RELATÓRIO SOBRE FAKE NEWS E ELEIÇÕES: REFLEXÕES SOBRE LIBERDADE DE EXPRESSÃO E

CONTROLE DE CONTEÚDO NAS REDES SOCIAIS

O fenômeno das fake news durante períodos eleitorais desafia o equilíbrio entre a liberdade
de expressão e a necessidade de conter informações falsas que podem influenciar
negativamente o processo democrático. A liberdade de expressão é um pilar democrático,
garantindo o direito dos cidadãos de expressar suas opiniões. Mesmo sendo um direito
fundamental, a liberdade de expressão não é absoluta, podendo ser restrita em casos de
discurso de ódio, difamação e disseminação de informações falsas. A disseminação deliberada
de notícias falsas pode distorcer a percepção pública, influenciando indevidamente as decisões
dos eleitores. Estratégias de desinformação podem ser utilizadas para manipular a narrativa e
prejudicar a reputação de candidatos ou partidos. As redes sociais desempenham um papel
significativo na rápida disseminação de notícias, verídicas ou não. O debate sobre a
responsabilidade das redes sociais na moderação e controle de conteúdo ganha destaque
diante do impacto das fake news. Definir claramente a responsabilidade das plataformas em
regular conteúdos sem comprometer a liberdade de expressão é um desafio regulatório. É
fundamental estabelecer padrões de transparência e promover a colaboração entre
plataformas, governos e sociedade civil na abordagem do problema. No que tange às soluções
possíveis, nota-se o desenvolvimento algoritmos mais éticos que priorizem a veracidade das
informações, bem como investimentos em programas de educação digital para capacitar os
usuários a discernir informações falsas e promover o pensamento crítico. A luta contra as fake
news durante eleições exige um equilíbrio delicado entre preservar a liberdade de expressão e
proteger a integridade do processo democrático. Abordar essa problemática demanda
esforços colaborativos entre governos, sociedade civil e plataformas digitais, buscando
soluções que garantam a responsabilidade e transparência na era digital.