Manual do

Professor
EM 2ª série | Volume Único | Economia

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 ECONOMIA | Manual do Professor

COPRESIDÊNCIA: Rodrigo Fernandes Domingos, Rommel Fernandes Domingos, Arte-Finalistas: Kamila Moreno, Patrícia Lage. Designers Gráficos: Adriane Paula
Paulo Ribeiro. Dias, Allan Fagundes, Camilla Costa, Cássio Ferrani, Filipe Santos, Izabelle Martins,
Joselia Freitas, Jucélia Simões, Marcos Andrade, Rafael Guisoli. Ilustradores: Camila
DIREÇÃO: Diretor Executivo: Tiago Bossi. Meireles, Vanessa Stehling.

AUTORIA: Economia: Laurito Alves, Luiz Paulo, Samuel Durso e Stefan D’amato.
PRODUÇÃO: Gerente de Produção: Luciene Fernandes. Coordenadora de
Projetos, Inovação e Produto: Daniela Marques. Especialista de Produção de
Conteúdo: Isabela Dutra. Analista de Processos Editoriais: Letícia Oliveira.
Assistente de Produção Editorial: Aline Martins, Maria Clara de Matos.
NÚCLEO PEDAGÓGICO: Gestores Pedagógicos e de Avaliação Educacional:
Daniel Dutra, Michelle Correa. Consultora de Produção Pedagógica: Claudete
Marcelino. Coordenadora Pedagógica de Tecnologia Educacional: Mariana
Oliveira. Coordenadora EAD: Fernanda Leroy. Coordenadores de Produção
Pedagógica: Átila Camargos, Felipe Martins, Jéssica Souza, Lucas Maranhão, Mariana
Cruz, Marilene Guerra, Melina Djenane, Paulo Caminha. Analistas Pedagógicos:
Agnes Gomes, Amanda Tavares, Arthur Carvalho, Bruna Fonte Boa, Clara Machado,
Danielle Cristine Fullan, Daniel Menezes, Daniel Pretti, Diego da Mata, Diego Dias,
Doris Vitória Guedes, Gabriel Chaves, Greisse Kelli Castro, Hélia Brito, Izabella Alves,
Joice Sales, Joyce Santana, Joyce Tavares, Júnia Teles, Lia Martins, Loiany Gomes,
Luciana Lopes, Luciano Marins, Mariana Campos, Marina Rodrigues, Mateus Silva,
Paula Emilia Gomes, Paula Vilela, Paulo Cruz, Paulo Vaz, Pedro Henrique Fagundes,
Rafael Junqueira, Rafaela Freitas, Rebeca Angelo, Taíla Barbosa, Tamires Vilhena,
Tatiana Bacelar, Thamires Rodrigues, Thayná Miclos. Analistas de Conteúdo: Caio
Cezar Batista, Carlos Eduardo de Moura, Kamylla Barbosa, Rafaela Cordeiro, Vicente
Vasconcellos. Designers Instrucionais: Brenda Buhr, Danielle Thaís da Cunha, Ellen
Catharina Ponciano, Iago Pandelo, Isabel Mendonça, Jessica Maria Queiroz, Karoline
Eva, Letícia Poletto, Patrícia Garcia, Patricia Stockler, Rochele Mechetti, Stephanie
Prieto. Coordenadora de Avaliação e Estatística: Isabela de Lima. Técnico em
Estatística: Douglas Nunes. Analista de Estatística: Conrado Ramos. Assistente
de Estatística: Raquel Mendes. Aprendiz Assistente Administrativo: Henrique
Sena, Pedro Henrique Sangi.
PRODUÇÃO EDITORIAL: Gestora de Produção Editorial: Thalita Nigri.
Coordenadoras de Produção Editorial: Gabriela Garzon, Michelle Eleutério,
Soraya de Souza. Coordenadora de Iconografia: Naiara Monteiro. Assistente de
Produção Editorial: Lesley Braga. Analista de Tecnologia Educacional: Verônica
Ribeiro. Assistentes de Tecnologia Educacional: Bárbara Carvalho, Ortiza
Marques. Designers de Vídeo: Marco Aurélio Mota, Marina Ansaloni. Produtora
Audiovisual: Flávia Carvalho Produtor Multimídia: Mateus Barcelos. Editores
Audiovisuais: Felipe Marcondes de Faria, Marcela Dias. Videomaker: Gabriel
Henrique Santiago. Roteirista Audiovisual: Luiz Otávio Gouvea. Pesquisadores
Iconográficos: Fabíola Paiva, Guilherme Rodrigues, Mariana Alcântara, Núbia
Santiago, Taísa Torres. Revisores: Ana Nascimento, Danielle Cardoso, Igor Pereira,
Julia Gomes, Letícia Cagnoni, Lucas Retes, Miguel Martins, Marilda Mendes, Simone
Silva, Thaís Mussulini. Arte-Finalistas: Míriam Carvalho, Naianne Rabelo, Patrícia
Gonçalves, Patrícia Spinola. Designers Digitais: Breno Koetz, Nathan Ackerman,
Paulo Rosa. Designers gráficos: Daniela Melo, Fabíola Mendonça, Kênia Sandy
Ferreira, Lucas Henrique Dias, Matheus Diniz, Paola Valamiel, Raphael Oliveira,
Valéria Vieira. Ilustradores: Fabiana Signorini, Rodrigo Almeida, Rubens Lima,
Webster Pereira. Aprendiz Assistente Administrativo: Pedro Henrique.
SUPORTE PEDAGÓGICO: Coordenadores de Conteúdo: Cássia Coutinho,
Cristiano Batista, Daniel Pragana, Patrícia Marques. Coordenadores de Suporte
Pedagógico: Ana Paula Barbosa, Daniela Alves, Fábio Zwifka, Leonardo Meneguini,
Maria Conceição Caldeira, Weber Fernandes. Consultores Pedagógicos: Aderivan
Ferreira, Adriene Domingues, Anderson Alberto, Anderson Alves, Andrea Maggi,
Carla Demicheli, Carmen Belém, Conrado Sanchez, Daniel Fernandes, Drielen dos
Santos, Edléa da Assunção, Edna Rodrigues, Eugênia Alves, Junio Miranda, Karla
Antão, Keila Alves, Leonardo Ferreira, Lilian Paschoal, Luciana Mendanha, Luana
Caxeado, Mariana Magalhães, Marianna Drumond, Marina Cordova, Maurício
Eduardo Bernz, Patrícia Rocha, Rita Lanna, Ramon Barbosa, Rodrigo Amorim,
Ricardo Moura, Sandra Negrini, Sílvia Coelho, Soraya Oliveira, Telly Almeida, Willian
Ferreira. Supervisoras Administrativas de Relacionamento e Mercado: Adriana
Braich, Bárbara Linhares. Analistas de Suporte Pedagógico: Jéssica Martins,
Jonathan Martins, José Duarte, Marcela Medina, Marina Helena Carvalho, Patrícia
Combat. Assistentes Técnico-Pedagógicas: Andrezza Rodrigues, Laís Ferreira,
Loyanne Vasconcelos, Werlayne Bastos. Coordenadora Geral de Tecnologia
Educacional: Fabiane Gontijo. Coordenadora de Atendimento de Tecnologia
Educacional: Rebeca Mayrink. Analista de Suporte de Tecnologia Educacional:
Jamille Carvalho. Assistentes de Tecnologia Educacional: Dayanni Alves, Ingrid
Rego, Kellen Lúcia Ferreira, Laís Carolina Valentim, Marcos Muniz, Nathália Santos,
Rosiane Silva, Scarllet Lílian, Vanessa Lima. Estagiários: Letícia Peres, Raul Pereira.
TECNOLOGIA EDUCACIONAL: Head de Tecnologia Educacional: Alex Rosa.
Gerente de Produtos Digitais: Breno Heleno Ferreira. Gerente de Desenvolvimento
de Tecnologias: Alexandre Resende. Tech Lead: Eric Longo. Agile Leader:
Fernanda Bernardi. Product Owners: Alisson Guedes, Caio Pontes, Lazáro Finger.
Community Leader: Vanessa Viana. Quality Assurance: Leonora Rocha, Lucas
Moreira, Sarah Costa. Analistas de Suporte: Lucas Darlim. Especialista Tecnologia
Educacional: Carlos Augusto Pinheiro. Developers: Alexandre Paiva, André Hilário,
Breno Mendonça, Emerson Costa, Gabriel Santos, Guilherme Sousa, Hari Dasa
Fiuza, Harrison Dias, Iago Souto, Igor Lamas, João Rodrigues, Johny Maia, Matheus
Almeida, Matheus Thibau, Maurício Honorato, Paulo Rievrs, Ramon Oliveira, Talles
Ribeiro, Vitor Decourt, William Souza. Digital Product Analyst: Atilla Costa. Tribe
Lead: Luana Dias. Data Analyst: Bernardo Souza. Data Engineer: Francys Filho.
Data Architect: Eduardo Crepaldi. UI Designers: Erico Grasso, Kátia Silva, Marcelo
Costa, Maycon Portugal. UX Designer: Kelvin Sodre. Estagiário: Matheus Aleixo,
Thiago Ferreira. Aprendiz Assistente Administrativo: Davi Ribeiro, Robson
Martins.
Para que nossas soluções cheguem até você,
mais de 500 pessoas estão envolvidas no
processo. Quer conhecer melhor nossa equipe?
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PRODUÇÃO GRÁFICA: Gestor de Produção Gráfica: Wellington Seabra.

Coordenador de Produção Gráfica: Eli de Castro. Analistas de Produção
Gráfica: Laís Marra, Patrícia Áurea. Analistas de Editoração: Emanuel Silva,
Gabriel Starling, Karla Cunha, Taiana Amorim. Coordenador de Produção de
Materiais Avaliativos: Wilson Bittencourt. Analistas de Produção de Materiais
Avaliativos: Letícia Gonçalves, Luiza Ribeiro, Suzelainne de Souza, Thais Melgaço.
Revisores: Ariana Barbosa, Danubia Spiazzi, Gabriel Geraldo da Silva, Nínive Sampaio.

SAC: faleconosco@bernoulli.com.br 31.99301.1441 – Dúvidas e sugestões a respeito das soluções didáticas.

Bernoulli Sistema de Ensino: Coleção Ensino Médio 2ª série –

Avenida Raja Gabaglia, 2 720, Estoril, Belo Horizonte - MG,
CEP: 30.494-170.
www.bernoulli.com.br/sistema  (31) 3029-4949
Centros de Distribuição:
Rua José Maria de Lacerda, 1 900, Galpão 01, Módulos 04 e 05,
Cidade Industrial, Contagem - MG, CEP: 32.210-120.
Manual do Professor – Volume U é uma
publicação da Editora DRP Ltda. Todos
os direitos reservados. Reprodução
proibida. Art. 184 do Código Penal e C689
Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Coleção Ensino Médio 2ª série: Manual do Professor. - Belo Horizonte:
Bernoulli Sistema de Ensino, 2023. 36 p.: il.
Ensino para ingresso ao Ensino Médio. Bernoulli Educação.

Avenida Papa João Paulo I, 4 006, Galpão 02, Módulo 04, 1. Economia
Residencial Parque Cumbica, Guarulhos - SP, CEP: 07.174-005. I - Título II - Bernoulli Sistema de Ensino III
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43.723.226/0001-23 – exercícios de vestibulares e Enem
Rod BR – 101 Sul s/n KM 86 Bairro: Prazeres – Jaboatão dos podem ter sido adaptados por questões
Guararapes/ PE – CEP: 54.335-000. estéticas ou para melhor visualização.

Coleção EM2

2 Bernoulli Sistema de Ensino

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APRESENTAÇÃO
Caro(a) professor(a),
Construímos uma solução educacional que, por meio desse
livro, tenta trazer as ideias iniciais do pensamento econômico e
do pensar a economia como e sobre um olhar da sociedade atual.
Uma sociedade que está em transformação contínua, crescente
e que passa por um momento de reinvenções estruturais:
globalização, formação de blocos econômicos, crises globais,
crise da sustentabilidade do planeta, revolução tecnológica e
crise pós pandemia. Por essa razão, precisamos repensar nossa
função cidadã nesse mundo com as juventudes na escola.
É necessário repensar nossas atitudes, buscando uma
perspectiva de ação, atuação e participação de todos
no desenvolvimento econômico sustentável, desde o
individualizado ao coletivo. Precisamos também pensar
conceitos de economia para instaurar olhares que acatem a
diversidade e promovam a busca por soluções de problemas
coletivos e que ajudem todos a pensar um planeta mais igual.
O professor Pedro Demo afirma que aprender é a profunda
competência de desenhar o destino próprio, de inventar-se
como sujeito crítico e criativo, dentro das circunstâncias dadas
e sempre com sentido solidário. É trabalhar com inteligência
as incertezas e procurar soluções para os problemas surgidos.
Nesse livro queremos discutir e propor reflexões acerca
de finanças pessoais e sociais, orçamento, planejamento,
previdência social, sistema financeiro, investimento, conceitos
de microeconomia e macroeconomia, tomadas de decisão
sob uma ótica do planejamento. Todos são temas que fazem
parte do cotidiano e que muitas vezes não são tratados nos
currículos de educação básica com a relevância e importância
que merecem.
A nossa proposta é criar uma experiência capaz de informar
e formar os jovens sobre finanças e produzir mudanças
significativas nas suas vidas de estudantes e de suas famílias,
permitindo que construam um olhar sobre a necessidade de
se pensar, planejar e buscar uma vida financeira saudável,
sem buracos no orçamento mensal e com gastos equilibrados.
Para isso, ao longo de quatro capítulos que pensam a
Economia de Casa para o Mundo passando por conceitos-
-chaves de Macroeconomia e Microeconomia, trazendo olhares
para a Tomada de Decisão e desembocando em ferramentas
de Educação Financeira, trazemos aos jovens, mediados
pelas boas perguntas que só você, professor(a), pode fazer,
a chance de pensar e propor ações para o uso consciente dos
recursos financeiros, seus e de suas famílias e coletivos, e criar
argumentos de análise e crítica sobre o cenário econômico do
país e do mundo.
Nesse livro propomos um olhar da educação financeira
c o m o t e m a i n t e g r a d o r d o c u r r í c u l o . Vo c ê t e r á a
oportunidade incrível de chamar colegas professores
de outras áreas do conhecimento a trabalhar juntos,
promovendo ações interdisciplinares e integradas, por meio
da exploração das seções propostas em cada capítulo.
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ECONOMIA | Manual do Professor
Essas ações devem contribuir para a compreensão do sistema
econômico atual e suas alternativas, analisar o atual cenário
político e econômico do mundo, reconhecer as diversidades
culturais dos vários países e o sistema político-econômico
dominante no ocidente. Sabemos que o atual sistema apresenta
profundas desigualdades econômicas e sociais e, por essa razão,
receba nosso convite para construir debates ainda maiores acerca
de uma política econômica marcada pela luta dos interesses
individuais e de governos que representam interesses capitalistas
e também pelo papel do cidadão, portador de direitos e deveres e
muitas vezes enxergado como consumidor solitário de produtos.
Essa coleção foi construída para enriquecer a proposta
curricular do novo Ensino Médio. Esperamos que se torne
uma solução para unidades curriculares eletivas a serem
desenvolvidas na parte flexível do currículo e que permita
desenvolver habilidades com base em aprendizagens
econômicas que contribuam para a construção de uma
visão de mundo, a leitura e a interpretação da realidade e o
desenvolvimento de capacidades que são exigidas ao longo da
vida social e profissional. Além disso, pretendemos também
que deem condições aos estudantes de tomarem decisões
efetivas e que contribuam para construção e fortalecimento
de seu projeto de vida.
Vem com a gente! Mãos à obra, professor(a), e ajude seus
estudantes a explorar a Economia!
Novidades 2023
O Bernoulli Sistema de Ensino carrega a certeza de que
a educação tem o poder de transformar vidas e que, se o
mundo muda, mudamos junto. É nesse intuito que seguimos
inovando, criando e produzindo soluções pedagógicas para
nossos parceiros.
Na Educação Infantil, apresentamos uma edição da coleção
de 4 e 5 anos com temáticas e projeto gráficos novos, além
de contar com mais espaço para o registro das crianças. Todas
essas novidades têm como premissas possibilitar aos pequenos
muito mais experimentação e investigação.
Completando a atualização gradativa de nossa coleção
regular de Língua Inglesa do Ensino Fundamental Anos Finais,
agora o 9º ano recebe as trilhas digitais de aprendizagem, que
potencializam o desenvolvimento do Listening e Speaking – isto
é, escuta e fala –, habilidades orais preconizadas pela BNCC e
cada vez mais exploradas no mundo contemporâneo.
Ainda sobre a Língua Inglesa, apresentamos a grande
novidade: o Dive.b, a solução bilíngue do Bernoulli Sistema
de Ensino, atendendo em 2023 da Educação Infantil aos Anos
Finais do Ensino Fundamental. Em diálogo com as temáticas
e aprendizagens presentes na Coleção Principal de cada
segmento, o Dive.b foi elaborado por meio da abordagem
metodológica CLIL (Content and Language Integrated
Learning), que se baseia na aquisição de uma segunda língua
integrada a aprendizagens das diversas áreas do conhecimento.
Esse produto é destinado às escolas que, de acordo com as
novas regulamentações, podem ser classificadas como escolas
bilíngues ou que possuem uma carga horária estendida.
Bernoulli Sistema de Ensino 3
08/09/2022 09:09:15
 ECONOMIA | Manual do Professor
Em 2023, as novidades não param: fechamos o ciclo da
Coleção Eu no Mundo – Projeto de Vida! Nossa preocupação
com a formação integral dos estudantes se concretiza com a
entrega das soluções para a 3ª série do Ensino Médio.
Com o olhar atento à necessidade de tornar o aprendizado
sempre mais dinâmico e significativo, os materiais da 1ª e
da 2ª série também apresentam atualizações importantes.
Geografia teve sua base de dados atualizada. Além disso,
seções de diferentes componentes curriculares também
sofreram atualizações, assim como as seções “Exercícios de
aprendizagem” e “Exercícios propostos”. A seção “Se liga no
Enem” também passou por melhorias, recebendo questões das
últimas três aplicações do Enem oficial.
A Língua Inglesa da 1ª série também merece destaque, uma
vez que parte da seção “Exercícios propostos” foi reformulada
e foram também incrementadas questões da seção “Se liga no
Enem” e questões interdisciplinares para o aprimoramento da
interpretação de textos em língua inglesa.
A parte flexível do currículo do Ensino Médio também foi
atualizada. As Unidades Curriculares Mais passaram por
significativa atualização de exercícios e questões de vestibulares
objetivas e discursivas, bem como por atualização de seções,
no intuito de dar continuidade ao processo de diversificação
do repertório de experiências de aprendizagem dentro e fora
da sala de aula. O Mais Redação também recebeu novas
propostas de redação disponíveis na seção “Se liga no Enem”.
Além disso, os livros impressos ganharam exercícios extras
disponibilizados por meio digital nas Unidades de Aprendizagem
do Meu Bernoulli.
Mas não para por aí! 2023 também contará com novas
Unidades Curriculares que atendem a diversas áreas do
conhecimento e à multiplicidade de currículos possíveis para o
Novo Ensino Médio. Pensando na aprendizagem baseada em
projetos (PBL) e na ampliação das possibilidades que o mundo
contemporâneo trouxe para a intervenção humana na realidade,
apresentamos a Coleção Bioética. Dessa forma, considerando
tais demandas e a formação cidadã dos estudantes, o Bernoulli
Sistema de Ensino propõe uma nova Unidade Curricular, cujo
conteúdo aborda os principais eixos de atuação da bioética:
medicina, modelos éticos de pesquisas científicas e interação
ser humano-natureza.
Pensando também em formar e desenvolver nos estudantes
os conceitos de comunicação, oralidade, retórica e discurso para
a construção de narrativas potentes, empáticas, persuasivas
e bem apresentadas, assim como estimular o conhecimento
de diferentes formas de uso do storytelling no mundo
contemporâneo, o Bernoulli Sistema de Ensino apresenta a
Unidade Curricular Storytelling para 2023.
Paralelamente, neste ano, continuamos a expansão de nosso
portfólio de Estudos de Obras Literárias, considerando os editais
mais recentes dos principais vestibulares, no intuito de auxiliar
os estudantes nos exames.
Além disso, a 2ª e a 3ª séries receberam trilhas digitais
de aprendizagem interdisciplinares, disponíveis no Meu
Bernoulli, que promovem o protagonismo do aluno e a
aproximação à dinâmica social contemporânea nacional
e internacional, marcada especialmente pelas rápidas
transformações decorrentes do desenvolvimento tecnológico.
4 Bernoulli Sistema de Ensino
2023_ELEECO_VU_ECO_MP.indd 4
Cada trilha, desenvolvida por sua respectiva Área do
Conhecimento, traz a interdisciplinaridade e a possibilidade
de desenvolver habilidades específicas, incluindo a prática da
argumentação, além de foco no Enem.
O Meu Bernoulli, nosso ambiente virtual de aprendizagem,
segue em desenvolvimento contínuo para entregar features
cada vez mais conectadas às necessidades dos usuários.
Novos recursos didáticos, como Espaço Colaborativo, Podcast
e Galeria de Imagens, conferem possibilidades mais integradas
às estratégias de aprendizagem ativa.
Acesse o QR Code para mais informações sobre o Meu
Bernoulli.
Inovação é um valor que nos leva a sempre oferecer
tecnologia de ponta com propósito pedagógico. A família
Bernoulli também ganhou uma nova personagem em 2021:
Ulli, a Inteligência Artificial mais amada do Brasil! Ulli deixa o
dia a dia dos estudantes mais interativo, otimizado e divertido
e é mais uma solução que faz a diferença e facilita o dia a
dia. Integrada ao Meu Bernoulli e disponível para o Ensino
Fundamental Anos Finais e para a 1ª e a 2ª séries do Ensino
Médio, a assistente virtual conta com inteligência artificial e foi
desenvolvida para esclarecer dúvidas e apoiar o estudante na
organização da rotina escolar e na melhoria do desempenho
acadêmico.
E não paramos por aqui. Para garantir a entrega de todas as
soluções didáticas impressas, de forma ainda mais eficiente,
a nossa logística passa a contar com mais um novo Centro de
Comercialização e Distribuição, agora no Distrito Federal, em
Brasília. Isso facilitará o atendimento de toda a região Centro-
-Oeste e em torno dela, conferindo agilidade e segurança na
entrega às escolas.
Por fim, certamente muitas outras soluções serão oferecidas
ao longo de 2023. Em um mundo com mudanças cada vez mais
velozes, o Bernoulli Sistema de Ensino mantém uma equipe
de excelência para atualizar, inovar e entregar as melhores
soluções para facilitar o trabalho dos educadores de nossas
escolas parceiras.
Bernoulli Play
Em um mundo cada dia mais conectado, os estudantes
querem experimentar uma aprendizagem relevante e conectada
com a cultura digital.
Com foco na integração entre conteúdo impresso e digital,
nossas soluções didáticas contam com o Bernoulli Play, uma
plataforma de acesso aos recursos digitais de aprendizagem
desenvolvidos ou licenciados pelo Bernoulli Sistema de Ensino,
tais como: animações, áudios em língua estrangeira, games,
galerias de imagens, podcasts, recurso Quero Saber, com
um vocabulário extenso para aprofundamento, realidade
aumentada, resoluções de exercícios em imagem e vídeo,
simuladores e videoaulas.
08/09/2022 09:09:15

O Bernoulli convida você a se deliciar nesse mundo digital
feito especialmente para os alunos e professores do Sistema
Bernoulli.
Instalação e navegabilidade
O Bernoulli Play possui um aplicativo e uma versão web.
O aplicativo está disponível na Google Play e na App Store, basta
procurar e instalar em seu dispositivo. A versão web pode ser
acessada pelo endereço play.bernoulli.com.br.
Códigos alfanuméricos
Tanto pela versão web quanto pelo aplicativo, acesse os
conteúdos digitais em áudio ou vídeo utilizando os códigos
alfanuméricos. Para isso, basta inserir o código no aplicativo
Bernoulli Play ou em play.bernoulli.com.br.
QR Codes
Por meio do aplicativo, utilize os QR Codes para acessar
games, animações, simuladores e objetos em realidade
aumentada. Basta utilizar o leitor disponível no aplicativo para
baixar o conteúdo. Importante: Faça a leitura do QR Code
utilizando o leitor do aplicativo para que consiga o acesso.
Quero Saber
Utilizando o aplicativo, acesse conteúdos relacionados
a termos específicos distribuídos ao longo das coleções.
Importante: Fotografe o termo por meio do aplicativo para
que consiga acesso ao recurso.
Fundamentação
teórica
Novo Ensino Médio
Na direção de substituir o modelo único de currículo do Ensino
Médio por um modelo diversificado e flexível, a Lei nº 13 415 / 2017,
alterou a LDB, estabelecendo que o currículo do ensino médio será
composto pela Base Nacional Comum Curricular e por itinerários
formativos, que deverão ser organizados por meio da oferta de
diferentes arranjos curriculares, conforme a relevância para o
contexto local e a possibilidade dos sistemas de ensino, a saber:
I. Linguagens e suas tecnologias;
II. Matemática e suas tecnologias;
III. Ciências da Natureza e suas tecnologias;
IV. Ciências Humanas e Sociais Aplicadas;
Essa estrutura adota a flexibilidade como princípio de
organização curricular, o que permite a construção de currículos
e propostas pedagógicas que atendam mais adequadamente
às especificidades locais e à multiplicidade de interesses dos
estudantes, estimulando o exercício do protagonismo juvenil
e fortalecendo o desenvolvimento de seus projetos de vida.
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ECONOMIA | Manual do Professor
Na BNCC, para cada área do conhecimento, são definidas
competências específicas, articuladas às respectivas
competências das áreas do Ensino Fundamental, com as
adequações necessárias ao atendimento das especificidades de
formação dos estudantes do Ensino Médio. Essas competências
específicas de área do Ensino Médio também devem orientar a
proposição e o detalhamento dos itinerários formativos relativos
a essas áreas.
Relacionadas a cada uma dessas competências, são descritas
habilidades a serem desenvolvidas ao longo da etapa. Todas
as habilidades da BNCC foram definidas tomando-se como
referência o limite de 1 800 horas do total da carga horária da
etapa (LDB, Art. 35-A, § 5º).
As competências e habilidades da BNCC constituem a
formação geral básica. Os currículos do Ensino Médio são
compostos pela formação geral básica, articulada aos itinerários
formativos como um todo indissociável, nos termos das
DCNEM/2018 (Parecer CNE / CEB nº 3 / 2018 e Resolução CNE
/ CEB nº 3 / 2018).
O novo Ensino Médio foi instituído visando alavancar o ensino
básico brasileiro e trazê-lo para a contemporaneidade, tempo
conhecido pelas escolhas e amplas possibilidades, mediadas
pela tecnologia. Além das novas características, essa lei
também estabelece que até 2022 o Ensino Médio deverá ter
carga horária mínima de 3 000 horas (com intencionalidade de
4 200 horas, atingindo a realidade de Ensino Médio integral).
1. Base Nacional Comum Curricular
A BNCC foi instituída pela Lei 13 415 / 2017 como um
documento normativo que define “os direitos e objetivos de
aprendizagem do Ensino Médio”. Dessa forma, o cumprimento
do que está preconizado na BNCC é obrigatório. O texto da
BNCC está organizado por área do conhecimento (Ciências
Humanas, Ciências da Natureza, Linguagens e Matemática).
Essa organização tem por objetivo tornar os limites das
disciplinas menos definidos e trazer experiências mais inter,
trans e multidisciplinares, como acontece na vida real.
O texto também define as competências, as habilidades e
os objetivos de aprendizagem, por área, para o segmento. Só
haverá a possibilidade de aprendizado efetivo (acomodação)
se houver a apresentação de uma situação complexa ao aluno
que lhe permita desequilibrar seus conceitos preexistentes,
abrindo espaço para a aquisição de novos.
“Na BNCC, competência é definida como a mobilização
de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades
(práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores
para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno
exercício da cidadania e do mundo do trabalho” (BNCC, 2018).
Para garantir que o direito de escolha dos alunos seja
preservado, a lei determina que a BNCC deverá ocupar até
1 800 horas do Ensino Médio. Desse modo, as soluções didáticas
elaboradas para essa etapa do Ensino Médio contemplam
os conteúdos e as habilidades de todas as áreas que sejam
relevantes para todo cidadão, seja qual for a função social
que exercer.
Bernoulli Sistema de Ensino 5
08/09/2022 09:09:15
 ECONOMIA | Manual do Professor
2. Itinerários formativos
Os itinerários formativos são cada conjunto de unidades
curriculares ofertadas pelas instituições e redes de ensino que
possibilitam ao estudante aprofundar seus conhecimentos e se
preparar para o prosseguimento de estudos ou para o mundo
do trabalho de forma a contribuir para a construção de soluções
de problemas específicos da sociedade.
Os itinerários formativos podem se aprofundar nos
conhecimentos de uma área do conhecimento (Matemática
e suas Tecnologias, Linguagens e suas Tecnologias, Ciências
da Natureza e suas Tecnologias e Ciências Humanas e Sociais
Aplicadas) ou até nos conhecimentos de duas ou mais áreas
juntas. As redes de ensino terão autonomia para definir quais
itinerários formativos irão ofertar.
A oferta de diferentes itinerários formativos pelas escolas
deve considerar a realidade local, os anseios da comunidade
escolar e os recursos físicos, materiais e humanos das
instituições escolares de forma a propiciar aos estudantes
possibilidades efetivas para construir e desenvolver seus
projetos de vida e se integrar de forma consciente e autônoma
na vida cidadã e no mundo do trabalho. Para tanto, os itinerários
devem garantir a apropriação de procedimentos cognitivos e
o uso de metodologias que favoreçam o protagonismo juvenil,
e organizar-se em torno de um ou mais dos seguintes eixos
estruturantes:
I. investigação científica: supõe o aprofundamento de
conceitos fundantes das ciências para a interpretação
de ideias, fenômenos e processos para serem utilizados
em procedimentos de investigação voltados ao
enfrentamento de situações cotidianas e demandas
locais e coletivas, e a proposição de intervenções que
considerem o desenvolvimento local e a melhoria da
qualidade de vida da comunidade;
II. processos criativos: supõem o uso e o aprofundamento
do conhecimento científico na construção e criação de
experimentos, modelos, protótipos para a criação de
processos ou produtos que atendam a demandas para
a resolução de problemas identificados na sociedade;
III. mediação e intervenção sociocultural: supõem a
mobilização de conhecimentos de uma ou mais áreas
para mediar conflitos, promover entendimento e
implementar soluções para questões e problemas
identificados na comunidade;
IV. e m p r e e n d e d o r i s m o : s u p õ e a m o b i l i z a ç ã o d e
conhecimentos de diferentes áreas para a formação
de organizações com variadas missões voltadas ao
desenvolvimento de produtos ou prestação de serviços
inovadores com o uso das tecnologias.
O conjunto dessas aprendizagens (formação geral básica
e itinerário formativo) deve atender às finalidades do
Ensino Médio e às demandas de qualidade de formação na
contemporaneidade, bem como às expectativas presentes e
futuras das juventudes.
6 Bernoulli Sistema de Ensino
2023_ELEECO_VU_ECO_MP.indd 6
Estrutura da Coleção
A Coleção do Ensino Médio do Bernoulli Sistema de Ensino
é composta por livros que contemplam a BNCC e as escolhas
de itinerários formativos. Para os livros sugeridos para a
formação geral básica, coleção principal + cadernos extras,
ofertamos conteúdos que garantem as aprendizagens definidas
nas normatizações e os conteúdos do DNA Bernoulli. Para a
coleção principal, as disciplinas são organizadas por Área de
Conhecimento, e os conteúdos são apresentados por frentes.
Cada frente das disciplinas se divide em capítulos, nos quais
a aprendizagem fluida e robusta são os diferenciais, alinhados
aos objetos de aprendizagem digital e imagens ilustrativas.
O trabalho por frentes consiste na divisão didática dos
conteúdos em dois ou três blocos.
A utilização das frentes tem como objetivo:
• Calibrar a carga horária dos diversos temas
abordados e garantir que sejam trabalhados de
forma equitativa. É comum, por exemplo, um(a)
professor(a) ter mais afinidade ou facilidade com
determinado tema e se ater a ele um por tempo maior,
comprometendo assim a carga horária dos demais.
A utilização das frentes garante que, a cada um deles
será dispensado o tempo adequado para o processo de
aprendizagem, garantindo assim o trabalho com todos
os conteúdos propostos.
• Potencializar a aprendizagem por meio de
diferentes enfoques ao conteúdo. Segundo estudos
na área de neurociência, a geração nativa digital possui
atenção difusa e pouca concentração por longos períodos
seguidos. Aulas muito longas demandam atividades
diferentes, porque, depois de certo ponto, o aluno deixa
de achar aquilo interessante. O cérebro não abre mão da
questão da relevância da informação nem da emoção.
O trabalho por frentes possibilita uma mudança de
assunto, fazendo com que o aluno não se enfade com
um único tema nem se distraia com facilidade.
• Fortalecer a sistematização de conceitos estruturantes
de cada disciplina. As frentes propõem os assuntos de
maneira gradativa e continuada, partindo sempre do fácil
para o difícil e do simples para o complexo, potencializando a
construção do conhecimento e a consolidação dos conceitos.
É importante que elas caminhem juntas e não seja esgotada
uma determinada frente para só depois ser iniciada outra.
Tanto para a BNCC quanto para os itinerários o Bernoulli
Sistema de Ensino disponibiliza livros entregues separados da
coleção principal, tais como Sociologia, Filosofia, Língua Inglesa,
entre outros, de maneira que os capítulos são construídos em
apenas uma frente. Para os livros de unidades curriculares de
itinerários formativos, ofertamos capas separadas para garantir
a flexibilidade e oferecer a melhor escolha para cada escola.
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Objetivo da Coleção
A construção da Coleção do Ensino Médio do Bernoulli Sistema
de Ensino considera além das habilidades e competências
da BNCC e dos referenciais para elaboração de Itinerários
Formativos, os conteúdos do DNA Bernoulli, o protagonismo
juvenil e o projeto de vida do estudante, permitindo sua
compreensão de mundo e atuação social lúcida e racional. Isso
é feito por meio de recursos adequados: textos atualizados,
recursos visuais claros e atrativos, propostas de atividades
formativas e significativas, que promovam a articulação entre
as disciplinas e as diversas áreas do conhecimento, a ampliação
por meio dos recursos tecnológicos, entre outras possibilidades
de aprendizagem. Além disso, a Coleção possui o estudante
como centro no processo de ensino e aprendizagem.
Nos livros da BNCC, trazemos o conhecimento como base
para os desenvolvimentos das habilidades e competências,
o protagonismo e a autoria como suporte para a construção
e a viabilização do projeto de vida dos estudantes, tanto no
que diz respeito ao estudo quanto ao trabalho e ferramentas
tecnológicas para ampliar as aprendizagens. Para os(as)
professores(as), a Coleção também deverá ser referência
para sua atuação como mediador(a) do desenvolvimento de
habilidades cognitivas e socioemocionais e da significação
ou do entendimento dos objetos de aprendizagens. Desse
modo, deverá ser fonte de subsídios para planejamento,
organização e didática nos diversos espaços que a prática
escolar deve ocupar.
Para o aluno, os livros das unidades curriculares dos
Itinerários Formativos devem ser a principal referência para
o desenvolvimento das habilidades estabelecidas pelos Eixos
Estruturantes dos Itinerários Formativos e, também, uma
referência fundamental do conjunto de conhecimentos essenciais
para a atuação social reflexiva e consciente. Desse modo,
a Coleção visa ao desenvolvimento de habilidades, porém não
se abstém de ser fonte dos conhecimentos que consideramos
elementares. Assim, o Bernoulli Sistema de Ensino oferece uma
Coleção duplamente potente: desenvolvimento de habilidades e
competências estruturadas pelo conteúdo de excelência, sólido
e robusto, pelo qual já somos conhecidos.
Estrutura do livro
O livro Economia possui 4 capítulos distribuídos em um
único volume.
A seguir, são apresentadas as seções que compõem os
capítulos para que você, professor(a), entenda de que forma
pode trabalhá-las para obter o melhor rendimento em sala de
aula e como pode orientar os alunos para o estudo autônomo.
01. Para iniciar
Essa seção, estará sempre localizada no início de cada
capítulo. Ela objetiva envolver a turma em uma reflexão
para que você, professor(a), possa iniciar o tema a ser
trabalhado nos capítulos.
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ECONOMIA | Manual do Professor
02. Exercícios de aprendizagem
Esses exercícios foram distribuídos ao longo do capítulo
para que você, professor(a), possa fazer a fixação do
conteúdo por item. Devem ser resolvidos em sala de
aula, pois, dessa forma, você poderá verificar o grau de
assimilação do conteúdo trabalhado, podendo retomá-lo,
caso seja necessário, a fim de obter um bom resultado.
São exercícios fáceis, com aplicações diretas. Desse
modo, você evita a surpresa de só descobrir as lacunas
de aprendizagem no final do capítulo, quando vários
itens de naturezas diferentes e com graus de dificuldade
distintos já tiverem sido abordados.
03. Exercícios resolvidos
Exercícios selecionados de vestibulares que abordam
os temas da Economia, mostrando algumas formas
de analisar um problema e indicando estratégias para
resoluções dessas questões.
04. Exercícios propostos
Exercícios selecionados para serem resolvidos em casa.
Esses exercícios trazem a oportunidade de relembrar
o conteúdo estudado no capítulo, identificar dúvidas e
desenvolver ainda mais a autonomia no aprendizado.
05. Desafio
Nessa seção, são apresentados problemas que desafiam
os estudantes e estimulam a criatividade e novas
aplicabilidades dos conteúdos estudados, na tentativa
de fazê-los testar seus limites.
06. Resolução comentada
Com a resolução comentada há o acesso a comentários
e resoluções de todas as questões do livro. Esses
comentários te ajudarão a compreender por um outro
ponto de vista as questões do material, além de serem
ferramenta chave para o acompanhamento do aluno de
seu desenvolvimento no estudo da Economia.
07. Tá na mídia
Usando linguagem atual, essa seção deve apresentar
propostas de links seguros e confiáveis a serem visitados
na Internet, bem como livros, músicas e filmes, que levem
os alunos a conhecer melhor a teoria ou a prática dos
conceitos trabalhados, além das habilidades pretendidas.
08. Dá o que pensar
Nessa seção, busca-se promover um momento de
reflexão e um espaço para exposição de pontos de vista
sobre um determinado questionamento.
09. Está no mundo
Essa seção procura levar o aluno a perceber a relação
existente entre o conteúdo estudado e o cotidiano no
qual ele está inserido ou ainda a relação que tal conteúdo
guarda com a realidade. Sempre que possível, os textos
apresentados nessa seção estabelecem ligações com as
profissões, um suporte para auxiliar os estudantes em
seu projeto de vida. É importante que você, professor(a),
encontre um momento para apresentar essa seção,
instigando os alunos a falarem sobre outras situações
vivenciadas que sirvam de exemplo a ser compartilhado
em sala de aula.
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 ECONOMIA | Manual do Professor

10. Tudo se encaixa

Essa seção tem por objetivo promover a integração entre as disciplinas de uma mesma área do conhecimento ou entre as
áreas do conhecimento, para mostrar que os conceitos estão conectados.

11. Bernoulli Play

Nessa seção, você, professor(a), tem acesso aos objetos digitais de aprendizagem (games, simuladores e animações
interativas) por meio da leitura de QR Codes. Você também poderá acessar resoluções de questões em vídeo. Baixe o
app do Bernoulli Play ou acesse play.bernoulli.com.br e digite o código alfanumérico da questão para assistir à resolução.
Estão disponíveis também vídeos que abordam o conteúdo trabalhado nos módulos e os áudios das línguas estrangeiras.

12. Bcast

Se você já é fã de podcast, vai adorar esse recurso. São vários conteúdos digitais em formato de áudio que ampliam a
experiência de aprendizagem e deixam os assuntos mais interessantes.

13. Quero saber

Quer saber mais? Utilizando o Bernoulli Play, aponte a câmera do seu celular para a página que contém a palavra destacada
e tenha acesso ao seu significado ou à ampliação do seu conceito.

14. Vai lá e faz

Abrangendo atividades práticas e dinâmicas que envolvem questões importantes para a Agenda 2030, essa seção ajuda
os alunos a estabelecerem as relações entre teoria e práticas cotidianas. Além disso, essa seção contém propostas em
que o aluno é o protagonista e é convidado a participar mais ativamente do seu próprio processo de aprendizagem.

Matriz de habilidades dos Itinerários

Formativos
Os Itinerários Formativos são organizados com base em quatro eixos estruturantes, a saber: Investigação Científica;
Processos Criativos; Mediação e Intervenção Sociocultural; Empreendedorismo. Visando a integração e a integralização dos
diversos arranjos possíveis dos Itinerários Formativos, os Eixos Estruturantes objetivam criar oportunidades para que os estudantes
vivenciem experiências educativas vinculadas à realidade do mundo contemporâneo, proporcionando uma formação cidadã,
profissional e pessoal. Por meio do QR Code a seguir, você pode visualizar os Referenciais Curriculares para a Elaboração dos
Itinerários Formativos.

Conteúdo programático*
DISCIPLINA: ECONOMIA SÉRIE: 2ª SEGMENTO: EM

VOLUME CAPÍTULO TÍTULO

1 • Economia: de Casa para o Mundo - Das Raízes aos Conceitos Básicos

2 • Macroeconomia e Microeconomia: da Economia Familiar aos Fenômenos Globais

1
3 • Tomada de Decisão: a Capacidade de Escolha dos Agentes

4 • Educação e Matemática Financeira: Aprendendo a viver bem com o dinheiro que se tem

* Conteúdo Programático sujeito a alteração sem prévia comunicação.

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 ECONOMIA | Manual do Professor

Sugestão de distribuição de conteúdo

Semestral
SEMESTRAL CAPÍTULO

• 1 – Economia: de Casa para o Mundo - Das Raízes aos Conceitos Básicos

1º
• 2 – Macroeconomia e Microeconomia: da Economia Familiar aos Fenômenos Globais

• 3 – Tomada de decisão: a Capacidade de Escolha dos Agentes

2º
• 4 – Educação e Matemática Financeira: Aprendendo a viver bem com o dinheiro que se tem

Orientações e sugestões
Capítulo 01: Economia: de Casa para o Mundo
PRINCIPAIS HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

Investigação Científica
• Identificar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com curiosidade, atenção, criticidade e ética, inclusive utilizando o
apoio de tecnologias digitais. (IT–EMIFCG01)
• Investigar e analisar situações-problema envolvendo temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e /
ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e / ou global, considerando dados e informações disponíveis em diferentes mídias.
(IT–EMIFCHSA01)

Intervenção e Mediação sociocultural

• Participar ativamente da proposição, implementação e avaliação de solução para problemas socioculturais e / ou ambientais em
nível local, regional, nacional e / ou global, corresponsabilizando-se pela realização de ações e projetos voltados ao bem comum.
(IT–EMIFCG09)
• Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, identificando e incorporando valores importantes para si e
para o coletivo que assegurem a tomada de decisões conscientes, consequentes, colaborativas e responsáveis. (IT–EMIFCG07)
• Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos matemáticos para propor ações individuais e / ou coletivas de
mediação e intervenção sobre problemas socioculturais e problemas ambientais. (IT–EMIFMAT08)

Professor(a), esse capítulo traz uma aplicação multidisciplinar das Ciências Econômicas. Ao longo das propostas teórico-
-didáticas, faça com que os alunos percebam como a economia traça um paralelo com os objetivos de conhecimento das Ciências
Humanas e das Ciências Exatas.

Inicie os estudos com a execução da seção “Para iniciar”. Quando eles fizerem a pesquisa solicitada pela atividade, verão a
quantidade de assuntos que se relacionam com o termo economia, como política, globalização, mercado financeiro, relações com
o meio ambiente, etc. – temas que vão muito além do simples entendimento de administração de um lar, proposto pelas raízes
dessa palavra. Somada essa pesquisa com as perguntas solicitadas, é uma boa hora para que você sonde o conhecimento prévio
dos estudantes sobre o assunto. Eles podem relacionar a economia com palavras como Pix, Emprego, Desemprego, Inflação,
Taxas, etc. Após essa atividade, prossiga com as premissas do primeiro tópico, que apresentará respostas mais teóricas sobre
o estudo da Economia.

Analise o caminho histórico que o pensamento econômico traçou ao longo do tempo. Para isso, explore as premissas do
subtópico 1.1. Se necessário, retome com os estudantes os conceitos já estudados em Sociologia e História no material do
Ensino Médio BNCC. Em seguida, frise com os alunos alguns conceitos básicos das Ciências Econômicas que estão dispostos
no subtópico 1.2. Na sequência, trabalhe a seção “Está no mundo”. Nessa seção, você pode consolidar com os estudantes as
definições da economia que são vistos em nosso cotidiano a exemplo das relações de troca. Estimule os alunos a notarem as
questões relacionadas a educação financeira como a real necessidade de se comprar um produto na breve “análise de utilidade
do custo versus “o benefício de se adquirir um bem ou serviço”.

Dando prosseguimento, professor(a), pondere com os alunos os conceitos de “empresa”, “família” e “governo” dentro da economia,
para isso, explore o subtópico 1.3. Estimule os estudantes a acessarem os recursos do “Quero saber” que estão assinados, por
meio do aplicativo Bernoulli Play. Na sequência, os alunos podem assimilar que é possível medir a atividade econômica de uma
nação – teoria que está disponível no subtópico 1.4. Após esse estudo, apresente a proposta da seção “Vai lá e faz” que tem como
objetivo trabalhar as premissas da habilidade EMIFCG09 do eixo de Intervenção e Mediação Sociocultural. Nessa seção, os alunos são
convidados a pensarem uma situação-problema e uma forma de resolvê-la por meio de uma proposta de intervenção sociocultural.

Bernoulli Sistema de Ensino 9

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 ECONOMIA | Manual do Professor
Dessa maneira, encoraje-os a pensar uma forma de
desenvolvimento sustentável que intercale políticas econômicas
com equilíbrio ambiental. Em primeiro lugar, é importante que
os eles saibam como atua um(a) conselheiro(a) econômico(a).
O link http://www.cdes.gov.br/Plone/conselheiros pode ajudá-lo
nessa discussão. Após a seção, aborde alguns indicadores de
desempenho econômico que estão presentes no subtópico 1.5,
como inflação, taxa de desemprego e taxa de juros.
Na segunda parte do capítulo, trabalhe alguns conceitos do
“Mercado Financeiro”. Estimule-os a acessar os recursos do
“Quero saber” desse tópico expandir o conhecimento sobre
assunto. No subtópico 2.1, trabalhe a seção “Está no mundo”.
Nessa atividade, os estudantes devem notar e demonstrar na
apresentação que o Pix foi lançado em meio à pandemia de
covid-19, quando a proximidade física entre as pessoas estava
reduzida em concomitância com o aumento de transações
financeiras de forma digital.
A terceira parte do capítulo apresenta algumas crises
mundiais que assolaram a economia, como a Crise de 1929,
a Crise do Petróleo e a Crise de 2008. Se achar necessário,
professor(a), reveja conceitos que já foram estudantes no
material base de ensino médio BNCC de História. Para encerrar
o capítulo, utilize as premissas da seção “Fecha comigo”. Na
atividade, os alunos poderão, por meio da construção de um
mapa mental, sintetizar tudo o que foi aprendido ao longo do
estudo.
Capítulo 02: Macroeconomia e
Microeconomia
PRINCIPAIS HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS
• Avaliar como oportunidades, conhecimentos e recursos
relacionados às Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
podem ser utilizados na concretização de projetos pessoais
ou produtivos, em âmbito local, regional, nacional e / ou
global, considerando as diversas tecnologias disponíveis, os
impactos socioambientais, os direitos humanos e a promoção
da cidadania. (IT–EMIFCHSA10)
• Identificar e explicar questões socioculturais e ambientais
aplicando conhecimentos e habilidades matemáticas para
avaliar e tomar decisões em relação ao que foi observado.
(IT–EMIFMAT07)
• Participar ativamente da proposição, implementação e
avaliação de solução para problemas socioculturais e / ou
ambientais em nível local, regional, nacional e / ou global,
corresponsabilizando-se pela realização de ações e projetos
voltados ao bem comum. (IT–EMIFCG09)
• Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e
recursos da Matemática para desenvolver um projeto pessoal
ou um empreendimento produtivo. (IT–EMIFMAT11)
• Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos
e recursos das Ciências Humanas e Sociais Aplicadas para
propor ações individuais e / ou coletivas de mediação e
intervenção sobre problemas de natureza sociocultural e
de natureza ambiental, em âmbito local, regional, nacional
e / ou global, baseadas no respeito às diferenças, na
escuta, na empatia e na responsabilidade socioambiental.
(IT–EMIFCHSA08)
10 Bernoulli Sistema de Ensino
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Sabemos que a relação entre teoria e prática requer a
concretização dos conteúdos curriculares em situações mais
próximas e familiares ao aluno, nas quais se incluem as do
trabalho e as do exercício da cidadania, o que, em nenhuma
hipótese, diminui a importância da sistematização (definições,
notações, exemplos), pois as situações do mundo real não vêm
acompanhadas de fórmulas explícitas.
Em um primeiro momento, a dinâmica introdutória “Para
iniciar” é uma sugestão para envolver o estudante nos temas
que serão trabalhados no capítulo. Foram apresentadas várias
atividades econômicas para os alunos refletirem como elas se
relacionam à macro ou à microeconomia e você, professor(a),
pode pedir que os alunos se agrupem em duplas ou grupos
de até 4 participantes e discutam sobre os termos inseridos
nessa seção. Após 20 minutos, aproximadamente, peça aos
alunos que realizem uma exposição das respostas dadas e,
dessa forma, que uma roda de conversa e debate seja feita,
para que o grupo se entrose e reflita por que classificaram
cada atividade econômica entre micro ou macroeconomia.
Ao final desse capítulo, pode-se retornar a essa atividade para
os alunos corrigirem as respostas dadas, uma vez que ao longo
do capítulo essas atividades econômicas serão estudadas.
Nesse capítulo, com base nas definições de Macroeconomia
e Microeconomia, novas habilidades serão desenvolvidas
e potencializadas. Como o capítulo está repleto de vários
termos técnicos da área da Economia, é fundamental que
você, professor(a), prepare exemplos mais palatáveis, fazendo
uma boa transposição didática entre o que é apresentado e a
realidade do estudante. Uma sugestão é a criação de modelos
simplificados. Crie “países” com produção de dois ou três
produtos apenas para, por exemplo, explicar o PIB.
Mais do que a memorização de termos, enfatize a
compreensão dos conceitos e a capacidade dos estudantes
de criarem exemplos. Por outro lado, se for o caso, não há
problema em se realizar avaliações com consulta, desde que
as habilidades verificadas sejam a compreensão, a elaboração
de modelos e exemplos e a resolução de problemas teóricos.
Para bem trabalhar com esse material e suas atividades,
você, professor(a), deve ler as seções com profundidade e
planejar suas estratégias de abordagem. Se optar por trabalhar
em grupos ou duplas, forme equipes com estudantes com nível
de desenvolvimento de habilidades distintas. É importante
ter em uma equipe pessoas criativas, pessoas que desenham
bem, pessoas que se expressam bem, enfim, nenhum aluno
tem todas as habilidades necessárias para o desenvolvimento
de um bom trabalho em equipe, mas possuem uma ou outra,
e isso faz a equipe funcionar.
Incentive seus alunos a debaterem o tema, a elaborar
questões sobre os assuntos tratados e a buscarem as respostas.
É importante que não apenas se elabore um enunciado, mas
que também apresente a soluções para os itens que elaborar.
Esse tipo de atividade, em equipe, pode ser realizada da
seguinte forma:
• Individualmente: estudantes elaboram questões e fazem
seu gabarito.
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• Em trios ou equipes de quatro pessoas: cada estudante
mostra sua questão aos demais, que devem avaliá-la,
preferencialmente indicando um ponto positivo e dando
uma sugestão de melhoria.
• Após cada estudante apresentar sua questão e receber
a avaliação de seus colegas, a equipe escolhe uma delas
para ser apresentada à turma.
• Marque um tempo limitado para a apresentação (um
minuto e meio ou dois minutos, no máximo, para cada
equipe). Isso faz com que os estudantes desenvolvam
sua capacidade de síntese.
• Você, professor(a), pode avaliar essa apresentação, se
julgar pertinente.
Trabalhando dessa forma, todos os estudantes elaboram
a questão, todos têm seu trabalho avaliado por seus pares e
por você, professor(a), que verifica a realização da tarefa e as
apresentações realizadas.
Especificamente no subtópico 1.2 – “Dinâmica dos mercados
e identidades macroeconômicas” –, você pode dividir a turma
em duas equipes para um debate. Uma equipe se especializaria
nas ideias e conceitos do modelo clássico enquanto a outra
abordaria o modelo keynesiano. Para o debate, proponha
situações e peça que as equipes os analisem e, a seguir,
debatam qual dos dois modelos apresentam melhores
explicações para a situação proposta.
No subtópico 2.1 há a seção “Dá o que pensar”, em que se
sugere uma reflexão sobre os impactos sociais de políticas
fiscais, especificamente sobre a PEC 55. Trata-se uma
excelente oportunidade para contextualizar o assunto “Políticas
Fiscais” e materializar um conteúdo abordado na Olimpíada
Brasileira de Economia (OBECON) de forma atualizada. Não
deixem de refletir sobre as consequências na saúde, educação,
sobre os reflexos na previdência social e nas diferentes classes
sociais, etc.
No ensino das curvas de oferta e demanda, mais uma vez,
é fundamental a transposição didática e utilização de exemplos
bem próximos da realidade dos estudantes. Durante seu ensino,
pode-se dividir a turma em dois grupos, um que represente
os vendedores e outro que represente os consumidores.
A seguir, faça uma exposição dialogada, perguntando a um ou
outro membro de cada grupo o que eles fariam em uma ou
outra situação. Por exemplo, pergunte a alguém do grupo dos
vendedores como o aumento do preço de venda de um produto
afetaria sua predisposição de produzir e vender esse produto.
O conjunto de questões e o debate que você, professor(a),
fará surgir na aula, mostrarão os conceitos de curva de oferta,
curva de demanda e ponto de equilíbrio. Após a aquisição desse
conceito, uma boa atividade é que cada grupo, ainda mantendo
seu ponto de vista de vendedor e consumidor, discuta como
se comportaria caso ocorresse uma imposição governamental
de controle como, por exemplo, o tabelamento de preços ou
aumento ou redução de impostos.
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ECONOMIA | Manual do Professor
No subtópico “Oferta e demanda – fundamentos”, foi
proposta a seção “Vai lá e faz” relacionada com o preço de
medicamentos utilizados no tratamento da covid-19 antes
da pandemia e durante a pandemia. Trata-se de um exemplo
atual sobre a variação de preços de produtos diante da oferta
e de demanda.
Vários exercícios pedem que os estudantes realizem cálculos
matemáticos. Não se atenha apenas aos cálculos e seus
resultados, mas peça também que os estudantes expliquem
o significado dos valores determinados. Por exemplo, se uma
questão informa que as curvas de oferta e demanda são
Qo = 2 000 + 50P e QD = 10 000 – 100P, respectivamente,
e se pede, por exemplo, valores e quantidade de equilíbrio, que
o estudante não apenas determine os valores pedidos. Durante
a correção da atividade, vá além, peça que expliquem o que
significa cada curva, o que representam os valores calculados e,
principalmente, se no caso apresentado pelo exercício, se esses
valores fazem sentido no cotidiano, trazendo para a realidade
do estudante o assunto abordado.
Capítulo 03: Tomada de Decisão
PRINCIPAIS HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS
Investigação Científica
• Investigar e analisar situações-problema envolvendo temas
e processos de natureza histórica, social, econômica,
filosófica, política e / ou cultural, em âmbito local, regional,
nacional e / ou global, considerando dados e informações
disponíveis em diferentes mídias. (IT–EMIFCHSA01)
Empreendedorismo
• Desenvolver projetos pessoais ou produtivos, utilizando
as Ciências Humanas e Sociais Aplicadas para formular
propostas concretas, articuladas com o projeto de
vida, em âmbito local, regional, nacional e / ou global.
(IT–EMIFCHSA12)
• Desenvolver projetos pessoais ou produtivos, utilizando
processos e conhecimentos matemáticos para formular
propostas concretas, articuladas com o projeto de vida.
(IT–EMIFMAT12)
• Propor e testar estratégias de mediação e intervenção para
resolver problemas de natureza sociocultural e de natureza
ambiental relacionados à Matemática. (IT–EMIFMAT09)
• Refletir continuamente sobre seu próprio desenvolvimento
e sobre seus objetivos presentes e futuros, identificando
aspirações e oportunidades, inclusive relacionadas ao
mundo do trabalho, que orientem escolhas, esforços e
ações em relação à sua vida pessoal, profissional e cidadã.
(IT–EMIFCG12)
• Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos
e recursos da Matemática para desenvolver um projeto
pessoal ou um empreendimento produtivo. (IT–EMIFMAT11)
Bernoulli Sistema de Ensino 11
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 ECONOMIA | Manual do Professor
Professor(a), esse capítulo tem como objetivo o estudo
de conceitos, teorias e estratégias que são utilizadas como
tomadas de decisão no cenário das Ciências Econômicas.
Inicie-o por meio da seção “Para iniciar”. O vídeo, apesar de
cômico, ajuda a contextualizar como uma tomada de decisão
sem análise prévia do contexto pode se desdobrar em uma
escolha desfavorável – afirmação que pode ser usada para
que os estudantes respondam à primeira pergunta, apesar de
ela também ser pessoal. O importante é que eles assimilem a
importância de pensar nas próprias escolhas, principalmente
no mundo econômico – o que pode ser frisado na segunda
pergunta.
A primeira parte do capítulo traz a evolução dos conceitos
da economia, explicando como a racionalidade pode
interferir nas tomadas de decisão. Para que os estudantes
entendam esses aspectos, analise com eles os mapas mentais
“Fase Pré-Científica” e “Fase Científica”. Por ser uma abordagem
mais factual e que já foi trabalhada no material de ensino
básico BNCC de História e de Sociologia, você pode usar uma
metodologia de sala de aula invertida. Separe a turma em nove
equipes e torne-as responsáveis por cada tema abordado:
Período Antigo, Idade Média, Mercantilismo, Fisiocracia, Escola
Clássica, Marxismo, Escola Neoclássica, Keynesianismo e Escola
Neoclássica. Os estudantes poderão preparar uma apresentação
sobre o tema sob sua responsabilidade, no estilo de um
TED Talks.
A economia ortodoxa, ou economia mainstream, tem como
item fundamental o liberalismo econômico. Para saber mais
sobre a corrente neoliberal, indicamos a leitura do artigo
“Filosofia moral e método na Teoria Econômica Neoclássica”,
de Natasha Pergher Silva (Leituras de Economia Política,
Campinas, v. 25, p. 97-128, jan. / dez. 2017. Disponível em:
https://www.eco.unicamp.br/images/arquivos/artigos/3610/
LEP25-artigo5-deNatasha.pdf).
Associada ao liberalismo econômico, a expressão “laissez-
-faire, laissez-passer” nasceu com os fisiocratas. Para saber
mais sobre o pensamento de Quesnay, indicamos a leitura
do artigo “Da fisiologia à economia política: o itinerário
intelectual de Quesnay em direção ao Tableau Économique”,
de Fernando Ribeiro e Nelson Mendes Cantarino (Revista de
Economia Política, v. 36, n. 2, p. 353-371, abr. / jun. 2016.
Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rep/v36n2/1809-
4538-rep-36-02-00353.pdf).
Após a abordagem dos caminhos históricos, trace um paralelo
com a atualidade. Para isso, aproveite a proposta da seção “Está
no mundo”, que contextualiza, por meio do desenvolvimento
da habilidade EMIFCHSA01 do eixo de Investigação Científica,
a questão das criptomoedas. Para responder às perguntas
da atividade, induza os estudantes a pesquisarem em outras
mídias, além da Internet – conforme salienta essa habilidade.
Se achar adequado e se houver tempo, peça que os alunos
tracem uma linha do tempo com o que foi pesquisado.
As respostas das perguntas podem ser:
12 Bernoulli Sistema de Ensino
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• Em que momento da História surgiram as criptomoedas?
As criptomoedas surgiram em 2009, criadas por
investidores. Algumas fontes históricas afirmam que o
pioneiro das moedas digitais foi o investidor que utiliza
o pseudônimo Satoshi Nakamoto. A primeira criptomeda
que existiu foi o bitcoin.
• Como elas são emitidas?
Por meio de programas digitais que realizam transações
financeiras, envolvendo questões matemáticas.
• Quais são seus principais usos?
Elas são utilizadas para realizar pagamentos, já que
algumas empresas a nível global aceitam essas moedas,
assim como o dinheiro físico.
• Existe algum organismo que controla e fiscaliza as
transações com as criptomoedas?
Fica a cargo de cada país a fiscalização das criptomoedas.
Por exemplo, no Brasil a Receita Federal tem feito esse
papel, por meio do controle das instituições financeiras,
como os bancos, que trabalham com moedas digitais.
• Quais são as criptomoedas existentes na atualidade?
Bitcoin (BTC), Ethereum (ETH), Binance Coin (BNB),
Ripple (XRP), Dogecoin (DOGE), Tether (USDT), Cardano
(ADA), Polkadot (DOT), Litecoin (LTC) e Bitcoin Cash
(BCH).
• Determine problemas econômicos ou sociais envolvendo
o uso de criptomoedas.
Alguns problemas socioeconômicos causados pelo uso
de criptomoedas são:
– Os governos podem perder o controle econômico
sobre elas.
– Abertura para operações ilegais.
– Disparidades sociais e econômicas entre os países
do globo: o país que não apresenta revolução
tecnológica adequada acaba ficando fora do
mercado das moedas digitais.
– Formação de bolhas que levam a crises econômicas,
as quais, por sua vez, acarretam problemas sociais
para os países.
Para saber mais sobre as criptomoedas, acesse os links:
• https://blog.magnetis.com.br/criptomoedas/
• https://renovainvest.com.br/blog/lista-de-
criptomoedas-conheca-10-das-principais-moedas-
digitais-do-mundo/#:~:text=Criptomoedas%20s%C3
%A3o%20moedas%20digitais.,realizar%20transfer%
C3%AAncias%20e%20transa%C3%A7%C3%B5es%20
comerciais
• http://corecon-sc.org.br/anais-cbe2019/arquivos/anais-
cbe2019-4798.pdf
• h t t p s : / / w w w. s c i e l o . b r / j / e c o s / a / T W M C N j 9 4 4 H
vrSbbsn88jnHD/?lang=pt
08/09/2022 09:09:16

• https://www.bbc.com/portuguese/geral-56230536
• https://portalrevistas.ucb.br/index.php/RDIET/article/
download/6796/4559
Na segunda parte do capítulo, aborde questões relacionadas
à racionalidade dos agentes. Após comentar sobre a Teoria
dos Jogos, uma atividade interessante é o desenvolvimento
de padrões de conduta para uma matriz de ganhos. Essa
atividade funciona assim: crie uma matriz de ganhos com o
Equilíbrio de Nash ou com o Dilema do Prisioneiro e apresente-a
para a turma, que deverá estar dividida em oito equipes,
que chamaremos aqui de equipes A, B, C, D, E, F, G e H.
Crie uma tabela de competição, no formato de eliminatórias,
por exemplo:
1ª fase, com 4 combates: A enfrenta B, C enfrenta D, E
enfrenta F e G enfrenta H.
2ª fase, com 2 combates: A e B enfrentam C e D, E e F
enfrentam G e H.
3ª fase, final: A, B, C e D enfrentam E, F, G e H.
O procedimento dessa competição é o seguinte:
• Na primeira fase, cada equipe analisa a matriz de ganhos
e faz 10 escolhas. Um combate se dará confrontando
as escolhas das duas equipes e anotando seus ganhos.
Por exemplo, considere que a matriz de ganhos é:
Equipe B
Confessa Nega
Confessa –3, –3 0, –6
Equipe A
Nega –6, 0 –1, –1
A equipe A apresenta a sequência de escolhas Confessa,
Confessa, Nega, Nega, ...
A equipe B apresenta a sequência de escolhas Confessa,
Nega, Nega, Nega, ...
A primeira escolha de ambas foi Confessa, assim, as
duas equipes ganham –3 pontos. Na segunda escolha,
A ficou com Confessa e B ficou com Nega. Nesse caso,
A ganha 0 e B ganha –6. Na terceira escolha, A e B foram
de Nega, nesse caso, ambas ganham –1.
Após as 10 escolhas, determine a equipe vencedora.
• A equipe que perder deixa de existir e é absorvida pela
equipe vencedora. Apresente nova matriz de ganhos e
peça nova sequência de 10 escolhas. Repita o processo
anterior na segunda fase.
• Novamente, equipes perdedoras deixam de existir e são
absorvidas pelas vencedoras. Apresente uma última
matriz de ganhos, repita o procedimento e vá para a
final.
• Se quiser tornar a disputa mais interessante,
permita que a sequência de escolhas possa usar
as escolhas anteriores. Por exemplo, a primeira
escolha se dá apenas entre “Confessa” e “Nega”.
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ECONOMIA | Manual do Professor
A segunda escolha pode ser “Escolhemos o mesmo
que meu adversário escolheu no anterior” ou “Se meu
adversário escolheu ao menos um Confessa até agora,
escolhemos também Confessa de agora até o fim do
jogo”.
Professor(a), se considerar conveniente analisar a delação
premiada à luz do Dilema do Prisioneiro, sugerimos uma
atividade de discussão em grupo, com base no caso: “Como
a Teoria dos Jogos explica o comportamento dos delatores
da Lava Jato”, disponível em: https://www.insper.edu.br/
noticias/como-a-teoria-dos-jogos-explica-o-comportamento-
dos-delatores-da-lava-jato/. Os vídeos da seção “Tá na mídia”
também podem ajudar na preparação para a atividade.
A Teoria dos Jogos é uma ferramenta de análise que tem
sido aprimorada para servir de apoio à tomada de decisão
no âmbito das negociações estratégicas. A dissertação de
Maurício Takahashi investiga, à luz da Teoria dos Jogos, se
há predisposição à cooperação entre empreendedores e
investidores da indústria de Private Equity e Venture Capital.
Para verificar o trabalho de Takahashi, O relacionamento
entre empreendedores e investidores na indústria de Private
Equity e Venture Capital sob enfoque da Teoria dos Jogos:
a proposta de um jogo (o Jogo do Empreendedor), acesse o
link: http://tede.mackenzie.br/jspui/handle/tede/930.
Para saber mais sobre Herbert Alexandre Simon, que
desenvolveu a Teoria das Decisões, acesse sua biografia,
em fala realizada durante o seu discurso do Nobel (texto em
inglês), disponível em: https://www.nobelprize.org/prizes/
economic-sciences/1978/simon/biographical/. E para ter acesso
à biografia de John Forbes Nash Jr., acesse o texto publicado
na revista Nature (texto em inglês), disponível em: https://
www.nature.com/articles/522420a.
Nas terceira e quarta partes do capítulo, desenvolva
com os estudantes as questões relacionadas à Economia
Comportamental e reflitam sobre elas. Ao abordar a Teoria
dos Prospectos, novamente você terá a oportunidade de usar
a metodologia da sala de aula invertida, com os estudantes em
duplas ou trios, mostrando de modo prático e com exemplos do
dia a dia os vários vieses de cada uma das heurísticas.
Sugerimos a leitura do material da Comissão de Valores
Mobiliários, de 2017, disponível em: https://www.investidor.
gov.br/portaldoinvestidor/export/sites/portaldoinvestidor/
publicacao/Serie-CVMComportamental/CVMComportamental_
Vol3_ViesesConsumidor.pdf.
Finalmente, na quinta parte do capítulo, quando for trabalhar
a tecnologia e a economia nos dias atuais, use a metodologia
da gameficação. Divida a turma em cinco ou mais equipes e
peça que cada uma delas idealize uma start-up. Os alunos
devem escolher um negócio e preparar uma apresentação,
com o intuito de atrair investidores, analisando seu produto e
potenciais concorrentes.
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 ECONOMIA | Manual do Professor
No dia das apresentações, a atividade se desenvolve em
momentos distintos:
• 1º momento: cada equipe faz sua apresentação, com
duração de 2 a 3 minutos. Após a apresentação de cada
equipe, cada uma das equipes que estavam assistindo
à apresentação deve fazer uma pergunta.
• 2º momento: cada equipe recebe R$ 1 000 000,00
virtuais e, em conjunto, deve investir esse dinheiro nas
demais equipes. Elas não podem investir em si mesmas e
devem investir em pelo menos duas das outras equipes,
justificando seu investimento.
• 3º momento: professor(a), é sua vez de totalizar os
investimentos recebidos por cada equipe. Será vencedora
aquela que receber mais investimentos dos colegas.
Que tal explorar o termo global player, que significa “jogador
global”, em sua tradução literal? A expressão está ligada ao
peso que empresas ou países possuem na esfera internacional.
O termo tem sido utilizado, em tempos de globalização
acelerada, para adjetivar empresas ou países que são
protagonistas no mercado global. Leia o texto disponível em:
http://observatoriogeograficoamericalatina.org.mx/egal14/
Geografiasocioeconomica/Geografiapolitica/02.pdf.
Capítulo 04: Educação e
Matemática Financeira
PRINCIPAIS HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS
Empreendedorismo
• Desenvolver projetos pessoais ou produtivos, utilizando as
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas para formular propostas
concretas, articuladas com o projeto de vida, em âmbito
local, regional, nacional e / ou global. (IT–EMIFCHSA12)
• Desenvolver projetos pessoais ou produtivos, utilizando
processos e conhecimentos matemáticos para formular
propostas concretas, articuladas com o projeto de vida.
(IT–EMIFMAT12)
• Refletir continuamente sobre seu próprio desenvolvimento
e sobre seus objetivos presentes e futuros, identificando
aspirações e oportunidades, inclusive relacionadas ao
mundo do trabalho, que orientem escolhas, esforços e
ações em relação à sua vida pessoal, profissional e cidadã.
(IT–EMIFCG12)
• Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e
recursos da Matemática para desenvolver um projeto pessoal
ou um empreendimento produtivo. (IT–EMIFMAT11)
• Utilizar estratégias de planejamento, organização e
empreendedorismo para estabelecer e adaptar metas,
identificar caminhos, mobilizar apoios e recursos, para
realizar projetos pessoais e produtivos com foco, persistência
e efetividade. (IT–EMIFCG11)
Mediação e Intervenção Sociocultural
• Propor e testar estratégias de mediação e intervenção para
resolver problemas de natureza sociocultural e de natureza
ambiental relacionados à Matemática. (IT–EMIFMAT09)
Professor(a), esse capítulo tem como objetivo o estudo
da Educação Financeira e da Matemática Financeira. Inicie o
capítulo questionando os alunos sobre a diferença entre as duas.
É importante ressaltar que existe uma distinção: a primeira está
ligada à formação de comportamentos do indivíduo em relação às
finanças, enquanto a segunda é uma área que aplica conhecimentos
matemáticos à análise de questões ligadas a dinheiro.
14 Bernoulli Sistema de Ensino
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O capítulo foi dividido em duas partes, sendo que a primeira
trata da Educação Financeira. Inicie a discussão por meio da
seção “Para iniciar”. A partir da definição dada pela OCDE,
espera-se que os alunos escrevam o que eles entendem
ou já ouviram falar sobre Endividamento, Planejamento e
Investimentos. Esses são os três pontos principais que serão
discutidos no tópico 1. Além disso, o tópico tem como objetivo
desenvolver as habilidades citadas no quadro anterior, estando
essas presentes tanto na teoria como em algumas seções.
A seção “Dá o que pensar” tem como objetivo trazer uma
reflexão e discussão sobre dinheiro e felicidade. O texto e o
vídeo indicados na seção mostram a conclusão de uma pesquisa
feita por um ganhador do prêmio Nobel sobre o assunto. Após
os alunos responderem aos questionamentos feitos na seção,
promova uma discussão acerca do assunto e proponha que cada
um leia o que escreveu, para que assim possam ver o ponto de
vista de cada um.
Ainda ligado ao assunto, sugerimos, na seção “Tá na mídia”,
o filme À procura da felicidade, que retrata a história de um
pai que, para dar uma vida melhor ao filho, investiu seu
dinheiro em um negócio que não deu certo e por isso passou
por diversos problemas financeiros. Mesmo em meio a toda
dificuldade, ele mostra como a força de vontade, a perseverança
e a sensibilidade podem influenciar seu sucesso financeiro,
pessoal e profissional. Reproduza o filme em sala ou incentive
os alunos a assistirem em casa e promova um momento de
reflexão sobre o filme.
O subtópico 1.1 trata sobre endividamento, situação que vem
crescendo no Brasil a cada ano. Isso se dá por não sabermos usar
o nosso dinheiro de forma correta. Nesse subtópico, é possível
desenvolver atividades e reflexões de grande valor. Mostre aos
alunos os tipos de créditos que estão disponíveis no mercado,
chamando a atenção deles, a partir de exemplos, sobre os juros
de cada um e quais as vantagens e desvantagens de se usar esses
créditos. Ressalte que o uso inadequado do crédito pode levar ao
endividamento excessivo e comprometer toda a sua vida financeira,
acarretando descontrole emocional, problemas de saúde e até
desestruturação familiar.
A seção “Tudo se encaixa” mostra a relação entre a fábula
da formiga e da cigarra e a forma como nós lidamos com o
dinheiro. Além da interdisciplinaridade da Matemática com a
Língua Portuguesa existente, a seção tem como objetivo mostrar
que, para realizar nossos planos e sonhos, precisamos fazer um
planejamento e tomar decisões conscientes e desenvolver as
habilidades EMIFCHSA12 e EMIFMAT12 dos Itinerários Formativos.
Propomos, ao final da seção, uma atividade individual que aborda
necessidades, desejos e planejamento. Nela os estudantes devem
mostrar 10 bens, serviços ou realizações que esperam concluir nos
próximos 5 anos. Pede-se, também, uma estimativa de seu custo
atual. Como aplicação, você, professor(a), pode pedir um plano
de depósitos com juros reais para estimar quanto eles devem
economizar mensalmente para poderem conseguir o dinheiro
necessário para suas realizações.
Professor(a), existem alguns passos simples que você pode
passar para os alunos a fim de ajudá-los a transformar, com
facilidade, os sonhos em projetos, aproximando-os de sua
realização.
1. Saber exatamente aonde se quer chegar.
2. Estabelecer metas claras e objetivas para o projeto.
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3. Internalizar a visão de futuro trazida pela perspectiva
de realização do projeto.
4. Estabelecer etapas intermediárias.
5. Comemorar as etapas intermediárias da caminhada.
Na seção “Está no mundo” sobre cartão de crédito e cheque
especial, propomos uma atividade individual na qual se pede
uma pesquisa no site do Banco Central sobre as taxas de juros
cobradas no mercado brasileiro nas mais diferentes linhas
de crédito disponíveis, as quais devem ser apresentadas em
um texto argumentativo. Você pode pedir que os estudantes
apresentem essas taxas usando os diferentes sistemas de
amortização, destacando como o valor das parcelas mudam
significativamente de acordo com o tipo de linha de crédito ou
de acordo com o banco contratado.
Na seção “Tá na mídia” sugerimos o filme A grande aposta,
que conta a história, baseada em fatos reais, de agentes do
mercado financeiro que previram a Crise de 2008. Incentive
seus alunos a assistirem ao filme.
No subtópico 1.2 é abordado o tema do planejamento,
o qual consiste, basicamente, em definir os objetivos a serem
alcançados e os meios para realizá-los, adequando-os com os
recursos disponíveis para sua execução.
A seção “Está no mundo” sobre orçamento familiar tem
como objetivo trabalhar as habilidades EMIFCG11, EMIFCG12
e EMIFMAT11 dos Itinerários Formativos. Mostre aos alunos
a importância do orçamento financeiro e como este pode ser
visto como uma ferramenta de planejamento financeiro pessoal
que contribui para a realização de sonhos e projetos. Propomos
uma atividade individual em que se pede para os estudantes
fazerem um orçamento familiar completo. Não deixe essa
atividade muito para o final do ano pois, em seguida, sugerimos
que a turma faça um podcast, ensinando as pessoas a fazerem
orçamentos e dando dicas em que relatem o que deu certo e o
que foi difícil de fazer. Esse podcast deve ser aberto ao público
nas plataformas próprias e será uma grande vitrine da qualidade
do trabalho da escola.
Em seguida, abordamos o consumo consciente e planejado.
É importante mostrar para os alunos que de nada adianta ter
um orçamento bem planejado, acompanhando as receitas e
despesas, se na prática o comportamento levar em direção
oposta ao planejado. Além disso, é importante observar que a
felicidade é um conceito diferente de prazer. O prazer é efêmero,
isto é, passageiro e curto.
Aproveite o momento e discuta sobre como a publicidade pode
impulsionar o consumo e as consequências do consumismo,
como o superendividamento. É possível também desenvolver
uma atividade interdisciplinar com História sobre a publicidade
como um dos pilares da economia de consumo capitalista.
Outro ponto importante abordado é sobre a consciência
de se consumir produtos produzidos por empresas que
possuem práticas sustentáveis. Por meio do exemplo da
calça jeans, conscientize os alunos sobre a relação entre o
consumismo e o meio ambiente, pois, para atender à demanda
da produção e do consumo, é necessário retirar matérias-
-primas da natureza, fabricar e transportar materiais, fazer
grande uso de energia elétrica e de água, entre outras coisas.
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ECONOMIA | Manual do Professor
Tudo isso gera emissão de gases poluentes, degradação e
devastação ambiental, poluição geral e, consequentemente,
destruição de ecossistemas. Aproveite o momento para discutir
os objetivos 6, 8 e 12 da Agenda 2030 proposta pela ONU.
Na seção “Dá o que pensar”, apresentamos dicas de como
reduzir as compras por impulso. Discuta com os alunos cada
uma das dicas e, se achar necessário, construam, em conjunto,
outras dicas que acharem relevantes. Propomos, também, uma
atividade individual, na qual cada estudante fará um inventário
de tudo o que tem em casa, classificando em três categorias:
não uso, uso pouco e uso. Com as devidas autorizações de
sua instituição, você, professor(a), deve organizar um bazar
em que os estudantes levem as peças que não usam e as
disponibilizem aos colegas. Talvez a autorização dos pais
também seja necessária. Se desejar, esse momento pode ser
expandido, convidando outros estudantes, suas famílias e até
a comunidade do entorno da escola, em uma ação social de
venda desses itens sem uso dos estudantes.
A última parte desse tópico aborda os investimentos.
O objetivo aqui não é entrar em detalhes sobre tipos de
investimento, cálculo de rendimentos e qual é melhor para cada
situação, mas sim mostrar aos alunos que fazer investimentos é
uma maneira bastante eficiente para adquirir independência
financeira, preparar-se para as dificuldades e imprevistos,
evitar os efeitos da inflação, alcançar objetivos e realizar
grandes sonhos.
A seção “Vai lá e faz” aborda a importância de fazer poupança
e desenvolve as habilidades EMIFCG11 e EMIFCG12 dos
Itinerários Formativos. Reforce que poupança é a diferença
entre as receitas e as despesas, enquanto investimento é a
aplicação dos recursos que poupamos, com a expectativa de
obtermos uma remuneração por essa aplicação. Converse
com os alunos sobre a importância de se poupar para realizar
sonhos. A intenção da atividade proposta na seção é que os
alunos vejam que a principal vantagem de especificar metas
e estabelecer prazos para realizá-las é que, assim, é possível
manter o foco, observar os resultados e traçar estratégias
eficientes para a realização.
Os prazos de metas são:
• Curto prazo – são aquelas que você pretende realizar
em menos de um ano.
• Médio prazo – são os objetivos que você espera
concretizar dentro de um a cinco anos.
• Longo prazo – são aquelas que você imagina realizar
em, no mínimo, cinco anos.
É importante destacar também que poupança é uma
sobra financeira e deve ser direcionada para algum tipo de
investimento para que seja remunerada, diferente de caderneta
de poupança, que é um tipo de investimento.
Em seguida, falamos sobre as características dos
investimentos e os tipos de investimentos. Professor(a),
mostre aos estudantes que a análise de perfil do investidor é
fundamental para que seus investimentos sejam realizados de
forma consciente e compatíveis com seus objetivos. Mostramos
também, de forma bem simplificada, alguns investimentos.
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 ECONOMIA | Manual do Professor
Na seção “Está no mundo”, abordamos algumas características
dos investimentos de renda fixa e de renda variável. Além disso,
o texto cita os investimentos mais populares de cada tipo.
Na seção “Vai lá e faz”, propomos uma atividade individual
em que se pede a pesquisa dos diferentes tipos de investimento
disponíveis e a escolha de em quais deles o estudante aplicaria
seu dinheiro. Mais uma vez, os números serão obtidos de
exemplos reais e você, professor(a), pode pedir, adicionalmente,
planos de investimento com exemplos numéricos. Além
disso, a seção tem como objetivo desenvolver as habilidades
IEMIFCG12, EMIFCG1 e EMIFMAT11 dos Itinerários Formativos.
O último assunto do subtópico é sobre prevenção e proteção.
De forma resumida e simplificada, falamos sobre a importância
de se pensar e planejar uma aposentadoria. Professor(a), caso
tenha interesse, comente com os alunos sobre seguros, que
também são uma medida de proteção. Para saber mais, acesse:
https://www.youtube.com/watch?v=5UoK7mu1ZJM.
Na seção “Vai lá e faz”, propomos uma atividade em equipe
sobre aposentadoria que tem como objetivo trabalhar as
premissas da habilidade EMIFMAT09 do eixo de Intervenção e
Mediação Sociocultural. Como esse assunto é muito distante
da realidade dos estudantes, é pedida uma pesquisa completa
com aposentados. Se apenas uma das atividades dessas
seções puder ser desenvolvida, que seja essa. A ideia é que
os estudantes se conscientizem da necessidade de se preparar
um plano de aposentadoria o mais cedo possível ao verificarem
como é a realidade. A apresentação dos resultados deve ocorrer
em um evento aberto ao público, no estilo TED Talks. Talvez os
estudantes entrevistem idosos e percebam, por exemplo, que
um deles, ao responder o que ainda gostaria de ter na vida,
tenha uma resposta de algo que seja simples, possível de ser
realizado pela turma, como um todo. Nesse caso, a atividade
também propõe que os estudantes realizem esse sonho do
idoso. Com isso, a atividade, além de lidar com a Educação
Financeira, também terá um caráter social relevante.
A seção “Fecha comigo” propõe que os alunos respondam
ao questionário e descubram como está sua saúde financeira.
Incentive os alunos a realizarem a atividade em sala ou com
seus familiares e analisarem o resultado dado ao finalizar o
questionário.
Alguns filmes tratam de questões relativas à Educação
Financeira e a outros temas desse material:
• Uma mente brilhante
• O homem que mudou o jogo
• As patricinhas de Beverly Hills
Se optar por usar esses ou outros filmes, não use o tempo
em sala de aula para a exibição. Indique com antecedência em
quais plataformas os estudantes podem ver os filmes e, em
uma data específica, realize a atividade.
Se houver tempo, peça a leitura do livro A lógica do consumo,
de Martin Lindstrom. Nessa obra, o autor mostra os bastidores
das pesquisas que explicam por que determinados produtos
vendem, explicando como o cérebro das pessoas respondem
aos estímulos das propagandas.
A segunda parte do capítulo trata da Matemática Financeira e
é nesse tópico que teremos, de forma mais concreta, o estudo
de conceitos importantes para a OBECON.
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2023_ELEECO_VU_ECO_MP.indd 16
O primeiro subtópico aborda juros simples e juros compostos.
Esses conteúdos já foram exaustivamente tratados na Educação
Básica. Portanto, o enfoque deve ser mais nos conceitos e na
dedução de fórmulas do que em sua memorização propriamente
dita. Além disso, é fundamental ressaltar a relação entre juros
simples e funções do 1º grau e entre juros compostos e função
exponencial.
De um ponto de vista prático, embora conste em vários
exercícios e em questões do Enem, ressalte que é muito raro
existir investimento que remunere em juros simples, por uma
razão simples e muito prática: se existir um investimento que
pague, por exemplo, 5% de juros simples ao mês, ao final
desse período o investidor poderia ir ao banco, resgatar seu
investimento e, ato contínuo, reinvestir esse montante no
mesmo investimento, criando para si uma remuneração em
juros compostos e deixando para o banco os custos operacionais
do resgate e do reinvestimento de seu dinheiro. Juros simples
são a linguagem preferencial para pagamento de multas, não
de investimentos.
Ao comparar juros simples e compostos, destaque que, para
períodos maiores que 1, com certeza, os juros compostos
rendem montantes maiores que os juros simples, fato que
pode ser comprovado com os gráficos da função do 1º grau e
da função exponencial. O exemplo mostrado no texto mostra
juros de 30% e as diferenças crescem rapidamente. Porém,
convém destacar que a taxas bem pequenas, embora os
juros compostos produzam montantes maiores que os juros
simples, essa diferença é muito pequena. Por exemplo, se
for aplicado um capital de R$ 10 000,00 a uma taxa de 0,5%
ao mês durante um ano, o montante obtido considerando
a capitalização de juros simples será de R$ 10 600,00 e,
se considerar juros compostos, R$ 10 616,78. Essa diferença
de R$ 16,78 é muito pequena e isso deve ser ressaltado. Isso
justifica o fato de que, em economias fortes, com taxas de juros
muito baixas, existem alguns investimentos de longo prazo que
remuneram mensalmente em juros simples e anualmente em
juros compostos.
Em um segundo momento, é requerido o uso da calculadora
financeira HP-12C. Na página 117, em um dos QR Codes
da seção “Está no mundo”, você consegue ter acesso a um
emulador dessa máquina, ou seja, a uma página que mostra
uma calculadora desse modelo que realmente funciona.
Os estudantes podem acessá-la em sala de aula por meio de
tablets ou celulares. Use e abuse desse recurso. Utilize-o para
resolver problemas práticos, com números reais, em situações
do dia a dia dos estudantes e de suas famílias.
Quando for trabalhar séries uniformes, sistemas de
amortização e investimentos, além de utilizar a calculadora
HP-12C, pense em exercícios que possam ter algum apelo
aos estudantes. Uma atividade interessante é pedir que os
estudantes façam uma pesquisa na Internet sobre produtos
que desejam comprar e verifiquem as taxas de juros praticadas
e o valor atual desses produtos, por exemplo.
Finalmente, como última orientação, procure por games
sobre Educação Financeira na Internet (por exemplo, o game
Tá Osso) e leve os estudantes a pensarem e analisarem a
matemática e os conhecimentos das outras áreas que estão por
trás do argumento e dos conceitos apresentados no capítulo.
Bom trabalho!
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 ECONOMIA | Manual do Professor

Comentário e resolução de questões

CAPÍTULO – 1
Economia: de Casa para o Mundo

Exercícios de aprendizagem

Questão 01
Comentário: Ciências Econômicas são as ciências que buscam explicar os conceitos e o modo de funcionamento da Economia.
Trata-se de uma ciência social aplicada, ou seja, envolve estudos tanto do campo de exatas quanto do campo das humanidades.
Economia é o conjunto de atividades desenvolvidas visando à produção, à distribuição e ao consumo de bens e serviços necessários
à sobrevivência e à qualidade de vida. Economia Capitalista é a organização das atividades econômicas por meio do mercado,
baseada na propriedade privada, e cuja grande maioria das transações é mediada pelo dinheiro. A Ciência Econômica é uma
ciência social que estuda o funcionamento da Economia Capitalista sob o pressuposto do comportamento racional do indivíduo
econômico, ou seja, da busca da alocação eficiente dos recursos escassos entre inúmeros fins alternativos. Nesse sentido,
a Ciência Econômica visa compreender como a Economia resolve os três problemas econômicos básicos: 1) O que e quanto produzir?
2) Como produzir? 3) Para quem produzir? Ou seja, é o estudo da eficiência e da equidade. Contudo, no mundo contemporâneo,
a sustentabilidade da produção para as gerações futuras se impõe como um quarto problema econômico básico, exigindo que se
repense o crescimento econômico e o próprio sentido coletivo do consumo em permanente expansão sem propiciar um verdadeiro
bem-estar às sociedades humanas. Adicionalmente, não se pode desprezar o fato de que a Ciência Econômica é multidisciplinar, na
medida em que estuda a produção e o consumo da imensa variedade de bens e serviços existentes, os quais envolvem concepções
e determinantes inerentes a outras áreas, como agronomia, engenharia, trabalho, educação, saúde, nutrição, política, entre
tantas outras. A Ciência Econômica possui diversas correntes e divisões. Do ponto de vista da corrente neoclássica, a Economia
é estudada em dois níveis: a Microeconomia e a Macroeconomia.
O QUE é Economia? In: FEA USP. Disponível em: https://www.fea.usp.br/economia/graduacao/o-que-e-economia.
Acesso em: 17 abr. 2021. [Fragmento]

Questão 02
Comentário: Segundo Smith, o indivíduo, buscando o seu próprio interesse (hedonista) e por meio das forças de mercado de
oferta e demanda, chegará a um ponto de equilíbrio. Esse ponto se dá quando a quantidade ofertada se iguala à quantidade
demandada, o que seria alcançado pelo mecanismo do preço. Dessa forma, o preço seria o regulador de mercado. Na ótica dos
produtores, quando existem poucos ofertantes de um determinado bem ou serviço, o valor deste é alto. Sabendo desse ganho
elevado, vários outros começarão a produzir esse bem ou a realizar esse serviço, aumentando a oferta do produto em um
determinado espaço geográfico. Com o aumento da oferta do produto, o preço cairá. No lado da demanda, ocorre o contrário:
quanto maior a demanda pelo bem ou serviço, maior será o preço com que serão ofertados no mercado, uma vez que o empresário
escolhe por maximizar, sempre, o lucro.

Questão 03
Comentário: Há várias possibilidades de resposta. Esse exercício foi elaborado para ampliar a pesquisa e o domínio sobre outras
correntes teóricas que advêm da Ciência Econômica. Assim, deve-se observar o poder de síntese e de comparação entre dois
tipos de teorias econômicas e, ao mesmo tempo, gerar curiosidade pelo conhecimento. Independentemente das preferências
pelas teorias mais liberais ou pelas mais distributivas, é preciso destacar que o cientista econômico deve sempre saber a fundo
as possíveis teorias e o momento certo de utilizá-las, conforme o contexto que se está analisando. É importante atentar-se para
os noticiários, observando, nas reportagens e notícias, os temas ligados à Economia.

Questão 04
Comentário:

Autor Teoria Principais características

De acordo com o pensamento Malthusiano, a população cresceria muito rapidamente e em progressão

Thomas
Malthusiana geométrica (1, 2, 4, 8, 16...), enquanto a produção de alimentos, por sua vez, teria um crescimento
Malthus
lento e em progressão aritmética (1, 2, 3, 4, 5...).

Bernoulli Sistema de Ensino 17

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 ECONOMIA | Manual do Professor

Autor Teoria Principais características

• Estado como o provedor de uma vida digna aos cidadãos;

• oposição aos ideais liberais e neoliberais;
• investimento de capital por parte do governo;
Jonh • protecionismo (proteger o mercado interno da concorrência externa) e equilíbrio econômico;
Maynard Keynesianismo • redução das taxas de juros;
Keynes • equilíbrio entre a demanda e a produção;
• Estado deve intervir na economia;
• garantia de pleno emprego;
• benefícios sociais.

Defendia:
Friedrich • ausência de intervenção do Estado;
August • o preço é uma variável do ajuste econômico;
Liberalismo
von • o indivíduo é capaz de tomar a melhor decisão econômica;
Hayek • nenhum agente econômico tem todas as informações;
• livre mercado.

Questão 05
Comentário: Nessa questão, é importante observar as diferenças entre os setores e suas importâncias no contexto econômico.
O setor industrial apresenta maior valor agregado, o que significa que consegue agregar mais valor em seus produtos devido ao
ganho de escala e à produtividade alcançada pelas máquinas e equipamentos. Por consequência, oferece os maiores salários.
Nos demais setores, em geral, os salários são próximos ao nível necessário para subsistência e os valores adicionados aos produtos
e serviços são bem menores do que na indústria. Vale notar que, embora o setor secundário seja propulsor para o crescimento
econômico e para o desenvolvimento de uma nação, os demais setores têm a sua importância, principalmente pela quantidade
de mão de obra absorvida por eles.

Questão 06
Comentário: Crise é o momento em que há problemas no funcionamento das atividades de produção, distribuição e consumo de
bens e serviços necessários à sobrevivência e à qualidade da vida humana que causam impactos negativos nos preços ou na taxa
de emprego de uma economia. A crise pode ser gerada por problemas na oferta ou na demanda, mas o seu impacto perpassa
os dois lados. A crise sempre é gerada por um excesso de oferta ou demanda, a qual se descola da estrutura produtiva. Por
exemplo, de acordo com a corrente keynesiana, em um contexto de crise, como as famílias estão sem renda devido ao desemprego
elevado, o consumo cai. Por sua vez, o investimento também não será estimulado, devido à queda da demanda por produtos.

Questão 07
Comentário: Os planos implementados antes do Plano Real, que controlou a hiperinflação no Brasil, foram: Plano Cruzado,
Plano Cruzado II, Plano Bresser, Plano Verão, Plano Collor e Plano Collor II. O Plano Real conseguiu controlar a hiperinflação
por meio das seguintes medidas: corte de despesas e aumento de 5,5% em todos os impostos federais; desindexação
da economia; ajustes de preços anualizados, sem congelamento; redução de impostos de importação e abertura da
economia; privatizações.
Links sobre os planos econômicos:
• Plano Cruzado I e II: http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-tematico/plano-cruzado
• Plano Bresser: http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-tematico/plano-bresser
• Plano Verão: http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-tematico/plano-verao
• Plano Collor I e II: http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-tematico/plano-collor
• Plano Real: http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-tematico/plano-real

Questão 08
Comentário: Para responder a essa pergunta, é importante refletir sobre a realidade do emprego e a capacitação dos trabalhadores
na economia em que se avalia essa afirmação. A maioria dos métodos de produção importados dos países desenvolvidos são
poupadores de mão de obra. Nesse caso, as máquinas e equipamentos reduzem a quantidade de mão de obra necessária na
linha de produção. Quanto maior for a proporção de máquinas modernas, menor será a quantidade de mão de obra. Outro
ponto relevante é que as máquinas conseguem trabalhar por horas, incansavelmente, podendo ser operadas por trabalhadores
que se revezam em turnos. Pode-se pensar nas multinacionais como um exemplo desse processo de globalização da economia.
As tecnologias e o desenvolvimento de produtos são externos, portanto os lucros são entregues à matriz. Enquanto isso, o país
em desenvolvimento onde se instalou a filial se beneficia apenas dos empregos gerados. Adicionalmente, oferecem mão de obra
com salários baixos, por terem moeda mais “fraca” em comparação aos países sede (desenvolvidos) e apresentarem baixo nível
de escolaridade, que reduz ainda mais o valor da mão de obra. A desigualdade entre esses países auxilia na dominância das
economias desenvolvidas, as quais oferecem bens e serviços com maior valor adicionado e maior tecnologia.

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 ECONOMIA | Manual do Professor

Questão 09
Comentário: O órgão que regula o mercado financeiro brasileiro é o Sistema Financeiro Nacional (SFN). Os órgãos reguladores
do mercado financeiro e suas atribuições foram apresentados no texto. Esse exercício trabalha com identificação de informações
no texto e construção coesa de resposta.

Questão 10
Comentário:

Crise Características Exemplo(s)

Na crise de produção, há um descompasso entre oferta e demanda. Afeta diretamente A Grande Depressão e a
De produção
os empregos, salários e preços, ocorrendo no chamado lado real da economia. Crise do Petróleo.

Na crise financeira, há um descompasso entre a disponibilidade de ativos financeiros e

Crise das Tulipas, na
Financeira a rentabilidade que o mercado espera obter com eles. Os valores das empresas listadas
Holanda, e Crise de 2008.
em bolsa e a confiança dos investidores no mercado são afetados diretamente.

Questão 11
Comentário: Não, é uma crise única em muitos aspectos. A crise gerada pela covid-19 é, antes de tudo, uma crise sanitária.
Logo, para analisá-la, é impossível usar apenas o conhecimento econômico, pois também é necessário avaliar as condições
sanitárias e médico-hospitalares que viraram rotina nas análises dos governantes, empresários e cidadãos comuns. Por ser uma
doença que se transmite facilmente pelo ar, mesmo quando não se apresentam sintomas, muitas atividades foram reduzidas ou
descontinuadas, impedindo diversos setores de funcionar plenamente e obrigando serviços e atividades a migrarem para os modos
online e de entrega. O setor mais afetado foi o de serviços, inclusive o mercado informal, levando muitas famílias à fome e à
miséria em diversos países. Também os setores da indústria e de alimentos foram afetados em diferentes momentos da pandemia.
Além disso, a necessidade de isolamento e a redução da renda das famílias levaram à queda da demanda em alguns setores.
Em outras palavras, a pandemia de covid-19 se mostrou um impeditivo dos movimentos de mercado e de produção, afetando,
ao mesmo tempo, a demanda e a oferta de diversos produtos, além de expor muitas famílias a vulnerabilidades econômicas e
alimentares e empresas a diversas fragilidades.

Questão 12
Comentário: Não. A doença se espalhou de maneira diferente entre os países, conforme as orientações e o suporte de cada governo
ao isolamento social; os costumes de higiene e de adesão ao isolamento; o acesso ao saneamento básico; e as características
etárias e de comorbidade das populações. Dado isso, a crise sanitária teve caráter de pandemia, ou seja, ocorreu em todo o globo,
mas acarretou diferentes efeitos econômicos em cada país de acordo com a ação de cada governo nas decisões de paralisação
de atividades, no suporte aos trabalhadores impedidos de exercer suas funções e no apoio às empresas paralisadas ou com
demanda reduzida, que ocasionaram queda de renda e desaceleração das atividades econômicas.

Desafio

Questão 01 – Letra C
Comentário: O desafio da questão consiste em pesquisar um pouco a história econômica do Brasil.
0. Falsa. A perda de dinamismo é reflexo da crise internacional e da diminuição das exportações de café.
1. Falsa. A maior parte da literatura não considera a estratégia adotada por Vargas como deliberadamente de substituição de
importações; esta acabou ocorrendo como uma consequência não intencional da política de enfrentamento da crise.
2. Verdadeira. Essa afirmação é praticamente o inverso da anterior, destacando-se o efeito involuntário da política econômica
que, segundo muitos autores, visava conseguir recursos externos para fazer frente aos compromissos financeiros do país.
3. Falsa. Efetivamente, foi levantada a questão do financiamento da política com base em impostos, mas isso não rechaça a
tese de Furtado, pois o montante de impostos não foi suficiente para fazer frente a toda a política fiscal. Além disso, alega-se
que parte desses impostos foi obtida por renda externa, dada a inelasticidade do preço da demanda internacional de café.
4. Verdadeira. Essa afirmativa merece alguma discussão, pois houve certa diversificação da estrutura produtiva no período, mas
foi pequena, e o setor de bens intermediários não tinha a mesma dimensão do setor de bens de consumo.

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 ECONOMIA | Manual do Professor
Exercícios propostos
Questão 01 – Letra B
Comentário: Na fábula da formiga e da cigarra, Esopo trata de
dois princípios importantíssimos para um bom funcionamento
da economia, principalmente para a longevidade dos agentes
econômicos. O primeiro é o trabalho como via de ganho de
recursos para a cobertura de seus gastos correntes. O segundo
é a poupança, que consiste no resguardo de parte do ganho com
o trabalho para cobrir gastos eventuais em caso de aumento
dos gastos correntes, mesmo que brevemente, ou até a perda
da fonte de ganho. No caso da fábula, a formiga recolhe a
comida no período de fartura enquanto se alimenta e guarda
certa quantia para que, quando o período de escassez chegue,
ela tenha o que comer.
Questão 02 – Letra B
Comentário: O Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA) é o medidor oficial da inflação no Brasil, por
verificar a variação de preços da cesta de produtos e dos
serviços consumidos pela população com base no custo de
vida médio de famílias com renda mensal de 1 a 40 salários
mínimos, segundo o IBGE. O resultado mostra se os preços
aumentaram (inflação) ou diminuíram (deflação) de um mês
para o outro.
Questão 03 – Letra A
Comentário: Segundo o site do IBGE, inflação é o nome dado
ao aumento dos preços de produtos e serviços. Ela é calculada
pelos índices de preços, comumente chamados de índices de
inflação, o INPC e o IPCA, sendo o último o mais utilizado, por
verificar a variação do custo de vida médio de famílias de uma
parcela mais ampla da população.
Questão 04 – Letra E
Comentário: Com a união entre as Bolsas de Valores
(Bovespa) e de Mercados e Futuros de São Paulo, formou-se
a BM&FBovespa. Até 2017, as duas maiores instituições do
mercado de capitais brasileiro eram a BM&FBovespa e a Central
de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos (Cetip). Em
22 de março daquele ano, a junção das duas gerou a Brasil,
Bolsa, Balcão, a B3, conquistando a quinta posição entre as
maiores bolsas do mundo em valor de mercado.
Questão 05 – Letra A
Comentário: O IPCA é considerado o índice oficial para a
medição da inflação no país, e analisa as variações dos preços
de mercado de modo amplo, ou seja, abrangendo grande parte
da população brasileira.
Questão 06 – Letra D
Comentário: A queda do IPCA não necessariamente significa
uma redução dos preços, mas uma queda do nível de aumento
dos preços. Uma deflação, por sua vez, indicada por índices
negativos no IPCA, evidencia uma queda nos preços do mercado,
demonstrando, assim, o barateamento geral dos produtos.
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Questão 07 – Letra D
Comentário: Após a Crise de 1929, o New Deal foi implantado
pelo presidente Franklin Delano Roosevelt como um plano de
maior atuação do Estado em resposta aos impactos negativos
da crise. Os empréstimos oferecidos pelo governo ao sistema
financeiro e as diversas obras públicas foram usadas para tentar
reanimar a economia e diminuir a taxa de desemprego (que
chegou a quase setuplicar-se), alternando entre momentos de
recessão e de respiros.
Questão 08 – Letra E
Comentário: A noção de preço justo defendida pelos populares
confrontava a ideia liberal de livre mercado. Esta baseava-se
nas leis de oferta e demanda e, em um momento de alta
demanda por um determinado bem – no caso, alimentos –
em que a oferta não consegue consumir esse excedente,
o equilíbrio seria atingido com o aumento dos preços de
modo a reduzir a demanda até o nível da oferta. A questão é
que os alimentos são itens básicos de primeira necessidade.
O aumento dos preços simplesmente tirava a oportunidade dos
mais pobres de possuírem tal bem necessário à sobrevivência.
Desse modo, os grupos populares defendiam a redução dos
preços para que essa parcela da população conseguisse ter
acesso a esses bens.
Questão 09 – Letra B
Comentário: A escolha de toda a população em simplesmente
poupar afeta diretamente no equilíbrio de mercado, gerando
uma queda brusca na demanda. Logo, para retomar o
equilíbrio, haveria uma queda também brusca na oferta e,
consequentemente, na produção, de modo a gerar prejuízos
para as empresas e aumento na taxa de desemprego, enquanto
a moeda guardada pelo povo futurolandino vai gradativamente
perdendo seu poder de compra.
Questão 10 – Letra C
Comentário: No momento em que investidores pensam em
depositar sua confiança em um país ou até quando empresas
analisam a criação ou a expansão de uma planta produtiva,
são postas em xeque as condições em que aquele país se situa.
Crises econômicas ou políticas geram níveis de instabilidade
cruciais para a tomada de decisão desses agentes, de modo que
eles preferem não investir seu capital. Assim, a opção pela não
expansão da força produtora daquele país impacta diretamente
no PIB, gerando um processo de estagnação ou de recessão.
Questão 11 – Letra E
Comentário: O salto do volume de exportação de
manufaturados, salvo os momentos de crise, como a queda em
meados de 2010, é um indício da força do mercado globalizado
e modernizado. O pós-guerra foi marcado por um movimento
maior de integração entre os países, principalmente no âmbito
comercial. Os avanços tecnológicos ajudaram não somente no
processo de produção, mas também no de comercialização,
facilitando e barateando os negócios a longas distâncias,
atingindo os países periféricos. Grande parte dos acordos
comerciais que aqueceram o mercado internacional e que
podem ser notados até hoje foi assinada entre as décadas de
1980 e 1990.
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Questão 12 – Letra E
Comentário: O transporte ferroviário, por sua praticidade
em transportar grandes volumes de cargas e pessoas em
longas distâncias, ganhou forças e se desenvolveu durante o
período de industrialização da Europa. Nota-se uma grande
diferença entre a Grã-Bretanha e os demais países até 1830,
por se tratar do precursor da Revolução Industrial. Com a
chegada da segunda fase dessa industrialização, em meados do
século XIX, caracterizada por sua expansão pelo continente,
nota-se um avanço gigantesco da utilização desse meio de
transporte pelos demais países de modo difuso e integrado.
Questão 13 – Letra C
Comentário: O trecho da obra Utopia trata do cenário
que moldava a Grã-Bretanha para a Revolução Industrial.
As Leis de Cercamento serviram como um rompimento do
novo modelo com a antiga relação dos indivíduos com a
terra. Os lotes comunais, onde havia o compartilhamento do
espaço entre os camponeses para o plantio e para a criação,
foram gradativamente cercados e privatizados para a criação
de carneiros, que eram a fonte de matéria-prima (lã) para
abastecer a produção têxtil em expansão. Desse modo,
os camponeses foram forçados a mudar seu estilo de vida,
perdendo seu meio de subsistência e, consequentemente, suas
casas. Grande parte dessa população teve que migrar para as
regiões próximas das produções fabris em busca de emprego.
Questão 14 – Letra A
Comentário: O Brasil da primeira metade do século XX tinha
como base da economia o café produzido em São Paulo. Além
disso, sua capital era o Rio de Janeiro, portanto os poderes
econômico e político estavam concentrados em uma só região,
o Sudeste. Em segundo plano, a pecuária sulista mostrava
também suas forças. Nesse contexto, Getúlio Vargas (um gaúcho)
torna-se presidente logo após a Crise de 1929 e no florescer da
Segunda Guerra Mundial, com o mercado de café enfraquecido
e com a necessidade de produzir internamente bens que antes
eram importados de países que, naquele momento, estavam em
guerra. Assim, o processo de industrialização brasileira foi se
desenvolvendo por essas duas regiões, onde havia poder político,
infraestrutura, mão de obra e capital privado.
Questão 15 – Letra D
Comentário: O Uruguai é um país subdesenvolvido
agroexportador de produtos agrícolas, ou seja, sua malha
ferroviária foi projetada voltada para suas fronteiras,
principalmente em direção ao oceano, para que houvesse melhor
escoamento de suas exportações. Já a Alemanha, que já havia
passado pela onda da Segunda Revolução Industrial, possuía um
porte mais robusto e tecnológico de produção, não só havendo o
escoamento para os países vizinhos, mas voltando-se também
para o abastecimento do mercado consumidor interno.
Questão 16 – Letra C
Comentário: Crusoé, adquirindo a rede, ou seja, um bem de
“produção”, tem a possibilidade de utilizá-la para o aumento
de riqueza, nesse caso, para a obtenção de mais peixes do
que conseguia antes, gerando, assim, um acúmulo de capital.
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ECONOMIA | Manual do Professor
Questão 17 – Letra D
Comentário: Profissionalmente é importante possuir uma clara
noção da evolução acelerada que o mundo e, consequentemente,
o mercado de trabalho vivem. Além disso, o autoconhecimento
é peça fundamental para que seja possível ao profissional,
em qualquer contexto, dar o melhor de si tanto em termos
práticos quanto em termos comportamentais, apresentando
versatilidade na execução de tarefas e integralidade em relação
aos valores da empresa e para com os colegas de trabalho.
Questão 18 – Letra B
Comentário: O Mercosul é um processo de integração
regional inicialmente instituído em 26 de março de 1991, com
a assinatura do Tratado de Assunção por Brasil, Argentina,
Paraguai e Uruguai, ao qual a Venezuela e a Bolívia aderiram em
fases posteriores (esta última ainda em processo de adesão).
O processo de adesão da Venezuela ao Mercosul foi concluído
por meio da Decisão CMC 27/12, que concedeu a esse país
a condição de Estado Parte, desde 12 de agosto de 2012,
e o direito de participar plenamente no Mercosul. A República
Bolivariana da Venezuela está suspensa de todos os direitos
e obrigações inerentes à sua condição de Estado Parte do
Mercosul, de acordo com o disposto no parágrafo segundo do
artigo 5º do Protocolo de Ushuaia. O livre-comércio intrazona
foi implementado por meio do programa de desgravação
tarifária previsto pelo Tratado de Assunção, que reduziu a zero
a alíquota do imposto de importação para o universo de bens,
salvo açúcar e automóveis.
Para mais informações, acesse https://www.gov.br/mre/pt-br/
assuntos/mercosul/saiba-mais-sobre-o-mercosul/saiba-mais-
sobre-o-mercosul.
Questão 19 – Letra A
Comentário: Diferentemente do G20 Financeiro, que possui a
pauta da economia global e a presença de países desenvolvidos,
o G20 em questão possui somente a presença de países em
desenvolvimento e possui como tema principal a agricultura.
Um de seus objetivos é a eliminação de práticas que distorcem
o comércio e a produção agrícola e a busca de aumento
substancial de acesso a mercados.
CAPÍTULO – 2
Macroeconomia e Microeconomia
Exercícios de aprendizagem
Questão 01 – Letra B
Comentário: O Produto Interno Bruto (PIB) representa a soma
de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada
região, durante um período determinado, medido em valores
de mercado (moeda).
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 ECONOMIA | Manual do Professor
Questão 02 – Letra B
Comentário: O PIB nominal de cada ano é:
2019 → 540 . 1,50 + 600 . 2 + 300 . 20 = 8 010
2020 → 500 . 2 + 700 . 2,50 + 400 . 25 = 12 750
2021 → 650 . 1 + 650 . 2 + 500 . 30 = 16 950
Considerando 2019 como o ano-base, o PIB real é:
2020 → 500 . 1,50 + 700 . 2 + 400 . 20 = 10 150
2021 → 650 . 1,50 + 650 . 2 + 500 . 20 = 12 275
O deflator do PIB de 2020 é (12 750 : 8 010) . 100 = 159,18
O deflator do PIB de 2021 é (16 950 : 12 750) . 100 = 132,94
Nota-se que o papel é inteiramente considerado produto
intermediário, conforme as informações do enunciado. Portanto,
as afirmações são V, F, V, F.
Questão 03 – Letra C
Comentário: As alternativas A e D, sobre balança comercial,
estão corretas. A alternativa B, corretamente, afirma que a
apreciação da taxa de câmbio é um fortalecimento da moeda
nacional. Isso porque a apreciação da moeda doméstica frente
ao dólar indica que, para comprar 1 dólar, é preciso um valor
menor da moeda nacional que o necessário no período de
referência. A depreciação é o caso inverso, são necessárias
mais moedas domésticas para trocar em 1 dólar, de forma que
a depreciação da taxa de câmbio implica uma redução do valor
da moeda nacional e, portanto, a alternativa C está incorreta.
Questão 04 – Letra D
Comentário: O PNB se diferencia do PIB por incluir a renda
que os cidadãos do país recebem fora do país e por excluir a
renda que os estrangeiros ganham dentro desse mesmo país.
O PNB engloba toda a renda gerada pelos cidadãos, residentes
ou não, do país de referência.
Questão 05 – Letra A
C o m e n t á r i o : C o m o s e a f i r m a n a a l t e r n a t i va A , é
correto dizer que a poupança nacional (S) é igual ao
investimento agregado (I), pois, independentemente do
modelo utilizado para avaliar a poupança, tem-se que
S = I. Justificativa das alternativas incorretas:
B. A poupança pública é a receita pública (T) menos os gastos
do governo (G), sendo Sg = T – G.
C. A poupança privada é a renda que sobra depois do desconto
do tributo e do consumo, somada, caso haja, à transferência
do governo, de maneira que Sp = Y – T – C + R.
D. Se os gastos do governo são menores que a tributação,
T > G, então existe um superavit fiscal.
Questão 06 – Letra B
Comentário: Como mostra o gráfico, no ponto B há
uma redução da demanda agregada para o nível Y1, mas
os preços não são alterados, permanecendo no nível P.
O aumento da taxa de juros inibe o consumo e o investimento,
que ficam mais custosos, de maneira que a economia se
desacelera e evita-se que os preços subam (inflação).
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Desse modo, há uma redução da demanda agregada, como
no gráfico apresentado, ao mesmo tempo que se controla a
elevação de preços (inflação). Isso demonstra que a alternativa B
é a correta.
Segue análise das alternativas incorretas:
A. Com a redução do Imposto de Renda, a renda privada
disponível será maior, gerando um aumento do consumo,
que faz com que a demanda agregada se expanda e a
curva vá para a direita. Porém, o aumento do consumo
pode gerar a elevação dos preços, uma vez que haverá
maior demanda devido ao aumento de renda. Como há
um aumento de renda, o empresário buscará o maior lucro
possível, compensando esse valor nos preços. Dessa forma,
o preço também vai se alterar para cima; o que não é o
caso dessa atividade.
C. O aumento do investimento do governo causa uma
expansão da demanda, deslocando a curva para a direita e
gerando um aumento da renda nacional. No caso ilustrado,
por sua vez, houve uma redução da renda nacional.
D. A desvalorização da moeda possibilita um aumento
da demanda pelas exportações, levando a curva da
demanda agregada mais para a direita. Porém, o efeito de
depreciação, em que a moeda doméstica se desvaloriza
com relação à moeda externa, gera uma redução dos
lucros. Nesse caso, o empresário vai repassar essa perda
para os consumidores, elevando os preços dos produtos da
economia (inflação), o que não ocorre nesse caso.
Questão 07 – Letra D
Comentário: O dólar está depreciado em relação ao euro.
Ou seja, nessa situação, o euro vale mais que o dólar. Dessa
forma, para garantir uma compra na Europa ou mesmo a troca do
dólar para o euro, é necessária uma quantidade maior de dólar.
Questão 08
Comentário: Inicialmente, ocorrerá uma variação positiva
na renda agregada e o aumento da demanda ocasionará uma
pressão inflacionária na economia. A inflação, nesse caso,
ocorre quando a demanda é maior em comparação à oferta
agregada de bens e serviços, fazendo com que os produtores
aumentem as suas margens de lucro, gerando um aumento de
preços. Para que o mercado de ativos fique em equilíbrio, há,
então, uma elevação da taxa de juros para compensar esse
aumento da renda, evitando que ocorra inflação na economia
e reduzindo a quantidade de moeda em circulação. Esses
movimentos estão ilustrados a seguir:
r
LM1
r2 2
r1 1
IS2
IS1
Y1 Y2 Y
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 ECONOMIA | Manual do Professor

Questão 09 – Letra C P Oferta

Comentário: A política contracionista fiscal, por exemplo, com
o aumento da tributação, reduzirá a renda disponível (Yd),
impactando diretamente no consumo e, consequentemente,
causando uma retração da demanda e da renda agregada da
economia. Adicionalmente, uma vez que os agentes querem
aumentar a sua liquidez e corrigir a queda da renda, a queda
de juros cai com a venda dos títulos, demandando mais moeda
na economia. Esses dois movimentos deslocam a economia do
ponto 1 para o ponto 2. Com a política monetária expansionista, Y
o Banco Central atua com uma política coordenada para ofertar
mais moedas na economia, com o intuito de deixar a renda Questão 12
estável. A queda da taxa de juros e o aumento da oferta
Comentário:
monetária induzem uma reação da renda, que retorna ao ponto
A. No equilíbrio, as duas curvas se cruzam. Logo:
inicial (Y1). Dessa forma, a taxa de juros reduz para estimular
2 000 + 50p = 10 000 – 100P ⇒
os investimentos privados e a renda fica inalterada, de forma
que a economia chega ao equilíbrio no ponto 3. 150P = 8 000
P = 53,333... ⇒
Questão 10 P ≅ 53,33
Comentário: A política monetária expansionista desloca a LM Sendo assim, no equilíbrio, QO = QD:
para a direita, aumentando a oferta de moeda. O efeito sobre a QO = 2 000 + 50 . 53,33 ⇒ QO = 2 667
taxa de juros estimula a quantidade de moeda para transação
QD = 10 000 – 100 . 53,33 ⇒ QD = 4 667
e investimento, gerando aumento da renda agregada. Para que
B. Caso o preço seja fixo de R$ 40,00, tem-se:
não haja a inflação, aumento nos preços, devido à quantidade
QO = 2 000 + 50 . 40 = 0
de moeda a mais no mercado, o governo realiza uma política
fiscal expansionista. Esse movimento do governo sinaliza QD = 10 000 – 100 . 40 = 6 000

ao empresário que haverá aumento da demanda doméstica
para os seus produtos. Assim, mais renda agregada é gerada
na economia, e a taxa de juros alcança o seu valor inicial.
Os efeitos sobre os títulos, no primeiro momento, são de
redução da demanda ou mesmo aumento da oferta de títulos
no mercado, diminuindo o seu preço, em relação à queda do
seu rendimento (atrelado à taxa de juros). Então, a demanda de
títulos começa a subir devido ao seu aumento de rendimento,
chegando ao patamar anterior. Este modelo nos mostra que
A esse preço, os produtores não vão ofertar nenhuma
quantidade do bem no mercado. Por outro lado, os
compradores vão demandar uma quantidade maior que
a quantidade do equilíbrio. Logo, haverá um excesso de
demanda de 6 000 – 0 = 6 000 unidades.
Questão 13 – Letra C
Comentário: A única alternativa incorreta é a C, uma vez que
o oligopólio é formado por um grupo pequeno de empresas,

haverá um aumento considerável da renda da economia sem, as quais impactam a formação dos preços devido ao seu poder
de mercado.
necessariamente, afetar negativamente a taxa de juros real.
LM1
r
Questão 14 – V F V V
LM2
Comentário:

A 1. Verdadeira. Calculando a Elasticidade-preço da demanda

r3, r1 C
B em 2019, tem-se:
r2 580  400
D 400 180 130
E =  EDP = .  EDP =  1, 4625
IS2
P
90  130 400  40
IS1 130

Y1 Y2 Y3 Y |–1,4625| > 1, elástica.

2. Falsa. Calculando a Elasticidade-preço da demanda em

Questão 11 – Letra D 2020, tem-se:
Comentário: Há deslocamento da curva de oferta somente 770  580
580 190 90
quando há efeito em alguma variável exógena (que não sejam EDP =  EDP = .  EDP  1, 18
o preço e a quantidade ofertada). Para o ofertante, quanto
65  90 580  25
90
maior o valor do preço do produto, maior a quantidade que
ele desejará ofertar para aumentar (maximizar) o seu lucro. |–1,18| > 1, elástica.

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 ECONOMIA | Manual do Professor

3. Verdadeira. Calculando a Elasticidade-preço da oferta em D. Com o avanço tecnológico de aumento da produção em

2020, tem-se: 975, a curva da oferta será:
320  400 QO = 2 243 + 183P + 975 = 3 218 + 183P
O 400 80 130
EP =  EPO = .  EPO  0,65 Logo, no equilíbrio, tem-se:
90  130 400  40
130 3 218 + 183P = 4 193 – 207P ⇒

|0,65| < 1, inelástica. 390P = 975 ⇒

4. Verdadeira. Calculando a Elasticidade-renda da demanda P = 2,5

em 2020 para avaliar o tipo de bem, tem-se: Assim, QO = QD = 3 675,5 ≅ 3 676.
770  580 E.
580 190 3 300
EDY   EDY  .  EDY  3,6 3 676  3 158
3 600  3 300 580 300
3 300 O
E  3 158  0, 32
P
2, 5  5
A elasticidade muito maior que 1 configura um bem de luxo. 5

Questão 15
Desafio
Comentário: É interessante perceber que, quando há
um preço menor que o de equilíbrio, há um excesso de Questão 01
demanda e, o caso contrário, quando o preço está maior
Comentário: Uma política contracionista fiscal consiste em um
que o preço de equilíbrio, há um excesso de oferta.
aumento da tributação que, reduzindo a renda disponível Yd,
Isso acontece devido ao fato de os compradores adquirirem
o que impacta diretamente no consumo, leva a uma retração
uma maior quantidade de bens ou mesmo passarem a ter a
da demanda. Reduzindo-se a renda agregada da economia,
possibilidade de compra quando o produto reduz de preço, ou
a taxa de juros cai, uma vez que os agentes, querendo
seja, fica mais acessível. O caso do excesso de oferta, por sua
aumentar a sua liquidez e corrigir a queda da renda, passam
vez, ocorre porque o produtor quer aumentar os seus lucros,
a vender títulos, demandando mais moeda na economia.
dado que há um aumento dos preços e que serão ofertados
A economia passa, então, do ponto 1 para o ponto 2 no gráfico
mais produtos no mercado para aumentar a sua receita e,
a seguir.
consequentemente, os lucros.
LM2
r
A. No equilíbrio, tem-se o cruzamento das curvas de oferta e
LM1
demanda. Logo:

2 243 + 183P = 4 193 – 207P ⇒

3 1
390P = 1 950 ⇒ r1, r3

P=5 r2
2
E a quantidade de produto será QO = QD = 3 158.
IS1
P
QO = 2 243 + 183P IS2
Y3 Y2 Y1 Y
E
P* = 5
No problema apresentado, a autoridade monetária, reduzindo
também a oferta de moeda para que não fosse afetada a taxa
QD = 4 193 – 207P de juros real da economia, gera uma redução ainda maior
na renda agregada, originária da redução dos investimentos
privados. O efeito final será, então, o visto no ponto 3 do
Q* = 3 158 Q
gráfico, no qual os investimentos foram impactados de duas
B. Com P = 4, tem-se que: formas, a primeira com a redução da demanda, pelo aumento
da tributação, e a segunda pela estabilização da taxa de juros,
QO = 2 243 + 183 . 4 = 2 975
que retrai os investimentos.
QD = 4 193 – 207 . 4 = 3 365

Logo, o excesso de demanda será de 3 365 – 2 975 = 390. Questão 02

C. Com P = 7, tem-se que: Comentário: Diante das curvas apresentadas, o ponto de
QO = 2 243 + 183 . 7 = 3 524 equilíbrio é dado por:

QD = 4 193 – 207 . 7 = 2 744 19 – 5P = –5 + 11P ⇒ 16P = 24 ⇒

Logo, o excesso de oferta será de 3 524 – 2 744 = 780. P = 1,5

24 Bernoulli Sistema de Ensino

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A queda de 20% na demanda leva a uma demanda no
seguinte nível:
0,8 . (19 – 5P) = 15,2 – 4P
No novo ponto de equilíbrio, então, o preço será dado por:
15,2 – 4P = –5 + 11P ⇒ 15P = 20,2 ⇒ P ≅ 1,35
Análise percentual:
1, 35  1, 5
 10%
1, 5
Portanto, ocorrerá uma queda no preço de, aproximadamente,
10%.
Exercícios propostos
Questão 01 – Letra B
Comentário: Considerando o valor do euro como a base unitária
para o cálculo, a valorização do dólar é dada por (1 + 0,2 = 1,2)
e a desvalorização do iene é dada por (1 – 0,1 = 0,9).
A desvalorização percentual do iene frente ao dólar, então,
1, 2  0, 9
é de . 100  25%.
1, 2
Questão 02 – Letra C
Comentário: Uma correlação negativa ou inversa é evidenciada
quando as variáveis geram, uma na outra, efeitos opostos,
ou seja, o crescimento de uma gera a diminuição da outra.
Nesse caso, a queda nas importações resulta em uma menor
entrada de moeda estrangeira no Brasil (como base do comércio
mundial, o dólar). Com menor circulação de dólar no país, este
torna-se mais valorizado em relação à moeda nacional, de modo
que mais reais serão necessários para comprá-lo, resultando
em um aumento da taxa de câmbio.
Questão 03 – Letra A
Comentário: As políticas econômicas fiscais são praticadas
pelos governos de modo que a modificação de suas despesas
e receitas gere um equilíbrio em seu orçamento. Assim,
a elevação do seu investimento ou o aumento de seus gastos,
bem como os incentivos fiscais ou a redução de sua carga
tributária (receita) são exemplos de políticas econômicas fiscais.
As demais medidas são praticadas por autoridades monetárias
e interferem diretamente no valor da moeda nacional, sendo,
por essa razão, caracterizadas como políticas monetárias.
Questão 04 – Letra C
Comentário: O swap cambial praticado pelo Banco Central
consiste em uma operação de leilão de dólares como objetivo
de conter o aumento do preço da moeda estrangeira,
gerando redução da volatilidade da taxa de câmbio. Portanto,
a afirmativa 01 está incorreta. Ao aumentar o valor da
moeda, a elevação da taxa de juros gera uma diminuição do
capital em circulação e aumenta o rendimento de ativos de
renda fixa como a poupança, o que força uma redução no
consumo e, consequentemente, reduz a pressão inflacionária.
2023_ELEECO_VU_ECO_MP.indd 25
ECONOMIA | Manual do Professor
Desse modo, também pode-se pensar no cenário inverso como
o de um rendimento negativo da taxa básica de juros em que
os rendimentos acabam gerando perdas em vez de ganhos aos
credores, como os bancos. Portanto, as afirmativas 02, 08 e 16
estão corretas. Por fim, no modelo IS-LM um aumento da taxa
de juros afeta o lado monetário da economia, com implicações na
demanda de moeda, de modo que a afirmativa 32 está incorreta.
Logo, a soma das afirmativas corretas é: 02 + 08 + 16 = 26.
Questão 05 – Letra E
Comentário: Com a taxa de câmbio fixa, a moeda nacional
deve possuir sempre o mesmo valor de conversão em relação
às demais moedas do mundo. Então, qualquer alteração na
circulação ou no valor da moeda que poderia ser feita por meio
de políticas monetárias sofre a contrapartida da manutenção
das reservas cambiais do Banco Central, seja comprando,
seja vendendo moeda estrangeira para manter fixo o valor da
taxa e, assim, anulando os efeitos da política. A desvalorização
do câmbio ou o aumento da taxa de câmbio nominal causa um
enfraquecimento da moeda nacional, ou seja, necessita-se
de uma maior quantidade para a troca por uma moeda
estrangeira. Assim, com maior poder de compra, há maior
demanda por produtos oriundos daquele país, resultando em
um aumento de suas exportações. Por fim, o modelo Mundell-
-Fleming prevê que, quando há um aumento na oferta de moeda
nacional, há consequentemente uma queda na taxa de juros.
Esses dois eventos geram uma desvalorização da taxa de
câmbio e um incentivo à produção e ao consumo, o que resulta
em um aumento na exportação, ou seja, em uma capacidade
produtiva maior do país.
Logo, a soma das afirmativas corretas é: 01 + 08 + 32 = 41.
Questão 06 – Letra D
Comentário: Por se tratar de uma iniciativa local e restrita
a uma comunidade, além de possuir conversão ao real,
a moeda social mumbuca não gera instabilidade aos mercados
financeiros. Pelo contrário, ela gera estabilidade ao mercado
interno onde circula, pois incentiva a sua troca de modo que o
comércio e os meios de produção locais se beneficiem.
Questão 07 – Letra D
Comentário: A única alternativa que não apresenta o nome
de uma moeda é lakh, pois real é a moeda do Brasil; dólar,
entre vários países, é a dos Estados Unidos; libra esterlina é a
do Reino Unido; e rublo é a moeda da Rússia e da Bielorrússia.
Questão 08 – Letra B
Comentário: A dinâmica dos preços no mercado vai além do
valor estipulado na produção. Pode-se também considerar as
relações entre oferta e demanda que empurram o valor para
baixo em momentos de fartura de oferta e que encarecem o
produto em excessos de demanda. Além disso, também devem
ser levados em consideração alguns custos pós-produção,
principalmente no que se refere ao mercado internacional,
como os custos com transporte, armazenamento e tarifas
alfandegárias.
Bernoulli Sistema de Ensino 25
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 ECONOMIA | Manual do Professor
Questão 09 – Letra A
Comentário: Considerando a PEA de 60% da população,
a partir de 200 milhões de habitantes, tem-se:
0,6 . 200 000 000 = 120 000 000 de pessoas.
Logo, o número de desempregados em janeiro era de
0,1 . 120 000 000 = 12 000 000.
Por consequência, eram 108 000 000 empregados em janeiro.
Assim, o número de desempregados em fevereiro era de:
12 000 000 . (1 – 0,1) + 0,05 . 108 000 000 = 16 200 000
Portanto, a taxa de desemprego em fevereiro era de:
16 200 000
. 100 = 13, 5%
120 000 000
Questão 10 – Letra D
Comentário: As políticas monetárias, ou seja, aquelas
que não são praticadas pelo governo, mas pelos agentes
do sistema monetário, influenciam diretamente na oferta
de moeda e, consequentemente, no seu valor frente ao
mercado. Assim, o BACEN possui alguns mecanismos para tais
políticas, como a manutenção da porcentagem referente aos
depósitos compulsórios. Essas são obrigações que os bancos
comerciais e as demais instituições financeiras possuem,
que é a de enviar parte de suas captações ao Banco Central.
Com a redução desse percentual, um menor número de moedas
é retido pela reguladora. Outro meio de aumentar o dinheiro
circulante é a compra de títulos públicos existentes no mercado.
Assim, enquanto os títulos são recolhidos pelo BACEN, há a
injeção de moeda. Essas políticas monetárias são consideradas
expansionistas.
Questão 11 – Letra A
Comentário: Ao contrário das monetárias, as políticas fiscais
são iniciativas do governo, gerenciando as receitas e despesas,
a fim de garantir a estabilidade. Um exemplo disso é o aumento
de suas despesas como incentivo à produção e à geração
de emprego.
Como diminuição de suas receitas, pode-se considerar a
redução da alíquota do Imposto de Renda, de modo que a
população mantenha mais dinheiro consigo e aumente seu
poder de consumo e de investimento. Tais políticas fiscais são
consideradas expansionistas.
Questão 12 – Letra B
Comentário: Por ser emitida por um governo que mantém
todo um aparato regulatório para garantir seu valor, a moeda
fiduciária possui um controle totalmente concentrado nas
mãos de seu emissor. Por mais que haja anomalias geradas
pelo mercado, o governo apresenta condições suficientes para
controlá-las. Já as criptomoedas não possuem todo esse sistema.
Elas são diversas e possuem criadores e meios de negociação
diversos e, geralmente, possuem seu valor guiado por seus
níveis de escassez e confiabilidade e pela especulação de
mercado, já que não possuem lastro.
26 Bernoulli Sistema de Ensino
2023_ELEECO_VU_ECO_MP.indd 26
Questão 13 – Letra D
Comentário: Mesada da Bia: R$ 100,00; cinema: R$ 10,00;
hambúrguer: R$ 20,00.
I. 100 – (10 . 10 + 0 . 20) = 0, tem-se uma afirmativa
verdadeira.
II. 100 – (2 . 10 + 5 . 20) = 100 – 120 ≠ 0, tem-se uma
afirmativa falsa.
III. Situação inicial: 100 : 20 = 5 hambúrgueres.
Com o aumento: 150 : 25 = 6 hambúrgueres, tem-se uma
afirmativa verdadeira.
IV. Situação inicial: 100 : 10 = 10 vezes.
Situação dobrada: 200 : 20 = 10 vezes, tem-se uma
afirmativa falsa.
Questão 14 – F V V F
Comentário:
(F) Quanto maior o multiplicador e maior a elasticidade do
investimento em relação à taxa de juros, menor será a
inclinação da curva IS, que será mais horizontal. Isso
porque, se o investimento for muito sensível à taxa de juros,
uma pequena mudança na taxa já causará uma grande
mudança no investimento. Adicionalmente, quanto maior o
multiplicador, maior o efeito na renda diante de alterações
no investimento.
(V) Quanto menor a elasticidade da demanda por moeda em
relação à taxa de juros, apenas grandes alterações na taxa
levarão a alterações significativas de demanda por moeda,
de modo que a curva LM é mais inclinada (mais vertical).
(V) Quanto maior a Elasticidade-juro da demanda por moeda,
menor o impacto na taxa de juros gerado pela alteração
da oferta da moeda. E, quanto menor a Elasticidade-juro
da demanda por investimento, menor será a sensibilidade
do investimento às alterações na taxa de juros e, portanto,
na renda. Dessa forma, é reduzida a eficácia da política
monetária.
(F) Abaixo da curva LM, tem-se excesso de demanda de moeda,
uma vez que se trata de uma região de baixa taxa de juros
para determinado nível de renda. Apesar disso, de fato,
acima da curva IS, tem-se uma região de excesso de oferta
de bens. Pontos acima da IS caracterizam pontos de taxa
de juros elevada e, assim, baixo investimento para um dado
nível de produto, levando a um excesso de oferta de bens
e, num segundo momento, ao aumento dos estoques.
Questão 15 – Letra A
Comentário: Para o preço que equilibra oferta e demanda
QD = QO, em que P é o preço e Q é a quantidade. Então,
5 + 2P = 10 – 3P ⇒
5P = 5 ⇒
P=1
Preço de equilíbrio igual a 1.
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CAPÍTULO – 3
Tomada de Decisão
Exercícios de aprendizagem
Questão 01
Comentário: A principal diferença entre a fase Pré-Científica
e a fase Científica do pensamento econômico está no
processo de geração do conhecimento. Enquanto na fase
Pré-Científica os teóricos elaboravam seus pensamentos
econômicos sem levar em consideração a existência de uma
comunidade de pesquisadores sobre o tema, na fase Científica
da economia os pesquisadores dialogam entre si, buscando
desenvolver o conhecimento com base na contribuição de
outros teóricos.
Questão 02
Comentário:
A. O período histórico no qual se insere o desenvolvimento
da Teoria Keynesiana é o da Grande Depressão, iniciada
em 1929 e caracterizada por um período de crise de
superprodução em diversos países. Ao longo de toda a
década de 1930, verificaram-se altas taxas de desemprego
ao redor do mundo, com diversas nações reportando quedas
significativas no Produto Interno Bruto (PIB).
B. A pandemia provocada pela covid-19 se assemelha à
Grande Depressão em aspectos como o impacto em
diversos países (em diferentes níveis de intensidade) e a
geração de retração econômica em todo o globo. O Brasil,
por exemplo, reportou retração de 4,1% no PIB em 2020,
de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). O Fundo Monetário Internacional (FMI)
estima uma redução, em 2020, de 3% para a economia
mundial, a maior queda desde a Grande Depressão.
Questão 03
Comentário: Os níveis de produção possíveis, tendo em vista
as restrições dos fatores produtivos (capital e trabalho), são os
pontos A, B, C e D. O ponto D, contudo, não é considerado um
nível eficiente, tendo em vista que não utiliza toda a capacidade
produtiva, ou seja, há ociosidade.
Questão 04
Comentário: Os pontos eficientes são aqueles que estão em
cima da CPP, ou seja, os pontos A, B e C. No caso do ponto B,
em específico, a economia produziria apenas o bem 2 (100 mil
unidades). Nos pontos A e C, há um mix de produção entre
os bens 1 e 2. No ponto A, são produzidas 120 mil unidades
do bem 1 e 30 mil unidades do bem 2. No ponto C, o nível de
produção é de 70 mil para o bem 1 e de 60 mil para o bem 2.
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ECONOMIA | Manual do Professor
Questão 05
Comentário: O ponto E está fora da CPP e, portanto, representa
uma situação que demanda mais fatores produtivos (capital
e / ou trabalho). Para que essa economia hipotética atinja esse
patamar, seria necessário expandir os fatores produtivos (mais
capital, novas máquinas, mais trabalhadores disponíveis, etc.),
ou promover uma mudança de tecnologia.
Questão 06
Comentário: Conforme as informações da tabela:
12  11
11  1, 51
2, 65  2, 50
2, 50
Questão 07
Comentário: Os bens são complementares, tendo em vista o
resultado positivo obtido para a elasticidade-preço cruzada da
demanda. Como 1,51 > 0, o resultado indica que, ao aumentar
o preço de um produto (no caso, A), aumenta-se a demanda
pelo outro (no caso, B), e vice-versa.
Questão 08
Comentário: Sim. Para ambas as empresas, a melhor estratégia
é fazer a propaganda, independentemente da estratégia da
concorrente. Assim, o resultado esperado para o jogo será “10, 5”,
que se refere a um equilíbrio de estratégias dominantes.
Questão 09
Comentário: Um. No jogo apresentado existe apenas
um Equilíbrio de Nash, que se refere ao equilíbrio de duas
estratégias dominantes. Se A fizer propaganda, será melhor
para B também fazer propaganda (10, 5). Se A não fizer
propaganda, será melhor para B fazer propaganda (6, 8);
ou seja, em ambos os casos é melhor para B fazer propaganda.
O mesmo raciocínio é aplicável para a estratégia da empresa B.
Se B fizer propaganda, será melhor para A também fazer
propaganda (10, 5). Se B não fizer propaganda, será melhor
para A também não fazer propaganda (10, 2). Logo, o único
Equilíbrio de Nash possível é “10, 5”.
Questão 10
Comentário: Sim. O equilíbrio de estratégias dominantes do
jogo (10, 5) é um Ótimo de Pareto. Isso ocorre porque nesse
ponto de equilíbrio não é possível aumentar o ganho de uma
empresa sem reduzir o da outra.
Questão 11
Comentário: Não. No jogo modificado, a empresa A não tem
uma estratégia dominante. Se a empresa B escolher fazer
propaganda, será melhor para A também fazer. Porém, se a
empresa B não fizer propaganda, será melhor para empresa A
também não fazer. Já para a B existe uma estratégia dominante.
Será sempre melhor fazer propaganda, tendo em vista os
resultados possíveis.
Bernoulli Sistema de Ensino 27
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 ECONOMIA | Manual do Professor
Questão 12
Comentário: Mesmo com a modificação, o único Equilíbrio de
Nash no jogo é o resultado “10, 5” (que, nesse caso, não é um
equilíbrio de estratégias dominantes). O resultado “20, 2” não
é um Equilíbrio de Nash porque, se a empresa A escolher não
fazer a propaganda, será melhor para B fazer a propaganda.
Questão 13
Comentário: Sim. Mesmo com a modificação, o equilíbrio
encontrado em “10, 5” é um Ótimo de Pareto, uma vez que
não é possível melhorar o resultado de uma empresa sem
piorar o da outra.
Questão 14
Comentário: Podem ser citados três princípios:
1. As pessoas nem sempre possuem preferências estáveis,
calculam o custo-benefício ou refletem cuidadosamente
acerca das suas decisões.
2. As pessoas preferem o consumo imediato ao consumo
futuro.
3. As pessoas possuem preferências sociais e tomam decisões
econômicas com base nessas preferências.
As contextualizações dos princípios são muitas. Um exemplo
para o item 3 seria a possibilidade de doação financeira para
ajudar pessoas carentes. Nesse caso, o agente renuncia a um
benefício econômico em prol de uma preferência social.
Questão 15
Comentário: As heurísticas representam atalhos mentais
utilizados pelos indivíduos no processo de tomada de decisões.
Elas fazem parte do sistema representado pela intuição do
indivíduo (Sistema 1). Sempre que uma heurística é ativada,
aumenta a chance de um viés influenciar na tomada de decisão,
ocasionando um processo ineficiente.
Desafio
Questão 01
Comentário: I, II e III são explicações plausíveis, conforme
mostra a Teoria Comportamental.
I. Funções utilidade estão por trás da modelagem econômica
dos agentes racionais. Elas são construídas de forma a
refletir as preferências dos agentes econômicos – ou seja,
dadas duas alternativas, entre A e B, se o agente econômico
escolhe A em detrimento de B, então se atribui à função
utilidade um valor maior para o cenário de escolher A versus
o cenário de escolher B. Diz-se, assim, que um agente
econômico age de forma a “maximizar sua função utilidade”,
mas ele não precisa saber sua função utilidade, ela estaria
implícita nas escolhas dos agentes econômicos. Uma função
utilidade padrão é aquela que tipicamente modela um
agente racional – ela reflete vários princípios tidos como
racionais (por exemplo, se alguém prefere A a B, e prefere
B a C, então prefere A a C, etc.), e satisfaz vários princípios
econômicos, como o da utilidade marginal decrescente
(o conceito de que 100 reais a mais para alguém que já
tem 1 000 reais aumenta menos sua utilidade do que
100 reais a mais para alguém que só tem 50 reais).
28 Bernoulli Sistema de Ensino
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Um exemplo clássico é uma função logarítmica em cima do
patrimônio do agente, que poderia ser usada como modelo
para decisões em determinados cenários. Como Bárbara não
respeitou o princípio da racionalidade estrito, poderíamos
atribuir isso à ideia de que ela possui uma função utilidade
não padrão. É uma explicação plausível.
II. Aversão à perda (do inglês, loss aversion) é o nome que
se dá à tendência das pessoas a preferirem evitar perdas
do que obter ganhos equivalentes. Ou seja, é melhor não
perder cinco reais do que ganhar cinco reais. Alguns estudos
psicológicos sugerem que perdas são duas vezes mais
poderosas do que ganhos equivalentes, e esse conceito
é a base de algumas teorias comportamentais, como
a denominada Teoria do Prospecto (do inglês, Prospect
Theory). O conceito de “perda” é, também, subjetivo.
Na Teoria do Prospecto, ela depende do que o agente
considera o status quo, o ponto-zero definidor do que
é perda ou ganho. Outro conceito comportamental
relacionado é o de mental accounting, pois a forma com que
Bárbara lida com a compra do ticket pode estar em linha
com uma contabilidade mental: ela não sente que já gastou
o dinheiro, e sim que o dinheiro se tornou “reservado” para
ir ao show, e não indo, estaria perdendo esse dinheiro –
ao invés de trocá-lo por assistir ao show. Nesse sentido,
não ir ao show poderia ser psicologicamente equivalente
a uma perda, pois é nesse momento que Bárbara decide
se o dinheiro que foi reservado será perdido, ou usufruído.
E a perda é sentida mais do que o ganho de ir ao show,
pois ir é menos interessante – perdas são mais fortes,
e pessoas preferem não perder. Portanto, seria uma
explicação plausível.
III. O ponto dessa alternativa é que, talvez, o comportamento
de Bárbara seja, sim, racional, mas que o modelo simples
de racionalidade esteja equivocado, por só considerar
os valores gastos e o fato de ir ao show. Por exemplo:
se Bárbara marcou de ir com uma amiga, ela pode decidir ir,
pois, mesmo sem ter interesse no show, decepcionar uma
amiga teria o “custo implícito” de não ir. Da mesma forma,
ela pode estar preocupada com sua “reputação” perante
familiares e amigos, se houve um compromisso público
ou anúncio de seu compromisso de ir ao show. Existiria
também o “benefício” de talvez acreditar que, uma vez
lá, teria a chance de mudar de ideia, etc. Nenhum desses
itens é estritamente “não racional”, mas exemplifica que
um agente pode considerar outros itens em seu cálculo.
A explicação é, portanto, plausível.
IV. Irracionalidade é sempre uma justificativa para qualquer
coisa “não racional”, porém irracionalidade é uma palavra
muito forte – que denota impulsividade, emocionalidade ou
resistência teimosa a argumentos racionais. Irracionalidade
pode significar que “tudo é possível”, ou que o processo
decisório é aleatório ou caótico. Racionalidade, no sentido
econômico, denota coerência. Ela não afirma saber
o que as pessoas valorizariam, pois preferências são
subjetivas; porém, implica que as preferências precisam
ser coerentes entre si. Racionalidade em si não diz muito
mais do que isso sobre como as pessoas agem. As pessoas
reais não são meramente racionais, são “razoáveis”
(reasonable), pois possuem certas preferências que já
são esperadas. Em Economia, portanto, existe o conceito
de bounded rationality, ou “racionalidade limitada”,
principalmente no âmbito da Economia Comportamental.
08/09/2022 09:09:41

É um meio do caminho entre “perfeitamente racional” e
“irracional”, visto que as pessoas são “geralmente racionais,
dentro de seus limites”. A racionalidade, então, seria
limitada à dificuldade do problema, às limitações cognitivas
da mente e ao tempo disponível para a tomada de decisão.
Assim, um agente econômico não estaria preocupado em
maximizar algum tipo de desejo ou retorno, e sim em tomar
uma decisão satisfatória, mesmo que não ótima, usando as
informações que estão disponíveis, que também podem ser
limitadas. A mente, então, compensa os recursos limitados
com heurísticas, ou seja, métodos que não são garantidos
de serem ótimos, perfeitos e lógicos, mas que são
suficientes para atingir um objetivo na maioria das vezes.
Para isso, a mente explora automaticamente as experiências
e as regularidades que a pessoa vai encontrando em seu
ambiente. Heurísticas são “atalhos mentais”. Portanto,
“racionalidade limitada” seria o termo mais correto.
Exercícios propostos
Questão 01 – Letra B
Comentário: A Macroeconomia estuda variáveis agregadas,
g e ra l m e n t e p a ra n í ve l p a í s , b l o c o s r e g i o n a i s , e t c .
A Microeconomia estuda os fenômenos ao menor nível de
desagregação, como indivíduo (teoria do consumidor) e / ou
empresas (teoria da firma). A Economia Comportamental é
a área da Economia que considera que efeitos psicológicos,
emocionais e cognitivos interferem no processo de tomada de
decisão dos indivíduos. Por fim, a Economia pode ser definida
como a ciência que estuda a locação de recursos (escassos)
na sociedade.
Questão 02 – Letra C
Comentário: A alternativa A está equivocada porque Keynes
não trata da luta de classes (seria mais aplicável a Marx) e
Economia Comportamental é mais atribuída a Kahneman e
Tversky (Hayek é da Escola Austríaca). A alternativa B está
errada porque Malthus tratava do crescimento populacional e
dos alimentos, e o monetarismo é atribuído a Milton Friedman
e George Stigler, da Universidade de Chicago. A alternativa D
está errada porque Marx não defendia o laissez-faire,
e equilíbrio geral é atribuído a Walras (David Ricardo é da Escola
Clássica). A alternativa E está errada, pois efeito multiplicador
é atribuído aos economistas fisiocratas e por Keynes não tratar
sobre lutas de classe.
Questão 03 – Letra C
Comentário: Trata-se de um exemplo do Dilema do Prisioneiro,
da Teoria dos Jogos. Nessa situação, os dois criminosos optam
por relatar, pois é a estratégia dominante de ambos. O melhor
resultado possível para os políticos corruptos seria alcançado
se ninguém confessasse o crime, pois a pena de ambos seria
nula. Dessa forma, no caso de um dos políticos não confessar,
a melhor estratégia para o outro seria não confessar também.
A estratégia do promotor não funcionaria da mesma forma se
os políticos estivessem na mesma sala, pois eles poderiam
combinar sua estratégia. E o pior resultado para um dos políticos
é quando o outro confessa e ele não, levando 10 anos de pena
frente a 1 ano do outro.
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ECONOMIA | Manual do Professor
Questão 04 – Letra B
Comentário: As decisões A e C dizem respeito às possibilidades
de escolha do Egito. A decisão D levaria à instabilidade política,
o que não é um resultado desejado pela Etiópia. Para conseguir
defender seus interesses e, ainda, manter a estabilidade política
local, a Etiópia deve escolher ceder parcialmente ao Egito,
reduzindo o funcionamento da hidrelétrica de forma a garantir
um fluxo de água potável tido como aceitável pelos egípcios.
Questão 05 – Letra A
Comentário: Nas opções sombreadas, não é possível mover
para uma outra situação em que os dois indivíduos fiquem
melhor, o que representa a Eficiência de Pareto. Já o ponto
“3, 3” representa um Equilíbrio de estratégias dominantes e,
portanto, representa um equilíbrio de Nash único (que será a
situação de equilíbrio do jogo).
Preso 2
Confissão Silêncio
Confissão (3, 3) (0, 5)
Preso 1
Silêncio (5, 0) (1, 1)
Questão 06 – Letra C
Comentário: Na situação descrita, Bárbara assume que
perderia o dinheiro caso não fosse ao show, quando na verdade
o valor já havia sido investido. A falácia dos custos afundados
(ou irrecuperáveis) decorre de um outro viés, chamado de
aversão à perda. Dessa forma, o custo irrecuperável decorrente
da compra do ingresso acaba tendo um peso indevido na
decisão de Bárbara de ir ao show, mesmo estando desanimada.
Questão 07 – Letra E
Comentário: Na situação descrita, os pais provavelmente
se sentiam menos culpados por atrasar, pois agora estavam
“pagando” para deixar o(a) filho(a) na creche. Não havia mais a
culpa pelo atraso, pois a instituição estava sendo recompensada
com a multa. O comportamento pode ser atribuído, ainda, ao
baixo valor da multa, que não incentivava, de fato, os pais a
irem buscar seus filhos (o custo de oportunidade de contratar
uma babá para cuidar do filho durante essa mesma hora
certamente seria mais caro). Similarmente, no caso de Daniel,
há uma interpretação equivocada de que o incentivo financeiro
(de baixo valor) era o que levaria o seu amigo a ajudá-lo.
Questão 08 – Letra C
Comentário: A Teoria dos Mercados Eficientes (de Eugene
Fama, um dos ganhadores do prêmio Nobel de 2013), também
chamada de Hipótese dos Mercados Eficientes (HME), considera
que no mercado de capitais os preços refletiam rapidamente
toda a informação disponível sobre o ativo (uma ação, por
exemplo). Essa eficiência de mercado se daria pela competição
entre os investidores por maiores ganhos. Sobre essa teoria,
Rabelo Junior e Ikeda (2004) consideram que:
Bernoulli Sistema de Ensino 29
08/09/2022 09:09:41
 ECONOMIA | Manual do Professor

A base teórica para a HME repousa em três argumentos: Questão 14 – Letra C

i. investidores são assumidos como racionais e, Comentário: Com a popularização do computador pessoal e
consequentemente, avaliam e precificam ativos de
dos smartphones, sendo tratados até mesmo como itens básicos
forma racional;
para a integração com o mundo globalizado, as empresas de
ii. à medida que alguns investidores não são racionais,
tecnologia fabricantes desses produtos ou desenvolvedoras de
suas participações no mercado (negociações) são
itens ligados a eles ganharam forças no mercado. No cenário
assumidas como aleatórias, cancelando-se e não
produzindo efeitos nos preços praticados pelo mercado; atual, a tendência é que essas empresas continuem no topo.

iii. à medida que esses investidores irracionais o são de

maneira similar entre si, a presença de uma maioria
de arbitradores racionais, no mesmo mercado, CAPÍTULO – 4
elimina sua influência nos preços.
RABELO JUNIOR, Tarcísio Saraiva; IKEDA, Ricardo Hirata.
Mercados eficientes e arbitragem: um estudo sob o Educação e Matemática Financeira
enfoque das finanças comportamentais. Revista
Contabilidade & Finanças, v. 15, p. 34, 2004. Disponível
em: https://doi.org/10.1590/S1519-70772004000100007.
Exercícios de aprendizagem
Acesso em: 25 maio 2021. [Fragmento]
Questão 01
85
Questão 09 – Letra A Comentário: Valor aplicado = 1 000 000 .
100
= 850 000
Comentário: Refere-se ao efeito posse ou dotação (endowment M = 850 000 . (1 + 0,025 . 7) ⇒ M = 850 000 . 1,0175 ⇒
effect). Tanto na situação descrita na questão quanto na
alternativa A, os indivíduos atribuem um valor maior para os M = 998 750 reais
bens que possuem do que para os itens que não possuem. Esse
efeito está relacionado tanto com a manutenção do status quo Questão 02
quanto da aversão à perda. 18 000
Comentário: 18 000 = C . 0,33 . 2 ⇒ C = = 300 000 reais
0, 06
Questão 10 – Letra B
Comentário: Ao se comprometer financeiramente com
Questão 03
a corrida, Raphael se sente “obrigado” a treinar de forma Comentário: Sabe-se que o montante obtido na aplicação é
disciplinada para fazer valer o seu investimento. É uma forma de o dobro do capital (M = 2C). Assim:
redução das opções (ele não pode mais desistir de treinar, pois
2C = C . (1 + 0,08 . t) ⇒ 2 = 1 + 0,08 . t ⇒ 1 = 0,08 . t ⇒
precisa participar da corrida). Esse tipo de comportamento está
na base de várias campanhas para parar de fumar, emagrecer 1
t= = 12,5 meses
e até mesmo para estimular a vacinação. 0, 08

Questão 11 – Letra E Questão 04

Comentário: A alternativa E parte do pressuposto de que o Comentário: O valor dos empréstimos será representado pelo
problema observado não é de natureza comportamental, mas capital (ou valor presente) de cada uma das parcelas.
sim um processo de adaptação. Ela não apresenta nudges 3 000
Parcela 1: 3 000 = C1 . (1 + 0,02 . 3) ⇒ C1 = ≅ 2 830, 19
(uma pequena motivação) para a mudança do comportamento. 1, 06
5 000
Parcela 2: 5 000 = C2 . (1 + 0,02 . 5) ⇒ C2 = ≅ 4 545, 45
Questão 12 – Letra B 1, 10
Comentário: O viés da autoconveniência (self-serving bias) 2 000
Parcela 3: 2 000 = C3 . (1 + 0,02 . 10) ⇒ C3 = ≅ 1 666, 67
implica atribuir as falhas aos fatores externos e os acertos 1, 20
aos fatores internos (habilidades do indivíduo). É um viés
ligado à autoconfiança (overconfidence). Na alternativa B, Assim, C = C1 + C2 + C3. Logo:
João Pedro atribuiu vitórias e derrotas às suas habilidades, C = 2 830,19 + 4 545,45 + 1 666,67 = 9 042,31
não dependendo de fatores externos, o que não está em linha
com o viés descrito.
Questão 05
Questão 13 – Letra D Comentário:
2 000
Comentário: A falácia do custo afundado (irrecuperável) está 2 000 = VP . (1 + 0,0275)6 ⇒ VP   1 699, 52 reais
1, 1768
atrelado a custos que já foram incorridos pelos indivíduos e
dos quais não se espera recuperação. No caso da alternativa D,
mantém-se a decisão de não revender os insumos não em Questão 06
função dos custos incorridos, mas porque ainda há uma Comentário: Como J = VF – VP e VF = VP . (1 + i)n, tem-se
expectativa de que o projeto poderá ser lucrativo. No caso da que J = VP . (1 + i)n – VP. Dessa forma:
“falácia Concorde”, mesmo sabendo que não havia expectativa
J = 50 000 . (1 + 0,05)12 – 50 000 ⇒
de rentabilidade, manteve-se o investimento, em função dos
custos passados incorridos. J = 50 000 . 1,7956 – 50 000 = 39 780 reais

30 Bernoulli Sistema de Ensino

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 ECONOMIA | Manual do Professor

Questão 07 Questão 11
Comentário: Considerando-se o mês comercial (30 dias), Comentário: É necessário identificar que a taxa apresentada
tem-se que o cliente A pagará o saldo em 1 mês e o cliente B, no exercício é a nominal, uma vez que ela está em base distinta
em 3 meses. do período de capitalização. Assim, para encontrar a taxa efetiva
mensal a partir da taxa nominal anual, calcula-se:
VP do cliente A, sendo 30 dias igual a 1 mês (n = 1): 12%
=ie = 1% am . .
3 000 12
3 000 = VP . (1 + 0,00275) ⇒ VP   2 919, 71 reais
1, 0275
Em seguida, aplica-se a taxa apresentada na fórmula de juros
VP do cliente B, sendo 90 dias igual a 3 meses (n = 3): compostos:
2 500 = VP . (1 + 0,0275)3 ⇒ 2 500 = VP . 1,0848 ⇒ VF = 25 000 . (1 + 0,01)18 ⇒
2 500 VF = 25 000 . 1,961 ⇒ VF ≅ 29 902,50 reais
VP   2 919, 71 reais
1, 0848
Questão 12
Questão 08
Comentário: Primeiramente, deve-se encontrar a taxa efetiva
Comentário: Na situação, o valor à vista representa o VP
anual da aplicação financeira. Para isso, deve-se aplicar a
e o valor a prazo, o VF. Sabendo que 60 dias representam
fórmula da equivalência de taxas:
2 meses comerciais, tem-se: 12
Taxa1  1  0, 0075 1  1  0, 0938 ou 9,38% a.a.
3 200 = 2 000 . (1 + i)2 ⇒ (1 + i)2 = 1,6 ⇒
Após encontrar a taxa equivalente anual, utiliza-se a equação
1  i  1, 6 ≅ 1 + i ≅ 1,2649 ⇒
2

de Fisher: r 
1  i  1
1 ≅ 0,2649 ou 26,49% a.m. 1   
Nela, r é a taxa real, i é a taxa efetiva (no caso, ao ano) e π é
Questão 09 a inflação apresentada para o período. Assim, tem-se:
Comentário: Em juros simples, a proporcionalidade de taxas 1  0,0938  1  0, 0465 ou 4,65% a.a.
segue uma relação linear. Assim, há duas possibilidades: r
1  0, 0452
• Ao sair da taxa de um período maior para a taxa de um

período menor: ip =
i Questão 13
N
Comentário: Aplicações financeiras seguem a metodologia do
• Ao sair da taxa de um período menor para a taxa de um
fluxo de caixa antecipado, uma vez que o primeiro depósito é
período maior: ip = i . N
realizado na data inicial do contrato. Assim, tem-se:
Nessas fórmulas, ip representa a taxa proporcional a ser
1  0, 0073
60
encontrada, i é a taxa de juros simples existente no exercício e 1
VF  1 500 . . 1  0, 0073 
N é o número de períodos da taxa proporcional, considerando i
0, 5471
o período da taxa i. VF  1 500 . . 1  0, 0073  VF  113 283, 46
0, 0073
No caso do exercício, uma vez que dentro de um ano (base
em que está mensurada a taxa de 12%) existem 6 bimestres, Como foi utilizado 90% do valor para a aquisição do carro, o
tem-se: 90
valor procurado é de 113 283, 46 . = 101 914, 61 reais.
100
12%
ip   lp  2% a. b.
6 Questão 14
Comentário: Para encontrar a taxa efetiva a partir da nominal,
Questão 10 basta fazer a transformação linear:
N1
16, 8%
C o m e n t á r i o : Taxa1  1  Taxa2 N2  1 , e m q u e Ta x a =
1 ie = 1, 4% a.m.
12
representa a taxa equivalente que queremos encontrar; Taxa2
Assim, basta aplicar os valores do exercício na fórmula de VP
é a taxa dada no exercício; N1 é o número de períodos em que
para séries uniformes:
a Taxa1 está apresentada; e N2 é o número de períodos em
1  1  0, 014 
50
que a Taxa2 está apresentada. Uma vez que N1 e N2 precisam
VP  2 500 . 
ser apresentados na mesma base, sugere-se usar sempre a 0, 014
menor. Assim, se N1 representa 1 mês e N2 representa 1 ano, 0, 5010
VP  2 500 .  VP  89 464, 25 reais
deve-se mensurar tudo ao mês. Portanto, N1 permanece 0, 014
1 mês e N2 torna-se 12 meses.
No caso do exercício, tem-se 1 semestre para N1 e 1 ano, Questão 15
ou seja, 2 semestres, para N2. Mensurando as duas taxas
Comentário: O primeiro passo do exercício é encontrar a
na menor base apresentada (semestre), obtém-se a fração
taxa efetiva semestral, que deverá ser utilizada para o cálculo
1
. Logo: dos fluxos semestrais. Para isso, deve-se usar a fórmula da
2 1
equivalência:
Taxa1  1  0, 16 2  1  1, 16  1 
 6

Taxa1  1  0,0078  1  1  Taxa1  0,0477 ou 4, 77%
Taxa1 ≅ 0,077 ou 7,7% a.s.  

Bernoulli Sistema de Ensino 31

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 ECONOMIA | Manual do Professor

Para comparar o saldo à vista com o saldo total financiado, deve-se encontrar o saldo do valor presente dos três fluxos:
• A entrada já está no mesmo período do saldo à vista. Logo, não há qualquer modificação:
Entrada = 250 000 . 30% = 75 000 reais
• Para os saldos mensais, deve-se utilizar a fórmula do VP para fluxo de caixa postecipado:

1  1  0, 0078 
45
1  0, 7049
VP  4 500 .  VP  4 500 .  VP  17 024, 85 reais
0, 0078 0, 0078

• Para os saldos semestrais, também deve-se aplicar a fórmula do VP para fluxo de caixa postecipado:

1  1  0, 0477 
4
1  0, 8300
VP  8 000 .  VP  8 000 .  VP  28 511, 20 reais
0, 0477 0, 0477

Trazido a valor presente, o total pago de forma financiada é dado por 75 000 + 17 024,85 + 28 511,20 = 120 536,05 reais.
Dessa forma, a decisão economicamente mais viável seria financiar o imóvel, uma vez que à vista ele custa R$ 250 000,00 e,
a prazo (trazido a valor presente), custa R$ 120 536,05.

Desafios

Questão 01
Comentário: Primeiro mês da aplicação:
VF = 1 000 . (1 + i) = 1 000 + 1 000i
Com o aporte de R$ 200,00, tem-se:
VF = 1 000 + 1 000i + 200 = 1 200 + 1 000i
Um mês após o aporte de R$ 200,00, tem-se:
VF = (1 200 + 1 000i) . (1 + i)1 = 1 200 + 1 000i + 1 200i + 1 000i2 = 1 200 + 2 200i + 1 000i2
Com o resgate de R$ 60,00, tem-se:
VF = 1 200 + 2 200i + 1 000i2 – 60 = 1 140 + 2 200i + 1 000i2
Um mês após o resgate de R$ 60,00, tem-se:
VF = (1 140 + 2 200i + 1 000i2) . (1 + i)1 = 1 140 + 2 200i + 1 000i2 + 1 140i + 2 200i2 + 1 000i3 = 1 140 + 3 340i + 3 200i2
+ 1 000i3
O saldo final foi equivalente a R$ 1 507,00. Logo:
1 140 + 3 340i + 3 200i2 + 1 000i3 = 1 507 ⇒ 1 000i3 + 3 200i2 + 3 340i – 367 = 0
D 367 
De acordo com a teoria das raízes reais de polinômios de 3º grau, as possíveis raízes racionais são , em que D(x)
D 1 000 
representa os divisores de x. Como 367 é um número primo, ele é divisível apenas por 1 e por ele mesmo. Por tentativa e erro,
D 367  1
chega-se em 1 para D(367) e em 10 para D(1 000). Assim:   0, 1. Substituindo na fórmula encontrada, é possível
D 1 000  10
conferir a veracidade do resultado encontrado:
1 000 . (0,1)3 + 3 200 . (0,1)2 + 3 340 . 0,1 – 367 = 1 + 32 + 334 – 367 = 0 (verdadeiro)
Assim, o cálculo confirma que a taxa de juros praticada na contratação foi de 0,1, ou seja, 10%.

Questão 02
Comentário:
A. O saldo devedor é de R$ 66 111,11, tendo em vista que o valor do principal em cada prestação é constante e obtido da
seguinte forma:
70 000
≅ 1 944, 44 reais
36
Valor 70 000,00

Taxa 2%

Prestação Principal Juros Parcela Saldo devedor

1 1 944,44 70 000 . 2% = 1 400,00 3 344,44 68 055,56

2 1 944,44 68 055,56 . 2% = 1 361,11 3 305,56 66 111,11

32 Bernoulli Sistema de Ensino

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 ECONOMIA | Manual do Professor

B. Na Tabela SAC, a diferença entre duas prestações Questão 05 – Letra C

consecutivas é sempre igual à parcela do principal
multiplicada pela taxa de juros praticada na transação. Isso
ocorre porque, a cada mês, a redução no saldo devedor se dá
justamente pela redução da parcela principal (vale lembrar
que os juros pagos não reduzem o saldo devedor, eles
apenas remuneram o capital financiado). Assim, tem-se:
1 944,44 . 2% = 8,89 reais.
Comentário: Conforme orientação da questão, deve-se seguir
a identidade de Euler:
eiπ – 1 = 0 ⇒ eiπ = 1
Sendo assim, sabendo que na identidade de Euler o i representa
o número imaginário, tem-se o π como o período necessário
para se atingir a rentabilidade igual a 1 (ou seja, 100%).

Exercícios propostos Questão 06 – Letra C

Comentário:
Questão 01 – Letra B 0, 0112
x . 0,016 = 0,0112
= ⇒x = 0, 70 = 70%
1, 016
Comentário: Em um cenário de crise econômica e aumento da
inadimplência, conseguir um emprego ou pegar empréstimos de Questão 07 – Letra A
pessoas próximas não são alternativas tão simples considerando
Comentário: Para responder a essa questão, é necessário
que, nesse contexto, a tendência seja de aumento da taxa de
lembrar a fórmula da equivalência de taxas de juros compostos.
desemprego e de que as pessoas próximas também estejam
Assim, as alternativas A e B representam fórmulas que, de fato,
passando pela mesma situação. Considerando, também,
apresentam a fórmula da equivalência. A alternativa C está
a urgência de se pagar a dívida pelo seu alto nível de acúmulo
equivocada, pois não apresenta o símbolo de % após o 6,5. Para
de juros e que as aplicações e seus rendimentos são medidas
usar o valor unitário, deve-se utilizar 0,065. A diferença entre as
protetivas para a saúde financeira da família e que devem ser
alternativas A e B está na utilização do período. Enquanto em A é
retiradas apenas em último caso, a busca por um empréstimo
usado o ano comercial (30 dias por mês, 12 meses = 360 dias),
mais barato é a melhor opção para a resolução do problema.
em B é usado o número de dias úteis de um ano. Normalmente,
Assim, a família teria condições de pagar a dívida atual e ficaria
utiliza-se o número 252 apenas para aplicações financeiras.
com uma dívida a juros menores, tendo mais condições de
Dessa forma, o mais adequado seria considerar 360 dias.
pagá-la, e ainda teria o aporte do rendimento de suas aplicações
em futuras necessidades.
Questão 08 – Letra B
Questão 02 – Letra B Comentário: Assumindo D para dólar, E para euro e I para
iene, tem-se:
Comentário: Seja x o percentual que precisa ser aplicado
para que R$ 4 500,00 volte a ser R$ 5 000,00. Assim, tem-se: D = 1,2 . E

4 500 . 1  x   5 000  I = 0,9 . E

5 000 Substituindo nas fórmulas, encontra-se:
x  1  0, 1111, ou seja, 11, 11%.
4 500
I 4I 3D
D = 1, 2 . D = I=  I  0, 75 D
0, 9 3 4
Questão 03 – Letra C
Ou seja, houve uma desvalorização de 1 – 0,75 = 0,25 = 25%.
Comentário: Para saber a rentabilidade mensal, é necessário
encontrar a taxa efetiva mensal equivalente a 24% a.a. Para Questão 09 – Letra D
isso, aplica-se a fórmula da equivalência de taxas:
1 Comentário: Assumindo A para o bastão e B para a bola,
Taxa1  1  0, 24 12  1  Taxa1 = 0,0180, ou seja, 1,8% a.m. tem-se:
Dessa forma, como a rentabilidade da aplicação atual de  A  B  1, 10

Germano está acima da rentabilidade proposta pelo gerente, A  B  1
não vale a pena realizar a troca. Substituindo:
B + 1 + B = 1,10 ⇒ 2B = 0,10 ⇒
Questão 04 – Letra A
B = 0,05 dólar ou 5 centavos de dólar
Comentário: A descrição do exercício representa um exemplo
de série uniforme de investimento do tipo postecipado
Questão 10 – Letra A
(sem investimento inicial). Assim, deve-se usar a seguinte
fórmula para encontrar o VF: Comentário:
Pergunta 1
1  0,01
360
1
VF  300 .  Se um produto custa R$ 3,00, dois deveriam custar R$ 6,00,
0,01
VF  1 048 489, 24 reais sem o desconto. Logo, o desconto é de:
5
1  0, 166, ou seja, 16,6%
Ou seja, aproximadamente, R$ 1 000 000,00. 6

Bernoulli Sistema de Ensino 33

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 ECONOMIA | Manual do Professor

Pergunta 2
Se o custo unitário é R$ 2,00, então, ao vender uma única unidade, o lucro será de 3 – 2 = 1 real. Com a venda de três unidades
por R$ 10,00, tem-se:
10 – 3 . 2 = 10 – 6 = 4 reais
O lucro unitário será, então, de:
4
≅ 1, 33 reais
3
Assim, o aumento no lucro unitário é de:
1, 33
− 1 = 0, 33 ou 33%
1

Questão 11 – Letra E
Comentário: Sobre a afirmativa I, tem-se:
M = 10 000 . (1 + 0,03 . 2) = 10 600
Sobre II, tem-se:
VF = 10 000 . (1 + 0,02)2 = 10 404
J = 10 404 – 10 000 = 404
Sobre III, tem-se:
M = 10 000 . (1 + 0,025 . 2) = 10 500
Portanto, todas as assertivas são verdadeiras.

Questão 12 – Letra C
Comentário: Para o item I, deve-se, inicialmente, levar o saldo inicial para o final do período. Assim, tem-se:

VF  20 000 000 . 1  0, 01

120
 66 007 737, 89

Adicionalmente, é preciso calcular o valor futuro das doações a partir da fórmula de série uniformes (tipo postecipado):
PMT = 150 . 2 500 = 375 000 reais

1  i
n
1
VF  375 000 .  VF = 375 000 . 230,4 = 86 265 000 reais
i

O saldo total será, portanto, de 66 007 737,89 + 86 265 000 = 152 272 737,89. Considerando uma rentabilidade mensal de
0,7%, o fundo poderá financiar 152 272 737,89 . 0,7 : 100 = 1 065 909,17 reais.
Portanto, o saldo total será de, aproximadamente, 152 milhões e o financiamento será de 1 065 milhares de reais.

Questão 13 – Letra B
5
Comentário:
= ITCMD 135
= 000 . 6 750 reais
100

Questão 14 – Letra C
Comentário:

Item Preço original (A) Desconto (B) Valor final [A . (1 – B)]

Geladeira R$ 1 500,00 5% R$ 1 425,00

Fogão R$ 1 000,00 7,50% R$ 925,00

Armários R$ 1 750,00 10% R$ 1 575,00

Faqueiro R$ 500,00 12,50% R$ 437,50

Mesa de
R$ 1 100,00 0% R$ 1 100,00
jantar

Total R$ 5 850,00 R$ 5 462,50

O total economizado será:

5 462, 50
1  0, 0662, ou seja, 6,62%
5 850, 00

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 ECONOMIA | Manual do Professor

Questão 15 – Letra D
Comentário: Sendo x como sendo a tarifa de importação do produto (que incide sobre o valor total da mercadoria importada,
incluindo os custos de transporte), tem-se:
3 200
3 200 = [(400 . 4) + 400] . (1 + X) ⇒ x   1  0, 6
2 000
Ou seja, o imposto de importação é igual a 60%.

Questão 16 – Letra E
Comentário: O rendimento mensal será encontrado pela fórmula da equivalência:
1
Taxa1  1  0, 064 12  1  0, 005183 ou 0,5183%

Primeiramente, é necessário levar o capital aplicado inicialmente para o final do período da aplicação:

VF1  495. 1  0, 005183

60
 675, 01

Aportes mensais de 250 reais:

1  0, 005183 1  0, 005183
3 57
1 1
VF2  250 .  753, 89  VF2  753, 89 .  1 012, 23
0, 005183 0, 005183

Aportes mensais de 300 reais:

1  0, 005183
9
1
VF3  300 .  2 756, 66 
0, 005183
1  0, 005183
48
1
VF3  2 756, 66 .  3 533, 05
0, 005183

Aportes mensais de 400 reais:

1  0, 005183
12
1
VF4  400 .  4 939, 22 
0, 005183
1  0, 005183
36
1
VF4  4 939, 22 .  5 949, 54
0, 005183

Aportes mensais de 500 reais:

1  0, 005183
36
1
VF5  500 .  19 732, 79
0, 005183

Somatório dos fluxos:

675,01 + 1 012,23 + 3 533,05 + 5 949,54 + 19 732,79 = 30 902,62 reais

Questão 17 – Letra C
Comentário: Assumindo x como a taxa de câmbio, o valor máximo da cotação que compensa a transação será:
3 800 = {[(550 . x) . 1,06] . 1,10 ⇒ 641,30x = 3 800 ⇒
3 800
x  5, 92
641, 30

Questão 18 – Letra D
Comentário: Calculando o rendimento total em cada alternativa:
Rendimento total da alternativa A:
Pela proporcionalidade de taxas, sabe-se que 12% ao ano é o mesmo que remunerar a 1% ao mês em juros simples.
M = 10 000 . (1 + 0,01 . 6) = 10 600
Rendimento = 600 reais.
Rendimento total da alternativa B:
VF = 10 000 . (1 + 0,01)6 ≅ 10 615,20
Rendimento = 615,20 reais
Rendimento total da alternativa C:
6 . 30 . 3,40 = 612 reais

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Rendimento total da alternativa D:

M = 10 000 . (1 + 0,005 . 6) = 10 300
Rendimento = 6 . 30 . 1,80 = 324
Rendimento = 300 + 324 = 624 reais
Rendimento total da alternativa E:
Metade da alternativa A = 600 : 2 = 300 reais
Metade de alternativa B = 615,20 : 2 = 307,60 reais
Rendimento = 300 + 307,60 = 607,60 reais
Logo, a conclusão é que a melhor opção está na alternativa D, que apresenta maior rendimento.

Referências
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