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PREFEITURA MUNICIPAL DE CANELA

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL


SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE, URBANISMO
E MOBILIDADE URBANA

TERMO DE REFERÊNCIA

LICENCIAMENTO AMBIENTAL – PREFEITURA DE CANELA/RS

LAUDO DO MEIO FÍSICO PARA EMPREENDIMENTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Licença Prévia - LP

O presente Termo de Referência foi elaborado tendo em vista tornar mais objetivo o trabalho de
elaboração dos laudos de meio físico por parte das empresas empreendedoras e titulares de requerimentos para
licenciamento ambiental junto à Prefeitura Municipal de Canela/RS.
Desta forma pretende-se tornar mais efetivo o processo de análise por parte dos técnicos da Secretaria do
Meio Ambiente e da consultoria contratada para tal.
Entende-se que o documento aqui apresentado não deve tem caráter definitivo e poderá ser aperfeiçoado
através de sugestões elaboradas conjuntamente entre as partes interessadas.
A seguir, portanto, apresentam-se os itens que devem fazer parte do “Laudo do Meio Físico” e seus
respectivos conteúdos.

1 - Descrição Geral do Empreendimento

1.1 - Localização e vias de acesso, contendo descrição detalhada de como chegar à área, ilustrando com
mapa e coordenadas geográficas (Graus decimais - Datum SIRGAS2000);

1.2 - Tipo de Atividade:


- Parcelamento do solo para fins residenciais (Loteamento ou Desmembramento) – Unifamiliar
- Parcelamento do solo para fins residenciais (Loteamento ou Desmembramento) – Plurifamiliar
- Condomínios por unidade autônoma/fração ideal – horizontal
- Condomínios por unidade autônoma/fração ideal – vertical - prédios de apartamentos
- Outro (especificar):

2 - Caracterização do Empreendimento

2.1 Número previsto de economias com quantificação da população prevista;

2.2 Quadro de áreas do projeto.


- Área total do terreno (m² ou ha):
- Área das edificações pré-existentes (m²):
- Área a ser edificada (m²):
- Área de preservação (m²):

2.3 Sistema de Esgotamento Sanitário


- Sistema de Tratamento de Esgoto: descrever sucintamente o sistema de tratamento de esgotos
pretendido, informando o sistema de coleta e tratamento dos esgotos sanitários e local de destinação dos efluentes
tratados.
- Sistema de Abastecimento de Água: informar se o tipo de abastecimento será através de rede pública
(CORSAN ou Municipal) ou através de sistema independente;

2.4 Caracterização do recurso hídrico receptor dos efluentes


- Corpo hídrico receptor (rio, arroio, lago, lagoa), obtido pelas cartas topográficas do exército na escala
1:50.000:
- Coordenadas Geográficas (Graus decimais - Datum SIRGAS2000) do ponto de emissão dos efluentes:
- Bacia hidrográfica e Sub-bacia;

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2.5 Planta de Situação da área do empreendimento em relação à zona urbana do município em escala
adequada, indicando os seguintes elementos:
- Orientação magnética;
- Demarcação da área prevista para o empreendimento, indicando as principais vias de acesso;
- Uso do solo no raio aproximado de 500 m;

3 - Diagnóstico Ambiental

3.1 Caracterização Geológica:


- Descrição da geologia local com breve citação do enquadramento regional, citando os elementos
abaixo e apresentação em mapa, conforme segue:
o Mapeamento geológico básico da área do terreno com a descrição das litologias e a
indicação das respectivas formações onde se inserem.
o Indicar claramente a presença de afloramentos de rocha ao longo do terreno.
o O mapa geológico deverá representar os elementos levantados em caráter local,
abrangendo um raio máximo de 500 m da área do empreendimento.
o A escala deverá ser escolhida de forma a bem representar todos os elementos de
forma clara e visível.
o Descrição do perfil litológico nas sondagens realizadas, indicando a presença de rocha
maciça.
o Os perfis das sondagens devem ser devidamente ilustrados em desenho com escalas
vertical e horizontal, de modo a demonstrar as variações das diferentes litologias
presentes ao longo do terreno.
o Apresentar um perfil do subsolo do terreno a partir da integração dos perfis litológicos
das sondagens realizadas.

3.2 Caracterização Geotécnica:


- Descrição e apresentação em planta do terreno com escala adequada, os seguintes elementos:
o Os locais com risco de ocorrências de erosões, escorregamentos, subsidências ou
movimentação de solo;
o Os locais onde o projeto prevê escavação ou cortes, com indicação da profundidade
prevista;
o Os locais onde o projeto prevê aterros;
o Os locais onde há presença de rocha e poderá haver necessidade de desmonte com
emprego de explosivos;

3.3 Caracterização hidrogeológica:


- Apresentação dos seguintes elementos:
o Indicação das profundidades dos níveis do aqüífero freático;
o Indicação de presença de nascentes;
o Córregos, drenagens, poços de abastecimento de água;
o Especificar as características físicas dos aquíferos e dos corpos hídricos superficiais,
no trecho em que se inserem na área do empreendimento;
o Relatório de Permeabilidade do solo, realizado conforme as normas vigentes:
- Com apresentação dos resultados de cada ensaio (tempos de infiltração e taxa de
percolação em L/m²/dia);
- Com indicação da profundidade da cava ou sondagem, e locação destes em planta;
- Com data e condições climáticas da época de realização dos testes;
- Com interpretação dos resultados voltada para a possibilidade de utilização do
solo/subsolo em receber efluentes líquidos domésticos;
- A quantidade de ensaios deverá ser representativa do área ou terreno;
- Interpretação dos dados e valores obtidos com posicionamento técnico conclusivo do
profissional responsável.

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3.4 O Levantamento Planialtimétrico apresentado no projeto deve ter os seguintes elementos:


- Dados geoespaciais georreferenciados, no Sistema de Referência SIRGAS2000 e Sistema de
Coordenadas Geográficas (Latitude, Longitude):
- Polígono limite da área;
- Curvas de nível equidistantes de 1 metro ou metragem necessária para melhor visualização;
- Orientação magnética
- Indicação das vias de acesso;
- Indicação da área onde o projeto prevê a edificação;
- Indicação das manchas de vegetação;
- Indicação dos corpos hídricos (rios, arroios, banhados, nascentes, lagos naturais e artificiais);
- Delimitação e indicação de possíveis APPs, áreas de preservação permanente (considerando
recursos hídricos, topos de morro e declividades);
- Pontos de sondagens realizadas;
- Locais de ensaios de permeabilidade do solo;
- Para terrenos com declividades acima de 30%, deverá constar uma planta de Isodeclividades,
com destaque para as faixas de declividades: até 30%; entre 30% e 100%; e superiores a 100%

3.6 Relatório Fotográfico:


- Atualizado e representativo da área de implantação do empreendimento, com indicação em
croqui dos pontos das tomadas fotográficas.

3.7 Imagem de Satélite, com delimitação da área prevista para o empreendimento e orientação magnética.

3.8 Quadro Resumo do Diagnóstico Ambiental devidamente preenchido, conforme modelo abaixo.

- QUADRO RESUMO DO DIAGNÓSTICO AMBIENTAL


IDENTIFICAR SEGUNDO OS CRITÉRIOS ABAIXO: SIM NÃO
Existe banhado? ( ) ( )
Existe área de inundação? ( ) ( )
Existe curso d’água? ( ) ( )
Existe nascente? ( ) ( )
Existe reservatório artificial de água (açude, barragem...)? ( ) ( )
Existe presença de rocha em profundidade menor que 2 m? ( ) ( )
Existe lençol freático em profundidade menor que 2 m? ( ) ( )
Existem declividades acima de 30%? ( ) ( )
Existe área com risco de erosão? ( ) ( )
Existe risco à estabilidade do terreno para os trabalhos de escavação ou corte? ( ) ( )

4 - Impactos Ambientais
Apresentar a avaliação dos impactos ambientais de forma objetiva e clara de acordo com as seguintes
orientações:
- Identificação dos impactos, organizando pelos componentes do meio físico: ar, solo, rocha,
recursos hídricos;
o Não há necessidade de descrição detalhada, apenas a citação do tipo de impacto e a
organização em planilha (matriz de correlação “fase x impacto), onde conste:
 Fase do empreendimento (linhas da tabela): preparação do terreno
(terraplanagem), construção, finalização e entrega da obra;

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 Para cada fase acima sugerida deve então ser citado o tipo de impacto para
cada componente do meio físico (colunas da tabela): ar, solo, rocha,
recursos hídricos;
- Hierarquização dos impactos, apresentando em tabela para os impactos identificados conforme
item anterior, uma ordem de prioridade em termos de urgência na implantação de medidas de
prevenção, mitigação e compensação (matriz de correlação “fase x impacto x prioridade);
o De acordo com o risco apresentado pelo mesmo em termos de: acidentes com risco à
integridade física de operários da obra e pessoas externas (transeuntes, vizinhança);
“prioridade de nível 1”;
o De acordo com o risco a poluição de recursos hídricos presentes na área de influência
direta da obra (terreno e vizinhança próxima em raio mínimo de 200 m); “prioridade de
nível 2”;
o De acordo com os incômodos pela geração de poeiras, ruídos e vibrações; “prioridade
de nível 3”;

5 – Prognóstico das medidas de prevenção, mitigadoras e compensatórias


As medidas de prevenção, mitigação e compensação dos efeitos e consequências dos impactos
identificados e avaliados conforme item 4, deverão ser descritas de modo sucinto e objetivo, de acordo com a
seguinte orientação:
- Descrição objetiva do tipo de medida (obs: o detalhamento executivo deverá ser apresentado na fase
da licença de instalação);
- Apresentação de tabela ou matriz de correlação “fase x impacto x medida x ordem de prioridade”;
- Cronograma da implantação das medidas para todo o período de atividade do empreendimento;
- Monitoramento: para as medidas que necessitam acompanhamento da efetividade, deve ser
apresentado um cronograma de monitoramento estimando o período de acordo com as fases do
empreendimento;

6- Equipe Técnica
- Relação da equipe técnica responsável, ou do profissional responsável, com as devidas assinaturas.

7- ART/CREA
- Anotações de Responsabilidade Técnica (ART/CREA) dos profissionais responsáveis pela elaboração do
Laudo do Meio Físico.

Termo de Referência elaborado e apresentado em 07/01/2019 por:

Raul Oliveira Neto (*)


Engenheiro de Minas CREA/RS 38.963-D

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