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Aula 04

Informação em Saúde
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Atenção Primária à Saúde
Departamento de Prevenção e
Promoção da Saúde

Projeto Cuida APS

Curso de Extensão EaD


Gestão dos Serviços da APS e o
Monitoramento do Cuidado das Pessoas
com Condições Crônicas

Aula 04
Informação em Saúde

Giliate Cardoso Coelho Neto

São Paulo – SP
2021-2023
Créditos

MINISTÉRIO DA SAÚDE HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ


Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Diretor Presidente:
Único de Saúde - PROADI/SUS José Marcelo de Oliveira
Projeto Cuida APS: Cuidado das Pessoas com Doenças Crônicas Diretora Executiva de Sustentabilidade e Responsabilidade Social:
Não Transmissíveis Ana Paula Neves Marques de Pinho
Diretora Executiva de Educação, Pesquisa, Inovação e
EQUIPES DIRETIVAS Saúde Digital:
MINISTÉRIO DA SAÚDE Maria Carolina Sanchez da Costa
Ministra da Saúde: Gerente de Projetos:
Nísia Verônica Trindade Lima Samara Kielmann
Secretaria de Atenção Primária à Saúde:
Nésio Fernandes de Medeiros Junior GRUPO EXECUTIVO DO PROJETO
Departamento de Prevenção e Promoção da Saúde: Fernando Freitas Alves
Andrey Roosewelt Chagas Lemos Flávia Landgraf
Coordenadora-Geral de Prevenção às Condições Crônicas na Gilmara Lúcia dos Santos
Atenção Primária à Saúde: Lara Paixão
Gilmara Lúcia dos Santos Marcela Alvarenga de Moraes
Samara Kielmann
CONASEMS
Presidente:
Wilames Freire Bezerra
FECS - FACULDADE DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
Secretário Executivo:
Diretoria Acadêmica
Mauro Guimarães Junqueira
Elaine Emi Ito
Coordenação Geral de Pós-graduação:
Paula Zanelatto Neves
Secretaria Acadêmica e Apoio:
Bruna Aparecida de Souza Manoel

EQUIPE TÉCNICA DO HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ (HAOC)


Coordenadora: Gestão dos Processos de EaD:
Flávia Landgraf Débora Schuskel
Analistas: Gestão dos Processos do Curso:
Lígia Mendes Borges Aline de Almeida Simões
Tauana Sequalini Gestão do Ambiente Virtual de Aprendizagem:
Tiago Klein Potratz Rafael Fernando Alfieri
Equipe Técnico-pedagógica do Projeto: Produção Audiovisual:
Américo Yuiti Mori Vitor Hiroshi Pereira
Cristian Fabiano Guimarães Analista de Suporte a Sistemas Educacionais:
Debora Alcântara Mozar Jefferson Araújo de Oliveira
Flávio Adriano Melo Borges Design Instrucional:
Fernanda Ferreira Marcolino Camila Ferrarini Soares
Fernanda Rocco Oliveira
Lara Paixão Coordenação do Curso:
Luciana Soares de Barros Fernanda Rocco Oliveira (1ª Edição e 2ª Edição)
Mariana Fonseca Paes Iara de Oliveira Lopes (1ª Edição)
Maria Lúcia Teixeira Machado Supervisão de Processos Digitais Educacionais:
Maria Delzuita de Sá Leitão Fontoura Silva Fernanda Ferreira Marcolino
Sueli Fátima Sampaio Autor:
Rosemarie Andreazza Giliate Cardoso Coelho Neto
Colaboradores: Revisão Técnica:
Adelson Guaraci Jantsch Fernanda Rocco Oliveira
Alexandre Sizilio Iara de Oliveira Lopes
Clarissa Willets Bezerra Revisão de Conteúdo Digital:
Daniela de Almeida Pereira Iara de Oliveira Lopes
Iara de Oliveira Lopes Revisão Textual:
Leonardo Graever Emilene Lubianco de Sá
Patrícia Sampaio Chueiri

Aula 04 - Informação em Saúde 03


Sumário

Aula 04 - Informação em Saúde

Apresentação da Aula ................................................................................................................................................................................................. 05

Objetivos de Aprendizagem ................................................................................................................................................................................. 05

Tomada de decisão baseada em dados: um desafio para gestores locais .................................................................. 06

Informação em saúde, para quê? .................................................................................................................................................................... 08

Sistemas de informação em saúde no Brasil .......................................................................................................................................... 10

Sistemas de informação em saúde na Atenção Básica ................................................................................................................... 11

SISAB / e-SUS APS – processo de trabalho da Atenção Básica.............................................................................. 11

Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN)................................................................................... 15

Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) ............................................................................................................ 16

Sistema Nacional de Regulação (SISREG) ............................................................................................................................. 18

Sistema de Cadastramento dos Usuários do SUS (CADSUS) .............................................................................. 20

Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI) .................................................... 21

Sistema de Informações Hospitalares (SIH) ........................................................................................................................ 22

Outros sistemas oficiais ............................................................................................................................................................................................. 25

Sistemas informais: Como manejar? ............................................................................................................................................................. 26

Considerações Finais ................................................................................................................................................................................................... 30


Lista de abreviaturas e siglas .................................................................................................................................................................................. 31

Referências ............................................................................................................................................................................................................................ 33

O Autor ..................................................................................................................................................................................................................................... 37

Aula 04 - Informação em Saúde 04


Projeto Cuida APS

Apresentação da Aula

Olá, colegas gestores(as) do SUS!

Bem-vindos(as) a mais uma aula do nosso curso.

Nesta unidade, abordaremos os principais sistemas de informação utilizados na


gestão da Atenção Primária à Saúde (APS) do Sistema Único de Saúde (SUS), discutindo
sua utilização, seus limites e sua aplicabilidade. Também serão apresentados alguns
indicadores de avaliação em saúde, seu uso e sentido para a organização e gestão do
trabalho e cuidado, além de ferramentas para manejo das informações no cotidiano da
gestão dos serviços de saúde.

Para um bom aproveitamento da aula, é recomendado que tenham assistido à


Minissérie do curso, com a história da gerente Marilda, que será ilustrativa para os
conceitos que traremos ao longo da aula.

Objetivos de Aprendizagem

Ao final desta aula, vocês serão capazes de:


✓ conhecer e discutir as características e o uso dos principais
sistemas de informação em saúde utilizados na gestão da APS;
✓ refletir sobre o uso dos sistemas e das informações oriundas
desses sistemas nos processos de gestão local e regional no
âmbito da APS.

Aula 04 - Informação em Saúde 05


Projeto Cuida APS

Tomada de decisão baseada em dados:


um desafio para gestores locais

Marilda é uma gestora que está com dificuldades em acessar as informações


necessárias para realizar um bom planejamento e monitoramento das ações realizadas
em sua Unidade Básica de Saúde (UBS). Ela sabe que existem diversos Sistemas de
Informação em Saúde (SIS) em uso no seu município, pois são muitos formulários que os
profissionais de saúde precisam preencher para alimentar esses sistemas, porém tem
pouco acesso a eles.

Diante da necessidade de realizar mudanças no processo de trabalho de sua UBS,


motivada por um erro ocorrido no atendimento a um usuário, Marilda decide então que
precisa buscar rapidamente os dados disponíveis nos SIS. As primeiras informações que
ela tenta encontrar é sobre o perfil de morbimortalidade da população do seu município.

o Do que as pessoas estão morrendo?

o Quais são as doenças mais prevalentes?

o Como poderíamos evitar parte dessas mortes e adoecimentos através de um


trabalho mais eficiente na UBS?

Marilda tenta então acessar dois SIS históricos na saúde brasileira, o Sistema de
Informação sobre Mortalidade (SIM) e o Sistema de Informação de Agravos de Notificação
(SINAN). Ela entra nos sites oficiais desses SIS, mas vê que o acesso é restrito (necessita
login e senha); tenta criar um login, mas não consegue, também não encontra instruções
de como obter o acesso. Procura se lembrar da capacitação realizada pela gestão
municipal sobre o e-SUS APS, mas demora para identificar o caminho para emissão dos
relatórios. Além disso, a internet de sua UBS é instável e o carregamento dos sites é lento.

Fonte: Imagem - Webdoc Brasil, aqui tem SUS/Levante Filmes/Conasems©.

Aula 04 - Informação em Saúde 06


Projeto Cuida APS

As dificuldades vividas pela gestora Marilda são recorrentes nos serviços de saúde
de todo o Brasil. Apesar de os dados serem captados nas unidades de saúde, o retorno
das informações geradas a partir deles ainda é bastante insuficiente, dificultando os
processos de planejamento, monitoramento e tomada de decisão. Tal cenário leva os
atores locais a adotar soluções informais, geralmente baseadas em softwares de planilhas
(Google Planilhas, Excel, LibreOffice) para criar, manter e analisar dados nos serviços de
saúde.

É importante reconhecer, entretanto, que houve alguns avanços nos últimos anos
no aperfeiçoamento dos SIS. A criação do Sistema de Informação em Saúde para Atenção
Básica (SISAB) possibilitou a individualização dos dados dos usuários do SUS, abrindo
caminho para o acompanhamento das condições de saúde de cada pessoa1. Já a criação
dos aplicativos Coleta de Dados Simplificada (CDS) e Prontuário Eletrônico do Cidadão
(PEC), no âmbito da Estratégia e-SUS AB (hoje denominada e-SUS APS) trouxe uma
maior integração com outros SIS no nível local, ao exemplo do SIS Pré-natal, SI-PNI, Bolsa
Família e outros. Isso acarretou numa menor redundância e carga de retrabalho no
preenchimento dos dados2.

Vamos estudar mais sobre isso?

Aula 04 - Informação em Saúde 07


Projeto Cuida APS

Informação em saúde, para quê?

Apesar das dificuldades de acessar alguns SIS, a informação em saúde tem tido
uma utilidade histórica nos processos de planejamento, monitoramento, avaliação e
controle dos serviços e do trabalho em saúde. Além de permitir identificar características
ou problemas de saúde mais relevantes em um território, como doenças (ex.:
hipertensão3), agravos (ex.: violência de gênero4) ou condições sociais (ex.: desigualdades
de raça/cor5 ou renda6), as informações em saúde também possibilitam identificar
questões relacionados aos processos de trabalho, como a produção profissional7 e a
demanda assistencial da unidade8.

Ligando Pontos
Abordamos o assunto produção da saúde no território
na Aula 3 - Planejamento em Saúde.

Para além desse uso clássico, a informação em saúde também pode exercer um
papel fundamental como dispositivo de mudanças das práticas de saúde e
fortalecimento da democracia institucional com empoderamento de trabalhadores e
usuários. Gestores locais, por exemplo, têm utilizado informações de fluxos assistenciais
para promover análises sobre os processos de trabalho das unidades9; dados
epidemiológicos para debates coletivos em sala de situação10; pesquisas de satisfação de
usuários para corrigir falhas no atendimento11; e indicadores de qualidade e resultados
para produzir reflexões quanto à eficácia do cuidado12.

Ligando Pontos
Na Aula 10 do nosso curso - Gestão participativa -, nós nos
aprofundaremos na questão da valorização da participação das
equipes e profissionais de saúde nos processos decisórios, implicando
em transformação do processo de trabalho e cuidado em saúde.

Aula 04 - Informação em Saúde 08


Projeto Cuida APS

Muitas dessas informações estão nos SIS oficiais, outras terão de ser produzidas
em SIS “informais” (as planilhas...), mas buscando-se respeitar a privacidade dos usuários e
a integridade e eficiência no uso dos dados.

Fonte: Imagem - Ser Gestor. Integração dos serviços da AB na Rede de Atenção à Saúde. Conasems©.

Concluindo uma ideia


Nesta aula, faremos uma introdução ao tema da Informação em Saúde,
buscando dialogar com questionamentos típicos dos gestores locais, por
exemplo: Quais são os principais tipos de SIS em uso no meu município?
Como acessar as informações produzidas por eles? Como realizar uma boa
gestão dos dados de saúde no cotidiano dos serviços?

Aula 04 - Informação em Saúde 09


Projeto Cuida APS

Sistemas de informação em saúde no Brasil

Os principais SIS oficiais em funcionamento no Brasil são mantidos pelo Ministério


da Saúde (MS) e abrangem todo o território nacional (SIS nacionais). A maioria são de uso
obrigatório pelos serviços de saúde, como o SISAB, o Sistema de Informações
Ambulatoriais (SIA), o Sistema de Informações Hospitalares (SIH), o Sistema de
informação de agravos de notificação (SINAN), o Sistema de Informação sobre Nascidos
Vivos (SINASC) e o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM). Mas alguns são
opcionais, como os sistemas de apoio à gestão local, como o Sistema Nacional de
Regulação (SISREG), Sistema Nacional de Assistência Farmacêutica, denominado HORUS
etc. Esses sistemas nem sempre se apresentam de forma digital nos serviços de saúde.
Muitos deles são baseados em formulários de papel que são preenchidos pelos
trabalhadores para posteriormente serem digitados em sistema informatizado13.

Existem ainda SIS oficiais criados e mantidos por secretarias municipais e


estaduais de saúde, visando dar respostas às necessidades das gestões locais por
informatização dos serviços e melhor organização das informações em saúde. Algumas
vezes esses sistemas locais se integram com os SIS nacionais, mas, infelizmente, em
grande parte das situações ainda não há qualquer tipo de conexão, obrigando
trabalhadores e gestores a preencherem os mesmos dados em diferentes sistemas,
gerando retrabalho, dificuldade de acesso às informações e aumento de custos14.

Historicamente, a fragmentação entre os SIS, associada a outros fatores, impactou


negativamente no preenchimento correto dos dados, prejudicando a confiabilidade e
consistência das informações15,16. O manejo correto dos instrumentos de coleta de dados,
entretanto, tem melhorado nos últimos anos17,18 e é fundamental para que os sistemas
tenham valor de uso ao planejamento e monitoramento das ações em saúde.

Vejamos agora os principais SIS nacionais em uso na Atenção Básica.

Conceito-chave
Sistemas de Informação em Saúde são instrumentos que, por meio do
processamento de dados coletados em serviços de saúde e outros
locais, dão suporte à produção de informações para a melhor
compreensão dos problemas e tomada de decisão no âmbito das
políticas e do cuidado em saúde19.

Aula 04 - Informação em Saúde 10


Projeto Cuida APS

Sistemas de informação em saúde


na Atenção Básica

A Atenção Básica tem um papel fundamental na efetivação do cuidado em saúde


e vigilância de doenças e agravos no território. As ações realizadas pela Atenção Básica
ficam registradas em SIS cujos dados são utilizados para aperfeiçoar o planejamento e
monitoramento das atividades e políticas de saúde. Abaixo, vamos abordar os principais
SIS utilizados na Atenção Básica no Brasil.

SISAB / e-SUS APS – processo de trabalho da Atenção


Básica

O principal SIS utilizado na Atenção Básica é o Sistema de Informação em Saúde


para Atenção Básica (SISAB), que recebe diariamente dados do processo de trabalho de
praticamente todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Brasil. Esses dados são
enviados de três formas:

a) Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC) – desenvolvido pelo MS e


disponibilizado gratuitamente a municípios, o PEC está presente em 50% das
UBS.

b) Coleta de Dados Simplificada (CDS) – também desenvolvida pelo MS, é uma


interface mais simples de envio dos dados das UBS, sem as funcionalidades de
um prontuário eletrônico. A CDS está implantada em 20% das UBS.

c) Sistemas próprios – cerca de 30% dos municípios optaram por utilizar seus
próprios aplicativos para gestão do cuidado na APS, e enviam seus dados ao
SISAB através de ferramentas de interoperabilidade disponibilizadas pelo MS20.

O e-SUS APS (novo nome do e-SUS AB) é o nome do aplicativo que reúne o PEC e
a CDS num só lugar e que pode ser baixado pelos municípios através do endereço
https://sisaps.saude.gov.br/esus/. É também o nome dado à estratégia de informatização
e organização da informação em saúde produzida pela Atenção Primária – Estratégia
e-SUS APS.

Aula 04 - Informação em Saúde 11


Projeto Cuida APS

Minissérie
No Episódio 3 – Gestão e Planejamento da minissérie
Unidade de Saúde Dona Ivone Lara, a gestora Marilda
acessa o SISAB e outros sistemas de informação através
da Plataforma e-Gestor. Se você ainda não assistiu,
acompanhe o episódio pelo QR code ao lado (aponte a
câmera do seu celular) ou clicando aqui.

Como acessar os dados do SISAB / e-SUS APS?

a) PEC ou CDS: se a UBS utiliza o e-SUS APS (na versão PEC ou CDS), é possível
acessar os dados individualizados dos usuários acompanhados pelas equipes nas seções
Acompanhamento das condições de saúde (Figura 1) ou Relatórios. Lá estão disponíveis
dados como as listas nominais de usuários com condições prioritárias (hipertensão,
diabetes, gravidez, asma, obesidade, entre outros)21.

Figura 1. Tela do e-SUS APS: seção Acompanhamento das condições de saúde

Fonte: Brasil. Ministério da Saúde. e-SUS APS – Versão 4.022.

Aula 04 - Informação em Saúde 12


Projeto Cuida APS

b) Portal do SISAB (https://sisab.saude.gov.br/)

Trata-se de um sítio de internet mantido pelo Ministério da Saúde que


disponibiliza os dados captados nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e em outros
dispositivos da APS. Diferentemente do e-SUS APS, os dados são dados consolidados (ou
seja, não individualizados) e o menor nível de agregação é o município (ou seja, não é
possível obter o dado de uma equipe ou de um profissional). No Portal do SISAB é
possível ter acesso, por exemplo, ao quantitativo de atendimentos individuais, visitas
domiciliares, atividades coletivas, procedimentos, práticas integrativas do conjunto de
profissionais de saúde do SUS local.

Existe também um espaço de acesso restrito no Portal do SISAB pelo qual é


possível visualizar o desempenho de cada equipe ou UBS do município no âmbito do
programa Previne Brasil. Para visualizar tais dados, é necessário obter login e senha de
acesso fornecidos pela respectiva Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

A Figura 2 ilustra a interface do SISAB.

Figura 2. Portal nacional do Sistema de Informação em Saúde para Atenção Básica (SISAB)

Fonte: Brasil. Ministério da Saúde. Portal do SISAB23.

Aula 04 - Informação em Saúde 13


Projeto Cuida APS

c) Sistemas próprios: se a UBS utiliza sistemas próprios para registro dos dados
clínicos na UBS, é necessário conversar com o suporte local para saber como acessar os
dados.

O Quadro 1 apresenta alguns exemplos de dados fornecidos pelo SISAB/e-SUS APS.

Quadro 1. Algumas informações e indicadores disponíveis no SISAB/e-SUS APS

Informação Descrição / indicadores Como acessar?

Permite acompanhar os usuários com


hipertensão, diabetes, obesidade, gravidez,
Listas nominal
asma, tabagismo ou qualquer Classificação e-SUS APS (seções
de usuários
Internacional das Doenças (CID) ou Acompanhamento
conforme
Classificação Internacional da Atenção das condições de
condição de
Primária (CIAP), filtrando os dados por saúde ou Relatórios)
saúde
período, última consulta, período, sexo,
gênero e faixa etária.

Relatório Permite visualizar a contagem dos


e-SUS APS (seção
consolidado de agendamentos em que o cidadão não
Relatórios)
absenteísmo compareceu ou não aguardou

Situação do Possibilita visualizar a quantidade de e-SUS APS (seção


território usuários, domicílios e famílias cadastradas Relatórios)

Permite visualizar a quantidade de


e-SUS APS (seção
atendimentos, visitas domiciliares,
Produção Relatórios) ou
atividades coletivas, vacinas e
Portal do SISAB
procedimentos realizados

Possibilita acompanhar os indicadores


Desempenho relacionados ao Previne Brasil (aferição de
Portal do SISAB
(Previne Brasil) PA, solicitação de Hemoglobina glicada,
realização de testes em gestantes etc.)

Fonte: elaboração própria.

Aula 04 - Informação em Saúde 14


Projeto Cuida APS

Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN)

O Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) recebe os dados de


doenças e agravos de notificação compulsória. Casos suspeitos ou confirmados de
tuberculose, hanseníase, coqueluche, arboviroses, hepatites, violências, entre outras
condições (são 48 no total) devem obrigatoriamente ser informados nos sistemas de
vigilância à saúde24, dentre os quais o principal é o SINAN.

Como acessar os dados do SINAN?

Os dados consolidados do SINAN, no nível municipal, podem ser acessados de


forma pública através do sítio do TABNET, mantido pelo Departamento de Informática do
SUS (DATASUS), através do endereço https://datasus.saude.gov.br/informacoes-de-saude-
tabnet.

A lista nominal de usuários com doenças/agravos de notificação compulsória


registrados no SINAN pode ser acessada através do contato com o setor de vigilância
epidemiológica local.

Importante lembrar que tais informações também podem ser acessadas no e-


SUS APS, na seção Acompanhamento das condições de saúde, desde que as equipes
utilizem o PEC e os dados tenham sido devidamente registrados pelos profissionais
no momento do atendimento.

O Quadro 2 apresenta alguns exemplos de dados fornecidos pelo SISAN, e a


Figura 3 mostra a interface do TABNET.

Quadro 2. Algumas informações disponíveis no SINAN

Informação Descrição / indicadores Como acessar?

Permite visualizar a quantidade de casos


Casos confirmados (no município) de tuberculose,
confirmados de hanseníase, sífilis, arboviroses,
doenças de esquistossomose, doenças exantemáticas, Portal TABNET
notificação hepatite etc., filtrando por ano/mês do
compulsória diagnóstico, faixa etária, raça, sexo e
características das doenças.

Fonte: elaboração própria.

Aula 04 - Informação em Saúde 15


Projeto Cuida APS

Figura 3. Interface do TABNET

Fonte: Brasil. Ministério da Saúde. Portal TABNET25.

Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM)

O Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) registra dados sobre óbitos


ocorridos em todo o território nacional, tais como causa, município, idade, tipo de
estabelecimento etc.

Os dados do SIM, em especial as causas dos óbitos ocorridos no seu município,


podem ser de grande valia para subsidiar o planejamento e a definição das prioridades
de uma UBS ou gestão municipal26.

Aula 04 - Informação em Saúde 16


Projeto Cuida APS

Como acessar os dados do SIM?

Os dados consolidados do SIM (não individualizados), em nível municipal, podem


ser acessados de forma pública através do sítio do TABNET
(https://datasus.saude.gov.br/informacoes-de-saude-tabnet/).

O Quadro 3 apresenta alguns exemplos de dados fornecidos pelo SIM.

Quadro 3. Algumas informações disponíveis no SIM

Informação Descrição / indicadores Como acessar?

Possibilita visualizar a quantidade de óbitos


Óbitos por Portal TABNET (aba
ocorridos por causas consideradas evitáveis
causas evitáveis Estatísticas vitais)
por ação dos serviços de saúde27,28.

Permite visualizar a quantidade de óbitos


ocorridos no município, de acordo com Portal TABNET (aba
Óbitos infantis
causa, período, tipo de gravidez, idade e Estatísticas vitais)
escolaridade da mãe, raça/cor etc.

Óbitos de
Possibilita acompanhar a quantidade de
mulheres em Portal TABNET (aba
óbitos de mulheres em idade fértil e óbitos
idade fértil e Estatísticas vitais)
maternos ocorridos no município.
óbitos maternos

Fonte: elaboração própria.

Conceito-chave
Mortes evitáveis por ações do SUS refere-se a um agravo ou situação
prevenível pela atuação dos serviços de saúde. A Lista Brasileira de
Mortes Evitáveis tem sido publicada e atualizada desde 2007 e inclui
duas faixas etárias: menores de 5 anos e de 5 a 74 anos27,28.

Aula 04 - Informação em Saúde 17


Projeto Cuida APS

Sistema Nacional de Regulação (SISREG)

A regulação assistencial é um desafio cotidiano de gestores públicos, pois implica


diretamente na garantia de princípios centrais do SUS, prioritariamente, a Integralidade.
Do mesmo modo, se relaciona com atributos da APS – coordenação do cuidado, atenção
ao primeiro contato –, como foi apresentado na Aula 1 deste curso.

o Como você organiza os fluxos regulatórios para atenção especializada em seu


serviço? Ou como ele está organizado?

o Quais são os principais desafios atrelados a ele? Faça uma lista.

o Quantos desses desafios são de sua governabilidade?

o A equipe de profissionais de saúde estão implicados ou poderiam estar


implicados para ajudar no enfrentamento do desafio e qualificação do
trabalho de regulação?

Os sistemas de regulação assistencial têm como principal finalidade apoiar os


fluxos assistenciais entre a Atenção Básica e as referências especializadas. Nesses
sistemas, os profissionais de saúde registram solicitações de consultas ou exames na
média ou alta complexidade e cabe a uma central analisar os pedidos e agendar os
procedimentos de forma a garantir a equidade (usuários com problemas mais graves
terão prioridade).

O Sistema Nacional de Regulação (SISREG) é o aplicativo mais utilizado no Brasil, e


está presente em cerca de três mil cidades29. Muitos estados e municípios, entretanto,
possuem seus próprios sistemas de regulação, e é fundamental que um gestor da
Atenção Básica conheça-os e saiba manejá-los.

Como acessar os dados do SISREG?

Através do site https://sisregiii.saude.gov.br/, por meio de login e senha, que deve


ser solicitado ao setor de regulação da sua respectiva Secretaria de Saúde.

O Quadro 4 apresenta alguns exemplos de dados fornecidos pelo SISREG.

Aula 04 - Informação em Saúde 18


Projeto Cuida APS

Quadro 4. Algumas informações disponíveis no SISREG

Informação Descrição / indicadores Como acessar?

Permite o acesso à listagem nominal


Lista de de todas as solicitações de consultas e No aplicativo do SISREG,
Solicitações / exames ambulatoriais pendentes, no menu “Consulta
Encaminhamentos confirmadas, devolvidas, reenvidas ou Amb”, em “Solicitações”
canceladas.

Possibilita à UBS visualizar apenas as


No aplicativo do SISREG,
solicitações marcadas pela Central de
Agendados pela no menu “Consulta
Regulação e assim tomar as medidas
regulação Amb”, em “Agendados
necessárias para avisar os usuários
pela regulação”
sobre as marcações.

Permite visualizar as solicitações


Solicitações No aplicativo do SISREG,
devolvidas pela Central de Regulação,
devolvidas pela no menu “Consulta
e que necessitam ser reavaliadas pela
regulação Amb”, em “Solicitações”
UBS.

Possibilita consultar o tempo médio No aplicativo do SISREG,


Média de espera de espera na fila para cada no menu “Consulta
em fila procedimento da central de Amb”, em “Média de
regulação. espera em fila”

Fonte: elaboração própria.

Ligando Pontos
Como as informações em saúde disponíveis nos SIS podem ajudar na
avaliação e monitoramento dos atributos da APS na qualidade do
cuidado? Reveja os conceitos da Aula 1 – Atenção Primária à Saúde e
seus princípios norteadores – e da Aula 5 – Melhoria da qualidade – e
tente buscar dados nos SIS e nos portais públicos de informação que
possam te ajudar nessa tarefa.

Aula 04 - Informação em Saúde 19


Projeto Cuida APS

Sistema de Cadastramento dos Usuários do SUS (CADSUS)

O CADSUS tem ampla utilização pela Atenção Básica brasileira, e está presente
em praticamente todas as UBS. O CADSUS possui integração com o e-SUS APS,
possibilitando acessar e alterar os dados dos usuários diretamente pela interface do e-
SUS APS24.

Como acessar os dados do CADSUS?

Se o seu município já utiliza o e-SUS APS (PEC ou CDS), basta acessar a aba
Cidadão para cadastrar ou editar os dados dos usuários.

Caso contrário, você deve acessar o CADSUS Web


(https://cadastro.saude.gov.br/novocartao). Para obter acesso ao CADSUS Web como
operador você deve solicitar cadastro no Sistema de Gestão de Operadores (SGOP) por
meio da página: https://cadastro.saude.gov.br/operador.

Lembre-se de que é necessário que você já esteja cadastrado como profissional no


estabelecimento de saúde, no Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde (CNES).

O Quadro 5 apresenta alguns exemplos de dados fornecidos pelo CADSUS.

Quadro 5. Algumas informações disponíveis no CADSUS

Informação Descrição / indicadores Como acessar?

Possibilita consultar nome completo, data


Dados cadastrais No e-SUS APS, na aba
de nascimento, endereço, telefone, nome da
dos usuários Cidadão.
mãe etc. de um determinado usuário.

Fonte: elaboração própria.

Aula 04 - Informação em Saúde 20


Projeto Cuida APS

Sistema de Informação do Programa Nacional


de Imunização (SI-PNI)

O Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI) tem


como objetivo o monitoramento da cobertura vacinal e do controle logístico de
imunobiológicos. O SI-PNI é integrado ao SISAB / e-SUS APS, possibilitando que os
profissionais de saúde registrem as informações de imunização no PEC, CDS ou nos
sistemas próprios dos municípios. Dados de movimentação de imunobiológicos nas salas
de vacinas e eventos adversos pós-vacinação, permanecem, todavia, sendo registrados no
SI-PNI30.

Como acessar os dados do SI-PNI?

Caso seu município utilize o e-SUS APS (PEC ou CDS), é possível acessar os dados
da lista nominal dos usuários vacinados, na aba Relatórios, no link “vacinação”. É possível
também acessar os mesmos dados através do SI-PNI (https://si-pni.saude.gov.br/), mas é
necessário ter login e senha, que são fornecidos pela coordenação municipal do PNI.

A cobertura vacinal do seu município pode ser acessada através do TABNET


(https://datasus.saude.gov.br/informacoes-de-saude-tabnet/).

O Quadro 6 apresenta alguns exemplos de dados fornecidos pelo SI-PNI.

Quadro 6. Algumas informações disponíveis no SI-PNI

Informação Descrição / indicadores Como acessar?

Possibilitar visualizar a quantidade de


No e-SUS APS (aba
vacinas aplicadas na UBS por tipo, faixa
Dados cadastrais Relatórios, em
etária, local de atendimento, turno,
“vacinação”)
fabricante e lote.

Permite visualizar a quantidade de doses


Portal TABNET (Na aba
% de cobertura aplicadas, o percentual de pessoas
Assistência à Saúde,
vacinal do imunizadas e a taxa de abandono em um
em “Imunizações –
município município, por período, tipo de vacina e
Desde 1994”)
faixa etária.

Fonte: elaboração própria.

Aula 04 - Informação em Saúde 21


Projeto Cuida APS

Sistema de Informações Hospitalares (SIH)

O SIH é de uso obrigatório pelos hospitais do SUS e registra, entre outros dados, os
diagnósticos relacionados à internação de cada usuário. Muitas dessas internações
podem ser evitadas caso a Atenção Básica produza um cuidado efetivo e oportuno sobre
alguns agravos e doenças específicas, reduzindo assim o risco de hospitalização.

Em 2008, o Ministério da Saúde publicou a Lista Brasileira de Condições


Sensíveis à Atenção Primária31 e verificou-se, posteriormente, que sete doenças
representam a maioria do total de internações: gastroenterites e suas complicações,
insuficiência cardíaca, asma, doenças das vias aéreas inferiores / pneumonias bacterianas,
infecções no rim e trato urinário, doenças cerebrovasculares, e hipertensão32.

Como acessar os dados do SIH?

Os dados referentes às pessoas residentes no seu município podem ser acessados


no Portal TABNET, de forma aberta e consolidada (não identificada), na seção
Epidemiológicas e Morbidade, clicando em Morbidade Hospitalar do SUS (SIH/SUS).

Em relação às internações por condições sensíveis à Atenção Básica, alguns


estados como São Paulo e Santa Catarina possuem portais próprios de informação, nos
quais é possível acessar tais dados de forma mais eficiente.

Saiba Mais
Para conhecer os portais de acesso a informações da Atenção
Básica dos Estados, acesse os links:
• São Paulo
• Santa Catarina

Aula 04 - Informação em Saúde 22


Projeto Cuida APS

O Quadro 7 apresenta alguns exemplos de dados fornecidos pelo SIH.

Quadro 7. Algumas informações disponíveis no SIH

Informação Descrição / indicadores Como acessar?

1) Abra o Portal TABNET


(https://datasus.saude.gov.br/infor
macoes-de-saude-tabnet/);

2) Clique em “Epidemiológicas e
Morbidade” e depois em
“Morbidade Hospitalar do SUS
É a frequência das
(SIH/SUS)”;
internações relacionadas
Internações por a certas doenças e 3) Selecione “Geral, por local de
condições agravos cuja atuação residência - a partir de 2008” e em
sensíveis à efetiva e oportuna da Abrangência Geográfica, escolha a
Atenção Básica Atenção Básica pode unidade da federação;
prevenir a necessidade de
hospitalização 4) Na linha, selecione “Município”

5) Na coluna, selecione “não ativa”

6) No filtro Lista Morb CID-10,


selecione uma doença ou agravo
da Lista Brasileira de Condições
Sensíveis à Atenção Primária.

Fonte: elaboração própria.

Aula 04 - Informação em Saúde 23


Projeto Cuida APS

Em quais situações você busca informações nos sistemas citados acima? Em


seu processo de trabalho da gestão, em que momentos olha para esses dados e quais
relações faz com os desafios que vivencia na gestão do serviço? Essas informações te
ajudam a pensar/refletir sobre o quê? Você disponibiliza esses dados para as equipes
de saúde ou discute com os profissionais?

Pensando Fora da Caixa


Apesar da maioria dos dados de saúde serem captados nos serviços de
saúde, geralmente as informações não retornam da forma mais eficiente
aos profissionais, prejudicando a sua utilização para o aperfeiçoamento
dos processos de trabalho. Como superar isso e disponibilizar, de forma
clara e desburocratizada, as informações que você obteve nos SIS às
equipes de uma UBS? Este é um dos grandes desafios enfrentados por
gestores locais.

Aula 04 - Informação em Saúde 24


Projeto Cuida APS

Outros sistemas oficiais

Existem diversos outros SIS em funcionamento na Atenção Básica e que talvez


você utilize em seu cotidiano, mas que não serão abordados de forma mais aprofundada
neste curso. Alguns desses SIS são nacionais e mantidos pelos MS, ao passo que outros
são de uso apenas local e patrocinados por secretarias estaduais e municipais de saúde.

Dentre os sistemas nacionais, destacam-se algumas soluções específicas


relacionadas à vigilância epidemiológica (além do SINAN), tais como:

• Sistema Informatizado de Vigilância Epidemiológica de Doenças Diarreicas


Agudas (SIVEP DDA)

• Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica de Notificação de Casos


de Malária (SIVEP Malária)

• Sistema de Gestão de Ambiente Laboratorial (GAL)

Destacam-se também os sistemas de gestão dos programas nacionais de controle


de HIV/aids e hepatites como:

• Sistema de Controle e Monitoramento Clínico e Laboratorial dos pacientes em


tratamento de Hepatite (SICEL)

• Sistema de Controle dos Testes Rápidos de HIV, Sífilis e Hepatites Virais para
ações estratégicas (Fique Sabendo)

• Sistema Nacional de Gestão da Assistência Farmacêutica (HORUS) e o Sistema


de Informação da Saúde Indígena (SIASI)2.

Minha Prática
Quais sistemas de Informação de Saúde (SIS) são utilizados na Atenção
Básica do seu município? Você tem acesso a eles? Apesar de muitos dados
serem de acesso público, é importante que gestores de serviços de saúde
tenham acesso aos SIS para obter informações mais detalhadas para
aperfeiçoar seu planejamento.

Aula 04 - Informação em Saúde 25


Projeto Cuida APS

Sistemas informais: Como manejar?

Diante de limitações do SIS oficiais, muitas vezes profissionais e gestores locais se


veem diante do imperativo de criação de soluções informais para obter e processar os
dados de saúde dos quais necessitam. Tais soluções geralmente são baseadas em
aplicativos de planilhas (Google Drive, Excel ou LibreOffice) e em formulários online
(geralmente Google Forms).

Minha Prática
Antes de criar um sistema “paralelo”, você deve sempre se perguntar:
existem SIS oficiais que já emitem os relatórios que eu preciso? Esses
sistemas estão sendo alimentados corretamente pelos trabalhadores?
Se não, o que garante que as planilhas criadas não sofrerão do
mesmo problema?

No caso de Marilda, ela acessou o e-SUS APS (PEC ou CDS) para emitir as listas de
pessoas com hipertensão e diabetes cadastradas em seu território, sem a necessidade
de criar uma planilha e aumentar ainda mais a fragmentação de sistemas na APS.

Porém, nas situações em que esse uso é inevitável (por exemplo, pesquisas de
satisfação do usuário, haja vista que não existem SIS dedicados a isso), listamos a seguir
algumas dicas:

a) Proteja seu arquivo: se você está lidando com dados pessoais de saúde dos
usuários (nome, CPF, informações clínicas etc.) e precisa compartilhar a planilha com
outros profissionais, certifique-se de que a planilha está protegida e sem acesso público.

Para proteger sua planilha, utilize as seguintes opções:

o Google Drive: clique em “compartilhar”, no lado direito superior da tela, e


escolha a opção Restrito – Somente as pessoas adicionadas podem abrir
com este link.

o Excel: em Arquivo > Informações > Proteger Pasta de Trabalho, escolha


Criptografar com Senha.

o LibreOffice: clique em “salvar como” e marque a opção Salvar com senha.

Aula 04 - Informação em Saúde 26


Projeto Cuida APS

b) Padronize os dados: quando muitas pessoas editam uma planilha, aumenta o


risco de os dados serem inseridos de forma despadronizada ou incorreta. Exemplo:
diabetes mellitus pode ser escrita como DM, DM Tipo 2, diabetes etc. gerando mais
trabalho na hora de sistematizar os dados.

Para resolver esse problema, você pode criar listas estruturadas de validação de
dados nas células de uma planilha, garantindo que o usuário utilizará apenas as opções
que você forneceu. A Figura 4 ilustra essa funcionalidade.

Figura 4. Lista padronizada – função Validação de dados

Fonte: elaboração própria.

Para criar uma lista de validação de dados:

o Google Drive: em Dados > Validação de dados. Em Critérios, escolha a


opção “lista de itens”. Na caixa ao lado, coloque as opções de
preenchimento, separadas por vírgula.

o Excel: em Dados > Validação de dados. Em Permitir, escolha a opção “lista”.


Em Fonte, insira as opções, separadas por ponto e vírgula.

o LibreOffice: em Dados > Validação. Em Permitir, escolha a opção “lista de


valores”. Em Entrada, insira as opções (uma em cada linha).

Aula 04 - Informação em Saúde 27


Projeto Cuida APS

c) Crie formulários online: além de facilitar a realização de pesquisas diversas em


sua UBS ou município, os formulários online também possibilitam uma melhor
padronização dos dados inseridos em uma planilha, principalmente quando ela é
utilizada por diversas pessoas.

Para criar um formulário online, a principal ferramenta é o Google Forms. Vá em


https://docs.google.com/forms/ e, em Iniciar um novo formulário, escolha o modelo que
deseja utilizar. Existem diversas opções de formato de questões (perguntas abertas,
múltipla escolha, lista suspensas etc.).

Após criar seu formulário, clique em “enviar” e escolha a forma que deseja
compartilhar com outras pessoas (por e-mail ou via link).

O consolidado das respostas pode ser visualizado na aba Resposta. Nessa mesma
aba, clique em Criar Planilha, para ter acesso aos dados detalhados de todas as respostas.

A Figura 5 ilustra essa funcionalidade.

Figura 5. Exemplo de formulário criado no Google Forms

Fonte: elaboração própria.

Aula 04 - Informação em Saúde 28


Projeto Cuida APS

d) Utilize tabelas dinâmicas: a análise dos dados registrados em seu “sistema


informal” pode ser bastante otimizada com o uso de tabelas dinâmicas. Essa ferramenta
permite consolidar razoáveis volumes de dados contidos nas planilhas rapidamente. Se
você possui, por exemplo, uma planilha com o registro de dados de milhares de usuários
atendidos na sua unidade no último ano, uma tabela dinâmica pode te mostrar
facilmente quantos foram atendidos em cada mês, a divisão por sexo e faixa etária, as
motivações mais frequentes que levaram os usuários à UBS etc. É claro que, para um
bom funcionamento da tabela dinâmica, é necessário que estes dados tenham sido
colhidos previamente e de forma padronizada.

Para criar uma tabela dinâmica, abra o arquivo onde está sua base de dados e siga
os seguintes passos:

o Google Planilhas: em Inserir > Tabela Dinâmica, clique em “criar”.

o Excel: em Inserir > Tabela Dinâmica, clique em “ok”.

o LibreOffice: em Dados > Tabela dinâmica, clique em “criar”.

Criada a tabela dinâmica, você poderá modificar as linhas, colunas, valores e filtros
de acordo com sua necessidade.

A Figura 6 ilustra um exemplo no Microsoft Excel.

Figura 6. Exemplo de tabela dinâmica criada no Excel

Fonte: elaboração própria.

Aula 04 - Informação em Saúde 29


Projeto Cuida APS

Considerações Finais

Nesta aula buscamos apresentar os principais SIS utilizados na Gestão da APS e


refletir o uso das informações disponíveis para subsidiar atividades de planejamento,
monitoramento e organização do processo de trabalho em nível local.

Os principais SIS nacionais utilizados na APS são o SISAB, SINAN, SISREG, CADSUS,
SIM e SI-PNI, mas existem diversos outros sistemas nacionais e locais que também são
manejados na APS. A maioria dos dados desses SIS podem ser acessados nas seguintes
ferramentas: e-SUS APS (PEC ou CDS), Portal do SISAB, Portal TABNET e SISREG.

Dados individualizados dos usuários podem ser acessados apenas no e-SUS APS
(PEC ou CDS) e no SISREG. Já os dados consolidados (não identificados) podem ser
acessados no Portal do SISAB e no Portal TABNET.

Muitos municípios possuem sistemas próprios, desenvolvidos ou adquiridos pelas


prefeituras, e que podem em algumas situações substituir os SIS nacionais. É
fundamental que você conheça esses sistemas e aprenda a extrair informações deles.

Devido às limitações dos SIS oficiais, os trabalhadores e gestores também utilizam


ferramentas “informais” para gestão de dados em estabelecimentos de saúde. Nesse
caso, é importante dominar pelo menos quatro técnicas: 1) proteção/restrição de acesso
aos arquivos; 2) implantação de validação de dados, visando garantir a padronização das
bases; 3) uso de formulários online para captação de dados; e 4) uso de dinâmicas para
análise dos dados.

Desejamos que esta aula auxilie seu trabalho no dia a dia da gestão e que você
possa qualificar o apoio que oferta às equipes de saúde e o cuidado às pessoas com
condições crônicas na APS!

Aula 04 - Informação em Saúde 30


Projeto Cuida APS

Lista de abreviaturas e siglas

CADSUS Sistema de Cadastramento dos Usuários do SUS

CDS Coleta de Dados Simplificada

CIAP Classificação Internacional da Atenção Primária

CID Classificação Internacional das Doenças

CNES Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde

DATASUS Departamento de Informática do SUS

e-SUS AB e-SUS Atenção Básica

e-SUS APS e-SUS Atenção Primária à Saúde

ESF Equipe de Saúde da Família

GAL Sistema de Gestão de Ambiente Laboratorial

HÓRUS Sistema Nacional de Assistência Farmacêutica

MS Ministério da Saúde

PEC Prontuário Eletrônico do Cidadão

SGOP Sistema de Gestão de Operadores

SIA Sistema de Informações Ambulatoriais

SIASI Sistema de Informação da Saúde Indígena

SICEL Sistema de Controle e Monitoramento Clínico e Laboratorial


dos Pacientes em Tratamento de Hepatite

SIH Sistema de Informações Hospitalares

SINAN Sistema de Informação de Agravos de Notificação

SINASC Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos

SI-PNI Sistema de Informação do Programa Nacional de


Imunização

SISAB Sistema de Informação em Saúde para Atenção Básica

SIM Sistema de Informações sobre Mortalidade

SINAN Sistema de Informação de Agravos de Notificação

Aula 04 - Informação em Saúde 31


Projeto Cuida APS

SIS Sistema de Informação em Saúde

SISREG Sistema Nacional de Regulação

SMS Secretaria Municipal de Saúde

SIVEP DDA Sistema Informatizado de Vigilância Epidemiológica de


Doenças Diarreicas Agudas

SIVEP Malária Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica de


Notificação de Casos de Malária

SUS Sistema Único de Saúde

UBS Unidade Básica de Saúde

Aula 04 - Informação em Saúde 32


Projeto Cuida APS

Referências

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Aula 04 - Informação em Saúde 33


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Aula 04 - Informação em Saúde 35


Projeto Cuida APS

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http://pni.datasus.gov.br/.

31. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria MS/SAS n. 221, de 17 de abril de 2008.


Define que a lista brasileira de internações hospitalares por condições sensíveis
à atenção primária será utilizada como instrumento de avaliação da atenção
primária e/ou utilização da atenção hospitalar, podendo ser aplicada para
avaliar o desempenho do sistema de saúde nos âmbitos Nacional, Estadual e
Municipal. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 18 abr
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32. Alfradique ME, Bonolo PF, Dourado I, Lima-Costa MF, Macinko J, Mendonça CS,
et al. Internações por condições sensíveis à atenção primária: a construção da
lista brasileira como ferramenta para medir o desempenho do sistema de
saúde (Projeto ICSAP - Brasil). Cadernos de Saúde Pública [Internet]. Jun 2009
[acesso em 2 fev 2022];25(6):1337-49. Disponível em:
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Aula 04 - Informação em Saúde 36


Projeto Cuida APS

O Autor

Giliate Cardoso Coelho Neto

Médico Sanitarista. Ex-diretor do Datasus e ex-secretário


executivo de Regulação da SES-PE. Mestre em Saúde Coletiva
pela Unifesp.

Aula 04 - Informação em Saúde 37


Projeto Cuida APS

Este material integra a coleção de e-books do Curso de Extensão “Gestão dos Serviços da
APS e o Monitoramento do Cuidado das Pessoas com Condições Crônicas”. O curso faz
parte do conjunto de ofertas do Projeto Cuida APS: cuidado das pessoas com doenças
crônicas não transmissíveis (DCNT), iniciativa do Hospital Alemão Oswaldo Cruz (HAOC) em
parceria com o Ministério da Saúde (MS) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de
Saúde (CONASEMS), estabelecida por meio do Programa PROADI-SUS, para o triênio de
2021-2023.

O curso teve elaboração e produção de seus materiais educacionais iniciada em 2021 e se


estendeu até a abertura da primeira oferta do curso, ocorrida entre julho de 2022 e janeiro
de 2023. Portanto, os referenciais técnico-políticos estiveram em consonância com o seu
momento de produção. Uma segunda oferta do curso foi realizada no período de junho a
novembro de 2023.

Os recursos gráficos e educacionais e a linguagem abordada foram escolhidos para atender


às necessidades formativas do público do curso. Todos os textos, imagens, vídeos e outros
materiais são protegidos por direitos autorais e outros direitos. O direito de propriedade dos
materiais é do Ministério da Saúde e poderão ser utilizados apenas para fins de forma
gratuita, condicionada à citação do autor, conforme licença Creative Commons.

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