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Manual do

Professor
EM 2ª série | Volume 1 | Física

Autor: Luiz Machado.

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Expediente
Conselho Diretor
Diretor Administrativo-Financeiro: Rodrigo Fernandes Domingos
Diretor de Ensino: Rommel Fernandes Domingos
Diretor Pedagógico: Paulo Ribeiro
Diretor Pedagógico Executivo: Marcos Raggazzi

Direção
Diretor Executivo: Tiago Bossi

Autor Produção
Física: Luiz Machado Gerente de Produção: L
 uciene Fernandes
Analista de Processos Editoriais: Letícia Oliveira
Administrativo Assistente de Produção Editorial: Thais Melgaço
Gerente Administrativo: Vítor Leal
Coordenadora Técnico-Administrativa: Thamirys Alcântara
Núcleo Pedagógico
Gestores Pedagógicos: Amanda Zanetti, Vicente Omar Torres
Coordenadora de Projetos: Juliene Souza
Coordenadora Geral de Produção: Juliana  Ribas
Analistas Técnico-Administrativas: Ana Clara Pereira, Bárbara Câmara, Lorena Knupp
Coordenadoras de Produção Pedagógica: Drielen dos Santos, Isabela Lélis, Lílian Sabino,
Assistentes Técnico-Administrativos: Danielle Nunes, David Duarte, Fernanda de Souza,
Marilene Fernanda Guerra, Thaísa Lagoeiro,
Priscila Cabral, Raphaella Hamzi
Vanessa Santos, Wanelza Teixeira
Auxiliares de Escritório: Ana da Silva, Sandra Maria Moreira
Analistas Pedagógicos: Amanda Birindiba, Átila Camargos, Bruno Amorim, Bruno Constâncio,
Encarregado de Serviços Gerais e Manutenção: Rogério Brito
Daniel Menezes, Daniel Pragana, Daniel Pretti, Dário Mendes,
Comercial Deborah Carvalho, Joana Leite, Joyce Martins, Juliana Fonseca,
Luana Vieira, Lucas Maranhão, Mariana Campos, Mariana Cruz,
Gerente Comercial: Carlos Augusto Abreu
Marina Rodrigues, Paulo Caminha, Paulo Vaz, Raquel Raad,
Coordenador Comercial: Rafael Cury
Stênio Vinícios de Medeiros, Taciana Macêdo, Tatiana Bacelar,
Supervisora Administrativo-Comercial: Mariana Gonçalves
Thalassa Kalil, Thamires Rodrigues, Vladimir Avelar
Consultores Comerciais: Adalberto de Oliveira, Carlos Eduardo Oliveira, Cláudia Amoedo,
Assistente de Tecnologia Educacional: Numiá Gomes
Eduardo Medeiros, Guilherme Ferreira, Luiz Felipe Godoy, Ricardo Ricato,
Assistentes de Produção Editorial: Carolina Silva, Suzelainne de Souza
Robson Correia, Rossano Rodrigues, Simone Costa
Analistas Comerciais: Alan Charles Gonçalves, Cecília Paranhos, Rafaela Ribeiro Produção Editorial
Assistentes Comerciais: Laura Caroline Tomé, Melissa Turci Gestora de Produção Editorial: T  halita Nigri
Coordenadores de Núcleo: Étore Moreira, Gabriela Garzon, Isabela Dutra
Operações Coordenadora de Iconografia: Viviane Fonseca
Gerente de Operações: Bárbara Andrade Pesquisadores Iconográficos: Camila Gonçalves, Débora Nigri, Eloine Reis, Fabíola Paiva,
Coordenadora de Operações: Karine Arcanjo Guilherme Rodrigues, Núbia Santiago
Supervisora de Atendimento: Vanessa Viana Revisores: Ana Maria Oliveira, Gabrielle Ruas, Lucas Santiago, Luciana Lopes, Natália Lima,
Analista de Controle e Planejamento: Vinícius Amaral Tathiana Oliveira
Analistas de Operações: Adriana Martins, Ludymilla Barroso Arte-Finalistas: Cleber Monteiro, Gabriel Alves, Kátia Silva
Assistentes de Operações: Amanda Aurélio, Amanda Ragonezi, Ana Maciel, Ariane Simim, Diagramadores: Camila Meireles, Isabela Diniz, Kênia Sandy Ferreira, Lorrane Amorim,
Elizabeth Lima, Eysla Marques, Flora Freitas, Iara Ferreira, Naianne Rabelo, Webster Pereira
Luiza Ribeiro, Mariana Girardi, Renata Magalhães, Viviane Rosa Ilustradores: Rodrigo Almeida, Rubens Lima
Coordenadora de Expedição: Janaína Costa
Supervisor de Expedição: Bruno Oliveira Produção Gráfica
Líder de Expedição: Ângelo Everton Pereira Gestor de Produção Gráfica: Wellington Seabra
Analista de Expedição: Luís Xavier Analista de Produção Gráfica: Marcelo Correa
Analista de Estoque: Felipe Lages Assistente de Produção Gráfica: Patrícia Áurea
Assistentes de Expedição: Eliseu Silveira, Helen Leon, João Ricardo dos Santos, Analistas de Editoração: Gleiton Bastos, Karla Cunha, Pablo Assunção, Taiana Amorim
Pedro Henrique Braga, Sandro Luiz Queiroga Revisora de Produção Gráfica: Lorena Coelho
Auxiliares de Expedição: Admilson Ferreira, Marcos Dionísio, Ricardo Pereira, Samuel Pena
Separador: Vander Soares Coordenador do PSM: Wilson Bittencourt
Analistas de Processos Editoriais: Augusto Figueiredo, Izabela Lopes, Lucas Roque
Suporte Pedagógico Arte-Finalista: Larissa Assis
Gerente de Suporte Pedagógico: Renata Gazzinelli Diagramadores: Anna Carolina Moreira, Maycon Portugal, Rafael Guisoli, Raquel Lopes,
Assessoras Pedagógicas Estratégicas: Madresilva Magalhães, Priscila Boy Wallace Weber
Gestores de Conteúdo: Luciano Carielo, Marinette Freitas Ilustradores: Carina Queiroga, Hector Ivo Oliveira
Consultores Pedagógicos: Adriene Domingues, Camila Ramos, Claudete Marcellino, Revisores: João Miranda, Luísa Guerra, Marina Oliveira
Daniella Lopes, Denise Almeida, Eugênia Alves, Francisco Foureaux,
Heloísa Baldo, Leonardo Ferreira, Paulo Rogedo, Soraya Oliveira
Analista de Conteúdo Pedagógico: Paula Vilela
Analista de Suporte Pedagógico: Caio Pontes
Analista Técnico-Pedagógica: Graziene de Araújo
Assistente Técnico-Pedagógica: Werlayne Bastos
Assistentes Técnico-Administrativas: Aline Freitas, Lívia Espírito Santo

Tecnologia Educacional
Gerente de Tecnologia Educacional: Alex Rosa
Líder de Desenvolvimento de Novas Tecnologias: Carlos Augusto Pinheiro
Coordenadora Pedagógica de Tecnologia Educacional: Luiza Winter
Coordenador de Tecnologia Educacional: Eric Longo
Coordenadora de Atendimento de Tecnologia Educacional: Rebeca Mayrink
Analista de Suporte de Tecnologia Educacional: Alexandre Paiva
Assistentes de Tecnologia Educacional: Augusto Alvarenga, Naiara Monteiro
Designer de Interação: Marcelo Costa
Designers Instrucionais: David Luiz Prado, Diego Dias, Fernando Paim, Ludilan Marzano,
Mariana Oliveira, Marianna Drumond
Designer de Vídeo: Thais Melo
Editora Audiovisual: Marina Ansaloni
Revisor: Josélio Vertelo
Diagramadores: Izabela Brant, Raony Abade

SAC: faleconosco@bernoulli.com.br
Coleção Ensino Médio 2ª série – Volume 1 é uma publicação da Editora DRP Ltda. Todos os direitos reservados.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fotografias, gráficos, mapas e outros tipos de ilustrações presentes em exercícios de vestibulares e Enem podem ter sido adaptados por questões
estéticas ou para melhor visualização.

C689
Endereço para correspondência: Centro de Distribuição:
Coleção Ensino Médio 2ª série: - Belo Horizonte: Bernoulli Sistema de Ensino, 2018.
180 p.: il.
Rua Diorita, 43, Prado Rua José Maria de Lacerda, 1 900
Belo Horizonte - MG Cidade Industrial Ensino para ingresso ao Nível Superior. Grupo Bernoulli.
CEP: 30.411-084 Galpão 01 - Armazém 05 1. Física
www.bernoulli.com.br/sistema Contagem - MG I - Título II - Bernoulli Sistema de Ensino III - V. 1
CDU - 37
 31.3029.4949 CEP: 32.210-120
CDD - 370

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Coleção EM2

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Manual do Professor

Apresentação
Caro professor,
A coleção de Física do Ensino Médio referente ao 1º ano é composta por quatro volumes. À exceção
do movimento harmônico, que é tratado na Coleção do 2º ano, a Coleção do 1º ano aborda tópicos da
Mecânica cobrados nos exames de vestibulares do Brasil e no Exame nacional do Ensino Médio (Enem).
A matéria está dividida em duas frentes de trabalho. A primeira delas, denominada Frente A, contempla uma
introdução ao estudo da Física, as Leis de Newton (incluindo a lei da gravitação universal), hidrostática e
impulso e quantidade de movimento. A outra frente, denominada Frente B, é iniciada com um ferramental

Física
matemático para o estudo da física (vetores e gráficos), seguido por um amplo estudo sobre a cinemática e
outro sobre a energia. Cada volume da Coleção é constituído de quatro capítulos, dois referentes à Frente A
e dois referentes à Frente B.
A Coleção é dinâmica. A divisão da matéria em duas frentes confere mais dinamismo ao estudo da Física.
Por exemplo, enquanto a Frente B aborda o estudo descritivo do movimento (cinemática), concomitantemente,
a Frente A explora as causas do movimento (Leis de Newton). Naturalmente, os conteúdos das duas frentes
foram distribuídos e dosados de forma a levar em conta os pré-requisitos de cada tópico da Mecânica.
A Coleção é moderna. A Física é mostrada como parte integrante da sociedade, bem como um agente
fundamental das transformações tecnológicas do mundo. Alguns assuntos, como energia e meio ambiente,
tratados em um capítulo específico, estão em consonância com problemas atuais vividos pela humanidade,
muitos dos quais são cobrados, cada vez com maior frequência, pelos diversos exames para ingresso nas
universidades brasileiras.
A Coleção proporciona leitura fácil e estimulante. A teoria é apresentada por meio de conceitos físicos, com
muita contextualização da Física com o cotidiano dos alunos. O texto padrão é intercalado com seções especiais,
permitindo que o aluno reflita sobre aquilo que está lendo e tome contato com aplicações tecnológicas e curiosidades
relacionadas à Física. Minibiografias dos principais cientistas que edificaram essa ciência são entremeadas no texto.
Todos os capítulos são finalizados com uma leitura complementar, visando a aprofundar os pontos tratados no
texto formal, ou aplicá-los a situações interessantes e importantes do cotidiano.
A Coleção é rica em imagens e informações. Todos os capítulos são ilustrados com diversos desenhos,
fotos, gráficos e fluxogramas. Autoexplicativas, essas imagens não apenas apoiam o entendimento dos
fenômenos discutidos no texto, como agregam explicações extras aos assuntos estudados. Além disso,
tabelas de constantes e dados importantes da Física são apresentados em muitos capítulos da Coleção.
A Coleção valoriza a experimentação e a interatividade. Ao final da apresentação de conteúdos parciais e
pré-definidos, são propostos experimentos simples, que podem ser realizados com material caseiro, ou barato
e de fácil aquisição. São ainda indicados endereços de sites na Internet, nos quais os fenômenos físicos
abordados no texto podem ser revistos ou exercitados de modo interativo. Muitos desses sites funcionam
como verdadeiros laboratórios virtuais.
A Coleção é tutorial. Em cada capítulo, após a exposição de um conteúdo parcial, é apresentado um ou
mais exercícios resolvidos. Na sequência, são propostos vários exercícios de resolução fácil, objetivando a
fixação da matéria. Ao final do conteúdo integral do capítulo, é apresentada uma vasta lista com questões
aplicadas recentemente nos vestibulares das principais universidades do país e ordenadas por grau de
dificuldade. Uma seção especial com questões do Enem também é apresentada. As respostas de todos os
exercícios propostos, incluindo as questões abertas, são apresentadas ao final de cada capítulo.
Pelo exposto, acreditamos que essa Coleção corresponderá às expectativas de todos, e que ela irá contribuir
para o enriquecimento das aulas de muitos alunos, inclusive dos seus. Ao escrever este texto, nossa principal
meta foi a de preparar um material para auxiliá-lo efetivamente na tarefa de transmitir os conhecimentos de
Física para alunos do Ensino Médio e dos cursos preparatórios para exames de vestibular em todo o Brasil.
As críticas e sugestões de vocês serão mais do que bem-vindas, elas serão imprescindíveis para o processo
natural e evolutivo deste trabalho.
Por fim, aproveitamos este espaço para expressar o nosso sincero agradecimento a todos que contribuíram
para a produção deste trabalho, em especial aos ilustradores e redatores de Física, bem como a todas as
pessoas da equipe pedagógica e de produção do corpo editorial.

Os autores

Bernoulli Sistema de Ensino 3

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Novidades 2018
O Bernoulli Sistema de Ensino tem sua atividade pautada na busca constante da excelência. Por isso,
trabalhamos sempre atentos à evolução do mercado e com empenho para oferecer as melhores soluções
educacionais aos nossos parceiros. Em 2017, iniciamos o nosso atendimento ao segmento da Educação
Infantil com o material didático para 4 e 5 anos, que já é sucesso nas escolas, trazendo ainda mais inovação
e qualidade para as práticas escolares. Em 2018, é hora de estendermos nossa atuação às outras crianças
desse segmento: as de 2 e 3 anos, que poderão vivenciar práticas lúdicas e pedagogicamente ricas.
Nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, a novidade é a parceria firmada para oferta de uma coleção
de livros literários totalmente alinhada aos temas trabalhados nos livros do 1º ao 5º ano. As obras são
voltadas para o desenvolvimento de temas transversais, como respeito a diferenças, sustentabilidade,
cidadania e manifestações culturais. Além disso, atendendo aos pedidos de nossos parceiros, passamos a
oferecer o livro de Língua Inglesa para o 1º ano, que foi construído com o mesmo rigor de qualidade e
com mais ludicidade ainda, em consonância com a proposta pedagógica da Educação Infantil e com a dos
Anos Iniciais do Ensino Fundamental.
Nos Anos Finais do Ensino Fundamental, a grande novidade fica a cargo da Coleção de Arte para o
6º até o 9º ano, que apresenta uma abordagem integrada das quatro linguagens artísticas (artes visuais,
música, teatro e dança), de forma a desenvolver a sensibilidade, criticidade, criatividade, bem como a
fruição estética, entrelaçando a esses aspectos práticas de criação e produção artísticas, incitando nos
alunos e nos professores um olhar reflexivo e curioso. Contamos também com um novo livro de Biologia
para atender às escolas que trabalham separadamente esse componente curricular no 9º ano do Ensino
Fundamental, uma solução totalmente integrada às temáticas e ao projeto editorial da Coleção Ensino
Fundamental Anos Finais. Temas como a Bioquímica, a Biotecnologia, a Ecologia, a Evolução são destaques
no conteúdo programático dessa obra, que tem como objetivo a retomada de assuntos trabalhados ao longo
do Ensino Fundamental e a introdução de tópicos relevantes para a preparação dos alunos que em breve
ingressarão no Ensino Médio.
No Ensino Médio, as novidades estão no campo da tecnologia, com a disponibilização do
Meu Bernoulli também para a 1ª e a 2ª série. Além disso, será disponibilizado um novo formato de e-book,
mais leve, com novas funcionalidades e recursos de acessibilidade. Quem já conhece sabe que o Meu Bernoulli
é uma plataforma digital de aprendizagem inovadora capaz de trazer grandes benefícios para a comunidade
escolar. Além de todas as funcionalidades que o Meu Bernoulli já apresenta, os parceiros que adquirirem os
Simulados Enem terão, a partir deste ano, acesso a todas as provas comentadas.
A inovação também está presente no Bernoulli TV! A partir de agora, os vídeos estarão disponíveis no app
e em maior variedade, de modo a apresentar a resolução de questões para novas disciplinas das Coleções
6V, 4V e 2V, Ensino Médio (1ª e 2ª séries) e também para a Coleção do 9º ano do Ensino Fundamental.
Além disso, estarão disponíveis a resolução de todos os Simulados Enem e Ensino Médio (1ª e 2ª séries)
logo após a aplicação das provas e os áudios para as disciplinas de Língua Inglesa e Língua Espanhola.
E ainda tem mais: alinhado com um mundo cada vez mais digital, o Bernoulli Sistema de Ensino passa a
integrar os seus objetos de aprendizagem (games, animações, simuladores e vídeos) às Coleções, de modo
que eles possam ser acessados através de QR codes e códigos impressos nos materiais físicos. Com isso,
o conteúdo estará sempre à mão, podendo ser acessado por meio de smartphones e tablets, onde o aluno
estiver, tornando a aprendizagem ainda mais interativa e instigante!
Como você poderá comprovar, o Bernoulli Sistema de Ensino não para! Estamos sempre à frente a fim de
trazer o que há de melhor para que sua escola continue sempre conosco.

Bernoulli Digital
O foco do Bernoulli Sistema de Ensino sempre esteve voltado à disponibilização de materiais didáticos
de excelência e que realmente colaborem para a promoção de uma educação efetiva e inovadora.
Com esse mesmo compromisso, apresentamos o Bernoulli Digital, que é colocado à sua disposição como uma
ampliação da Coleção, permitindo a utilização ainda mais aprofundada e eficiente das nossas publicações.
O Bernoulli Digital apresenta objetos de aprendizagem interativos que exploram recursos visuais e auditivos
a fim de proporcionar experiências possíveis apenas por meio da interação digital, o que confere maior
dinamismo, diversidade e envolvimento ao processo de construção do conhecimento.

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Manual do Professor

A utilização desse moderno material didático abre novas possibilidades para a relação entre o estudante e o
livro, uma vez que a informação deixa de ser unilateral (apenas do livro para o leitor) e passa a permitir que o
aluno interaja com a dinâmica dos objetos de aprendizagem do Bernoulli Digital e obtenha respostas imediatas.
Além disso, esses objetos foram pensados para auxiliar os professores durante as aulas, por meio de uma
projeção em televisão ou outro equipamento multimídia, como apoio durante as explanações, enriquecendo-as
e permitindo mais envolvimento, motivação e compreensão dos conteúdos trabalhados. Portanto, eles podem
ser utilizados no ambiente escolar pelo professor e / ou pelos alunos de forma individual e também fora da
escola, contribuindo para o rompimento espaço-temporal escolar e favorecendo a aprendizagem autônoma.
Em sua maioria, os objetos de aprendizagem são acompanhados por textos e instruções que colaboram
para o entendimento das informações trabalhadas e auxiliam na utilização da ferramenta além de exercícios
fixadores e avaliativos, que verificam a compreensão do que foi estudado. Nesse sentido, sugerimos que os
objetos de aprendizagem sejam utilizados integralmente, uma vez que todas as etapas foram cuidadosamente
pensadas para promover a aprendizagem efetiva. Destacamos aqui a utilização dos exercícios, que são

Física
corrigidos em tempo real pelo próprio material, oferecendo ao aluno o gabarito da atividade realizada
imediatamente. Dessa forma, o aluno pode, se preciso for, retornar à interação com o objeto de aprendizagem,
na tentativa de esclarecer suas dúvidas.
Relacionados ao conteúdo apresentado na Coleção EM1, Física, estão à sua disposição os seguintes objetos
de aprendizagem:

Animações
As animações do Bernoulli Digital apresentam uma sequência de acontecimentos relativos a um fenômeno
ou procedimento prioritariamente em formado 3D, permitindo a visualização de seus elementos em diferentes
ângulos e também oferecendo a possibilidade de pausá-las em determinados pontos, retrocedê-las e
avançá-las. Em uma animação, a ampliação dos detalhes e o movimento contínuo das imagens expandem a
possibilidade de compreensão do conteúdo apresentado, uma vez que possibilitam uma visualização completa
e dinâmica, muito diferente da observação de uma sequência de fotografias de passos intermediários, como
vemos no material impresso.

Games educativos
Os games educativos são jogos eletrônicos que trazem benefícios para o aprendizado, por meio da
interação, ou seja, da possibilidade de o jogador participar ativamente, atuando, respondendo e interferindo
na dinâmica do jogo.
Eles contribuem para o desenvolvimento de habilidades variadas, como a resolução de problemas,
a criatividade, a concentração, a memória e o raciocínio rápido, ao mesmo tempo que estimulam a persistência
e geram prazer.

Simuladores
Os simuladores reproduzem o comportamento de elementos em um determinado fenômeno ou em
equipamentos, recriando acontecimentos reais de maneira virtual. Esse recurso abre a possibilidade de
experimentação de situações muitas vezes improváveis para o ambiente de sala de aula.
Ao usar simuladores, o aluno é convidado a reproduzir os fenômenos estudados, interagindo com eles
e modificando-os por meio da inserção de dados, de interações de clique ou de arrasto de objetos.
Os simuladores podem ser, inclusive, utilizados como ferramenta para o trabalho em grupo, permitindo aos
alunos testarem diversas condições, refletir sobre resultados e propor soluções para as situações-problema
estudadas.

Vídeos didáticos
Os vídeos são excelentes recursos didáticos que favorecem a compreensão dos assuntos estudados,
uma vez que, se utilizados com planejamento e intencionalidade, podem ilustrar a explicação do
professor, ajudando-o a compor cenários e realidades distantes ou desconhecidas pelos alunos.
Os vídeos apresentados no Bernoulli Digital são produzidos, majoritariamente, em formato 3D, favorecendo
a visualização de detalhes e representações de elementos mais próximas do real.

QR Code – Como acessar


O QR Code é um código de acesso aos objetos de aprendizagem do Bernoulli Digital. Para baixar o conteúdo,
é necessário que você tenha disponível no seu dispositivo um leitor de QR Codes, que você pode encontrar
nas stores (Google Play e App Store). Baixe o app, escaneie o código com a câmera e tenha acesso ao
nosso conteúdo.

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Fundamentação teórica
Contribuir para uma compreensão mais ampla da realidade é a finalidade do raciocínio científico. O estudo
da Física deve, pois, colaborar para o entendimento dos fenômenos da natureza e para a construção de
modelos explicativos desses fenômenos.
Constatando a importância da Física para a compreensão desses fenômenos do cotidiano, propõe-se que
ela seja trabalhada de forma contextualizada e interativa, o que possibilita tornar o ensino mais dinâmico
e significativo.
A Coleção Ensino Médio foi escrita para alunos da 1ª e da 2ª séries. Ela pretende preparar os alunos para
a construção do saber e do conhecimento, orientando-os de acordo com os eixos cognitivos, competências
e habilidades cobradas no Enem e nos vestibulares mais concorridos.
Nessa Coleção, o conteúdo de Física, como acontece nas demais disciplinas, é apresentado por frentes.
Cada frente contém capítulos que correspondem à sequência de temas propostos no Planejamento Anual,
em um desenvolvimento gradativo do conteúdo, já que o que é tratado em uma frente instrumentaliza
para o assunto abordado na seguinte. Isso possibilita um melhor acompanhamento pedagógico do trabalho
desenvolvido em sala de aula.
Nosso material é desenvolvido com base nas experiências vivenciadas pelo Grupo Bernoulli, no que se
refere a um ensino contextualizado, consistente e aplicável a uma realidade que cada vez mais necessita
de pessoas competentes para fazer intervenções positivas.

Estrutura da Coleção
Os conteúdos da Coleção são apresentados por frentes, sendo que cada frente se divide em capítulos.
O fato de a Coleção ser dividida em frentes não significa que os conteúdos devam ser trabalhados de
forma fragmentada, ao contrário, deve-se buscar constante articulação entre eles.
Igualmente, é importante atentar para o fato de que não se pretende esgotar os conteúdos a cada volume da
Coleção. Assim, em muitos casos, os conteúdos são retomados de forma mais aprofundada em volumes seguintes.
Essa estrutura da Coleção pretende garantir que os alunos tenham contato com vários assuntos ao mesmo
tempo no decorrer do ano, em um movimento espiralado de aprendizagem.

Estrutura do livro
Cada capítulo é permeado por seções que visam fornecer outras abordagens sobre o assunto/conteúdo.
A seguir, são apresentadas as seções que compõem o capítulo para que você, professor(a), entenda de
que forma pode trabalhá-las para obter o melhor rendimento em sala de aula e também como pode orientar
os alunos para o estudo autônomo.
1) Texto introdutório
O texto introdutório tem uma temática que estimula os alunos a se envolverem com a situação-problema
que serve como ponto de partida para o conteúdo. No momento de sua leitura, aproveite para ativar o
conhecimento prévio dos alunos acerca do assunto, o que pode ocorrer em uma pequena discussão, com uma
troca de ideias entre todos, inclusive você, professor(a).
Esse texto pode ser lido coletivamente, em sala, no dia do início do trabalho com o capítulo, ou pode-se
solicitar aos alunos que o leiam previamente em casa para que possam trazer para a sala de aula informações
sobre o assunto pesquisadas em outras fontes.
2) Exercícios resolvidos
Nessa seção, mais do que fornecer um paradigma de resolução, você, professor(a), poderá percorrer
com o aluno o caminho trilhado para a resolução do exercício. É um momento propício para trabalhar a
interpretação do enunciado e prevenir eventuais equívocos que possam ocorrer nessa interpretação. Evite
que o aluno trabalhe essa seção solitariamente, tomando o exercício resolvido como um modelo apenas,
pois é nesse momento que o aluno pode surpreender com um novo caminho para a resolução do problema.

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Manual do Professor

3) Exercícios de aprendizagem
Esses exercícios foram distribuídos ao longo do capítulo para que você, professor(a), possa fazer a fixação
do conteúdo por item. Devem ser resolvidos em sala de aula, pois, dessa forma, você poderá verificar o
grau de assimilação do conteúdo trabalhado, podendo retomá-lo, caso seja necessário, a fim de obter um
bom resultado. Desse modo, você evita a surpresa de só descobrir as lacunas de aprendizagem no final
do capítulo, quando vários itens de naturezas diferentes e também com graus de dificuldade diferentes já
tiverem sido abordados.

4) Exercícios propostos
Essa seção, que reúne um grande número de exercícios de múltipla escolha e questões discursivas, foi
planejada para que o aluno trabalhe de forma autônoma, resgatando todo o conteúdo estudado ao longo
do capítulo. Incentive os alunos a fazerem os exercícios em casa e trazerem para a sala de aula as dúvidas

Física
surgidas durante a resolução.

5) Cotidiano
Essa seção procura levar o aluno a perceber a relação existente entre o conteúdo estudado e o cotidiano
no qual ele está inserido ou, ainda, a relação que tal conteúdo guarda com a realidade. É importante que
você, professor(a), encontre um momento para apresentar essa seção aos alunos, instigando-os a falar
sobre outras situações vivenciadas que sirvam de exemplo a ser compartilhado em sala de aula.

6) Para refletir
Essa seção oferece uma oportunidade para você, professor(a), promover um momento de reflexão
e um espaço para exposição de pontos de vista sobre determinado questionamento. Pode-se, em
algumas ocasiões, propor a formação de duplas ou grupos para que os alunos troquem opiniões entre si.
Assim, você pode variar as formas de se trabalhar a seção, numa atividade individual, em duplas,
em grupos ou, coletivamente, envolvendo a turma e você, professor(a).

7) Experimentando
Sabe-se que nem sempre os experimentos podem ser realizados sem um laboratório bem-estruturado.
Por isso, para essa seção foram escolhidos experimentos que possam ser realizados com mais tranquilidade
em sala de aula, ou em casa, para que os alunos percebam a relação entre a teoria e as práticas cotidianas.

8) Leitura complementar
Os capítulos oferecem leituras complementares ao conteúdo, que podem despertar a curiosidade do
aluno para pesquisar em outras fontes. Cabe a você, professor(a), promover um espaço de leitura em sala
de aula ou convidar o aluno a realizar essas leituras em casa. É fundamental chamar a atenção do aluno
para esses textos, pois, além de conscientizá-lo de que a leitura, de forma geral, é uma fonte inesgotável
de informação, é bom que ele saiba que a familiaridade com textos como os disponibilizados pode ser de
grande valia em processos seletivos e avaliações.

9) Seção Enem

As questões que compõem a seção são criteriosamente selecionadas das provas do Enem ou dos Simulados
elaborados pelo Bernoulli Sistema de Ensino. Explique para os alunos as habilidades cobradas em cada
uma das questões. Isso é importante para que eles se familiarizem com a forma como os conteúdos são
avaliados no exame nacional.

10) Tá na mídia
Essa seção oferece sugestões de filmes, livros, sites, músicas, entre outras mídias que abordem o tema
de forma diferente daquela tratada no material didático, mas com uma relação estreita com ele. Incentive
o aluno a ler as sinopses a fim de entender o porquê da sugestão. Aproveite as sugestões da seção para
planejar atividades em sala de aula, como uma “sessão de cinema” com o filme indicado, a audição de uma
música, um vídeo mostrando um experimento ou um experimento virtual que pode ser feito com o uso de
multimídia.

11) Bernoulli Digital


Nessa seção, você tem acesso aos objetos digitais de aprendizagem (games, simuladores
e animações interativas) do Bernoulli Digital. Incentive a utilização pelos alunos ou utilize-os
como material para enriquecer suas aulas.

Bernoulli Sistema de Ensino 7

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12) Bernoulli TV
Essa seção disponibiliza resoluções das questões em vídeo. Baixe o app do Bernoulli TV ou acesse
tv.bernoulli.com.br e digite o código alfanumérico da questão para assistir à resolução. Estão disponíveis
também vídeos que abordam o conteúdo trabalhado nos módulos (que antes constavam no Bernoulli Digital).
Além disso, o Bernoulli TV agora conta com os vídeos das línguas estrangeiras.

Matriz de referência Enem


Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Eixos cognitivos (comuns a todas as áreas de conhecimento)
I. Dominar linguagens (DL): dominar a norma culta da Língua Portuguesa e fazer uso das linguagens
matemática, artística e científica e das línguas espanhola e inglesa.
II. Compreender fenômenos (CF): construir e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para
a compreensão de fenômenos naturais, de processos histórico-geográficos, da produção tecnológica
e das manifestações artísticas.
III. Enfrentar situações-problema (SP): selecionar, organizar, relacionar, interpretar dados e informações
representados de diferentes formas, para tomar decisões e enfrentar situações-problema.
IV. Construir argumentação (CA): relacionar informações, representadas em diferentes formas,
e conhecimentos disponíveis em situações concretas, para construir argumentação consistente.
V. Elaborar propostas (EP): recorrer aos conhecimentos desenvolvidos na escola para elaboração de
propostas de intervenção solidária na realidade, respeitando os valores humanos e considerando a
diversidade sociocultural.

Habilidades e competências
Competência de área 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como
construções humanas, percebendo seus papéis nos processos de produção e no desenvolvimento econômico
e social da humanidade.
H1 – Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os
a seus usos em diferentes contextos.
H2 – Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro com o correspondente
desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 – Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do
tempo ou em diferentes culturas.
H4 – Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas
de conservação, recuperação ou utilização sustentável da biodiversidade.

Competência de área 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais


em diferentes contextos.
H5 – Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 – Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos,
ou sistemas tecnológicos de uso comum.
H7 – Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos,
tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do trabalhador ou a qualidade de vida.

Competência de área 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental


a processos produtivos e sociais e a instrumentos ou ações científico-tecnológicos.
H8 – Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos
naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando processos biológicos, químicos ou físicos
neles envolvidos.

8 Coleção EM2

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Manual do Professor

H9 – Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo energia para a vida, ou da ação
de agentes ou fenômenos que podem causar alterações nesses processos.
H10 – Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e / ou destino dos poluentes ou
prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
H11 – Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e
processos biológicos envolvidos em produtos biotecnológicos.
H12 – Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas,
considerando interesses contraditórios.
Competência de área 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular
aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando conhecimentos científicos, aspectos culturais e
características individuais.

Física
H13 – Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de
características dos seres vivos.
H14 – Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio
interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade, entre outros.
H15 – Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer
nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 – Compreender o papel da evolução na produção de padrões, nos processos biológicos ou na organização
taxonômica dos seres vivos.
Competência de área 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los
em diferentes contextos.
H17 – Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas
nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas
ou linguagem simbólica.
H18 – Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos
tecnológicos às finalidades a que se destinam.
H19 – Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar
ou solucionar problemas de ordem social, econômica ou ambiental.
Competência de área 6 – Apropriar-se de conhecimentos da Física para, em situações-problema, interpretar,
avaliar ou planejar intervenções científico-tecnológicas.
H20 – Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.
H21 – Utilizar leis físicas e / ou químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no
contexto da Termodinâmica e / ou do Eletromagnetismo.
H22 – Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas
manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas implicações biológicas, sociais,
econômicas ou ambientais.
H23 – Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos,
considerando implicações éticas, ambientais, sociais e / ou econômicas.
Competência de área 7 – Apropriar-se de conhecimentos da Química para, em situações-problema,
interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-tecnológicas.
H24 – Utilizar códigos e nomenclatura da Química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações
químicas.
H25 – Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas,
sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou produção.
H26 – Avaliar implicações sociais, ambientais e / ou econômicas na produção ou no consumo de recursos
energéticos ou minerais, identificando transformações químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 – Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando
riscos ou benefícios.

Bernoulli Sistema de Ensino 9

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Competência de área 8 – Apropriar-se de conhecimentos da Biologia para, em situações-problema,
interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-tecnológicas.
H28 – Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de
distribuição em diferentes ambientes, em especial em ambientes brasileiros.
H29 – Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para
o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias-primas ou produtos industriais.
H30 – Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação
e à implementação da saúde individual, coletiva ou do ambiente.

Planejamento anual*
Disciplina: Física SÉRIE: 2ª SEGMENTO: EM

FRENTE CAPÍTulo Volume tÍtulo

1 1 •  Termometria

2 1 •  Dilatação térmica

3 2 •  Propagação de calor

4 2 •  Calorimetria
A
5 3 •  Mudança de fase

6 3 •  Comportamento dos gases

7 4 •  1ª Lei da Termodinâmica – Conservação da energia

8 4 •  2ª Lei da Termodinâmica – Máquinas térmicas

1 1 •  Introdução à Óptica Geométrica

2 1 •  Reflexão da luz – Espelhos

3 2 •  Refração da luz – Lentes

4 2 •  Instrumentos ópticos
B
5 3 •  Movimento Harmônico Simples

6 3 •  Introdução à Ondulatória

7 4 •  Difração e interferência

8 4 •  Acústica – Ondas sonoras

* Conteúdo programático sujeito a alteração. / O conteúdo completo de Física do EM 1ª e 2ª série está disponível no final do
Manual do Professor.

10 Coleção EM2

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Manual do Professor

Planejamento do volume
Disciplina: física SÉRIE: 2ª SEGMENTO: EM volume: 1

Sugestões de
FRENTE CAPÍTulo Título
estratégiaS

Física
• Aula expositiva
1 •  Termometria

• Aplicação de exercícios
A

• Resolução de exercícios
2 •  Dilatação térmica

• Aula prática

• Debate
1 •  Introdução à Óptica Geométrica
• Aula multimídia
B
• Discussão em grupos
2 •  Reflexão da luz – Espelhos
• Filmes

Orientações para composição


de carga horária
Para otimizar o uso do material, sugerimos uma composição de carga horária em que se deve observar
o seguinte:

Considere que o ano letivo tenha, em média, 36 semanas letivas. Como na Coleção Estudo EM2 o conteúdo
de cada disciplina é apresentado em 4 volumes, recomendamos dedicar 9 semanas letivas ao estudo de
cada volume.

O conteúdo de Física está distribuído em duas frentes (A e B), cada uma com 2 capítulos por volume.

Sugerimos, então, a seguinte carga horária semanal por frente:

Frente A: 2 aulas por semana.

Frente B: 2 aulas por semana.

Carga total semanal da disciplina: 4 aulas por semana.

Para calcular o número médio de aulas por capítulo, basta considerar a carga horária de 9 semanas (nesse
caso, 36 aulas – 9x4) e dividi-la pelo número de capítulos (nesse caso, 4 capítulos).

Bernoulli Sistema de Ensino 11

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Sugestão de distribuição de conteúdo
Trimestral
Trimestre CAPÍTulo

•  A1 – Termometria
1º mês •  A2 – Dilatação térmica
•  B1 – Introdução à Óptica Geométrica

•  A2 – Dilatação térmica
2º mês •  A3 – Propagação de calor
1º trimestre
•  B2 – Reflexão da luz – Espelhos

•  A3 – Propagação de calor
•  A4 – Calorimetria
3º mês
•  B2 – Reflexão da luz – Espelhos
•  B3 – Refração da luz – Lentes

•  A4 – Calorimetria
1º mês •  B3 – Reflexão da luz – Lentes
•  B4 – Instrumentos ópticos

•  A4 – Calorimetria
•  A5 – Mudança de fase
2º mês
2º trimestre •  B4 – Instrumentos ópticos
•  B5 – Movimento Harmônico Simples

•  A5 – Mudança de fase
•  A6 – Comportamento dos gases
3º mês
•  B5 – Movimento Harmônico Simples
•  B6 – Introdução à Ondulatória

•  A6 – Comportamento dos gases


•  A7 – 1ª Lei da Termodinâmica – Conservação da energia
1º mês
•  B6 – Introdução à Ondulatória
•  B7 – Difração e interferência

•  A7 – 1ª Lei da Termodinâmica – Conservação da energia


3º trimestre
2º mês •  A8 – 2ª Lei da Termodinâmica – Máquinas térmicas
•  B7 – Difração e interferência

•  A8 – 2ª Lei da Termodinâmica – Máquinas térmicas


3º mês
•  B8 – Acústica – Ondas sonoras

12 Coleção EM2

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Manual do Professor

Bimestral
Bimestre CAPÍTulo

•  A1 – Termometria
•  A2 – Dilatação térmica
1º mês
•  B1 – Introdução à Óptica Geométrica
•  B2 – Reflexão da luz – Espelhos
1º bimestre

Física
•  A2 – Dilatação térmica
2º mês •  A3 – Propagação de calor
•  B2 – Reflexão da luz – Espelhos

•  A3 – Propagação de calor
1º mês •  A4 – Calorimetria
•  B3 – Refração da luz – Lentes

2º bimestre
•  A4 – Calorimetria
•  A5 – Mudança de fase
2º mês
•  B3 – Refração da luz – Lentes
•  B4 – Instrumentos ópticos

•  A5 – Mudança de fase
•  A6 – Comportamento dos gases
1º mês
•  B5 – Movimento Harmônico Simples
•  B6 – Introdução à Ondulatória
3º bimestre

•  A6 – Comportamento dos gases


2º mês
•  B6 – Introdução à Ondulatória

•  A7 – 1ª Lei da Termodinâmica – Conservação da energia


1º mês •  A8 – 2ª Lei da Termodinâmica – Máquinas térmicas
•  B7 – Difração e interferência

4º bimestre

•  A8 – 2ª Lei da Termodinâmica – Máquinas térmicas


2º mês •  B7 – Difração e interferência
•  B8 – Acústica – Ondas sonoras

Bernoulli Sistema de Ensino 13

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Orientações e sugestões
O conteúdo de Física da Coleção do Ensino Médio é dividido em duas frentes de trabalho, constituídas,
cada uma, de 8 capítulos. A distribuição do conteúdo em vários capítulos visa proporcionar um estudo
consistente dos assuntos da Física contemplados no Ensino Médio. Essa estratégia valoriza todos os
conteúdos, permitindo que você, professor, explore com sucesso os temas de estudo do 2º ano. Para
isso, na medida do possível, ajuste a abordagem de cada capítulo ao tempo sugerido neste manual. Esse
planejamento levou em conta o texto e os exercícios de cada capítulo, mas também as outras atividades
propostas na obra. Assim, professor, não deixe de realizar em sala ou de propor como atividades para casa
algumas das experiências sugeridas nas seções Experimentando. Peça também para os alunos lerem os
textos complementares e acessarem alguns sites sugeridos nas seções Tá na mídia dos capítulos. Estamos
convictos de que uma abordagem equilibrada dos capítulos, aliada ao estudo sistemático e orientado do
aluno em casa, possibilitarão uma boa assimilação de todos os temas apresentados nesta obra.

Exercícios propostos
Os exercícios propostos nos finais dos capítulos foram distribuídos da seguinte forma: os primeiros
são mais fáceis e podem ser resolvidos, geralmente, com apenas uma etapa de resolução; os exercícios
intermediários exigem um entendimento maior da matéria. Por isso, eles devem ser resolvidos depois
de o estudante ter trabalhado os primeiros exercícios. Os últimos exercícios são questões discursivas.
Os três grupos de exercícios foram ordenados de acordo com o aparecimento do assunto ao longo do
capítulo. O quadro a seguir apresenta a distribuição dos exercícios para cada capítulo.

Mais Médios ou Questões


Capítulos
fáceis difíceis discursivas
Capítulo A1: Termometria 1-21 22-31 32-34

Capítulo A2: Dilatação térmica 1-15 16-29 30-35

Capítulo B1: Introdução à Óptica Geométrica 1-17 18-31 32-35

Capítulo B2: Reflexão da luz – Espelhos 1-16 17-30 31-34

A seguir, apresentamos sugestões específicas para os capítulos das frentes A e B do volume 1 da Coleção
de Física do 1º ano.

Capítulo A1: Termometria


1. Antes de discutir a medição da temperatura, é importante que o estudante compreenda a ideia de
temperatura. Por isso, professor, comece o estudo da Termometria conceituando temperatura tanto
do ponto de vista macroscópico quanto do ponto de vista microscópico.
2. Em seguida, discuta o significado de uma propriedade termométrica. Cite exemplos de características
físicas da matéria que servem como propriedades termométricas, tais como o volume, a cor,
a densidade e a resistência elétrica de um corpo, a pressão dos gases, etc. Cite, também, exemplos
de grandezas físicas que não podem ser usadas como exemplos de propriedades termométricas
(a massa é o exemplo mais fácil de entender). Outra boa estratégia seria você dividir o quadro em
duas partes, pedindo aos alunos que citem tais exemplos. Você discutirá cada exemplo com a sala,
explicando por que uma característica deveria ser colocada de um ou de outro lado.
3. Agora, introduza a escala Celsius. Explique os dois pontos de referência: 0 °C e 100 °C. Depois,
introduza a escala Fahrenheit. Estabeleça a relação entre as duas escalas.
4. Discuta o significado do zero absoluto. Depois, introduza a escala Kelvin. Após a apresentação
dessas três escalas termométricas, sugerimos que você apresente o objeto de aprendizagem
“Escala termométrica”, disponível no Bernoulli Digital. Mostre aos alunos que a definição
das escalas de temperaturas é arbitrária. Incentive-os, portanto, a atribuírem valores
positivos e negativos aos pontos de fusão e de ebulição. Assim que a escala termométrica
estiver definida, ajude-os a compreender como as equações de conversão são construídas
e incentive-os a converter temperaturas para as escalas mais comuns. Não deixe de sugerir
a resolução dos exercícios apresentados.

14 Coleção EM2

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Manual do Professor

5. A 2ª parte do capítulo A1 é dedicada a aspectos da matéria que estão diretamente relacionados ao


nível de temperatura: a estrutura molecular dos sólidos, líquidos e gases, a tensão superficial e a
capilaridade. Alguns vestibulares seriados no Brasil cobram esse conteúdo. Mesmo que esse não seja
o caso dos seus alunos, explique essa matéria na sala de aula, ainda que de forma mais superficial.
Principalmente a discussão sobre a estrutura molecular dos estados da matéria será de grande valia
para os entendimentos da dilatação térmica dos sólidos e líquidos e do comportamento dos gases,
temas que serão abordados em capítulos subsequentes.
6. O texto “A temperatura da Terra”, do capítulo A1, é interessante e de fácil entendimento. A discussão
desse texto pode ser um bom fechamento para o estudo da temperatura. Um aluno poderia fazer a
leitura do texto em voz alta na sala de aula. Para ilustrar a variação de temperatura na atmosfera
(um dos pontos da leitura), sugerimos que você, professor, mostre uma imagem do Burj Khalifa,
o maior arranha-céu do mundo (foto a seguir). Situado em Dubai, nos Emirados Árabes, este prédio,
que tem 828 metros de altura, apresenta uma diferença de temperatura entre a base e o topo de até

Física
10 °C (46 °C do ar no solo e 36 °C do ar no topo). Professor, diga aos alunos que essa diferença de
temperatura pode ser explorada como fonte de energia para acionar uma pequena usina térmica e
que essa usina pode prover parte da energia elétrica consumida no edifício. Na última etapa do ano,
quando os alunos estarão aprendendo a 2ª Lei da Termodinâmica, você terá condições de explicar
melhor como tal aproveitamento de energia pode ser realizado.

36 ºC

828 m

46 °C
Arquivo Bernoulli

Capítulo A2: Dilatação térmica


1. Discuta o fenômeno da dilatação térmica do ponto de vista do conceito microscópico da temperatura.
Explique também a contração térmica, fenômeno simétrico igualmente importante.
2. Antes de apresentar as fórmulas para calcular a dilatação / contração térmica, cite exemplos do
dia a dia relacionados com esses fenômenos. Não se preocupe caso alguns dos exemplos venham
a ser abordados com mais profundidade na sequência do capítulo. Alguns bons exemplos são:
as juntas de dilatação das estruturas de concreto em viadutos e prédios e as juntas de dilatação nos
trilhos de uma estrada de ferro, a barriga nos fios de eletricidade, o fato de as tampas de vidros de
conservas ficarem emperradas quando esses recipientes são colocados na geladeira (esse é um bom
exemplo, pois ilustra a contração térmica), os termômetros de coluna de líquido, etc.
3. Introduza as fórmulas para calcular a dilatação linear de um sólido. Professor, reforce a ideia de que o
cálculo dessa dilatação depende de três parâmetros: da variação de temperatura, do tamanho inicial
e do material do corpo. Usando esses parâmetros, explique por que uma lâmina bimetálica se curva
quando aquecida. Nesse momento, explique o princípio de funcionamento de um termostato, dispositivo
liga-desliga de geladeiras e outros aparelhos.
4. Introduza a fórmula para calcular a dilatação térmica superficial de um sólido, mostrando que
o coeficiente de dilatação superficial é, com ótima aproximação, o dobro do coeficiente linear
(no texto do capítulo, é apresentada uma dedução muito simples disso). Introduza também a fórmula
para calcular a dilatação térmica volumétrica, explicando (sem demonstrar) que o coeficiente volumétrico
é o triplo do coeficiente linear.

Bernoulli Sistema de Ensino 15

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5. Discuta a dilatação de corpos vazados, explicando que todo corpo vazado se dilata como se fosse
maciço. Para facilitar a compreensão dos alunos, reproduza o vídeo “Paradoxo da placa furada”,
disponível no Bernoulli Digital. O recurso visual em 3D colabora para a análise do fenômeno de
dilatação dos sólidos e explica o motivo pelo qual um furo em uma placa de metal aumenta sua
circunferência quando a placa recebe calor. Explore o conteúdo do vídeo e não deixe de mostrar
que a placa também expande como se não houvesse o furo em seu interior. Aproveite a situação-
-problema apresentada no vídeo e estimule os alunos a pensarem no que aconteceria com a distância
entre dois furos, solicitando explicações para as hipóteses levantadas. Os alunos costumam aceitar
essa ideia, mas confundem alguns casos. Por isso, professor, apresente também o exemplo mostrado
na figura a seguir. Se a peça for aquecida, o furo central e os 4 furos periféricos irão se dilatar. Alguns
alunos, erroneamente, acham que as bordas dos furos irão se aproximar. Como todas as partes da
peça se dilatam, as linhas que ligam a borda do furo central às bordas dos outros furos também se
dilatam. Assim, depois do aquecimento, os furos se dilatam e as separações entre eles também.
O mesmo será verificado na placa com dois furos, mostrada ao final do vídeo. Para ilustrar,
a dilatação da peça foi bastante exagerada.

1
1

4 3 4 3

2
2

6. Cite exemplos de situações / aplicações da dilatação de corpos vazados, como a fixação de anéis
ou rodas, previamente aquecidos, que se fixam fortemente em eixos depois que o sistema anel
(ou roda) / eixo é resfriado, ou os vidros de conserva que ficam com a tampa presa quando são levados
para a geladeira.

7. Introduza as fórmulas para calcular a dilatação / contração térmica dos líquidos, enfatizando a importância
da dilatação do recipiente que contém o líquido. Defina o coeficiente de dilatação volumétrica do par
líquido / recipiente, mostrando que esse coeficiente simplifica os cálculos da dilatação do conjunto. De
forma geral, essa é a dilatação mais relevante nos problemas de dilatação dos líquidos (por exemplo,
a calibração de um termômetro de mercúrio é baseada na dilatação do conjunto mercúrio / tubo de
vidro). Outro ponto importante que você, professor, não pode deixar de comentar com seus alunos
é que os coeficientes de dilatação volumétrico dos líquidos são geralmente muito maiores do que os
coeficientes dos sólidos. A explicação reside na estrutura molecular dos líquidos, que é muito menos
agregada que a dos sólidos. Nos gases, a agregação molecular é ainda menor, de forma que os gases
tendem a se dilatar ainda mais. Diga aos alunos que isso será discutido em detalhes no estudo dos
gases, assunto a ser tratado em outro capítulo.

8. Por fim, discuta a dilatação anômala da água e suas consequências na manutenção da vida marinha.
Além do texto do capítulo, você pode usar a leitura complementar para explicar melhor esse importante
fenômeno. E, ainda, outro texto para explicar a dilatação anômala da água pode ser lido no site:
http://bit.ly/UazLEG

16 Coleção EM2

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Manual do Professor

Capítulo B1: Introdução à Óptica Geométrica


O conteúdo do capítulo B1 é essencial para o aluno entender os capítulos subsequentes. Além disso, apesar
do caráter introdutório, o conteúdo desse capítulo é fonte para muitas questões de vestibulares no Brasil.
No novo Enem (1ª aplicação em 2009), duas questões foram oriundas do presente capítulo. Por tudo isso,
professor, você deverá apresentar o capítulo B1 em sua íntegra.
1. Inicie o capítulo explicando que a luz visível e outras radiações (ondas de rádio, infravermelho,
ultravioleta, raios X, etc.) são ondas do tipo eletromagnético. Explique que a teoria ondulatória
da luz será discutida com mais detalhes no final do ano, quando os capítulos referentes às
ondas serão abordados. Por ora, você deverá adiantar apenas algumas características das ondas
luminosas que a serão necessárias para o entendimento de alguns fenômenos discutidos no atual

Física
capítulo. Explique que uma onda eletromagnética é a propagação no espaço de dois campos, um
elétrico e outro magnético, que oscilam perpendicularmente entre si, e que a onda se propaga
perpendicularmente a tais oscilações (use a figura 2 do texto para facilitar essa explicação).
Diferencie as ondas eletromagnéticas das ondas mecânicas (como uma onda em uma corda),
explicando que a luz pode se propagar no vácuo porque na onda eletromagnética o que vibra não é
a matéria, mas, sim, os campos elétrico e magnético. Professor, além da velocidade da onda, você
também deverá introduzir o conceito de comprimento de onda e de frequência da onda. Para entender
certos fenômenos luminosos tratados neste capítulo, o aluno deverá saber que a luz vermelha, a luz
amarela e a luz laranja apresentam as menores frequências e os maiores comprimentos de onda,
enquanto a luz violeta e a luz azul apresentam as maiores frequências e os menores comprimentos
de ondas (use a figura 3 nessa explicação).
2. Destaque o fato de que nada no Universo é tão ou mais rápido do que luz. Informe que, apesar disso,
a luz gasta 8 minutos para viajar do Sol até a Terra, 5 horas para ir do Sol até Plutão, 4 anos para ir de
Alpha do Centauri (a estrela mais próxima de nós) até a Terra, 100 mil anos para ir de um extremo ao
outro da nossa galáxia e milhões e até mesmo bilhões de anos para viajar de uma galáxia distante até nós.
Então, defina o ano-luz (e também o minuto-luz e a hora-luz), explicando que os números anteriores
representam as seguintes distâncias: 8 minutos-luz, 5 horas-luz, 4 anos-luz, 100 mil anos-luz, etc.
3. Explique um dos fatos mais fundamentais no estudo da Óptica: para ver alguma coisa, nós precisamos
receber luz proveniente dessa coisa. A partir dessa ideia, defina fonte de luz, diferenciando uma fonte
primária (o Sol, o fogo, o filamento de uma lâmpada ligada, etc.), de uma fonte secundária (uma
parede, a Lua, o filamento de uma lâmpada desligada, etc.). Diferencie também uma fonte pontual
(uma lâmpada vista de longe) de uma fonte extensa (uma lâmpada vista de perto). Diferencie,
ainda, uma fonte monocromática (uma caneta laser, uma lâmpada de vapor de sódio, etc.) de uma
fonte policromática (o Sol, uma parede branca, etc.). Professor, faça uma experiência simples para
mostrar que a luz branca do Sol e que a luz branca das lâmpadas são composições de luzes com
várias cores (várias frequências). Se você tiver um prisma de vidro (como o prisma de binóculos),
use-o para decompor a luz solar que entra na sala de aula, projetando o espectro de múltiplas cores
sobre uma parede (essa foi a experiência feita por Newton). Uma decomposição da luz branca muito
mais simples pode ser obtida se você pedir para cada aluno encostar uma caneta de plástico transparente
rente aos olhos (figura). Cada aluno ficará deslumbrado ao ver um pequeno arco-íris dentro da caneta.
Arquivo Bernoulli

Bernoulli Sistema de Ensino 17

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4. Explique que a luz branca pode ser obtida pela adição de três luzes básicas: vermelha, verde e azul.
Combinadas duas a duas, essas cores geram o amarelo (vermelho + verde), o ciano ou azul-turquesa
(azul + verde) e o magenta ou rosa choque (vermelho + azul). Explique ainda que duas cores podem
formar o branco. Por exemplo, a luz ciano com a luz amarela forma uma luz branca, pois o ciano é
uma mistura de verde com azul. Por isso, dizemos que o ciano e o amarelo são cores complementares.

5. Para contribuir com a compreensão dos alunos a respeito do conteúdo “cores obtidas pela reflexão da
luz”, sugerimos que você proponha a interação com o jogo “Labirinto dos espectros”, disponível no
Bernoulli Digital. Durante o jogo, o aluno utilizará seus conhecimentos sobre Óptica (especificamente
aqueles relacionados às cores obtidas pela reflexão) para vencer um desafio: percorrer um
labirinto desviando-se de fantasmas coloridos. Para isso, o aluno precisará ficar atento à
combinação de cores para inativar corretamente os fantasmas segundo a cor de cada um deles.
Estimule-os a jogar várias vezes, a fim de melhorar a pontuação e, consequentemente, aprimorar os
conhecimentos do conteúdo estudado.

6. Explique que a retina dos nossos olhos possui dois tipos de células, um sensível às cores (os cones)
e o outro sensível à intensidade da luz (os bastonetes). Explique que existem três tipos de cones,
um sensível ao vermelho, outro ao verde e outro ao azul. Um fato muito interessante que você deve
comentar é que a visão noturna é predominantemente em preto e branco. Explique aos alunos que,
em um ambiente pouco iluminado, os cones não são muito ativados, de modo que a visão é possível
basicamente por causa dos bastonetes.

7. Explique as cores de objetos transparentes, como os vitrais das igrejas e papeis celofanes. Leve
para a sala de aula alguns papeis celofanes de cores diferentes e faça experiências interessantes
com eles. Por exemplo, interpondo um papel celofane vermelho contra o quadro branco da sala
de aula, este se mostrará vermelho, pois, apesar de o quadro refletir luzes de todas as cores,
a radiação que atravessará o papel será predominantemente a luz vermelha. Em seguida, escreva
uma palavra no quadro usando um pincel vermelho, e veja que a palavra continuará vermelha quando
observada através do papel celofane vermelho. Agora, escreva uma palavra com pincel azul, e veja
que, vista através do papel vermelho, a palavra ficará mais escura. Repita a experiência usando papéis
celofanes de outras cores.

8. Para explicar por que o céu é azul, peça para um aluno ler em voz alta o texto referente ao tema.
As imagens e os exemplos apresentados nessa subseção são muito interessantes. Assim, com a sua
orientação, esse assunto será bem assimilado pela classe.

9. Na parte final do capítulo, você irá apresentar três importantes fundamentos da Óptica: a propagação
retilínea, a propagação independente e o princípio da irreversibilidade da luz. Use a propagação retilínea
da luz para explicar a formação da imagem em uma câmara escura e para explicar a formação de
sombras. Aplique a ideia para resolver o clássico problema sobre a determinação da altura de um
prédio. Apesar de simples, discuta com os alunos como essa ideia foi importante para a determinação
de dimensões de corpos muito grandes ou muito distantes, como o raio da Terra e a distância das
estrelas (exercício resolvido 2).
10. Diferencie sombra de penumbra, usando exemplos simples, como uma lâmpada iluminando uma parede
e um objeto opaco interposto entre a lâmpada e a parede. Discuta a formação da sombra e da sombra
/ penumbra quando a lâmpada está mais longe ou mais perto da parede. Em seguida, explique os
eclipses do Sol e da Lua.

18 Coleção EM2

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Manual do Professor

11. Por fim, discuta as fases da Lua. Um recurso muito interessante para explicar esse conteúdo é o
objeto de aprendizagem “Fases da Lua”, disponível no Bernoulli Digital. Trata-se de um simulador que
demonstra a correspondência entre a posição da Lua em sua órbita, sua fase e sua posição
em diferentes momentos da noite para um observador localizado na Terra. Explore o simulador
junto com os alunos e utilize-o durante a explanação do conteúdo, explorando as referências
visuais interativas, os controles de velocidade e a possibilidade de pausar. O objeto de aprendizagem
contribuirá bastante para que os alunos compreendam o conteúdo com mais clareza. Posteriormente,
estimule-os a explorar o simulador individualmente ou em dupla. Não deixe de sugerir a resolução
dos exercícios apresentados.

Física
Capítulo B2: Reflexão da luz – Espelhos
1. Inicie o capítulo discutindo a reflexão difusa e a reflexão especular. Usando uma superfície polida,
como a de um espelho, apresente as duas leis da reflexão, antes definindo a linha normal,
os raios incidente e refletido e os ângulos de incidência e de reflexão. Em seguida, explique que a
reflexão difusa, do ponto de vista microscópico, pode ser entendida como uma reflexão especular (use
a figura 4 para justificar isso). Discuta, ainda, o fato de que uma superfície pode ser áspera e refletir
difusamente certo tipo de radiação, como também pode ser considerada polida e refletir especularmente
outro tipo de radiação. As antenas parabólicas são bons exemplos disso.

2. Apresente o método gráfico para determinar a imagem produzida por um espelho plano. Cite as
características dessa imagem: virtual, forma-se atrás do espelho, etc. Usando argumentos geométricos,
prove que a imagem no espelho plano é simétrica do objeto em relação ao espelho.

3. Discuta ainda a formação de múltiplas imagens em um jogo de dois espelhos planos. Para facilitar a
compreensão dos alunos e sua explanação, utilize a animação “Espelhos angulares”, disponível no
Bernoulli Digital. Na aba “Associação de espelhos”, arraste o espelho móvel para alterar o
ângulo entre os espelhos. Peça para que os alunos verifiquem o número de imagens formadas
em cada um dos ângulos e suas características. Apresente a equação para o cálculo do número
de imagens e explique as diferenças entre uma imagem enantiomorfa e uma não enantiomorfa.
Selecione a aba “Espelhos paralelos” e explique teoricamente as infinitas reflexões entre os espelhos.
Se possível, explique, por meio da equação, que o número infinito de imagens formadas por esse tipo
de associação deve-se ao fato de uma divisão por zero. Não deixe de sugerir a resolução dos exercícios
apresentados.

4. Apresente o método gráfico para determinação do campo visual de um espelho plano. Discuta o caso
em que o objeto está fixo e desejamos determinar a região onde o observador deverá ficar para ver
a imagem desse objeto refletida no espelho. Depois, discuta o caso inverso, isto é, aquele em que o
observador é que está fixo e queremos saber a região onde o objeto poderá ser colocado para que o
observador veja a imagem.

5. Inicie o estudo dos espelhos esféricos, diferenciando um espelho côncavo de um espelho convexo.
Por meio de uma figura, defina os elementos geométricos do espelho esférico: raio de curvatura,
centro de curvatura, vértice e ângulo de abertura. Explique que, se o espelho tiver um pequeno ângulo
de abertura, sua superfície se confundirá com a de um paraboloide. Por isso, espelhos esféricos de
pequena abertura apresentam um foco bem definido, situado entre a metade da distância do centro
ao vértice do espelho, de modo que f = R/2 (distância focal é igual à metade do raio do espelho).

6. Usando o fato de que uma reta perpendicular a uma esfera passa pelo centro da esfera, mostre
que a linha normal referente a determinado raio incidente é o segmento que une o ponto de
incidência da luz sobre um espelho esférico (côncavo ou convexo) ao centro de curvatura do espelho.

Bernoulli Sistema de Ensino 19

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Em seguida, usando essa técnica para desenhar a linha normal, trace raios luminosos notáveis que
incidem sobre os espelhos esféricos, bem como os respectivos raios refletidos. Na 1ª figura a seguir,
ilustramos o caso do raio que incide paralelamente ao eixo do espelho. Use a mesma técnica para
traçar raios que não são notáveis. Na 2ª figura, ilustramos o caso de um raio genérico.

7. Apresente o método para a determinação gráfica da imagem no espelho côncavo, destacando as


características das imagens para os seguintes casos: objeto muito longe, objeto perto do espelho
e antes do centro de curvatura, objeto sobre o centro, objeto entre o centro e o foco, objeto sobre
o foco e objeto entre o foco e o vértice do espelho. Faça o mesmo para o espelho convexo: objeto
muito longe e objeto perto do espelho.

8. Apresente as equações de Gauss para a determinação da imagem nos espelhos esféricos. Havendo
tempo, deduza essas equações. Enquanto a dedução da simetria da imagem no espelho plano é
baseada em congruência de triângulos, as deduções referentes aos espelhos esféricos são baseadas
em semelhanças de triângulos. Todas são fáceis e muito interessantes, pois elas são aplicações da
geometria plana abordada no Ensino Fundamental.

9. Utilize o simulador “Espelhos”, disponível no Bernoulli Digital. Esse objeto de aprendizagem


demonstra como as imagens são formadas em espelhos planos e esféricos. Auxilie os alunos
na exploração dos recursos do simulador, solicitando que eles desloquem o espelho, o foco e
o centro de curvatura. Problematize situações, como as apresentadas a seguir, e discuta as
hipóteses e conclusões elaboradas pela turma.

• No espelho plano, peça aos alunos que utilizem a régua disponível no simulador e verifiquem
que a distância do objeto ao espelho plano é igual à distância da imagem ao espelho. Ressalte
que a imagem não terá nenhuma característica alterada (tamanho e orientação), apenas será
invertida da direita para a esquerda (ou vice-versa).

• Peça a eles que selecionem o espelho côncavo, movam a vela para a esquerda e para a direita
e vejam quais as mudanças sofridas pela imagem. Mostre que, conforme o objeto se aproxima
do foco, a imagem se afasta, e que, quando o objeto está exatamente sobre o foco, não há
formação de imagem, já que os raios refletidos serão paralelos. Aproveite para mostrar os raios
de luz e reforçar essa informação.

• Termine a abordagem sobre o espelho côncavo reforçando a informação de que ele é capaz
de formar imagens reais e virtuais e que, portanto, pode ser utilizado para projetar imagens.
Mencione que esse tipo de espelho é um excelente instrumento para se retocar a maquiagem,
por exemplo, uma vez que suas imagens virtuais são ampliadas.

• Ao simular o espelho convexo, solicite que eles movam a vela para a esquerda e para a direita
e observem quais alterações ocorrem na imagem. Repare que a imagem permanece direita
em relação ao objeto. Isso indica que ela é uma imagem virtual. Lembre aos alunos que,
por essa razão, o espelho convexo não pode ser utilizado para projetar imagens. Além disso,
a imagem formada será sempre menor.

10. Professor, sempre que houver tempo, resolva os problemas sobre determinação da imagem nos espelhos
esféricos usando o método analítico e gráfico, comparando os resultados.

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Manual do Professor

Comentário e resolução de questões


CAPÍTULO – A1 Para a medida em graus Celsius, note que o ponteiro
ultrapassou a marca de 0 °C, mas que ainda não atingiu a
marca referente a 5 °C, e que, além disso, podemos ver que
Termometria ele está bem mais próximo do 0 °C. Assim, 2 °C é uma boa
estimativa para essa leitura.
Exercícios de aprendizagem
Questão 04
Comentário: Para resolver este exercício, você deve ter as
Questão 01
temperaturas das duas cidades em uma mesma unidade de
Comentário: medidas. Vamos, então, converter a temperatura de 23 °F em

Física
A) Sendo a temperatura uma medida da agitação das partículas Nova Iorque para a graus Celsius.
de um corpo, a energia média das partículas de um corpo
TC/5 = (TF – 32)/9 ⇒ TC/5 = (23 . 32)/9 ⇒ TC = –5 °C
é tanto maior quanto maior for sua temperatura. Assim,
a energia média das moléculas de água em uma panela Portanto, em Nova Iorque faz mais frio que em Paris, onde a
fervente é muito maior que a energia média das moléculas temperatura é de –2 °C.
de água de um iceberg.
B) Se somássemos a energia de cada molécula de água do Questão 05
iceberg, encontraríamos um valor muito maior do que o que
Comentário: A diferença de temperatura entre o ponto de
encontraríamos ao somarmos a energia de cada molécula da
ebulição da água (100 °C = 373 K) e o ponto de fusão da
água fervente, apesar de, individualmente, a energia média
água (0 °C = 273 K) é de 100 °C ou de 100 K. A diferença de
das moléculas de água fervente ser maior que as do iceberg.
duas temperaturas, medidas na escala Celsius ou na escala
No caso da energia total, a quantidade maior de moléculas
Kelvin, é sempre o mesmo número, pois a relação entre essas
do iceberg é que determina a energia total.
escalas envolve uma soma simples: você deve somar 273
para converter uma temperatura da escala Celsius para a
Questão 02
escala Kelvin. Assim, um aumento na temperatura de 1 °C é
Comentário: Um termômetro clínico deve ser mantido por equivalente a um aumento na temperatura de 1 K.
alguns minutos em contato com o corpo do paciente antes de
a temperatura ser medida para que o termômetro entre em Na escala Fahrenheit, a diferença de temperatura entre o
equilíbrio térmico com o corpo do paciente. A rigor, o equilíbrio ponto de ebulição da água (212 °F) e o ponto de fusão da água
térmico ocorre entre ambos, termômetro e paciente. Como (32 °C) é de 180 °F. Portanto, uma variação de temperatura
a massa do paciente é muito maior que a do termômetro, de 1 °C corresponde a uma variação de temperatura de 1,8 °F.
a variação de temperatura no paciente é desprezível comparada Em outras palavras, um aumento de temperatura de 1 °F
com a do termômetro. implica um aumento menor na temperatura do que um aumento
de 1 °C (ou de 1 K).
Questão 03
Comentário: Questão 06
A) Se observamos a foto com atenção, veremos que entre Comentário:
dois números grandes (que correspondem à escala A) Ao contrário do que muitas pessoas imaginam, não há vácuo
Fahrenheit) existe um traço que corresponde à dezena no bulbo do termoscópio, e sim ar em seu interior. Com
entre esses dois números, por exemplo, entre o 0 °F e o as mãos na esfera do termoscópio mostrado na gravura
20 °F na parte superior do termômetro, temos um traço do exercício, considerando-se que a experiência foi feita
que representa o valor de 10 °F. Agora, observe que entre em uma região em que a temperatura ambiente é inferior
duas dezenas existem cinco traços menores. Pois bem, à temperatura corporal, as mãos da pessoa fornecerão
se há um intervalo de cinco traços correspondendo à medida calor ao ar no interior da esfera. Com isso, as moléculas
de 10 °F, sabemos, portanto, que cada um desses traços
dos gases presentes no ar vibrarão com maior amplitude
corresponde à gradação de 2 °F, que é a menor divisão
e a pressão exercida por elas sobre o líquido na coluna do
possível desse termômetro, e, portanto, a resolução do
termoscópio terá seu valor aumentado, o que irá resultar
instrumento. Do lado de dentro existe ainda uma escala das
num rebaixamento da coluna do líquido do tubo. Com as
temperaturas em graus Celsius. Verifique nessa escala que
mãos na parte inferior do termoscópio, ocorre o mesmo,
há um traço posicionado entre duas dezenas consecutivas.
Esse traço corresponde à metade da diferença entre essas porém agora é o líquido que recebe calor das mãos da
dezenas, ou seja, 5 °C, e essa é a menor divisão que temos pessoa. Suas moléculas agora vibrarão com mais energia
nessa escala, portanto, é a resolução do termômetro para e a pressão exercida pelas moléculas do líquido sobre o ar
medidas feitas em graus Celsius. ao seu redor será maior. Como o ar está confinado acima
dele, a única saída é empurrar a coluna de líquido do tubo
B) Como explicado, a resolução para a escala em Fahrenheit
é melhor que a da escala Celsius para esse termômetro. para cima, que é o que de fato ocorre. Dependendo da
Portanto, as medidas realizadas, utilizando essa escala, diferença de temperatura entre as mãos da pessoa e do
serão mais precisas. Repare na foto as gradações líquido e do coeficiente de dilatação volumétrica desse
correspondentes às temperaturas 34 °F e 38 °F, de líquido, pode acontecer que quase todo o líquido vá para
modo que 36 °F é uma boa leitura da temperatura (valor a parte de cima do termoscópio, como pode ser visto no
que, convertido para a escala Celsius, daria 2,2 °C). vídeo citado na seção Tá na mídia do referido conteúdo.

Bernoulli Sistema de Ensino 21

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B) A propriedade termométrica é aquela que sofre uma Questão 11
variação significativa com a variação da temperatura.
Comentário: Além das características apresentadas no gabarito
No caso do termoscópio, a propriedade termométrica é a
do caderno principal, outras propriedades macroscópicas
diferença de pressão interna do ar.
e microscópicas dos três estados da matéria são

Questão 07
Propriedade Sólido Líquido Gás
Comentário:
As moléculas
A) Com base nas informações fornecidas pelo enunciado, As moléculas Nenhuma
estão ligadas,
podemos elaborar o seguinte esquema: se ligam ou pequena
Microscópica formando
formando interação
h (cm) T (°C) uma estrutura
camadas molecular
cristalina
50 40 Resistente
Resistente Não
a esforços
apenas a resistente
Macroscópica de tração,
h TC b esforços de a esforços
compressão e
compressão mecânicos
a cisalhamento

10 10
Questão 12
Comentário: O quarto estado da matéria, conhecido como
As razões entre os segmentos a e b devem ser iguais para
plasma, é semelhante a um gás, porém, além de suas
os dois segmentos, portanto
moléculas apresentarem alta energia, seus elétrons estão
h − 10 TC − 10  h − 10  livres e vibram soltos entre os núcleos das moléculas. Essa é
= ⇒ TC = 3 
50 − 10 40 − 10  4  + 10 uma característica que torna o plasma um excelente condutor.
 
Do lado oposto, temos o condensado de Bose-Einstein, que é
B) Utilizando a equação de recorrência determinada no o estado próximo ao zero absoluto. Nele, os átomos estão tão
exercício anterior, podemos determinar a temperatura para resfriados e tão próximos que suas vibrações são mínimas e
uma condição ambiente para uma coluna de 30 cm eles praticamente ficam superpostos uns aos outros, formando
um estado que apresenta comportamentos muito peculiares,
 30 − 10 
TC = 3   + 10 = 15 + 10 = 25 °C como a superfluidez do hélio, que pode ser visualizada neste
 4  incrível vídeo: http://youtu.be/2Z6UJbwxBZI

Questão 08 Questão 13
Comentário: Observando a forma do recipiente, notamos que
Comentário: As temperaturas 0 °F e –300 °F correspondem,
a parte de cima dele é praticamente cilíndrica. Dessa forma,
respectivamente, a –18 °C e –184 °C aproximadamente e,
como há pouco líquido saturado, ao virarmos o vidro de cabeça
portanto, são perfeitamente possíveis (maiores que –273 °C = 0 K).
para baixo, teremos uma coluna cilíndrica e será fácil calcular
As temperaturas de 1020 K e 10–20 K também são possíveis.
o volume ocupado por ela: basta calcular a área da tampa e
A primeira é uma temperatura enorme e a segunda é muito
multiplicá-la pela altura da coluna. A propriedade dos líquidos
pequena, mas, ainda assim, é maior que zero e, portanto, ambas
são pertinentes. Por outro lado, as temperaturas de –300 °C que permite essa medição é a de que um líquido toma a forma
e –4 K não são possíveis, uma vez que é impossível se obter do recipiente no qual está contido.
temperaturas abaixo de 0 K, e –300 °C corresponderia a –27 K.
Questão 14
Questão 09 Comentário:
Comentário: O sólido representado pela letra B é um cristal, A) A água na superfície livre no copo comporta-se como uma
e o outro, representado pela letra A, é chamado de sólido membrana elástica. Essa propriedade decorre da tensão
amorfo. A principal característica de um cristal é que ele é superficial da água. Na verdade, as moléculas da água na
formado pela repetição de uma célula. Observe no cristal da superfície são atraídas mais fortemente pelas moléculas
letra B que se repetirmos indefinidamente um dos hexágonos da água abaixo da superfície e ainda mais intensamente
da sua estrutura obteremos o cristal inteiro. Por outro lado, pelas moléculas nas bordas de vidro do copo do que pelas
para o sólido da letra A não podemos escolher uma célula que moléculas do ar sobre a superfície. Por isso, a superfície da
seja capaz de reproduzir todo o sólido. água fica encurvada como uma membrana elástica. Essa
curvatura é mais acentuada perto das bordas do copo.
Questão 10 B) A tensão superficial é uma grandeza física. Portanto,
Comentário: De uma forma geral, as moléculas dos sólidos ela pode ser expressa por um valor numérico. Por exemplo,
acham-se ligadas em uma estrutura cristalina, de modo que a tensão superficial da água a 5 °C vale 0,0764 N/m,
essas moléculas são muito mais agregadas do que as moléculas e a 25 °C, ela vale 0,0716 N/m. Por isso, o efeito de
de um líquido e de um gás. Por isso, os sólidos, em geral, curvatura na superfície em um copo com água fria é mais
são resistentes aos esforços de compressão, de tração e de evidente do que com água quente, pois a tensão superficial
cisalhamento (resistência ao cortado). da água fria é maior do que a da água quente.

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Manual do Professor

Questão 15 O seguinte exemplo pode ampliar um pouco mais essa


discussão: em um local do espaço situado entre a Terra e o Sol,
Comentário: não há temperatura, pois ali não há matéria (vácuo sideral).
A) O fenômeno da capilaridade está diretamente relacionado à Contudo, se uma nave espacial ficar posicionada nesse local,
espessura do tubo no qual ele ocorre. Quanto mais estreito o casco da nave irá receber radiação solar e, consequentemente,
o tubo, mais alta será a coluna do líquido. Isso ocorre a temperatura do casco irá aumentar. Agora, podemos atribuir
porque, para um tubo fino, uma fração maior das moléculas um valor de temperatura porque há matéria (a nave) nesse
da coluna está próxima às paredes do tubo e, para um tubo lugar do espaço.
muito largo, as moléculas da região do meio da coluna do
II. (F) Dois corpos com a mesma energia térmica não
líquido não interagem com as paredes do tubo e, por isso,
possuem necessariamente a mesma temperatura.
não se forma uma coluna muito alta.
Os corpos apresentariam a mesma temperatura apenas
B) Para o mercúrio, as forças de coesão das moléculas superam se eles tivessem a mesma energia térmica por molécula.
as forças de adesão, que correspondem à força existente Por exemplo, considere água quente em um copo e água

Física
entre a parede do tubo e as moléculas do mercúrio. Assim, fria em um recipiente maior. Embora cada molécula de água
o mercúrio escorrega pelo tubo até atingir uma altura de quente apresente mais energia térmica (maior agitação
equilíbrio, que fica abaixo da superfície livre. molecular) do que cada molécula de água fria, as duas
C) Para o caso da água, as forças de adesão são mais intensas massas poderão apresentar a mesma energia térmica.
que as forças de coesão. Por isso, as paredes do tubo atraem Para isso, a massa da água fria deverá ser suficientemente
as moléculas formando um menisco côncavo. Para o mercúrio, maior do que massa da água quente.
as forças de coesão superam as forças de adesão, as paredes III. (V) A temperatura é uma grandeza microscópica, mas
atraem as moléculas de mercúrio com uma força menor que ela também é uma grandeza macroscópica. Do ponto
a força com a qual as moléculas de mercúrio atraem-se umas de vista microscópico, a temperatura é uma medida do
às outras e, por isso, o menisco é convexo. grau de agitação das moléculas de um corpo. Do ponto
de vista macroscópico, a temperatura é uma medida do
quão quente ou frio esse corpo está em relação a outro
Exercícios propostos corpo de referência. Por exemplo, o ar ambiente em um
dia agradável está mais quente do que uma pedra de gelo.
Questão 01 – Letra B No entanto, esse ar está mais frio do que a água fervendo
em uma panela.
Comentário: Vamos analisar cada alternativa separadamente:
IV. (F) A ideia intuitiva de que a temperatura de um corpo
A) O ponto triplo da água poderia até ser usado como
sempre aumenta quando um corpo recebe calor (ou que
referência para uma escala termométrica, mas ele não
sempre diminui quando um corpo cede calor) é difícil de
é um conceito de temperatura. O ponto triplo de uma
ser erradicada da cabeça das pessoas.
substância é o estado em que as três fases da matéria
(sólida, líquida e gasosa) podem coexistir em equilíbrio Existem muitos exemplos de fenômenos isotérmicos com
termodinâmico em uma dada temperatura e pressão. absorção / liberação de calor. Veja o caso da água fervendo
O ponto triplo mais famoso da água ocorre a 0,01 °C em uma panela ao fogo. Nesse caso, a absorção de calor
e 0,006 atm. Em altas pressões, a água apresenta um promove a passagem das moléculas de água do estado
diagrama de fases bem complexo, com vários pontos de líquido para o estado de vapor, e não para aumentar a
triplos diferentes, como, por exemplo, um a −22 °C e temperatura da água.
2 070 atm. Alguns pontos triplos da água referem-se a três Pensando assim, Celsius fixou o valor de 100 °C para o
tipos da fase sólida. ponto de ebulição da água a 1 atm.
B) A temperatura é uma grandeza associada à matéria, sendo
um elo entre o lado macroscópico e o lado microscópico Questão 03 – Letra A
dela. Do ponto de vista macroscópico, a temperatura indica Comentário: Chamamos de propriedade termométrica toda
o quanto um corpo está quente ou frio, enquanto, do ponto grandeza física que é função da temperatura. Por exemplo,
de vista microscópico, a temperatura é uma medida do grau o comprimento de uma barra de metal é uma propriedade
de agitação molecular da matéria. termométrica, pois, quando essa barra é aquecida ou
C) O equilíbrio térmico corresponde a um estado em que a resfriada, esse comprimento varia. Os termômetros, de uma
temperatura é constante. Um meio em que o campo de forma geral, são construídos com base em propriedades
temperatura é uniforme no tempo e no espaço acha-se em termométricas. Há inúmeras propriedades termométricas na
equilíbrio térmico. natureza, como aquelas apresentadas nas letras B, C e D desta
questão: pressão do gás em um botijão, a resistência elétrica
D) Mudança de estado é simplesmente o nome dado ao processo
de um condutor e o comprimento de uma barra de metal.
físico para o qual a matéria passa de uma fase para outra.
Um manômetro, um ohmímetro e uma régua milimétrica
A fusão, por exemplo, é a mudança de estado em que a
poderiam ter suas escalas de leitura adaptadas para converter
matéria passa do estado sólido para o estado líquido.
valores de pressão, resistência elétrica e comprimento em
valores de temperatura por meio de uma fórmula recursiva
Questão 02 – Letra B
associando essas grandezas com a temperatura. No entanto,
Comentário: a letra A desta questão não representa uma grandeza
I. (F) A temperatura é uma medida do grau de agitação das termométrica. Não adianta você medir a massa de um corpo
moléculas. Portanto, só há temperatura se houver matéria. usando uma balança para associá-la com a temperatura, pois
Não há sentido em atribuir uma temperatura para o vácuo. a massa é constante e independente da temperatura do corpo.

Bernoulli Sistema de Ensino 23

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Questão 04 – Letra B Questão 08 – Letra E
Comentário: Nós estamos adaptados a ter uma temperatura Comentário: Primeiramente, com a ajuda da figura a seguir,
interna logo abaixo da nossa pele por volta de 37 °C. vamos obter uma relação entre as duas escalas.
Quando essa temperatura aumenta, o corpo precisa dissipar
calor. Para isso, a pele produz o suor através das glândulas
sudoríparas. Em caso contrário, ela arrepia. Em resumo,
100 80
a pele é um regular da temperatura interna do corpo.
Ela ajuda o corpo a ceder calor ou a inibir essa transferência
de calor, de acordo com a necessidade. Por isso, o bulbo
de um termômetro clínico deve ser colocado em contato
com regiões mais internas do corpo, como dentro da boca
TC TR
ou debaixo do braço. Além disso, é preciso esperar alguns
minutos antes de ler o registro de temperatura para dar b
tempo de o termômetro trocar calor com o corpo e ficar em
equilíbrio térmico com ele.
a

Questão 05 – Letra C
Comentário: A água é uma substância pura (composição
química constante). Para uma substância, o ponto de mudança
de fase (temperatura na qual a substância muda de estado) 0 0
depende da pressão. Por exemplo, o ponto de ebulição
da água em uma panela aberta (ponto de fervura) é de
100 °C se a pressão atmosférica for de 1 atm, como ocorre Ao escrever o quociente entre os segmentos a e b usando as
nas cidades ao nível do mar. Já na cidade de La Paz, situada
duas escalas, obtemos
a 3 700 m de altitude, a pressão atmosférica vale apenas
0,65 atm. Nessas circunstâncias, a água ferve a uma a (TC − 0) (TR − 0) 10TR
= = ⇒ TC =
temperatura aproximada de 88 °C. b 100 80 8

Utilizando um valor de TR nessa equação, obtemos o valor


Questão 06 – Letra E correspondente de TC, e vice-versa.
Comentário: Para resolver essa questão, basta utilizar a
equação apresentada no Caderno Principal. Por exemplo, substituindo TR = 32 °R, obtemos

Assim, substituindo o valor do primeiro ponto fixo 0 °F definido 10.32


TC = = 40 °C
por Fahrenheit, obtemos 8
Logo, a temperatura da criança é de 40 °C.
Tc/5 = (Tf – 32)/9 ⇒ Tc = (0 . 32).5/9 = –17,7 °C

Questão 07 – Letra E Questão 09 – Letra C


Comentário: A figura a seguir mostra a relação funcional Comentário: A figura mostra a relação entre os níveis da
existente entre a escala Celsius de temperatura e a escala de coluna de mercúrio desse termômetro e os pontos de fusão e
de ebulição da água e a temperatura de 33,3 °C. Para calcular
temperatura registrada pela coluna desse termoscópio.
a altura h referente a essa temperatura, podemos escrever as
seguintes razões:

15 °C 25 mm a h − 10 33, 3 − 0
= = ⇒ h = 14, 995 cm = 15 cm
b 25 − 10 100 − 0

100 °C
TC h

b a
b

10 °C 5 mm 33,3 °C
a
25 cm 0°C
Para achar a relação de recorrência entre TC e h, devemos
igualar a razão a/b usando os valores das duas escalas: h
10 cm
a TC − 10 h−5
= = ⇒ h = 4.(TC − 10) + 5
b 15 − 10 25 − 5

Substituindo TC = 20 °C nessa fórmula, obtemos:

h = 4.(20 . 10) + 5 . 45 mm

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Manual do Professor

Questão 10 – Letra C Questão 13 – Letra D


Comentário: A temperatura de –321° não pode ser um valor Comentário: Como a temperatura de –273,15 °C (0 K) é
expresso na escala Kelvin, uma vez que essa escala só admite inatingível, a escala Kelvin só apresenta valores positivos. Uma
valores positivos de temperatura. O 1º valor dessa escala é a
temperatura, por exemplo, de –10 K não pode ser atingida sob
temperatura zero absoluto (zero kelvin), um valor inatingível
nenhuma circunstância.
na prática. Na escala Celsius, o zero absoluto corresponde a
–273 °C e, na escala Fahrenheit, a –460 °F.
Questão 14 – Letra B
Portanto, o valor –321° não pode representar uma temperatura na
escala Celsius, mas pode representar uma temperatura na escala Comentário: Uma escala absoluta é aquela em que o valor
Fahrenheit. Observe a letra B. Apesar de essa opção se referir à zero é associado às proximidades da temperatura mínima na
escala Fahrenheit, a informação de que –321 °F corresponderia a qual a matéria pode ser resfriada, estado esse que corresponde
uma temperatura inferior ao zero absoluto não procede. a um estado de agitação molecular mínima. Há duas escalas

Física
Esse valor poderia ser convertido para a escala Kelvin, absolutas importantes. No Sistema Internacional de Medidas,
primeiramente convertendo –321 °F para a escala Celsius (você a escala absoluta de temperaturas é a escala Kelvin. Nela,
vai achar –196 °C) e depois somando 273 a esse resultado
o zero absoluto corresponde à temperatura de –273,15 °C (0 K).
(você vai achar 77 K).
No Sistema Inglês, temos a escala Rankine, cujo zero absoluto
corresponde à temperatura de –459,67 °F (0 °R).
Questão 11 – Letra B
Comentário: A escala Celsius é uma escala relativa, baseada
Questão 15 – Letra A
nos pontos de fusão e de ebulição da água a pressão de 1 atm.
Ela é usada no dia a dia para expressar temperaturas comuns, Comentário: O limite inferior para a temperatura é –273,15 °C.
como a temperatura ambiente e a temperatura do nosso Nas escalas Kelvin e Fahrenheit, essa temperatura vale 0 K e
corpo. Nos Estados Unidos, essa escala não é muito conhecida, –459,67 °F, respectivamente. Nenhum corpo pode atingir esse
lá a temperatura usada no dia a dia é a escala Fahrenheit, estado, ou um de temperatura ainda mais baixa. Assim, apenas
que também é uma escala relativa. A escala Kelvin é uma
as temperaturas de 32 °F e de –250 °C são possíveis entre as
escala absoluta, baseada no grau de agitação das moléculas.
apresentadas no enunciado da questão.
A temperatura de zero kelvin (zero absoluto) é aproximadamente
igual a –273 °C. Essa temperatura é, na realidade, inatingível,
correspondendo a um estado sem agitação molecular. Questão 16 – Letra B
Essa escala Kelvin é mais usada no meio científico, como, por Comentário: A temperatura TC = –271,25 °C, na escala
exemplo, para calcular pressões ou volumes nas equações de Fahrenheit, vale
estado de gases ou para calcular o rendimento térmico de um
TC/5 = (TF – 32)/9 ⇒
motor de Carnot. Esses assuntos serão estudados em outros
capítulos da termodinâmica. –271,25/5 = (TF – 32)/9

Comente, ainda, que a escala Kelvin é usada em quase todo o TF = –456,25 °F ≅ –456 °F
mundo, mas, nos Estados Unidos, por exemplo, a escala absoluta A temperatura TC = –271,25 °C, na escala Kelvin, vale
de temperatura não é a escala Kelvin, e sim a escala Rankine.
O zero absoluto na escala Rankine é aproximadamente igual a T = TC + 273,15 =
–460 °F (figura a seguir). –271,25 . 273,15 . 1,9 K ≅ 2 K
Celsius Kelvin Fahrenheit Rankine
Vaporização °C K °F °R Questão 17 – Letra D
da água
100 373,15 212 671,67
(760 mmHg) Comentário: Os modelos apresentados nas letras A, B e C
Congelamento mostram as bolinhas conectadas entre si por algum tipo
da água 0 273,15 32 491,67
de elemento de ligação (por exemplo, pinos). Isso ocorre
(760 mmHg)
nos sólidos, em que os átomos ou as moléculas acham-se
Zero absoluto –273,15 °C 0K –459,67 °F 0 °R
fortemente unidos por ligações químicas. Por isso, os sólidos
são mais difíceis de serem deformados. Por exemplo,
Bulbo Bulbo Bulbo Bulbo
os sólidos, de uma forma geral, apresentam grande resistência
sensor sensor sensor sensor
à compressão. O modelo apresentado na letra E mostra
as bolinhas livres (ausência de elementos de ligação),
Questão 12 – Letra A
em movimento e distantes umas das outras. Isso ocorre nos gases,
Comentário: A temperatura de –273,15 °C é inatingível.
em que os átomos ou as moléculas acham-se desagregados.
Na escala Kelvin, essa temperatura é o conhecido 0 K.
Por isso, os gases são mais facilmente comprimidos do que
A matéria submetida a qualquer pressão e em qualquer lugar
os sólidos. Na letra D, não há exatamente ligação entre as
do Universo pode ser resfriada até as proximidades do 0 K,
mas a temperatura não pode atingir exatamente esse valor e bolinhas, mas elas estão próximas e com pouco movimento.
nem valores abaixo dele. Por isso, a temperatura de –300 °C Esse é o melhor modelo para representar o estado vítreo,
não faz sentido físico. e também o líquido.

Bernoulli Sistema de Ensino 25

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Questão 18 – Letra B Questão 21 – Letra B
Comentário: No estado sólido, uma substância é formada Comentário:
por átomos ou moléculas fortemente ligados. Essas ligações I. Tensão superficial
formam uma grande rede cristalina (1ª figura a seguir). Quando A superfície livre da água, como a superfície de um lago,
a substância passa do estado sólido para o estado líquido, comporta-se como uma membrana elástica. As moléculas
o volume geralmente aumenta (aumento da ordem de 10%). da água na superfície são atraídas mais fortemente pelas
O aumento da separação entre os átomos ou moléculas produz moléculas da água abaixo da superfície, de modo que a
um decréscimo da força de ligação entre essas partículas. superfície fica “esticada”.
O espaço entre os átomos ou moléculas é vazio (2ª figura). Essa propriedade decorre da tensão superficial da água.
Por isso, insetos e outros animais pequenos podem pousar
na superfície da água sem afundar (foto a seguir).
Observe que a água se curva debaixo das patas da aranha,
de modo que a força elástica da membrana da água
(e não o empuxo) é que equilibra o peso do aracnídeo.

Ian Kirk / Creative Commons


Sólido Líquido

Questão 19 – Letra C
Comentário: Um pequeno inseto pode caminhar sobre a
água sem afundar porque a superfície da água comporta-se
como uma membrana elástica. Essa propriedade da água
II. Capilaridade
e dos líquidos em geral é chamada de tensão superficial.
A figura mostra um modelo para representar o equilíbrio de um Quando um líquido está em contato com uma superfície
sólida, há duas forças importantes: a força de coesão que
corpo flutuando na água devido à tensão superficial: o peso P
mantém as moléculas do líquido unidas e a força de adesão
do corpo é equilibrado pelas forças periféricas Fs geradas pela
da superfície sobre o líquido. Quando a água toca em uma
tensão superficial.
parede de vidro, a força de adesão é maior do que a de
Fs Fs coesão, de modo que a água tende a subir pela parede.
Em um tubo, quanto menor for o diâmetro, mais evidente
será esse efeito (figura a seguir).
Esse fenômeno é chamado de capilaridade em alusão ao
fato de que a água tende a se elevar de vários milímetros
quando o tubo é bem fino (tubo capilar).
P

Questão 20 – Letra B
Comentário: Outra experiência para demonstrar a tensão
superficial consiste em colocar cuidadosamente uma lâmina
de barbear sobre a água. Embora feita de aço, a lâmina flutua
na água (figura). De acordo com o Princípio de Arquimedes,
a lâmina deveria afundar, pois o aço é mais denso que a água.
A explicação é a tensão superficial, que gera uma força voltada
para cima na lâmina e que atua em torno da periferia da lâmina. III. Viscosidade
Essa é a força que anula o peso da lâmina. Pressionando a
Nas mesmas condições, a água escoa com mais facilidade
lâmina com o dedo, a tensão superficial será rompida, e a
do que o mel, porque ela é menos viscosa. A viscosidade
lâmina irá afundar. do fluido está relacionada à sua dificuldade de escorrer.
O mel é um exemplo de fluido muito viscoso (foto a seguir).
Istockphoto

26 Coleção EM2

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Manual do Professor

Questão 22 – Letra D Além disso, a relação entre as temperaturas nas duas escalas é:

Comentário: De acordo com a tabela dada neste problema, TC/5 = (TF − 32)/9
podemos desenhar as duas escalas mostradas na figura a seguir Substituindo a primeira equação na segunda, obtemos o valor
e estabelecer a seguinte relação entre a temperatura T da água
da temperatura na escala Celsius:
no tanque e a leitura de resistência elétrica R.
TC/5 = (2TC + 2 . 32)/9 ⇒ TC = 150 °C
a/b = (T − 20)/(46 . 20) = (R − 34)/(73–34)
Substituindo, nesta fórmula, a temperatura T = 35 °C, obtemos
Questão 25 – Letra D
o seguinte valor para a resistência R:
Comentário: As diferenças entre os pontos de ebulição da água
(35–20)/(46 . 20) = (R − 34)/(73 . 34) ⇒ R = 56, 5 ≅ 57
e de fusão do gelo à pressão de 1 atm nas escalas Celsius e
T(ºC) R Fahrenheit são iguais a

Física
Diferença em °C = 100 °C − 0 °C = 100 °C

Diferença em °F = 212 °F − 32 °F = 180 °F


46 73
Portanto, como uma variação na temperatura de 100 °C
equivale a uma diferença de 180 °F, concluímos que uma
b T R diferença de 1 °C corresponde a uma diferença de 1,8 °F. Logo,

a a diferença de 60 °C entre as temperaturas máxima no verão


e mínima no inverno verificadas em 1994 nos Estados Unidos
20 34 corresponde a uma diferença na escala Fahrenheit de:

(1,8 °F/1 °C)60 °C = 108 °F

Questão 26 – Letra A
Questão 23 – Letra B
Comentário: A figura mostra o termômetro, com as duas
Comentário: De acordo com a figura da questão, podemos
únicas marcações que não se apagaram, ao lado de uma régua.
desenhar as três escalas mostradas na figura a seguir e
De acordo com essa figura, podemos achar que a temperatura
estabelecer a seguinte relação entre as escalas A, B e Celsius:
de Pedrinho é T = 38,5 °C usando a seguinte relação
a/b = (TC − 0)/(100 . 0) = (TA − 10)/(80–10) = [TB −(−10)]/[90 −(−10)]
entre a temperatura T e as indicações de 35 °C e de 42 °C
Fazendo um pouco de álgebra, obtemos as seguintes relações no termômetro e os comprimentos a = 5 cm e b = 10 cm
entre as escalas Celsius e A e entre as escalas A e B:
medidos pela régua. Portanto, Pedrinho estava com febre.
TC = 10(TA − 10)/7
a/b = 5/10 = (T – 35)/(42 . 35) ⇒ T = 38,5 °C
TB = [10(TA − 10)/7]–10
Substituindo na primeira fórmula a temperatura TA = 17 °Α,
obtemos a seguinte temperatura Celsius: 42
10
9

TC = 10(17 . 10)/7 . 10 °C
8

E substituindo na segunda fórmula a temperatura TA = 17 °C,


7

b
6

obtemos a seguinte temperatura na escala B: T


5

TB = [10(17 . 10)/7]–10 . 0 °B
4

a
3

T(°C) °A °B
2
1

35
0

100° C 80° A 90° B




b
TC2 TA2 TB


a Questão 27 – Letra A
0 10° A –10° B Comentário: O gráfico entre as temperaturas nas escalas Celsius
e Fahrenheit dado neste exercício permite escrever a seguinte
relação (equação da reta do gráfico) TF = aTC + b. O coeficiente
angular a é a inclinação da reta, enquanto o coeficiente linear b
Questão 24 – Letra C
é o ponto em que a reta corta o eixo vertical do gráfico:
Comentário: Como temperatura de um corpo escrita na escala
Fahrenheit excede em duas unidades o dobro da temperatura a = (212 . 32)/100 . 1,8 °F/°C e b = 32 °F
desse corpo escrita na escala Celsius, podemos escrever: Portanto, a equação da reta é TF = 1,8 TC + 32. Substituindo
TF = 2TC + 2 o valor TF = 10,4 °F nessa equação, obtemos TC = −12 °C.

Bernoulli Sistema de Ensino 27

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Questão 28 – Letra B Questão 31 – Letra B
Comentário: De acordo com o gráfico dado, a relação Comentário: Para resolver esta questão, você pode usar a
matemática entre as escalas X e Kelvin é a seguinte: mesma ideia do caso em que a água sobe por um tubo de vidro.

(X – 0)/(K − 273) = (200 . 0)/(373 . 273) ⇒ Assim, como a água sobe pelas paredes do tubo, porque a força
de adesão das moléculas do vidro sobre as moléculas da água
X/(K − 273) = 2 ⇒
é maior do que a força de coesão entre as moléculas da água,
X = 2K − 546 a gasolina tende a subir pela régua de madeira, porque a força

Substituindo X = −392 °X (temperatura de condensação do de adesão da madeira sobre a gasolina é maior do que a força

nitrogênio) nessa relação, obtemos a temperatura de 77 K na de adesão entre as moléculas da gasolina.


escala Kelvin.
Questão 32
Questão 29 – Letra B Comentário:
Comentário: Em geral, a força de coesão entre os atómos A) Com o aquecimento do óleo, calor é transferido ao ar confinado
do mercúrio é grande, e isso tende a mante-los juntos (foto).
no tubo capilar. A temperatura do ar aumenta, mas a pressão
Assim, como a força da gravidade atrai todas as partes de do ar não. Essa pressão é imposta pelo peso da pequena
um planeta para o centro, dando ao astro a forma esférica coluna de mercúrio sobre o ar e pela pressão atmosférica do
característica, a força de coesão é o agente que molda a forma ar ambiente. O volume do ar aumenta, pois o ar sofre dilatação
esférica de gotas de mercúrio sobre o chão. Em um tubo capilar,
(o selo de mercúrio é empurrado para cima).
como o de um termômetro, o mercúrio não molha o vidro,
B) Para fazer o arranjo funcionar como termômetro,
pois a força de coesão entre os atómos é muito maior que a
precisamos marcar dois pontos de referência para a
força de atração que esses atómos sofrem com as moléculas
na superfície do vidro. coluna de ar dentro do tubo capilar. Com a ajuda de um
termômetro comercial, podemos medir duas temperaturas
T 1 e T 2 do óleo, uma correspondendo ao mais frio,
e outra, ao óleo mais quente. Essas duas temperaturas
estariam associadas às colunas h1 e h2 da coluna de ar
do tubo, conforme mostrado na figura a seguir. Para uma
altura genérica h da coluna de ar, a temperatura do banho
será dada por:

a T − T1 h − h1
= =
b T2 − T1 h2 − h1
sxc.hu

Questão 30 – Letra E
Comentário: Vamos analisar cada afirmativa separadamente:

A) (V) No estado gasoso, as partículas (átomos ou moléculas)


estão em movimento desordenado e afastadas entre si.

B) (V) Devido à massa e velocidade, as partículas possuem


energia cinética.

C) (V) Há certa agregação das partículas no estado líquido,


enquanto nos gases não há tal agregação.

D) (V) À medida que as partículas de um gás se deslocam T2 h2


aleatória e continuamente, elas se chocam contra as
paredes do recipiente que contém o gás, exercendo força
b T h
contra essas paredes e, consequentemente, uma pressão.
a
E) (F) No estado sólido, há muita agregação das partículas,
T1 h1
mas, mesmo assim, há um movimento de vibração entre
elas. O fato é que os átomos ou moléculas apresentam
energia cinética nos três estados da matéria.

28 Coleção EM2

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Manual do Professor

Questão 33 Portanto, considerando apenas as forças gravitacionais e


de empuxo, um inseto de densidade 1 015 kg/m3 não pode
Comentário:
flutuar nessa água.
A) Como 44 °C correspondem a 100 °M, e 36 °C a 0 °M,
concluímos que uma diferença de temperaturas de 8 °C (V) Na figura III, o inseto não está deslocando água, de modo

corresponde a uma diferença de temperaturas de 100 °M. que não há empuxo sobre ele. O inseto flutua na água

Então, ao dividirmos o último valor pelo primeiro, porque o seu peso está sendo equilibrado pelas forças da
obtemos 100 °M/8 °C = 12,5 °M/°C. Isso significa que membrana elástica da água, que são geradas pela tensão
uma variação de temperatura de 1 °C corresponde a uma superficial da água.
variação de temperatura de 12,5 °M. Assim, por exemplo,
se a temperatura de um paciente com febre abaixar
Seção Enem
1 °C (caindo, por exemplo, de 40 °C para 39 °C), essa

Física
temperatura, na escala médica, diminuirá de 12,5 °M
Questão 01 – Letra A
(caindo de 50 °M para 37,5 °M. Veja os cálculos no próximo
item para entender por que 40 °C é igual a 50 °M). Eixo cognitivo: IV

B) De acordo com os dados fornecidos no enunciado desta Competência de área: 2


questão, podemos desenhar as duas escalas mostradas Habilidade: 7
na figura a seguir e estabelecer a seguinte relação entre
Comentário: Uma vez que a finalidade do fluido arrefecedor
a temperatura TC na escala Celsius e a temperatura TM na
é evitar o superaquecimento do motor, transferindo energia
escala médica:
térmica deste para a atmosfera, dentre as propriedades
a/b = (TC − 36)/(44 . 36) = (TM − 0)/(100 0) ⇒ apresentadas como alternativas, o alto calor específico seria a
TM = 12,5(TC − 36) mais desejada. Considerando que os gradientes de temperatura
Substituindo a TC = 40 °C, obtemos atuam no motor e o fluido arrefecedor e a atmosfera possuem

TM = 12,5(40 . 36) = 50 °M valores ideais para um bom funcionamento, será transferida


a maior quantidade de energia Q para um calor específico c:
T(°C) TM(°M)
Q = m.c.∆t => Q α c

44 100 Questão 02 – Letra D




TC2 TM Eixo cognitivo: IV


b
T2


a Competência de área: 2
36 0
Habilidade: 7

Comentário: Tendo TE como a temperatura de equilíbrio ideal:

∆QRecebido = –∆QFornecido
Questão 34 – V V F V
mAF.cA.(TE–10) = -mAQ.CA(TE–40)
Comentário:

(V) De acordo com a Figura I, dada nesta questão, a 8 °C, Calculando as massas de água quente e fria em função da

a densidade da água pura é de 999,85 kg/m , portanto,


3 massa total (mt):

menor que a densidade do inseto, que é de 999,90 kg/m . 3


mT 2.mT
mAF = e mAQ =
Por isso, se o inseto ficar parado imerso na água, ele afundará. 3 3

(V) De acordo com a Figura II, quanto maior a salinidade da Chegamos ao valor de TE:
água, maior a densidade da água, que pode ficar maior que
mT 2.mT
a densidade do inseto. Por isso, o inseto pode flutuar na água .c A (TE − 10) = − .c A (TE − 40)
3 3
mesmo que suas patas furem a membrana elástica gerada pela TE − 10 = − 2TE − 40
tensão superficial da água. Nesse caso, a flutuação deve-se TE = 30 °C
ao equilíbrio do peso do inseto com o empuxo.

(F) À temperatura de 4 °C, a densidade da água pura é Se a temperatura obtida foi de 16 °C, temos:
praticamente 1 000,0 kg/m3 (Figura I). Portanto, 1 L (0,001 m3) Variação de temperatura ∆T = 30 . 16 . 14 °C
de água a 4 °C tem uma massa de 1 000 g. Dissolvendo
∆T 14
200 g de sal nessa massa, a salinidade será de 20 g de = ≅ 47 %
TQ 30
sal por 100 g de água. De acordo com a Figura II, para
essa salinidade, a densidade da água é de 1 000,15 kg/m3. Logo, de acordo com a tabela, o selo deve ser o D.

Bernoulli Sistema de Ensino 29

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Questão 03 – Letra C C) Incorreta. Moléculas a –180 °C apresentam menor agitação
do que a –130 °C, pois a 1ª temperatura é mais baixa do
Eixo cognitivo: IV
que a 2ª.
Competência de área: 1
D) Correta. Como a temperatura de –32 °C corresponde a 241 K,
Habilidade: 3 moléculas a temperatura –32 °C apresentam a mesma
agitação do que a 241 K.
Comentário: Com a introdução do bloquinho o nível da
agua subirá, aumentando de volume de acordo com a parte E) Incorreta. Como a temperatura de 100 K corresponde a
submersa do bloquinho, isso ocorre porque o gelo é menos –173 °C, moléculas a essa temperatura apresentam menos
agitação do que a 100 °C.
denso que a agua liquida, e a parte submersa do bloquinho
ocupa um volume corresponde a toda a massa do gelo em
Questão 06 – Letra D
agua liquida. Após o derretimento do gelo, a agua que
Eixo cognitivo: III
compõe o bloquinho passa a ter a mesma densidade da agua
do copo, e, portanto, vai ocupar o volume que a parte que Competência de área: 5

estava submersa do bloquinho ocupava, assim o nível na Habilidade: 17


agua não se altera. Comentário: As temperaturas da Terra de 59° e de Plutão de
–328° foram apresentadas sem as unidades de medida. Essas
Questão 04 – Letra E temperaturas não podem estar expressas em graus celsius,
pois a temperatura média na Terra não seria tão elevada como 59 °C
Eixo cognitivo: III
(a temperatura média global da Terra é em torno de 15 °C) e o
Competência de área: 6 planeta Plutão, apesar de ser muito frio, não poderia apresentar
Habilidade: 21 uma temperatura de –328  °C, já que esse valor é inferior a
–273 °C, que corresponde ao zero absoluto na escala Kelvin, uma
Comentário: A temperatura média em Marte é muito baixa,
temperatura que, na prática, não pode ser atingida. Contudo, na
valendo apenas –55 °C = 218 K (tabela dada na questão). escala Fahrenheit, as temperaturas de 59 °F e de –328 °F, além
Essa temperatura é muito menor do que a temperatura de de possíveis, fazem sentido para as temperaturas da Terra e de
fusão da água: 0 °C a 1 atm. A pressão atmosférica em Marte Plutão. Essas temperaturas, convertidas para a escala Celsius e
é muito menor que a da Terra. Por isso, o ponto de fusão da Kelvin, são iguais a 15 °C (288 K) e –200 °C (73 K).
água em Marte é um pouco maior que 0 °C, impossibilitando
definitivamente a existência de água líquida em Marte. Questão 07 – Letra C
Na verdade, o efeito da pressão sobre o ponto de fusão é fraco. Eixo cognitivo: III
Mesmo que a pressão em Marte seja muito baixa, o ponto de Competência de área: 5
fusão do gelo não é muito maior que 0 °C. Habilidade: 17
Comentário: O valor preciso da temperatura de 86 °F,
Pressão (atm) convertido para a escala Celsius, é:
5 5
TC = (TF − 32) ⇒ TC = (86 − 32) ⇒ TC = 30 °C
9 9
Líquido
Usando o método prático, o viajante obtém um resultado
Gelo 2 graus abaixo do correto:
86 − 30
Vapor TC = = 28 °C
2

0 0,01 Temperatura (°C) Questão 08 – Letra E


Eixo cognitivo: III
Questão 05 – Letra D Competência de área: 5
Eixo cognitivo: II Habilidade: 17

Competência de área: 5 Comentário: Se confirmada a previsão do tempo,


a temperatura de 40 °F na cidade de Nova York corresponderá,
Habilidade: 17
na escala Celsius, ao seguinte valor:
Comentário: Analisaremos cada uma das alternativas:
5 5
TC = (TF − 32) ⇒ TC = (40 − 32) ⇒ TC = 4, 4 °C
A) Incorreta. Como a temperatura de 373 K corresponde 9 9
a 100 °C, moléculas a essa temperatura apresentam mais Portanto, estará muito frio em Nova York. Se usássemos o
agitação do que a 0 °C. método prático do viajante da questão anterior, acharíamos
B) Incorreta. Como a temperatura de 100 °C corresponde um valor de temperatura igual a:

a 373 K, moléculas a essa temperatura apresentam mais 10 − 30


TC = = 5 °C
agitação do que a 273 K. 2

30 Coleção EM2

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Manual do Professor

Questão 09 – Letra D Questão 02


Eixo cognitivo: III Comentário: A dilatação térmica de um corpo depende de

Competência de área: 6 três fatores: do aumento da temperatura, do seu material


e do seu tamanho. Para a mesma elevação de temperatura,
Habilidade: 21
um corpo grande dilata mais significativamente do que
Comentário: Embora o arranjo molecular do cristal sofra alteração um corpo pequeno do mesmo material. Por isso, um cabo
com a temperatura, ele é uma grandeza microscópica que não é de transmissão dilata muito mais no seu comprimento
indicada pelo termômetro de cristal apresentado nessa questão. do que no seu diâmetro. Na verdade, como a dilatação é
Nesse caso, a cor de determinado cristal é que se modifica de proporcional ao comprimento, um cabo de comprimento 10 km
acordo com a temperatura do paciente. Portanto, a propriedade (10 milhões de milímetros) e diâmetro 10 mm dilata um
termométrica do termômetro de cristal de líquido é a cor do cristal. milhão de vezes mais no comprimento do que no diâmetro.
Note que a escala do termômetro mostrado na foto está dividida

Física
Por isso, quando uma linha de transmissão está transportando
de um em um grau. Embora haja uma graduação de cor no cristal, muita corrente, ficando quente, vemos o cabo com uma “barriga”
o fato é que a escala desse termômetro tem resolução de apenas bem grande, mas nem percebemos que o cabo ficou um
um grau, e não de décimos de grau como nos termômetros de pouquinho mais grosso (foto a seguir).
coluna de mercúrio.

Questão 03
Andres Rueda

Comentário: A ideia do experimento é a de que, quando os


fios forem aquecidos, eles sofrerão dilatação e, assim, serão
aproximados até se tocarem. Com isso, o circuito ficará fechado

CAPÍTULO – A2 e haverá passagem de corrente elétrica, que será evidenciada


pelo acendimento da lâmpada. Para uma maior eficiência do
experimento, devem ser utilizados fios de cobre, já que o cobre
Dilatação térmica sofre mais dilatação que o aço para uma mesma variação
de temperatura.

Exercícios de aprendizagem Questão 04


Comentário:
Questão 01
A) Se o cabo for instalado no verão, ele deverá ter mais
Comentário: A temperatura é uma propriedade da matéria
do que 100 m, que é a distância entre os dois postes.
que mede o grau de agitação das moléculas. Quanto maior a
Caso contrário, quando a temperatura abaixar no inverno,
temperatura, maior é essa agitação molecular e, por conseguinte,
e o cabo contrair, ele irá se arrebentar, pois suas extremidades
maior é a distância média entre as moléculas. Assim, quando um
estão presas nos postes. A 1ª figura a seguir mostra o
corpo é aquecido, suas moléculas se distanciam, resultando na
cabo no verão com um comprimento L maior que 100 m.
dilatação térmica. O distanciamento entre as moléculas, gerado
A 2ª figura a seguir mostra o cabo no inverno. No verão, se o
pelo aquecimento, é uma característica microscópica da matéria,
engenheiro dimensionou o cabo exatamente para atender a
que implica a dilatação térmica, uma característica macroscópica
contração causada pela redução de temperatura ∆T = 40 °C
da matéria. Nos líquidos, a dilatação térmica é mais evidente do
da cidade (amplitude térmica entre o verão e o inverno),
que nos sólidos porque a ligação entre as moléculas nos líquidos
o cabo no inverno terá seu comprimento contraído para
é, em geral, mais fraca do que nos sólidos.
L0 = 100 m. Lembrando que o coeficiente de dilatação
Observe ainda que, no resfriamento, há retração térmica. térmica linear do cobre é αCu = 17 . 10–6 °C–1 (Tabela 1 no
Obviamente, esse fenômeno também pode ser analisado a Caderno Principal) e substituindo esse valor na fórmula para
partir da relação entre temperatura e agitação molecular. calcular a dilatação térmica ∆L do cabo do inverno para o
Quando a temperatura diminuiu, a agitação e o distanciamento verão, obtemos o seguinte resultado:
molecular diminuem (característica microscópica da matéria), ∆L = L0 αCu ∆T = 100.17 . 10–6.40 ⇒
implicando a retração térmica (característica macroscópica). ∆L = 0,068 . 0,07 m

Bernoulli Sistema de Ensino 31

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Logo, o comprimento no verão deve ser B) (1) A equação para o volume de um cubo é simplesmente
L = 100 . 0,07 . 100,07 m. V = L3. Para obtermos o volume em litros, devemos
utilizar o comprimento da aresta em metros, ou seja,
T = T0 + ∆T
L = 1,001 m, e, portanto, o volume será V ≅ 1,003 m3.
L Como o volume inicial era 1,000 m3, percebemos que a
variação do volume foi de 0,003 m3, o que corresponde
a 3 L (já que 1 m3 = 1 000 L).
100 m (2) Para a dilatação volumétrica, teremos:
T0
γ = 3α = 30 . 10–6 °C–1.
L0 = 100
Assim:

∆V = V0. γ. ∆T ⇒

∆V = 1 m3 . 30 . 10–6 °C–1 . 100 °C ⇒


B) Se fosse instalado no inverno, como explicado no item A,
∆V = 3,0 . 10–3 m3
o cabo deveria ter o comprimento mínimo de 100 m.
que também corresponde a 3 L.
Questão 05 C) Isso ocorre devido ao fato de um corpo oco se dilatar
Comentário: Supondo uma temperatura inicial T0 . 20 °C da mesma forma que um corpo sólido. A dilatação das
antes da decolagem, a elevação de temperatura em voo será
dimensões lineares do corpo independe de ele ser ou não
∆T = 300 °C – 20 °C = 280 °C. Lembrando que o coeficiente
maciço.
de dilatação térmica linear do titânio é αTi = 10 . 10–6 °C–1
(Tabela 1 no Caderno Principal) e que o comprimento em terra
do Concorde é L0 . 62 m, substituindo esse valor na equação Questão 08
para calcular a dilatação térmica ∆L da fuselagem, obtemos o Comentário: O funcionamento do dispositivo mostrado no
seguinte resultado: exercício é possível devido à diferença existente entre o
∆L = L0 αTi ∆T = 62.10 . 10–6.280 ⇒ ∆L = 0,17 m = 17 cm coeficiente de dilatação dos metais constituintes da barra.
Sendo assim, quando aquecidos, um sofrerá uma deformação
Questão 06
maior que a do outro, porém, por estarem presos um ao outro,
Comentário: Primeiramente, vamos calcular as dilatações nos
o que sofrer a menor dilatação obrigará o outro a se curvar
comprimentos das duas barras, lembrando que L0 . 100 cm
sobre ele, fazendo com que a barra como um todo fique com
e ∆T = 100 °C – 20 °C = 80 °C são iguais para as duas
barras, α de alumínio (αalumínio = 23 . 10–6 °C–1) e α de invar a forma curva e se aproxime do contato. O ideal é que os dois
(αinvar = 1,5 . 10–6 °C–1): metais tenham coeficientes bem diferentes. Para esse sistema,

∆Lalumínio = L0 αalumínio ∆T = 100.23 . 10–6.80 ⇒ ∆Lalumínio = 0,184 cm M2 poderia ser alumínio e M1 poderia ser o aço comum.

∆Linvar = L0 αinvar ∆T = 100.1,5 . 10 .80


–6
⇒ ∆Linvar = 0,012 cm
Portanto, a diferença entre os comprimentos das duas barras Questão 09
a 100 °C é 0,184 cm menos 0,012 cm, ou seja, 0,172 cm. Comentário:
Observe que, como L0 e ∆T são comuns para as duas barras, A) Um aquecimento resultará em um aumento dos segmentos
esse problema poderia ser resolvido aplicando de uma só vez
AB e BC, mesmo que o segmento BC represente o raio
a equação da dilatação térmica, mas usando um coeficiente de
do furo. Caso a placa fosse resfriada, eles fi cariam mais curtos.
dilatação relativo αrel = αalumínio – αinvar = 23 . 10–6 . 1,5 . 10–6 =
21,5 . 10–6 °C–1:
B) Utilizando o Teorema de Pitágoras, descobrimos facilmente
Diferença de comprimentos =
que o segmento AD tem comprimento igual a 50 cm. Após
L0 αrel ∆T = 100 . 21,5 . 10–6 . 80 . 0,172 cm atingir a temperatura de 520 °C, o segmento AD terá o
tamanho:
Questão 07
Comentário: ∆(AD) = (AD)0.α.∆T ⇒

A) Como estamos interessados na dilatação de um comprimento, ∆(AD) = 50 cm . 23 . 10–6 °C–1 . 500 °C ⇒


devemos utilizar a equação da dilatação linear.
∆L = L0.α.∆T ⇒ ∆(AD) = 0,575 cm

∆L = 1 000 mm.10 . 10–6 °C–1. 100 °C ⇒   Portanto,  o  comprimento  fi nal  do  segmento  AD  será, 

∆L = 1 mm aproximadamente, 50,6 cm.

Encontramos ∆L, porém o exercício pede o comprimento Para o raio do furo, o procedimento é idêntico, porém,
fi nal, assim: o comprimento inicial dessa vez será 10 cm, que
∆L = L – L0 . 1 mm ⇒ L = 1 mm + L0 . 1 001 mm corresponde à metade do diâmetro.

32 Coleção EM2

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Manual do Professor

Devemos fazer o cálculo como se o furo fosse feito do ∆Vgasolina = V0.γgasolina.∆T ⇒


mesmo material que a placa, portanto: ∆Vgasolina = 50 L.9 . 10 –4 °C–1.20 °C ⇒
∆R = R0 . α.∆T ⇒ ∆Vgasolina = 0,9 L

∆R = 10 cm.23 . 10 –6
°C .500 °C ⇒
–1 Conclui-se que o volume de gasolina que derramou
corresponde a 0,9 L da variação do volume da própria
∆R = 0,115 cm gasolina menos 0,033 L da variação do volume do tanque,
Essa é a variação do raio, porém, estamos procurando o resultando, portanto, em um derramamento de 0,867 L
comprimento final do raio, que será, aproximadamente, de gasolina.
R = 10,1 cm.
C) Caso o sistema placa + disco seja aquecido, o furo sofrerá Questão 13
uma dilatação maior que o disco (já que o coeficiente de Comentário:
dilatação do alumínio é maior que o do aço) e, portanto, A) O coeficiente de dilatação aparente recebe esse

Física
ele se soltará da placa. Para o caso oposto, se o sistema for nome justamente porque ele é o coeficiente calculado
resfriado, o disco ficará preso à placa, pois o furo sofrerá considerando-se que o volume derramado corresponde à
uma contração maior que o disco. dilatação real do líquido, mesmo que na verdade não seja
isso que ocorra. Assim, para determinarmos o coeficiente
Questão 10 de dilatação aparente, devemos realizar o seguinte cálculo:
Comentário: Primeiramente, o calor por radiação proveniente ∆Vaparente = V0.γaparente.∆T ⇒
da chama da vela aquece o vidro do termômetro, que sofre 20 cm3 . 200 cm3 . γaparente . 200 °C ⇒
uma dilatação antes do próprio mercúrio dentro do termômetro. γaparente = 5 . 10–4 °C–1.
Havendo mais espaço no termômetro, a coluna de mercúrio
abaixa momentaneamente. Depois de alguns segundos, B) O coeficiente de dilatação volumétrica real do líquido será
o mercúrio também é aquecido. Por ter um coeficiente de o coeficiente de dilatação aparente mais o coeficiente do
dilatação maior que o do vidro, o mercúrio apresenta, na recipiente, no caso, o pirex. Assim:
sequência, uma dilatação maior que a do vidro, de modo que γlíquido = γaparente + γpirex ⇒
a coluna de mercúrio se eleva. γlíquido = 5 . 10–4 °C . 9,0 . 10–6 °C–1 ⇒
–1 

γlíquido ≅ 5,1 . 10–4 °C–1.


Questão 11
Comentário: Nós pagamos pelo volume de gasolina que Questão 14
colocamos no tanque do carro, mas o que importa é a massa.
Comentário: A água apresenta um comportamento anormal
No verão, a temperatura é mais alta, de modo que a gasolina
entre 0 °C e 4 °C. Ao se aquecer uma porção de água a 0 °C,
dilata, tornando-se menos densa, isto é, para um mesmo
ao contrário do que acontece com a maioria das substâncias,
volume, a massa de gasolina no verão é menor do que no
ela irá se contrair. Porém, a partir dos 4 °C, a água se
inverno. Assim, perdemos quando abastecemos o carro no
comporta normalmente e, nesse caso, se um termômetro
verão. É por isso que os tanques de gasolina dos postos são
de água marcando 4 °C for aquecido, a coluna de água
enterrados no solo. A alguns metros de profundidade abaixo
se elevará. Se o termômetro fosse resfriado partindo-se
do chão, a variação de temperatura da terra é muito menor do
exatamente dos mesmos 4 °C, a coluna também se elevaria.
que a do ambiente ao longo do ano.
Ao atingir 0 °C, a água congelaria.

Questão 12 Questão 15
Comentário:
Comentário:
A) O que ocorre nesse tipo de situação é que, quando o
A) A massa de qualquer substância ou objeto não depende da
sistema é aquecido, o recipiente no qual o líquido está
temperatura, portanto, variando-se a temperatura, nada
contido também se dilata e, com isso, torna-se capaz de
acontece com a massa.
acomodar um pouco mais de líquido do que à temperatura
B) Devido ao comportamento anômalo da água, teremos
ambiente. Assim, a quantidade de gasolina que derramou
dois comportamentos diferentes. De 0 °C até 4 °C o
não corresponde exatamente à variação de volume
volume da água irá diminuir conforme essa porção de
da gasolina.
água for aquecida, e, de 4 °C até os 8 °C, o volume
B) Primeiro, vamos calcular qual foi a variação no volume do irá aumentar.
tanque: C) Como a massa da água permanece constante durante
∆VT = V0.γAço.∆T ⇒ todo o processo, a densidade irá variar em função do
volume, e, nesse caso, essa variação será inversamente
∆VT = 50 L.33 . 10 –6
°C .20 °C ⇒
–1
proporcional. Sendo assim, de 0 °C até 4 °C, com a
∆VT = 0,033 L diminuição do volume, teremos um aumento na densidade
Isso significa que o tanque é capaz de armazenar 0,033 L da água. Por outro lado, de 4 °C até os 8 °C, será o
de gasolina a mais. Agora, vamos calcular a variação do oposto, haverá um acréscimo de volume e diminuição
volume sofrida pela gasolina. da densidade.

Bernoulli Sistema de Ensino 33

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Exercícios propostos Questão 05 – Letra B
Comentário: Inicialmente, as lâminas M1 (cobre) e M2 são
Questão 01 – Letra C planas e horizontais e apresentam comprimentos iguais
Comentário: De acordo com o gráfico mostrando as dilatações (Figura I). De acordo com o enunciado da questão, quando
dos fios A e B em função da temperatura, vemos que o a temperatura das placas (temperatura ambiente) aumenta,
comprimento inicial L0 dos fios é igual para a temperatura elas dilatam-se e curvam-se, fechando o circuito elétrico
inicial θ0 . 0. Assim, nós podemos escrever a seguinte equação (Figura II). Nesse processo, a lâmina M2 apresenta no fim
para expressar o comprimento de cada fio em função da um comprimento maior do que a lâmina M1, pois M1 acha-se
temperatura: na parte interna da curvatura da lâmina bimetálica. Como os
comprimentos iniciais das duas peças são iguais e a variação
L − L0 = L0α(θ − θ0) ⇒ L = L0 + (L0α)θ
de temperaturas sofrida por elas também é igual, a lâmina
O termo entre parênteses (produto entre o comprimento
M2 deve ter um coeficiente de dilatação térmica maior que a
inicial e o coeficiente de dilatação térmica linear) representa
lâmina M1. Para o circuito ser ligado com o menor aumento
o coeficiente angular da equação das retas apresentadas no
de temperatura, a lâmina M2 deve ser de alumínio, pois,
gráfico desta questão. Como L0 é igual para os fios A e B,
entre os metais apresentados na tabela, o alumínio é o que
concluímos que o fio A é aquele com o maior coeficiente de
apresenta o maior coeficiente de dilatação.
dilatação, pois a reta do fio A é a mais inclinada.
Outra forma de resolver essa questão é simplesmente Questão 06 – Soma = 23
explicando que os fios apresentam comprimentos iguais na
Comentário:
temperatura inicial. Quando aquecidos, o fio A dilata mais do
que o fio B. O motivo para isso é que o fio A apresenta maior 01. (V) A maioria das substâncias sofre dilatação quando a
coeficiente de dilatação térmica do que o fio B. temperatura aumenta. Há exceções, isto é, substâncias
que se dilatam quando a temperatura diminui, sendo a

Questão 02 – Letra A água entre 0 °C e 4 °C o exemplo mais conhecido.

Comentário: Calibrado a 20 °C, o relógio irá atrasar quando 02. (V) Os corpos vazados se dilatam como se fossem maciços.
a temperatura aumentar, pois o comprimento do pêndulo 04. (V) Um copo de vidro grosso tende a se quebrar quando
aumentará (dilatação térmica), de modo que o período de nele é colocado água quente. A parede interna do copo se
oscilação do pêndulo também aumentará. Como esse período aquece e se dilata, enquanto a parede externa permanece
regula o avanço das horas no relógio, elas irão fluir de forma fria e não sofre dilatação. Isso gera tensões térmicas no
mais lenta. Por outro lado, o relógio irá adiantar quando a copo, causando a sua quebra. O aquecimento de um copo
temperatura diminuir abaixo de 20 °C. mais fi no é mais homogêneo. Por isso, um copo de parede
fi na pode abrigar água quente sem tanto risco de se quebrar.
Questão 03 – Letra D 08. (F) De acordo com a equação da dilatação térmica (por
Comentário: Primeiramente, vamos entender por que exemplo, a equação da dilatação linear: ∆L = L0 α ∆T),
as lâminas se curvam para dentro do sistema quando a a dilatação de um corpo é proporcional ao coefi ciente de
temperatura de operação aumenta. A razão disso é porque dilatação térmica (na dilatação linear, ∆L é proporcional a α).
o coeficiente de dilatação da lâmina externa é maior que o 16. (V) Considere um recipiente com líquido até o topo, como
coeficiente da lâmina interna, ou seja, α2 > α1 (ou α1 < α2).
mostrado na 1ª fi gura. Ao ser aquecido, o líquido dilata-se,
Assim, durante o aquecimento, a lâmina externa dilata mais
de modo que há um transbordamento, como mostrado na
do que a interna. Por isso, as lâminas se curvam para dentro
2ª fi gura. Aparentemente, a dilatação desse líquido seria o
do sistema. A regulagem da temperatura de operação é
volume transbordado, ou seja, a dilatação seria aquela que
controlada pelo parafuso, cuja ponta interrompe a curvatura
observamos. Contudo, essa dilatação é apenas aparente,
da parte inferior do sistema, desligando a corrente elétrica e
pois o próprio recipiente também sofre dilatação.
interrompendo o aquecimento do ferro de passar. Obviamente,
quanto mais cedo essa interrupção ocorrer, menor será a
temperatura de operação. De acordo com a figura, é fácil
vermos que essa interrupção será antecipada se o parafuso
estiver mais apertado, pois, assim, a sua ponta estará mais
V0 V
próxima à parte inferior do sistema.

Questão 04 – Letra E
Comentário: Logo, o coeficiente α1 do metal da parte externa
é maior que o coeficiente α2 do metal interno quando a
temperatura se eleva. Como o metal externo se dilata mais
que o metal interno, a espiral tende a se fechar, de modo que
o ponteiro gira no sentido horário, indicando uma elevação na
temperatura na escala do instrumento.

34 Coleção EM2

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Manual do Professor

Questão 07 – Letra E Questão 11 – Letra C


Comentário: A primeira etapa para resolver essa questão Comentário: Supondo que o parafuso e a porca são feitos do
consiste em saber se o arame de aço na forma sofre mesmo material, para afrouxar a porca, há três opções:
aquecimento ou resfriamento. A temperatura inicial de 293 K
1ª opção (resposta da questão): Esquentar apenas a porca.
corresponde, na escala Celsius, ao valor de 20 °C. Portanto,
Assim, o furo da porca vai se dilatar e ela se soltará do parafuso.
o arame de aço sofre aquecimento, de modo que há dilatação.
2ª opção: Resfriar apenas o parafuso. Assim, o diâmetro dele
Todos os elementos geométricos do anel dilatam: o raio R do
vai se retrair e a porca se soltará do parafuso.
anel, o espaçamento L, a área do anel, a espessura do arame,
o volume do arame, etc. 3ª opção (pouco eficaz): Esquentar a porca e o parafuso.
Se o diâmetro da porca for ligeiramente maior que o diâmetro
do parafuso, para uma temperatura muito elevada, a dilatação
Questão 08 – Letra A
da porca poderá ser suficientemente maior que a do parafuso,
Comentário: Na dilatação térmica, todas as dimensões de um
permitindo que a porca se solte do parafuso.

Física
corpo (maciço ou vazado) sofrem dilatação. Assim, quando o
anel de alumínio deste problema é aquecido, o raio interno Ra Questão 12 – Letra C
aumenta de tamanho, e o raio Rb também aumenta. Observe que
Comentário: Vamos analisar as alternativas separadamente.
o raio externo sofre uma dilatação ∆Rb maior do que a dilatação De acordo com o enunciado da questão, à temperatura
∆Ra do raio interno, pois Rb é maior do que Ra. Logo, a largura ambiente, o diâmetro do eixo de aço é maior que o do orifício
radial do anel (Rb − Ra) também dilata, ratificando o fato de que do anel de latão. Sendo assim:
todas as dimensões do corpo sofrem dilatação. A) Se apenas o eixo for resfriado, ele terá o diâmetro contraído
e poderá passar pelo furo do anel.
Questão 09 – Letra D B) Se apenas o anel for aquecido, ele terá o diâmetro dilatado,
Comentário: As dilatações térmicas no diâmetro da esfera (∆d) e o eixo poderá passar por ele.
e no comprimento da barra (∆L) são dilatações do tipo linear
C) Se ambos forem resfriados, como o coeficiente de dilatação
e podem ser calculadas pelas fórmulas a seguir:
(ou retração) do latão é maior que o do aço, o diâmetro do
∆d = d0α∆T e ∆L = L0α∆T furo irá se contrair mais do que o diâmetro do eixo. Agora
é que o eixo não poderá passar mesmo pelo furo.
Como o diâmetro da esfera e o comprimento da barra
D) Se ambos forem aquecidos, como o coeficiente de dilatação
são inicialmente iguais (d 0 = L 0), e ambas as peças são
do latão é maior que o do aço, o diâmetro do furo irá se
feitas do mesmo material (mesmo coeficiente de dilatação
dilatar mais do que o diâmetro do eixo, de modo que o eixo
térmica α), concluímos que, para a mesma elevação de
poderá passar pelo furo.
temperatura ∆T, as dilatações da esfera e da barra serão
iguais. Assim, ∆d/∆L = 1.
Questão 13 – Letra B
Questão 10 – Soma = 49 Comentário: Como apareceu uma folga entre o furo na chapa
e a moeda, concluímos que a dilatação do furo foi maior do
Comentário: Vamos analisar cada afirmativa separadamente.
que a dilatação da moeda. Considerando que ambos (furo e
01. (V) De fato, se o coeficiente de dilatação do rebite for maior moeda) tinham o mesmo diâmetro inicial e que a variação
do que o coeficiente da placa (αA > αB), quando o rebite e de temperatura foi a mesma para os dois, concluímos que o
a placa forem resfriados, a redução no diâmetro do rebite coeficiente de dilatação térmica do material da chapa é maior
será maior do que a redução no diâmetro do furo na placa, do que o coeficiente do material da moeda.
de modo que o valor da folga entre esse furo e o rebite
aumentará.
Questão 14 – Letra D
02. (F) Se αA > αB, quando o rebite e a placa forem aquecidos,
Comentário: A água é uma substância que apresenta um
o aumento no diâmetro do rebite poderá ser maior do que
comportamento anômalo na faixa de temperatura entre
o aumento no diâmetro do furo na placa, de modo que
0 °C e 4 °C para a pressão de 1 atm. Quando aquecida
o valor da folga entre o furo e o rebite poderá diminuir
nesse intervalo de temperatura e nessa pressão, a água não
de valor.
sofre dilatação térmica, mas, sim, uma retração de volume.
04. (F) Independentemente da relação entre αA e αB, se apenas Por isso, a densidade da água aumenta de valor quando ela
o rebite for aquecido, ele sofrerá dilatação, de modo que a é aquecida de 0 °C a 4 °C. De fato, ao ser aquecida até 4 °C,
folga entre ele e o furo na placa irá diminuir. o volume da água atinge um valor mínimo nesse ponto e uma
08. (F) Se αA = αB, quando ambos forem igualmente aquecidos, densidade máxima. Para temperaturas maiores do que 4 °C,
a folga irá aumentar pois o raio RB do orifício da placa é o comportamento da água é padrão, isto é, ao ser aquecida,
inicialmente maior do que o raio RA do rebite. o seu volume aumenta e a densidade diminui. Por isso, os
16. (V) e 32 (V) De fato, se αA for maior, igual ou menor do que gráficos que representam corretamente as variações no
αB e apenas a placa for aquecida, o diâmetro do furo irá volume e na densidade da água entre 2 °C e 6 °C são aqueles
aumentar, de modo que a folga entre esse furo e o rebite mostrados no segundo conjunto de gráficos apresentados na
aumentará. questão (volume V2 e densidade D2).

Bernoulli Sistema de Ensino 35

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Questão 15 – Letra A Os dois novos períodos de oscilação do pêndulo (T’: relógio
a 0 °C no alto da torre; T’’: relógio no solo e a temperatura
Comentário: A substância A, quando resfriada de 4 °C para
é t > 0 °C) são maiores do que o período original, quando
0 °C, torna-se menos densa. Portanto, ela aumenta de volume
o relógio estava no solo e a temperatura de 0 °C. Por isso,
e estoura a garrafa. Por outro lado, a substância B, quando
o relógio atrasa. Se os atrasos são iguais, então T’ = T’’. Assim,
resfriada, torna-se mais densa. Ela, então, tem seu volume
igualando as duas expressões dos novos períodos e fazendo
reduzido, e não estoura a garrafa. alguma álgebra, obtemos

L L + Lαt
Questão 16 – Letra B 2π (R + h) 2πR
=
GM GM
Comentário: Como as barras A e B são feitas do mesmo
Extraindo as raízes quadradas, e fazendo alguma álgebra,
material, ambas apresentam o mesmo coeficiente de dilatação
obtemos a temperatura t
térmica linear α. Como o comprimento inicial da barra B é o
triplo da barra A (L0B = 3L0A), e lembrando que a dilatação (R + h)2L = R2(L+Lαt) ⇒
térmica é diretamente proporcional ao produto entre o
(R2 . 2Rh + h2)L = (1 + αt)R2L ⇒
comprimento inicial e a variação de temperatura (L 0∆T),
concluímos que, para que as dilatações das duas barras sejam t = h(2R + h)/αR2
iguais, a elevação de temperatura da barra A deve ser o triplo
da elevação da barra B. Questão 18 – Letra D
∆TA = 3∆TB ⇒ ∆TB = ∆TA/3 Comentário: A figura a seguir mostra a folga entre os trilhos
quando a temperatura é igual a T0. Depois que a temperatura
Você também pode resolver este problema usando diretamente
se eleva para T, a folga desaparece porque cada trilho se dilata
a fórmula da dilatação térmica para as duas barras, e depois
de um valor ∆L/2 para o lado esquerdo e de ∆L/2 para o lado
comparar as dilatações entre si, como apresentado a seguir:
direito. É por isso que a folga deve ter um valor mínimo igual
Dilatação da barra A: ∆LA = L0Aα∆TA
a ∆L. Lembrando que o coeficiente de dilação do trilho é igual
Dilatação da barra B: ∆LB = L0Bα∆TB
a α e usando a fórmula da diltação térmica linear, obtemos
Por fim, substituindo L0B = 3L0A na primeira fórmula e igualando facilmente o valor da folga mínima entre os trilhos.
as duas dilatações, temos:
Folga mínima entre dois trilhos = ∆L = L0α∆T = L0α(T − T0)
∆LA = ∆LB ⇒
L0Aα∆TA = L0Bα∆TB ⇒
L0Aα∆TA = 3L0Aα∆TB ⇒
TB = ∆TA/3
∆L

Questão 17 – Letra B
Comentário: O período de oscilação T de um pêndulo simples
de comprimento L é dado por

T = 2π L / g

Nesta fórmula, g é a aceleração da gravidade, que pode ser


calculada por Questão 19 – Letra B
g = GM / r 2 Comentário: Apesar de existir ar no meio do furo, quando o

G é a constante universal da gravidade, M é a massa da Terra e disco se dilata, o raio se dilata como se ali existisse alumínio,
r é a distância do ponto em que queremos calcular a aceleração pois um corpo vazado se dilata como se fosse maciço. Assim,
da gravidade até o centro da Terra. Na superfície da Terra, lembrando que o coeficiente de dilatação linear do alumínio é
r = R, sendo R o raio da Terra. Assim, no alto da torre desta α e que a temperatura se elevou de T0 para T, a dilatação do
questão, o período do pêndulo do relógio é raio é dada por

L L ∆R = R – R0 = R0 α(T – T0) ⇒ (R – R0)/R0 = α(T – T0) ⇒


T = 2π = 2π(R + h)
GM / (R + h)2 GM
R/R0 – R0/R0 = α(T – T0) ⇒ R/R0 . 1 + α(T – T0)
No solo, supondo que a temperatura aumente de 0 °C para
uma temperatura t (variação de temperatura ∆t = t – 0 = t), Questão 20 – Letra A
o período do pêndulo será (lembrando que o comprimento do
Comentário: Quando uma barra de comprimento L0 tem
pêndulo aumentará para L + L α t)
a temperatura alterada de ∆θ, o aumento relativo em seu
L + Lαt L + L αt comprimento é dado por:
T " = 2π = 2πR
GM / R 2 GM
(∆L/L0) = α∆θ

36 Coleção EM2

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Manual do Professor

Esse aumento relativo depende apenas do coeficiente de Em seguida, lembrando que o coeficiente de dilatação térmica
dilatação linear da barra (α) e da mudança de temperatura (∆θ). superficial é o dobro do coeficiente de dilatação térmica linear
Todos os quatro vergalhões são feitos do mesmo material e, (β = 2α), nós podemos achar a dilatação superficial da placa de
portanto, apresentam o mesmo coeficiente de dilatação linear. alumínio (coeficiente linear = αAl = 2 . 10−5 °C−1) substituindo a
A elevação de temperatura também foi idêntica para todos os área inicial da placa (A0 . 2,4 m2) e a elevação de temperatura
vergalhões. Assim, o produto α∆θ é constante, e concluímos ∆T = 100 °C (esse valor é a diferença entre a temperatura
que todas as partes do quadro se dilatam, relativamente, de final de 80 °C e a temperatura inicial de −20 °C) na fórmula da
forma igual. O resultado disso é que o quadro se dilata sem dilatação superficial, como apresentado a seguir:
deformar a sua forma inicial e, consequentemente, sem gerar
∆A = A0β∆T = 2,4(2.2 . 10−5)100 . 0,0096 m2 . 96 cm2
esforços internos.

Questão 24 – Letra E
Questão 21 – Letra A
Comentário: Um corpo vazado se dilata como se fosse maciço.

Física
Comentário: O anel de aço (αaço = 1,1 . 10−5 °C−1), com diâmetro
Por isso, a chapa de cobre, de lado L, e o quadrado, também
d0a = 1,198 m a 28 °C, é menor do que a roda de madeira, que
apresenta, nessa temperatura, um diâmetro d0r = 1,200 m. de lado L e formado por um fio de cobre, sofrerão a mesma
Para ser encaixado justo na roda, o anel deve ser aquecido dilatação superficial. Assim, lembrando que as duas peças são
até uma temperatura T de modo que o diâmetro do anel sofra feitas do mesmo material e apresentam dimensões iniciais
uma dilatação igual à diferença entre os diâmetros inicias das idênticas e que ainda sofrem a mesma elevação de temperatura,
duas peças. Assim, concluímos que as duas áreas permanecerão iguais após
∆danel = d0a αaço ∆T ⇒ 1,200 . 1,198 . 1,198. 1,1 . 10 −5
(T − 28) ⇒ o aquecimento. Portanto, a razão entre as áreas finais vale 1.
T = 179,8 °C = 180 °C
Questão 25 – Soma = 11
Questão 22 – Letra E Comentário:
Comentário: A 1ª figura mostra que, à temperatura ambiente 01. (V) Sendo αt menor que αv , então, com o aquecimento,
de 22 °C, o rolamento cilíndrico (o eixo de aço) não se encaixa as tampas sofrerão menor dilatação que as bocas dos frascos
no mancal cilíndrico de alumínio, pois o diâmetro do eixo é 0,1% de vidro. No frasco 1, como a tampa se encaixa externamente,
maior que o diâmetro interno do mancal. A 2ª figura mostra o ela fi cará apertada, de modo que o vidro se romperá.
mancal sendo aquecido.
02. (V) Sendo αt maior que αv , então, com o aquecimento,
Esse aquecimento proporcionará a dilatação do mancal, as tampas sofrerão maior dilatação que as bocas dos frascos
de modo que o seu diâmetro interno ficará aumentado de um
de vidro. No frasco 2, como a tampa se encaixa internamente,
valor ligeiramente maior que 0,1%.
ela fi cará apertada, de modo que o vidro se romperá.
Assim, o eixo se encaixará de forma justa no mancal, como 04. (F) Sendo αt menor que αv , então, com o aquecimento,
mostrado na 3ª figura.
as tampas sofrerão menor dilatação que as bocas dos frascos
22°C T=? de vidro. No frasco 1, como a tampa se encaixa externamente,
esta fi cará apertada, de modo que o vidro se romperá. Contudo,
no frasco 2, como a tampa se encaixa internamente, ela fi cará
folgada, de modo que o vidro não se romperá.
Eixo
Mancal 08. (V) Sendo αt maior que αv , então, com o resfriamento,
as tampas sofrerão maior contração que as bocas dos frascos
de vidro. No frasco 1, como a tampa se encaixa externamente,
A relação entre o diâmetro final e inicial do mancal é
ela fi cará apertada, de modo que o vidro se romperá.
D/D0 = 1,001, pois D é 0,1% maior que D0. A relação D/D0
pode ser expressa em função do coeficiente de dilatação linear 16. (F) Conforme discutido anteriormente, dependendo de a
α do alumínio e da elevação de temperatura ∆T temperatura ser elevada ou reduzida e dependendo de qual
coefi ciente de dilatação térmica é o maior, se o da tampa
D = D0 + D0α∆T
ou o do vidro, um dos vidros se romperá.
Dividindo por D0 os dois lados dessa equação, obtemos:
D/D0 . 1 + α ∆T. Substituindo o quociente D/D0 por 1,001 e o
coeficiente α por 25,0 . 10–6 °C–1, obtemos
Questão 26 – Letra C
Comentário:
∆T = 40 °C
Portanto, a temperatura final do aquecimento deverá ser I. Correta. A análise do gráfico mostra que, para uma
ligeiramente maior que temperatura de 4 °C, a água e o recipiente possuem o mesmo
volume. Portanto, o recipiente estará completamente cheio
T = 22 . 40 . 62 °C
de água, sem haver derramamento.
Questão 23 – Letra C II. Errada. Para temperaturas tanto acima quanto abaixo
Comentário: Primeiramente, vamos converter a temperatura de 4 °C, o volume da água é superior ao do recipiente,
final da placa deste problema de 176 °F para a escala Celsius. logo, a água irá transbordar para essas duas situações.
T/5 = (TF − 32)/9 ⇒ T/5 = (176 . 32)/9 ⇒ T = 80 °C III. Correta. Ver II.

Bernoulli Sistema de Ensino 37

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Questão 27 – Letra C Questão 30
Comentário: Como o conjunto recipiente / mercúrio foi Comentário: O lado direito do prédio sofreu uma dilatação
resfriado a um valor ΔT = 40 °C (a temperatura abaixou de 22 °C térmica devido ao aquecimento gerado pelo incêndio. Assim,
para –18 °C), concluímos que o recipiente e o mercúrio a estrutura metálica do prédio se encurva para o lado esquerdo
sofreram diminuições no volume (contrações). A contração de modo que a altura do prédio no lado direito fica maior do
do mercúrio foi maior que a do recipiente, pois o coeficiente
que a altura no lado esquerdo.
de dilatação volumétrico do mercúrio (γHg = 0,20 . 10–3 °C–1)
é maior que o coeficiente de dilatação volumétrico do vidro Questão 31
(γV = 3αV = 3.1,0 . 10–5 °C–1 . 3,0 . 10–5 °C–1).
Comentário: Para que a distância D = L2 – L1 . 15 . 10 . 5 cm
Portanto, nesse resfriamento, o nível de mercúrio abaixou dentro seja mantida a mesma enquanto as barras são aquecidas,
do recipiente. Para determinar o volume correspondente a esse ambas devem sofrer a mesma dilatação. Como a barra 1 é
abaixamento (espaço vazio dentro do recipiente), podemos menor do que a barra 2, o coeficiente de dilatação térmica
calcular a contração do mercúrio, depois calcular a contração do linear α1 da barra menor deve ser maior do que o coeficiente
recipiente e, por fim, subtrair a 1ª contração da 2ª. α2 da barra maior. Impondo essa condição ao sistema, podemos
ΔVHg = V0 γHg ΔT = 500.0,20 . 10–3.40 . 4 mL obter a relação entre esses dois coeficientes

ΔVV = V0 γV ΔT = 500.3,0 . 10 .40 . 0,6 mL


–5
∆L1 = ∆L2 ⇒ L1α1∆T = L2α2∆T ⇒
Volume vazio = ΔVHg – ΔVV = 4 . 0,6 . 3,4 mL α1/α2 = L2/L1 . 15 cm/10 cm = 1,5
Esse espaço vazio é a contração aparente do mercúrio. Assim
como acontece com a dilatação aparente, a contração aparente Questão 32
também pode ser calculada usando o coeficiente de dilatação Comentário:
aparente do par recipiente / líquido definido por A) A velocidade tangencial v na periferia da engrenagem e a
γapar = γHg – γV = 0,20 . 10–3 . 3,0 . 10–5 °C–1 . 1,7 . 10–4 °C–1 angular ω se relacionam pela seguinte fórmula:
v = ωR
E com a contração aparente dada por:
Nessa fórmula, R é o raio da engrenagem. Esse
ΔVapar = V0 γapar ΔT = 500.1,7 . 10–4.40 . 3,4 mL
valor apresenta uma pequena variação entre o país A
(temperatura de 0 °C) e o país B (temperatura de +40 °C)
Questão 28 – Letra D
devido à dilatação térmica que a engrenagem sofre no país
Comentário: Da 1ª para a 2ª situação, a água foi resfriada de B em relação ao país A. Considerando a mesma velocidade
4 °C para 1 °C, mas o volume da água não se contraiu, mas, sim, tangencial (velocidade de operação da engrenagem) e
dilatou-se. Isso ocorreu porque entre 0 °C e 4 °C, a dilatação da água chamando os raios da engrenagem nos países A e B de RA
é anômala. Nessa faixa de temperatura, o volume da água diminui e RB, e usando a fórmula para calcular a dilatação térmica
quando a temperatura aumenta, enquanto a densidade aumenta. do raio, podemos escrever
Na 3ª situação, a água está a 10 °C, e o volume se expandiu v = ωARA = ωBRB ⇒ ωA/ωB = RB/RA = (RA + RAα∆T)/RA =
em relação ao volume que tinha a 4 °C. Isso era esperado, pois, 1 + α∆T
a partir de 4 °C, a água sofre dilatação ordinária: aumentando a Substituindo nesta expressão o valor do coeficiente de
temperatura, o volume aumenta e a densidade diminui. dilatação térmica linear α da engrenagem, e lembrando que
α é 1/3 do coeficiente de dilatação volumétrico γ (dado na
Questão 29 – Soma = 05 questão: γ = 3 . 10−6 °C−1), e ainda usando a elevação de
temperatura ∆T = 40 °C (diferença entre as temperaturas
Comentário:
nos dois países), obtemos a seguinte razão entre as
01. (V) Se a temperatura for reduzida até 4 °C, o volume velocidades angulares.
da água irá diminuir em relação ao da garrafa, pois o ωA/ωB = 1 + α∆T = 1 + (3 . 10−6/3)40 . 1,00004
coeficiente de dilatação (ou contração) da água é maior
B) Queremos achar o número de voltas NA que a engrenagem A
do que o do vidro. Assim, um espaço vazio irá aparecer no
executa, considerando que esse valor é uma unidade a mais
interior da garrafa. do que o número de voltas NB dado pela engrenagem B.
02. (F) Como explicado no item 01, a garrafa tenderá a se Então,
estourar se for resfriada de 4 °C até 0 °C. Se for resfriada NA − NB = 1
abaixo desse ponto, a água irá congelar e o risco de a As velocidades angulares das engrenagens A e B podem ser
garrafa estourar é ainda maior, pois a água se expande escritas em função do número de voltas executadas pelas
durante a solidificação. engrenagens

04. (V) O coeficiente de dilatação térmica da água é diferente ωA = 2π(NA/∆t) e ωB = 2π(NB/∆t)


do coeficiente de dilatação do vidro. Por isso, a dilatação Nessas fórmulas, ∆t é o tempo comum gasto pelas
que observamos não é real, mas, sim, aparente. engrenagens para executarem NA e NB voltas. Além disso,
ωA = 1,00004ωB. Então, combinadas todas essas expressões,
08. (F) Quando o conjunto é aquecido, o volume da garrafa
obtemos
aumenta. O volume da água, como explicado nos outros
itens, pode aumentar ou diminuir, dependendo da faixa de 2π(NA/∆t) = 1,00004.2π.[(NA −1)∆t) ⇒
temperatura da água. NA = 1,00004 ( NA −1) ⇒ NA ≅ 25 000 voltas

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Manual do Professor

Questão 33 Dessa forma, a alternativa correta é a C. Na figura a seguir,

Comentário: A figura mostra o triângulo (retângulo e podemos ver o esquema de um disjuntor com proteção térmica
isósceles) quando a temperatura era T e, depois, o triângulo (relé térmico). Há, também, os disjuntores eletromagnéticos,
(equilátero) quando a temperatura foi elevada para T + ∆T. que serão discutidos em outro capítulo da coleção.
Nesse último triângulo, os novos lados foram calculados com
base no coeficiente de dilatação A¹2 °C–1 dos catetos de
comprimentos m e no coeficiente de dilatação A/¹2 °C–1 da 1
hipotenusa de comprimento m¹2. Igualando os novos lados,
obtemos a elevação de temperatura que permitiu o triângulo 1 2 2
tornar-se equilátero. Mola Mola
m+m (A¹2) ∆T = (m¹2)+(m¹2)(A/¹2)∆T ⇒ a) Ligado b) Desligado
1+(A¹2)∆T = ¹2+A∆T ⇒

Física
∆T = (1/A)°C Questão 02 – Letra C
m + mA√2∆T m√2 + m√2(A/√2)∆T Eixo cognitivo: III
Competência de área: 5

m√2 Habilidade: 17
m T + ∆T Comentário: De acordo com o gráfico do exercício, uma massa

T de 1 g de água ocupa um volume de 1,00015 cm3 . 0 °C e um


m volume de 1,00002 cm3 . 4 °C. Portanto, ao ser aquecida de 0 °C
a 4 °C, essa massa de água tem seu volume diminuído em
Questão 34 0,00013 cm3. Esse valor é 0,013% do volume inicial a 0 °C,
Comentário: conforme o seguinte cálculo:
A) A dilatação real da glicerina é dada por
[(1,00015 . 1,00002)/1,00015].100% = 0,013%
∆Vglicerina = V0 γglicerina ∆T = 1 000 cm3.0,5 . 10–3 °C–1.(100 . 20) °C
= 40 cm3 De forma mais aproximada, temos
B) Depois do aquecimento, o volume de glicerina aumentou [(1,00015 . 1,0000)/1,00].100% = 0,015%, que é inferior ao 
de 40 cm3, mas apenas 38 cm3 transbordaram do frasco, valor 0,04% citado na alternativa C.
apesar de esse frasco estar inicialmente cheio até o topo.
Isso ocorreu porque o próprio frasco também se dilatou,
no caso, de 2 cm3, que é a diferença entre a dilatação real
Questão 03 – Letra E
(40 cm3) e a dilatação aparente (38 cm3) do líquido. Eixo cognitivo: III
C)  O coefi ciente de dilatação do frasco é dado por Competência de área: 5
∆Vfrasco = V0 γfrasco ∆T ⇒ 2 cm3 . 1 000 cm3 γfrasco 80 °C ⇒
γfrasco = 2,5 . 10–5 °C–1 Habilidade: 17

Comentário:
Questão 35
I. Falso. Não é vantagem comprar combustível quente, pois, em
Comentário: A dilatação no nível de água no tanque é uma
relação ao produto frio, a densidade é mais baixa, ou seja,
dilatação linear. Por isso, primeiro, vamos achar o coeficiente
de dilatação linear da água o combustível apresenta um volume maior para a mesma

α = γ/3 . 2,0 . 10-4/3 . 0,67 . 10–4 °C–1 massa. Por exemplo, imagine que uma massa de 0,80 kg do
produto, cujo preço seja R$ 2,30/litro, ocupe um volume de
Agora, podemos calcular a dilatação pedida
∆h = h0 γ ∆T = 20 m.0,67 . 10–4 °C–1.4 °C = 0,0054 m = 0,54 cm 1,0 L. Se essa massa for aquecida, ela passará a ocupar um
volume maior do que 1,0 L e custará mais do que R$ 2,30.

Seção Enem II. Verdadeiro. Como explicado anteriormente, a densidade do


combustível aumenta quando ele é aquecido. Naturalmente,
Questão 01 – Letra C a densidade diminui com o resfriamento do combustível.
Assim, a temperaturas mais baixas, existe mais massa por
Eixo cognitivo: IV
volume de combustível.
Competência de área: 6
III. Verdadeiro. A massa é que determina a conversão de
Habilidade: 21
energia de combustão em energia cinética do carro. Por isso,
Comentário: O disjuntor é um dispositivo capaz de fechar
seria ideal que o combustível fosse vendido por kg, e
ou abrir um circuito elétrico quando há uma anormalidade
não por litro, pois o problema decorrente da dilatação
na corrente elétrica. No caso do disjuntor descrito no
enunciado, há lâmina bimetálica que realiza essa ação. térmica estaria solucionado. Infelizmente, medir a massa
Para que isso ocorra com eficiência, é necessário que haja uma do combustível é muito mais complicado do que medir o
curvatura das lâminas, o que depende da diferença entre os volume. Por isso, em todo o mundo, a venda é feita com
coeficientes de dilatação dos metais que constituem as lâminas. base em medições de volume.

Bernoulli Sistema de Ensino 39

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Questão 04 – Letra E
Eixo cognitivo: II
CAPÍTULO – B1
Competência de área: 6
Habilidade: 21
Introdução à Óptica Geométrica
Comentário: Em regiões muito frias, o congelamento dos lagos
na superfície, com a água se mantendo no estado líquido por
Exercícios de aprendizagem
baixo, decorre, basicamente, da dilatação irregular da água
entre 0 °C e 4 °C, conforme mostrado no gráfico a seguir. Questão 01
No inverno, à medida que a temperatura ambiente diminui de Comentário:
valor, a temperatura da água na superfície dos lagos também
diminui. Enquanto a temperatura não atinge 4 °C, o volume da A) A maior frequência do espectro eletromagnético corresponde
água diminui com a redução da temperatura, conforme mostrado à luz violeta. Já o maior comprimento de onda corresponde
na zona I do gráfico. Portanto, a densidade da água aumenta, de à cor vermelha. O comprimento de onda e a frequência de
modo que a da superfície afunda, trocando de posição com a de oscilação de qualquer onda estão relacionados pela seguinte
baixo. Contudo, abaixo de 4 °C, à medida que o resfriamento equação:
do ambiente prossegue, o volume da água aumenta, e a
densidade da água diminui, por isso, a água da superfície v = λf
flutua sobre a água mais densa a 4 °C que está no fundo. (em que λ representa o comprimento de onda, e f,
A superfície do lago se congela quando a temperatura da água
a frequência da onda)
da superfície chega a 0 °C, e a água do fundo permanece a 4 °C.
Para o caso das ondas eletromagnéticas, a velocidade
V (volume)
tem um valor especial, que é a velocidade da luz
V (c = 3 . 108 m/s). Assim, a equação se torna
Vmin c = λf
Zona II Zona I
Nos meios não dispersivos, como o ar, a velocidade da
luz é uma constante. Assim, o comprimento de onda e a

0 4 frequência são inversamente proporcionais.


T(°C)
B) O lado esquerdo do espectro mostrado no exercício destina-se
Questão 05 – Letra D a radiações com maior frequência e menor comprimento de
Eixo cognitivo: II onda que os da radiação violeta. Sendo assim, de acordo com

Competência de área: 6 a figura 3 do capítulo, podemos escolher as seguintes ondas:

Habilidade: 21 Raios Ultravioleta, Raios X, Raios Gama e Raios Cósmicos.

Comentário: Inicialmente, a esfera é menor que o anel, Do lado oposto se encontram as radiações com pequenas
uma vez que ela passa através dele. Depois que o conjunto frequências e grandes comprimentos de onda, como o
anel / esfera é aquecido, tanto a esfera quanto o anel se dilatam.
infravermelho, as micro-ondas e as ondas de rádio.
Em princípio, a dilatação do anel tende a ser maior que a da esfera,
pois o diâmetro inicial do anel é maior que o da esfera. No entanto,
depois do aquecimento, como a esfera não passa mais pelo anel,
Questão 02
concluímos que a dilatação da esfera foi maior. Para isso ocorrer, Comentário: Como evidenciado no enunciado da questão,
o coeficiente de dilatação da esfera deve ser maior que o do anel. o clarão do raio é observado no mesmo instante em que
escutamos o ruído de interferência no rádio. Para que possamos
Questão 06 – Letra A observar o clarão do raio, este deve enviar luz aos nossos olhos,
Eixo cognitivo: III ou seja, a luz enviada pelo clarão deve percorrer o caminho
Competência de área: 6 desde o local em que ele ocorreu até nossos olhos e, então,
Habilidade: 21 incidir sobre nossos olhos para que possamos enxergá-lo.

Comentário: Em vidros de conserva, a tampa metálica do Para que ocorra o ruído de interferência no rádio, as ondas
frasco tem um coeficiente de dilatação térmica maior que o de rádio, geradas durante a descarga elétrica que ocasionou
coeficiente do vidro. Por isso, quando levados à geladeira, a o clarão do raio, devem se propagar desde a região em que
tampa se contrai mais que a boca do vidro. Assim, a tampa ocorreu a descarga até o local em que se encontra o rádio para,
fica mais apertada, dificultando a sua soltura. Quando aquecida então, interferir em seus sinais. O fato de que os dois eventos,
com água quente, conforme mostrado na figura da questão,
clarão e ruído de interferência, ocorreram simultaneamente,
a tampa se dilata, facilitando a sua soltura do frasco. Mesmo
evidencia que as ondas eletromagnéticas possuem a mesma
que o vidro se esquente um pouco, sua dilatação será menor
que a da tampa, pois, além de o coeficiente de dilatação do velocidade de propagação no ar, pois se uma das ondas se
vidro ser menor que o da tampa, a elevação na temperatura propagasse mais rapidamente que a outra, um dos eventos
do vidro é menor que a da tampa. ocorreria antes do outro.

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Manual do Professor

Questão 03 B)  A fi gura mostra os nomes das quatro cores resultantes das 


adições das três luzes aditivas primárias:
Comentário: Como a luz que está chegando à Terra levou
12,9 bilhões de anos para percorrer toda a distância entre os
Ciano
dois corpos celestes, é natural imaginar que, propagando-se (verde + azul)
com velocidade constante, ela tenha sido emitida há 12,9 bilhões
de anos. Portanto, a imagem que recebemos do Quasar corresponde Branco
(vermelho + verde + azul)
a uma imagem do passado. A distância percorrida pela luz em
um ano é igual a, aproximadamente, 9,5 . 1015 m. Como a

b3cxv / Creative Commons


luz do Quasar leva 12,9 bilhões de anos para chegar à Terra,
a distância percorrida terá sido, aproximadamente, 1,2 . 1026 m.
Amarelo
Portanto, a ordem de grandeza dessa distância é 1026 m. Magenta
(vermelho + azul) (vermelho + verde)

Física
Questão 04
Comentário: C) As duas partes pretas são onde nenhuma das três luzes

A) A Lua é uma fonte de luz secundária, pois ela não emite atinge a parede, por isso, não refl etem luz, e são percebidas 

luz própria, mas, sim, a luz refl etida basicamente do Sol. pretas.

B) Há dois tipos de células em nossa retina: os bastonetes,


Questão 06
que são mais sensíveis à intensidade da luz, e os cones,
Comentário: Com duas lanternas de luz branca e com os
que são mais sensíveis à frequência da luz, ou seja, os
vidros amarelo, verde e vermelho, podemos obter luz amarela de
cones distinguem luzes de cores diferentes. Tanto a luz do
duas formas:
Sol quanto a da Lua são brancas, portanto, constituídas
por uma infinidade de luzes de cores diferentes (na 1ª. Fazer a luz branca de uma lanterna passar pelo vidro amarelo,
verdade, a luz da Lua é a própria luz do Sol, a Lua apenas que deixa passar a luz amarela e absorve as outras luzes.
refl ete  essa  luz).  Durante  o  dia,  como  a  luz  é  muito  2ª. Fazer a luz branca de uma das lanternas passar pelo vidro
intensa, os cones podem distinguir as cores dos objetos. verde, que deixa passar apenas a luz verde. Ao mesmo
De noite, e sem a presença de luz artifi cial, como a luz da  tempo, com a outra lanterna, fazer a luz branca passar pelo
Lua é de baixa intensidade, ela é a rigor percebida apenas vidro vermelho, que deixa passar apenas a luz vermelha.
pelos bastonetes, e não pelos cones. Por isso, percebemos Então, combinar (adicionar) as luzes verde e vermelha para
a paisagem mais em preto e branco, obter luz amarela.

Questão 05 Questão 07
Comentário: Comentário: Se uma folha de caderno branca e de pautas
A) Incidindo luzes de cores azul, verde e vermelho em uma azuis fosse iluminada com luz vermelha, a parte branca da folha
parede branca, dependendo do número de luzes e da seria percebida vermelha, pois a folha iria refletir cor vermelha.
intensidade de cada, podemos ver a parede com todas as As pautas azuis seriam percebidas pretas, pois elas iriam absorver
cores. Por isso, as cores azul, verde e vermelho são chamadas a luz vermelha, e não refletiriam luz (figura).
de cores aditivas primárias. Os técnicos de iluminação sabem
disso e usam essa propriedade para iluminar o palco e os
artistas de teatro e música (fi gura a seguir).

Questão 08
Sir James / Creative Commons

Comentário: A Lua não tem atmosfera, de modo que o céu


lunar não tem como espalhar a luz solar. Por isso, de dia, um
astronauta no solo da Lua recebe luz vinda diretamente do
Sol, mas ele não recebe luz vinda do céu, que é percebido
negro. Na verdade, muitas fotos de astronautas pisando no
solo lunar foram tiradas durante o dia lunar (foto a seguir).

Bernoulli Sistema de Ensino 41

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Por não ter atmosfera para espalhar a luz solar, o céu está E
negro, mas a sombra do astronauta no solo revela a presença D
do Sol brilhando no céu, ela ocorre porque o astronauta bloqueia
raios solares incidentes nele. h h/2,4
B

C
A 15 cm

É fácil perceber que o triângulo ABE é semelhante ao


triângulo CBD. Assim, chamando a distância da vela ao
orifício de x, podemos elaborar a seguinte relação:

h
=
(h / 2, 4) ⇒ 15 h =
xh
⇒ x = 36 cm
x 15 2, 4

NASA
B) Mesmo afastando-se a vela, os dois triângulos utilizados
na resolução anterior continuarão a ser semelhantes.
Isso ocorre justamente porque a imagem da vela diminui
Questão 09
proporcionalmente ao afastamento e mantém as proporções
Comentário: dos triângulos. Chamando de r o fator pelo qual a imagem
A) O fato de a luz só se propagar em linha reta pode ser estará reduzida, teremos
evidenciado por vários fenômenos do cotidiano, como a h
=
(h /r ) ⇒ 15 h =
45 h
⇒ r=
45
=3
formação de sombras e a situação descrita no exercício. 45 15 r 15
Caso a luz conseguisse se propagar em trajetórias curvas, Portanto, a imagem da vela será três vezes menor que a vela.
ela poderia muito bem contornar o muro e, assim, além de
ouvir a pessoa que está do outro lado do muro, poderíamos Questão 11
vê-la também.
Comentário:
B) Se os raios conseguissem interferir uns nos outros em suas
A) Sendo D o diâmetro da sombra projetada pelo disco,
trajetórias, veríamos uma imagem distorcida dos objetos, por semelhança de triângulos, temos a seguinte relação:
ou talvez com as cores alteradas, ou qualquer outro tipo
h 2h
de  modifi cação.  Como  isso  não  ocorre,  percebemos  que  = ⇒ D = 20 cm
10 D
não há interação entre os raios de luz, e cada um se
B) Se, em vez de projetada sobre uma mesa, a sombra fosse
propaga independentemente dos demais. Outra situação
projetada diretamente no chão, teríamos um círculo com
que comprova esse comportamento dos raios de luz é um diâmetro maior, mas, mesmo assim, as proporções
evidenciada quando luzes de cores diferentes se cruzam e envolvidas no problema seriam mantidas, e, dessa forma,
são projetadas em um anteparo. Mesmo tendo se cruzado, os mesmos cálculos poderiam ser feitos para se determinar
as luzes chegarão com suas cores originais ao anteparo. a altura da sala.
C)  Quando enxergamos um objeto, signifi ca que raios de luz 
provenientes de uma fonte de luz atingiram esse objeto, Questão 12
foram refl etidos por ele e chegaram aos nossos olhos. Para a  Comentário:
situação de duas pessoas se olhando, ocorre o mesmo: raios A) Observe na figura que os pontos externos às linhas
de luz partem dos olhos de uma das pessoas e se propagam tracejadas são os pontos que recebem luz da lâmpada da
em direção aos olhos da outra, percorrendo exatamente a qual as linhas partem, e, ao contrário, os pontos no interior
mesma trajetória. Daí vem a ideia de reversibilidade dos raios dessas linhas são os pontos que não recebem luz dessas
de luz. Outra situação que exemplifi ca esse fenômeno ocorre  lâmpadas. Sendo assim, apenas os pontos P1 e P5 recebem
quando observamos uma pessoa por um espelho ou qualquer luz das duas lâmpadas.

superfície refl exiva. Nesse caso, o caminho percorrido pelos  B) De acordo com o exposto anteriormente, vemos que o ponto


raios de luz dos olhos da pessoa até os nossos é o mesmo P2 está além da linha tracejada que parte da lâmpada L1
caminho que a luz percorre dos nossos olhos até os olhos e, portanto, recebe luz dessa lâmpada. No entanto, esse

da pessoa. ponto está abaixo da linha que parte da lâmpada L2 e,


portanto, também não recebe luz dessa lâmpada. Logo,
podemos concluir que o ponto P2 só recebe luz da lâmpada L1.
Questão 10
Da mesma forma, o ponto P4 só recebe luz da lâmpada L2.
Comentário:
C) Observe o ponto P3. Veja que ele está numa região formada
A) Esse problema pode ser facilmente resolvido utilizando-se pela interseção das duas regiões não iluminadas pelas
propriedades geométricas que ocorrem na formação da lâmpadas. Sendo assim, esse é o ponto que não recebe
imagem decorrente da propagação retilínea da luz. luz de nenhuma das lâmpadas.

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Manual do Professor

Questão 13
Comentário: Na parte branca da parede, há incidência das três
cores básicas aditivas: vermelho, azul e verde. No entanto, na
sombra oval e amarela projetada na parede, a bola bloqueia
a luz azul, de modo que apenas as luzes verde e vermelha
atingem essa região, que, por isso, fica amarela. Na sombra
em magenta, a bola bloqueia a luz verde, de modo que apenas
as luzes azul e vermelha atingem a região, que fica magenta.
Por fim, na sombra em ciano, a bola bloqueia a luz vermelha,
e apenas as luzes azul e verde atingem a região, que fica ciano.

Oliver Stein / Creative Commons


Questão 14

Física
Comentário:
A) Como a lanterna é a fonte primária (de luz própria),
ela representa o Sol. A bola suspensa, que bloqueia parte da
luz que incide no globo (a Terra), representa a Lua.
B) A figura a seguir mostra os pontos A, B, C, D e E sobre a região
da Terra onde seria dia. O ponto C está no cone de sombra da
Lua, onde um observador percebe o eclipse total do Sol. Esse
observador não vê o Sol, pois a Lua o cobre completamente.
Questão 15
Os observadores nos pontos A e E estão fora dos cones de Comentário:
sombra e de penumbra, elas estão na região iluminada, A) A lanterna, que é a fonte de luz primária, representa o Sol,
e enxergam o Sol por completo (não há eclipse do Sol para a bola representa a Lua e Thaís representa a Terra.
os observadores A e E). Os observadores em B e D enxergam
B) A face da bola voltada para Thaís não está iluminada,
parte do Sol, eles presenciam um eclipse parcial do Sol.
portanto, a fase da Lua nessa posição é a fase de Lua Nova.
C) Nessa nova posição, a bola receberá luz da lanterna e
A
B refletirá parte dessa luz para Thaís, que enxergará toda a
C
parte frontal da bola. Essa situação corresponde, portanto,
D
E à fase de Lua Cheia.
D) Girando 90° em relação à posição inicial, teremos uma
bola parcialmente iluminada. Essa posição relativa entre
os astros corresponde à fase de Lua Crescente, pois a fase
As figuras a seguir mostram possíveis visões do eclipse da Lua, na posição inicial, era Nova.
parcial para um observador no ponto B e no ponto D.
Observador em B Observador em D Exercícios propostos
Questão 01 – Letra B
Comentário: Vamos analisar cada afirmação separadamente.
I. (F) Os raios X são ondas eletromagnéticas, e não ondas
mecânicas, pois essas (como o som) precisam de um meio
material para se propagarem, e aquelas (como os raios X
e a luz) podem se propagar no vácuo.
II. (V) No vácuo e no ar (meio não dispersivo), as velocidades
C) Para simular um eclipse lunar com esta montagem, a bola de propagação das ondas eletromagnéticas são iguais e
suspensa deveria ser colocada atrás da Terra (fase de Lua independentes da frequência.
cheia). Agora, a Terra é que bloqueia a luz solar (luz da III. (F) Os raios X são ondas eletromagnéticas de alta
lanterna), de modo que, do lado da Terra em que é noite, frequência. Apenas os raios gama é que apresentam uma
a Lua cheia deixa de ser vista quando a Lua passa dentro frequência maior que os raios X, como mostrado na figura
do cone de sombra da Terra. a seguir.
Observe que a cor marrom amarelada da Lua durante
um eclipse lunar (foto) é porque a luz do Sol não atinge Espectro eletromagnético
diretamente a Lua, que está no cone de sombra da Terra,
mas um pouco de luz solar atravessa a atmosfera da Terra e
atinge a Lua, que a reflete de volta para o lado da Terra em Energia de
Corrente Ondas Micro-ondas Infra- Luz Ultra-violeta Raios-X Raios Gama
que é noite. A cor marrom amarelada é porque a atmosfera Alternada de Rádio vermelho Visível

da Terra filtra a luz solar, que então emerge da atmosfera


Baixa Frequencia Alta Frequencia
com essa cor. (Compr. Onda Longo) (Compr. Onda Curto)

Bernoulli Sistema de Ensino 43

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Questão 02 – Letra B Questão 07 – Letra A
Comentário: A questão trata de fontes primárias e secundárias Comentário: Corpos de cor branca refletem luzes de quase
de luz. todas as frequências, ou seja, esses corpos refletem grande
Como, na situação descrita, o Sol não emite mais luz, todas parte da luz que incide sobre eles, absorvendo uma pequena
as fontes secundárias de luz que refletem a luz do Sol, como a parte. Por isso, a temperatura desses corpos tende a se
Lua, não podem mais ser enxergadas. Assim, poderíamos ver equilibrar em valores baixos.
apenas fontes primárias de luz, que não dependem da reflexão
da luz solar para serem vistas, que é o caso das estrelas. Questão 08 – Letra B
Comentário: Quando iluminado pela luz solar, que possui todos
Questão 03 – Letra A os comprimentos de onda, o quadro aparece azul e branco,
Comentário: Um ano-luz é a distância percorrida pela luz em indicando que essas são suas cores predominantes. Assim,
um ano, ou seja, em 3,0 . 107 s (correspondência dada nesta as regiões azuis do quadro absorverão todas as radiações
questão). Então, o tempo gasto para a luz viajar 240 milhões de diferentes da azul e as regiões brancas do quadro refletirão
anos-luz (distância da Terra à supernova descoberta em 2006) é: todas as radiações. Ao ser iluminado com luz amarela, portanto,
∆t = 240 . 106 anos.3,0 . 107 s/ano = 7,2 . 1015 s o quadro terá suas regiões azuis na cor preta e, nas regiões
brancas, terá cor amarela.
Sendo a velocidade da luz c = 3,0 . 105 km/s, a distância da
supernova à Terra em quilômetros é:
Questão 09 – Letra A
d = c∆t = (3,0 . 105 km/s)7,2 . 1015 s = 2,16 . 1021 km
Por inspeção, vemos que a ordem de grandeza dessa distância Comentário: A questão trata do princípio da independência
é de 1021 km. dos raios luminosos e da natureza da luz branca.
De acordo com o princípio da independência dos raios
Questão 04 – Letra E luminosos, os raios de luz, após se cruzarem, continuam a se
propagar como se nada houvesse ocorrido. Assim, a área 1 é
Comentário: Vamos analisar as afirmativas separadamente.
vermelha, a área 2 é verde e a área 3 é azul. Na área 4, temos
I. (F) Embora o ano-luz seja uma unidade de distância, o valor
a presença das cores vermelha, verde e azul, cujas radiações
de 2,5 . 106 anos-luz que separa a galáxia de Andrômeda à
sobrepostas geram luz de cor branca. Mas, para essa região
Via Láctea (a galáxia onde se acha o Sol) não representa a
mostrar-se branca, é necessário que algum objeto consiga
distância em quilômetros entre essas galáxias, mas o tempo
refletir essa luz para os olhos do observador.
em anos que a luz gasta para percorrer essa distância.
II. (V) A distância d entre a Via Láctea e Andrômeda, em Questão 10 – Letra A
quilômetros, pode ser calculada da seguinte forma
Comentário: À luz do dia (luz branca formada por luzes de
(velocidade da luz c = 3 . 105 km/s; 1 ano = 3 . 107 s):
várias cores), o jarro é preto porque absorve luzes de todas as
d = cΔt = 3 . 105 km/s.(2,5 . 106 anos.3 . 107 s/ano) = 2,25 . 1019 km cores, e as flores são brancas porque refletem luzes de todas
Portanto, d > 2 . 1019 km. as cores. Então:
III. (V) Conforme explicado em I, o valor de 2,5 . 106 anos-luz A) Se exposto à luz vermelha, o jarro irá absorver essa luz,
indica que a luz gasta 2,5 . 106 anos para percorrer a e continuará preto. As flores irão refletir a luz vermelha,
distância entre as duas galáxias. e serão vistas nessa cor.
B) A cor de um corpo depende não somente dele próprio, mas
Questão 05 – Letra A também da luz que o ilumina.
Comentário: A questão trata de fontes primárias e secundárias C) Se exposto à luz azul, o jarro irá absorver essa luz,
de luz e de como conseguimos enxergar objetos através da e continuará preto. As flores irão refletir a luz azul e serão
reflexão da luz. vistas nessa cor.
Para que consigamos enxergar um objeto, ele deve enviar luz D e E) Em um ambiente escuro, o jarro e as flores ficarão
aos nossos olhos. Como Marília não é uma fonte primária de escuros. A rigor, eles não serão vistos por uma pessoa
luz, ela envia luz aos olhos de Dirceu por meio da reflexão dentro desse ambiente, pois não haverá contraste entre
dos raios luminosos que saem da lâmpada, que é uma fonte o jarro de flores e o seu entorno (paredes, mesa onde
primária. Assim, deve ser emitida a luz pela lâmpada, essa o vaso está, etc.). Tudo ficará escuro.
luz deve ser refletida por Marília e chegar aos olhos de Dirceu,
o que é ilustrado na alternativa A.
Questão 11 – Letra A
Comentário: Sob luz branca (mistura de luzes de várias cores),
Questão 06 – Letra D
a parte I da bandeira brasileira é branca porque ela reflete todas
Comentário: A questão trata da natureza da luz branca. as luzes, a parte II é azul porque ela reflete apenas a luz azul,
Apesar de o nosso sistema óptico diferenciar mais nitidamente a parte III é amarela porque ela reflete apenas a luz amarela e
as cores vermelha, alaranjada, amarela, verde, azul, anil e a parte IV é verde porque ela reflete apenas a luz verde. Então,
violeta, a luz branca é composta de radiações de infinitas se exposta à luz amarela, a parte I irá refletir essa luz e será
frequências diferentes, cujos comprimentos de onda variam de, vista na cor amarela. A parte III também irá refletir essa luz e
aproximadamente, 380 nm, que corresponde à radiação violeta, será vista na cor amarela. As outras duas partes irão absorver
até 780 nm, que corresponde à radiação vermelha. a luz amarela e serão vistas pretas.

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Manual do Professor

Questão 12 – Letra B Questão 15 – Letra D


Comentário: Ao iluminarmos a placa somente com luz azul, Comentário: Se a lanterna fosse uma fonte de luz pontual,
como o enunciado diz que os pigmentos são puros, somente as haveria uma sombra nítida da bola projetada sobre a parede.
regiões brancas e azuis refletirão a luz. Assim, enchergaremos Como a lanterna é uma fonte extensa, há, além da sombra,
uma região de penumbra na parede, como ilustrado na figura.
as palavras “PRETO”, “VERDE” e “VERMELHO” na cor azul,
e o restante da placa será vista toda na cor preta.

Questão 13 – Letra E
Comentário: A questão trata de cores de objetos.

Observamos o objeto com a cor característica da radiação

Física
que ele reflete ou transmite. Se ele reflete ou transmite todas
as radiações, ele se apresenta branco; se ele não reflete
nenhuma radiação do espectro visível, apresenta-se negro; e se
apresenta uma cor específica do espectro visível, caso do verde,
significa que ele reflete ou transmite apenas aquela radiação.
Assim, no primeiro caso, a lâmpada emite luz branca, porém
a lâmina de vidro transmite apenas a radiação de cor verde,
Questão 16 – Letra E
absorvendo as radiações de outras cores, e o observador verá
Comentário: A questão trata de conceitos relacionados a
o vidro com a cor verde; no segundo caso, com a lâmpada
eclipses, baseados em conhecimentos sobre fontes extensas
ainda emitindo luz branca, o plástico, que é opaco, reflete
e propagação retilínea da luz.
apenas a radiação verde, absorvendo as radiações de outras
No cone de sombra de um eclipse solar, um observador vê um
cores, consequentemente, o observador verá o plástico com
eclipse total, já que, nele, não chegam raios de luz do Sol, enquanto
a cor verde. que, na região de penumbra, observa-se um eclipse parcial,
já que essa região está parcialmente iluminada. Analogamente,
Questão 14 – Letra E em uma região plenamente iluminada, como os raios de luz
chegam normalmente, um observador não vê o eclipse.
Comentário: Se a fonte de luz da sala fosse pontual, haveria
uma sombra nítida do objeto projetada sobre a parede oposta,
Questão 17 – Letra E
como está ilustrado na figura A adiante. Como há uma região
Comentário: A questão trata de conceitos relacionados a
de penumbra na parede, concluímos que a fonte de luz não é
eclipses, baseados em conhecimentos sobre fontes extensas
pontual, mas extensa, como ilustrado na figura B. e propagação retilínea da luz.
Primeiramente, deve-se observar que o eclipse analisado é
A
Fonte Pontual solar, já que a Lua se coloca entre a Terra e o Sol, impedindo que
a luz proveniente deste chegue a algumas regiões terrestres.
Na base do cone de sombra de um eclipse, um observador
verá um eclipse total, já que nele não chegam raios de luz
provenientes do Sol, enquanto que, na região de penumbra,
veria um eclipse parcial, já que essa região está parcialmente
iluminada pelo Sol. Como o ponto A está na base do cone de
sombra do eclipse, um observador nesse ponto enxergará um
eclipse total (veja na figura da questão que é impossível que
algum raio de luz solar o atinja).
B

Questão 18 – Letra A
Fonte Extensa Comentário: A questão aborda conceitos de absorção e de
reflexão da luz por meio de um gráfico. Com base no gráfico,
pode-se concluir que, para as clorofilas a e b, o grau de
absorção das radiações azul, violeta e vermelha excede 50%,
enquanto a absorção de radiação verde chega quase a zero,
o que significa alta taxa de reflexão. Assim, as clorofilas,
para realizarem a fotossíntese, absorvem predominantemente
o vermelho, o azul e o violeta.

Bernoulli Sistema de Ensino 45

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Questão 19 – Letra C
Comentário: O dispositivo improvisado pelo estudante é d’
H = 20 cm
uma câmara escura. A figura a seguir mostra a formação
de imagem produzida por ela que é baseada no princípio da
h = 4 cm
propagação retilínea da luz. Os dois triângulos formados pelos
D’ = 0,50 m
raios de luz mostrados na figura adiante têm vértices comuns
no orifício da câmara. Como esses triângulos são semelhantes,
a razão entre a altura do objeto (porta de altura H = 2,15 m) Para a primeira situação, temos
e a altura da imagem correspondente (h = 14 cm = 0,14 m) é H/h = D/d ⇒ 20 cm/4 cm = 1 m/d ⇒ d = 0,20 m = 20 cm
igual à razão entre a distância da porta ao orifício da câmara
Para a segunda situação, temos:
(D = ?) e o comprimento dessa (d = 16 cm = 0,16 m). Assim:
H/h = D’/d’ ⇒ 20 cm/4 cm = 0,50 m/d’ ⇒ d’ = 0,10 m = 10 cm
H/h = D/d ⇒ 2,15/0,14 = D/0,16 ⇒ D = 2,457 m ≅ 2,5 m
Portanto, o fundo da caixa deve ser deslocado de:
x = d − d’ = 20 - 10 = 10 cm

Questão 22 – Letra A
H = 2,5 m
Comentário: Para resolver este problema, vamos considerar
d = 0,6 m a parte de cima da lâmpada. Sendo uma fonte de luz extensa,
essa parte da lâmpada produz um padrão com regiões de
D sombra, penumbra e iluminação plena conforme mostrado na
figura a seguir. Para encontrar essas regiões, você deve traçar
raios de luz que partem dos extremos da fonte e tangencial
em X a periferia da capa opaca. Repare que as três regiões
h = 0,14 m mostradas na figura não se limitam apenas ao plano do teto.
Na verdade, a sombra, a penumbra e a plena iluminação são
regiões no espaço.

Penumbra
Questão 20 – Letra B
Comentário: A questão envolve o princípio da propagação Teto
retilínea da luz, com a aplicação em uma câmara escura de Luz
orifício. A partir do princípio da propagação retilínea da luz em Sombra
meios homogêneos, isotrópicos e transparentes, concluímos
que o triângulo de altura a e base D é semelhante ao triângulo
de base d e altura b.
Assim, pela semelhança dos dois triângulos, temos
Questão 23 – Letra C
a b 1,5 . 1011 m.9 . 10−3 m
= ⇒ D= = 1,4 . 109 m Comentário: A questão trata do princípio da propagação
D d 1,0m
retilínea dos raios de luz aplicado em formação de sombras.

Questão 21 – Letra D
Comentário: A figura mostra a formação de imagem na câmara A
escura para as duas situações apresentadas no enunciado
desta questão: objeto (vela) distante D = 1 m e depois QS = x
D’ = 50 cm (0,50 m) do orifício da câmara. Em ambas as PQ = 49x
H
situações, a imagem tem o mesmo tamanho h = 4 cm
(obviamente, o objeto tem a mesma altura H = 20 cm nos B
dois casos). Para isso ser possível, o fundo da câmara deve ser
deslocado de uma distância x, que é igual à diferença entre as P Q S
distâncias d e d’ que a imagem se forma do orifício da câmara,
como ilustrado nas figuras.
Pela figura anterior, que esquematiza a formação da sombra
QS do lápis, podemos perceber que os triângulos PAS e QBS
d são semelhantes.
H = 20 cm Assim, pela semelhança de triângulos.

D=1m h = 4 cm QB SQ 0,1 x
= ⇒ = ⇒ H = 5,0 m
PA SP H 50x

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Manual do Professor

Questão 24 – Letra A Assim, como o ponto O é o centro da circunferência que contém


os pontos A, B e E, AOB = 60°. Do triângulo retângulo DOC,
Comentário: A figura mostra três raios de luz saindo da
temos
lâmpada do poste direcionadas para os três objetos em questão: CD
tg 60° = = 3
a base do poste, a lixeira e o banquinho. Três raios luminosos DO
saindo do lampião, e direcionados para esses objetos, também
Como DO = 5.0,2 m = 1,0 m, CD = ¹3 . 1,7 m.
estão mostrados na figura. Note que apenas a base do poste
Assim, o rapaz mede, aproximadamente, 1,7 m.
recebe luz, tanto da sua lâmpada quanto do lampião. Ao
contrário, no caso da lixeira e do banquinho, os raios luminosos
provenientes do poste e do lampião são bloqueados, nessa Questão 26 – Letra A
ordem, pelo toldo e pelo próprio carrinho de churros. Por isso, Comentário: Vamos supor que, entre o percurso de ida e de
a base do poste está na luz, e a lixeira e o banquinho estão volta do raio de luz, a roda dentada não tenha ainda completado
na sombra. Repare ainda que os apetrechos sobre o carrinho uma ou mais voltas. Nessa circunstância, a condição para que,

Física
estão em uma região de penumbra, pois eles recebem raios de na volta, esse raio atinja a abertura adjacente àquela por onde
luz do lampião, mas não recebem raios de luz da lâmpada do o raio incidente passou é a seguinte:
poste, que são bloqueados pelo toldo do carrinho. ∆tluz = ∆Troda
∆tluz: Tempo gasto pelo raio de luz para percorrer o comprimento
de ida e volta desde sua passagem por uma abertura até
seu retorno à roda após reflexão no espelho.
∆troda: Tempo gasto pela roda para girar de um ângulo igual
àquele formado entre duas aberturas adjacentes da
roda dentada.
Assim, substituindo as fórmulas da velocidade do movimento
uniforme, obtemos
∆tluz = ∆troda ⇒ 2H/c = θ/ω
No 1 lado desta expressão, 2H é a distância percorrida pelo raio
o

de luz no percurso de ida e volta (a distância da roda ao espelho


vale H) e c é a velocidade da luz. No 2o lado da expressão, θ é
o ângulo descrito pela roda e ω é a velocidade angular da roda.
Por sua vez, o referido ângulo é dado por
θ = 2π/N

Lixeira Note que, como N é o número de dentes da roda, o ângulo


Base Banquinho
θ é aquele formado entre dois dentes (ou duas aberturas)
adjacentes. Substituindo essa última fórmula na expressão
Questão 25 – Letra C anterior, obtemos a velocidade angular desejada.
Comentário: A questão envolve conceitos de propagação 2H/c = (2π/N)/ω ⇒ ω = πc/(HN)
retilínea da luz, mais especificamente formação de sombras.

12h Questão 27 – Letra D


10h Comentário: Os triângulos retângulos mostrados na figura
(formados pelos raios de luz solar tangentes à cabeça do rapaz e
E
ao topo da torre e pelos comprimentos das respectivas sombras
B S e s) são semelhantes. Assim, a altura da torre H pode ser
estimada com boa precisão por
C
H/h = S/s ⇒ H = h(S/s)

6h
60°
O H
A D

 , que corresponde à trajetória do Sol das 6 h às 12 h,


O arco AE h

mede 90°. Assim, temos que a medida do arco AB  , sendo o

ponto B o ponto correspondente à posição do Sol às 10 horas, S


s
é determinada por
Portanto, você precisa das seguintes grandezas para calcular
 10 − 6
AB  = 60° a altura da torre: a altura do rapaz. Assim, o comprimento da
= ⇒ AB
 12 − 6
AE sua sombra e o comprimento da sombra da torre.

Bernoulli Sistema de Ensino 47

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Questão 28 – Letra B Segundo o enunciado da questão, o balão está a uma altura
h = 200 m. Portanto, o balão está relativamente perto do solo,
Comentário: No eclipse da Lua, o Sol comporta-se como uma
de modo que ele ocultará todo o Sol. A 2ª figura representa
fonte de luz extensa (veja a Figura 30 do Caderno Principal). Por
a experiência como ela foi apresentada. Veja que mesmo os
isso, a lâmpada da Figura 2 (Sol) é a que deve ser considerada
observadores B e C em torno de A não enxergam o Sol.
na presente questão. De acordo com o enunciado da questão,
às 0h12 min, a Lua está completamente eclipsada pela Terra, D=0,75 x 106 km
pois a Lua encontra-se no cone de sombra da Terra (veja
Sol
novamente a Figura 30 do Caderno Principal).

O ponto E debaixo da mesa (Terra) faz o papel da Lua, pois


esse ponto está no cone de sombra, como mostrado na figura
a seguir:

Lâmpada H=150 x 106 km


d=40 m

Balão

h=?

Terra
A

Luz C D E D C Luz
D=0,75 x 106 km
Penumbra Sombra Penumbra
Sol Sol

Questão 29 – Letra B
Comentário: Se um observador A, situado na Terra à meia-
-noite, vê o planeta Marte exatamente sobre a sua cabeça no
H=150
alto x 10
do céu,
6
km que os dois planetas e o Sol estão alinhados
significa
d=40 m
e situados do mesmo lado da órbita em torno do Sol como
mostrado na figura a seguir. É fácil ver que o observador B,
Balão
situado em Marte à meia-noite, não pode ver a Terra. Observe,
h=? na região escura dos Balão
ainda, que os observadores A e B estão
seus planetas (meia-noite). h=200 m
Terra Terra
A CAB

Se um observador A, situado na Terra à meia-noite, vê o


planeta Marte exatamente sobre a sua cabeça no alto do céu,
A B significa que os dois planetas e o Sol estão alinhados e situados
Sol Terra Marte do mesmo lado.

Questão 31 – Letra D
Comentário: Vamos analisar as afirmativas separadamente.
I. (V) De um mesmo ponto P na Terra, a paralaxe αL da Lua é
maior do que a paralaxe αJ de Júpiter, pois a Lua está mais
próxima da Terra do que Júpiter (figura a seguir).
Questão 30 – Letra A
Firmamento P Firmamento
Comentário: A 1a figura mostra a situação em que o balão
Lua Júpiter
foi colocado na altura h máxima do solo, de modo que o balão αL αJ
oculta completamente o Sol para um observador situado no
ponto A sobre a Terra. Usando a relação de semelhança entre
os dois triângulos formados pelos diâmetros do Sol e do balão Você pode fazer a experiência simples sobre a paralaxe
e com vértices comuns em A, obtemos o valor de h: ilustrada na figura a seguir. O lápis perto da pessoa seria
h/H = d/D ⇒ h/(150 . 106 km) = 40 m/(0,75 . 106 km) ⇒ a Lua (L), e o lápis mais distante seria Júpiter (J). A cerca
h = (40.150 m)/0,75 . 8 000 m de madeira ao fundo seria as estrelas no firmamento.

48 Coleção EM2

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Manual do Professor

Veja que quanto mais distante o lápis, realmente, menor Questão 33


é a paralaxe. Aqui, as linhas ligando cada olho da pessoa Comentário:
ao lápis fazem os papéis das linhas ligando o centro da
A) De acordo com o enunciado da questão, o ângulo que os
Terra ao astro e o ponto P ao astro.
raios solares formam com o solo aumenta 15° a cada hora,
pois, das 9 horas até as 10 horas, esse ângulo passou de
Fundo
45° para 60°. Portanto, às 8 horas, o ângulo é de 30°.
B) As figuras mostram as sombras do prédio (altura = h)
às 9 horas (comprimento da sombra = a) e às 10 horas
αJ (comprimento da sombra = b).
αL
J

L Raios Solares

Física
Raios Solares

h h
a 45º b 60º

Usando um pouco de trigonometria, podemos achar as


II. (F) Quanto mais próximo um observador estiver de um
relações entre os comprimentos das sombras.
corpo, menor será a paralaxe observada. Por exemplo, na
figura a seguir, a paralaxe αQ de Júpiter, percebida pelo tg 45° = h/a ⇒ 1 = h/a

observador situado no ponto Q, é menor do que a paralaxe tg 60° = h/b ⇒ 1,7 = h/b
αP percebida pelo observador mais distante em P. Combinando as duas relações, obtemos
h = a = 1,7b
P
Combinando essa relação com a informação de que a soma
Q
αP Júpiter dos comprimentos das sombras vale 27 m (informação dada
na questão: a + b = 27 m), obtemos
αQ
1,7b + b = 27 ⇒ b = 10 m
Então, a altura do prédio é:
III. (V) Conforme explicado em II, como um observador em 1,7 = h/10 ⇒ h = 17 m
Q acha-se mais perto do Sol do que um observador no
ponto P, a paralaxe observada em Q é menor do que aquela Questão 34
observada em P. Comentário: Na figura deste exercício, é fácil ver que os dois

IV. (V) Como explicado em I, quanto mais distante o planeta, triângulos com vértices comuns no ponto P e bases iguais ao
diâmetro da Lua (triângulo menor) e base no Sol (triângulo
menor será a paralaxe observada.
maior) são semelhantes. Assim, podemos escrever a seguinte
razão de semelhança para calcular a distância XSP do ponto P ao
Questão 32
centro do Sol, lembrando que a distância XLP do centro da Lua
Comentário: A figura mostra dois triângulos formados pelos ao ponto P é 3,75 . 105 km e que a razão entre os diâmetros
raios de luz provenientes da fonte de luz e os comprimentos do Sol e da Lua é DS/DL = 4,00 . 102 km.
do boneco e da sua sombra projetada na parede. Usando a XSP/XLP = DS/DL ⇒ XSP/3,75 . 105 . 4,00 . 102
relação de semelhança entre esses triângulos, obtemos a altura
XSP = 1,5 . 108 km
H da sombra do boneco:
Questão 35
H/h = D/d ⇒ H/6 m = 20 cm/2 m ⇒ H = 60 cm
Comentário:
1. A distância entre da Terra e a Lua é variável. No eclipse total,
a Terra está mais próxima da Lua, de modo que o observador
na Terra fica no cone de sombra da Lua (1ª figura).
20 cm H=? No eclipse anular (que é um eclipse parcial), a Terra está
mais distante da Lua, de modo que o observador fica no
cone de penumbra. Dependendo de a posição do observador
ser simétrica em relação à linha que o une ao Sol, ele pode
enxergar um anel solar em volta da Lua, que encobre mais
2m 4m a parte central do Sol (2ª figura).

Bernoulli Sistema de Ensino 49

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Eclipse total do Sol Fazendo uma analogia do olho com a câmara escura da figura,
o pequeno orifício feito na janela corresponde à pupila e o tecido
Sol onde a imagem é projetada corresponde à retina. No caso,
Lua não existe uma lente correspondendo à córnea e ao cristalino.
Terra
Assim como no olho humano, a imagem formada pela câmara
Observador escura é real e invertida.

Eclipse parcial e anular do Sol Questão 03 – Letra D


Eixo cognitivo: III
Sol
Competência de área: 2
Lua
Terra
Habilidade: 2
Comentário: Para que os objetos brancos fiquem com sua cor
Observador
natural, o sensor da máquina deverá absorver intensidades
similares das cores primárias. Assim, o filtro magenta é
2. A distância entre a Terra e a estrela mais próxima, que está
adequado à situação, pois permite às cores azul e vermelho
a 4,3 anos-luz da Terra, é dada por
passarem em abundância e absorve o excesso de luz verde.
d = c ∆t = 3 . 108 m/s.[(4,3 anos).(365 dias/ano).
(8,64 . 104 s/dia)] = 4,1 . 1016 m Questão 04 – Letra E
3. A distância entre as estrelas é muito grande. Por isso, se Eixo cognitivo: II
expressássemos essa distância em metros, encontraríamos
Competência de área: 5
números muito grandes. Neste exercício, a distância da
Habilidade: 17
Terra à estrela é de quarenta e um quatrilhões de metros.
É muito mais adequado usarmos uma unidade maior, como Comentário: Com o gráfico do espectro de absorção da

o ano-luz. substância citada nessa questão (figura 1), verificamos que o


comprimento de onda da luz absorvida tem maior intensidade
em torno do comprimento de onda igual a 500 nm. Na roda
Seção Enem de cores (figura 2), verificamos que esse comprimento de
onda está compreendido na faixa de radiação verde. Portanto,
Questão 01 – Letra A a substância absorve muito a radiação verde. De acordo
Eixo cognitivo: II com informação dada na questão, o comprimento de onda
correspondente à cor da substância é obtido no lado oposto ao
Competência de área: 1
da radiação absorvida. Concluímos, portanto, que a substância
Habilidade: 3
tem a cor vermelha, que é a oposta à cor verde. Isso quer dizer
Comentário: Fótons são particulas de luz emitidas por objetos que a substância reflete mais a cor vermelha.
com brilho próprio (fontes primárias de luz) que podem
ser refletidos ou absorvidos ao atingirem outros objetos. Questão 05 – Letra E
No caso de serem refletidos, esses objetos são chamados de Eixo cognitivo: III
fontes secundárias. Para enchergamos algum objeto, os olhos
Competência de área: 6
precisam apenas receber a luz proveniente do objeto, sendo
que o objeto pode ter emitido ou apenas refletido a luz. A ideia Habilidade: 20

de que os olhos emitem algum tipo de partícula ou fluido e Comentário: A figura mostra a Lua, conforme vista no Brasil,
depois os recebem de volta, semelhante a um sonar, foi aceita na fase Crescente. A Lua, nessa fase, nasce por volta do meio
na Grécia antiga por muito tempo, e até hoje ainda faz parte do dia e se põe por volta da meia-noite. Assim, ela estará no alto
senso comum de muitas pessoas, mas não faz nenhum sentido do céu por volta das seis horas da tarde.
nem do ponto de vista físico nem biológico.
Questão 06 – Letra D
Questão 02 – Letra B Eixo cognitivo: III
Eixo cognitivo: III Competência de área: 5
Competência de área: 1 Habilidade: 17
Habilidade: 2 Comentário: A figura mostra que o dia 2 de outubro será de
Comentário: No olho humano, a córnea e o cristalino Lua Cheia. Nessa fase, a Lua nasce por volta das 18h e se põe
funcionam como uma lente, a pupila é a abertura por onde a às 6h da manhã, iluminando o céu a noite toda. Dessa forma,
luz passa para entrar na parte interna do olho é a retina e a os pescadores devem escolher o final de semana mais perto
parte ao fundo do olho onde a imagem é projetada. da data de Lua Cheia, ou seja, os dias 29 e 30 de setembro.

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Manual do Professor

Questão 07 – Letra C Questão 09 – Letra B


Eixo cognitivo: III Eixo cognitivo: II

Competência de área: 6 Competência de área: 5

Habilidade: 22 Habilidade: 17

Comentário: Um ano-luz, segundo a definição, corresponde Comentário: Analisando cada alternativa:


à distância percorrida pela luz em um ano. Tal valor, em km, A) Falso. O arco-íris é o resultado da decomposição da luz
pode ser obtido multiplicando-se a velocidade da luz solar em múltiplas cores em gotas de água suspensas no
(3,0 . 105 km/s) pelo tempo de um ano (3,15 . 107 s). Isso alto da atmosfera depois de uma chuva. Não é evidência a
equivale, aproximadamente, a 9,5 . 1012 km. direção da propagação.

B) Verdade. A formação de sombras é provavelmente o


Questão 08 – Letra A

Física
fenômeno que mais evidencia a propagação retilínea da luz.
Eixo cognitivo: II Se a luz fi zesse curva, a luz solar proveniente do exterior 
Competência de área: 5 poderia contornar a janela e iluminar completamente as
paredes. Nesse caso, não haveria sombras.
Habilidade: 17
C) Falso. A percepção do brilho de qualquer fonte de luz, seja
Comentário: Na figura a seguir, acrescentamos as indicações
essa primária, como uma lâmpada ou Sol, seja secundária,
do cone de sombra, do cone de penumbra e da região
como a Lua, decorre de a luz proveniente da fonte estar
plenamente iluminada na 1ª figura dada nesta questão.
indo, ainda que em parte, na direção dos olhos de um
Um eclipse total, no qual todo o disco solar é coberto pela
observador. O brilho da fonte independente do fato de a
Lua, é observado por alguém no cone de sombra. Um eclipse
luz estar viajando em linha reta ou não.
parcial, no qual parte do disco solar é coberto pela Lua,
é observado por alguém no cone de penumbra. Na região D) Falso. Mesma explicação da letra C.
plenamente iluminada, uma pessoa vê todo o Sol, isto é, não E) Falso. Mesma explicação da letra C.
há eclipse solar. Assim, o observador no ponto I não vê o
eclipse solar, pois ele se acha na região plenamente iluminada.
Já os observadores nos pontos III e IV, ambos situados no
CAPÍTULO – B2
cone de penumbra, presenciam o eclipse parcial, com a Lua
cobrindo grande parte do disco solar (como na 1ª foto), pois Reflexão da luz – Espelhos
esses observadores estão próximos ao vértice do cone de
sombra. Por outro lado, os observadores nos pontos II e V, que
Exercícios de aprendizagem
também estão no cone de penumbra, também presenciam o
eclipse parcial, mas com a Lua não cobrindo tanto o disco solar
(como na 2ª foto ou na 3ª foto), pois esses observadores se
Questão 01
acham relativamente próximos à região plenamente iluminada. Comentário: Na reflexão difusa, a luz é refletida em várias
A opção, portanto, que se enquadra nessa análise é a letra A. direções (1ª figura). Na reflexão especular, a luz é refletida
Observe que essa questão pode ser resolvida simplesmente em uma direção definida, simétrica em relação à luz incidente

analisando a 1ª foto. Essa imagem mostra um eclipse (2ª figura). A reflexão difusa ocorre de uma forma geral em
superfícies mais rugosas, enquanto a reflexão especular
quase total, que, conforme explicado, pode ser visto por
ocorre em superfícies lisas. A reflexão difusa está muito mais
observadores situados nos pontos III e IV. Como a única
presente em nosso dia a dia, quase tudo o que vemos em nossa
opção relacionando a 1ª foto aos observadores III ou IV
volta decore desse tipo de reflexão: a página de um livro,
é a letra A, concluímos que essa é a resposta da questão,
o quadro na sala de aula, as pessoas, uma parede, a Lua, etc.
sem que seja necessário analisar a 2ª foto e nem a 3ª foto.
A propósito, é por isso que as duas pessoas na 1ª figura podem
Em geral, as opções de respostas das questões do Enem não
enxergar a região de onde a luz é refletida difusamente, mas,
são excludentes, como neste caso.
na 2ª figura, apenas uma das pessoas pode ver a região de
onde é refletida especularmente.
Cone de penumbra
Sol Reflexão difusa
Região plenamente
iluminada
I
II

III

IV Cone de sombra
V

Bernoulli Sistema de Ensino 51

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Reflexão regular C) Quando o feixe incidente gira de um ângulo θ, o feixe
refl etido  também  gira  de  um  ângulo  θ. Por outro lado,
quando o espelho gira de um ângulo θ, o feixe refl etido 
gira de um ângulo 2θ. Por isso, para iluminar o painel A,
é mais efetivo girar o espelho do que girar a lanterna, como
mostrado na fi gura a seguir. Note que o espelho girou de 
um ângulo menor que o ângulo de giro da lanterna na
resposta dada no item B.

Questão 02 A

Comentário: O critério que determina se a superfície


B
será considerada rugosa ou especular é a relação entre o
comprimento da onda incidente e a rugosidade da superfície
C
refletora. Para ondas cuja oitava parte do comprimento seja
maior que a rugosidade média da superfície, haverá reflexão
especular, caso contrário haverá reflexão difusa. Para o caso Espelho
das ondas de rádio, uma parede tem uma rugosidade média
menor que um oitavo de seu comprimento de onda, já que
valores típicos de comprimentos para ondas de rádio vão de
metros até quilômetros. Para a luz, os comprimentos de onda
são da ordem de nanômetros (cerca de dez vezes maior que o
Questão 04
raio típico dos átomos), um valor muito menor que a rugosidade
da parede. Por isso, a reflexão é difusa. Comentário:
A) O caminho mais indicado é aquele em que a distância
Questão 03 percorrida é mínima; é o obtido quando a direção do

Comentário: movimento da bandeira azul ao ponto de toque na parede


é simétrica em relação à direção do movimento desse
A) O painel C é que está sendo iluminado, como mostrado na
ponto à bandeira amarela. Você pode esperar que esse
fi gura. O feixe de luz refl etido pelo espelho foi traçado com 
é o caminho mais curto desenhando os três caminhos no
base nas leis da refl exão, segundo as quais o feixe refl etido 
quadro, como mostrado na fi gura a seguir. Medindo com 
deve ser simétrico em relação ao feixe incidente.
uma régua grande de madeira grande, você pode mostrar
que o caminho II, de trajetórias simétricas, é o mais curto.

C
Muro
Espelho

I
oI III
B) Para iluminar o painel A, o estudante deve girar a lanterna
Caminho I inh o
Cam inh
m
(feixe incidente) no sentido horário. Assim, para manter-se Ca
Bandeira amarela
simétrico  em  relação  ao  feixe  incidente,  o  feixe  refl etido 
irá girar no sentido anti-horário, como mostrado na fi gura. 
Para determinada direção do feixe incidente, o feixe refl etido  Bandeira azul

atinge o painel A.
B) O caminho mais curto mostrado no item A está relacionado
ao princípio de Fermat, segundo o qual a luz faz um trajeto
A no tempo mínimo. Para isso, o ângulo de incidência que
o raio incidente forma com a normal em um espelho é
B igual ao ângulo de refl exão formado entre o raio refl etido 
e a normal. Na fi gura anterior, a bandeira amarela atrás 
C
do muro corresponde à imagem da bandeira amarela na

Espelho frente do muro, caso esse fosse um espelho plano. Assim,


o caminho II corresponde a um raio de luz incidente e outro
refl etido pelo espelho.

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Manual do Professor

Questão 05 Recentemente, uma campanha publicitátria promovida em Belo


Horizonte, visando alertar os motociclistas sobre os perigos do
Comentário: A imagem produzida por um espelho plano não
trânsito, explorou a ideia do Princípio da Reversibilidade dos
pode ser projetada em uma tela, pois essa imagem é formada por
Raios da Luz, como mostra a imagem a seguir.
prolongamentos de luzes refletidas no espelho (imagem virtual).
Assim, não há energia luminosa convergindo para o local de
FIQUE VIVO.
formação da imagem, onde a tela seria posta para produzir BHTRANS
SEJA VISTO EDUCA
a referida, e impossível, projeção. Por outro lado, a imagem
NO TRÂNSITO.
virtual pode ser fotografada se a câmara fotográfica for
colocada na frente do espelho, pois a câmara irá receber
efetivamente a luz refletida pelo espelho.

Questão 06

Física
Comentário: Como as imagens formadas por espelhos planos
são simétricas em relação ao espelho, ao se deslocar com
velocidade de 1 m/s em direção ao espelho, a imagem irá se
aproximar dele com a mesma velocidade, isto é, 1 m/s. Como a ANDAR DE MOTO É LEGAL.
ARRISCAR A VIDA NÃO.
pessoa e a imagem caminham em sentidos opostos, conclui-se
AJUDE O MOTORISTA A VER VOCÊ.
que a velocidade da imagem em relação à pessoa é de 2 m/s.

Divulgação
N° 2 - Ver e ser visto

Questão 07
Comentário:
Questão 09
A) Em um espelho plano, a imagem se forma atrás do espelho
Comentário: A equação que determina o número de imagens
e tão distante do espelho quanto o objeto. Assim, neste formadas por um jogo de espelhos é
exercício, a imagem do cabelereiro e do cliente é a fi gura 
360
mostrada  no  lado  direito  da  fi gura  a  seguir.  Da  fi gura,  n= −1
θ
tiramos que tanto a distância do cliente à imagem do
Para uma abertura de θ = 60° entre os espelhos, teremos n = 5
cabelereiro (x), como a distância do cabelereiro à imagem
imagens formadas, porém, na fotografia, haverá 6 casais,
do cliente (y), valem 2,10 m.
já que o casal original também estará na foto.

y = 2,10 m
 Questão 10
x = 2,10 m Comentário: Para resolver essa questão, basta traçarmos

0,50 m 0,50 m os raios de luz determinando o campo de visão da pessoa
0,80 m 0,80 m localizada no ponto P.

L1 L2 L3 P

Cabelereiro e cliente Imagens


E

B) O cliente percebe a lateralidade com inversão direita / Assim, concluímos que a pessoa consegue ver as lâmpadas
esquerda apenas quando olha para o espelho fi xo na parede.  L 1 e L 2.
No espelho de teto, não há essa lateralidade, mas o cliente
se vê de cabeça para baixo. Questão 11
Comentário: A face interna da concha é um espelho côncavo,
Questão 08 que pode formar imagens reais de um objeto situado além do
foco (ponto no meio do caminho entre a concha e o seu centro
Comentário: O princípio em questão é o Princípio da
de curvatura). Dependendo da distância do objeto à concha, essa
Reversibilidade dos Raios de Luz, que afirma que se a luz percorre
imagem pode ser maior, menor ou do mesmo tamanho do objeto,
um dado caminho entre dois pontos, no trajeto inverso, esses
mas sempre invertida e na frente do espelho. A face interna
raios percorrerão o mesmo caminho de forma inversa. Assim,
pode ainda formar uma imagem virtual, direta, atrás da concha
se um motociclista pode ver o retrovisor do carro, significa que e maior que o objeto, quando esse é colocado entre o foco e a
raios luminosos partem do retrovisor e chegam ao motociclista. concha. A parte externa da concha é um espelho convexo, que
Da mesma forma, raios de luz partem do motociclista e atingem forma uma imagem virtual, direta, atrás do espelho (portanto,
o retrovisor do carro, tornando o motociclista visível ao motorista. na parte interna) e menor que o objeto.

Bernoulli Sistema de Ensino 53

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Questão 12 C) Para esse cálculo, devemos utilizar a equação do aumento
1
Comentário: A grande vantagem dos espelhos convexos é linear, com Hi = H.
o aumento da área de visão que eles proporcionam. Sendo 2 o
assim, um motorista, ao olhar por um espelho retrovisor Hi |di | |di | do
1
desses, conseguirá visualizar uma área significativamente = ⇒ = ⇒ |di | =
Ho do do 2 2
maior do que a que seria possível caso o retrovisor fosse um
espelho plano. Já um espelho côncavo tem a propriedade de Assim:
ampliar as imagens quando o objeto é colocado entre o foco 1 1 2 1 1
e o vértice desse espelho, e, por isso, ele é utilizado como − = − ⇒ = ⇒ do = 30 cm
f do do f do
espelho de maquiagem.

Questão 13
Questão 15
Comentário:
Comentário:
A) A) A distância focal pode ser obtida por meio da terceira
equação de Gauss. No experimento, é possível medir a
distância da imagem ao espelho e a distância do objeto ao
F C
N
espelho. Assim, a única incógnita será a distância focal.

B) Note que no exercício é dada a distância da vela ao


anteparo, a qual não corresponde a do. Considerando que
a imagem será formada no anteparo, podemos notar que
di – do = 90 cm ou ainda di = 90 + do.
Essa imagem poderá ser projetada em um anteparo,
Espelho
já que se trata de uma imagem real. côncavo
B) Devemos calcular primeiro a distância da imagem ao
vértice, já que essa informação é utilizada no cálculo do Objeto
aumento linear da imagem. Assim
1 1 1 1 1 1 90 cm
= + ⇒ = + do
f do di 0, 30 0, 90 di

di = 0, 45 m = 45 cm
Agora, podemos calcular o aumento da imagem. C F
Hi |di | Hi 45
A= = ⇒ = ⇒ Hi = 5 cm
Ho do 10 90 di

Questão 14 Anteparo
Comentário:
Assim.
A)
|di | 90 + do
A= ⇒ 4= ⇒ 4do = 90 + do ⇒ do = 30 cm
do do
C F
Portanto, di = 120 cm. Com esses dados, podemos calcular
a distância focal do espelho.

1 1 1 1 1 1
= + ⇒ = + ⇒ f = 24 cm
f do di f 0,30 1,20
As imagens formadas por espelhos convexos são sempre
virtuais, diretas e menores que o objeto.
B) À medida que o objeto (a lâmpada) se aproxima do espelho, Exercícios propostos
a imagem formada torna-se maior e mais próxima do
espelho, conforme pode ser verificado na figura a seguir.
Questão 01 – Letra D
Objeto
Comentário: A imagem formada pelo espelho plano é
simétrica do objeto em relação ao espelho. Assim, a figura
mostra a imagem (I0) do observador O. Nesta imagem, deve
F
passar o prolongamento do raio refletido e, dessa forma,
Imagens V
a luz deve refletir no ponto D. Assim, o trajeto do raio luminoso
que atinge o observador segue a trajetória PDO.

54 Coleção EM2

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Manual do Professor

P Questão 05 – Letra C
Comentário: A questão trata da formação de imagens em
O espelhos planos e das inversões da imagem em relação
ao objeto.
Em um espelho plano, há a inversão lateral e de profundidade,
A B C D E porém a imagem não fica de ponta-cabeça. Assim,
considerando a imagem fornecida pelo enunciado e observando
IO que o objeto se encontra invertido lateralmente nela,
conclui-se que o cartaz é corretamente representado pela
alternativa C.
Questão 02 – Letra B
Comentário: No espelho plano, cada ponto da imagem se Questão 06 – Letra E

Física
forma atrás do espelho, a uma distância igual àquela do Comentário: A questão trata de associação de espelhos
respectivo ponto do objeto até o espelho. Essas características planos e da distância de um objeto à imagem formada
correspondem à imagem mostrada em L (letra B). por eles.
Observe a figura a seguir, que esquematiza imagens do objeto
Questão 03 – Letra C fornecidas pela associação dos espelhos.

Comentário: Como, no espelho plano, a imagem se forma 1,5 cm 1,5 cm


P2 P
atrás do espelho a uma distância sempre igual àquela do
objeto ao espelho, concluímos que a velocidade com a qual
2,0 cm
a imagem da bailarina está se aproximando do espelho deve
ser exatamente igual à velocidade v com a qual a bailarina se
aproxima do espelho (v é a velocidade em relação ao solo).
Pois bem, então, em relação a si mesma, a bailarina vê a sua
2,0 cm
imagem aproximando-se dela com uma velocidade igual a 2v.
A velocidade relativa entre os carros é a soma algébrica das
P3 P1
velocidades em relação ao solo. O diretor, que está sentado
na cadeira (repouso em relação ao solo), percebe tanto a
Considerando N o número de imagens de P fornecidas pela
bailarina quanto a imagem refletida no espelho movendo-se à
associação dos espelhos e θ o ângulo entre os espelhos
velocidade v, sendo que a bailarina está afastando-se do diretor,
planos, podemos usar a relação N = (360/θ) – 1 para
e a imagem se aproximando. encontrar o número de imagens formadas. Com θ = 90°,
temos N = 3. Considerando que a distância da imagem ao
Questão 04 – Letra D espelho é igual à distância do objeto ao espelho, a distância
entre P e P2 é de 3 cm e entre P e P1 é de 4 cm. Utilizando
Comentário: A questão trata da formação de imagens em
o Teorema de Pitágoras, no triângulo formado por P, P1 e P3,
espelhos planos.
calculamos a distância entre P e P3, sua imagem mais afastada,
Observe a figura a seguir, que ilustra a formação da imagem C’ que é de 5 cm.
do canto C.

C'
Questão 07 – Letra E
Comentário: Vamos analisar as afirmativas separadamente.
I. (V) A luz proveniente da árvore e que incide no periscópio
sofre uma refl exão no espelho plano superior e depois uma 
2m refl exão no espelho plano inferior do equipamento, e essa 
luz sempre se propaga em linha reta entre esses elementos.
A B
II. (V) Em todo espelho, mesmo nos curvilíneos, o ângulo de
incidência é congruente com o ângulo de refl exão, como 
no  caso  do  ângulo  de  20°  mostrado  na  fi gura  a  seguir 
2m (2ª lei da refl exão).

C
D
3m

Para um espelho plano, a distância do objeto ao espelho é sempre 20° 20°

igual à distância da imagem desse objeto ao espelho. Assim,


a imagem do canto C será formada a 4 m de C, na direção de CA.
Portanto, pelo triângulo retângulo pitagórico destacado na figura, Espelho
temos que o canto D distará 5 m da imagem C’ de C.

Bernoulli Sistema de Ensino 55

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III. (V) Das leis da reflexão (raios incidentes e refletidos Questão 10 – Letra D
simétricos em relação à linha normal) e por razões
Comentário: Observe que a imagem é real e invertida. O único
geométricas, o feixe de luz em um sistema constituído por
dois espelhos planos e paralelos, depois de sofrer pares espelho que forma esse tipo de imagem é o côncavo. Como a
de reflexões sucessivas, emerge paralelamente ao feixe imagem é real e maior que o objeto, este deve estar posicionado
incidente de luz. entre o foco e o centro de curvatura do espelho.

Espelho 1
Questão 11 – Letra C
Comentário: O espelho convexo forma imagem sempre virtual,
direta e menor que o objeto. Portanto, a figura 1 mostra um
espelho convexo. A imagem no espelho côncavo é mais variada.
Espelho 2 Quando o objeto está além do foco, o espelho côncavo forma
uma imagem real e invertida, podendo ser maior (objeto entre

Questão 08 – Letra D o foco e o centro do espelho), igual (objeto no centro) ou menor


que o objeto (objeto além do centro). Quando o objeto está
Comentário: A figura a seguir mostra as trajetórias dos quatro
raios luminosos apresentados nesta questão: os raios superiores entre o foco e o vértice (ponto de interseção entre o eixo e a
1 . 2 e os raios inferiores 3 . 4, incidentes sobre espelhos ocultos superfície do espelho), o espelho côncavo forma uma imagem
pelas placas I, II e III, bem como as trajetórias dos respectivos virtual, direta e maior do que o objeto. Essa é exatamente a
raios refletidos pelos espelhos. A figura não mostra as placas,
situação mostrada na figura 2.
elas são mostradas na 1ª figura do enunciado da questão.
As trajetórias dos raios refletidos foram traçadas considerando
que: raios incidentes e paralelos ao eixo de um espelho côncavo
Questão 12 – Letra D
convergem para o foco do espelho (metade da distância entre o Comentário: De acordo com a figura dada, o espelho só pode
centro e o espelho); raios incidentes e paralelos ao eixo de um ser um espelho convexo, pois a imagem i é direta (logo, virtual)
espelho convexo divergem, de modo que os prolongamentos
e menor do que o objeto O. Ainda segundo a figura dada,
convergem para o foco; raios paralelos incidentes em um
as alturas do objeto e da imagem são iguais a 6 unidades
espelho plano refletem mantendo o paralelismo. De acordo
e 2 unidades de comprimento. Portando, a relação entre essas
com as trajetórias dos raios mostradas adiante, concluímos que
as placas I, II e III ocultam, nesta ordem, o espelho convexo, alturas é Hi /Ho = 1/3. Então, de acordo com a 2ª equação
os dois espelhos planos e o espelho côncavo. de Gauss, a relação entre a distância da imagem ao espelho
1 e a distância do objeto ao espelho também é 1/3.
2
di/do= 1/3
4
3 Além disso, como o espelho está entre o objeto e a imagem,
1
1 2 esta se forma atrás do espelho. De acordo com a figura dada
2
3 3 na questão, a soma das distâncias do e di é igual a 8 unidades:
4 4 do + di = 8. Substituindo a 1ª equação nessa expressão,
2
1 obtemos

3 3di + di = 8 ⇒
4
1 di = 2 unidades

Logo do = 3.2 . 6 unidades


2
Portanto, o vértice do espelho se acha no ponto C mostrado
1
2 na figura, pois esse ponto está distante 6 unidades de O
3 e 2 unidades de i.
4
Este problema também pode ser resolvido graficamente.
3 A figura adiante mostra a determinação gráfica da imagem

4 a partir do raio notável de luz proveniente do topo do objeto


O e que passa pelo vértice do espelho. Esse raio reflete no
espelho simetricamente em relação ao seu eixo. Além disso,
Questão 09 – Letra D
o prolongamento desse raio deve passar pelo topo da imagem i.
Comentário: O espelho é côncavo e os raios luminosos
Veja na figura a seguir que o único ponto sobre o eixo do
incidem sobre ele paralelamente ao seu eixo. Assim,
os raios refletidos pelo espelho convergem para o seu foco. espelho que permite esse tipo de construção geométrica é, de
Dessa forma, o olho do paciente, para receber maior iluminação, fato, o ponto c. Portanto, o vértice do espelho se acha sobre
deve estar no foco do espelho (d = f). esse ponto.

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Manual do Professor

Questão 16 – Letra D
Comentário: A figura mostra o quadrado CDAB dado
O nesta questão. O lado DC é um objeto situado no centro do
i Foco espelho côncavo. Por isso, a imagem é a linha CD’, que tem
r o mesmo tamanho e se forma na mesma posição do objeto,
a b c d e
sendo invertida em relação a ele. O lado AB do quadrado é
um objeto linear situado entre o centro e o foco do espelho.
Por isso, a imagem A’B’ se forma além do centro do espelho
e é invertida e maior que o objeto. Assim, como A’B’ é maior
que CD’, a imagem conjugada do quadrado é um trapézio de
Observe que o foco deste espelho é o ponto indicado na figura,
base menor CD’ e base maior A’B’.
pois, traçando um raio vindo do topo do objeto e na direção

Física
dele, o raio reflete paralelamente ao eixo do espelho, de modo D A

que o prolongamento passa pelo topo da imagem. Observe,


B’
portanto, que a distância focal do espelho é f = 3 unidades.
C B F Espelho
Veja na figura que a esfera do espelho está centrada no ponto côncavo
de modo que o raio do espelho é R = 6 unidades (lembrando D’
que R = 2f). Por fim, confirme que a distância focal é realmente
A’
3 unidades substituindo di = 2 unidades e do = 6 unidades na
2ª equação de Gauss.

1/f = 1/do ± 1/di ⇒ 1/f = 1/6 . 1/2 ⇒ f = −3 unidades Questão 17 – Letra B


Comentário: A superfície da bola de natal forma um espelho
O sinal negativo de di é porque a imagem no espelho convexo é
esférico convexo e, como tal, para todo objeto real, como o
virtual. O sinal negativo de f é porque essa é uma característica
Jerry, ela forma imagens virtuais, diretas e reduzidas.
do espelho convexo.

Questão 18 – Letra B
Questão 13 – Letra C
Comentário: A questão trata da formação de imagens em
Comentário: No espelho convexo, as imagens são sempre espelhos planos.
virtuais, diretas e menores do que o objeto. Por isso,
Para um espelho plano, a distância de cada ponto do
a resposta é a letra C. objeto ao espelho é sempre igual à distância da imagem do
ponto ao espelho. Além disso, para cada ponto do objeto,
Questão 14 – Letra A o segmento formado pelo ponto e pela imagem do ponto é
Comentário: As letras A e B mostram espelhos côncavos, sempre perpendicular ao espelho (ou seu prolongamento).

e as letras C e D espelhos convexos. O espelho convexo forma Assim, o perfil da alternativa B representa a formação da
imagem da vela.
imagem sempre virtual, direta e menor que o objeto. Portanto,
as figuras nas letras C e D estão erradas. O espelho côncavo RR RR
pode formar imagem direta e virtual quando o objeto é colocado
entre o foco e o vértice do espelho (letra A). Nesse caso,
a imagem deve ser maior que o objeto. A letra A representa
corretamente esse caso, por isso é a resposta desta questão.
O espelho côncavo forma imagem real, invertida e maior que o
objeto quando ele é colocado entre o foco e o centro do espelho
(caso da letra B). A letra B está incorreta, pois está mostrando
uma imagem menor que o objeto.

Questão 15 – Letra A Questão 19 – Letra D


Comentário: Em um espelho plano, a imagem é simétrica
Comentário: Para que os raios refletidos sejam paralelos ao
do objeto em relação ao espelho. Por isso, a imagem da
eixo do espelho maior, o filamento deve estar no foco desse
pequena lâmpada L, refletida no espelho plano posicionado no
espelho. Observe que os raios que se dirigem ao espelho menor,
lado esquerdo da figura desta questão, forma-se no ponto A.
estando o filamento no centro de curvatura deste, são refletidos Por sua vez, a imagem da lâmpada nesse ponto funciona como
sobre eles mesmos, de volta ao espelho maior, passando pelo um objeto para o espelho plano posicionado no lado direito da
foco deste. Assim, também, esses raios serão paralelos ao eixo figura. Agora, o ponto D é que é o simétrico de A em relação ao
do espelho maior. Portanto, a alternativa correta é a A. 2º espelho. Logo, a imagem nesse espelho se forma no ponto D.

Bernoulli Sistema de Ensino 57

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Questão 20 – Letra C Questão 22 – Letra C
Comentário: A figura a seguir mostra a imagem formada Comentário: A questão trata da formação de imagens em
pelo espelho plano preso na parede AB, cuja largura mínima associações de espelhos planos.
é x (indicada na figura). A distância da imagem ao espelho
é igual à distância do objeto ao espelho: di = do= a. Além A figura a seguir esquematiza a formação das imagens
disso, o tamanho da imagem é igual ao tamanho do objeto: fornecidas pela associação de dois espelhos planos.
Hi = Ho = L. Usando as leis da reflexão, é fácil provar que os
triângulos de base L e x e vértices comuns no observador P
são semelhantes. Assim,
x/L = b/(a + b) ⇒ x = Lb/(a + b)

A
F F
F
a

F
L P x L
b

B Para um espelho plano, a distância de cada ponto do


objeto ao espelho é sempre igual à distância da imagem do

Questão 21 – Letra A ponto ao espelho. Além disso, para cada ponto do objeto,

Comentário: Primeiramente, para resolver este exercício, o segmento formado pelo ponto e pela imagem do ponto é
é preciso saber que o visitante da exposição, na posição A, vê no sempre perpendicular ao espelho. Assim, observando isso na
visor da máquina fotográfica uma imagem na mesma posição do construção da figura anterior, chegamos ao perfil da letra C.
boneco pintado no quadro, como mostrado na 1ª figura. Por isso,
o olho aberto e o canto esquerdo da boca do boneco, em relação
ao visitante em A, são, nessa ordem, os pontos x e y mostrados Questão 23 – Letra D
na 2ª figura. Agora, observe como os raios de luz provenientes Comentário: A questão trata das leis fundamentais da reflexão
desses pontos refletem nos dois espelhos e chegam invertidos na
e exige conhecimentos de Geometria Plana.
posição B: o raio que sai de x chega em B abaixo do raio que sai
de y. Por isso, a resposta deste exercício só pode ser a letra A ou E
a letra D. Falta apenas entender por que o visitante na posição B B
80°
percebe a imagem do boneco no visor da máquina com uma
80°
inversão de lateralidade esquerda / direita em relação à imagem 20°
na posição A. A explicação é simples: em A, o visitante olha na A 30° α α
direção do quadro, mas em B, ele olha na direção oposto. Essa
40° D
inversão de lateralidade é semelhante àquela que ocorre quando 70°
o professor, que olha para os alunos sentados à sua frente, 70°
vê as janelas da sala à sua direita, enquanto os alunos, que olham C
F
para o professor, veem as janelas à esquerda.
A segunda lei da reflexão diz que o ângulo do raio incidente
com a normal é igual ao ângulo do raio refletido com a normal.
ACB = 70° e, consequentemente, BCD = 40°. Assim, pela
propriedade referente à soma dos ângulos internos de um
triângulo, ABC = 80°. Novamente, pela primeira lei da reflexão,
DBE = 80° e, consequentemente, DBC = 20°. Assim, usando
o fato de que a soma dos ângulos internos de BCD vale 180°,
achamos que BDC = α = 120°.

Q x A
E1 Questão 24 – Letra D
Comentário: Dados do exercício: DO = 120 cm e f = –40 cm
y (espelho convexo). Usando as equações de Gauss e da
ampliação, temos

1 1 1 1 1 1
B = + ⇒ − = + ⇒ DI = −30 cm
f DO DI 40 120 DI
E2 DI
HI HI 30 cm
= ⇒ = ⇒ HI = HO /4
HO DO HO 120 cm

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Manual do Professor

Questão 25 – Letra E As distâncias di1 e di2 produzidas pelos espelhos são dadas

Comentário: Para facilitar, vamos substituir a janela por uma pela equação de Gauss (o sinal positivo referente às distâncias

lâmpada. A imagem formada pela superfície interna do vaso, que focais é porque os espelhos são côncavos e o sinal negativo
funciona como espelho côncavo, será real, invertida e estará à referente às distâncias das imagens aos espelhos é porque
frente da superfície interna do vaso (I1). A imagem formada pela essas imagens são virtuais).
superfície externa do vaso, que funciona como espelho convexo,
Espelho 1:
será virtual, direta e estará atrás da superfície externa do vaso, I2.
Veja a seguir. 1/f1 . 1/do1 . 1/di1 ⇒ +1/2,0 . 1/1,0 . 1/di1 ⇒ di1 . 2,0 m

Espelho 2:
Superfície interna Superfície externa
1/f2 . 1/do2 . 1/di2 ⇒ +1/5,0 . 1/1,0 . 1/di2 ⇒ di2 . 5,0/4 m
I1
Então, a distância X entre as imagens I1 e I2 é:

Física
C I2

X = di1 + do1 + do2 + di2 . 2,0 . 1,0 +1,0 . 5,0/4 . 21/4 m

Dessa forma, a alternativa correta é a E. Imagem I Espelho 1 Espelho 2 Imagem II


A

Questão 26 – Letra B di1 B di2


Comentário: De acordo com a figura dada nesta questão,

do1 = 1,0 m

do2 = 1,0 m
a diferença entre a distância da imagem ao espelho e do objeto
ao espelho é a seguinte:

di − do = 20 cm

Além disso, como a altura da imagem é o triplo da altura do


objeto, temos Questão 29 – Letra B
di = 3do Comentário: O aquecimento é máximo quando a frigideira for
Combinando essas equações, obtemos do = 10 cm e di = 30 cm. colocada no foco do espelho (ponto P4), pois os raios solares
Você pode explorar um pouco mais este problema calculando convergem para esse local (figura a seguir). Próximo e em torno
a distância focal deste espelho: do foco, o aquecimento da frigideira também será significativo.
1/f = 1/do ± 1/di ⇒ 1/f = 1/10 . 1/30 ⇒ f = + 7,5 cm Por isso, o aquecimento é bom para a frigideira colocada nos
O sinal positivo para di decorre de a imagem no espelho côncavo pontos P3 e P5. De fato, o aquecimento é igual porque esses
para este caso ser real. O sinal positivo obtido para a distância pontos são equidistantes do foco. O aquecimento da frigideira
focal é uma característica do espelho côncavo. é menor quando ela é colocada no ponto P2, pois ele está mais
distante do foco, e ele é menor ainda em P1, o ponto mais
Questão 27 – Letra A
distante do foco.
Comentário: De acordo com o enunciado desta questão, a
Espelho
distância da imagem real ao espelho é di = 4,0 m (tela de
parabólico
projeção ao espelho). Além disso, como a altura da imagem é
9 vezes maior que o objeto, temos

d0 = di /9 . 4/9

Substituindo os dados na 2ª equação de Gauss, temos

1/f = 1/do ± 1/di ⇒ 1/f = 1/(4/9) + 1/4 ⇒ f =+


0,40 m
Frigideira
O sinal positivo para di decorre de a imagem no espelho côncavo no foco do
para este caso ser real. O sinal positivo obtido para a distância espelho
Suporte
focal é uma característica do espelho côncavo.

Questão 28 – Letra A
Questão 30 – Letra C
Comentário: Estando a 1,0 m de cada espelho, o objeto
Comentário: O caminhãozinho está entre o foco do espelho
AB deste exercício está situado entre o foco e o espelho
côncavo e o vértice desse espelho, a distância do brinquedo
tanto em relação ao espelho de distância focal de f1 . 2,0 m,
como em relação ao espelho de distância focal f2 . 5,0 m. ao espelho é do = 0,5 m e a distância focal é f = R/2 . 1,0 m.

Isso significa que a imagem produzida por cada espelho se forma Por isso, a imagem do caminhãozinho é direta, virtual, forma-se
atrás dele, como mostrado na figura (fora de escala). atrás do espelho côncavo e é maior que o caminhãozinho.

Bernoulli Sistema de Ensino 59

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Usando as equações de Gauss, você pode achar que a distância Aplicando a equação de Gauss, achamos di2 (lembrando que a
da imagem ao espelho é distância focal do espelho côncavo é f2 = R2/2 . 15 cm).

1/f = 1/do – 1/di ⇒ +1/1,0 . 1/0,5 . 1/di ⇒ di = 1,0 m 1/f2 . 1/do2 . 1/di2 ⇒ +1/15 . 1/24 . 1/di2 ⇒ di2 . 40 cm

Então, o aumento linear da imagem é A = Hi /Ho = di/do = 1,0/0,5 . 2, Logo, 40 = d + 30, de modo que d = 10 cm.
ou seja, o tamanho da imagem é o dobro do caminhãozinho.
R1
Essa imagem, em relação ao espelho plano, comporta-se d02 = R2 – = 30 – 6 = 24 cm
como um objeto. Esse segundo espelho vai reproduzir uma 2
imagem também direta, atrás do espelho e com o mesmo
tamanho. Por isso, a melhor resposta é a letra C, que mostra
um caminhãozinho um pouco maior que o real, e com o mesmo
posicionamento dele (virado para a esquerda).

Questão 31 I1 C d I2
Comentário: As imagens 2 . 6 são formadas, nesta ordem,
Raios solares R1
pelos espelhos A e B. Por isso, elas são reversas (troca
direita com esquerda). Por isso, a menina vê a bandeira
“espelhada” nas imagens 1 . 2, e não pode ver a frase “ORDEM R2
E PROGRESSO”. A imagem 6 funciona como objeto para o
espelho A, que forma a imagem 2. Por isso, a imagem 2 aparece
Tela
sem reversão, de modo que a menina pode ler na imagem 2
a frase corretamente. Idem para a imagem 2, que funciona
di2 = R2 + d
como objeto para o espelho B, que forma a imagem 5, que
aparece sem reversão. A imagem 4 é uma superposição de
duas imagens: uma formada pelo espelho A, que tem como Questão 34
objeto a imagem 5, outra formada pelo espelho B, que tem
Comentário:
como objeto a imagem 3. A imagem 4, portanto, apresenta
reversão entre direita e esquerda. A menina não pode ver a A) Os raios solares convergem para o foco do espelho, cuja
frase correta nesta imagem. distância ao espelho é f = 30 m. Como o raio de curvatura
do espelho é R = 2f, concluímos que R = 2.30 . 60 m.
Questão 32
B) A área total do espelho é:
Comentário: Substituindo os dados da questão
A = (área de um escudo).(número de escudos) =
(p = 4,0 m = 400 cm, p’ = 20 cm e H = 1,60 m = 160 cm) nas
(0,5.1,0 m2/escudo)60 escudos = 30 m2
equações de Gauss, obtemos o raio de curvatura do espelho
e a altura da imagem: Como apenas 60% da radiação de 500 W/m2 é refletida
A) Raio de curvatura do espelho pelos escudos, a potência total gerada no sistema é de:

2/R = 1/p ± 1/p’ ⇒ 2/R = 1/400 . 1/20 ⇒ P = (500 W/m2)(0,60)30 m2 . 9,0 . 103 W


R ≅ − 42 cm
O sinal negativo de p’ é porque a imagem no espelho Seção Enem
convexo é virtual. O sinal negativo de R é porque essa é
uma característica do espelho convexo. Questão 01 – Letra C
B) Altura da imagem
Eixo cognitivo: II
−p’/p = h/H ⇒ −(−20)/400 = h/160 ⇒ h = 8,0 cm
Competência de área: 5

Habilidade: 17
Questão 33
Comentário: A figura mostra a imagem I1 do Sol formada pelo Comentário: A sensação que temos do “tamanho dos objetos”
espelho convexo e a imagem I2 formada pelo espelho côncavo. depende do seu tamanho real e da distância a que ele se
A primeira imagem forma-se no foco do espelho convexo encontra de nossos olhos. Logo, essa sensação depende do
porque o Sol (objeto para esse espelho) acha-se no infinito. ângulo de visão segundo o qual o objeto é visto (ângulo
A figura mostra ainda as seguintes distâncias relativas ao espelho formado pelos raios de luz que partem das extremidades do
côncavo: objeto e chegam ao nosso olho). Quanto menor for esse ângulo,
Distância da imagem I1 ao espelho côncavo (essa imagem é o menor vai nos parecer aquele objeto. Dessa forma, temos a
objeto para esse espelho). impressão de que um objeto distante é menor do que ele é
do2 = R2 – (R1/2) = 30 . 6 = 24 cm na realidade. Da mesma forma, um objeto menor (no caso, a
Distância da imagem I2 produzida pelo espelho côncavo até imagem formada pelo espelho) vai nos parecer mais distante.
esse espelho Portanto, da discussão anterior, conclui-se que a alternativa
di2 = d + R2 = d + R2 correta é a C.

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Manual do Professor

Questão 02 – Letra E Questão 04 – Letra E


Eixo cognitivo: III Eixo cognitivo: III
Competência de área: 1 Competência de área: 5
Habilidade: 1
Habilidade: 17
Comentário: No espelho côncavo é quando o objeto se situa
Comentário: A figura a seguir mostra o campo visual (da cabeça
entre o centro de curvatura e o foco, a imagem formada é real,
do objeto) para o espelho coberto com a cortina. Veja que
direta e maior que o objeto, formando-se além do centro (figura
o observador O2 poderá ver toda a imagem do malabarista,
a seguir). A cabeça do garoto está perto do foco do espelho e
os pés estão perto do centro do espelho. Por isso, a imagem do uma vez que ele se encontra dentro desse campo visual.
garoto, além de ser maior que o garoto, deve ser formar além O observador O1, entretanto, poderá ver apenas a parte inferior
do centro, com os pés perto do centro e a cabeça mais longe. da imagem (abaixo da linha pontilhada).

Física
A imagem também deve ser invertida, de modo que a imagem
C
do garoto deve “olhar” para cima, uma vez que o garoto está
de bruços, olhando para baixo. M I

B
P
B C F

O1
A O2
E

Questão 03 – Letra A Questão 05 – Letra A


Eixo cognitivo: III Eixo cognitivo: III

Competência de área: 1 Competência de área: 1

Habilidade: 1 Habilidade: 1
Comentário: Para aquecer a água dentro do tubo, este deve Comentário: A imagem de um objeto formada por um
se posicionar ao longo de uma linha sobre a qual a luz refletida espelho plano é sempre simétrica em relação ao objeto e,
pelos quatro espelhos planos incida sobre ele. Na figura a seguir,
dessa forma, invertida lateralmente em relação a ele. Como
observe que traçamos duas linhas normais aos dois espelhos
no periscópio temos dois espelhos planos paralelos, o espelho
planos superiores. Note que a luz refletida por esses espelhos
inferior inverte a imagem formada pelo espelho superior (que
converge para o tubo posicionado na posição 1. Obviamente,
por simetria, os raios refletidos pelos dois espelhos inferiores é invertida em relação ao objeto).

também convergem para o tubo na posição 1. Para a figura Portanto, as inversões laterais são compensadas e o observador
não ficar muito complicada e cheia de raios de luz, preferimos vai enxergar uma imagem final igual ao objeto.
não representar a luz refletida pelos dois espelhos inferiores.
Você poderá traçar esses raios, mostrando que eles realmente Questão 06 – Letra D
convergem para o tubo na posição 1.
Eixo cognitivo: III

Competência de área: 1

Habilidade: 1

Comentário: A 1ª figura a seguir mostra as imagens 1 . 2


1 2 3 4 5 formadas pelos espelhos 1 . 2 do periscópio simples desta
questão. Sobre o espelho 1, observe que a lâmpada é o objeto.
Repare a imagem 1 e o objeto estão ambos à mesma distância
do espelho e que a imagem é simétrica do objeto em relação
ao espelho.

Bernoulli Sistema de Ensino 61

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O desenho esquemático mostrado na 2ª figura a seguir, mostra um espelho plano de mesma inclinação que o espelho 1 do
periscópio formando uma imagem de uma seta AB vertical semelhante à lâmpada desse problema. A ponta da seta (ponto A)
é como se fosse o bulbo da lâmpada, e o outro extremo (ponto B)é como se fosse a rosca da lâmpada.
Observe que a imagem A’B’ é semelhante à imagem 1 formada pelo periscópio. Sobre o espelho 2, observe que a imagem 1 é
o objeto.

Imagem 1 Espelho 1 Espelho


Imagem

B' A'
Espelho 2

A
Objeto

Imagem 2

Questão 07 – Letra A
Eixo cognitivo: II
Competência de área: 1
Habilidade: 1
Comentário: A figura a seguir mostra as três imagens formadas pelo jogo de espelho. Calculamos o número de imagens formadas
por dois espelhos planos que formam um ângulo θ = 90° entre si:

360° 360°
N= −1 = −1 = 4 −1 = 3
θ 60°

A imagem I1 é a imagem formada pelo espelho E1 do objeto. Por isso, a imagem I1 se forma atrás desse espelho, sendo simétrica
do objeto em relação ao espelho. Já a imagem I2 é a imagem formada pelo espelho E2 do objeto. Essa imagem se forma atrás
do espelho E2 e ela é simétrica do objeto em relação ao espelho. Por fim, a imagem I3 é a imagem formada pelo espelho E1
e também pelo espelho E2, com a imagem I1 funcionando como objeto para o espelho E2 e a imagem I2 funcionando como objeto
para o espelho I1. Na verdade, as imagens I3 formadas pelos dois espelhos são superpostas.

Questão 08 – Letra B
Eixo cognitivo: III
Competência de área: 5
Habilidade: 17
Comentário: Observe que os dentes da Mônica estão voltados para o leitor da tirinha, e não para o espelho. Por isso, o espelho
não pode formar a imagem dos dentes, como está incorretamente mostrado na tirinha. A mesma observação pode ser feita para
a fita no chapéu da Mônica, que, nesse caso, corretamente não aparece refletida pelo espelho.

Sugestões de leitura para o professor


• Física básica – gravitação, fluidos, ondas, Termodinâmica. Alaor Chaves, J. F. Sampaio. LTC.
• Física conceitual. Paul G. Hewitt. Bookman.
• Fundamentos de Física – gravitação, ondas, Termodinâmica. Jearl Walker. LTC.
• Manual do Astrônomo. Ronaldo Mourão. Jorge Zahar.
• Os 100 maiores cientistas da história. John Simmons. Difel.

62 Coleção EM2

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Manual do Professor

Conteúdo de Física
1ª série

FRENTE CAPÍTulo Volume título

1 1 •  Introdução ao estudo da Física

2 1 •  Leis de Newton – Fundamentos

Física
3 2 •  Leis de Newton – Aplicações

4 2 •  Estática dos sólidos

5 3 •  Dinâmica do Movimento Circular

6 3 •  Mecânica celeste

7 4 •  Hidrostática

8 4 •  Impulso e quantidade de movimento

1 1 •  Vetores e gráficos

2 1 •  Movimento Uniforme

3 2 •  Movimento Variado

4 2 •  Movimento Circular

5 3 •  Composição e decomposição de movimentos

6 3 •  Trabalho e energia

7 4 •  Princípio da Conservação da Energia

8 4 •  Energia e meio ambiente

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2ª série

FRENTE CAPÍTulo Volume título

1 1 •  Termometria

2 1 •  Dilatação térmica

3 2 •  Propagação de calor

4 2 •  Calorimetria

5 3 •  Mudança de fase

6 3 •  Comportamento dos gases

7 4 •  1ª Lei da Termodinâmica – Conservação da energia

8 4 •  2ª Lei da Termodinâmica – Máquinas térmicas

1 1 •  Introdução à Óptica Geométrica

2 1 •  Reflexão da luz – Espelhos

3 2 •  Refração da luz – Lentes

4 2 •  Instrumentos ópticos

5 3 •  Movimento Harmônico Simples

6 3 •  Introdução à Ondulatória

7 4 •  Difração e interferência

8 4 •  Acústica – Ondas sonoras

64 Coleção EM2

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