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TEIXEIRA DE FREITAS, BA
SETEMBRO – 2017
EMILLE SOUZA REZENDE
TEIXEIRA DE FREITAS, BA
SETEMBRO – 2017
Aprovado: 19 / 09 / 2017
iii
Catalogação na Publicação
(Bibliomidiateca Paulo Freire, UFSB)
CDU – 621
AGRADECIMENTOS
iii
SUMÁRIO
Páginas
RESUMO................................................................................................ Ix
ABSTRACT............................................................................................. iix
1. INTRODUÇÃO.................................................................................... 1
2. OBJETIVOS........................................................................................ 3
3. REFERENCIAL TEÓRICO.................................................................. 5
3.1. Categoria dos ROVs.................................................................... 5
3.2. Sistema ROV................................................................................ 6
3.2.1. Veículo.............................................................................. 7
3.2.1.1 Sistema de propulsão.......................................... 7
3.2.1.2 Estrutura.............................................................. 8
3.2.1.3 Sistema de visão e instrumentação..................... 8
3.2.1.4 Hardware............................................................. 9
3.2.2. Estação na superfície....................................................... 9
3.2.1.1 Sistema de lançamento e recuperação............... 9
3.2.1.2 Sistema de posicionamento................................ 9
3.2.1.3 Sistema de alimentação...................................... 10
3.2.3. Interface superfície / veículo............................................ 10
3.2.4. Sistema de guia, navegação e controle........................... 11
3.2.5. Software........................................................................... 11
4. MATERIAL E MÉTODOS.................................................................... 12
4.1. Categoria do ROV........................................................................ 12
4.2. Sistema ROV................................................................................ 12
4.2.1. Veículo.............................................................................. 13
4.2.1.1 Sistema de propulsão.......................................... 13
4.2.1.2 Estrutura.............................................................. 14
4.2.1.3 Sistema de visão e instrumentação..................... 16
4.2.1.4 Hardware............................................................. 16
4.2.2. Estação na superfície....................................................... 18
4.2.1.1 Sistema de lançamento e recuperação............... 18
4.2.1.2 Sistema de posicionamento................................ 19
4.2.1.3 Sistema de alimentação...................................... 19
iv
4.2.3. Interface superfície / veículo............................................ 19
4.2.2. Sistema de guia, navegação e controle........................... 19
4.2.2. Software........................................................................... 19
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO........................................................... 22
4.1. Sistema de propulsão................................................................... 22
4.2. Estrutura....................................................................................... 22
4.3. Software e Hardware.................................................................... 24
4.4. Sistema de posicionamento, visão e instrumentação.................. 24
4.2. Sistema de alimentação............................................................... 24
4.3. Sistema de comunicação............................................................. 24
6. CONCLUSÕES .................................................................................. 26
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................. 27
v
SIGLAS E ABREVIATURAS
vi
LISTA DE TABELAS
vii
LISTA DE FIGURAS
viii
RESUMO
ix
ABSTRACT
The ocean has a critical use for the extraction and management of
resources such as food, oil and gas. In order to learn about it and make its use
efficient, the development of intelligent vehicles for underwater studies such as
Remotely Operated Vehicles (ROV’s) is required. Nowadays, the use of these
types of vehicles is observed in different industries and its use goes through the
inspection of submarine structures, maritime rescue, archeology, ocean research
and other purposes. These work goals are the design and construction of a
remotely operated vehicle with low cost, named 328F. The ROV system is divided
into five main subsystems: vehicle, surface station, vehicle / surface interface,
control and software. The structural part was composed of an acrylic tube, disks
of steel and rubber for sealing and steel bars for structure parts. For the
propulsion system, it was used three motors, which provided to the vehicle three
degrees of freedom. The mBLOCK platform was used for programming, and the
Arduino open Source and a phenolite board configured circuit was used for the
hardware system. The drawing part was made in two different programs:
Autodesk Inventor for the structural part and Fritzing for the hardware part. The
prototype had a great performance and it was as good as the other vehicles in its
category. For more hostile environments uses as its proposal, it will require more
investment to adapt and install several systems.
x
1. INTRODUÇÃO
O planeta terra possui 2/3 de sua superfície coberta pelo oceano. Desde a
antiguidade eles vem sendo explorado para o transporte de bens entre as nações e
com o tempo sua exploração vem crescendo, possuindo hoje um uso crítico para a
extração e manejo de recursos como alimentos, petróleo e gás [1].
Concomitantemente a atenção atraída pelo oceano para seus recursos ambientais,
tarefas científicas e de uso militar, cresce também a necessidade de meios
alternativos de observá-lo e analisá-lo [18].
A fim de que se possa aprender sobre o oceano para fazer seu uso de forma
eficiente é requerido o desenvolvimento de veículos inteligentes para os estudos
subaquáticos. A evolução de tecnologias na engenharia elétrica e eletrônica
incluindo a nanotecnologia nos últimos anos nos levou ao desenvolvimento de
plataformas móveis subaquáticas ou veículos autônomos subaquáticos (AUVs, sigla
do inglês, Autonomous Underwater Vehicle) permitindo chegar onde veículos
tripulados ou veículos com cabos ou pessoas não conseguiam chegar como gelo,
zonas perigosas e as profundezas do oceano [19].
A pesquisa em robótica de veículos subaquáticos vem crescendo
rapidamente, sua indústria tem desenvolvido tecnologias avançadas em diversos
subsistemas e áreas de aplicação potencial são exploradas [1]. Os problemas de
engenharia causados pelo perigoso ambiente oceânico fomenta a criação de novas
tecnologias avançadas de computação e sensoriais assim como avanços teóricos na
área [18].
Os dois primeiros veículos subaquáticos operados remotamente foram o
“PUV”, torpedo desenvolvido pela Luppis-Witehead na Áustria em 1864 e o
“POODLE” desenvolvido por Dimitri Rebikoff em 1953, o qual era um veículo guiado
por um cabo. Porém a Marinha dos Estados Unidos é creditada pela tecnologia
avançada de robôs submarinos. Ela financiou maior parte da tecnologia
desenvolvida na área na década de 60, criando o então chamado “Underwater
Vehicle Recovery Cable-Controlled”, que foi um veículo criado para recuperar
objetos do fundo do oceano, como uma bomba nuclear perdida no mar mediterrâneo
após 1966 [10].
Segundo o padrão NORSOK U-102 [13] um Veículo Operado Remotamente
(ROV, sigla do inglês, Remotely Operated Vehicle) é um termo comum para um AUV
(, veículo subaquático desengatado não tripulado/ veículo desengatado não tripulado
1
(UUV/UUUV, sigla do inglês, Unmanned Untethered Underwater Vehicle e
Unmanned Untethered Vehicle respectivamente) ou equipamentos similares.
Podendo o ROV também ser caracterizado como o equipamento utilizado na água
com a capacidade de observar o ambiente, com controle manual e cabo umbilical.
Os AUVs são capazes de se posicionar sem interferência e controle da superfície,
podendo ou não ter um cabo umbilical e os UVV/ UUUV são os equipamentos
capazes de se posicionar na água controlados manualmente, porém sem a
necessidade de cabos umbilicais conectando-o com a superfície.
O Instituto de oceanografia Woods Hole [18] ainda descreve os ROVs como
robôs conectados a um cordão umbilical que permitem aos pesquisadores fazerem
observações, coletar amostras e realizar experimentos ao controlar os veículos a
partir da superfície. O instituto ainda adiciona ainda mais uma categoria, os híbridos,
chamados de HROVs, que podem funcionar tanto de forma autônoma como os
AUVs, quanto controlada por um manipulador, como os ROVs. A figura a seguir
permite 1 uma visualização dos principais veículos não tripulados e seus níveis de
automação.
2
América Latina também tem se destacado no ramo possuindo um alto número de
publicações relacionadas, principalmente em universidades Mexicanas, Brasileiras e
Colombianas [18]. Em seu sistema mais típico ele é composto por um veículo
subaquático, conectado por um cabo de ligação a uma estação de superfície onde
diferentes tarefas são especificadas através de uma interface de software de
controle de missão [2].
3
2. OBJETIVO GERAL
4
3. REFERÊNCIAL TEÓRICO
6
FIGURA 2: Arquitetura do sistema ROV
Fonte: (CORREA, 2014).
3.2.1 Veículo
O veículo é a parte móvel do robô, a qual é responsável por executar tarefas
como inspeção visual, medição e amostragem subaquática. Ele é controlado
remotamente a partir da estação da superfície e inclui sistemas de propulsão,
estrutura, visão, instrumentação e hardware [3].
7
TABELA 3: Sistema de coordenadas.
DEFINIÇÃO DO GRAU DESCRIÇÃO
DE LIBERADE
Avanço Movimento na direção x
Deriva Movimento na direção y
Arfagem Movimento na direção z
Balanço Rotação ao redor do eixo x
Caturro Rotação ao redor do eixo y
Guinada Rotação ao redor do eixo z
Fonte: (CUTIPA-LUPE, 2012).
3.2.1.2 Estrutura
A estrutura do veículo tem como função a proteção, segurança e contenção
dos componentes internos assim como a regulação da flutuabilidade e estabilidade
hidrostática do veículo. Como características importantes, salienta-se: a capacidade
estrutural de suportar a pressão hidrostática, a capacidade dos revestimentos para
atenuar a corrosão e ter vedações estáticas que impeçam o vazamento de líquido
para o meio interno, sendo que ele pode possuir um ou mais componentes de
estanque, quadro de proteção e elementos de flutuabilidade [3]. Em veículos
tripulados são necessários tanques de lastro em sua estrutura externa para que no
momento de submersão elas sejam preenchidas com água atingindo assim a
flutuablidade zero, ou seja, alcancem uma densidade muito parecida com a da água.
Em veículos não tripulados a construção pode ser simplificada, utilizando motores
para submergir e emergir sem a utilização de lastros [17].
9
Determinar essa posição com precisão a partir de sensores é uma tarefa complicada
e de custo elevado [16]. Devido à grande dificuldade das ondas eletromagnéticas se
propagarem em meio aquoso, não é possível à utilização de sistemas de
posicionamento tradicionais, como a navegação por satélite. Recorre-se, então, por
exemplo, ao uso de sensores que se baseiam no tempo de percurso de sinais
acústicos para determinar a posição do ROV [16].
10
com outras peças e tensões esticando o fio, para escolher a melhor opção para o
seu veículo [3].
3.2.5 Software
O Software tem como função a detecção e utização do hardware de forma
eficiente [11], orientando o funcionamento dos componentes de forma que eles
executem as mais variadas tarefas [12]. Através dele que há a captura e transmissão
de dados do sistema GNG [3].
11
4. MATERIAL E MÉTODOS
12
4.2.1 Veículo
Para a construção do veículo foram utilizados materiais de baixo custo que
serão descritos ao longo do trabalho. As tabelas 4 e 5 apresentam as listas de
materiais utilizados para a construção da parte estrutural e de hardware,
respectivamente.
TABELA 4: Lista de materiais da parte estrutural do veículo.
Quantidad Material
e
2 Disco de aço inoxidável de 8 cm de raio
1 Estrutura de acrílico de 5mm de espessura, 30 cm de comprimento e 5cm de raio
2 Estrutura de aço inoxidável de 40cm de comprimento
3 Motores 12V e 3,75 A
1 Bateria 12V 7,0 Ah
1 Cabo de rede de 20 metros
3 Cano de PVC de 100mm de diâmetro e 80 mm de comprimento
3 Hélices
1 Conector RJ-45
1 Peça de chumbo de 0,5kg
4 Barras de aço rosqueadas de 9mm de diâmetro e 35cm de comprimento
8 Arruelas
8 Porcas de 9mm
12 Porcas de 0,4 mm
1 Flutuador cortado
- Braçadeiras de plástico
12 Parafusos de 0,4 mm
4.2.1.2 Estrutura
14
Figura 6: Desenho do veículo no Autodesk Inventor nas vistas isométrica superior
esquerda, superior, direita, frontal e isométrica superior esquerda, respectivamente.
15
FIGURA 7: a) cilindro acrílico para estanque do ROV em vista isométrica superior
direita, direita e frontal, respectivamente; b) barra de aço para fixação e proteção do
motor em vista isométrica superior direita, frontal e esquerda, respectivamente; c)
disco de aço para estanque do ROV em vista isométrica superior direita, frontal e
esquerda, respectivamente; d) barra de aço para estanque do ROV em vista
isométrica superior direita, frontal e esquerda, respectivamente.
4.2.1.4 Hardware
O sistema de processamento utilizado foi o Arduino Uno e assim como o
circuito do veículo ele encontra-se na estação da superfície, diferentemente dos
ROVs usuais que costumam colocar a placa embutida no veículo. A opção pelos
16
principais componentes do sistema de Hardware não estarem embutidos no veículo
se deu pela possiblidade da diminuição do peso do veículo sem afetar o
funcionamento do sistema. Ainda não foram instalados transceptores e sistemas de
aquisição de dados, pois foram utilizados apenas cabos de rede e jumpers como
conectores, não havendo a necessidade de converter o sinal de Ethernet para fibra
ótica, e ainda não há instrumentações para captar os dados, respectivamente.
O circuito, demonstrado na figura 8, foi feito em uma placa de fenolite onde,
quando a porta do Arduino conectada ao sistema de um relé recebe o comando
HIGH, é enviada uma tensão positiva para a base (B), saturando o transistor NPN,
figura 9, para que a corrente flua do coletor (C) para o emissor (E). Quando essa
corrente de 5V passa pelo relé cria-se um campo magnético dentro dele que fecha o
circuito do motor. O motor, por sua vez, é alimentado por uma tensão de 12V.
Quando o Arduino recebe do Software o comando LOW, o transistor aumenta a
resistência do coletor-emissor não permitido a corrente passar, acabando, então,
com o campo magnético dentro do Relé e abrindo o circuito do motor. Funcionando
como um interruptor aberto que não permite o fluxo da tensão de 12V [6].
17
Em que,
1- Bateria
2- Relé
3- Transistor NPN
4- Motor
5- Arduino
6- Diodo
7- Resistência
8- Cabos Jumpers
18
4.2.2.2 Sistema de posicionamento
Devido ao alto custo dos sistemas de posicionamento, ainda não foi
implantado esse equipamento no ROV.
4.2.5 Software
O software utilizado para a programação do veículo foi o Scratch for Arduino.
Sua programação possui 12 comandos, conforme figura 11, sendo eles 6 de
ativação e 6 para desativação. Os comandos de ativação funcionam quando uma
das teclas de ativação é pressionada, enviando os sinais HIGH ou LOW, conforme a
programação da tecla, de forma que ativem somente as portas que farão o do motor
girar no sentido desejado, já o comandos de desativação funcionam quando a tecla
é solta, enviam o sinal LOW para o Arduino, desativando todas as portas. Na figura
10 pode-se observar a relação entre as teclas pressionadas e o sentido de giro do
motor.
19
FIGURA 10: Relações entre comandos e sentido de ativação dos motores.
20
FIGURA 11: Programação do Veículo.
5.2 Estrutura
22
FIGURA 12: Fotos do 328F
23
5.3 Software e Hardware
Para a realização das tarefas propostas ao protótipo do veículo, os sistemas
de Hardware e software possuíram perfeito funcionamento.
Visto que ainda não foram implantados nenhum desses sistemas devido o alto
custo, o protótipo só pode ser testado em piscinas. Deste modo, assim como no
VISOR3, criou-se uma estrutura que pudesse mudar sua flexibilidade de arquitetura,
considerando assim os crescimentos e expansões futuras [1]. Quando se instalarem
outros sistemas, se fará necessária a utilização de outras baterias para a
alimentação dos novos equipamentos.
25
6. CONCLUSÕES
O veículo 328F apresentou ótimo funcionamento para o qual foi proposto, e,
mesmo sendo um veículo de baixo custo, seu desempenho é equiparado aos outros
citados durante o trabalho. A utilização de apenas 3 motores demonstra a alta
eficiência do protótipo que obteve 3 graus de liberdade, que o permite navegar em
todas as direções no plano cartesiano. A utilização da borracha se mostrou eficaz no
quesito estanqueidade e a opção pela bateria não embarcada no veículo propiciou a
redução do tamanho do veículo, assim como a diminuição do risco de explosões ou
outros acidentes. A opção pela utilização do cabo Ethernet como opção de baixo
custo em substituição ao cabo de fibra ótica, foi vantajosa, visto que até agora o
cabo obteve um funcionamento estável, não apresentando problemas. A arquitetura
do Hardware e do Software também foram excelentes e não demostraram nenhuma
falha durante o uso, não sendo necessárias adaptações para esses sistemas. A
opção por uma arquitetura de hardware compacta aumenta a confiabilidade do
veículo assim como a facilidade de manutenção e extensão de sua durabilidade,
sem comprometer a confiabilidade do veículo.
Existem algumas adaptações que poderão ser feitas para o uso do veículo em
ambientes mais hostis, como é sua proposta. Se fará necessário mais investimento
para a adaptação e instalação de alguns sistemas. Sendo as mais importantes: um
estudo do funcionamento do motor para a melhoria do movimento de guinada,
instalação de ao menos uma câmera, instalação de sensores, que irão variar de
acordo com a necessidade de obtenção de dados na pesquisa pretendida a fazer
com o veículo, implantação de baterias de acordo com a necessidade dos novos
equipamentos instalados.
26
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
27
8. MAGALHÃES, Paulo Henrique Vieira. Desenvolvimento de um submersível
remotamente operado de baixo custo e caracterização dos sistemas de
propulsão e vetorização de empuxo por hélice. 2007. 179 f. Tese
(Doutorado) - Curso de Engenharia Mecânica, Universidade Federal de Minas
Gerais, Belo Horizonte, 2007.
11. MORIMOTO, Carlos E.. Introdução: Como tudo funciona. In: MORIMOTO,
Carlos E.. Hardware: O guia definitivo. 3. ed. [s.i]: Guia do Hardware, [20--].
p. 18.
28
16. SIMPÓSIO BRASILEIRO DE AUTOMAÇÃO INTELIGENTE, 10., 2011, São
João Del-rei. CONTROLE AUTOMÁTICO DE UM ROV PARA INSPEÇÃO DE
ESTRUTURAS SUBMERSAS. São João Del-rei: SBAI, 2011. 5 p.
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