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04/12/2023

Universidade Federal da Fronteira Sul Tecnologia de aplicação


Campus Chapecó
Agronomia

Pulverizadores

Siumar Tironi

Pulverizadores Atomizadores

 Tecnologia adequada a situação


Tecnologia de aplicação de produtos  Objetivo da aplicação deve ser alcançado
fitossanitários  Realizado de forma econômica
Emprego dos conhecimentos científicos que  Contaminação ambiental
proporcionem a correta colocação do produto  Intoxicação operadores

biologicamente ativo no alvo, em quantidade


necessária, de forma econômica, com o mínimo
de contaminação de outras áreas

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LÓGICA DE DECISÃO PARA UMA APLICAÇÃO DIAGRAMA DE APLICAÇÃO

O que é? O que está


acontecendo? Máquina agrícola

PROBLEMA
Fatores
Alvo biológico
O que faço? climáticos

Por que?
Para que?
Contra quem?

INTERVENÇÃO ou APLICAÇÃO Produto


(SUCESSO!!!)

DIAGRAMA DE APLICAÇÃO

Pulverizador de Diferença entre pulverização e aplicação


barras
Pulverização: processo físico-mecânico
de transformação de uma substância
Vento
Capim arroz líquida em partículas ou gotas
Umidade relativa do ar
Temperatura Aplicação: deposição de gotas sobre um
alvo desejado, com tamanho e densidade
adequadas ao objetivo proposto
Propanil

ESPECTRO DE GOTAS
Homogêneo
Heterogêneo
Diâmetro médio
FORMAÇÃO Volume médio
DE GOTAS? Avaliar o tamanho das gotas
DMV
Corrente líquida  orifício pequeno DMN
Sob Pressão  quebrá-la em gotas
SPAN

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ESPECTRO DE GOTAS ESPECTRO DE GOTAS

Diâmetro mediano volumétrico - DMV Diâmetro mediano numérico - DMN

TAMANHO DAS GOTAS


a) Gotas grandes (> 400 µm):
SPAN OU COEFICIENTE DISPERSÃO Vantagens: Menor deriva e evaporação;
Desvantagens: Menor cobertura superfície e
densidade gotas, baixa capacidade penetração cultura
e possibilidade escorrimento do produto nas folhas
VMD/NMD b) Gotas médias (200-400 µm):
Vantagens: reduz probabilidade erros aplicação
Quanto mais homogeneas SPAN = 1 c) Gotas pequenas (<200 µm):
Vantagens: Maior cobertura alvo e densidade gotas,
alta capacidade penetração cultura e reduzem a
possibilidade de escorrimento do produto nas folhas
Desvantagens: Maior deriva e evaporação

DENSIDADE DE GOTAS
Número de gotas por unidade de superfície.

Nº gotas/cm²

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VOLUME APLICADO
VOLUME DE PULVERIZAÇÃO A SER UTILIZADO
Volume de calda por unidade de superfície.
 Aplicação eficiente
Litros/m² ou Litros/ha  Depende fatores: alvo, tipo ponta, condições
climáticas, arquitetura planta e tipo produto aplicado;

 Não pré-definido apenas em função produto


Volume aplicado x Densidade x Tamanho gota
 Importante: colocar produto corretamente no alvo com
= > < mínimo desperdício e contaminação ambiente
= < >
 Economia: aumentar capacidade operacional
pulverizadores (menor consumo calda por hectare)

RECUPERAÇÃO VOLUME APLICADO POR BICO


Relação entre a quantidade de calda emitida pela
máquina e a quantidade de material que atinge o alvo.

V = k * d² *  p
Pulverização Aplicação
Máquina Alvo
V = vazão (L/min)
k = coeficiente de forma
EFICIÊNCIA (%) = Dose requerida/Dose empregada * 100 d = diâmetro (mm)
p = pressão (bar)

Fatores que afetam a aplicação


Cultura CONDIÇÕES CLIMÁTICAS LIMITES PARA
Alvo
PULVERIZAÇÃO
Principio ativo
Máquina  Umidade relativa do ar: mínima de 55%
Operador
 Velocidade do vento: 3 a 10 km/h
CONDIÇÕES CLIMÁTICAS:
Vento  Temperatura: abaixo de 30º C
Temperatura do ar
Umidade relativa do ar
Chuva

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Escala de Beaufort para avaliação velocidade vento

Aspersão de inseticidas e percentagem que atinge


o alvo

Deriva: causas e controle


DERIVA
 Tamanho de gota
Distância  Altura da ponta de pulverização
Ponta de  Velocidade de vento
Pulver. Alvo
 Velocidade de operação
Trajetória
 Temperatura e umidade relativa
 Tamanho da gota
 Velocidade da gota  Volume de aplicação

 Distância entre máquina e alvo  Formulação


 Condições climáticas

DERIVA
Classificação das gotas e distância de deriva
horizontal sem velocidade inicial, a 3 m de altura e
827 kPa com vento lateral de 5 km/h

276 kPa
Fonte: VELLOSO et al. (1984).

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TEMPO DE VIDA DA GOTA ( T ):


Efeito do tamanho da gota no deslocamento lateral e
tempo para atingir o solo
T = D² / 80 * (ts – tu)

Onde:
T = tempo (segundos)
D = diâmetro da gota (m)
Fonte: VELLOSO et al. (1984). ts = temperatura bulbo seco
tu = temperatura bulbo úmido

Tempo gasto para a evaporação da gota em função COBERTURA


do seu tamanho, da temperatura e da umidade
relativa do ar.
C = (15 * ( v * R * k²) / (A * d ))
*100

v = volume aplicado
R = taxa de recuperação
k = fator espalhante
A = superfície do alvo em um hectare
Fonte: MATTHEWS (1979).
d = diâmetro das gotas

APLICAÇÃO ADEQUADA DE PRODUTOS VOLUME DE APLICAÇÃO


AGRÍCOLAS

Volume alto - maior que 600 L ha-¹, pulverização


Calibração máquina Tamanho gota
acima da capacidade máxima de retenção das folhas
Tipo bico Densidade gotas
Volume médio - 200 – 600 L ha-¹
Espaçamento bicos Volume aplicado
Pressão trabalho Tendência deriva Volume baixo - 50 – 200 L ha-¹

Velocidade trabalho Cobertura Volume muito baixo - 5 – 50 L ha-¹


Altura trabalho Penetração
Volume ultrabaixo - < 5 L ha-¹

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EFICIÊNCIA NA PULVERIZAÇÃO

Características
Alvo Produto EQUIPAMENTOS
Biológico

INTERAÇÃO
OU
Máquina

Condições
PULVERIZADORES
Ambientais Momento
Aplicação

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Ajuste hidráulico da Bitola – ajuste independente


das rodas favorece adequação as diferentes
necessidades de espaçamentos.

A
B

A- Ajuste mais estreito da bitola - 3.048 mm (120 in.)

B- Ajuste mais largo da bitola - 3.861 mm (152 in.)

COMPONENTES DO PULVERIZADOR HIDRÁULICO REGULADOR DE PRESSÃO E VAZÃO

Tanque Agitador
Hidráulico

Agitador
Mecânico

Filtro Principal
Bomba
Manômetro
Registros
Barras Válvula
Reguladora
Filtro Barra Pressão/Alívio
Barra

Bicos/Pontas Pulverização

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INTERAÇÃO ENTRE O PRODUTO E O PULVERIZADOR b) Importância de usar os filtros corretos

a) Importância da agitação da calda


Pulverizadores tratorizados: Rotação TDP (aciona
bomba e sistema de agitação)

BICOS X PONTAS
BICOS E PONTAS DE PULVERIZAÇÃO
Todo conjunto com suas Componente do bico
estruturas de fixação na responsável pela
barra (corpo, filtro, ponta formação das gotas.
e capa)

PRINCIPAIS MODELOS PONTAS PULVERIZAÇÃO


FUNÇÕES DAS PONTAS DE PULVERIZAÇÃO Pontas De Jato Plano:
Tipo “leque” ou “de impacto”
 Determinar a vazão: tamanho do orifício,
Produzem jato em um só plano
características do líquido e pressão
Uso mais indicado para alvos planos (área)

 Distribuição: modelo da ponta, característica


do líquido e pressão

 Tamanho de gotas: modelo da ponta,


características do líquido e pressão

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TIPOS DE PONTAS DE JATO PLANO “LEQUE”


 Baixa pressão: pressões mais baixas (gotas maiores)
 Redutor de deriva: possui pré-orifício desenhado para
proporcionar gotas mais grossas e reduzir o número de
gotas pequenas com tendência de deriva
Ponta de jato Ponta de jato plano Ponta de jato
 Injeção de ar: possui câmara onde calda é misturada ao plano comum de uso ampliado plano uniforme
ar succionado por um sistema venturi, proporcionando
gotas mais grossas e reduzindo o número de gotas
pequenas
 Leque duplo: possui dois orifícios idênticos produzindo
um leque voltado 30º para frente e outro 30º para trás em
relação à vertical
 Ângulos abertura leque mais usados: 80 e 110 graus Ponta de jato plano Ponta de jato Ponta Impacto (jato
de deriva reduzida plano duplo plano grande ângulo)

TIPOS DE JATO
Ângulo de abertura e faixa de aplicação

XR 11002 TT 11002

XR 11002 TT 11002

0,5 m 1m

TXA 8002 TJ60 - 8002

ÂNGULOS UNIFORMIDADE DE DISTRIBUIÇÃO DA PULVERIZAÇÃO


ABERTURA JATO
PLANO “LEQUE”
MAIS USADOS

80˚

110˚

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COEFICIENTE DE VARIAÇÃO NA BARRA

Boa distribuição Distribuição Irregular Distribuição muito irregular

- Boa relação altura e - Barra muito alta - Pontas diferentes


espaçamento. - Espaçamento entre - Pontas danificadas
- Pontas novas bicos variados - Grandes oscilações na
- Pouca oscilação - Pontas desgastadas altura da barra
barra

DISTRIBUIÇÃO AO LONGO DA BARRA

Pontas 110° : Ex : XR 11002


61 50 cm entre pontas
Relação E ÷ H  1
% Altura da barra a 50 cm

PONTAS DE JATO CÔNICO


ALTURA MÍNIMA DE OPERAÇÃO EM FUNÇÃO DO
Compostas por dois componentes denominados
TIPO DE PONTA UTILIZADA de ponta (disco) e núcleo (difusor)

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Características de Materiais Normalmente Utilizados nas Pontas de Pulverização


Ponta de jato cônico vazio

Cerâmica Aço Inoxidável Aço Inoxidável Polímero Latão


Endurecido

Alta resistência ao Boa resistência ao Resistência ao Baixa resistência ao


Muito alta resistência
desgaste; boa desgaste; excelente desgaste de média a desgaste; suscetível
ao desgaste;
durabilidade e resistência aos boa; boa resistência à corrosão,
muito resistente aos
resistência aos produtos químicos; aos produtos especialmente com o
produtos químicos
produtos químicos orifício durável químicos; o orifício é uso de fertilizantes
abrasivos e corrosivos
facilmente danificado
ao limpá-lo
Ponta de jato cônico cheio

INFLUÊNCIA DO AUMENTO DA PRESSÃO DE NOMENCLATURA DE PONTAS DE PULVERIZAÇÃO

TRABALHO NA PULVERIZAÇÃO
Ângulo jato
Pontas
 Aumenta a vazão da ponta Tipo 110 015
Leque Vazão = galões amer./min
 Diminui o tamanho das gotas a 40 lbs/pol2
 Acelera o desgaste dos orifícios (pontas)

Pontas TX-3 = Vazão em galões/hora


Tipo a 40 lbs/pol2
Cone

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CARACTERÍSTICAS DAS PONTAS DE PULVERIZAÇÃO


Gotas Grossas
Risco de
DMV (µm)
Categoria Cor Deriva / Aplicações Agrícolas
Aproximado
evaporação
Muito Fina Vermelho < 100 Muito alto Não recomendado
Fina Laranja 100 – 175 Muito alto Fungicida de contato
Inseticidas e herbicidas de
Média Amarelo 175 – 250 Alto
contato
Herbicidas sistêmicos e pré-
Grossa Azul 250 – 375 Médio
emergentes
Herbicidas sistêmicos e pré-
Muito Grossa Verde 375 – 450 Baixo
emergentes
Extrem. Herbicidas sistêmicos e pré-
Branco >450 Baixo
Grossa emergentes

Gotas Gotas Finas


Médias

HERBICIDAS HERBICIDAS

Sistêmico

Contato

HERBICIDA SISTÊMICO

TRANSLOCAÇÃO VIA FLOEMA E XILEMA

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PRESSÃO DE TRABALHO
DERIVA
Pressão – lb pol-2
Ponta
14,22 21,33 28,44 35,55 42,66 49,77 56,88 63,99 71,1 78,28 85,32 827 kPa
TT 11001 0,22 0,27 0,31 0,35 0,39 0,42 0,44 0,47 0,50 0,52 0,54
TT 10015 0,34 0,42 0,48 0,54 0,59 0,64 0,68 0,73 0,76 0,80 0,84
TT 11002 0,46 0,56 0,64 0,72 0,79 0,85 0,91 0,97 1,02 1,07 1,12
TT 11003 0,68 0,84 0,97 1,08 1,18 1,28 1,37 1,45 1,53 1,60 1,67
TT 11004 0,91 1,12 1,29 1,44 1,58 1,71 1,82 1,93 2,04 2,14 2,23
TT 11005 1,14 1,40 1,61 1,80 1,97 2,13 2,28 2,42 2,55 2,67 2,79 276 kPa
TT 11006 1,37 1,67 1,93 2,16 2,37 2,56 2,73 2,90 3,06 3,21 3,35
TT 11008 1,82 2,23 2,58 2,88 3,16 3,41 3,65 3,87 4,08 4,28 4,47

NOMENCLATURA DE PONTAS X CORES X VAZÃO

Equipamentos para Monitoramento da Qualidade da


Pulverização
Fluxômetro

Papel Sensível

Medidor de
Velocidade
de Vento Anemômetro e
Termohigrômetro
digital
Manômetro de Bico
Mesa de Distribuição

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MANUTENÇÃO DA PONTA DE PULVERIZAÇÃO CUIDADOS NO MANUSEIO COM DEFENSIVOS

Nunca tentar limpar um bico


com a boca ou com um
material metálico !

Usar uma escova com cerdas


macias e limpar com água e/ou ar
comprimido

TECNOLOGIAS

MODERNAS

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SISTEMAS ELETRÔNICOS DE GERENCIAMENTO BARRA DE LUZES

Aplicação dirigida
Balizamento Manual Marcador de espuma

•Até 70% de redução no volume de calda aplicado


• Até 90% de redução na contaminação do aplicador

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Dessecação

REGULAGEM E CALIBRAÇÃO
DE PULVERIZADORES

DIFERENÇA ENTRE REGULAR E CALIBRAR O


ETAPAS PARA UMA BOA REGULAGEM
EQUIPAMENTO 1 - Definição do tipo de ponta a ser usada

2 - Definição da pressão de trabalho


Regular: ajustar os componentes da máquina às
características da cultura e produtos a serem
3 - Definição do volume de aplicação
utilizados. Ex.: Ajuste da velocidade, tipos de pontas,
espaçamento entre bicos, altura da barra, etc. 4 - Verificação do espaçamento entre bicos

5 - Determinação da velocidade de trabalho


Calibrar: verificar a vazão das pontas, determinar o
volume de aplicação e a quantidade de produto a ser 6 - Determinação da numeração da ponta a ser usada
colocada no tanque.

CALIBRAÇÃO DO PULVERIZADOR
DETERMINAÇÃO DA VELOCIDADE DE TRABALHO

VERIFICAÇÃO DO DESEMPENHO DO PULVERIZADOR


Cronometrar o tempo para percorrer uma distância de 50 metros. APÓS REGULADO

1 - Montar a barra com pontas de pulverização novas

2 - Ajustar a pressão de trabalho, com o auxílio de um


manômetro

3 - Coletar o volume de saída de água em várias pontas,


50 metros
marcando tempo de coleta em cada uma delas

Velocidade (Km/h) = m/seg x 3,6

4 - Determinar a vazão de cada ponta para verificar a


vida útil das mesmas

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ATENÇÃO PARA REGRAS BÁSICAS !

1 - A vazão de cada ponta não deve variar mais ou menos


que 5% da média

2 - A vazão média não deve variar mais ou menos que 5% da


vazão calculada na regulagem

3 - A vazão de cada ponta não deve ser maior que 10% da


vazão indicada na tabela, para aquela pressão

IMPORTANTE
Se duas ou mais pontas forem consideradas ruins,
recomenda-se que todas as pontas e filtros da barra sejam
substituídos por peças novas

Cálculo Cálculo
Na cultura do algodão recomenda-se aplicar 1,2 L ha-1 de boro.
Calcular a vazão por ponta? Considerando que será aplicado um produto comercial contendo
- Percorrer 50 m = 38 segundos 50% do boro nas seguintes condições: barra com 20 bicos
- Distancia entre pontas = 0,5 m cobrindo uma faixa de 10 m; velocidade de operação = 8 km h-1;
- Volume de calda = 150 L ha-1 ponta 110.02; e vazão de 0,86 L min8/ em cada ponta.
Calcular a quantidade de produto comercial a ser colocada no
depósito de 600 L do pulverizador.

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