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ARQUITETURA PAISAGISTA

- E SUAS PRINCIPAIS REFERENCIAS.


BENEDITO ABBUD
Benedito Abbud é um renomado arquiteto paisagista brasileiro, conhecido por sua carreira distinta e
inovadora no design de paisagem. Formado em Arquitetura e especializado em Paisagismo, ele destaca-
se por sua abordagem sustentável, integrando harmoniosamente elementos arquitetônicos e
paisagísticos. Sua preocupação com a sustentabilidade é evidente em projetos que equilibram natureza
e arquitetura. Abbud é versátil, trabalhando em projetos residenciais, comerciais e urbanos, e sua
influência vai além de seus projetos, estendendo-se ao compartilhamento de conhecimento através de
palestras e publicações. Seu legado destaca o impacto positivo de profissionais brasileiros no cenário
internacional do design de paisagem.
O diferencial de Benedito Abbud entre outros paisagistas reside em sua abordagem inovadora e
sustentável no design de paisagem. Sua formação em Arquitetura e especialização em Paisagismo
proporcionam a ele uma compreensão única da integração entre elementos arquitetônicos e naturais.
Abbud destaca-se por priorizar a sustentabilidade ambiental em seus projetos, demonstrando um
profundo respeito pela natureza e pela preservação dos recursos naturais.
O escritório Benedito Abbud Paisagismo Planejamento e Projetos, fundado em 1981, destaca-se por
criar mais de 5.200 projetos paisagísticos no Brasil e em outros países. Atuando em diversas escalas e
produtos, desde cidades até residências unifamiliares e empreendimentos corporativos, o foco é
proporcionar lazer, convívio social, esporte, cultura e educação ambiental. A equipe altamente
qualificada desenvolve projetos específicos para cada classe social, acreditando que a arquitetura
paisagística pode se adequar a qualquer orçamento, contribuindo para melhorar a qualidade de vida
em meio à vida moderna.

O Parque do Jaraguá, a Praça Victor Civita e a Cidade Jardim são três ótimos exemplos de obras que
transmitem os fundamentos arquitetônicos e paisagísticos defendidos por Abbud.
RICARDO CARDIM
Ricardo Cardim, renomado botânico e paisagista, é detentor do título de mestre em Botânica pela
Universidade de São Paulo e diretor da Cardim Arquitetura Paisagística. Em reconhecimento ao seu
trabalho, recebeu o prestigioso Prêmio Muriqui em 2021, um dos principais reconhecimentos
ambientais do país, concedido pela RBMA-UNESCO.
Seus feitos não param por aí, tendo sido agraciado com a Medalha Anchieta e o Diploma de Gratidão
da Cidade de São Paulo pela identificação de áreas de Cerrado ainda preservadas na malha urbana.
Com uma presença destacada na mídia, Cardim foi colunista por sete anos na Rádio Estadão e, de 2013
a 2014, na Rede Globo.
Além de sua atuação como paisagista, Cardim exerceu papel de curador em exposições de longa
duração no Museu da Casa Brasileira, como "A Casa e a Cidade" e "Remanescentes da Mata Atlântica &
Acervo MCB". Com o objetivo de recuperar florestas nativas em meio à urbanização, desenvolveu e
registrou a técnica inovadora denominada Floresta de Bolso®, aplicável em áreas públicas e privadas
com envolvimento comunitário, apoiada por empresas e poder público.
A contribuição científica de Cardim também é notável, sendo que um artigo baseado em sua
dissertação de mestrado, publicado no International Journal of Biometeorology, foi citado pela
renomada revista Nature em 2017. Além disso, ele é autor de obras relevantes, como "Remanescentes
da Mata Atlântica: As Grandes Árvores da Floresta Original e Seus Vestígios" (2018), finalista do Prêmio
Jabuti na categoria Ciência, e "Paisagismo Sustentável para o Brasil: Integrando natureza e humanidade
no século XXI" (2022), ambos pela Editora Olhares. Cardim também é membro do Conselho Ambiental
do Museu Brasileiro da Escultura e Ecologia, MuBE.
ROSA KLIASS
Rosa Grena Kliass é uma proeminente paisagista brasileira, nascida em 1932, reconhecida como
pioneira no campo do paisagismo no Brasil. Formada em Arquitetura, fundou a Rosa Grena Kliass
Paisagismo, destacando-se por projetos que integram a natureza à paisagem urbana. Participou de
empreendimentos notáveis, como a revitalização do Vale do Anhangabaú. Além de suas realizações
práticas, lecionou em instituições de ensino e recebeu prêmios, incluindo o Prêmio APCA em 2010. Seu
legado abrange a promoção da sustentabilidade e influencia gerações de paisagistas, consolidando-a
como uma figura crucial no cenário do paisagismo brasileiro.

PROJETOS

1. Revitalização do Vale do Anhangabaú (São Paulo): Um projeto emblemático que transformou esse
importante espaço público no centro de São Paulo, buscando integrar a natureza à paisagem
urbana.
2. Parque Ecológico Imigrantes (São Paulo): Kliass teve participação na concepção desse parque,
promovendo a preservação ambiental e oferecendo um espaço de lazer sustentável para a
comunidade.
3. Praça Victor Civita (São Paulo): Localizada no bairro de Pinheiros, essa praça é conhecida por sua
abordagem inovadora e sustentável, proporcionando um ambiente agradável e integrado à
natureza.
4. Praça das Artes (São Paulo): Intervenção paisagística em torno da Praça das Artes, um complexo
cultural no centro da cidade, promovendo a interação entre o espaço urbano e elementos naturais.
5. Praça Dom José Gaspar (São Paulo): Outra contribuição significativa para o cenário urbano
paulistano, visando criar espaços públicos que proporcionam lazer e convívio, incorporando
elementos naturais.
BURLE MARX
Roberto Burle Marx (1909-1994) foi uma figura multifacetada e icônica na cultura brasileira,
destacando-se como paisagista, arquiteto, artista plástico e botânico. Nascido no Rio de Janeiro, Burle
Marx deixou um legado significativo que transcendeu fronteiras e influenciou várias disciplinas
A arquitetura paisagista de Roberto Burle Marx é marcada por uma expressiva originalidade e uma
profunda conexão com a natureza. Nascido em São Paulo em 1909, Burle Marx foi um renomado
paisagista, arquiteto, artista plástico e botânico brasileiro, cujo trabalho deixou um impacto duradouro
no cenário do paisagismo mundial.
Um dos aspectos distintivos de sua abordagem é a ênfase na utilização de plantas nativas brasileiras,
promovendo a biodiversidade e ressaltando a singularidade do ambiente tropical. Burle Marx
acreditava na importância de preservar e destacar a riqueza da flora brasileira em seus projetos,
contribuindo para a identidade cultural e ambiental do país.
Além da paixão pela botânica, Burle Marx foi um pioneiro na introdução de formas modernistas e
abstratas em seus projetos paisagísticos. Suas composições eram frequentemente caracterizadas por
curvas sinuosas, cores vibrantes e uma abordagem escultural no design dos jardins. Seu trabalho
desafiou as convenções estéticas da época, incorporando elementos artísticos de maneira única.
Entre suas obras mais notáveis está o famoso calçadão de Copacabana, no Rio de Janeiro, onde Burle
Marx projetou mosaicos de pedras portuguesas em padrões abstratos que se tornaram emblemáticos.
Outros projetos incluem o Jardim Botânico do Rio de Janeiro, o Parque do Flamengo e numerosos
jardins particulares.
Além de sua atuação no campo do paisagismo, Burle Marx era um defensor apaixonado da preservação
ambiental e da conscientização sobre a importância da biodiversidade. Seu legado estende-se para
além das fronteiras do Brasil, influenciando gerações de arquitetos paisagistas em todo o mundo. Sua
contribuição única e inovadora à arquitetura paisagista marcou uma era e continua a ser celebrada
como uma expressão genuína da relação entre arte, natureza e cultura.

Seu impacto transformador é evidente em projetos como o icônico calçadão de Copacabana, onde seus
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mosaicos abstratos se tornaram símbolos reconhecíveis internacionalmente. Sua contribuição para o
Parque do Flamengo, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro e seu próprio Sítio, agora um museu,
demonstra a diversidade e inovação em seu design paisagístico. Colaborações notáveis incluem o
Ministério da Educação e Saúde, em parceria com Oscar Niemeyer, e os jardins da Embaixada do Brasil
em Washington, D.C.
JULIO PASTORE - JARDINS DE SEQUEIRO
Júlio Barêa Pastore atua como docente de Paisagismo na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAV)
da Universidade de Brasília (UnB), desempenhando também a função de coordenador de Parques e
Jardins na mesma instituição. Graduado em Agronomia pela Universidade Federal de Goiás, ele obteve
o título de Mestre em Paisagismo pela Università degli Studi di Firenze, na Itália, e posteriormente
doutorou-se em Arquitetura pela Faculdade de Arquitetura da Universidade de São Paulo (FAU-USP).
O Jardim de Sequeiro, localizado no Instituto Central de Ciências (ICC) da Universidade de Brasília
(UnB), é uma impressionante expressão de beleza natural, especialmente antes do período de seca.
Abrangendo 5 mil metros de área verde, este projeto paisagístico destaca-se pelas flores nativas do
Cerrado e plantas rasteiras, como zínia persa, gaillardia, sálvia azul, neve da montanha, linho e
margaridinha-escura. Reconhecido internacionalmente, o Jardim de Sequeiro foi premiado na V Bienal
Latino-americana de Arquitetura de Paisagem, na categoria Obra Construída.
O projeto, iniciado em 2020 por meio de uma parceria entre a Prefeitura da UnB e a Faculdade de
Agronomia e Medicina Veterinária (FAV), visa revitalizar os canteiros do ICC com uma abordagem
paisagística experimental de baixo custo. A concepção do jardim, temporário e plantado por semeadura
direta no início das chuvas, resulta em uma sucessão de florações até a estação seca.
O reconhecimento recebido na Bienal destaca não apenas a beleza do Jardim de Sequeiro, mas também
seu potencial em oferecer soluções inovadoras para desafios sociais e ambientais na América Latina. O
projeto representa uma iniciativa notável que transcende os limites universitários, proporcionando
uma experiência estética única e contribuindo para a renovação anual do ambiente através da colheita
e reutilização das sementes.
Projetado como uma alternativa sustentável diante das crises hídricas e mudanças nos serviços de
jardinagem, o jardim utiliza sementes e capins nativos do Cerrado, resultando em baixo custo de
execução. Durante o inverno, o jardim assume tons de marrom, castanho e palha, oferecendo interesse
estético e serviços ecológicos. Ao final da estação seca, colhem-se sementes para a renovação do
próximo ciclo.
Iniciado nas chuvas de 2020/21, o jardim floresceu até maio de 2021, apresentando resultados
consistentes. Para o ciclo 2021/22, já em plena floração, o projeto busca não apenas cumprir sua
função estética, mas também se tornar um espaço público encantador. Planejam-se eventos de
extensão, como oficinas, palestras e visitas guiadas, para comunicar as razões, belezas e inovações
técnicas do jardim, almejando sua integração ao ambiente acadêmico e à comunidade externa.
SELGASCANO
SelgasCano é um renomado escritório de arquitetura espanhol conhecido por sua abordagem inovadora e design contemporâneo. Fundado por José
Selgas e Lucía Cano, o escritório tem sede em Madri e é reconhecido internacionalmente por suas obras que incorporam elementos arrojados, cores
vibrantes e uma fusão única entre arquitetura e meio ambiente.
Uma das características distintivas do SelgasCano é a utilização de materiais translúcidos e transparentes em suas construções, criando espaços que
interagem de forma única com a luz natural e o entorno. Suas estruturas muitas vezes parecem fluir organicamente, integrando-se ao ambiente de
maneira harmoniosa.
Entre as obras notáveis do SelgasCano, destaca-se o "Pavilhão Serpentine", uma instalação temporária no Hyde Park, em Londres, que atraiu atenção
global por sua forma sinuosa e colorida. Outros projetos incluem escritórios, espaços culturais e instalações que refletem uma abordagem
contemporânea e experimental à arquitetura.
A arquitetura do SelgasCano é celebrada pela capacidade de criar experiências sensoriais únicas em seus espaços, desafiando convenções e
explorando novas possibilidades estéticas. Sua contribuição para o cenário arquitetônico contemporâneo demonstra uma fusão equilibrada entre
inovação, funcionalidade e estética, consolidando-os como referência no mundo da arquitetura moderna.

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PIET OUDOLF
Piet Oudolf é um renomado arquiteto paisagista neerlandês, conhecido por sua abordagem inovadora e
influente na arquitetura paisagista contemporânea. Nascido em 1944, Oudolf tornou-se uma figura
proeminente ao desafiar as convenções tradicionais do paisagismo e introduzir conceitos que
enfatizam a diversidade botânica, a textura e a evolução sazonal.
Uma das características distintivas do trabalho de Oudolf é o uso de plantas perenes e grama, muitas
vezes em combinações inusitadas, criando paisagens dinâmicas que se transformam ao longo do
tempo. Suas criações são conhecidas por sua estética naturalista, texturas exuberantes e pela
habilidade de aproveitar as qualidades intrínsecas das plantas, destacando sua beleza em diferentes
estações.
Oudolf é famoso por seu papel no High Line Park, em Nova Iorque, um projeto que revitalizou uma
antiga linha ferroviária elevada, transformando-a em um parque urbano com uma profusão de plantas
perenes. Seu trabalho também inclui projetos em diversos locais, desde jardins particulares até
grandes instalações públicas, sempre destacando a importância da diversidade vegetal e da ecologia no
design paisagístico.
Além de sua prática profissional, Piet Oudolf é um autor prolífico e um defensor da conscientização
sobre a importância das plantas na arquitetura paisagista contemporânea. Seu legado influente
redefiniu as expectativas na área, inspirando uma geração de profissionais e amantes da jardinagem a
repensar a relação entre natureza e design na paisagem.

Um bom jardim, agradável aos olhos e atraente aos outros sentidos, não deve depender apenas de
flores. Foi por acreditar nessa ideia e, portanto, remar contra a maré , que o holandês Piet Oudolf, de
71 anos, se tornou um dos mais importantes paisagistas contemporâneos.
ANDRÉS JAQUE
Andrés Jaque é um renomado arquiteto paisagista espanhol conhecido por sua abordagem inovadora e
engajamento com questões sociais e ambientais. Nascido em 1971, Jaque fundou o escritório Office for
Political Innovation, que opera nas interseções entre arquitetura, arte, pesquisa e design.
Uma das características distintivas da arquitetura paisagista de Andrés Jaque é sua ênfase na interação
entre o ambiente construído e as dinâmicas sociais. Ele busca criar espaços que não apenas se
integram harmoniosamente à natureza, mas também consideram as relações sociais e as interações
humanas como parte integrante do projeto paisagístico.
Jaque é conhecido por sua abordagem participativa, envolvendo as comunidades locais nos processos
de design e construção. Ele acredita na importância de considerar as necessidades e perspectivas das
pessoas que habitam e utilizam os espaços, resultando em ambientes mais inclusivos e socialmente
sustentáveis.
Além disso, a arquitetura paisagista de Jaque muitas vezes incorpora elementos sustentáveis e
inovadores, destacando-se por soluções criativas para desafios ambientais. Seu trabalho reflete um
compromisso com a integração de práticas ecológicas, promovendo a coexistência harmoniosa entre o
meio ambiente, a comunidade e a arquitetura.
Entre os projetos notáveis de Andrés Jaque estão intervenções urbanas, instalações temporárias e
projetos de arquitetura paisagista que exploram novas possibilidades para a interação entre as pessoas
e o ambiente construído. Seu trabalho desafia as convenções tradicionais, promovendo uma visão mais
holística e participativa da arquitetura paisagista contemporânea.

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