostrar disposição para abraçar e ajudar os juvenis e
adolescentes deve ser um alvo de todos nós cristãos.
Educar filhos sempre foi um desafio, e nestes últimos dias o quadro não é ame-
nizado.
Paulo declarou que “nos últimos dias sobrevirão tempos terríveis, [...] [filhos]
desobedientes aos pais, [...] sem amor pela família” (1 Timóteo 3:1-3).
Os pais devem clamar ardentemente a Deus por sabedoria, pois “A restauração e
reerguimento da humanidade começam no lar. A obra dos pais é a base de toda outra
obra. A sociedade compõe-se de famílias, e é o que a façam os chefes de família. [...]
A felicidade da sociedade, o êxito da igreja e a prosperidade da nação dependem das
influências domésticas. (Ellen G. White, Ciência do Bom Viver, 349).
Talvez você não tenha as melhores memórias de sua infância, mas o Senhor
quer refazer a sua vida, e quer te preparar para que, ao você formar o seu lar, seja um
pedaço do céu na terra.
O desafio é imenso, mas lembre-se, Jesus prometeu aliviar o cansado (Mateus
11:28-30), conceder misericórdia e graça na necessidade (Hebreus 4:16), e conceder
sabedoria a quem humildemente e confiantemente pede (Tiago 1:5-8).
Sem Jesus nada podemos, mas com Ele tudo é possível (João 15), portanto, nos
firmemos em Sua promessa.