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O pequeno Hans
(1903) (Abril) Nascimento de Hans.
(1906) (3a3m- 3a6m) (Verão) Primeira visita a
Gmunden.
(3a6m) Ameaça de castração.
(3a6m) (Outubro) Nascimento de
Hanna.
(Idade 3a-3a9m) Primeiros relatos.
(1907) (3a9m) Primeiro sonho.
(4a) Mudança para um novo
apartamento.
(4a3m-4a6m) (Verão) Segunda visita a
Gmunden.
Episódio do cavalo que mordia.
(1908) (4a9m) (Janeiro) Episódio da queda do
cavalo. Irrupção da fobia.
(5a) (Maio) Fim da análise.
O pequeno Hans
Ao observar sua irmã de sete dias tomar banho: “Mas o pipi dela
ainda é bem pequenininho”, acrescentando, à guisa de consolo -
“Quando ela crescer, ele vai ficar bem maior.”
Demonstra a recusa de aceitar a diferença sexual.
O pequeno Hans
Fase fálica. Tudo gira em torno do faz-pipi
‘Tentativa de sedução da mãe por Hans (4a3m).
Nessa manhã a mãe de Hans lhe deu seu banho diário, como de
hábito, secando-o e aplicando-lhe talco. Quando a mãe lhe
passava talco em volta do seu pênis, tomando cuidado para não
tocá-lo, Hans lhe disse:
“Por que é que você não põe seu dedo aí?”
‘Mãe: “Porque seria porcaria.”
‘Hans: “Que é isso? Porcaria? Por quê?”
‘Mãe: “Porque não é correto.”
‘Hans: (rindo) “Mas é muito divertido.”
‘30 de abril. Vendo Hans brincar com seus filhos imaginários de novo, eu
lhe disse “Alô, seus filhos ainda estão vivos? Você sabe muito bem que um
menino não pode ter filhos.”
‘Hans: “Eu sei. Antes eu era a mamãe deles, agora eu sou o papai deles.”
‘Eu: “E quem é a mamãe das crianças?”
‘Hans: “Ora, a mamãe, e você é o vovô delas.”
O pequeno Hans
As fantasias com o encanador, ou, a aceitação da castração.
“O encanador veio. Primeiro ele retirou o meu traseiro com um par de pinças,
e depois me deu outro, e depois fez o mesmo com o meu faz-pipi. Ele disse:
‘Deixe-me ver o seu traseiro!’ Tive que dar uma volta, e ele o levou; depois
disse: ‘Deixe-me ver o seu faz-pipi!’”’
O pai de Hans compreendeu a natureza dessa fantasia apaixonada, e não
hesitou um momento quanto à única interpretação que ela poderia admitir.
Pai: “Ele te deu um faz-pipi maior e um traseiro maior.”
Hans: “É.”
Pai: “Como os do papai; porque você gostaria de ser o papai.”
Hans: “Sim, e eu gostaria de ter um bigode como o seu e cabelos como os
seus.” (Ele apontou para os cabelos no meu peito.)
O pequeno Hans
A leitura da fobia de Jean-Claude Penochet
fechado
de ligação aberto
* Crítica ao espaço fóbico, in “A fobia”, Estudos clínicos sobre o seminário “A Relação de Objeto de J. Lacan”. Coleção
freudiana. Ed. Revinter. 1994
O pequeno Hans
Segundo esta nova abordagem, podemos classificar todas
fobias em termos espaciais. Assim temos, por exemplo: