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Tecnologia de Aplicação de Agroquímicos

1- Introdução

O aumento da população mundial exige da agricultura cada vez mais eficiência e


competitividade. À medida que as áreas cultivadas foram se tornando maiores, a
quantidade de produtos químicos utilizada no controle de pragas e doenças foi
aumentando.
Entretanto, devem ser considerados os efeitos da produção, formulação, transporte,
manuseio, armazenamento e aplicação dos agroquímicos agrícolas sobre o meio
ambiente, visto serem a maioria deles poluidores ou contaminantes ambientais, quando
mal manejados.3
O emprego de agroquímicos apresenta dois pontos cruciais para o ambiente: eles são
biocidas e alguns muitos persistentes, podendo ser transportados para outros locais por
água e vento, por exemplo, e também acumular na cadeia alimentar.
As ciências diretamente relacionadas, Entomologia, Fitopatologia, Matologia,
Acarologia, Nematologia, etc., fornecem as informações necessárias para se lançar mão
das diferentes formas de controle do problema fitossanitário. Uma vez optado pelo
controle químico, em época correta de seu uso, cabe ao processo de aplicação garantir
que o controle seja efetuado com eficiência, economia e segurança.
Muito se tem escrito sobre os agroquímicos disponíveis, seus efeitos nas pragas,
doenças e nos organismos que não são o alvo, porém pouco sobre como devem ser
aplicados de forma segura e correta.
A falta de treinamento das pessoas envolvidas na aplicação desses produtos e o
desconhecimento da ação dos mesmos sobre o organismo humano e sobre o ambiente
têm resultado no aumento dos riscos à saúde humana, bem como na agressão ao meio
ambiente.
A aplicação de agroquímicos quando feita de maneira errada sempre é sinônimo de
prejuízo, além de gerar desperdício, pode causar resistência e aumentar os riscos de
contaminação de pessoas e do ambiente.Até 70% dos produtos pulverizados nas
lavouras podem ser perdidos por má aplicação, escorrimento e deriva descontrolada.
A aplicação de agroquímicos é multidisciplinar, vai além do homem que opera o
pulverizador, envolve agrônomos, biólogos, químicos, economistas, engenheiros,
médicos e físicos.
2- Conceitos básicos

A aplicação eficiente tem como finalidade a colocação do produto no alvo para que o
mesmo atue com a esperada eficácia.
A determinação da dosagem e dos procedimentos operacionais está diretamente
relacionada com a economia.
Finalmente a proteção dos aplicadores, dos consumidores dos produtos produzidos na
área tratada e do próprio ambiente está intrinsecamente ligados à segurança.
O objetivo de toda aplicação de agroquímicos para o controle de pragas, doenças e
plantas infestantes é cobrir o alvo com a máxima eficiência e o mínimo esforço.
A primeira fase, essencial em todo o processo, é a identificação do alvo biológico,
sendo este um dos aspectos mais negligenciados das operações de aplicações de
agroquímicos.
Além da indefinição do “alvo biológico”, ou seja, do exato local onde deverá ser
aplicado o produto químico, os agricultores em geral se defrontam, com frequência,
com vários problemas que dizem respeito à tecnologia de aplicação de agroquímicos.
Escolha de pontas, determinação de volume de pulverização, seleção adequada do
equipamento, calibração e manutenção são dúvidas frequentes no campo.
Alguns conceitos básicos são importantes para um melhor entendimento da tecnologia
de aplicação. São eles:
Vazão
Em hidráulica ou em mecânica dos fluidos, define-se por vazão, o volume por unidade
de tempo, que se escoa através de determinada seção transversal de um conduto livre
(canal, rio ou tubulação com pressão atmosférica) ou de um conduto forçado (tubulação
com pressão positiva ou negativa). Isto significa que a vazão é a rapidez com a qual um
volume escoa.
Assim define-se vazão como o volume de determinado fluido, que passa por uma
determinada seção de um conduto por uma unidade de tempo.
Na aplicação de agroquímicos a unidade usualmente adotada é litros por minuto (l/min),
embora existam outras unidades:
• m3/s - Metro cúbico por segundo
• m3/h - Metro cúbico por hora
• l/s - Litro por segundo
• l/h - Litro por hora
• ft3/s - Pé cúbico por segundo
• gal/min - Galão (US) por minuto (gpm)
A vazão de cada ponta varia de acordo com a suas características de fabricação, a pressão de
serviço.

Pressão
A pressão ou tensão mecânica (símbolo: p) é a força normal (perpendicular à área)
exercida por unidade de área.
Força
Pressão =
area

A unidade no sistema internacional (SI) para medir a pressão é o Pascal (Pa). A pressão
exercida pela atmosfera ao nível do mar corresponde a aproximadamente 101 325 Pa
(pressão normal), e esse valor é normalmente associado a uma unidade chamada
atmosfera padrão (símbolo atm).
A pressão relativa define-se como a diferença entre a pressão absoluta e a pressão
atmosférica. Os aparelhos destinados a medir a pressão relativa são o manômetro e
também o piezômetro.
Atmosfera é a pressão correspondente a 0,760 m de mercúrio (Hg) de densidade
13,5951 g/cm³ e numa aceleração da gravidade de 9,80665 m/s
Psi (pound per square inch), libra por polegada quadrada, é a unidade de pressão no
sistema inglês/americano: 1 psi = 0,07 bar ;1 bar = 14,5 psi
Em tecnologia de aplicação, utilizam-se principalmente as unidade Bar e Psi.

Volume de pulverização
Volume de pulverização é definido como a quantidade de solução (água + defensivo)
distribuída, por unidade de área (L/ha).
A tendência atual é reduzir o volume de líquido aplicado, o que leva à necessidade de
gotas menores para melhor cobertura. No entanto, a utilização de gotas pequenas
aumenta o risco de deriva, por outro lado, gotas muito grandes acarretam desperdício de
defensivo, os quais podem ser depositados em excesso nas superfícies externas das
plantas, não atingindo os pontos internos, ou se perdem por escorrimento.
A redução do volume de pulverização leva à necessidade de uma tecnologia mais
apurada, tanto por parte do construtor do equipamento, quanto por parte do técnico
envolvido na aplicação.
Se o volume for menor do que o necessário, a cobertura pode não ser satisfatória, e se for maior
poder haver escorrimento que implica em desperdício de produto e possíveis danos a natureza.

Dose
Dose pode ser definida como a quantidade de produto (agroquímico), em peso ou
volume, distribuído por unidade de área (kg/ha ou Litro/ha).
A dose do produto ou ingrediente ativo (i.a) varia de acordo com o ALVO biológico
(inseto, fungos bactérias ou plantas daninhas), produto e com o objetivo da aplicação.
Sua determinação é feita pelo Engenheiro Agrônomo responsável.

Faixa de deposição
Faixa de deposição é definida como a largura da área tratada relativa a uma passada do
equipamento.

Ilustração da faixa de deposição de pulverizador costal


Faixa de deposição do pulverizador de barra
Define a quantidade de princípio ativo ou de gotas aplicadas por unidade de área, ao
longo de uma faixa tratada longitudinal e transversalmente. Essa distribuição de gotas
na faixa é de grande importância na análise de um tratamento.
A melhor distribuição é aquela que acompanha o mais próximo possível a localização
da praga ou doença a ser controlada e o faz de maneira contínua. Dizemos que uma
faixa de deposição é descontínua quando numa mesma área tratada, encontramos pontos
em que a deposição do princípio ativo ou a quantidade de gotas depositadas é diferente.

Faixa de deposição ou de pulverização do atomizador cortina de ar

Diâmetro de gota
Diâmetro de gota é a medida do tamanho da gotas, expresso por seu diâmetro, em
mícrons (1/1000 mm).
A nuvem de gotas deve ser formada ou composta de gotas grandes e/ou pequenas,
homogêneas ou não, dependendo do equipamento utilizado para a aplicação
Para se expressar numericamente o tamanho das gotas ou as características do fluxo
pulverizado, utiliza-se em geral como parâmetro, o diâmetro da mediana volumétrica
(DMV).
DMV é o diâmetro da gota que divide o volume aplicado por uma ponta, em duas partes
iguais. Uma constituída de gotas menores e outra constituída de gotas maiores que o
DMV.
Densidade de gotas
Densidade de gotas é definido como o número de gotas por unidade de área.
Esse parâmetro tem grande importância no controle de pragas, doenças e plantas
infestantes. Como parâmetros indicativos, utilizam-se as seguintes coberturas para
produtos não sistêmicos ou de baixa translocação, atendendo ainda as condições
climáticas existentes:
• Herbicida - 20 a 30 gotas/cm2 com diâmetros de 200 a 300 micra.
• Inseticida - 50 a 70 gotas/cm2 com diâmetros de 50 a 200 micra.
• Fungicida - 70 a 100 gotas/cm2 com diâmetros de 100 a 200 micra.
À medida que se reduz o volume de aplicação, a tendência é utilizar gotas menores.
O número e tamanho de gotas que se depositam por unidade de área do solo ou da
superfície foliar desempenha um papel preponderante na eficácia das aplicações.
Padrões de tamanho e densidade de gotas de pulverização.
Deriva
Deriva: desvio da trajetória das partículas liberadas pelo equipamento.
Quando as partículas não atingem o alvo, provocam uma perda, quando essa ocorre
dentro da cultura (material que não é coletado pelas folhas e cai no solo), pode ser
considerada como endoderiva (ou deriva tolerável), enquanto que as perdas para fora da
área tratada podem ser consideradas devido à exoderiva (ou deriva intolerável).
De qualquer maneira, a intensidade da deriva está relacionada com o tamanho da gota,
da distância que foi liberada em relação ao alvo, a sua velocidade de lançamento e da
velocidade do vento.
Quando se trabalha com caldas aquosas, os problemas de evaporação e deriva devem ser
analisados em conjunto, uma vez que à medida que perde peso por evaporação, a gota
fica mais sujeita ao arrastamento pelo vento, podendo inclusive desaparecer por
completo antes de chegar ao alvo.

Evaporação
A água é o diluente (líquido usado para reduzir a concentração do ingrediente ativo de
uma formulação para a aplicação), mais comumente utilizado nas pulverizações.
Porém, a água apresenta uma pressão de vapor relativamente alta, fazendo com que haja
uma diminuição do volume da gota produzida.
A intensidade da evaporação depende de vários fatores, dos quais os mais importantes
são: (a) a proporção de líquidos não voláteis ou partículas sólidas existentes na mistura;
(b) temperatura e umidade do ar e a velocidade do vento; (c) tamanho da gota e (d) o
tempo que a gota permanece no ar.
À medida que a água vai evaporando, as gotas diminuem de peso e, portanto, reduzindo
a possibilidade de impactar o alvo.
Gotas do mesmo tamanho podem ter comportamentos diferentes, se diferentes forem as
condições ambientais, como mostram os dados da tabela abaixo. Portanto, a observação
das condições de temperatura e umidade relativa do ar é muito importante para uma
aplicação correta.
Comportamento de gotas de diversos tamanhos, em diferentes condições ambientais:

Diâmetro tempo até distância de tempo até distância de


inicial (mm) extinção (s) queda (m) extinção (s) queda (m)
50 12,5 0,13 3,5 0,032
100 50 6,7 6,7 1,8
200 200 81,7 81,7 21
Temperatura = 20,0 ºC Temperatura = 30,0 ºC
∆ t = 2,2 ºC ∆ t = 7,7 ºC
U. R. = 80,0 % U. R. = 80,0 %

Uma das relações matemáticas para a previsão do tempo de vida t (em segundos) de
uma gota em função do seu diâmetro d (em micrometros) e das condições ambientais
(depressão psicrométrica, isto é, a diferença entre as temperaturas indicadas pelos
termômetros de bulbo seco e de bulbo úmido), é a seguinte:

t= Tempo de vida da gotas

3- Fatores que afetam a pulverização


Alguns fatores devem ser analisados antes e durante a aplicação de agroquímicos, para
se obter uma máxima eficiência, dentre os quais destaca-se:
• Clima
• Solo
• Alvo
• Princípio ativo
• Máquina
Veremos a seguir cada um desses itens detalhadamente.
Clima
Fatores climáticos, como temperatura, umidade relativa do ar e velocidade do vento,
devem ser monitorados, com o objetivo de se escolher o momento ideal de aplicação.
Altas temperaturas, baixas umidades e fortes ventos constituem-se em condições
propícias à evaporação e à deriva.
Desta forma, as aplicações devem ser realizadas, preferencialmente, nas primeiras horas
da manhã, ou no final do dia.
De maneira geral, deve-se seguir as seguintes recomendações para a escolha do
momento ideal de pulverização:
• Velocidade do vento entre 3 e 10 km/h,
• Temperatura máxima entre 27 e 30°C
• Umidade relativa do ar superior a 60%
Quando não for possível seguir essas recomendações, a aplicação deve ser precedida de
maiores cuidados, para se evitar a perda do defensivo, seja por evaporação ou deriva.
A escolha de ponta de pulverização “anti-deriva” e da pressão ideal de trabalho são
exemplos de cuidados que devem ser tomados durante as aplicações de defensivos em
condições ambientais desfavoráveis. Utilização de adjuvantes anti-deriva e assistência
de ar também contribui para uma aplicação mais segura.

Solo
A textura do solo pode influenciar na dose do produto a ser utilizada, principalmente em
defensivos que são aplicados no solo.
Geralmente as doses para solos argilosos são maiores que para solos arenosos, já que os
argilosos possuem maior quantidade de colóides, que inibem o princípio ativo de alguns
defensivos. Outro fator importante é a topografia. Em áreas declivosas, pode-se tornar
inviável a aplicação com máquinas tratorizadas, uma vez que a segurança da operação
pode ficar bastante comprometida.

Alvo
Aquilo que foi escolhido para ser atingido pelo processo de aplicação (planta hospedeira
ou suas partes, organismo nocivo, planta infestante, solo etc.). Em função do tipo desse
alvo, a pulverização a ser produzida deverá ter características específicas para melhor
atingi-lo.
Dessa forma, uma aplicação de herbicida (em pré-emergência) sobre o solo, é mais fácil
de ser feita quando comparada com a de um inseticida de contato, quando o inseto a ser
controlado fica na superfície inferior das folhas. Por outro lado, a praga, pode estar
disponível ou exposta em tempo relativamente curto ou em locais diferentes durante o
processo. O conhecimento do ciclo evolutivo da praga e também da planta cultivada é
um aspecto importante para a definição da estratégia de controle.
Assim sendo, o defensivo deve ser usado da forma mais eficiente possível, o alvo real
tem que ser definido em termos de tempo e espaço, de maneira a ser aumentada a
porcentagem de produto que o atinge em relação daquilo que foi emitido pela máquina
aplicadora.
As principais características a serem observadas referem-se ao local, tamanho,
mobilidade e forma de propagação.
Um bom conhecimento do alvo permite escolher a técnica de aplicação, o equipamento,
a periodicidade e o defensivo a ser utilizado.

Princípio Ativo
O princípio ativo é o componente tóxico do defensivo nas formulações comerciais.
Atualmente, existe no mercado uma infinidade de produtos que devem ser analisados
criteriosamente quanto à dosagem, à técnica de aplicação, à forma de atuação e à
formulação.

Máquina
O sucesso de uma aplicação fitossanitária depende da regulagem, da manutenção e das
características operacionais da máquina aplicadora utilizada.
Grande importância tem sido dada ao agroquímico e pouca à técnica de aplicação. A
utilização de equipamento adequado e em boas condições é fator primordial para
obtenção dos resultados desejados.

População de gotas
Uma aplicação eficiente pressupõe uma perfeita cobertura da superfície e uma
distribuição uniforme das gotas produzidas. Caso se utilize um bico de pulverização que
produza gotas muito grandes, não haverá uma perfeita cobertura da superfície e
tampouco haverá uma boa uniformidade de distribuição, a não ser que se utilize grande
volume de líquido. Trabalhando com gotas menores, consegue-se, geralmente, uma
melhor cobertura superficial e uma maior uniformidade de distribuição.
As gotas muito grandes, devido ao seu peso, terminam no solo por escorrimento. As
gotas muito pequenas podem evaporar em condições climáticas de baixa umidade
relativa, ou serem levadas pela corrente de ar, provocando a perda de produto devido ao
fenômeno da deriva.
Na figura abaixo é possível verificar que, dividindo uma gota grande de 400 µm de
diâmetro em gotas de 200 µm, obtém-se oito gotas, com a mesma quantidade de água.
Se dividirmos essa mesma gota de 400 µm em gotas de 50 µm é possível obter 512
gotas. Isso demonstra que é possível obter boa cobertura, mesmo trabalhando com
pequenos volumes de pulverização.

Em aplicações de fitossanitários deve-se cuidar para que não apareçam gotas nem muito
grandes, nem muito pequenas. Os estudos têm demonstrado que gotas menores que 100
µm são arrastadas com facilidade pelo vento e sofrem deriva (MARQUEZ, 1997 e
LEFEBVRE, 1989). Da mesma forma, não se recomenda utilizar gotas maiores que 800
µm, devido a sua facilidade em escorrer.
De acordo com o tipo produto a aplicar é possível definir um número mínimo de gotas
por unidade de superfície. Geralmente, no caso de culturas de baixo porte, recomenda-
se utilizar os tratamentos de acordo com o Quadro 1.
QUADRO 1 – Recomendação da população de gotas para os tratamentos em culturas de
baixo porte
VOLUME DE CALDA COBERTURA
PRODUTO TRATAMENTO
(L/ha) (gotas/cm2)
Pré-plantio 200-500 20-40
Herbicidas Pré-emergência 150-300 20-30
Pós-emergência 150-300 30-40
Inseticidas 300-400 20-30
Fungicidas 300-400 50-70

De modo geral, não se recomenda aplicar um volume de calda acima de 400 L/ha, nem
abaixo de 100-150 L/ha, sem um monitoramento rigoroso das condições climáticas
principalmente.
4- Equipamentos para aplicação de agroquímicos
Existem no mercado diversos tipos de equipamentos para aplicação de defensivos, cada
um com suas características de funcionamento.
Para o agricultor é importante saber as vantagens e desvantagens da utilização de cada
equipamento, de forma a obter o melhor desempenho e menor custo de utilização.
Os pulverizadores hidráulicos são equipamentos capazes de fragmentar o líquido em
gotas devido a pressão exercida sobre a mistura (água + produto), proveniente de uma
bomba hidráulica.
São exemplos de pulverizadores hidraúlicos:
• Pulverizador costal manual
• Pulverizador motorizado
• Pulverizador de barra

Pulverizador costal manual


Recomendado para aplicação de defensivos em pequenas áreas, ou de uso doméstico,
para aplicação de inseticidas em plantas ou animais.
É constituído por um pequeno depósito e uma bomba de pistom, acionada pelo operador
através de uma alavanca. A bomba de pistão possui duas válvulas. A válvula inferior
deixa passar líquido do depósito para dentro da camisa do cilindro. A válvula superior,
localizada na ponta do pistom, admite o líquido da camisa do cilindro para dentro da
câmara de compressão, formada por um cilindro oco.

Esquema ilustrativo (em corte) dos componentes de um pulverizador costal manual


Durante a utilização desses pulverizadores, é necessária a verificação dessas válvulas,
bem como de seu estado de conservação. Além dessas válvulas, existe uma bucha de
couro ou plástico fixada na ponta do pistão, que tem uma influência muito grande no
perfeito funcionamento do pulverizador. É comum ocorrer o seu endurecimento devido
à falta de lubrificação correta ou ao prolongado tempo de uso
Um dos problemas destes pulverizadores é a falta de pressão constante de aplicação que
leva a uma alta variação no volume e tamanho de gotas, visando reduzir estes problemas
já a no mercado pulverizadores costais equipados com bombas elétricas ou com motores
de combustão visando reduzir a variação da pressão.

C
B

Exemplos de pulverizadores costais manuais (a), costal com bomba elétrica (B) e com
bomba acionada por motor de combustão interna (c)
Alguns cuidados devem ser observados durante as operações com esses equipamentos:
1. Manter sempre uma velocidade constante de caminhamento durante a aplicação;
2. Manter sempre a pressão constante com acionamento da bomba cadenciado, ou
utilizar válvula de pressão constante.
As principais perdas com este equipamento estão relacionadas à falta de controle do
tamanho das gotas, à escolha incorreta das pontas de pulverização, não conseguindo a
densidade necessária para o controle químico em situações adversas de umidade relativa
baixa e temperaturas altas, e a vazamentos. 6

Pulverizador motorizado
É uma máquina utilizada principalmente para aplicação de defensivos agrícolas em
culturas anuais ou perenes. Também é muito utilizado na aplicação de agroquímicos em
áreas urbanas ou em instalações para criação de animais.
Possui um motor elétrico ou de combustão interna para acionamento da bomba
hidráulica.
É constituído por uma estrutura suporte, onde estão fixados o motor, bomba de
êmbolos, regulador de pressão e pistolas de pulverização com mangueiras flexíveis. O
reservatório é independente e possui sistema de agitação. Montado nessa estrutura, pode
ter rodas, podendo ser tracionado pelo homem, animal ou trator.

A B

Modelos de pulverizadores de barra, tração animal (A), tracionado por trator (B)
autopropelido (C)
Constitui um dos pulverizadores mais utilizados na agricultura, principalmente em
grandes áreas.
É constituído, geralmente, por um chassi, um depósito para colocação da mistura de
defensivo, uma bomba, uma câmara de compensação, comando com registro de
múltiplas saídas com alavanca, válvula reguladora de pressão, manômetro, filtros,
agitador de calda, mangueiras flexíveis e barra de pulverização, onde são montados os
bicos hidráulicos.
O circuito hidráulico da maioria do pulverizadores é representado no esquema abaixo:
O chassi no pulverizador de arrasto (ligado a barra de tração do trator) tem rodado alto,
para possibilitar um vão livre adequado e bitola regulável. No pulverizador montado
(ligado ao sistema de três pontos) há pontos de engate para o acoplamento e pontos de
apoio para estacionamento.
O reservatório apresenta capacidade volumétrica bastante variável. Os de maior
capacidade possuem quebra-ondas no seu interior. Na parte superior do tanque há uma
abertura, por onde se faz o reabastecimento, inspeção e limpeza do interior do mesmo. É
provido de filtro de malha fina e resistente, ou de metal perfurado.
O material de construção do reservatório pode ser polietileno de alta densidade,
principalmente nos menores, e resina de poliéster com reforços em fibra de vidro ou
fibra de vidro com revestimento interno de resina, nos de maior capacidade. Podem ter
indicadores de nível na sua parede ou com mangueira transparente externa.
O agitador de calda pode ser hidráulico ou mecânico, sendo que, na maioria dos
pulverizadores, os dois funcionam conjuntamente.
Na agitação hidráulica, utiliza-se o retorno do líquido da bomba, que passa pelo
regulador de pressão, fazendo-o sair através de um tubo rígido instalado no fundo do
reservatório e longe do bocal de sucção da bomba. O líquido pode vir também por uma
derivação dos bicos.
A agitação mecânica normalmente é realizada por uma ou mais hélices ou pás,
montadas em uma árvore paralela e próxima a parede do fundo do reservatório. Essa
agitação por vezes, é auxiliada pela existência de quebra- ondas no interior do
reservatório.
A bomba é um dos órgãos essenciais do pulverizador. Pode ser acionada pela tomada de
potência do trator ou pelo sistema hidráulico.
A câmara de compensação amortece as pulsações causadas pelas bombas de pistão,
permitindo leitura constante do manômetro. Com bombas do tipo centrífuga por
exemplo, não há necessidade desta câmara.
O conjunto de comandos deve estar ao alcance do operador. Constitui- se de registros de
múltiplas saídas com alavanca de controle, válvula reguladora de pressão e manômetro.
O número de vias de saída é variável e depende principalmente do tamanho da barra do
pulverizador.
As tubulações são estruturas flexíveis de plástico ou de borracha, reforçados. São
utilizadas para fazer a ligação entre os vários órgãos do pulverizador. Em alguns
equipamentos utilizam-se barra húmidas, em que o líquido é deslocado junto a barra e
sua parte interna.
Os filtros são elementos protetores do circuito hidráulico, retirando do mesmo eventuais
impurezas. São posicionados na abertura de abastecimento do reservatório, na sua saída,
no início de cada seção da barra e junto aos bicos.
A barra de pulverização constitui-se na estrutura de suporte das mangueiras e bicos.
Normalmente é construída em estrutura metálica ou PVC, de seção quadrangular ou
circular, podendo alcançar cerca de 30 m de comprimento. Normalmente é articulada
em seções para recolhimento durante o transporte. Pode apresentar mecanismo
nivelador e dispositivo de segurança contra choques em obstáculos. Alguns
equipamentos mais modernos possuem sensores de altura que controlam
automaticamente a distância da barra em relação ao alvo.
As mangueiras são normalmente de plástico flexível com reforços de náilon. Na traseira
do pulverizador pode haver carretéis ou enroladores para recolher as mangueiras.
Os bicos são constituídos por corpo, capa, filtro e ponta. Os jatos produzidos
apresentam configuração em leque ou em cone, segundo o tipo de ponta.
O reabastecedor consta de um bocal específico para a sucção de água levando-a da fonte
para o reservatório. Há duas mangueiras, sendo uma a que une a bomba e outra que liga
a bomba ao reservatório.
Os pulverizadores de barra podem ser do tipo:
• Pulverizadores montados e de arrasto
• Pulverizadores autopropelidos

Pulverizadores montados e de arrasto


A maior parte dos pulverizadores montados (ligados ao sistema hidráulico de três
pontos do trator) e de arrasto (ligados a barra de tração do trator) possuem todos os
componentes semelhantes, mudando apenas em forma e tamanho.
Os pulverizadores montados em tratores, conhecidos também por “pulverizadores de
três pontos”, normalmente são equipados com barras de 12 a 16 metros de comprimento
e operam em velocidades de 5 a 8 km/hora. São geralmente encontrados no mercado
brasileiro com capacidade de carga de agroquímicos entre 400 a 800 litros.
Pulverizador montado (Acoplado ao levante hidráulico do trator)

Os pulverizadores tracionados ou de arrasto, normalmente, são equipados com barras de


18 a 24 metros de comprimento e operam em velocidades de 6 a 10 km/hora. São
encontrados no mercado brasileiro em geral com capacidade de carga de agroquímicos
entre 1.000 a 3.000 litros.

Pulverizador tracionado (acoplado a barra de tração do trator)


Levando-se em consideração as especificações técnicas desses pulverizadores
tratorizados montados e tracionados, seria possível teoricamente, desenvolver um
rendimento diário de área aplicada em torno de 60 a 80 hectares por dia pelos
tracionados e de 30 a 40 hectares aplicados pelos pulverizadores de três pontos.
No entanto, devido aos vários problemas de planejamento e logística durante as
operações de controle químico com esses pulverizadores, a maior parte deles não
consegue chegar a 50% desse rendimento operacional estimado.
Entre os problemas mais comuns relacionados a pulverizadores hidráulicos estão a falta
de um manômetro funcionando, bicos de pulverização entupidos, desgastados ou
danificados, corpo de bico simples sem a presença da válvula anti-gotejante,
abraçadeiras de corpo de bico quebradas e “amarradas” com tiras de borrachas ou
arame.
Todos esses problemas acontecem pela falta de manutenção nos pulverizadores e
resultam na ineficiência das aplicações de agroquímicos, colocando em risco a sanidade
da cultura tratada,

Pulverizador Autopropelido
Pulverizadores autopropelidos, autopropulsados ou automotrizes são máquinas agrícolas
com grande capacidade de carga e alto rendimento operacional, utilizadas nas
aplicações de agroquímicos equipadas com motor, cabine e sistemas de pulverização
(bombas, barras, bicos, etc) em uma mesma plataforma, em um mesmo chassi.

Esquema de um pulverizador auto propelido

São máquinas de alto desempenho, podem substituir cinco ou seis conjunto trator-
pulverizador, conseguem desenvolver velocidades entre 15 a 30 km/h durante as
pulverizações nas culturas em campo e até 70 km/h durante o translado. As barras de
pulverização possuem total acionamento hidráulico com sistema auto-nivelante e
medem entre 20 até 30 metros de comprimento.
Normalmente apresenta motor diesel, de quatro tempos, sistema de direção e barra de
pulverização. Apresenta barra que pode ser posicionada na parte anterior ou posterior da
máquina, com altura regulável.
Imagem de pulverizador autopropelido com barra auto nivelante e GPS
Conta com sistema de compensação com comando hidráulico para cada lado da barra,
permitindo manter a mesma paralela ao solo em terrenos irregulares ou em curva de
nível.
O chassi pode ser rígido ou articulado com estrutura reforçada. Apresenta cabine
climatizada, isolando o contato direto do operador com eventual deriva da aplicação.
Um pulverizador autopropelido com capacidade de carga para 3.000 litros, com barras
de pulverização com 27 metros de comprimento é capaz de conseguir um rendimento
operacional aproximado de 500 hectares em um único dia de trabalho. Se esse
equipamento não estiver corretamente calibrado e regulado, serão muitos hectares
aplicados de maneira incorreta, com grandes prejuízos para os produtores.
Não somente o pulverizador autopropelido precisa ser bem projetado e avançado, mas
também a tecnologia em bicos e pontas de pulverização também precisa ser
corretamente formatada para as condições de trabalho desse equipamento para que seja
possível conseguir a total eficiência nas aplicações de agroquímicos.
O monitoramento da qualidade nas aplicações de agroquímicos realizadas nesses
pulverizadores é de extrema importância, pois um erro de apenas 10 cm em uma faixa
de aplicação de 27 metros (comprimento da barra) poderá resultar em uma área de 400
metros quadrados sem deposição de agroquímicos, em somente 100 hectares aplicados.
Em um dia de aplicação, essa falha na faixa terá provocado uma área sem proteção
química em torno de 2.000 m².

Pulverizadores pneumáticos
Os pulverizadores pneumáticos, também são conhecidos no campo como atomizadores.
Tipos de atomizadores:
• Atomizador tipo canhão
• Atomizador costal motorizado

Atomizador tipo canhão


O atomizador tipo canhão é geralmente utilizado em culturas anuais ou arbustivas,
permitindo aplicação de defensivo numa faixa, de acordo com os fabricantes, de 30 a 40
metros de largura. Propicia boa capacidade operacional do conjunto trator-atomizador.

Pulverizador tipo canhão


Neste equipamento, existe um ventilador acionado pela tomada de força do trator
responsável pela corrente de ar que promoverá a quebra do líquido em gotas de pequeno
diâmetro. Com excesão do ventilador, o aspecto construtivo é semelhante a um
pulverizador hidráulico.
Possui algumas limitações de uso, principalmente devido à deriva e à evaporação das
gotas, ocasionadas por ventos, velocidade excessiva e baixa umidade do ar, dentre
outras. Outro limitante é a determinação da faixa de aplicação, que em campo é difícil
execução pelo tratorista.

Atomizador costal motorizado


Geralmente empregado em pequenas áreas, em instalações avícolas ou similares.
Esse atomizador geralmente possibilita sua utilização para a aplicação de defensivos
líquido ou pó seco. Neste caso, deve-se ter o cuidado de retirar o bocal atomizador.
Os atomizadores costais motorizados, quando forem utilizados na aplicação de
defensivos em plantas perenes de porte alto, devem possuir uma bomba centrífuga para
conduzir a calda até o bocal atomizador.
Possui um motor dois ou quatro tempos, responsável pela geração da corrente de ar. Em
geral, a ergonomia deste equipamento não é muito boa.

Pulverizadores hidro-pneumáticos
São também chamados de atomizadores tipo cortina de ar. Esses pulverizadores
constituem uma das alternativas viáveis para aplicação de defensivos em culturas
perenes, tais como citrus, macieiras, pessegueiros, cafeeiros, etc.

São também muito utilizados nas pulverizações em videiras, porém, necessitam de


algumas modificações no direcionamento dos bicos e na regulagem dos defletores de ar,
devido à arquitetura foliar da cultura da uva, permitindo aplicação de defensivo.
Propicia boa capacidade operacional do conjunto trator-atomizador.
Correspondem a aproximadamente 15% do total dos pulverizadores em operação no
Brasil. São equipados com reservatórios de calda de agroquímicos com capacidade entre
200 a 4.000 litros e no arco de pulverização são instalados os bicos, geralmente do tipo
cone vazio ou cheio.
O sistema de assistência de ar é formado por um ventilador de grande vazão, que com o
auxílio de defletores expele o ar na forma de um leque perpendicular à direção de
caminhamento da máquina. Os ângulos de abertura desses defletores são regulados e
ajustados de acordo com a altura das plantas a serem pulverizadas. Alguns
equipamentos possuem regulagem do ângulo das pás do ventilador permitindo alterar a
velocidade de saída do ar. Isso permite evitar a perda de defensivo.
As principais causas de perdas com esses equipamentos são:
1. Distribuição incorreta dos bicos no arco de pulverização, o que resulta na
liberação de gotas muito acima das copas das árvores.
2. Falta de controle no tamanho das gotas pulverizadas, produzindo gotas muito
finas.
3. Alto volume nas aplicações em altas pressões de trabalho.

Deriva com pulverizadores hidro-pneumáticos


A correta seleção e disposição dos bicos no arco de pulverização possibilita que a maior
parte do volume de calda a ser aplicado seja direcionado para a região mediana e
superior da copa das plantas, possibilitando depositar com eficiência as gotas nos
ponteiros, que normalmente são áreas de difícil acesso, com o mínimo de perdas por
evaporação e deriva.

Termo-nebulizadores
São equipamentos capazes de produzir gotas com diâmetro menor que 50µm. Utilizados
geralmente para aplicação de inseticidas dissolvidos em óleo (diesel), que ao serem
colocados em contato com uma superfície aquecida, ou ar quente, sofrem evaporação.
Pulverizador eletrostático
O princípio de funcionamento do pulverizador eletrostático baseia-se em transferir
cargas elétricas às gotas, as quais quando se aproximam do objeto aterrado (planta) com
carga de sinal contrário a sua, são fortemente atraídas a este.

As gotas geradas são carregadas eletricamente e aceleradas em direção do alvo aterrado


através de um campo elétrico, principalmente quando próximas deste alvo.

Um estudo foi realizado pela EMBRAPA sobre um bocal eletrostático, comparado-o a


uma aplicação convencional, para a cultura do tomate. Os resultados mostraram que o
pulverizador eletrostático pode depositar até 70% do agrotóxico aplicado, enquanto que
a pulverização convencional pode depositar somente 30% do agrotóxico aplicado, para
a cultura do tomate. O estudo também mostra que a aplicação eletrostática possibilita
uma redução real na dose do produto aplicado, sem perda da eficácia de controle e
também uma sensível redução de contaminação por parte do aplicador.
Em locais fechados, como galpões, armazéns e tubulações, permitem aplicação dos
inseticidas de forma econômica, uma vez que, por se tratar de uma nebulização, ocorre
uma completa ocupação do interior das instalações, utilizando baixo volume de
pulverização.

Bicos hidráulicos e pontas de pulverização


Os bicos hidráulicos são dispositivos utilizados nos pulverizadores para subdivisão do
liquido em gotas, capazes de promover uma distribuição uniforme do defensivo sobre a
superfície de aplicação.
Os bicos fragmentam o liquido pela ação da pressão exercida por uma bomba, que força
o líquido passar por um orifício, adquirindo velocidade e energia no difusor para
subdividir-se em pequenas gotas ao sofrer o impacto com o ar.
Existem diferentes tipos de bicos no mercado, cada qual com características específicas
para uma determinada aplicação. Essas variações são importantes, pois permitem
utilizar aquele que seja mais adequado a cada situação, minimizando assim as perdas de
produtos fitossanitários e melhorando a qualidade da aplicação.
O que se chama genericamente de bico é o conjunto de peças colocado no final do
circuito hidráulico, através do qual a calda é emitida para fora da máquina.
Esse conjunto é composto de várias partes, das quais a ponta de pulverização é a mais
importante, regulando a vazão, o tamanho das gotas e a forma do jato emitido.
Os principais tipos de pontas são:
• pontas de jato cônico vazio;
• pontas de jato cônico cheio;
• pontas de jato plano ou em leque;
• pontas de impacto ou de jato plano defletor;
• pontas de indução de ar.

As pontas de pulverização possuem três funções básicas:


1. DETERMINAM A VAZÃO (Quantidade)
2. PRODUZEM AS GOTAS DE TAMANHO DETERMINADO (Qualidade)
3. PROPORCIONAM A DISTRIBUIÇÃO DO LÍQUIDO PULVERIZADO
(Qualidade)

Identificação das pontas de pulverização


Segundo a Norma ISO 10626, os bicos hidráulicos (pontas) à pressão de 3 bar devem
ter as seguintes cores de identificação em função de sua vazão:
Código de cores da pontas hidráulicas

Cor Laranja Verde Amarelo Azul Vermelho Marrom Cinza Branco

Vazão (L/min) 0,4 0,6 0,8 1,2 1,6 2,0 2,4 3,2

Com relação a designação dos bicos, existe uma variação quanto aos fabricantes e
órgãos de pesquisa. Adiante seguem alguns exemplos utilizados:Segundo a BCPC
(British Crop Protection Council) tem-se: F110/1.44/2.5, em que:
F significa bico tipo leque (fan);110: ângulo de abertura em graus 1.44: vazão nominal
dos bicos (L/min) 2.5: pressão de trabalho (bar)

Tipos de pontas
Ponta tipo cone
Os bicos com pontas do tipo cone são formados pelas seguintes partes:
1. Ponta (Bico) tipo cone vazio
Os bicos do tipo cone vazio têm como característica uma deposição do líquido maior na
porção mais externa do cone. Possuem um padrão de distribuição com menos líquido no
centro, aumentando depois um pouco para voltar a cair bruscamente, nos extremos. Não
são, em geral, recomendados para aplicação de herbicidas. São geralmente aconselhados
para aplicação de inseticidas, fungicidas e dessencantes, em culturas com grande massa
foliar, onde a penetração do jato e a cobertura são críticas.
Trabalham normalmente com uma pressão de 2 a 10 bar, produzindo um ângulo de 70º
a 80º e gotas muito pequenas, o que favorece a deriva. São montados na barra
portabicos com uma distância entre 0,25 m e 0,50 m, para permitir alcançar o volume
necessário de fitossanitário por área tratada. Também são recomendas para aplicação de
fertilizantes foliares).
Como esses bicos trabalham a altas pressões, têm uma vida útil muito pequena quando
são fabricados em latão. Por esta razão, os fabricantes preferem construí-los de material
cerâmico, que propicia maior durabilidade.
Como característica principal, tem-se a boa capaciade de penetração e cobertura dos
alvos, no entanto, em geral apresentam alto risco de deriva. Recentemente, lançou-se no
mercado uma variável desta ponta com indução de ar, com isto, reduziu-se o risco de
deriva, em função das gotas de maior diâmetro, no entanto, a cobertura ficou
comprometida.

Ilustração do jato feitor pelo bico cone vazio

2 Ponta (Bico) tipo cone cheio


Os bicos do tipo cone cheio operam normalmente a baixas pressões (1 a 3 bar),
produzindo gotas grandes e menos sujeitas à deriva, e um ângulo de abertura de 80º.
Ilustração do jato feito pelo bico cone cheio
As gotas produzidas por esse tipo de bico são normalmente maiores que as de outros
tipos, operando à mesma pressão. São recomendados para a aplicação de herbicidas
sobre o solo ou sistêmicos. Para uma melhor uniformidade de distribuição na barra,
recomenda-se que os bicos estejam montados com uma inclinação de 30 a 45º, em
relação ao plano vertical

Ponta tipo leque


Os bicos com pontas do tipo leque são formados pelas seguintes partes:

Os bicos tipo leque são os mais utilizados na área agrícola devido a sua diversidade de
utilização.
Produzem um jato plano à saída do bico, formando um ângulo característico em forma
de leque.

Ilustração do jato feito pelos diferentes bicos leque


Apresentam uma concentração maior de líquido na parte central do jato, mas com boa
uniformidade de distribuição do líquido, em função da sobreposição apropriada.
Esses bicos encontram-se normalmente no mercado com ângulo de abertura de 60, 80 e
110º, sendo mais comum os dois últimos. Quanto maior o ângulo formado pelo bico,
menor é o tamanho das gotas, podendo ser montado a uma distância maior na barra
portabicos.
São ideais para a aplicação de herbicidas em área total, onde se necessita maior
uniformidade de distribuição. No entanto, atulmente também tem sido utilizado para
aplicação de inseticidas e fungicidas com sucesso, de forma a evitar o risco de deriva
nas aplicações com pontas de jato cônico vazio.
Operam melhor a pressão de 2 a 4 bar, permitindo uma cobertura mais uniforme.
Utilizando pressões mais baixas é possível conseguir tamanho maior de gotas, para
reduzir a deriva, mas a uniformidade de distribuição diminui. Para melhor uniformidade
de distribuição ao longo de uma barra, recomenda- se uma sobreposição de
aproximadamente 30%, em cada lado do jato.
Existem outros modelos de ponta tipo leque que usam uma faixa maior de pressão.
Também existem pontas de jato plano duplo, mais recomendados para aplicação em que
se deseja boa cobertura e penetração entre as folhas. Para aplicação entre as linhas da
cultura, ou sobre as linhas, existem as pontas tipo leque com perfil de distribuição
uniforme.

Ponta de impacto
As pontas de impacto, da mesma forma que as pontas tipo leque, produzem um jato em
forma de leque, com um ângulo de pulverização grande, variando de 110 a 140º.
O efeito de divisão do líquido em gotas produz-se pelo impacto do jato com uma
superfície plana. Como possuem um orifício de saída circular, são menos sujeitos a
entupimentos.
Possuem maior deposição de líquido nas extremidades do jato. Podem trabalhar a
pressões muito baixas (0,7 a 1,8 bar), produzindo gotas grandes, diminuindo o problema
da deriva.
Essas pontas são recomendados para a aplicação de herbicidas sistêmicos a baixo
volume, bem como para aplicação utilizando pulverizadores costais de acionamento
manual.
Características das pontas de pulverização
A ponta de pulverização é um componente de fundamental importância em um
pulverizador, pois dele depende a vazão e a qualidade das gotas produzidas. Dessa
forma influência diretamente a qualidade da pulverização.
Existe uma grande variedade de pontas no mercado. Pontas que formam diversos
ângulos de pulverização, que trabalham em pressões diferentes, que produzem gotas de
vários tamanhos e que têm vazões diferentes.
São característica das pontas de pulverização
• Ângulo do Jato
• Tamanho de gotas
• Posicionamento
• Durabilidade

Ângulo do jato
As pontas de pulverização são projetados para produzir os jatos de pulverização, com
um determinado ângulo em uma certa pressão.
À medida que se varia a pressão, varia-se o ângulo do jato de pulverização.
• Aumenta a pressão = Aumenta o ângulo do jato de pulverização.
• Diminui a pressão = Diminui o ângulo do jato de pulverização
Os mais comuns no mercado são os de 80 e 110 graus, sendo que este último apresenta
duas grandes vantagens:
• Possibilita trabalhar com a barra mais próxima do alvo, diminuindo a deriva.
• Menor influência, em termo de uniformidade de distribuição, pela oscilação da
barra.

Tamanho e espectro de gotas


Nas décadas passadas, pouca atenção se dava à uniformidade de distribuição durante as
aplicações de produtos fitossanitários, pois se buscava molhar bem a cultura, o que se
conseguia mediante volume de calda bastante alto.
Atualmente, entretanto, existe uma tendência em reduzir o volume de calda, visando
diminuir os custos e aumentar a eficiência da pulverização. O uso de menor volume de
calda aumenta a autonomia e a capacidade operacional dos pulverizadores e diminui os
riscos de contaminação ambiental.
Assim, o conhecimento do tamanho das gotas pulverizadas tornou-se essencial, para
garantir um recobrimento mínimo do alvo. Caso seja desejado que o produto aplicado
recubra a maior parte da superfície-alvo, como no caso de tratamentos com produtos de
contato, as gotas devem ser finas. Caso contrário, podem ser mais grossas, evitando
problemas de deriva.
Os estudos têm mostrado que gotas menores que 100 µm são arrastadas com facilidade
pelo vento, produzindo o fenômeno da deriva, e gotas maiores que 800 µm tendem a
escorrer da superfície das folhas.
As gotas muito grandes, devido ao seu próprio peso, atingem o solo por escorrimento.
As gotas pequenas possuem uma menor massa de líquido, podendo evaporar em
condições de baixa umidade relativa ou serem carreadas pelo vento, provocando a perda
de produto por deriva.
Atualmente, o diâmetro da mediana numérica (DMN), o diâmetro da mediana
volumétrica (DMV) e o coeficiente de homogeneidade têm sido os parâmetros mais
utilizados para caracterização de uma população de gotas.
O diâmetro da mediana numérica é o diâmetro que divide uma população de gotas em
duas partes numericamente iguais. Deve ser analisado em conjunto com o diâmetro da
mediana volumétrica (DMV), possibilitando a avaliação do espectro de gotas e do
coeficiente de homogeneidade.
O diâmetro da mediana volumétrica é definido, segundo MATUO (1990), como o
diâmetro que divide uma população de gotas em duas metades volumetricamente iguais.
É de se esperar que o valor do DMV esteja mais próximo do limite superior das classes
de diâmetros, pois o volume de poucas gotas grandes equivale ao de muitas gotas
pequenas.

Diâmetro da mediana volumétrica

Classificação das gotas em função do DMV, expresso em µm


DMV (µm) Classificação
<100 aerossóis e névoas
100 - 200 gotas finas
200 - 300 gotas médias
300 - 425 gotas grossas
> 425 gotas muito grossas
Já o espectro de gotas é a caracterização da pulverização em função das gotas de
diferentes tamanhos produzidas pelo equipamento. O espectro seria homogêneo, se
todas as gotas fossem do mesmo tamanho. Tendo gotas de tamanhos diferentes, o
espectro é heterogêneo.
O espectro é considerado estreito, se a diferença entre as gotas maiores e menores for
pequena; se essa diferença for grande, o espectro é amplo ou largo. A caracterização
numérica do espectro pode ser feita utilizando-se os dados da avaliação da curva do
percentual do volume acumulado em relação ao diâmetro das gotas.
Densidade de gotas X produtos
Número de impactos(gotas)

Produto Gotas/cm²
Inseticida 20 a 30
Herbicidas (pré-emergentes) 20 a 30
Herbicidas (pós-emergentes) 30 a 40
Fungicidas (sistêmicos) 30 a 40
Fungicidas (de contato) > 70

Posicionamento das pontas


Os bicos devem ser colocados na barra com espaçamento iguais entre si, que podem ser
de: 35 cm; 40 cm; 50 cm; etc.
Para se trabalhar com bicos de jato plano (leque) é necessário que estejam posicionados
com um ângulo de 4º a 6º aproximadamente em relação a barra. As capas de engate
rápido normalmente já fornecem essa angulação. Caso contrário, deve-se utilizar chaves
apropriadas para isto.
Dessa forma, ocorrerá o cruzamento necessário entre os jatos para manter a
uniformidade da distribuição ao longo da barra, desde que se mantenha uma altura
mínima compatível com o ângulo do jato. Vale lembrar que para pontas de jato cônico
não é possível evitar este contato entre os jatos adjacentes, o que leva a menor
uniformidade de distribuição.

Durabilidade das pontas


A durabilidade de uma ponta, depende muita da forma com trabalha essa ponta, levando
em conta alguns aspectos, como:
Pressão
As pontas de "jato leque" são projetadas para trabalhar com baixa pressão, em uma
faixa que varia entre 15 a 60 lbf/pol². Nas pontas do tipo jato cônico a faixa de trabalho
varia entre 60 a 200 lbf/pol², acima disso essas pontas perdem sua características,
sofrendo aumento de vazão e de ângulo, desgastando-se rapidamente.
Deve-se levar em consideração que quanto maior a pressão, menor é o tamanho das
gotas, possibilitando a ocorrência de deriva.

Qualidade da água
Em relação a qualidade da água alguns ítens influenciam diretamente na durabilidade
das pontas e também na eficiência dos defensivos aplicados, como:
• Porcentagem de elementos químicos como cloro, enxofre, cálcio, magnésio,
entre outros.
• Deverá ser o mais limpa possível, ou seja, sem algas, areia, lodo ou qualquer
tipo de matéria orgânica.
De nada ter o melhor equipamento de pulverização se a agua para realizar a
pulverização não for de boa qualidade

Tipo de produto
Os produtos usados na pulverização têm formulações bem variadas que necessitam ou
não serem diluídas. Dentre as que são diluídas tem-se os pó-molháveis, suspensão
concentrada ou emulsionado concentrado que possuem abrasividade relativamente alta,
devido as partículas sólidas que aceleram o processo de desgaste das pontas.
Os produtos para aplicar sem diluição podem ter a seguinte formulação:
• DP – Pó
• GP - Polvilho Fino
• ED – Líquido para pulverização eletrostática
• MG – Microgranulado
• SO – Óleo para formar película
• SU – Solução para aplicar em UBV (ultra baixo volume)
• GR - Granulado
• CG – Granulado encapsulado
• FG – Granulado fino
• GG – Macrogranulado
• TP – Pó para despitagem
• UL – Produto para aplicar em UBV

Limpeza das pontas


Não se deve utilizar instrumentos metálicos, como: agulhas, arames e nem tão pouco
canivetes. Também é incorreto o uso de gravetos de madeira, pois acabam quebrando
dentro do orifício da ponta. O correto é usar um instrumento que não danifique o
orifício com um escova com cerdas de nylon (escova de dentes), ou ar comprimido.

Material de confecção da ponta


A tabela abaixo mostra uma estimativa da vida útil da pontas de acordo com o material.
Vida útil estimada de pontas de pulverização de jato plano

Vida útil (horas)


Material de fabricação do bico
Cerâmica +400
Poliacetal 400
Aço inoxidável 400
Naylon 200
Latão 100

Troca de pontas
Durante a utilização dos bicos de pulverização, é importante atentar também para outro
fator: os bicos devem ser trocados quando sua vazão diferir mais de 10% em relação a
média de vazão de todos os bicos.
Métodos práticos de calibração
Antes de realizar a calibração de qualquer pulverizador é importante verificar:
• Funcionamento da bomba hidráulica;
• Condições dos filtros;
• Estado dos bicos;
• Funcionamento dos registros ou regulagem da vazão;
• Funcionamento dos manômetros ou registros de regulagem da pressão;
• Estado das tubulações;
• Funcionamento dos agitadores, etc.

Calibração de Pulverizador costal


Para se fazer a calibração do pulverizador costal, deve-se seguir os seguintes passos:
1o) Marcar uma área igual a 100 metros quadrados (10 m x 10 m); 2o) Encher
completamente o tanque do pulverizador;
.

3o) Aplicar na área, por faixa, usando uma cadência igual a de trabalho;
4o) Medir a quantidade aplicada;
5o) Determinar o volume de pulverização aplicando a seguinte fórmula:
Q(L/ha)= V(L)*100
em que:
Q – volume de pulverização (L/ha) V -
volume gasto na área (L)
Exemplo:
Um produtor calibrando seu pulverizador costal gastou 4,3L para pulverizar 100m2.
1- Determinar o volume gasto em 1ha
Q(l/ha)= volume x100
Neste exemplo em 100m2 gastou-se 4,3L, então em 1 ha:
Q= 4,3x 100 Q= 430L/ha

2- Determinar a quantidade de produto


Dosagem do produto: 2L/ha (esta informação esta na bula do produto)

Volume gasto pelo


2L 430L pulverizador em 1 ha
X 20L

Volume do pulverizador
costal

X= 0,093L =93ml/pulverizador

A cada 20L (um tanque) o


produtor deverá adicionar 93ml
do produto.

3- Numero de tanques
Volume de agua por ha
NT= volume do tanque L

430
NT= NT= 21,5 tanques
20

Correções necessárias
a) Volume de aplicação abaixo do desejado:
• Aumentar a pressão nas pontas (dentro da faixa recomendada para cada ponta);
• Diminuir a velocidade;
• Trocar as pontas utilizados por pontas de maior vazão.
b) Volume acima do desejado:
• Diminuir a pressão;
• Aumentar a velocidade de deslocamento;
• Trocar as pontas utilizados por pontas de menor vazão.
Obs. De forma geral, se o volume de pulverização diferir mais de 25% do volume
desejado, trocar as pontas, caso contrário, alterar a pressão de trabalho e a velocidade de
pulverização. Em geral, os agricultores no campo dispõe de um recipiente graduado que
dispensa a realização do cálculos, fornecendo uma leitura direta do volume de
pulverização.

Aplicação aérea
A aviação agrícola possui um papel fundamental no aumento de ganho de
produtividade, pela sua natureza de rápida e eficaz cobertura. O avião agrícola, nada
mais é que uma máquina aplicadora como qualquer outra, porém apresenta
particularidades, não apenas por ser uma máquina que voa, mas pelas características
dinâmicas envolvidas na aplicação.
Estudo dirigido

1- Qual a diferença entre pulverizador, nebulizador e atomizador? O mesmo


equipamento pode ser usado para atingir qualquer alvo biologico?

2- Quais são as condições climaticas ideais para fazer uma pulverização?Nas


condições do Alto Solimões consegue-se pulverizar o dia todo?

3- Qual a função da ponta de pulverização?Quais os tipos de ponta de pulverização?


Uma mesma ponta serve para pulverizar todos os tipos de agrotoxicos?

4- Quais são os componentes de um pulverizador costal?

5- Você chega em uma propriedade rural e o produtor diz que precisa fazer uma
pulverização contra a sigatoka amarela num cultivo de bananas., o produtor lhe
mostra um pulverizador costal com um bico leque da cor azul com os seguintes
numeros : F110/2.0/2.5. Assim o produtor pergunta a você o que significa estes
numeros? O bico é adequado para fazer esta pulverização? Ele precisará regular e
calibrar o pulverizador?

6- Por que a gota de pulverização não pode ser muito pequena para pulverizar
herbicidas?

7- Ao realizar a regulagem de um pulverizador costal, um operador gastou 3,5 L para


cobrir uma área de teste com medidas de 10 m x 10 m. Calcule o volume de
aplicação de calda do pulverizador em 10000m 2 e a quantidade de produto a ser
colocado no tanque do pulverizador, considerando-se a dosagem recomendada de
0,5 L/ha do produto comercial e a capacidade do tanque de 16L.

8- Ao chegar a uma propriedade rural o produtor lhe informa que gastou 500ml de
para pulverizar uma planta de citros, com um pulverizador costal, o espaçamento
entre as plantas é 3x3 m, e a área a ser pulverizada é de 5ha. Qual o volume de
calda que ele deve preparar para pulverizar a área toda, sabendo-se que a dosagem
do oxicloreto de cobre é de 2kg/ha. Qual a quantidade de produto que ele deve
colocar por tanque de 20L. Quantos tanques ele gastará para pulverizar os 5 ha.

9- Você recem formado em tecnico em agropecuária chega a um sitio e o produtor


lhe expõe a seguinte situação:

Quer fazer a aplicação de herbicida em uma area de 3500m 2, porem ele so tem
800ml do herbicida, e pergunta a vc se esta quantidade é suficiente para cobrir
toda a area? E quantos tanques terá que preparar para cobrir toda a area?
Diz que tem um pulverizador costal com bico cone cheio, e que gastou 2,8L de
agua para cobrir uma area de 100m2. A dose do herbicida é de 2L/ha.

10- Um produtor sabendo que você estuda agropecuaria, lhe faz a seguinte pergunta:

Tem uma area de 0,15ha plantada com alface, e quer pulverizar oleo de Neem em
toda a area, para controlar os insetos pragas. E lhe diz que gastou 5,2L de agua
para pulverizar 250m2.Assim ele pergunta a você se os 200ml de oleo de Neem
que tem são suficientes para pulverizar toda a sua area?

Dosagem do oleo de Neem: 1% do volume de calda

11- Quais são os fatores que afetam a pulverização, e explicque como eles afetam a
pulveriação?

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