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Manual do

Professor
EM 1ª série | Volume 2 | Física

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Conselho Diretor Analista de Conteúdo Pedagógico: Paula Vilela
Diretor Administrativo-Financeiro: Rodrigo Fernandes Domingos Analista de Suporte Pedagógico: Caio Pontes
Diretor de Ensino: Rommel Fernandes Domingos Analista Técnico-Pedagógica: Graziene de Araújo
Diretor Pedagógico: Paulo Ribeiro Assistente Técnico-Pedagógica: Werlayne Bastos
Diretor Pedagógico Executivo: Marcos Raggazzi Assistentes Técnico-Administrativas: Aline Freitas, Lívia Espírito Santo

Direção Comercial
Diretor Executivo: Tiago Bossi Coordenador Comercial: Rafael Cury
Supervisora Administrativo-Comercial: Mariana Gonçalves
Autoria Consultores Comerciais: Adalberto de Oliveira, Carlos Eduardo Oliveira,
Cláudia Amoedo, Eduardo Medeiros, Guilherme Ferreira, Ricardo Ricato,
Física: Adriano V. da Gama, Luiz Machado
Robson Correia, Rossano Rodrigues, Simone Costa
Analistas Comerciais: Alan Charles Gonçalves, Cecília Paranhos, Rafaela Ribeiro
Produção Assistentes Comerciais: Laura Caroline Tomé, Melissa Turci
Gerente de Produção: Luciene Fernandes
Analista de Processos Editoriais: Letícia Oliveira
Administrativo
Assistente de Produção Editorial: Thais Melgaço
Gerente Administrativo: Vítor Leal
Núcleo Pedagógico Coordenadora Técnico-Administrativa: Thamirys Alcântara
Gestores Pedagógicos: Amanda Zanetti, Vicente Omar Torres Coordenadora de Projetos: Juliene Souza
Coordenadora Geral de Produção: Juliana Ribas Analistas Técnico-Administrativas: Ana Clara Pereira, Bárbara Câmara,
Lorena Knupp
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Lílian Sabino, Marilene Fernanda Guerra, Thaísa Lagoeiro, Vanessa Santos, Assistentes Técnico-Administrativos: Danielle Nunes, David Duarte,
Wanelza Teixeira Fernanda de Souza, Mariana Girardi, Priscila Cabral, Raphaella Hamzi
Analistas Pedagógicos: Amanda Birindiba, Átila Camargos, Bruno Amorim, Auxiliares de Escritório: Jéssica Figueiredo, Sandra Maria Moreira
Bruno Constâncio, Daniel Menezes, Daniel Pragana, Daniel Pretti, Dário Mendes, Encarregado de Serviços Gerais e Manutenção: Rogério Brito
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Lucas Maranhão, Mariana Campos, Mariana Cruz, Marina Rodrigues, Paulo Caminha, Operações
Paulo Vaz, Raquel Raad, Sabrina Carmo, Stênio Vinícios de Medeiros, Taciana Macêdo,
Gerente de Operações: Bárbara Andrade
Tatiana Bacelar, Thalassa Kalil, Thamires Rodrigues, Vladimir Avelar
Coordenadora de Operações: Karine Arcanjo
Assistente Técnica em Estatística: Numiá Gomes
Supervisora de Atendimento: Adriana Martins
Assistentes de Produção Editorial: Carolina Silva, Suzelainne de Souza
Analista de Controle e Planejamento: Vinícius Amaral
Produção Editorial Analistas de Operações: Ludymilla Barroso, Luiza Ribeiro
Gestora de Produção Editorial: Thalita Nigri Assistentes de Relacionamento: Amanda Aurélio, Amanda Ragonezi, Ana da Silva,
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Coordenadora de Iconografia: Viviane Fonseca
Coordenadora de Expedição: Janaína Costa
Pesquisadores Iconográficos: Camila Gonçalves, Débora Nigri, Eloine Reis,
Fabíola Paiva, Guilherme Rodrigues, Núbia Santiago Supervisor de Expedição: Bruno Oliveira
Revisores: Ana Maria Oliveira, Gabrielle Ruas, Lucas Santiago, Luciana Lopes, Líder de Expedição: Ângelo Everton Pereira
Natália Lima, Tathiana Oliveira Analista de Expedição: Luís Xavier
Arte-Finalistas: Cleber Monteiro, Gabriel Alves, Kátia Silva Analista de Estoque: Felipe Lages
Diagramadores: Camila Meireles, Isabela Diniz, Kênia Sandy Ferreira, Lorrane Amorim, Assistentes de Expedição: Eliseu Silveira, Helen Leon, João Ricardo dos Santos,
Naianne Rabelo, Webster Pereira Pedro Henrique Braga, Sandro Luiz Queiroga
Ilustradores: Reinaldo Rocha, Rodrigo Almeida, Rubens Lima Auxiliares de Expedição: Admilson Ferreira, Marcos Dionísio, Ricardo Pereira,
Samuel Pena
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Gestor de Produção Gráfica: Wellington Seabra Tecnologia Educacional
Coordenador de Produção Gráfica: Marcelo Correa Gerente de Tecnologia Educacional: Alex Rosa
Analista de Produção Gráfica: Patrícia Áurea Coordenadora Pedagógica de Tecnologia Educacional: Luiza Winter
Analistas de Editoração: Gleiton Bastos, Karla Cunha, Pablo Assunção, Taiana Amorim Coordenador de Tecnologia Educacional: Eric Longo
Revisora de Produção Gráfica: Lorena Coelho Coordenadora de Atendimento de Tecnologia Educacional: Rebeca Mayrink
Analista de Suporte de Tecnologia Educacional: Alexandre Paiva
Coordenador do PSM: Wilson Bittencourt
Analista de Tecnologia Educacional: Vanessa Viana
Analistas de Processos Editoriais: Augusto Figueiredo, Izabela Lopes, Lucas Roque
Assistentes de Tecnologia Educacional: Augusto Alvarenga, Naiara Monteiro,
Revisoras: Bruna Emanuele Fernandes, Danielle Cardoso, Luísa Guerra
Sarah Costa
Arte-Finalista: Larissa Assis
Designer de Interação: Marcelo Costa
Diagramadores: Anna Carolina Moreira, Maycon Portugal, Rafael Guisoli,
Designers Instrucionais: Alisson Guedes, David Luiz Prado, Diego Dias,
Raquel Lopes, Wallace Weber
Fernando Paim, Mariana Oliveira, Marianna Drumond
Ilustrador: Hector Ivo Oliveira
Designer de Vídeo: Thais Melo
Editora Audiovisual: Marina Ansaloni
Relacionamento e Mercado Revisor: Josélio Vertelo
Gerente Geral de Relacionamento e Mercado: Renata Gazzinelli
Diagramadores: Izabela Brant, Raony Abade

Suporte Pedagógico Marketing


Gerente de Suporte Pedagógico: Heloísa Baldo
Gerente de Marketing: Maria Cristina Bello
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Coordenadora de Marketing: Jaqueline Camargos
Gestores de Conteúdo: Luciano Carielo, Marinette Freitas
Consultores Pedagógicos: Adriene Domingues, Camila Ramos, Claudete Marcellino,
Daniella Lopes, Denise Almeida, Eugênia Alves, Francisco Foureaux, Leonardo Ferreira,
Lucilene Antunes, Paulo Rogedo, Soraya Oliveira

SAC: faleconosco@bernoulli.com.br 31.99301.1441 - Dúvidas e sugestões a respeito das soluções didáticas.

Coleção Ensino Médio 1ª série – Volume 2 é uma publicação da Editora DRP Ltda. Todos os direitos reservados.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fotografias, gráficos, mapas e outros tipos de ilustrações presentes em exercícios de vestibulares e Enem podem ter sido adaptados
por questões estéticas ou para melhor visualização.

C689
Endereço para correspondência: Centro de Distribuição:
Coleção Ensino Médio 1ª série: - Belo Horizonte: Bernoulli Sistema de Ensino, 2018.
172 p.: il.
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CDD - 370

Coleção EM1

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Manual do Professor

Planejamento do volume*
Disciplina: física SÉRIE: 1ª SEGMENTO: EM volume: 2

FRENTE CAPÍTulo título Sugestões de estratégiaS

3 • Leis de Newton – Aplicações

Física
A • Aplicação de exercícios
4 • Estática dos Sólidos
• Aula prática

• Debates
3 • Movimento Variado
B • Aula multimídia
4 • Movimento Circular

* Conteúdo programático sujeito a alteração.

Orientações e sugestões
Professor, na medida do possível, ajuste a abordagem de cada capítulo ao tempo que nós sugerimos
neste manual. Além do texto e dos exercícios, há várias atividades que você e os seus alunos poderão
explorar em sala ou em casa. Não deixe de realizar, em sala, algumas experiências propostas nas seções
“Experimentando”. Além de fazer em sala e propor exercícios para casa, peça também para os alunos
lerem os textos complementares do capítulo e acessarem os sites sugeridos nas seções “Tá na Mídia”.
Estamos convictos de que uma abordagem equilibrada dos capítulos, aliada ao estudo sistemático e orientado
do aluno em casa, possibilitará uma boa assimilação de todos os temas apresentados nesta obra.

Exercícios propostos
Os Exercícios propostos nos fins dos capítulos foram distribuídos de forma que os primeiros são
mais fáceis e podem ser resolvidos, geralmente, com apenas uma etapa de resolução. Os exercícios
intermediários exigem um entendimento maior da matéria. Por isso, eles devem ser resolvidos depois
de o estudante ter trabalhado os primeiros exercícios. Os últimos exercícios são questões discursivas.
Esses três grupos de exercícios foram ordenados de acordo com o aparecimento do assunto ao longo
do capítulo. O quadro a seguir apresenta a distribuição dos exercícios para cada capítulo.

Mais Médios ou Questões


Capítulos
fáceis difíceis discursivas

Capítulo A3: Leis de Newton – Aplicações 1-15 16-31 32-35

Capítulo A4: Estática dos Sólidos 1-16 17-30 31-35

Capítulo B3: Movimento Variado 1-16 17-30 31-35

Capítulo B4: Movimento Circular 1-14 15-28 29-35

A seguir, apresentamos sugestões específicas para os capítulos das Frentes A e B do Volume 2 da Coleção
de Física da 1ª série.

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Capítulo A3: Leis de Newton – Aplicações
1. Professor, antes de começar o conteúdo propriamente, explique à classe que o objetivo desse capítulo
é mostrar aplicações das Leis de Newton sobre o movimento. Inicialmente, vamos explorar problemas
sobre tensões em cordas, sistemas submetidos à força de atrito, planos inclinados e forças elásticas
de molas. Além disso, parte do capítulo é dedicada a problemas combinados de Cinemática e Leis de
Newton. Outra parte do capítulo aborda problemas de força sobre pessoas e corpos em movimento
dentro de um elevador que se move com velocidade constante ou com aceleração constante. Enfim,
há uma infinidade de problemas sobre aplicações das Leis de Newton. Professor, diga aos alunos que
eles continuarão aplicando as Leis de Newton em praticamente todo o restante do curso de Física do
1º ano e em boa parte dos cursos do 2º e do 3º ano. Por exemplo, as soluções de alguns problemas
de movimentos de cargas elétricas (temas do curso do 3º ano) dependem de um bom conhecimento
sobre as Leis de Newton.

2. Inicie o capítulo explicando situações de tensões em cordas, nas quais os corpos presos nas cordas
estão em repouso em Movimento Retilíneo Uniforme. Nos dois casos, não há aceleração, de modo que
os problemas são mais simples. Explore também problemas envolvendo roldanas e cordas, mostrando
que uma roldana fixa apenas inverte o sentido da força, mas que uma roldana móvel divide essa força
por dois. Professor, os primeiros Exercícios propostos sobre roldanas e tensões em cordas são mais
simples. Não deixe de fazer em sala a experiência da primeira seção “Experimentando”, ela é realmente
muito interessante.

3. A seguir, explique o método para calcular tensões em cordas quando há uma aceleração. Inicie a
explicação com um exemplo simples, como os dois blocos ligados pela corda na figura a seguir.
Mostre que esse problema é realmente simples, sobretudo se a massa da corda é desprezível em
comparação com as massas dos blocos, pois não há variação da tensão ao longo da corda, de
modo que as tensões nas extremidades das cordas são iguais (a subseção 1.3 aborda esse tema).
Outro problema simples sobre tensões em cordas em sistemas acelerado é o Exercício resolvido 01.
Já o Exercício resolvido 02, apesar de ser muito interessante, é um pouco mais complexo.

m1

m2

4. A seção 2 do capítulo trata da força de atrito. Antes de apresentar cálculos sobre a força de atrito,
explique a importância do atrito no dia a dia, citando exemplos de fatos e de situações que, sem o
atrito, não poderiam ocorrer, tais como andar, usar uma caneta para escrever, pegar uma latinha de
refrigerante com as mãos, etc. Ainda antes de calcular a força de atrito, fale sobre a sua origem,
explicando que o atrito decorre das asperezas existentes entre duas superfícies em contato,
da pressão que uma superfície exerce na outra e do deslizamento ou da tendência de deslizamento
entre essas superfícies.

5. Diferencie a força de atrito de deslizamento estático da força de atrito cinético, apresentando as


fórmulas para calcular a força de atrito estático máxima e a força de atrito cinético, e introduzindo
os conceitos de coeficientes de atrito estático e cinético. Para ilustrar a diferença entre essas forças,
apresente o famoso gráfico da força de atrito em função da força aplicada sobre um corpo inicialmente
parado sobre uma mesa. Professor, como aplicação da força de atrito estático, fale sobre o freio ABS,
cujo princípio básico consiste em não deixar que a roda do carro seja travada durante a frenagem, de
modo que a força de atrito sobre a roda é sempre do tipo estático, e não cinético. Aprenda mais sobre
o freio ABS no site <http://bit.ly/2BgpO2M>.

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Manual do Professor

6. Professor, não deixe de falar um pouco sobre a força de atrito de rolamento, explicando, por exemplo,
que, em um carro com movimento acelerado, as rodas de tração trabalham empurrando o chão para
trás, de modo que o chão empurra o carro para frente (algo semelhante ocorre quando caminhamos,
pois nós empurramos o chão para trás e ele nos empurra para frente). Explique ainda que, nas rodas
sem tração, o atrito do chão nas rodas age no sentido oposto ao movimento do carro.
7. Explique a força de arrasto ou de resistência de um fluido. Use o exemplo do paraquedas apresentado
no texto para explorar melhor esse assunto. Professor, como curiosidade, você pode falar sobre uma
incrível estatística, a qual mostra que, quanto mais alto for o tombo sofrido por um gato que cai de
um prédio, maior é a chance de o animal sobreviver. Quanto maior a altura, maior é o tempo para o
gato atingir uma velocidade constante. Apesar de essa velocidade ser alta e fatal, o movimento do gato
não apresenta mais aceleração a partir desse ponto (a mesma coisa acontece com o paraquedista).

Física
Nesse momento, acredita-se que o animal fica mais relaxado, assumindo uma postura menos contraída e
oferecendo uma maior superfície para a força de resistência agir (é como se o gato abrisse um paraquedas
natural). Com o aumento da força de arrasto, a velocidade de queda diminui a um valor relativamente
baixo, evitando um impacto maior contra o solo. Para auxiliar sua explanação sobre esse
conteúdo, sugerimos a utilização da animação “Ar que faz força”, disponível no Bernoulli Digital.
Ela permite observar o movimento de queda de dois paraquedistas de massas diferentes e
suas velocidades terminais, antes e após a abertura do paraquedas. Por meio de gráficos presentes
na animação, também é possível verificar o comportamento da força de arrastro e da velocidade em
cada um dos paraquedistas. Ao final da interação, proponha a resolução dos exercícios presentes no
conteúdo digital.
8. Proponha a interação dos alunos com o jogo “Corte certo” disponível no Bernoulli Digital.
Nesse divertido objeto de aprendizagem, os alunos trabalharão com as componentes
ortogonais de um vetor, controlando a inclinação do vetor força aplicado em um cortador de
grama a fim de variar sua velocidade e a altura do corte. Ajude-os a perceber que a inclinação do vetor
F ocasiona a variação de suas componentes Fx e Fy, aumentando ou diminuindo sua intensidade de
acordo com o ângulo escolhido. Chame a atenção para o fato de que, ao abaixar a haste do cortador
de grama, a força aplicada ficará mais próxima da direção horizontal e, portanto, maior será o módulo
da componente Fx, responsável pelo deslocamento. Consequentemente, menor será a componente
Fy, que interfere diretamente na força de compressão do equipamento contra o solo. Assim, a força
normal diminui e, desse modo, a força de atrito também. Logo, a velocidade obtida para fugir do cão
será maior. Por outro lado, quanto mais próxima da direção vertical a força for aplicada, maior será
o módulo da componente Fy, e, com isso, a grama será mais bem cortada. Utilize a dinâmica do jogo
para que eles compreendam melhor o conteúdo estudado e estimule-os a interagir com o objeto de
aprendizagem. Ao final da interação, proponha a resolução dos exercícios presentes no conteúdo digital.
9. Apresente o estudo das forças no plano inclinado, começando com o caso em que um bloco fica em repouso
quando colocado sobre um plano com atrito. Mostre como o coeficiente de atrito estático entre o plano e
o bloco pode ser facilmente determinado, bastando inclinar o plano lentamente até que o bloco inicie o
movimento. Esse coeficiente é igual à tangente do ângulo de inclinação do plano para a situação de iminência
de movimento. A propósito, não deixe de realizar a experiência sugerida na seção “Experimentando”,
na qual o coeficiente de atrito estático entre um livro e uma mesa é calculado por esse método.
10. Agora, discuta situações em que um corpo move-se sobre um plano inclinado submetido ou não a uma
aceleração. Use o Exercício resolvido 06 para explicar o caso em que o movimento é acelerado. Professor,
há muitas aplicações cotidianas sobre movimentos de corpos em planos inclinados. Explore-as nas provas
que você for aplicar para os seus alunos. A título de exemplo, apresentamos a seguir uma excelente questão
da Universidade Federal de Goiás (essa questão não está na lista dos nossos Exercícios propostos).
(UFG-GO) Nas academias de ginástica, usa-se um aparelho chamado pressão com pernas (leg press),
que tem a função de fortalecer a musculatura das pernas. Esse aparelho possui uma parte móvel que
desliza sobre um plano inclinado, fazendo um ângulo de 60° com a horizontal. Uma pessoa, usando
o aparelho, empurra a parte móvel de massa igual a 100 kg e a faz mover ao longo do plano, com
velocidade constante, como é mostrado na figura.

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v

60°

Considere o coeficiente de atrito dinâmico entre o plano inclinado e a parte móvel 0,10 e a aceleração
gravitacional 10 m/s². (Usar sen 60° = 0,86 e cos 60° = 0,50).

A) Faça o diagrama das forças que estão atuando sobre a parte móvel do aparelho, identificando-as.

B) Determine a intensidade da força que a pessoa está aplicando sobre a parte móvel do aparelho.

11. Explique a Lei de Hooke para a força elástica nas molas. Essa lei será muito importante para estudarmos
a energia potencial elástica armazenada em molas nos capítulos sobre energia.

12. Para finalizar o capítulo, faça o Exercício resolvido 07. Esse importante problema explora o estudo das forças
sobre um corpo em movimento dentro de um elevador. Professor, antes de fazer o exercício, sugerimos que
você apresente aos alunos o esquema a seguir, que é um resumo sobre o balanço de forças atuantes em uma
pessoa que está sobre uma balança dentro de um elevador. Os módulos das acelerações do elevador para
os diversos casos podem ser determinados pela 2ª Lei de Newton: a = |peso − normal|/massa da pessoa.
A mesma ideia pode ser aplicada para relacionar a leitura de um dinamômetro com o peso do corpo sustentado
por esse instrumento ou para relacionar a força de tensão no cabo do elevador com o peso total do elevador.

Peso
Força de compressão

Normal = Leitura da balança

A FORÇA RESULTANTE E A
A LEITURA DA BALANÇA É O ELEVADOR ESTÁ
ACELERAÇÃO SÃO

igual ao peso da pessoa nulas parado ou em movimento uniforme

iniciando a subida ou parando na


maior que o peso da pessoa voltadas para cima
descida

iniciando a descida ou parando na


menor que o peso da pessoa voltadas para baixo
subida

Capítulo A4: Estática dos Sólidos


O Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) está, ano após ano, ganhando força como um instrumento
de aferição de conhecimentos que poderá, muito em breve, tornar-se o exame único para o ingresso em
instituições de nível superior. Por isso, caro professor, vale a pena voltar as atenções para as propostas
contidas na matriz de referência.

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Manual do Professor

Estática dos Sólidos faz parte do objeto de conhecimento “O movimento, o equilíbrio e a descoberta de leis
físicas”, que está associado à matriz de referência do Enem. Destaque especial deverá ser dado, portanto,
a três assuntos:

• Centro de massa e a ideia de ponto material.

• Momento de uma força (torque).

• Condições de equilíbrio estático de ponto material e de corpos rígidos.

A seguir, algumas sugestões de trabalho:

1. Avalie com os alunos, em primeiro lugar, em quais situações determinado corpo poderá ser
tratado como um ponto material e instigue-os a pensar o que é necessário para o equilíbrio

Física
nesses casos. Será preciso alertá-los para a necessidade do domínio pleno do uso de vetores e
da determinação de resultantes vetoriais pelos métodos do polígono, do paralelogramo, ou das
componentes vetoriais.

2. Discuta situações que façam parte da experiência cotidiana dos alunos acerca do equilíbrio de corpos
rígidos, que não poderão ser tratados como pontos materiais. Certamente, será possível visualizar
situações simples dentro da própria sala de aula e avaliar de maneira intuitiva o que é necessário
para garantir o equilíbrio, por exemplo, de vigas de sustentação, das cadeiras de estudo e até mesmo
do corpo humano. Logo, eles irão perceber a necessidade não apenas do equilíbrio de forças, mas
também de algo que impeça as rotações. Essa será a chance adequada para conceituar momento de
uma força.

3. Proponha a interação dos alunos com o jogo “Tetristática”, disponível no Bernoulli Digital.
Esse desafiador objeto de aprendizagem consiste em uma variação do famoso jogo Tetris:
em vez das peças tradicionais, são dados vetores de força, que devem ser posicionados sobre
uma barra de forma a equilibrar o torque sobre sua extensão. Chame a atenção para a intensidade
do torque devido ao módulo do vetor e à sua posição em relação ao centro da barra.

4. Associe a estática dos sólidos à criação de grandes obras da engenharia e da arquitetura que só foram
possíveis graças ao respeito às condições de equilíbrio dos corpos extensos rígidos.

5. Conceitue qualitativamente centro de massa e, quantitativamente, centro de gravidade.

6. Associe o conceito de centro de massa à trajetória que pode ser descrita por um corpo de tal forma
que o aluno reconheça que a trajetória do centro de massa deverá coincidir com a trajetória descrita
por um corpo como um todo.

7. Utilize a seção “Experimentando” para auxiliar na compreensão do conceito de centro de gravidade.

8. Relacione o momento de uma força ao princípio das alavancas. Nesse ponto, será interessante avaliar
a ousadia do pensamento figurado de Arquimedes: “Dê-me um ponto de apoio e uma alavanca que
eu moverei o mundo”.

9. Conceitue momento angular de maneira semiquantitativa, pois, em alguns vestibulares, é necessário


o conhecimento dessa grandeza física.

Capítulo B3: Movimento Variado


1. Professor, antes de apresentar a definição matemática para calcular a aceleração média, discuta na
sala o conceito físico de aceleração. Sem se preocupar em fazer cálculos, explique que um corpo em
alta velocidade pode ter aceleração zero. Diferencie a aceleração tangencial da aceleração centrípeta,
usando como exemplo um carro que faz uma curva com a velocidade permanecendo constante em
módulo e depois variando de valor. Explique que, no presente capítulo, nós vamos explorar problemas
envolvendo a aceleração tangencial, mas que a aceleração centrípeta será o tema central do
próximo capítulo.

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2. Fale sobre os efeitos fisiológicos da aceleração, explicando que o nosso corpo é uma espécie de
acelerômetro, pois nós sentimos uma variação de velocidade, mas não a velocidade propriamente
dita. Um bom exemplo disso é a sensação de conforto que os passageiros sentem em um voo
uniforme de um avião que se move a 700 km/h, em oposição ao desconforto dos passageiros de
um navio, causado pelo balanço do barco, ainda que esse se mova lentamente no mar.

3. Apresente a definição matemática da aceleração tangencial. Discuta em detalhes a unidade


de aceleração, não se limitando apenas à unidade m/s2 do Sistema Internacional de Medidas.
Por exemplo, você pode pedir para os alunos estimarem o valor da aceleração média tangencial de
um carro freando ou arrancando, usando a unidade km/h/s.

4. Explique que a aceleração é uma grandeza escalar. Você pode falar que a direção e o sentido da aceleração
são aquelas da força resultante que gerou a aceleração, pois, na Frente A, o estudo sobre as Leis de Newton
já foi iniciado. Essa é uma das vantagens de se trabalhar com as duas frentes: o aluno estuda o movimento de
forma descritiva (Frente A: Cinemática), simultaneamente ele aprende as causas do movimento (Frente B:
Leis de Newton). No caso específico da aceleração tangencial, explique que o sentido da aceleração é o
mesmo da velocidade quando essa aumenta de valor, mas que a aceleração tem sentido oposto ao do
movimento quando a velocidade diminui. Para justificar isso, você poderá escrever a equação da aceleração
média na forma vetorial e aplicar a regra de subtração de vetores. Mostre os dois casos, aquele no qual
a velocidade está aumentando e o outro em que a velocidade está diminuindo.

5. Agora, introduza o conceito geométrico da aceleração tangencial, usando um gráfico da velocidade


em função do tempo para um movimento variado. Primeiramente, trace uma reta secante ao gráfico
entre dois instantes de tempo, mostrando que a aceleração tangencial média é a inclinação dessa
reta secante (1º gráfico a seguir). Depois, fazendo o intervalo de tempo tender a zero, mostre que a
reta secante vira uma reta tangente, cuja inclinação é a chamada aceleração tangencial instantânea
(2º gráfico a seguir). Professor, chame a atenção dos alunos para o fato de que, como as escalas
do eixo do tempo e da velocidade são, em geral, diferentes, nós não podemos associar a aceleração
do movimento à inclinação do gráfico medida diretamente com um transferidor. Para determinar
a aceleração, deveremos medir o tamanho do cateto vertical e o do cateto horizontal do triângulo
formado pela reta secante ou tangente e depois dividir a 1ª medida pela 2ª. O Exercício resolvido 01
é um bom treinamento para o aluno assimilar melhor essa ideia.

v v

∆v α

α
∆1

t1 t2 t t

tg α = a = ∆v/∆t

v v

∆v α

α
∆1

t1 t2 t t

tg α = a = ∆v/∆t
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Manual do Professor

6. Introduza a ideia de movimento uniformemente variado, explicando que a aceleração tangencial desse
movimento é constante. Por isso, o gráfico da velocidade em função do tempo é uma reta inclinada.
A propósito, apresente os três gráficos a seguir de um movimento uniformemente variado, que, por
exemplo, pode representar o movimento de um carro que está parando. Explique por que a aceleração
do carro é negativa, por que a inclinação do gráfico da posição em função do tempo aumenta no
tempo e por que a inclinação desse gráfico é nula no instante T. Os alunos irão entender isso, pois a
inclinação do gráfico da posição versus o tempo (a velocidade instantânea) já foi discutida no capítulo
anterior. Além disso, naquele capítulo, também discutimos o fato de que a distância percorrida é dada
pela área do gráfico da velocidade versus o tempo.

Posição

Física
Tempo
T
Velocidade

Distância
Tempo
Aceleração
Tempo

7. Apresente as três equações básicas do Movimento Uniformemente Variado. Deduza a 1ª equação


(v = v0 + at) a partir da definição da aceleração e deduza a 2ª equação (d = v0t + at2/2) a partir da
área sob o gráfico da posição em função do tempo. Mostre que a 3ª equação (v2 = v0 2 + 2ad) pode
ser deduzida combinando-se a 1ª equação com a 2ª, e eliminando-se o tempo t nas equações.

8. Para usar as equações básicas do movimento uniformemente variado, é importante usar sinais corretos
para a velocidade e para a aceleração. Explique que o movimento acelerado (velocidade crescente
em módulo) terá aceleração positiva se a velocidade for positiva, mas terá aceleração negativa se
a velocidade for negativa. No caso do movimento retardado (velocidade decrescente em módulo),
a aceleração e a velocidade apresentam sinais opostos.

9. Muitos professores de Física associam a dificuldade dos alunos em compreender o conceito de aceleração
ao fato de, no estudo da Cinemática, ela vir dissociada de sua origem, o conceito de força. Por outro lado,
muitos professores consideram que uma explicação puramente descritiva do movimento seja apresentada
a priori. Para esses professores, apenas depois que os conceitos operacionais de velocidade e aceleração
estiverem sedimentados é que a dinâmica do movimento deve ser introduzida. De fato, a Coleção Bernoulli
concilia as duas correntes de ensino, uma vez que a frente A aborda as causas do movimento (Leis de
Newton), e a frente B, concomitantemente, apresenta o movimento de forma mais descritiva (Cinemática).
Mesmo assim, quando você estiver trabalhando com a Frente B, é interessante reforçar com os seus
alunos a ideia de que há uma estreita associação entre a alteração do estado de movimento de um corpo
(aceleração) e a causa disso (a força).

10. Explique a queda livre (descida, mas também a subida), apresentado esse movimento como sendo
um movimento uniformemente variado. Professor, resolvendo na sala o Exercício resolvido 04, você
poderá apresentar as principais características e os principais gráficos desse movimento. As quatro
experiências de queda livre apresentadas na seção “Experimentado” são de fácil execução e todas
são muito interessantes. Professor, escolha pelo menos duas dessas experiências para enriquecer as
suas explicações sobre o assunto.

Bernoulli Sistema de Ensino 9

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Capítulo B4: Movimento Circular
1. Inicie o capítulo caracterizando o movimento curvilíneo, explicando que todo movimento desse tipo
apresenta uma aceleração centrípeta. Cite movimentos curvilíneos do dia a dia que sejam desprovidos
de aceleração tangencial e de outros que tenham essa aceleração, como um ventilador girando
normalmente e quando o ventilador acaba de ser ligado ou desligado. Explique os sentidos da aceleração
centrípeta, da aceleração tangencial e da aceleração total para um ponto na periferia de uma das pás
do ventilador para cada um desses casos. Você pode usar o Exercício resolvido 01 para fazer isso.

2. Defina as grandezas básicas do Movimento Circular Uniforme: o raio da curva (R), o período e a
frequência (T, f), as velocidades tangencial e angular (v, w) e a aceleração centrípeta (ac). Deduza
as equações básicas do movimento em função dessas grandezas: v = 2pR/T = 2pf, w = 2p/T = 2pf,
v = wR e ac = v2/R = w2R. A equação ac = v2/R é mais difícil de ser deduzida, mas você poderá
usar a figura 6 do texto do capítulo para fazer isso. Professor, ainda que você não deduza essa
equação, mostre que v2 dividido por R implica uma unidade compatível para a aceleração centrípeta:
(m/s)2/m = m/s2.

3. Há dois tipos clássicos de problemas sobre Movimento Circular Uniforme, em que comparamos os
movimentos de dois pontos A e B. No 1º tipo de problema, os pontos A e B giram com a mesma velocidade
angular. No 2º tipo, os pontos giram com a mesma velocidade tangencial. Existem inúmeros exemplos
desses problemas, mas dois pontos A e B de um disco rígido girante e dois pontos nas periferias de duas
engrenagens ou polias ligadas por uma corrente são os exemplos mais famosos do 1º tipo e do 2º tipo
de problema, respectivamente. Professor, usando esses exemplos, mostre detalhadamente se v, w, T,
f e ac do ponto A é maior, menor ou igual à grandeza do ponto B. Para analisar a aceleração centrípeta,
use a equação ac = w2R para o caso em que w é constante e a equação ac = v2/R para o caso em que
v constante, explicando que a aceleração centrípeta é diretamente proporcional ao raio para o 1º tipo
de problema, mas inversamente proporcional ao raio para o 2º tipo de problema. Professor, explique
ainda que grande parte das multiplicações ou reduções de velocidades de máquinas e de equipamentos
usados no dia a dia é obtida por meio de polias ligadas por uma
corrente ou de engrenagens, como mostrado na foto a seguir.
Nessa montagem, os movimentos dos dentes das engrenagens
A e B devem ser analisados com base no 1º tipo de problema, A
pois as engrenagens giram em torno de um eixo comum E. E B
Por outro lado, os movimentos dos dentes das engrenagens B e C
C
devem ser analisados com base no 2º tipo, pois as engrenagens
giram acopladas.

4. Indicamos o vídeo “Transmissão do movimento circular”, disponível no Bernoulli Digital. Esse objeto de
aprendizagem ajuda a exemplificar e contextualizar os mecanismos de transmissão do movimento
circular. Estimule os alunos a assistirem ao vídeo ou exiba-o em sala de aula. Chame atenção para
as diferenças entre os diversos tipos de acoplamentos, quais grandezas se conservam durante a
transmissão do movimento, quais não se conservam e o porquê de isso acontecer. Não deixe de propor
a resolução dos exercícios presentes no conteúdo digital.

5. Professor, a leitura do texto complementar explora várias transmissões de movimentos circulares em


um motor automotivo. Vale a pena discutir essa leitura em sala de aula e mostrar para os alunos as
situações referentes aos 1º e 2º tipos de problemas citados anteriormente.

10 Coleção EM1

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Manual do Professor

Comentário e resolução de questões


Questão 03
CAPÍTULO – A3 Comentário:

Leis de Newton – Aplicações A) Considerando o conjunto formado pelos blocos e pelo fio como
um só corpo, conclui-se que a força resultante que age sobre
o conjunto é dada pela diferença entre os módulos da força

Exercícios de aprendizagem peso do bloco B e da força de atrito que age sobre o bloco A.
Assim, temos que a aceleração do conjunto é dada por:

Física
FR = PB – FA ⇒ FR = 3,0 . 10 − 12 = 18 N
Questão 01
FR 18
Comentário: a= ⇒a= = 2,0 m/s2
m 9
A) Na 1ª montagem (roldana fixa), para erguer o disco de peso
Logo, a aceleração que atua nos blocos e no fio é a = 2,0 m/s2.
P = 30 N, a força da corda no disco deve ser também de 30 N,
Apesar de a massa do fio ser desprezível, ele possui
e voltada para cima. Como uma roldana fixa apenas inverte
a mesma aceleração dos blocos, uma vez que eles se
o sentido da força, a pessoa deve fazer uma força de 30 N movem juntos.
puxando a corda para baixo. Para o disco subir uma altura
B) Aplicando a 2ª Lei de Newton ao bloco A, temos:
H = 1,0 m, a pessoa deve puxar 1,0 de corda para baixo. FR = FFA – FA ⇒ FFA = FR + FA
B) Na 2ª montagem (roldana móvel), para erguer o disco FR = 6,0 . 2,0 + 12 = 24 N
de peso P = 30 N, a força que cada um dos dois ramos C) Aplicando a 2ª Lei de Newton ao bloco B, temos:
da corda exerce na roldana é de 15 N, e ambas as forças FR = PB – FFB – FFB = PB – FR ⇒ FR = 3,0 . 10 + 3,0 . 2,0 = 24 N
são voltadas para cima, de modo que a soma é 30 N, As forças FFA e FFB apresentam valores iguais devido ao fato
de termos desprezado a massa do fio.
anulando o peso do disco (considerando o peso da roldana
como desprezível). Assim, a pessoa deve fazer uma força
de 15 N puxando o ramo direito da corda para cima. Questão 04
Para o disco subir uma altura H = 1,0 m, a pessoa deve Comentário: A figura mostra as forças que agem na esfera e no
puxar 2,0 m de corda. bloco: os pesos P1 = 20 N da esfera e o peso P2 = 30 N do bloco
(considerando g = 10 m/s2) e as tensões T1 = T2, que a corda
exerce na esfera e no bloco e que são iguais entre si porque a
Questão 02
massa da corda é desprezível. Aplicando a 2ª Lei de Newton
Comentário: Na 1ª situação, o pai aplica uma força de em cada corpo e chamando as duas tensões simplesmente de
módulo T na corda. A corda exerce uma força T’ na cadeira. T, obtemos o seguinte sistema de equações:
É claro que T’ = 350 N, para que o balanço fique em repouso. T1 – P1 = m1a ⇒ T – 20 = 2,0.a
Desprezando a massa da corda, temos que T = T’ = 350 N, P2 – T2 = m2a ⇒ 30 – T = 3,0.a
pois não há variação de tensão ao longo da corda. Resolvendo o sistema, achamos a = 2,0 m/s2 e T = 24 N.
Na 2ª situação, a força de módulo T’ que a corda exerce na mão A montagem deste exercício é conhecida como a Máquina de
do menino é igual a força de módulo T que a corda exerce na Atwood. Ela foi proposta em 1784 por George Atwood para
cadeira. Como podemos desprezar a massa da corda, para o determinar experimentalmente a aceleração da gravidade.
sistema (menino / cadeira) ficar em equilíbrio, temos: Como as massas em cada lado são de valores próximos,
o movimento ocorre com baixa aceleração, ao contrário da
T + T’ = 350 ⇒ 2T = 350 ⇒ T = 175 N aceleração de queda livre dos corpos. Assim, nesta montagem,
é fácil determinar experimentalmente a aceleração (a) por meio
das medições do tempo (t) e do deslocamento (d) das duas
massas, e aplicando a equação d = at2/2 da Cinemática.

T
T’ T

T’ a
T1
T2
m1
P1 = 20 N
m2
350 N 350 N
P2 = 30 N

Bernoulli Sistema de Ensino 11

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Questão 05 Questão 07
Comentário: As figuras mostram os valores das forças de Comentário:
atrito que o solo exerce no bloco em cada figura. A) Considerando o sistema constituído pelos blocos e pelas cordas
5N 10 N 15 N 20 N como um corpo único, temos que a força resultante que atua
nesse corpo é dada pela diferença entre o módulo do peso do
bloco C e a soma dos módulos da força de atrito que atua no
Fae = 5N Fae = 10N Fae máx = 15N Fc < 15N bloco B e do peso do bloco A. Assim, considerando a máxima
força resistiva ao movimento, temos que o módulo da força
A) Na 1ª figura, não há força de atrito, pois a pessoa não está resultante no sistema, no instante inicial, é dado por:
empurrando o bloco. O solo só exerce uma força de atrito
quando o bloco exerce nele uma força de atrito para frente FR = PC – (Fa + PA) ⇒ FR = mC . g – (NB . µe + mA . g) ⇒
ao ser empurrado. A força de atrito do solo no bloco nada FR = mC . g – (mB . g . µe + mA . g) ⇒
mais é do que a reação à força de atrito do bloco no solo.
FR = 5,0 . 10 – (3,0 . 10 . 0,5 + 2,0 . 10) ⇒ FR = 15 N
B) Nas 2ª, 3ª e 4ª figuras, a força de atrito do solo no bloco é do
Diante do fato de que a força resultante que atua sobre o
tipo estático, pois o bloco é empurrado para frente, mas continua
sistema é não nula, conclui-se que o sistema entrará em
parado. De acordo com a 1ª Lei de Newton, essa força de atrito
movimento acelerado.
deve ter módulo igual à força do empurrão, pois a resultante
deve ser zero para o corpo permanecer em repouso. Note que, B) Conforme discutido no item anterior, a força resultante que
quanto maior a força do empurrão, maior é o valor da força atua no sistema é dada pela diferença entre o módulo do peso
de atrito estático, de modo a garantir uma resultante nula. do bloco C e a soma dos módulos da força de atrito que atua
Na 4ª figura, como o bloco está na iminência de movimento, no bloco B e do peso do bloco A. Sendo a força resultante que
a força de atrito estático é máxima: Fae máx = 15 N. Por isso, um atua sobre o sistema não nula, este entrará em movimento.
empurrão ligeiramente maior do que 15 N fará o corpo se mover. Logo, a força de atrito que atuará sobre o bloco B é a força
C) Na 5ª figura, como o corpo está em movimento, a força de atrito cinético. Assim, temos que a aceleração do sistema
de atrito é do tipo cinético. Essa força é sempre inferior à e as tensões nas cordas 1 e 2 são dadas por:
força de atrito estático, que é máxima. Portanto, a força FR = PC – (Fa + PA ) ⇒
de atrito na 5ª figura é menor do que 15 N.
(mA + mB + mC ) a = mC . g – (NB . µ c + mA . g) ⇒
Questão 06
Comentário: a=
B(
m . g – m . g . µ + m . g 
 C c A  ) ⇒
A) As forças que atuam na moeda na situação proposta pelo (mA + mB + mC )
enunciado estão representadas na figura seguinte:
P
a=
(
5,0 . 10 – 3,0 . 10 . 0,2 + 2,0 . 10 
  ) ⇒
(2,0 + 3,0 + 5,0)

Fa a = 2,4 m/s2
N
FR = T1 – PA ⇒ T1 = FR + PA ⇒
A A

T1 = 2,0 . 2,4 + 2,0 . 10 = 24,8 N

FR = PC – T2 ⇒ T2 = PC − FR ⇒
c c

Considerando que não haja deslocamentos na direção vertical,


T2 = 5,0 . 10 – 5,0 . 2,4 = 38 N
conclui-se que as forças peso e normal se anulam. Logo,
a força resultante que atua sobre a moeda é igual à força de
atrito estático exercida pela folha de papel. Assim, temos que: Questão 08
FR = FA ⇒ m . a = N . µe ⇒ m . a = m . g . µe ⇒ a = g . µe Comentário:
Ou seja, a máxima aceleração a que a moeda pode estar A) Na situação em que as rodas giram, mas estão na iminência de
sujeita é dada por a = g.µe. Desse resultado, conclui-se que, escorregar, a força de atrito que atua sobre os pneus é a força
de atrito estático máximo, a qual é a força resultante que atua
para que a moeda permaneça em repouso em relação à folha,
sobre o carro. Assim, aplicando a 2ª Lei de Newton, obtemos:
a máxima aceleração com a qual a folha pode ser puxada é:
a = g . µe ⇒ a = 10 . 0,5 = 5,0 m/s2
FR = Fa ⇒ m . a = m . g . µe ⇒

B) Ao aplicarmos um puxão súbito na folha, ela fica sujeita a uma a = g . µe ⇒ a = 10 . 0,50 = 5,0 m/s2
aceleração de grande intensidade. O módulo dessa aceleração Substituindo essa aceleração na equação de Torricelli,
é, frequentemente, maior que o módulo máximo da aceleração obtemos:
que a moeda pode adquirir em virtude da força de atrito com a
v2 − v20
folha. Assim, estando a folha sujeita a uma aceleração de módulo v2 = v20 + 2ad ⇒ d = ⇒
elevado, a folha desloca-se em relação à moeda, que, em virtude 2a
disso, mantém-se no mesmo lugar em relação ao copo até a 302 − 02
d= = 90 m
folha de papel ser retirada, quando, então, a moeda cai. 2 . 5,0

12 Coleção EM1

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Manual do Professor

B) Na situação em que as rodas escorregam, a força de atrito B) As componentes do peso tangente (Px) e perpendicular (Py)
que atua sobre os pneus é a força de atrito cinético. Assim: à rampa valem:
FR = Fa ⇒ m .a = m . g . µc ⇒ Px = P sen 10° = 800 . 0,17 = 136 N

a = g . µc ⇒ a = 10 . 0,30 = 3,0 m/s 2 Py = P cos 10° = 800 . 0,98 = 784 N


C) Cada pneu deve proporcionar uma força de atrito Fat = 68 N
v2 − v20
v2 = v20 + 2ad ⇒ d = ⇒ (voltada para frente). Assim, a soma dessas duas forças
2a
é 136 N, de modo a anular a componente Px  = 136 N
302 − 02
d= = 150 m (oposta ao movimento). Dessa forma, a resultante na direção x
2 . 3,0
do movimento é nula, e o movimento é retilíneo uniforme.
D) Cada pneu deve proporcionar uma força normal N = 392 N
Questão 09
(voltada para cima). Assim, a soma dessas duas forças é
Comentário: 784 N, de modo a anular a componente Py = 784 N (voltada para

Física
A) No início da queda, a velocidade é zero, de modo que a baixo). Dessa forma, a resultante na direção y perpendicular à
força de resistência do ar também é zero. Assim, como a rampa é nula, lembrando que não há movimento nessa direção.
única força no objeto é o seu peso, a aceleração no início
da queda é a própria aceleração da gravidade.
Questão 12
B) O peso do corpo é P = 10 N (voltado para baixo). Quando a
Comentário:
força de resistência do ar for Far = 4,0 N (voltada para cima), a
resultante será R = P – Far = 6,0 N (voltada para baixo). Quando a A) Observando a figura do exercício, verificamos que a força 1
velocidade do objeto aumentar ainda mais, e a força de resistência é exercida pela rampa sobre a foca e que essa força se opõe
do ar atingir Far = 10 N, a resultante será R = 10 – 10 = 0. ao movimento da foca. Logo, concluímos que essa é uma
A partir desse momento, a queda ocorre com velocidade força de atrito exercida pela rampa sobre a foca. Verificamos,
constante (velocidade terminal). Considerando a aceleração da também, que a força 2 atua sobre a foca e é direcionada
gravidade g = 10 m/s2, a massa do objeto é m = P/g = 1,0 kg. para baixo. Assim, concluímos que essa força representa o
Assim, as acelerações serão 6,0 m/s2 e zero, nessa ordem. peso da foca. Analisando a figura do exercício, observamos
que a força 3 atua na foca e é exercida pelo plano, sendo
Questão 10 perpendicular a este. Dessa forma, concluímos que a força 3
é a força normal exercida pela rampa sobre a foca.
Comentário:
B) Conforme discutido no item anterior, as forças representadas
A) A vantagem mecânica de um plano inclinado, dada pelo
na figura são a força de atrito que atua na foca, o peso
quociente entre o comprimento L do plano e sua altura H,
desta e a força normal que a rampa exerce sobre a foca.
indica quantas vezes a força que você faz para puxar um
Os módulos dessas forças podem ser calculados por meio
corpo ao longo desse plano é menor do que o peso do
corpo (desprezando o atrito do corpo no plano). Assim, na das seguintes relações:
2ª montagem, onde a altura H é a metade da 2ª montagem, P = mg
a vantagem mecânica é duas vezes maior.
N = mg . cos θ
B) Como explicado em A, a vantagem mecânica da 2ª montagem
é o dobro da vantagem mecânica da 1ª montagem. Por isso, Fa = µcN = µc . (mg . cos θ)
a leitura do dinamômetro na 2ª montagem é 50 gf. Como pode ser observado nas relações anteriores, para
calcularmos os módulos dessas forças é indispensável o
Questão 11 conhecimento do valor da massa da foca. Como esse dado
Comentário: não é fornecido pelo enunciado, não podemos calcular o
A) A figura a seguir mostra a força FSP do solo em um dos pneus módulo de tais forças. Para calcularmos a aceleração que
da cadeira de roda. Essa força é vertical e tem a metade do atua sobre a foca devemos calcular a força resultante que
valor do peso do conjunto cadeira/cadeirante. A força do solo atua sobre ela. Assim, temos:
no outro pneu também vale a metade do peso (supondo uma FR = Px – Fa ⇒
distribuição uniforme do peso). Assim, a soma das forças
do solo em cada pneu é igual ao peso do conjunto. Sendo ma = mg . sen θ – µc mg . cos θ ⇒
voltada para cima, essa força anula esse peso, gerando uma
a = g (sen θ – µcmg . cos θ)
resultante nula. As componentes ortogonais da força FSP são
a força normal N e a força de atrito Fat mostradas na figura. Como pode ser observado, a aceleração que atua na foca
pode ser calculada em função da aceleração da gravidade,
FSP do coeficiente de atrito cinético e do ângulo de inclinação da
N rampa. Como esses dados foram fornecidos pelo enunciado,
chega-se ao resultado facilmente.
at2
d = v0 t + ⇒
C) Utilizando a relação obtida no item anterior, a= 2 g(sen θ – µc cos θ),
obtemos o módulo da aceleração que atua na foca, a = 4,8 m/s2.
Larissa Bloise

at2 4,8 t2
Observando queda=foca v0 t +parte⇒ 5,4 =
do repouso, temos:⇒
2 2
Fa
at2 4,8 t2 10,8
d = v0 t + ⇒ 5,4 = ⇒ t= = 1,5 s
Cadeira subindo com velocidade constante. 2 2 4,8
4,8 t2
5,4 = ⇒ t = 10,8 = 1,5 s
2 4,8
Bernoulli Sistema de Ensino 13
10,8
t= = 1,5 s
4,8

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Questão 13 Questão 15
Comentário: De acordo com o enunciado, a caixa permanece Comentário:
em repouso até o instante em que a elevação da tábua A) Nas situações propostas pelo exercício, as únicas forças
atinge o valor θ. A figura seguinte mostra uma representação que atuam sobre o garoto são seu peso, que possui módulo
esquemática da situação. constante, e a força normal, cujo módulo é variável. No início
N do movimento, atua sobre o garoto uma força resultante para
Fa cima, que faz com que ele inicie seu movimento de subida.
Px
Consequentemente, o módulo da força normal é maior que o
θ do peso, e a aceleração que atua sobre ele é orientada para
Py cima. Quando o garoto passa pelo 3º andar, seu movimento
é uniforme e, consequentemente, a força resultante que atua
P
sobre ele é nula. Nessa situação, o módulo da força normal é
θ
igual ao do peso. Não há aceleração atuando sobre o garoto.
Analisando a figura, verificamos que o módulo da força de atrito Quando o garoto está chegando ao 6º andar, ele inicia um
estático máximo é igual ao módulo da componente tangencial movimento de parada. Nessa situação, a força resultante que

do peso, portanto, atua sobre ele é orientada para baixo e, consequentemente,


o módulo da normal é menor que o do peso. Assim,
Fa = Px ⇒ µ e . N = mg . sen θ ⇒ a aceleração que atua sobre o garoto é orientada para baixo.
µ e (mg . cos θ) = mg . sen θ ⇒ A figura seguinte mostra os vetores representativos de tais
grandezas em cada uma das situações.
sen θ
µe = = tg θ
cos θ

N N N
Logo, como o ângulo θ é conhecido, pode-se calcular o
a
coeficiente de atrito estático.
a
Quando a caixa entra em movimento, com a tábua inclinada um P P
P
ângulo θ, o módulo da aceleração que atua sobre ela é dado por:
Iniciando Movimento Terminando
FR = Px – Fa ⇒ ma = mg . sen θ – µc . mg . cos θ ⇒ movimento Retilíneo movimento
de subida Uniforme de subida
a = g (sen θ – µc . cos θ)
B) O valor indicado na leitura da balança representa o módulo
De acordo com os dados fornecidos pelo enunciado da questão,
da força com a qual o garoto pressiona o piso da balança.
a aceleração que atua sobre a caixa pode ser calculada ainda O módulo dessa força de compressão é igual ao módulo
por meio da relação da força normal que atua sobre o garoto e, assim, para
a ∆t2 2D determinarmos o valor indicado pela balança, precisamos
D= ⇒a=
2 ∆t2 determinar o módulo da força normal. Considerando o módulo
da aceleração de partida e de parada igual a 0,60 m/s2,
Combinando os resultados das duas equações anteriores, conforme indicado no enunciado, e utilizando os resultados
e explicitando o coeficiente de atrito cinético, obtemos: da discussão do item anterior, obtemos os seguintes valores
para o módulo da força normal em cada uma das situações:
2D No início do movimento,
µc = − tg θ
g(∆t)2 cos θ
FR = N – P ⇒ N = FR + P ⇒

Como todos os dados anteriores são conhecidos, o coeficiente N = ma + mg = m(a + g) ⇒


de atrito cinético pode ser calculado. N = 35 (0,60 + 10) ⇒
N = 371 = 37,1 kgf
Questão 14
Quando o elevador passa pelo 3º andar,
Comentário:
FR = N – P ⇒ N = FR + P ⇒
A) O valor da constante elástica K = 5 000 N/m pode ser N = ma + mg = m(a + g) ⇒
convertido para:
N = 35 (0 + 10) ⇒
K = 5 000 N/(100 cm) = 50 N/cm
N = 350 N = 35,0 kgf
Esse valor implica uma força de 50 N para deformar a mola
Quando o elevador está chegando ao 3º andar,
de 1 cm, seja distendendo-a ou comprimindo-a.
FR = N – P ⇒ N = FR + P ⇒
B) Para uma força F = 100 N, a mola se deforma 2,0 cm.
Assim, se a força for de tração, o comprimento da mola N = ma + mg = m(a + g) ⇒

passa de 20 cm para 22 cm. Se for de compressão, N = 35 (10 – 0,60) ⇒


o comprimento reduz para 18 cm. N = 329 N = 32,9 kgf

14 Coleção EM1

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Manual do Professor

Exercícios propostos Questão 04 – Letra A


Comentário: A figura mostra as forças atuantes nos blocos
Questão 01 – Letra D na direção do movimento. O peso do bloco A e a força normal
Comentário: Considerando o sistema formado por corda e sobre esse bloco não foram indicadas na figura porque elas
dois blocos, agem duas forças externas a ele: os pesos P1 e P2 não atuam na direção do movimento, e não interferem na
dos blocos, ocasionados pela Terra. solução do problema. As forças TA e TB que a corda exerce nos
P1 = m1g = 30 . 10 = 300 N blocos A e B apresentam a mesma intensidade, pois a massa
P2 = m2g = 10 . 10 = 100 N da corda é desprezível. Então, considerando TA = TB = T e PB =
Dessa forma, a força resultante externa ao sistema vale: mBg = 20 . 10 = 200 N, e aplicando a 2ª Lei de Newton para
os blocos A e B, obtemos:
P1 – P2 = 300 – 100 = 200 N
T = mA a e PB – T = mB a ⇒ T = 80 . a e 200 – T = 20 . a
Como a massa total do sistema é de 10 + 30 = 40 kg, lançando
mão da Segunda Lei de Newton e chamando de a a aceleração Resolvendo esse sistema de equações, obtemos a = 2,0 m/s2

Física
do sistema, temos: e T = 160 N.

F = ma ⇒ 200 = 40 . a ⇒ a = 5 m/s2. a
TA
Assim, a aceleração dos blocos é de 5 m/s2. A

Questão 02 – Letra C
TB
Comentário: De acordo com a imagem da questão, o sistema possui
três roldanas móveis – cada uma divide a força de tensão por dois –
e uma roldana fixa, que apenas muda o sentido da força. Logo: B

FA = FR/3 = 500/3 = 62,5 kgf.


PB
Questão 03 – Letra D
Comentário: A 1ª figura mostra as quatro forças que os quatro Questão 05 – Letra A
ramos da corda exercem nas duas roldanas inferiores do sistema. Comentário: O corpo, saindo do repouso, deve andar 4,5 m em
Como a corda está em repouso, essas forças devem ser iguais. 3 s. Utilizando a equação horária do MRUV, podemos encontrar
Isso pode ser entendido, por exemplo, se você pensar nas duas a aceleração do movimento:
reações que as roldanas esquerda e direita exercem nos dois at2 a . 32
d = v0 . t + ⇒ 4,5 = 0 .3 + ⇒ a = 1m / s2
ramos da corda na parte central da figura. Essas reações estão 2 2
destacadas na 2ª figura. Note que elas realmente devem ser
As forças externas ao sistema composto por blocos e corda são
iguais para que a parte central da corda fique parada. Retomando os pesos dos blocos de massas m e M, gerados pela Terra. Logo,
a 1ª figura, é fácil ver que a soma das quatro forças de módulos como o bloco de massa m está acelerado para cima, aplicando
F voltadas para cima deve ser igual ao peso P da barra. Assim, a Segunda Lei de Newton, teremos:
4F = P. Como F = 1 000 N (dado na questão), P = 4 000 N. FR = mtotala
P1 – P2 = (M + m)a
Mg – mg = (M + m)a ⇒ 10M – 225 . 10 = (M + 225)1 ⇒
10M – M = 225 + 2250 ⇒ 9M = 2 475 ⇒ M = 275 kg

Questão 06 – Letra B
F F F F Comentário: A força de atrito cinético Fac nas meias dos pés
do garoto de massa m, enquanto ele escorrega com uma
F F
aceleração a, é dada pela 2ª Lei de Newton:
Fac = ma
Por sua vez, Fac = μcN, sendo μc o coeficiente de atrito cinético entre
o solo e os sapatos do garoto e N, a força normal, dada por N = mg.
Substituindo essas expressões na fórmula anterior, obtemos:
P μc mg = ma ⇒ a = μcg
Podemos calcular a aceleração do garoto usando a equação
Outra forma de fazer esta questão é observando que as roldanas de Torricelli, lembrando que a velocidade inicial do garoto é
de baixo são roldanas móveis. Como a vantagem mecânica v0 = 5,0 m/s e que ele desliza uma distância d = 10 m antes
de um sistema de roldanas é VM = 2n, sendo n o número de atingir a velocidade final v = 0. Assim:
de roldanas móveis. Como, nesta montagem, n = 2, então
v2 = v02 – 2 a d ⇒ 02 = 5,02 – 2 . a . 10 ⇒ a = 1,25 m/s2
VM = 22 = 4. Logo, o peso P da barra deve ser dividido por 4
para você achar a força F que equilibra o sistema. Na verdade, Por fim, substituindo esse valor na expressão anterior, obtemos
a 1ª solução, apresentada antes, é que justifica a fórmula da o coeficiente μc:
vantagem mecânica apresentada na 2ª. 1,25 = μc . 10 ⇒ μc = 0,125

Bernoulli Sistema de Ensino 15

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Questão 07 – Letra B Questão 12 – Letra B
Comentário: A força de atrito estático máximo (Fat. máx.) deve ser Comentário: A figura mostra as forças atuantes no bloco:
vencida a fim que o bloco seja colocado em movimento. Sabe-se o peso P (e as componentes Px e Py), a força normal N e a força
que Fat. = Nμ, onde μ é o coeficiente de atrito entre as de atrito estático máxima Fae máx.
máx.

superfícies. Como o bloco não se movimenta na vertical, N


nos dois casos a normal N é igual ao peso do bloco, que não
se altera com o corte, de tal sorte que a normal é igual nas
Px
duas situações. O coeficiente de atrito estático só depende da Fae máx
natureza dos corpos, e não das dimensões destes, de forma
Py
F 30° P
que este também não se altera entre as situações. Logo, 2 = 1.
F1
A) Como o bloco está parado, a força de atrito estático anula
Questão 08 – Letra C
a componente Px do peso do bloco. Assim, essa força é:
Comentário: O coeficiente de atrito e, consequentemente,
Fae = Px = 10 . sen 30° = 10 . 0,5 = 5,0 N.
a força de atrito não dependem da área de contato entre as
superfícies em contato. Portanto, o uso de pneus mais largos B) A f o r ç a n o r m a l a n u l a a c o m p o n e n t e P y. A s s i m ,
não aumenta a força de atrito. Por outro lado, a força de atrito N = Py = 10 . cos 30° = 10 . √3/2 = 5,0 √3 N.
depende da força de compressão de uma superfície contra a C) Para calcular a aceleração, caso o bloco desça, você precisa
outra. Por isso, na fórmula da força de atrito, o coeficiente de conhecer o valor do coeficiente de atrito cinético entre
atrito aparece multiplicando a força normal, que é a reação da o bloco e o plano. Sem esse valor, não é possível achar
força de compressão. Como a força de compressão do carro a aceleração de descida. A aceleração de a = 5,0 m/s2
sobre o solo aumenta significativamente devido à presença do é a que ocorreria se o plano fosse liso. Nesse caso, não
aerofólio, a força normal do carro com esse equipamento é haveria atrito, e o bloco desceria o plano inclinado com uma
maior do que no carro sem ele. Esse efeito é conhecido como aceleração a = g . sen 30° = 10 . 0,5 = 5,0 m/s2.
efeito solo, amplamente difundido nos carros de corridas, como D) O coeficiente de atrito cinético não pode ser avaliado com
os famosos carros de Fórmula 1. os dados fornecidos neste problema. O coeficiente de atrito
Na verdade, a não influência da área de contato sobre a força estático, sim, pode ser calculado, como mostrado no item E.
de atrito aplica-se quando as superfícies são duras, como E) Quando um corpo está prestes a deslizar sobre um plano
no caso de um bloco de aço deslizando sobre uma mesa de inclinado, o coeficiente de atrito estático pode ser calculado
madeira. Em corpos moles, como nos pneus de carros, a área simplesmente pela tangente do ângulo entre o plano inclinado
de contato entre as superfícies exerce certa influência na força e a horizontal. Assim, esse coeficiente é μe = tg30° = √3/3.
de atrito. Porém, o modelo de força de atrito, válido a rigor
para corpos duros, pode ser aplicado com pouco erro para os Questão 13 – Letra A
pneus de um carro.
Comentário: Nessa situação, os dois blocos são colocados
um sobre o outro, sobre o ponto P de um plano inclinado.
Questão 09 – Letra D
Em seguida, os blocos são soltos e descem esse plano.
Comentário: A melhor opção é a alternativa D. Na roda motriz De acordo com o enunciado da questão, as forças de atrito e de
(na qual temos a tração da roda), o pneu gira no sentido de resistência do ar, nessa situação, são desprezíveis. Sendo assim,
movimento, e, assim, empurra o solo para trás, que, por sua a força resultante sobre os dois é a componente x do peso,
vez, empurra o pneu para frente. e os dois ficam sujeitos à mesma aceleração, que vale g.sen
θ (em que θ é o ângulo do plano inclinado com a horizontal),
Questão 10 – Letra D já que estão apoiados sobre superfícies que apresentam a
Comentário: No ponto mais alto da trajetória, a velocidade mesma inclinação em relação à horizontal. Como a velocidade
é nula. A força de resistência do ar também é nula, pois seu e a posição inicial de ambos também são iguais, esses blocos
módulo varia com a velocidade segundo uma relação polinomial descem o plano inclinado juntos. Logo, o diagrama que melhor
de termo independente nulo (normalmente admitimos F = –bv representa a situação, quando os blocos passam pelo ponto Q,
ou F = –bv2, em que b é uma constante). é o da alternativa A.
A aceleração é a da gravidade e é constante durante todo
o movimento, não se anulando no ponto mais alto. Logo, Questão 14 – Letra C
a alternativa D é a correta. Comentário: A força resultante FR sobre um corpo deslizando
sobre um plano inclinado sem atrito vale FR = Psenθ = mgsenθ,
Questão 11 – Letra E em que m é massa do corpo, g denota a aceleração da

Comentário: O único agente externo que exerce força sobre gravidade, e θ é o ângulo entre o plano inclinado e a horizontal.

a bola no momento especificado na questão é a Terra, já que a Como o valor de cada um desses três parâmetros não se altera

resistência do ar foi desconsiderada. Logo, a única força atuante entre os pontos A, B e C (observe que a prancha é reta), logo
  
na bola é o peso, que aponta para baixo. F A = FB = F C .

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Manual do Professor

Questão 15 – Letra B Questão 18 – Letra D


Comentário: Como a Primeira Lei de Newton diz que todo corpo Comentário: O enunciado da questão afirma que a velocidade
em movimento tende a continuar em movimento até que uma do bloco é constante, logo, a resultante das forças deve ser zero.
força modifique isso, e o texto da questão fala que o elevador Na direção horizontal, temos a componente horizontal da força,
sai do 6° andar e só para no térreo, quando o elevador parar, F . cos α, e a força de atrito, que possuem sentidos opostos.
a tendência da caixa é continuar o movimento, aumentando a Para que a resultante seja zero, elas devem apresentar o
tensão no barbante e fazendo com que ele arrebente. mesmo módulo. Logo, a força de atrito deve ser igual a F.cos α,
como mostrado na alternativa D.
Questão 16 – Letra C
Comentário: Os dois blocos extremos descem e puxam para Questão 19 – Letra A
cima o bloco do meio. Em outras palavras, os pesos dos blocos Comentário: Pela característica das curvas, a curva vermelha
nas extremidades se somam e se opõem ao peso do bloco central, representa a ação da força de atrito estático (força variável), e

Física
de modo que a resultante de forças é R = 2mg – mg = mg. a curva roxa, a ação da força de atrito cinético. Assim, a força
Essa resultante opera sobre a massa total do sistema, que vale de atrito estático máximo vale 15 N. Logo:
3m (a soma das massas dos três blocos). Assim, aplicando a
Fatemax = Nµe = mgµe ⇒ 15 = 5 . 10 . µe
2ª Lei de Newton, obtemos a seguinte aceleração:
µe = 0,3
a = R/massa do sistema = mg/3m = g/3
De acordo com o gráfico, a força de atrito cinético vale 10 N.
Essa é a aceleração de subida do bloco central, e a de descida
Utilizando a Segunda Lei de Newton, temos:
dos dois blocos extremos.
F – Fatc = ma ⇒ 30 – 10 = 5a ⇒ a = 4 m/s2.
Ainda podemos resolver este problema aplicando a 2ª Lei de
Newton separadamente para cada bloco. Nesse caso, obtemos
o seguinte sistema de equações (T é a tensão que a corda Questão 20 – Letra A
exerce em cada bloco): Comentário: Observe a figura a seguir, que esquematiza as
m.g–T=m.a Bloco da esquerda forças agindo sobre o bloco:
2.T–m.g=m.a Bloco central
Fet
m.g–T=m.a Bloco da direita
Resolvendo o sistema: a = g/3
N
F
Questão 17 – Soma = 46
Comentário:
01. Falsa. É necessário que o automóvel acelere o trailer, e, P
assim, faça uma força adicional devido ao estado de inércia
do trailer. Como o bloco não se move na horizontal, N = F. Para

02. Verdadeira. A aceleração do conjunto pode ser calculada que o bloco não se mova, P ≤ Fatmax = Nµ = Fµ. Logo,
P mg 3.10
por: F≥ = = = 150 N .
µ µ 0,2
vt = v0 + at ⇒ 25 = 0 + 20a ⇒ a = 1,25 m/s2
Utilizando a equação horária para descobrir a distância: Questão 21 – Letra C
1 Comentário: A figura a seguir mostra as forças agindo na caixa:
d = v0 t + at2 ⇒
2
1,25 . 202 N = 400 N
d=0. t+ = 250 m
2

04. Verdadeira. A força F que acelera o trailer é exercida pelo F = 160 N


automóvel e vale, portanto, F = mAa = 500 . 1,25 = 625 N. Fac
Por ação e reação, o trailer exerce sobre o automóvel uma
força da mesma magnitude. P = 400 N

08. Verdadeira. Pela Segunda Lei de Newton, a força F externa d=9m


resultante sobre o conjunto é tal que F = (mA + mB)a =
(1 500 + 500) . 1,25 = 2 500 N.
A força de atrito é Fac = µc N. Substituindo o coeficiente de
16. Falsa. A força efetuada sobre o trailer é de 625 N, e sobre atrito µc = 0,20 e a normal N = 400 N (igual ao peso P da
o conjunto, de 2 500 N. caixa), obtemos a força de atrito Fac = 0,20 . 400 = 80 N.
32. Verdadeira. Vide item 02. Por sua vez, a aceleração da caixa pode ser obtida pela 2ª Lei
64. Falsa. Pela Terceira Lei de Newton, as forças de ação e de Newton: F – Fac = m . a. Substituindo F = 160 N, Fac = 80 N
reação têm de ter a mesma magnitude. Elas não interferem e m = 40 Kg, obtemos a = 2,0 m/s2. Por fim, aplicando a
sobre a aceleração do conjunto porque são internas ao equação de Torricelli, achamos a velocidade final da caixa:
sistema e atuam em corpos diferentes. v2 = v02 + 2 ad = 02 + 2 . 2,0 . 9 = 36 ⇒ v = 6,0 m/s

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Questão 22 – Letra A Questão 25 – Letra E
Comentário: Nessa situação, as forças que atuam sobre o Comentário: A velocidade terminal é atingida quando a força
bloco B são seu peso PB, a força normal NB e a de atrito FAB, de resistência do ar iguala-se com o peso do corpo em queda.
exercidas pelo bloco A. Assim, lembrando que a constante aerodinâmica K das esferas
NB são iguais e que suas massas são mA e mB, temos as seguintes
velocidades terminais:
FAB
B KvA2 = mAg ⇒ vA2 = mAg/K
KvB2 = mBg ⇒ vB2 = mBg/K
PB
Como mA = 2.mB, a substituição dessa relação nas expressões
As forças peso e normal se anulam, logo, a força resultante que atua apresentadas anteriormente leva à seguinte relação entre as
sobre o bloco B é a força de atrito FAB. Tendo em vista a imposição velocidades terminais:
de que o bloco B não deslize sobre o bloco A, temos que a máxima (vB/vA)² = mB/mA = 1/2 ⇒ vB/vA = √2/2
força horizontal que o bloco A pode exercer sobre o bloco B é a
força de atrito estático máxima. Logo, a intensidade máxima da Questão 26 – Letra A
aceleração a que o sistema pode estar sujeito é dada por: Comentário: A inclinação do gráfico de velocidade versus
FAB = mBa ⇒ mBa = µBNB ⇒ mBa = µBmBg ⇒ a = µBg tempo nos dá a aceleração do movimento. Logo, até 0,7 s,
percebe-se que a aceleração vai diminuindo, o que implica em
Sobre o bloco A, atuam as seguintes forças: seu peso PA, a força
um aumento da força de resistência feita pelo líquido, que,
de compressão exercida pelo bloco B, NB, a força normal, NA,
pois, aumenta com a velocidade.
exercida pela superfície, a força de atrito exercida pela superfície,
FAS, a força de atrito exercida pelo bloco B, FAB, e a força F. Questão 27 – Letra D
NA Comentário: Observe a figura a seguir, que esquematiza as forças
NB agindo sobre o bloco que se encontra sobre o plano inclinado.
FAB D T2
F 1,00 kg
A
FAS T1
PY Px θ
PA
P
A força peso PA, a força de compressão NB e a força normal NA 1,00 kg
anulam-se mutuamente. Temos, então, que a intensidade da
Como o bloco trapezoidal se encontra em equilíbrio, temos que
força resultante que atua sobre o bloco A é dada por:
T1 = mg = 1,00 . 10 = 10 N. Como o bloco cúbico se encontra
FRA = mAasis = F – (FAB + FAS) ⇒ em equilíbrio, temos:
mAµBg = F – [µBmBg + µA(mA + mB)g] ⇒ T2 = T1 + Px ⇒
mAµBg + µBmBg + µA(mA + mB)g = F ⇒ T2 = 10 + mgsen θ ⇒
F = µBg(mA + mB) + µA(mA + mB)g ⇒
T2 = 10 + 1,00 . 10 . 0,6 = 10 + 6 = 16 N
F = (µA + µB)(mA + mB)g Como a força medida pelo dinamômetro é T2, este marca 16 N.
Logo, a alternativa correta é a A.
Questão 28 – Letra A
Questão 23 – Letra D Comentário: A figura mostra as forças no bloco suspenso
Comentário: A aceleração da caixa em relação ao caminhão é: (peso = mg; tensão T da corda), na polia móvel (tensão 2T
das cordas em cada lado) e no bloco sobre o plano inclinado
FR = Fat ⇒ ma = 1 500 ⇒
(peso = Mg = 80 N e suas componentes; tensão 2T da corda).
a = 1 500/300 = 5 m/s2.
Dessa forma, ele percorrerá os 10 m em um tempo t tal que: T
T 2T
at2
d = v0 t + ⇒
2 2T
T
5t2 θ
10 = 0 . t + ⇒ M
2 Px = Mgcos θ = 80 √3/2 = 40 √3 N
m
t = 2s
Py = Mg = sen θ

mg Mg = 80 N
Questão 24 – Letra B
Comentário: No MRU a aceleração é zero, e o gráfico da
questão deve apresentar uma reta sem inclinação, com R igual Como o bloco sobre o plano está em equilíbrio, a componente
a zero até o tempo τ. Por outro lado, no MRUV, a aceleração é Px do peso do bloco deve anular a tensão 2T, de modo que:

constante e diferente de zero, e assim o gráfico da questão deve Px = 80 . cos θ = 80 . ¹3 / 2 = 2T ⇒ T = 20¹3N


apresentar uma reta sem inclinação, com R diferente de zero a No bloco suspenso também está em equilíbrio, de modo que:
partir do tempo τ. Logo, o gráfico da alternativa B é o correto. T = mg ⇒ 20¹3 = m . 10 ⇒ m 2¹3N

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Manual do Professor

Questão 29 – Letra D Questão 32


Comentário: Como a velocidade da mola é constante durante Comentário:
todo o movimento, a força de atrito tem módulo sempre igual ao A) Como o dinamômetro marca 100 N com o balde em
módulo da força elástica, independentemente de aquele ser cinético repouso, este é o valor do peso do balde, e sua massa
ou estático. Assim, ao distendermos inicialmente a mola, o corpo será 10 kg, considerando a gravidade local igual a 10 m/s².
não entra em movimento, já que o módulo do atrito é igual ao da No ponto A, pela Segunda Lei de Newton, temos:
força elástica. Esta obedece a Lei de Hooke (a força e a elongação FR = ma ⇒ 120 – 100 = 10a ⇒ a = 2 m/s2.
x estão em proporção direta, e como a elongação está também B) É possível concluir o sentido da aceleração do bloco, mas
numa proporção direta com o tempo t, já que a mola é puxada não o de sua velocidade, de forma que ele pode estar
com velocidade constante, o módulo da força elástica está em subindo acelerado ou descendo em movimento retardado.
proporção direta com o tempo t). Dessa forma, a força de atrito
também está em proporção direta com o tempo t. Quando o bloco Questão 33

Física
entra em movimento (a partir do momento em que a força elástica Comentário:
tem o mesmo módulo da força de atrito estático máxima), o atrito 1. No instante t = 3,5 s, a velocidade do corpo é zero, como
passa a ser cinético e de módulo constante. Como o atrito inicial é mostrado no 2º gráfico desta questão. Por isso, a força
nulo (mola não distendida), a alternativa D é a resposta correta. resultante no corpo é nula. Embora seja puxado por uma
força de valor 7,0 N aproximadamente (indicação da leitura
Questão 30 – Letra A do dinamômetro mostrada no 1º gráfico da questão),
Comentário: Essa questão trabalha com o conceito de peso a força de atrito estático, oposta a essa força, também tem
aparente. No caso de o elevador subir com aceleração de intensidade de 7,0 N, gerando a resultante zero. No instante
2,0 m/s2, temos que a intensidade da normal será maior que t = 5,0 s, o bloco se move com velocidade constante, como
a intensidade do peso. mostrado no 2º gráfico. Logo, a força resultante é zero.
Embora seja puxado por uma força de 7,5 N, como mostrado
O valor da normal é dado por:
no 1º gráfico, a força de atrito cinético sobre o corpo também
FR = ma ⇒ é de 7,5 N e é oposta ao movimento e à força do puxão.
N – P = ma ⇒ 2. No instante t = 4,0 s, a força que puxa o bloco atinge o valor
N = ma + mg ⇒ máximo de 10 N, e o mesmo ocorre com a força de atrito
estático. Esse é o valor de força que causa a ruptura do
N = m(a + g) = 60(2,0 + 10) ⇒
sistema, o valor limite para o corpo deixar o repouso e entrar
N = 720 N em movimento. Para achar o coeficiente de atrito estático,
Tendo em vista que a balança “mede” a força normal N, basta substituir esse valor de 10 N na fórmula da força de
o valor registrado pela balança, nessa situação, será 72 kg. atrito estático, lembrando que a normal N que aparece nesta
N o c a s o d e o e l e va d o r d e s c e r c o m a c e l e ra ç ã o d e fórmula é igual ao peso do corpo (N = P = 5,0 . 10 = 50 N).
2,0 m/s2, temos que a intensidade da normal será menor que Assim:
a intensidade do peso. A intensidade da normal será dada por: Fae máx = μe N ⇒ 10 = μe . 50 ⇒ μe = 0,20
FR = ma ⇒ 3. A partir do instante t = 4,0 s, o corpo está em movimento,
P – N = ma ⇒ e a força que puxa o bloco é de 7,5 N, que também é o
N = mg – ma ⇒ valor da força de atrito cinético. Para achar o coeficiente
de atrito cinético, basta substituir esse valor de 7,5 N na
N = m(g – a) = 60(10 – 2,0) ⇒
fórmula da força de atrito cinético:
N = 480 N Fac = μc N ⇒ 7,5 = μc.50 ⇒ μc = 0,15
Tendo em vista o módulo da normal, nessa situação, temos
4. A distância percorrida entre os instantes t = 2,0 s e t = 5,0 s
que o valor registrado pela balança será 48 kg.
é dada pela área sob o 2º gráfico (velocidade em função
A situação C é a mais simples de se resolver, uma vez que, do tempo). Essa área, com boa aproximação, é a área do
estando em queda livre, a pessoa não pressiona a balança. retângulo de base Δt = 5,0 – 4,0 = 1,0 s e altura v = 0,10 m/s
Logo, o valor registrado será 0 kg. (valores tirados do 2º gráfico):
Dessa forma, os resultados são mostrados na alternativa A. d = base. Altura = 1,0 s . 0,10 m/s = 0,10 m

Questão 31 – Letra E
Questão 34
Comentário: Quando um elevador sobe, aumentando a velocidade,
Comentário: As componentes perpendiculares, em relação aos
a aceleração do elevador e dos passageiros é voltada para cima.
planos inclinados, dos pesos dos blocos 1 e 2 se anulam com as
Para isso, a força normal total sobre todos os passageiros deve ser
normais exercidas pela superfície do plano. Logo, como os corpos
maior do que o peso total dos passageiros. Aplicando a 2ª Lei de
estão em equilíbrio, as componentes horizontais, em relação aos
Newton sobre o conjunto de passageiros, obtemos a força normal
planos inclinados, dos pesos dos blocos devem se anular. Assim:
total sobre eles (lembrando que a massa total dos passageiros é
m = 5,0 . 102 kg e a aceleração é a = 2,0 m/s2): Px = Px ⇒
1 2

N – P = m a ⇒ N – 5,0 . 102 . 10 = 5,0 . 102.2,0 ⇒ N = 6,0 . 103 N m1gsen30° = m2gsenβ ⇒


Essa força é a reação à força de compressão sobre o piso do 0,4 . 10 . sen30° = 0,6 . 10 . senβ ⇒
elevador. Portanto, a força total que os passageiros exercem 1
β = arcsen
comprimindo o piso desse elevador é de 6,0 . 103 N. 3

Bernoulli Sistema de Ensino 19

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Questão 35 Questão 02 – Letra A
Comentário: Eixo cognitivo: IV
A) Competência de área: 2
k Habilidade: 7
Fe Comentário: Considerando que a única força que atua no
m
N carro seja a força de atrito com o solo, podemos encontrar as
acelerações dos dois veículos:
PX
PY FR = Fa
30°
P m . a=µ .N=µ . m . g
 2
 a = µ e . g = 1,0 . 10 = 10 m/s
Fe é exercida pela mola. a=µ .g ⇒  1
 a2 = µ c . g = 0,75 . 10 = 7,5m/s2
N é exercida pela superfície.
Px e Py são componentes do peso P, exercido pela Terra. Tendo as acelerações, podemos calcular as distâncias aplicando
a equação de Torricelli:
B) Como o bloco está em equilíbrio:
v2 = v20 − 2 . a . d
Fe = Px ⇒
 2
 d = v0 = 30 = 45 m
2
kx = mgsen30° ⇒
2
v −v 2 

1
2 . a1 2 . 10
1 d= 0 ⇒
100x = 5 . 10 . ⇒
2 2.a  v20 302
x = 25 cm  d2 = = = 60 m
 2 . a 2
2 . 7,5

Questão 03 – Letra B
Seção Enem
Eixo cognitivo: III

Questão 01 – Letra B Competência de área: 6

Eixo cognitivo: V Habilidade: 20

Competência de área: 5 Comentário: No instante inicial, vamos considerar que apenas o


peso atua sobre o paraquedista. Assim, o peso é a força resultante.
Habilidade: 19
O paraquedista terá um movimento acelerado e sua velocidade irá
Comentário: A força mínima necessária para mover o navio é a
aumentar. Com isso, a força de resistência do ar, que cresce com
que equilibra com a força de atrito estático máximo. Como temos
a velocidade e se opõe ao movimento irá aumentar até o valor
a massa do navio, podemos calcular a força normal e, a partir
do peso. A força resultante será nula. Logo, a força resultante
dela, calcular a força de atrito e a de tração:
diminui de 0 até TA. No instante TA, o paraquedas é aberto e a
|FT| = |Fa| = N . µe = m . g . µe resistência do ar irá aumentar freando o paraquedista. A partir
FT = 3 000 . 10 . 0,8 = 24 000 N desse momento, a força resultante inverterá o sentido, e irá se
FT é a força de tração da corda sobre o navio, e Fa é a força de opor ao movimento. A velocidade do paraquedista irá diminuir e,
atrito da areia sobre o navio. com isso a resistência do ar também até se igualar novamente
A força que Arquimedes fez para puxar o navio foi de 400 N, ao peso. Novamente, a força resultante será nula.
logo, o sistema de roldanas deve ser capaz de aumentar a
força por um fator de no mínimo x = 24 000 / 400 = 60 vezes. Questão 04 – Letra A
Como cada polia móvel dobra a força, é necessário que o Eixo cognitivo: I
número de polias móveis mínimo seja:
Competência de área: 6
2n ≥ 60 {26 = 64}
Habilidade: 20
n=6
Comentário: Para um veículo desprovido de freios ABS,
De fato, usando esse número de polias móveis, a força supondo que houve deslizamento dos pneus em relação à pista,
necessária seria: a frenagem pode ser dividida em dois instantes: no primeiro, o
pneu ainda roda sem deslizar, estando, portanto, sujeito à ação
FT 24 000
F= n
= 6
= 375 N de uma força de atrito estático crescente; no segundo, assim
2 2
que o valor da força de atrito estático atinge seu valor limite
Logo, a força de 400 N feita por Arquimedes é suficiente para (que depende do coeficiente de atrito estático entre os pneus e a
puxar o navio. pista), os pneus do carro passam a deslizar (sem girar) sob ação
As polias fixas, apesar de estarem presentes na figura, não de uma força de atrito cinético. Lembre-se de que a intensidade
interferem no cálculo, e não é possível estimar quantas da força de atrito cinético é sempre menor que a intensidade da
seriam necessárias num dispositivo real apenas com os dados força de atrito estático máxima. Os únicos gráficos que estão
fornecidos. de acordo com essa discussão são os das alternativas A e E.

20 Coleção EM1

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Manual do Professor

Vamos, agora, analisar a situação em que um veículo com


sistema ABS freia. Em uma pequena fração de tempo antes de CAPÍTULO – A4
as rodas travarem, o sistema libera o freio, ou seja, a força de
atrito estático não atinge seu valor máximo. Logo em seguida,
os freios são acionados novamente, repetindo esse processo, Estática dos Sólidos
ou seja, as rodas são soltas antes de o atrito atingir o valor
máximo. Repare que há um crescimento na intensidade da
força de atrito até aproximadamente o valor máximo. Esse
comportamento não é o retratado pela alternativa E, e sim pela A,
Exercícios de aprendizagem
que está correta.
Questão 01
Questão 05 – Letra A
Comentário:
Eixo cognitivo: I
A) Duas forças que atuam sobre um ponto material formam

Física
Competência de área: 6
dois ângulos, sendo um deles maior e o outro menor que
Habilidade: 20
180°. É usual usarmos como medida do ângulo entre as
Comentário: O vetor voltado para a direita representa a força
que está empurrando o corpo, sendo, portanto, responsável pelo forças aquele menor que 180°.
deslocamento. Devido ao atrito, a superfície do corpo em contato Se as duas forças tiverem as mesmas direções e sentidos,
com o solo empurra o solo também para a direita. Por isso, o corpo
o ângulo entre elas será de zero grau e o módulo da
empurra o solo para a esquerda. Portanto, o vetor voltado para
a esquerda representa a força de atrito do solo sobre o corpo. força resultante será o maior possível e igual à soma das
intensidades das forças, ou seja:
Questão 06 – Letra D
|R| = 4,0 N + 3,0 N ⇒ |R| = 7,0 N
Eixo cognitivo: III
Competência de área: 6 Por outro lado, se as forças tiverem a mesma direção, mas

Habilidade: 20 sentidos opostos, o ângulo entre elas será de cento e oitenta


graus e o módulo da força resultante será o menor possível
Comentário: A intensidade da força de resistência que atua
na bola depende, na forma de proporção direta, do valor da e igual à diferença das intensidades das forças, ou seja:
densidade do ar, como podemos ver na fórmula fornecida pelo
|R| = 4,0 – 3,0 ⇒ |R| = 1,0 N
enunciado. Logo, quando todas as outras condições estão
constantes, a intensidade da força de resistência é diretamente De tudo que foi dito, concluímos que, para qualquer ângulo
proporcional à densidade do ar.
compreendido entre zero e cento e oitenta graus, o módulo
da força resultante nunca será menor do que 1,0 N nem
Questão 07 – Letra C
maior do que 7,0 N. Portanto:
Eixo cognitivo: III
Competência de área: 6 1,0 N ≤ |R| ≤ 7,0 N
Habilidade: 20 B) Quando as forças estiverem perpendiculares, poderemos utilizar
Comentário: Caso as rodas travem durante a frenagem, o método do polígono ou o método do paralelogramo para
a força de atrito que agirá sobre os pneus será cinética. Esta,
determinar graficamente o vetor resultante. Analiticamente,
no entanto, como mostra o gráfico, é menor que a força de
atrito estático máximo, que age caso não haja travamento das o módulo do vetor resultante será determinado pelo Teorema
rodas. Como há situações em que queremos maior módulo de Pitágoras. É também uma ótima oportunidade para lembrar
de desaceleração, que ocorre com maior módulo da força que o triângulo obtido na figura é “bastante famoso”, sendo
resultante, ou seja, sob a ação da força de atrito estático,
o único cujas medidas dos três lados é subsequente.
é mais seguro que as rodas não travem.
(R)2 = (4,0)2 + (3,0)2 ⇒ (R)2 = 16,0 + 9,0 ⇒
Questão 08 – Letra D
|R| = 5,0 N
Eixo cognitivo: III
Competência de área: 6 C) Com um ângulo de 120° entre as duas forças, será produzida
Habilidade: 20 uma resultante cujo módulo poderá ser descoberto pela
Comentário: O problema pode ser resolvido se analisarmos Lei dos Cossenos. Observe que o ângulo usado é aquele
dinamicamente os seguintes conjuntos de corpos como um formado quando a seta de um vetor coincide com a origem
sistema separado: primeiramente os três vagões, em seguida, do outro, ou seja, é suplementar ao ângulo formado pelas
os vagões V2 e V3 e, finalmente, o vagão V3. Os sistemas se movem
forças quando representadas com origem comum.
com velocidade constante, e assim, a força resultante sobre cada
um deles vale zero. Antes de continuar, devemos fazer a assunção |R|2 = (4,0)2 + (3,0)2 –2 . (4,0) . (3,0) . cos 60° ⇒
altamente provável de que o módulo F da força de resistência ao
movimento de cada vagão seja proporcional à massa do vagão, |R|2 = 16 + 9,0 – 2 . 12 . (0,5) ⇒ |R| ≅ 3,6 N
ou seja, igual para todos os vagões. Assim, pela Segunda Lei de
Para equilibrar essa resultante, será necessária uma força
Newton TC1 = 3F, TC2 = 2F e TC3 = F. Logo, se desejarmos segurança
e economia, o cabo 1 deve ser o mais grosso, seguido do cabo C2, de mesmo módulo, mesma direção e sentido contrário ao
podendo o C3 ser o mais fino, como afirmado pela alternativa D. da força R.

Bernoulli Sistema de Ensino 21

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Questão 02 A massa m do bloco é atraída pela Terra com a força peso (P),
que é uma força vertical que aponta para baixo. Isso decorre
Comentário:
do fato de a força peso apontar para o centro da Terra.
Situação 1 – Nesse caso, como as duas cordas foram mantidas
O bloco tende a escorregar para baixo, já que existe uma
na direção vertical, cada uma delas será responsável por
resultante na direção vertical apontando nesse sentido. Dessa
equilibrar metade do peso P do corpo, ou seja:
tendência de escorregamento surge a força de atrito (fa), que
P = T1 + T2 se opõe a ela. Assim, ela apontará para cima.
Considerando que as cordas são idênticas, temos: fa Força de atrito
P
P = T + T ⇒ P = 2T ⇒ =T
2
Situação 2 – As cordas inclinadas estão submetidas a forças de
N F Força aplicada
tração na direção das mesmas. Assim sendo, as componentes
Reação
horizontais de cada uma delas se equilibram, enquanto as normal da
componentes verticais somam-se para equilibrar o peso. superfície P Força peso

T Ty Ty T
Questão 04 – Letra C
Comentário: Para que a barra possa ser mantida em equilíbrio,
será necessário que existam forças verticais e de sentidos
60° 60° opostos ao peso dela. Comprimindo-a com os dois dedos, haverá
tendência de escorregamento e, então, uma força contrária a esse
Tx Tx
escorregamento aparecerá entre cada um dos dedos e a barra
(força de atrito).
O menor valor possível de F corresponderá à menor força de
contato e, portanto:
P = fatrito dedo 1 + fatrito dedo 2
Considerando que as forças exercidas pelos dois dedos são
iguais, temos:
P = 2f
P Sabemos ainda que a força de atrito (f) depende da rugosidade
da superfície, expressa pelo coeficiente de atrito (μ), e da
Então:
reação normal da superfície, que, nesse caso, será a própria
P = T1y + T2y
força exercida pelos dedos (F). Portanto:
Como as cordas têm as mesmas inclinações:
P = 2(μ . F) ⇒ 20 = 2(0,2 . F) ⇒ F = 50 N
3
P = 2Ty ⇒ P = 2T . sen 60° ⇒ P = 2T . ⇒
2 Questão 05
P P 3
P = 3T ⇒ =T⇒ T= ⇒ Comentário:
3 3
T ≅ 0,58 P

Situação 3 – Assim como na situação 2, as componentes


horizontais equilibram-se e as verticais, somam-se para equilibrar α R
o peso. Apenas o ângulo de inclinação é, agora, diferente. α

P = T1y + T2y
Como as cordas têm as mesmas inclinações:
1
P = 2Ty ⇒ P = 2T . sen 30° ⇒ P = 2T . ⇒ T = P
2
P
Conclusão: À medida que o ângulo entre as cordas e a direção
horizontal torna-se menor, cresce a força de tração, ou seja, Como nada foi dito acerca das cordas utilizadas na sessão
a corda fica cada vez mais sujeita a esforços maiores. Perceba de fisioterapia, devemos acreditar que são inextensíveis e,
que, inicialmente, a tração correspondia a 50% do peso, depois, portanto, em toda a sua extensão, haverá a ação de uma força
a cerca de 58% e, finalmente, a 100% do peso. de igual módulo, nesse caso, igual ao módulo do peso do bloco
dependurado. Fazendo o diagrama das forças que atuam na
Questão 03 polia central, temos:
Comentário: Como o bloco está em contato com a superfície,
esta exercerá uma força de reação (N), perpendicular à T
superfície (parede), denominada reação normal da superfície. Ty
θ Tx α R
A força aplicada pelo homem (F) sobre o bloco pode ter qualquer
α
direção e sentido, mas, para fim de simplificação, a consideramos
Ty
aplicada perpendicularmente à superfície, da direita para a T
esquerda, equilibrando a reação normal da superfície.

22 Coleção EM1

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Manual do Professor

As componentes verticais das duas tensões representadas na Questão 10 – Letra A


figura equilibram-se enquanto as duas componentes horizontais
Comentário: Chamemos de F1 e F2 as forças de atrito em cada
terão seus módulos somados. Como a estrutura toda permanece
em equilíbrio, temos: um dos pontos de contato. O momento total produzido pelo
2Txα = R ⇒ 2Tcos α = R ⇒ 2 . 200 . cos 60° = R ⇒ R = 200 N binário de forças é igual à soma dos momentos produzidos por
cada uma das forças. Para fazer esse cálculo, devemos levar em
Questão 06 – Letra B conta o sentido dos torques. Os torques de F1 e F2 têm mesmo
Comentário: Quando apenas três forças atuam sobre um corpo sentido, no caso horário do ponto de vista de quem aponta.
e este está em equilíbrio, elas formam um triângulo e, por Como F1 = F2, podemos chamá-las de F e, assim:
isso, podemos usar o método do polígono fechado (ou teorema
Mbinário = M1 + M2 ⇒ Mbinário = F . d1 + F . d2 ⇒
das três forças):
5 = F . 0,5 . 10-2 + F . 0,5 . 10-2 ⇒ 5 = F . 1,0 . 10-2 ⇒

Física
F = 500 N
T
P Questão 11
37° Comentário:
A) Tomando como referência um sistema de eixos x e y
F
perpendiculares entre si, as forças que atuam no pica-pau
Cálculo do peso: Cálculo da tração:
estão representadas na figura a seguir:
P
tg 37° = ⇒ P y
F sen 37° = ⇒
T b T
sen 37° P
= ⇒ 30
cos 37° 40 0,60 = ⇒
T
CM
0,60 P T = 50 N
= ⇒ g
0,80 40
30°
P = 30 N P
C
16 cm x
Questão 07 – Letra A O
Comentário: O torque (momento de uma força) é determinado
pelo produto da força com a distância ao ponto de apoio O momento do peso em relação ao polo O vale:
(M = F . d . senθ). Logo, como o jardineiro aumentou o braço Mp = P . b = 1 . 16 . 10-2 . sen 30° ⇒
da tesoura, ele terá de fazer uma força menor para produzir o
Mp = 8 . 10-2 N . m = 0,08 N . m
mesmo torque que na tesoura sem esses braços.
Como a força C tem linha de ação que passa pelo polo O,
Questão 08 o braço de alavanca, não há momento produzido por ela:

Comentário: Como o apoio da prancha é na posição central, Mc = 0


temos o mesmo braço de alavanca para as duas crianças que
B) Observando a figura, percebe-se que a linha de ação da
usam o brinquedo. Sendo assim, a criança de maior massa
produzirá maior momento de rotação (torque) e, por isso, força T passa pelo centro de massa e, portanto, o braço de
consegue erguer aquela que possuir a menor massa. alavanca vale 16 cm (0,16 m).

MT = 0,16 . T
Questão 09
Como o pica-pau está em equilíbrio, a resultante dos momentos
Comentário:
será nula. Adotando o sentido anti-horário como positivo, temos:
Consideraremos o sentido anti-horário como positivo e o ponto
de apoio como sendo o polo. ∑M = 0 ⇒ Mhorário + Manti-horário = 0 ⇒

A) Para o cálculo dos momentos, temos: T . 0,16 – MP = 0 ⇒ T . 0,16 – 8 . 10-2 = 0 ⇒

MA = PA . dA ⇒ MA = (40 . 10) . 2,0 ⇒ MA = – 800 N . m T = 0,5 N


MB = PB . dB ⇒ MB = (50 . 10) . 2,0 ⇒ MB = – 1 000 N . m Finalmente, temos:
B) A intensidade do momento resultante será dada pela soma
MT = 0,16 . T ⇒ MT = 0,16 . 0,5 ⇒
dos módulos dos dois momentos, considerando-se os
sentidos de rotação: MT = 8 . 10-2 N . m = 0,08 N . m

Mresultante = MA + MB ⇒ Mresultante = – 800 + 1 000 ⇒ É fácil perceber que os momentos produzidos pelo peso (P)

Mresultante = 200 N . m e pela força T devem ter módulos iguais e em sentidos

C) Já que o momento resultante é positivo, o sentido de rotação opostos, já que são as únicas forças capazes de produzir
será anti-horário. momento, essa resultante deve ser nula.

Bernoulli Sistema de Ensino 23

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C) Do método do polígono fechado, temos que: Como os apoios estão sujeitos a ações de forças verticais para
baixo, eles reagem com forças também verticais, para cima,
conforme indicado na figura anterior. A caixa faz uma força
normal sobre a tábua, cujo módulo será igual ao peso da caixa.
T
Como a estrutura está em equilíbrio tanto translacional quanto
P
rotacional, a resultante das forças e dos momentos (em relação
a qualquer apoio) deverá ser nula. Considerando positivo o
C sinal do momento no sentido anti-horário, em relação ao polo
A, temos:

C 3 ∑MA = 0 ⇒ RB . 2,00 – PT . 1,20 – NC . 1,00 = 0 ⇒


sen 60° = = C ⇒ C = N = 0,87 N
P 2
RB = 270 N

A resultante das forças também é nula:


Questão 12 – Letra E
RA + RB = PT + PC ⇒ RA + 270 = 300 + 200 ⇒
Comentário: A barra rígida está sujeita a ação de quatro forças
verticais, como indicado no diagrama a seguir. RA = 230 N

T Questão 14 – V F V F
20,0 cm 30,0 cm Comentário:

(V) O torque resultante é dado pela soma dos torques


produzidos por cada uma das forças indicadas.
Em relação ao ponto PA na figura III, as forças indicadas
aparecem sempre aos pares, tem mesmos módulos
Pbarra
Pesquerda Pdireita e produzem tendência de giro em sentidos opostos.
O mesmo acontece na figura V em relação ao ponto PB.
Como a barra é rígida e homogênea, seu peso estará localizado
Sendo assim, nos dois casos o momento resultante é nulo
no centro geométrico, ou seja, estará a 25 cm de cada uma de
em relação aos pontos citados.
suas extremidades. Como a barra está suspensa e em equilíbrio,
(F) Como a estrutura da figura III (Esquema do Arco do
o somatório dos momentos deverá ser nulo em relação, por
exemplo, ao ponto de suspensão. Triunfo) está em equilíbrio, o torque resultante será nulo em
relação ao ponto PA e o mesmo pode ser dito em relação ao
∑Mcorda = 0 (sentido anti-horário positivo)
esquema da estrutura da figura V (Esquema da Catedral de
Pesquerda . 20,0 – Pbarra . 5,00 – Pdireita . 30,0 = 0
Notre-Dame), em que o torque resultante também deverá
40,0 . 20,0 – Pbarra . 0,05 – 20,0 . 30,0 = 0 ser nulo em relação ao ponto PB. Assim, considerando

8 – Pbarra . 0,5 – 6 = 0 ⇒ Pbarra . 0,5 = 2 apenas os módulos das forças indicadas, percebe-se que
as forças verticais (incluindo os pesos das estruturas) são
Pbarra = 40,0 N
os mesmos nos dois casos, o que nos leva à conclusão de
que as forças horizontais também devem ser de mesmo
Questão 13 – Letra C módulo. No entanto, como essas forças horizontais têm os
Comentário: mesmos módulos, mas a distância da linha de ação delas
aos pontos PA e PB são diferentes, elas deverão produzir
momentos iguais, ou seja:
PT FHA . 4,0 = FHB . 8,0 FHA = 2,0 . FHB
RA Nc RB
(V) As forças horizontais são necessárias porque, se
considerarmos a simetria da estrutura, cada metade exerce
um esforço horizontal na outra, de tal forma que há uma
1,00 m
tendência de giro de uma em relação à outra. Assim,
1,20 m
tornam-se necessárias as forças horizontais para garantir
2,00 m
que a soma dos momentos (ou torques) seja nula.

A linha de ação do peso da barra passará pelo seu meio (F) Em todas as estruturas da figura I é necessário que os
geométrico (estamos considerando-a homogênea), ou esforços horizontais sejam iguais para a manutenção
seja, a 1,20 m de cada uma das extremidades. do equilíbrio.

24 Coleção EM1

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Manual do Professor

Exercícios propostos Questão 04 – Letra B


Comentário:
Questão 01 – Letra B
Comentário: Ao longo de toda a corda que sustenta o peso,
temos uma força de tração que terá módulo necessariamente 3m
igual ao do peso P. Sendo assim, a roldana R estará submetida
à força exercida pela perna do paciente por meio da tração
e a duas forças inclinadas, de mesmo módulo, formando
4m
ângulo α com a horizontal. Como o sistema está em equilíbrio, T Ty
as componentes verticais das forças inclinadas se anulam e
a soma das duas componentes horizontais será equilibrada θ
pela força de tração exercida na corda pela perna do paciente.
F
Sejam T1 e T2 as forças de tração na perna do paciente para os Tx

Física
ângulos de 45° e 60°, respectivamente. Então:
T1 = P . cos 60° + P . cos 60° P

T2 = P . cos 45° + P . cos 45°

1
T1 = 2P . =P
2
Como o sistema mecânico mostrado na figura está em equilíbrio
2
T2 = 2P . cos 45° = 2P . = 2P estático, é necessário que a resultante das forças no ponto de
2
aplicação da força F seja nula. Assim, temos:
Dividindo as duas equações, temos:
Na direção horizontal: |F|=|Tx|
T2
= 2 Simplificando a representação dos módulos das forças:
T1
F = Tx = T . sen θ
Na direção vertical: |P|=|Ty|
Questão 02 – Letra C
Simplificando a representação dos módulos das forças:
Comentário: P = Ty = T . cos θ
Dividindo as igualdades encontradas, temos:
F T . sen θ
=
T P T . cos θ
L
x2 2 Substituindo os valores:
F = 7,5 N

Questão 05 – Letra C
PEsquerda
Comentário:
PHaste

Como o sistema haste-esfera encontra-se em equilíbrio estático, 30° Fio 1


T1y
a resultante das forças que sobre ele atuam deve ser zero.
T1
Além disso, para qualquer ponto do sistema, o somatório dos
momentos também deverá ser zero. Fio 2 30°
Adotando para os momentos o sentido horário como positivo e
tomando o ponto pelo qual a corda suspende o sistema como T2 T1X
polo, temos:
ΣMcorda = 0
Pbloco
Mpeso + Mpeso + Mforça =0
da esfera da haste de tração
Como o bloco suspenso pelos fios 1 e 2 está em equilíbrio,
L L a resultante das forças no ponto que une esses fios ao bloco de
M . g . x – 4M . g . –x + 0 = 0 ⇒ M . g . x = 4M . g . – 4M . g . x ⇒
2 2 massa igual a 10 kg deverá ser igual a zero. Então:
2
x = 2L – 4 . x ⇒ 5x = 2L x = L Na direção horizontal: |T1x|=|T2|
5
Então:
Questão 03 – Letra B T1 . cos 30° = T2
Comentário: Analisando-se o sistema varal-bloco, percebe-se
Na direção vertical: |T1y|=|Pbloco|
que as forças atuantes são o peso do bloco e a tensão. A situação
em equilíbrio demonstra que a resultante das forças que atuam Então:
nesse sistema é nula, e, portanto, o módulo da resultante das T1 . sen 30° = Pbloco
tensões nos dois ramos do varal é sempre constante e igual
ao peso do bloco, independentemente da posição do gancho. T1 . 0,5 = 10 . 10 ⇒ T1 = 200 N

Bernoulli Sistema de Ensino 25

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Questão 06 – Letra B Questão 09 – Letra C
Comentário: Três forças atuam sobre o andaime: as tensões Comentário: As forças que atuam sobre a barra são os pesos
T1 e T2 e o peso do homem. As duas tensões são verticais e da esfera e da barra e as forças de apoio dos suportes A e B.
No equilíbrio a relação entre essas forças e os torques sobre
apontam para cima, enquanto o peso do homem é vertical e
a barra é:
aponta para baixo. Para que o sistema esteja em equilíbrio,
FA + FB = Pb + Pe = mbg + meg = 4 . 10 + 2 . 10 = 40 + 20 = 60 N *
a resultante das forças e dos torques deve ser nula. Logo:
FA0,5 + Pe0,3 = FB0,5 ⇒ FA0,5 – FB0,5 = – Pe0,3 = – 2 . 10 . 0,3 = – 6 N
T1 + T2 = P FA - FB = – 12 N ⇒ FA = – 12 + FB ∗∗
T1a + T2b = 0 Substituindo ** em *, tem-se:

Como a>b, tem-se que T2>T1. – 12 + FB + FB = 60 ⇒ 2FB = 72 ⇒ FB = 36 N


FA = – 12 + FB ⇒ FA = – 12 + 36 = 24 N
Questão 07 – Letra D
Questão 10 – Letra E
Comentário: A tábua de 1,5 m de comprimento ficará sujeita
à ação de três forças: TA e TB, exercidas pelas cordas A e B, Comentário: Com o sistema em equilíbrio, a resultante das
forças e dos torques sobre a barra é:
respectivamente, e uma força vertical apontando para baixo
FA + FB = Pba + Pbl = mbag + mblg = 2.10 + 2.10 = 20 + 20 =
de módulo igual ao do peso da carga. Como o sistema está em
40 N *
equilíbrio, é necessário que a resultante das forças seja nula.
FA0,5 + Pbl0,3 = FB0,5 ⇒ FA0,5 – FB0,5 = – Pbl0,3 = – 2 . 10 . 0,3 =
Então:
– 6 ⇒ FA – FB = – 12 N ⇒ FA = – 12 + FB **
Ry = 0 ⇒ TA + TB = P ⇒ Substituindo ** em *, tem-se:
TA + TB = 45 – 12 + FB + FB = 40 ⇒ 2FB = 52 ⇒ FB = 26 N
Além disso, será necessário que o somatório dos momentos FA = – 12 + 26 = 14 N

em relação a um polo qualquer ao longo da tábua seja nulo.


Tomando a extremidade A como polo e considerando o sentido
Questão 11 – Letra A
anti-horário como positivo, temos: Comentário: Como a gangorra permanece em equilíbrio,
a resultante das forças e o somatório dos momentos em relação
∑M = 0 ⇒ TA . 0 + TB . 1,5 + P . 1,0 = 0 ⇒
a um polo qualquer ao longo da barra deverão ser nulos.
TB . 1,5 + 45 . 1,0 = 0 ⇒ TB = 30 N Tomando como polo o centro de massa da prancha de madeira
e o sentido anti-horário como positivo, temos:
Retornando à primeira equação obtida:
x PA
TA + TB = 45 ⇒ TA + 30 = 45 ⇒ ∑MCM = 0 ⇒ PA .   − PB . x = 0 ⇒ = PB
2
  2
TA = 15 N
Portanto, o peso da criança B é metade do peso da criança A e,
Portanto, as trações nas cordas A e B valem 15 N e 30 N,
para que a prancha de madeira permaneça em equilíbrio, será
respectivamente. necessário que a criança B, de menor peso, fique mais distante
do polo de giro.
Questão 08 – Letra D
Comentário: A barra horizontal ficará sujeita à ação de Questão 12 – Letra E
quatro forças verticais: o peso do balde e sua corda com Comentário: Para que o arranjo permaneça em equilíbrio, é
módulo de 200 N; o peso da pedra e sua corda com módulo de necessário que o somatório dos momentos produzidos ao redor
350 N; a reação da haste vertical, de módulo desconhecido e do ponto M seja igual a zero.
apontando para cima; e a força vertical exercida no ponto P Sejam dA e dB a distância das cargas A e B até o ponto M, PA
pela pessoa. Esta última poderia ser para cima ou para baixo. e PB, os pesos das cargas, e RM, a reação do ombro na barra.
Considerando desprezível a massa da barra, tomando o ponto M
No esquema a seguir, ela foi representada para cima, mas os
como polo e adotando o sentido anti-horário como positivo, temos:
cálculos posteriores poderão nos levar à conclusão contrária.
∑MM = 0 ⇒ PA . dA + RM . 0 – PB . dB = 0 ⇒
F
P 0,5 m mA . g . dA – mB . g . dB = 0 ⇒ 20 . dA – 40 . dB = 0 ⇒
1,5 m 1,0 m
dA = 2dB
200 N 350 N
Ra Portanto, para que não haja desequilíbrio e o torque resultante
sobre a barra seja nulo, será necessário deslocar a carga B 0,5 m em
direção ao ponto M, pois, assim, teremos dA = 1,0 m e dB = 0,5 m.
Tomando o ponto de apoio da barra horizontal sobre a vertical
como polo e adotando o sentido anti-horário como positivo,
Questão 13 – Letra A
temos:
Comentário: No equilíbrio, a resultante dos torques que atuam
∑M = 0 ⇒ 200 . 2,0 – F . 0,5 – 350 . 1,0 = 0 ⇒ sobre a barra deve ser nula. Logo:
0,5F =50 ⇒ F = 100 N PQ2 = Pb0,5 ⇒ PQ = 400 . 0,5/2 = 100 N

26 Coleção EM1

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Manual do Professor

Questão 14 – Letra E Questão 17 – Letra A


Comentário: Comentário: Com o sistema em equilíbrio, a resultante das
forças que atuam nele deve ser nula. Sendo assim, podemos
PPedreiro
PTijolos pegar como ponto de referência o encontro entre os três fios,
acima do bloco A, como mostra a figura a seguir.
B C D
A α
T Ty
TX PB
Pprancha
RApoio A RApoio C PA

Como a prancha é homogênea e tem 3,0 m de comprimento, A B


seu peso estará no ponto médio, ou seja, no ponto B.

Física
Ty = PA = mAg = 12 . 10 = 120 N
Quando o pedreiro estiver no ponto D, haverá uma tendência
Ty = Tsen α ⇒ T = Ty/sen α = 120/0,8 = 150 N
de rotação da barra no sentido horário. Dessa forma, podemos
Tx = PB = mBg = 10mB *
considerar que a reação do apoio A é nula quando tivermos a
Tx = Tcos α = 150 . 0,6 = 90 N **
quantidade mínima de tijolos que mantém o equilíbrio.
Substituindo ** em *, tem-se:
Portanto, a soma dos momentos das forças em relação a um
90 N = 10mB ⇒ mB = 9 kg
polo qualquer deverá ser nula, além de, obviamente, termos,
também, uma resultante de forças igual a zero.
Questão 18 – Letra C
Adotando o ponto C como polo e o sentido anti-horário como
positivo, temos: Comentário: O bloco A está sujeito a atração gravitacional
terrestre e esta é uma força de direção vertical e sentido para
∑MC = 0
baixo. Para que permaneça em equilíbrio, é necessário que a
Ptijolos . (1,5 + 0,5) + Pprancha . 0,5 – Ppedreiro . 1,0 = 0
resultante de todas as outras forças que atuam sobre esse mesmo
Ntijolos . 2,0 . 10 . 2,0 + 20 . 10 . 0,5 – 70 . 10 . 1,0 = 0 bloco seja capaz de equilibrar o peso do bloco. Então, a resultante
Ntijolos . 2,0 . 2,0 + 20 . 0,5 – 70 . 1,0 = 0 dessas forças deverá ser vertical apontando para cima.
4,0Ntijolos = -10 + 70 ⇒ Ntijolos = 15

Questão 19 – Letra A
Questão 15 – Letra A Comentário: O comprimento da corda pode ser calculado pelo
Comentário: Ao dobrar o corpo para tocar os pés, Rafael se Teorema de Pitágoras:
flexiona levemente para trás, mudando o centro de gravidade l2 = (6)2 + (8)2 ⇒ l2 = 36 + 64
de seu corpo, mas de modo que ele continue acima dos pés e,
l = 10 m
portanto, em equilíbrio.
O seno e o cosseno do ângulo θ indicado na figura a seguir valem:
Quando o colega de Rafael repete o exercício, só que encostado na
cateto oposto
parede, não é mais possível se flexionar para trás, pois a parede sen θ = = 0,6
hipotenusa
impede esse movimento. Assim, o centro de gravidade da pessoa
cateto adjacente
fica à frente dos pés e, portanto, deslocado da posição de equilíbrio. cos θ = = 0,8
hipotenusa

Questão 16 – Letra A C
Comentário: 6m
B T
50 cm 8m θ
30 cm T
Ty A 4m 4m
TX θ
C A Placa
20 cm 20 cm
PLampadário P1
PBarra

O comprimento da corda pode ser calculado pelo Teorema de PPlaca


Pitágoras:
Se tomarmos o ponto A como referência, a resultante dos
l2 = (30)2 + (40)2 ⇒ l2 = 900 + 1 600 ⇒ l = 50 cm momentos em relação a esse ponto deverá ser nula. Vale salientar
Considerando a barra em equilíbrio e na iminência do que as reações do apoio no ponto A não produzem momento em
rompimento, temos: relação a esse ponto, uma vez que não há braço de alavanca.
∑MC = 0 ∑MA = 0
Adotando o sentido anti-horário como positivo para os
Adotando o sentido anti-horário como positivo para os momentos:
momentos, temos:
–Pplaca . 8 – Pbarra . 4 + Ty . 8 = 0
Pbarra . 20 + Plampadário . 40 – Ty . 40 = 0
–200 . 8 – (10 . 10) . 4 + T . sen θ . 8 = 0
(0,8 . 10) . 20 + (0,5 . 10) . 40 – T . sen θ . 40 = 0
–1 600 – 400 + T . 0,6 . 8 = 0 ⇒ 4,8T = 2 000
 30 
160 + 200 – T .   . 40 = 0 ⇒ 360 – T . 24 = 0 ⇒ T = 15 N
 T ≅ 417 N
 50 
 

Bernoulli Sistema de Ensino 27

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Questão 20 – Letra E Questão 23 – Letra B
Comentário: Como a haste não possui massa desprezível, Comentário:
torna-se necessária a representação do seu peso no centro
geométrico, que é, ao mesmo tempo, seu centro de massa. Fy
Sendo a barra de comprimento total igual a 3.L, o peso da haste Fx
está a uma distância de 0,5.L do ponto de apoio. A B
Assim sendo, quatro forças atuarão sobre a haste, como
indicado na figura a seguir: 9 cm Ny
N

C D
p’ P p Nx

Para equilíbrio em relação ao ponto do apoio, a resultante dos m.g


momentos (e das forças) deverá ser nula, ou seja:
∑MP = 0
Adotando o sentido anti-horário como positivo para os 45 cm
momentos:
p’ . L + N . 0 – P . 0,5L – p . 2L = 0 Para que o televisor de 14 kg e o suporte no qual ele está
M’ . g . L – Mhaste . g . 0,5L – M . g . 2L = 0 (simplificando “g” e “L”) apoiado permaneçam em equilíbrio, é necessário que a
Mhaste resultante das forças seja nula e que o somatório dos momentos
M’ – 2M =
2 produzidos por elas seja também igual a zero. Sejam Nx e Ny as
Como a diferença entre M’ e 2M é positiva (já que a massa da forças de contato estabelecidas pela parede sobre a sapata de
haste também é positiva), conclui-se que:
borracha, Fx e Fy, as componentes das forças que os parafusos
M’ > 2M
aguentam, e m . g, o peso do televisor. Então, em relação ao
ponto C, temos:
Questão 21 – Letra B
Comentário: O momento do binário é igual à soma algébrica ∑MC = 0 ⇒ Fx . dAC – m . g . dCD = 0 ⇒
dos momentos das forças que o compõem. No caso do regulador Fx . 9 – 14 . 10 . 45 =0 ⇒ Fx = 700 N
do botijão de gás novo, o momento total (M) necessário para Vale ainda destacar que o sentido anti-horário foi tomado como
atarraxar o dispositivo tem módulo igual a M = 2Fd em unidades
positivo para o cálculo dos momentos, e que Nx, Ny e Fy não
do Sistema Internacional de Unidades.
produzem momento, pois a linha de ação de cada uma delas
Seja F’ o módulo de cada uma das novas forças mínimas, iguais
passa pelo polo C.
e constantes. O novo momento resultante (M’) produzido será
dado por:
d  d 3d Questão 24 – Letra B
M' = F ' . d + F ' . ⇒ M' = F ' . d +  ⇒ M' = F ' .
2  2  2 Comentário: Chamemos de “x” a distância entre dois
Como os momentos M e M’ deverão produzir os mesmos pontos consecutivos de graduação da régua. Para que a
efeitos, temos: régua permaneça em equilíbrio quando apoiada no ponto G

3d é necessário que o momento resultante seja nulo, ou seja:


M = M' ⇒ 2Fd = F ' . ⇒
2 ∑MG = 0

3 4 Adotando o sentido anti-horário como positivo para os momentos:


2F = F '. ⇒ F' = F⇒
2 3 PA . 6x – PI . 2x – PK . 4x = 0
3 1 mA . g . 6x – mI . g . 2x – mK . g . 4x = 0 (simplificando “g” e “x”)
F' = F+ F
3 3 60 . 6 – 40 . 2 – mK . 4 = 0 ⇒
Portanto, as novas forças mínimas, constantes e iguais serão 360 – 80 – mK . 4 = 0 ⇒
maiores que F em 1/3.
4mK = 280 ⇒ mK = 70 g

Questão 22 – Letra B
Comentário: O maxilar e a mandíbula constituem um
Questão 25 – Letra B
tipo de alavanca chamada de interpotente. Nesse sistema, Comentário: Considerando que cada uma das partes
a mandíbula é fixa e o maxilar móvel. Portanto, podemos componentes da barra horizontal seja homogênea, podemos
considerar a mandíbula um corpo extenso, em equilíbrio, representar o peso de cada uma delas no centro de massa,
sobre a ação das forças exercidas pelo músculo e pelos dentes
localizado no meio geométrico delas.
da frente. Tais forças devem ser consideradas verticais e em
sentidos opostos, de forma tal que a resultante das forças em P1 = (µ1 . L1) . g = 600 . 1,0 . 10 = 6 000 N
relação à articulação seja nula. P2 = (µ2 . L2) . g = 800 . 1,0 . 10 = 8 000 N
∑Marticulação = 0 Tomados a partir do ponto B, os pesos P 1 e P 2 estarão
Adotando o sentido anti-horário como positivo para os localizados, respectivamente, nas posições 0,5 m e 1,5 m.
momentos: Além dessas duas forças, a barra horizontal BD está sujeita à
Pdentes da frente . 8 – Fmúsculos . 2 = 0 ação de uma força inclinada, exercida pelo cabo CD, formando
Pdentes da frente . 8 – 1 200 . 2 = 0 ⇒ Pdentes da frente = 300 N um ângulo θ com a horizontal.

28 Coleção EM1

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Manual do Professor

C Quando a prancha estiver na iminência de tombamento,


a reação N1 chegará a zero e o cilindro estará à direita dos dois
apoios verticais a uma distância x do apoio da esquerda. Então,
no limite de o sistema manter-se em equilíbrio, o somatório dos
momentos em relação a um ponto qualquer da prancha deverá ser
igual a zero. Tomando como polo o ponto O e adotando o sentido
1,5 m

TCD anti-horário como positivo, temos:


h
∑MO = 0 ⇒ 2m . g . d – mg . x = 0 ⇒ 2d =x
Conclui-se que a prancha começará a tombar quando o cilindro
Barra horizontal θ
B D passar pelo ponto B.
V1 V2

1,0 m 1,0 m Questão 27 – Letra D


Barra vertical

Física
Comentário:
2,0 m

P1 5m 5m

P2 3,0 m D=?

Barra
A
m
Suporte
10 N
Para que a barra esteja em equilíbrio, a resultante das forças e o 20 N 2m 40 N

somatório dos momentos em relação a qualquer polo (ponto B,


7–D
por exemplo) deverão ser nulos. Consideremos o sentido anti-
-horário como positivo para os momentos.
∑MB = 0 ⇒ MP + MP + MT = 0 ⇒ Como a barra é um corpo extenso e em equilíbrio, a resultante
1 2 CD
das forças que sobre ela atuam deve ser nula, além do
–P1 . 0,5 – P2 . 1,5 + TCD . h = 0 ⇒ somatório dos momentos em relação a qualquer ponto que
 1, 5  também deve ser nulo. Então:
–6 000 . 0,5 – 8 000 . 1,5 + TCD   . 2,0 = 0 ⇒
 1, 52 + 2, 02 
  ∑MO = 0

–3 000 – 12 000 + TCD(0,6) . 2,0 = 0 ⇒ TCD = 12 500 N Adotando o sentido anti-horário como positivo para os
momentos. Ponto O – polo ou ponto de apoio.
A intensidade de 12 500 N corresponde à força atuante ao longo
20 . 3,0 – 10 . 2 – 40 . (7 – D) = 0
de toda a corda CD, considerada, nesse caso, inextensível.
Por unidade de área, teremos: 60 – 20 – 280 + 40D = 0 ⇒ 40D = 240
D = 6,0 m
TCD 12 500 N
= = 125 . 106 Pa = 125 MPa
A 100 . 10–6 m2
Questão 28 – Letra A
Comentário: A figura a seguir representa algumas das forças
Questão 26 – Letra B agentes no perfil AB (F1, F2 e F) e suas respectivas componentes
Comentário: (F1y, F1x, F2y, F2x, Fx e Fy).
N2
F2y
N1
F2
B 15º
15°
Fx F2x
O 15°
15º
Fy

mg F

2mg d x
m
0,18

Sejam N1 e N2 e as reações dos apoios da esquerda e da direita, 0,20


A m
respectivamente, sobre a prancha. O peso da barra vale 2mg
75°
e está localizado no seu centro geométrico. Como a prancha F1y F1x
tem comprimento total de 12d, ficará a uma distância de 6d 15° F1 15°

de cada uma das extremidades e a uma distância d de cada C


um dos apoios.

Bernoulli Sistema de Ensino 29

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Pelo enunciado do problema e usando relações trigonométricas Comprimento final do cabo AC:
adequadas, temos: L = L0 + ∆x ⇒ L = 0,5 + 0,25 ⇒ L = 0,75 m

F = 216,0 N, F = F . cos 15°


1 1y 1

F = 175,0 N, F = F . cos 15°
 2 2x 2

F = F . sen 15°
 x

Para que o perfil permaneça em equilíbrio, é necessário que o L' L


momento resultante seja zero. Ou seja:
MHorário = MAnti-horário

As componentes que causam momento em relação ao ponto C


são aquelas cujas direções são perpendiculares ao segmento 30° 45°
que liga seu ponto de ação e o ponto C da figura. A saber, essas
L' . cos 30° L . cos 45°
forças são F1y, Fx e F2x. Portanto:
2,3 m
F2x . 0,18 + Fx . 0,18 = F1y . 0,20 ∴

175,0 . 0,97 . 0,18 + F . 0,26 . 0,18 = 216,0 . 0,97 . 0,20 ⇒ L ' . cos 30° + L . cos 45° = 2,3 ⇒
F = 242,5 N 3 2
L' . + 0,75 . = 2,3 ⇒
2 2
Questão 29 – Letra C L ' = 2,0 m
Comentário: A figura a seguir representa o diagrama de
forças que agem sobre o ponto A, que está em equilíbrio.
Questão 30 – Letra D
A tensão T2 é numericamente igual ao peso do corpo cúbico,
já que ele está em equilíbrio. Comentário: Para que a escada permaneça em equilíbrio,
é necessário que a resultante das forças e o somatório dos
momentos em relação a um polo devidamente escolhido sejam
Ty Fe
y
nulas.
T Fe
A
RA

30° 45°

Tx A Fe 4,0 m
x
RB

T2 P
B

3,0 m
fB
FR : Força resultante no eixo X ⇒ FR = 0 ⇒
Na figura, temos:
X X

TX = Fe ⇒ T . cos 30° = Fe . cos 45° ⇒


fA– Força de atrito entre a parede e a escada
X

3 2 RB – Reação normal da parede


T. = K∆ x . ⇒
2 2
fB – Força de atrito entre o chão e a escada
T . 3 = 10,0 . 103 . ∆ x . 2 (I)
RB – Reação normal do chão
FR = 0 ⇒ P – Peso da escada
y

Ty + Fe = T2 ⇒ Para equilíbrio na direção vertical, a resultante de forças em


y
y deve ser nula.
T . sen 30° + Fe . sen 45° = ρ . a3 ⇒
Ry = 0
1 2 fA + RB = P
T. + K∆ x . = 22,4 . 103 . 0,503 ⇒
2 2 Como a parede é perfeitamente lisa, fA = 0. Então:
T + 10,0 . 103 . ∆ x . 2 = 2 . 22,4 . 103 . 0,503 (II) RB = P

Substituindo (I) em (II), temos: Para equilíbrio na direção horizontal, a resultante de forças
3 em x deve ser nula.
10,0 . 10 ∆x . 2
+ 10,0 . 10 . ∆x . 2 = 2 . 22,4 . 103 . 0,503 ⇒
3 Rx = 0
∆x = 0,25 m fB = RA

30 Coleção EM1

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Manual do Professor

O somatório dos momentos em relação ao ponto B deve ser Questão 32


nulo, ou seja:
Comentário:

A A) Como os módulos das componentes das forças de reação


valem 0,2 N cada e os módulos dos vetores r1, r2, e r3 são
iguais a 6,0 cm cada, o torque total será dado pela soma
1,5 m de três torques de mesmos valores, ou seja:
4,0 m
τ = |F1|.|r1| + |F2|.|r2| + |F3|.|r3| ⇒ τ = 3|F1|.|r1| ⇒

2,0 m
B τ = 3 . 0,2 . 6,0 . 10-2 ⇒ τ =3,6 . 10-2 N.m
B) Como os jatos de água são lançados horizontalmente,
3,0 m podemos considerar a composição de dois movimentos
simultâneos, mas independentes entre si: um uniforme,
ΣMB = 0 (sentido anti-horário positivo)
na direção horizontal, e outro uniformemente variado,

Física
–RA . 4,0 + P . 1,5 = 0 na vertical. Então, o tempo de queda será encontrado a
Como fB = RA, temos: partir da equação:
1
–fB . 4,0 + P . 1,5 = 0 h = h0 + v0 t + at2
2
fB . 4,0 = P . 1,5
Considerando a referência no ponto de lançamento sem
1,5
fB = P velocidade na direção vertical, temos:
4,0
1
Multiplicando numerador e denominador por 2, temos: h= at2 ⇒
2
3
fB = P 2h 2.0,80
8 t= = = 0,40 s
g 10
Questão 31 Na direção horizontal, temos:
Comentário: A rede exerce forças em cada uma das duas x = x0 + vx . t ⇒
paredes e elas reagem, de acordo com a Terceira Lei de Newton,
x = vx . t = 8,0 . 0,40 ⇒
com as forças (N) sobre a rede, indicadas na figura a seguir.
Além delas, existe a força de atração gravitacional (P) exercida x = 3,2 m
pela Terra sobre o homem. Portanto, a distância pedida será de 3,2 m.

N N Questão 33
60° 60° Comentário:
A)
30° 30°
TV
y T

A B
TH
P

A) Como a rede está em repouso, a resultante das forças que


x
sobre ela atuam deve ser igual a zero.
FResultante = 0 ou ainda ΣF = 0 C D

N . cos 60° + N . cos 60° = P ⇒ O módulo da tração será:


2N . cos 60° = P ⇒  P2
1  
T =   + TH2 = (3,0 . 106 )2 + (4,0 . 106 )2 = 5,0 . 106 N
2N . = P ⇒  4
2
N = P = 60 kgf
B) O módulo do torque pode ser calculado por:
Portanto, o peso do homem é igual a 60 kgf. B
B) Se o gancho da parede foi mal instalado e resiste até
130 kgf, teremos nova reação (N’) de cada uma das paredes L
45°
sobre a rede igual a 130 kgf, ou seja, N’ = P = 130 kgf. TAB
Um quilograma-força é definido como sendo o valor C
do peso de um corpo cuja massa é igual a 1 kg O
(um quilograma). Então, a uma força de 130 kgf corresponderá
uma massa de 130 kg. Se cada criança tiver massa de 2 2
τ = TAB . h = (1,8 . 107 ) . 50 = 4,5 . 108 N.m
30 kg, a rede suportará no máximo quatro crianças. 2 2

Bernoulli Sistema de Ensino 31

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Questão 34 E temos, ainda:
fat = µN (iii)
Comentário:
Assim:
A)
µ . P . cos θ + P . sen θ = m . a ⇒
µ m . g . cos θ + m . g . sen θ = ma ⇒
fat 0,05 . 0,8 . 10 + 10 . 0,6 = a ⇒ a = 6,4 m/s2
Como o movimento em x é uniformemente variado,
v2 = v2 0
+ 2a∆x ⇒
Fmag. N 02 = 42 + 2 . (–6,4) . ∆x ⇒ ∆x = 1,25 m
Com projeções horizontal (h) e vertical (v), respectivamente,
P
h = 1,25 . cos θ = 1,25 . 0,8 = 1 m
v = 1,25 . sen θ = 0,75 m
Após o bloco parar:
Na figura anterior: y
PPeso: força exercida pela Terra sobre a bonequinha.
NReação normal: força exercida pela superfície horizontal da Ax A P
geladeira sobre a bonequinha.
Fmag – Força magnética: força exercida pela superfície
metálica sobre o ímã. Ay

fat – Força de atrito: força exercida pela superfície vertical


da geladeira sobre a bonequinha.
B
A força de atrito e a reação normal da superfície são W θ Bx
componentes de uma única força que pode ser chamada
x
de força de contato.
By
B) O menor valor da força magnética deve corresponder
à iminência de queda da bonequinha. Para equilíbrio m = 5 kg ⇒ P = mg ⇒ P = 50 N
horizontal, temos: By = 89 N (para cima)
Fmag = N W = ρL = W = 95 . 2 ⇒ W = 190 N
Para equilíbrio vertical: Como a rampa está equilibrada,
Fat = P ∑MA = 0 ⇒ Bx . 1,2 + W . 0,8 + P . 0,6 = By . 1,6 ⇒
μ.N=m.g 1,2Bx + 190 . 0,8 + 50 . 0,6 = 89 . 1,6 ⇒
m.G Bx = – 33 N (horizontal para a direita)
N=
µ ∑F = 0 ⇒
Então: Ax = – Bx ⇒ Ax = 33 N (horizontal para a esquerda)

m.g –3
20 . 10 . 10 ∑F = 0 ⇒
Fmag = ⇒ Fmag =
µ 0,50 Ay + By = P + W ⇒

Ay + 89 = 50 + 190 ⇒
Fmag = 0,4 N
Ay = 151 N (vertical para cima).
Questão 35 Os sentidos de Ax e Bx nos levam a concluir que a barra foi
Comentário: Forças na subida do bloco: tracionada quando fixada nas articulações.

y
N
Seção Enem
Questão 01 – Letra E
fat Eixo cognitivo: III
Competência de área: 2

θ Habilidade: 7
Comentário: Como a barra atingiu uma situação de equilíbrio,
P θ o momento das forças sobre ela é nulo. Tomando a distância
definida por cada marcação por d, podemos ver que o centro
x
de massa da barra está a uma distância d à direita da base.
Para equilíbrio em y: Igualando os momentos das forças nos sentidos horário
P . cos θ = N (i) e anti-horário, temos:
Para equilíbrio em x: 3 . d . MArroz = d . MBarra
fat + P . sen θ = m . a (ii) MBarra = 3 . MArroz = 3 . 5,00 = 15,00kg

32 Coleção EM1

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Manual do Professor

Questão 02 – Letra B Questão 05 – Letra D


Eixo cognitivo: IV Eixo cognitivo: III

Competência de área: 2 Competência de área: 5

Habilidade: 6 Habilidade: 17

Comentário: Considerando que as forças aplicadas são de Comentário: A força exercida pela mão direita (aquela que
mesma intensidade em todos os casos e calculando o momento puxa as cordas) é horizontal e para trás. Já a força exercida
pela mão esquerda (aquela que segura o arco) apresenta duas
das forças em cada caso, temos:
componentes, uma vertical para cima, de mesma intensidade
 e sentido oposto ao peso do arco, e uma horizontal para
 M1 = 2 . F . 20 = 40 . F
 M = F . 30 = 30 . F frente. Essa componente horizontal, de fato, possui a mesma
M=F . d⇒  2 intensidade e sentido oposto ao da força exercida pela outra
 25
 M3 = 2 . F . = 25 . F mão. A figura a seguir ilustra as direções e os sentidos das

Física
 2 forças exercidas pelas duas mãos do arqueiro.

Assim, o maior momento de força aplicado é no caso 1. Repare Força exercida pela
que, nos casos 1 e 3, tivemos que multiplicar o momento da mão direita
força por 2 devido à ação do binário de forças.
FD

Questão 03 – Letra D
Eixo cognitivo: III
Força exercida pela
Competência de área: 2 mão esquerda

Habilidade: 6 FE
Comentário: Além do papel de sustentação do peso,
as dobradiças devem impedir que a porta gire. Na figura a Se o “V” das cordas formar um ângulo de 120°, a força
seguir, estão representadas as forças que atuam sobre a porta exercida pela mão direita terá o mesmo módulo da tração
(os vetores não estão em escala). N1H e N2H representam as na corda, pois duas forças de mesma intensidade F (no caso,
forças que as dobradiças aplicam horizontalmente na porta, as duas tensões na corda, acima e abaixo da mão) produzem
e N1V e N2V, as forças verticais que elas exercem sobre a porta. uma resultante de intensidade também F, quando o ângulo entre
Ao lado, está representada a soma vetorial das forças exercidas essas forças é de 120°, conforme está ilustrado na figura a seguir.
por cada dobradiça, sendo que R1 e R2 representam as forças
Tensão na corda
resultantes exercidas pelas dobradiças de cima e de baixo,
de cima
respectivamente.
N1V N1H + N1V = R1

Força exercida pela 120° Resultante igual


R1
mão direita à tensão
N1H

Tensão na corda
N2H + N2V = R2 de baixo
N2V
P Tendo em vista a discussão anterior, conclui-se que a alternativa
R2 correta é a D.
N2H

Questão 06 – Letra A
Com base nessa ilustração, é possível concluir que a alternativa
Eixo cognitivo: II
correta é a D.
Competência de área: 6

Questão 04 – Letra A Habilidade: 20


Comentário: O equilíbrio de um corpo pode ser classificado
Eixo cognitivo: IV
em estável, instável ou indiferente. Se, após sofrer um pequeno
Competência de área: 5
deslocamento, o corpo tende a voltar à antiga posição de
Habilidade: 17 equilíbrio, é chamado de estável, e é o que ocorre no caso do
Comentário: Tanto o peso do portão quanto o peso do menino “João-bobo”. A explicação se baseia no fato de que quase toda
produzem um momento no sentido horário em relação às a massa do brinquedo está concentrada no lastro, ou seja, o
dobradiças. Devido à existência desses momentos de força, centro de gravidade está perto da base de apoio.
a dobradiça A é tracionada, e a dobradiça B é comprimida. O equilíbrio é instável quando o corpo é deslocado da posição
Os materiais, geralmente, são mais resistentes à compressão de equilíbrio e, além de não retornar, afasta-se mais dela e, por
do que à tração; portanto, é mais provável que a dobradiça A fim, é indiferente quando liberado de sua posição de equilíbrio,
arrebente primeiro. portanto, acaba não se movendo.

Bernoulli Sistema de Ensino 33

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Questão 07 – Letra D B) Apesar de o saque do rapaz ter imprimido uma velocidade
não tão grande na bola de vôlei, a aceleração da bola é
Eixo cognitivo: IV
muito grande, pois o golpe de saque dura uma fração do
Competência de área: 1 segundo, de modo que a velocidade da bola varia de zero
Habilidade: 2 a um determinado valor em um curtíssimo intervalo de
tempo. Em outras palavras, a velocidade adquirida pela
Comentário: Como toda a estrutura permanece em equilíbrio,
bola não é grande, mas a rapidez da variação da velocidade
é necessário que a resultante das forças em cada uma de suas
(aceleração) é alta.
partes seja nula.
A pedra central C, no arco representado na figura, sujeita-se à Questão 04
atração gravitacional terrestre e às forças exercidas sobre ela
Comentário:
pelas pedras vizinhas. Como o peso de cada pedra é vertical
e aponta para baixo, com módulo de 150 N, as demais pedras A) A aceleração é um vetor no mesmo sentido do movimento
deverão exercer uma resultante capaz de equilibrar o peso. quando a velocidade está aumentando. Ao contrário, se a
Isso só será possível se a força for vertical, de sentido para velocidade diminui, a aceleração é oposta ao movimento.
Depois que a pedra desta questão é lançada verticalmente
cima e com intensidade de 150 N.
para cima, durante a subida, a velocidade da pedra diminui.
Logo, a aceleração da pedra é voltada para baixo.
CAPÍTULO – B3 B) Depois que a pedra atingiu a altura máxima e começou
a cair, a velocidade da pedra aumenta. Por isso, a sua
Movimento Variado aceleração é voltada para baixo.

Exercícios de aprendizagem Questão 05


Comentário:
Questão 01 A) A leitura direta do gráfico mostra que a velocidade do carro
Comentário: está aumentando. Em um gráfico de velocidade versus
A) Se a trajetória do carro for retilínea, não haverá aceleração, tempo, a inclinação da curva da velocidade representa a
pois, como a velocidade é constante em módulo, aceleração. Assim, como a inclinação da curva da velocidade
o movimento seria retilíneo uniforme. está diminuindo, a aceleração está diminuindo.

B) Se a trajetória do carro for curvilínea, por exemplo, se B) A aceleração média é definida como a variação da velocidade
o carro estiver fazendo uma curva, haverá aceleração para um dado intervalo de tempo. Pelo gráfico da questão,
centrípeta. A aceleração tangencial será nula, pois a percebemos que a velocidade variou de 0 a 5,0 m/s em
velocidade é constante em módulo. 4 s. Portanto,
am = ∆v/∆t = 5,0 / 4 = 1,25 m/s2
Questão 02
Comentário: Questão 06
A) Primeiramente, vamos converter a velocidade final de Comentário:
90 km/h para m/s: A) O gráfico da velocidade em função do tempo é uma reta
v = 90 km/h = (90/3,6) m/s = 25 m/s inclinada, implicando crescimentos iguais da velocidade
Então, em 10 s, a aceleração de arrancada desse carro, em intervalos iguais de tempo. Portanto, a aceleração é
que aumenta a velocidade de zero para 25 m/s, é: constante e o movimento é uniformemente variado.
a = Δv/Δt = (25 − 0)/10 = 2,5 m/s2 B) A inclinação da reta é dada pela tangente do ângulo que a
B) Em 1,0 s, a aceleração de arrancada do atleta, que aumenta reta forma com o eixo das abscissas:
a velocidade de zero para 10 m/s, é: Inclinação = (15 − 0) m/s / (10 − 0) s = 1,5 m/s2
a = Δv/Δt = (10 − 0)/1,0 = 10 m/s 2
Essa inclinação nada mais é do que a aceleração do móvel.
Portanto, a aceleração de arrancada do atleta é quatro
C) A área sob o gráfico da velocidade versus o tempo é a
vezes maior que a do carro.
distância percorrida pelo móvel:
Área = d = (10 s) . (15 m/s)/2 = 75 m
Questão 03
É claro que essa distância também poderia ser calculada
Comentário:
pela fórmula d = v0 t + a t2/2, lembrando que, nesse
A) A velocidade mede a rapidez com a qual uma distância é problema, v0 = 0, a = 1,5 m/s2 e t = 10 s.
percorrida, e a aceleração mede a rapidez com a qual a
velocidade varia. A ideia errônea de que uma alta velocidade
Questão 07
implica uma alta aceleração faz parte do senso comum das
Comentário:
pessoas de uma forma geral. O trem-bala move-se a alta
velocidade, mas essa é constante, inclusive em direção, uma A) Para esse cálculo, vamos utilizar a primeira equação básica
vez que a trajetória do trem bala é praticamente uma linha do movimento:
reta. Assim, a aceleração do trem é zero. v = v0 + a . t ⇒ v = 10 + 0,50 . 10 ⇒ v = 15 m/s

34 Coleção EM1

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Manual do Professor

B) Utilizando a segunda equação básica e considerando d0 = 0, Questão 09


encontramos:
Comentário:
1 1
d = v0 . t + . a . t2 ⇒ d = 10 . 10 + . 0,5 . 102 ⇒
2 2 A) Considerando-se a posição em que se inicia a perseguição
d = 100 + 25 = 125 m como origem, ou seja, x0 = 0, temos:

Já com a segunda equação básica, obtemos: xC = 15 . t (x: m; t: s)


v2 = v02 + 2ad ⇒ v2 – v02 = 2ad ⇒ xM = 0,75 . t2 (x: m; t: s)
1 Em seguida, igualando-se as equações, temos:
d= (v2 – v02) = 1 . (225 – 100) = 125 m
2a
xC = xM ⇒ 15 . t = 0,75 . t2

16 A partir dessa equação encontramos dois tempos,


Velocidade (m/s)

15 t1 = 0 e t2 = 20 s. O primeiro tempo representa o instante


14

Física
inicial, no qual o policial e o motorista ocupam a mesma
12
posição antes da fuga do infrator. Nesse momento, como
10
esse infrator está a uma maior velocidade, ele consegue
8
se distanciar do policial, porém, passados 20 s, o policial
6 alcança o motorista.
4 B) A distância percorrida até o encontro dos dois veículos pode
2 ser obtida a partir de qualquer uma das duas equações,
0 já que nesse instante ambos ocupam a mesma posição e
0 2 4 6 8 10 12
ambos partiram da origem. Assim:
Tempo (s)
x = 15 . 20 = 300 m
Calculando a área do trapézio formado pela reta do gráfico,
temos: Ou seja, os dois percorreram 300 metros até que o policial
1 alcançasse o motorista.
A= . (base maior + base menor) . altura ⇒
2
1 C)
Velocidade (m/s)

A= . (15 + 10) . 10 = 125 m


2 30

25
Questão 08
20
Comentário:
A) A inclinação do gráfico posição versus tempo fornece a 15
velocidade. Assim, a velocidade final é conhecida e vale
10
zero, pois a inclinação da curva é nula em t = 20 s.
5
O tempo é outra grandeza que pode ser lida diretamente
do gráfico, basta olhar o intervalo no eixo do tempo.
Além dessas duas, a distância percorrida também pode 0 5 10 15 20 25
Tempo (s)
ser retirada diretamente do gráfico, bastando para isso
considerar que o veículo inicia sua desaceleração na posição
Posição (m)

100 m e que na posição 300 m ele atinge o repouso.


300
Sendo assim, a distância percorrida foi de 200 m. Ficam
indeterminadas a aceleração e a velocidade inicial.
200
B) Observe as três equações básicas:
100
v = v0 + a . t
1
d = d0 + v0 . t + . a . t2
2 0 5 10 15 20
v = v0 + 2a . d
2 2
Tempo (s)
Em todas elas, a velocidade inicial está relacionada à
aceleração, de forma que é impossível descobrir o valor A área sob a curva do gráfico de velocidade versus
das duas utilizando somente uma das equações. tempo pode ser facilmente calculada, já que ela é
C) Utilizando as duas primeiras equações, obtemos o seguinte numericamente igual à área sob qualquer uma das
sistema: duas curvas até o instante em que ocorre o encontro.
0 = v0 + a . 20 É fácil perceber que para o carro essa área é numericamente
1 igual à área de um retângulo de lados 20 x 15, e, no caso
300 = 100 + v0 . 20 + . a . 202
2 do policial, a área de um triângulo de base 20 e altura 30,
Resolvendo o sistema, obtemos: resultando, nos dois casos, em uma área de 300, que nesse caso
a = –1 m/s2 e v0 = 20 m/s. significa 300 m.

Bernoulli Sistema de Ensino 35

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Questão 10 Podemos ilustrar esse resultado pela área do gráfico da
velocidade em função do tempo presente a seguir.
Comentário: Como o veículo se desloca aceleradamente, os
vetores velocidade e aceleração, além de mesma direção, terão o v (m/s)
mesmo sentido. Na primeira situação, como o carro viaja a favor
da trajetória, a velocidade e, consequentemente, a aceleração 20
terão sinais positivos. Na segunda situação, o carro vai contra o
sentido da trajetória, portanto, sua velocidade deve ser negativa.
Contudo, o vetor aceleração deve ter o mesmo sentido que o
vetor velocidade. Por isso, ela também é negativa. Em ambos os
casos houve aumento de 5 m/s no módulo da velocidade durante 15 m
5m
o tempo de 10 s. Dessa forma, a aceleração será 0,5 m/s2 para o
primeiro caso e –0,5 m/s2 no segundo caso. Esses valores também 0 1 2 t (s)
poderiam ser calculados pela definição operacional da aceleração:
20 − 15
a1 = = 0,5 m/s2 Questão 14
10
Comentário:
−20 − (−15)
a2 = = –0,5 m/s2 A distância, em metros, que separa as duas marcas é de 0,45 m.
10
Para calcular a velocidade final da bola, devemos usar a terceira
Questão 11 equação básica. Na verdade, poderíamos usar um sistema de
equações, utilizando as duas equações. Contudo, a maneira
Comentário: Um corpo cai em queda livre quando a única força
mais simples é a primeira. Assim:
significativa que atua nele é o seu peso. Nesse caso, a aceleração
de queda é constante e vale aproximadamente g = 10 m/s2. v2 = v0 2 + 2ad ⇒ v2 = 02 + 2 . 10 . 0,45 ⇒ v = 3 m/s
Isso é o que acontece quando uma pedra cai de uma pequena Note que a aceleração foi colocada com o sinal positivo, já que
altura. Durante a queda, a velocidade não aumenta muito, de
o eixo no qual ocorre o deslocamento é orientado para baixo,
modo que o valor da força de resistência do ar não aumenta
assim como a aceleração da gravidade.
muito, mantendo-se bem menor do que o peso da pedra.
O mesmo não ocorre com uma pena de ave. Sendo muito leve, Agora que temos a velocidade final, podemos calcular o
a força de resistência do ar sobre a pena torna-se igual ao seu tempo de queda da bola utilizando a segunda equação básica.
peso, logo depois que ela cai de poucos centímetros. Dessa forma:
v = v0 + at ⇒ 3 = 0 + 10 . t ⇒ t = 0,3 s
Questão 12
Comentário: Questão 15
A) Quando um objeto é atirado para cima, no ponto mais alto Comentário:
de sua trajetória, a velocidade será nula. Com base nisso,
A) Como a aceleração da gravidade para alturas próximas
é fácil calcular o tempo que a pedra levará para subir:
à superfície é constante, a inclinação da reta do gráfi co
v = v0 + ats ⇒ 0 = 6,4 –1,6ts ⇒ ts = 4 s
(que representa a aceleração da gravidade) será
Como a pedra leva o mesmo tempo para descer, o tempo
constante, e, por isso, utilizando argumentos de simetria,
total é de 8 s.
podemos mostrar que o ponto em que a reta corta o
B) Para calcular a altura atingida pela pedra, podemos utilizar eixo x é exatamente a metade de 1,0 s, ou seja, 0,5 s.
tanto a segunda quanto a terceira equações básicas. É nesse ponto que a velocidade se torna nula. Assim:
A terceira talvez seja mais vantajosa pelo fato de que um
v = v0 + at ⇒ 0 = 5 + 0,5a ⇒ a = g = –10 m/s2
dos termos será igual a zero.
v2 = v20 + 2 . a . d ⇒ 0 = 6,42 – 3,2 . d ⇒ d = 12,8 m A altura máxima atingida pelo objeto será:

C) Como na Lua não há atmosfera, não existe o efeito da resistência v2 = v0 2 + 2ad ⇒ 0 = 52 – 2.10.d ⇒ 20.d = 25 ⇒
do ar. Assim, tanto a pedra quanto a pena da ave, apesar de d = 1,25 m
terem pesos diferentes, experimentarão a mesma aceleração.
B)
Posição (m)

1,4
Questão 13
Comentário: As distâncias percorridas pela bola depois de 1,2
1 s e 2 s após o disparo podem ser calculadas pela equação
d = v0 t − g t2/2. Lembrando que v0 = 20 m/s e que g = 10 m/s2, 1,0
e substituindo t = 1 s e depois t = 2 s na equação, obtemos
0,8
os valores dessas distâncias:
t = 1 s: 0,6
d = 20 . 1 − 10 . 12/2 = 15 m
t = 2 s: 0,4
d = 20 . 2 − 10 . 22/2 = 20 m
0,2
A bola subiu 15 m no 1º segundo do movimento, mas apenas
5 m no segundo seguinte. Isso faz sentido, pois a velocidade da
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0
bola diminui na subida. Assim, a velocidade média da bola no
1º segundo é maior do que a velocidade média no segundo seguinte. Tempo (s)

36 Coleção EM1

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Manual do Professor

Exercícios propostos Questão 05 – Letra C


Comentário:
Questão 01 – Letra D
I. Falsa. Uma aceleração negativa não implica movimento
Comentário: Como o corredor parte do repouso, usando
no sentido negativo; pois uma velocidade negativa é que
a equação de Torricelli, podemos encontrar a aceleração a
implicaria isso (a velocidade é a grandeza que representa
do atleta:
a variação da posição).
144
v2t = v20 + 2ad ⇒ 122 = 02 + 2 . a . 100 ⇒ a = = 0,72 m / s2 II. Falsa. Uma aceleração negativa implica um movimento cada
200
vez mais lento, desde que a velocidade seja positiva. Caso
contrário, isto é, se a velocidade for negativa, uma aceleração
Questão 02 – Letra D negativa implicará um movimento cada vez mais rápido
Comentário: Vamos analisar as alternativas separadamente. (a rapidez do movimento é dada pelo módulo da velocidade.
A) Quando conhecemos as velocidades v 1 e v 2 em dois O sinal representa apenas o sentido do movimento).

Física
instantes de tempo e a distância percorrida no intervalo de III. Verdadeira. O sinal da aceleração não indica o sentido do
tempo correspondente, podemos calcular a aceleração por movimento. Como já comentado na afirmativa I, o sinal da
meio da equação de Torricelli: v22 = v12 + 2ad. Substituindo velocidade é que define esse sentido.
v1 = 10 m/s, v2 = 20 m/s e d12 = 60 m nessa equação,
obtemos a seguinte aceleração: Questão 06 – Letra D
202 = 102 + 2 . a . 60 ⇒ a = 2,5 m/s2
Comentário: A velocidade inicial vale +5,0 m/s. A velocidade
B) Agora que achamos a aceleração, podemos calcular o intervalo para t = 4,0 s vale v = 5,0 – 2,0 . 4,0 = – 3,0 m/s, ou seja,
de tempo no percurso mencionado por meio da equação: esse ponto material tem velocidade de módulo 3,0 m/s com
v2 = v1 + a Δt ⇒ 20 = 10 + 2,5 . Δt ⇒ Δt = 4,0 s sentido oposto ao da velocidade inicial.
C) Agora, vamos usar a equação v = v0 + a Δt, com v0 = 0 e
v = 10 m/s. Assim, o intervalo de tempo para a partícula Questão 07 – Letra C
sair do repouso e atingir a velocidade de 10 m/s é:
Comentário: Antes de analisar as opções de respostas
10 = 0 + 2,5 . Δt ⇒ Δt = 4,0 s
dessa questão, vamos comparar a equação horária geral da
D) Para achar a distância percorrida desde o repouso até o
posição para o movimento uniformemente variado (MUV),
momento em que a velocidade da partícula é v = 10 m/s,
s = s0 + v0t + at2/2, com a equação horária específica do
podemos usar a equação d = a Δt2/2, fazendo Δt = 4,0 s
(intervalo de tempo calculado anteriormente): movimento da partícula dessa questão, s = –3 – 2t + t2.

d = 2,5 . 4,02/2 = 20 m De tal comparação, tiramos os seguintes parâmetros do movimento:

E) Segundo o enunciado da questão, a partícula apresenta Posição e velocidade iniciais em t = 0: s0 = –3 m, v0 = –2 m/s


uma aceleração constante durante todo o percurso. Aceleração: a = 2 m/s 2

Portanto, a equação horária da velocidade em função do


Questão 03 – Letra E
tempo é:
Comentário: Primeiramente, deve-se encontrar a distância d
percorrida utilizando-se a equação horária do MRUV: v = v0 + at ⇒ v = –2 + 2 . t

at2 A) A trajetória é retilínea, segundo o enunciado da questão.


d = v0 . t + ⇒
2 O gráfico da posição s da partícula em função do tempo é
3 . 202 que é uma parábola.
d = 0 . 20 + = 600 m
2 B) A velocidade média no MUV entre os dois instantes t1 e
Assim, a velocidade v procurada é tal que: t2 é a média aritmética das velocidades nesses instantes,
d = vt ⇒ e não a velocidade no instante t2.

600 = v . 20 ⇒ C) Da equação horária da velocidade, sabemos que a


velocidade é v0 = –2 m/s em t = 0, depois ela diminui
v = 30 m / s = 108 km / h
em módulo e torna-se zero em t = 1 s. Em seguida,

Questão 04 – Letra A a velocidade torna-se positiva, aumentando de valor.


O 1º gráfico a seguir mostra a evolução da velocidade
Comentário: Nessa questão, a velocidade inicial é v0 = 20 m/s
e a velocidade final do carro é v = 0. Como conhecemos no tempo. Da equação horária da posição, sabemos que
a aceleração de frenagem, a = 5,0 m/s2, podemos usar a s0 = –3 m e que a posição aumenta negativamente até o
equação de Torricelli (v2 = v02 – 2 . a . d) para calcular a instante t = 1 s, quando a partícula inverte o sentido do
distância percorrida ao longo da frenagem do carro. O sinal movimento, uma vez que, nesse instante, a velocidade é
negativo nessa equação é porque o movimento do carro é do zero. Portanto, em t = 1 s, temos o vértice da parábola
tipo retardado. Substituindo os valores na equação, obtemos: do gráfico da posição em função do tempo. Em seguida,
02 = 202 – 2 . 5,0 . d ⇒ d = 40 m a posição diminui negativamente até o instante t = 3 s,
Para calcular o tempo de frenagem, podemos usar a equação: quando a partícula passa pela origem (s = 0). A partir
v = v0 + a Δt ⇒ 0 = 20 – 5,0 . Δt ⇒ Δt = 4,0 s desse instante, a posição aumenta positivamente.

Bernoulli Sistema de Ensino 37

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O 2º gráfi co a seguir mostra a evolução da posição no Questão 11 – Soma = 14
tempo. Note que no instante t = 1 s, a inclinação do gráfi co Comentário:
é zero, indicando uma velocidade zero.
01. Falsa. Entre os instantes 8 e 12 s, parte do movimento é

v (m/s) s (m) uniforme, com uma velocidade constante de –4 m/s.


02. Verdadeira. Entre os instantes 0 e 3 s, o movimento é
progressivo, pois v > 0, e acelerado, pois o módulo da velocidade
t(s) t(s) aumenta. A aceleração nesse intervalo é a = +2 m/s2.
1 1 3
–2 –3 04. Verdadeira. Entre os instantes 0 e 8 s, o movimento é
progressivo, pois a velocidade manteve-se positiva.
08. Verdadeira. Em t = 8 s, o sentido do movimento se inverte,
D) Para t > 3 s, o movimento é progressivo, pois a partícula
pois o sinal da velocidade passa de positivo para negativo, e é
se move no sentido positivo do eixo s, e acelerado, uma
o sinal da velocidade que representa o sentido do movimento.
vez que o módulo da velocidade aumenta.

Questão 12 – Letra C
Questão 08 – Letra C Comentário: A velocidade pode ser encontrada por meio da
Comentário: É importante notar que a área abaixo do gráfico inclinação do gráfico posição x tempo. Temos, assim, que vQ = 0.
nos dará a altura do eucalipto. Após 200 dias o eucalipto terá O gráfico é visivelmente mais inclinado no ponto P. Logo,
uma altura de 200 . 2 = 200 cm . Assim, ele deverá crescer mais vP > vR > vQ.
2
20 m, o que será alcançado em um tempo t em dias tal que Questão 13 – Letra C
(3 + 2)(t – 200)
= 2 000 e, portanto, t = 1 000 dias. Comentário: No primeiro trecho, como a velocidade é
2
constante, o gráfico de posição x tempo é uma reta oblíqua
e crescente. No segundo trecho, como a velocidade é
Questão 09 – Letra A
uniformemente decrescente e sempre positiva, o movimento
Comentário: A distância inicial d entre os dois móveis pode ser é progressivo e representado por uma parábola. Assim,
encontrada somando-se as distâncias percorridas por ambos os o gráfico constante da alternativa E se afigura como correto.
móveis, já que estes se movem em sentidos opostos, distância
que pode ser encontrada pela área entre as curvas e o eixo Questão 14 – Letra A
(10 + 30)10 (45 + 30)10 Comentário: No ponto mais alto da trajetória, como o sentido
das abscissas. Assim, d = + = 575 m.
2 2 de movimento da bola se altera, v = 0. Como nesse ponto
apenas a força peso atua sobre a bola, a aceleração é igual à
Questão 10 – F F V F V aceleração da gravidade, e a ≠ 0.
Comentário:

(F) O movimento do móvel B é uniformemente variado. Questão 15 – Letra C


Comentário: Para resolver essa questão, vamos usar o gráfico
(F) No instante t = 2 s, os móveis apresentam a mesma
a seguir, que mostra o crescimento da velocidade de um corpo
velocidade. Nesse instante, o móvel A está à frente do móvel
em queda livre. A distância percorrida entre os instantes 0 e t
B, pois A percorreu uma distância maior do que a distância
é a área A1 do triângulo sob o gráfico entre esses instantes:
percorrida por B entre t = 0 e t = 2 s. Essas distâncias são
A1 = vt/2.
dadas pelas áreas sob os gráfi cos de A e B no diagrama da
velocidade em função do tempo. A distância percorrida entre os instantes t e 2t é a área A2 do
trapézio sob o gráfico entre esses instantes. É fácil ver que esse
(V) Para o móvel B, a velocidade em t = 4,0 s é de 20 m/s, ou
trapézio contém 3 triângulos de áreas A1. Assim:
seja, B tem uma aceleração de 5,0 m/s2. Para achar esse
A2 = 3(vt/2)
valor, note que a velocidade de B aumenta de 10 m/s em
cada 2 segundos. Os móveis encontram-se no instante Portanto, a razão A1/A2 é igual a 1/3.

t = 4,0 s, pois, nesse instante, as distâncias percorridas Velocidade


pelos dois são iguais. Essa distância é de 40 m, e pode ser
obtida calculando-se a área sob o gráfi co do móvel A ou
2v
do móvel B no diagrama da velocidade versus tempo.
(F) Conforme explicado no item anterior, quando os móveis se
v
encontram em t = 4,0 s, ambos percorreram uma distância A2
de 40 m em relação à origem de um referencial em t = 0. A1
Tempo
(V) Veja explicação dada no comentário da 3ª afi rmativa. t 2t

38 Coleção EM1

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Manual do Professor

Questão 16 – Letra C Questão 19 – Letra B


Comentário: Como se trata de um MRUV, pois a única força Comentário: A figura mostra o instante imediato que antecede
que age sobre a bola é o peso, que é constante e, por isso, as frenagens dos veículos.
ocasiona uma aceleração constante, o gráfico de posição x v0 = 108 km/h = 30 m/s
tempo será uma reta, representada na letra C. É importante v0 = 108 km/h = 30 m/s
perceber que a velocidade da bola se anula por um instante a = 2,0 m/s2
infinitesimal, o que exclui a alternativa A. a = 3,0 m/s2

Questão 17 – Letra A
x
Comentário: A figura a seguir mostra o gráfico da velocidade Como a desaceleração do carro é maior que a do caminhão,
em função do tempo para a corrida de 100 m, no qual indicamos a distância d de frenagem do carro é menor que a distância D de

Física
os dados apresentados na questão. frenagem do caminhão. Portanto, para o caminhão parar antes
v (m/s) de colidir com o carro, aquele, inicialmente, deve estar a uma
a = – 0,5 m/s 2 distância maior que x = D – d atrás do carro. A distância d de
36 m
frenagem do carro pode ser calculada pela equação de Torricelli:
12
v2 = v20 + 2ad ⇒ 02 = 302 _ 2 . 3 . d ⇒ d = 150 m

A distância D de frenagem do caminhão pode ser calculada da


mesma forma:
v2 = v20 + 2ad ⇒ 02 = 302 _ 2 . 2 . D ⇒ D = 225 m
10 t(s)
Portanto, x = 225 – 150 = 75 m.
3,0 s
Com d = 36 m, a aceleração na 1ª fase da corrida pode ser
Questão 20 – Letra C
determinada pela equação de Torricelli:
Comentário: Usando a equação de Torricelli para encontrar
v2 = v20 + 2ad ⇒ 122 = 02 + 2 . a . 36 ⇒ a = 2,0 m/s2 a aceleração do movimento:
v2t = v20 + 2ad ⇒
Como a velocidade é constante, a distância percorrida na
202 = 302 + 2 . a . 250 ⇒
2ª fase da corrida é:
a = −1 m / s2
d = v . t = 12 . 3,0 = 36 m
A distância percorrida na 3ª fase da corrida é a diferença entre Agora, podemos achar a velocidade do móvel quando chegar
a distância total de 100 m e a distância de 72 m percorrida na à lombada:
1ª e na 2ª fases da corrida. Assim, a velocidade final pode ser v2 = 202 – 2 . (–1) 150 ⇒ v = 10 m/s
obtida pela equação de Torricelli: Utilizando vt = v0 + at, temos: 10 = 30 –1 . t e t = 20 s.

v2 = v20 + 2ad ⇒ v2 = 122 _ 2 . 0,5 . 28 = 116 ⇒ v = 10,8 m/s


Questão 21 – Letra B
Comentário: Comparando a equação geral do movimento
Questão 18 – Letra B uniformemente variado (MUV), s =v0t + at2/2, com a equação
Comentário: A velocidade inicial v0 no instante t = 0 e específica do movimento desta questão, s = 7t – 3t2, tiramos
a aceleração a do móvel podem ser obtidas aplicando-se a os seguintes parâmetros:
2ª equação básica do movimento uniformemente variado Velocidade inicial em t = 0: v0 = 7 m/s
(d = v0t + at2/2) para os instantes t = 2 s e t = 4 s, até os quais Aceleração: a = –6 m/s2
o carro percorre as distâncias d = 28 m e d = 72 m (28 + 44).
Portanto, a equação horária da velocidade em função do
Aplicando essa equação para esses dois instantes, obtemos:
tempo é:
t = 2 s: 28 = 2 . v0 + a . 2 /2 ⇒ 28 = 2 . v0 + 2 . a
2 v = v0 + at ⇒ v = 7 – 6 . t

t = 4 s: 72 = 4 . v0 + a . 42/2 ⇒ 72 = 4 . v0 + 8 . a Logo, as velocidades nos instantes 0 e 4 s são 7 m/s e –17 m/s,


respectivamente. A velocidade média entre dois instantes no
Essas equações representam um sistema de equações com MUV é a média aritmética das velocidades nesses instantes.
duas incógnitas: a e v0. Resolvendo esse sistema, achamos Logo, a velocidade média entre 0 e 4 s é vm = –5 m/s.
a = 4 m/s2 e v0 = 10 m/s. Agora, podemos aplicar a 2ª equação
Outra maneira de fazer essa questão seria calculando as
básica para achar a distância para t = 6 s:
posições nos instantes 0 e 4 s:
t = 6 s: d = 6 . v0 + a . 62/2 ⇒ d = 132 m t = 0: s = 7 . 0 – 3 . 02 = 0
Portanto, nos últimos 2 s, o móvel percorre 60 m. Esse valor t = 4 s: s = 7 . 4 – 3 . 42 = –20 m

é a diferença entre a distância total de 132 m percorrida em Então, a velocidade média é:


6 s e a distância parcial de 72 m percorrida nos primeiros 4 s. vm = Δs/Δt = (–20 – 0)/(4 – 0) = –5 m/s

Bernoulli Sistema de Ensino 39

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Questão 22 – Letra C Questão 26 – Letra D
Comentário: Denotando por xA e xB as posições dos móveis A Comentário: Nessa questão, precisamos achar a velocidade,
e B, eles se encontram quando xA = xB. Assim: no instante t = 15 s, do móvel II, cuja posição varia de acordo
2 com o gráfico a seguir. A inclinação do gráfico da posição
0,5t
x A = 0.t + s em função do tempo t fornece a velocidade do móvel.
2
xB = 3t Nessa questão, como o fundo do gráfico s x t é quadriculado,
0,5t2 nós podemos avaliar com boa precisão a inclinação do gráfico
x A = xB ⇒ = 3t ⇒ (portanto, a velocidade do móvel) no instante t = 15 s.
2
t = 12 s De acordo com a figura a seguir, essa inclinação é:
v = ∆s/∆t = (225 – 0) m/(15 – 7,5) s = 30 /s

Questão 23 – Letra A 375

Comentário: Para uma aceleração mínima do gato, enquanto o 300


ratinho percorre a distância dR = 2,40 m com a velocidade vR =
225

s (m)
3,00 m/s, o gato percorre a distância dG = 4,16 m (2,40 + 1,76).
A equação do movimento para o rato é dR = vR . t, de modo 150 I
s
que o tempo que ele leva para chegar no buraco na parede é: 75 II
2,40 = 3,00 . t ⇒ t = 0,800 s θ
0
Substituindo esse tempo na equação do movimento do gato, 0 5 10 15 20 t (s)
dG = at2/2, obtemos sua aceleração:
t
4,16 = a . 0,8002/2 ⇒ a = 13 m/s2

Questão 27 – Letra D
Questão 24 – Letra B
Comentário: Primeiramente, vamos achar a aceleração e
Comentário: Como o móvel acelerado parte do repouso, a
depois a velocidade do ponto material em t = 4 s por meio da
distância inicialmente cresce, e de forma quadrática, já que a
equação horária da 1ª parte do movimento:
diferença entre as funções horárias será uma função de segundo
x = a1 . t2/2 ⇒
grau (na verdade, em todos os momentos, será uma função
quadrática). Essa função quadrática até a ultrapassagem tem 40 = a1 . 42/2 ⇒
concavidade para baixo, e após a ultrapassagem, concavidade a1 = 5 m/s2
para cima (como estamos lidando com o módulo, observe v = v0 + a t ⇒
que inicialmente a função quadrática é subtraída). Logo,
v = 0 + 5 . 4 = 20 m/s
a alternativa B se afigura como a única possível.
Nessa última equação, consideramos v 0 = 0, pois, de
acordo com o gráfico da posição em função do tempo dado
Questão 25 – Letra C
na questão, a inclinação desse gráfico é nula em t = 0.
Comentário: A equação horária s = f(t) do movimento Agora, vamos usar a equação de Torricelli para calcular a
uniformemente variado é dada por uma expressão da seguinte aceleração do ponto material na 2ª parte do movimento,
forma: observando duas coisas: a velocidade em t = 4 s e s = 40 m é
1 2 v = 20 m/s (valor calculado anteriormente) e a velocidade em
s = s0 + v 0 t + at
2 t = 14 s e s = 140 m é v = 0 (a inclinação do gráfico é zero).
Assim:
Do gráfico, tiramos que s0 = 20 m, que é a posição para t = 0
(ou seja, a posição inicial). Substituindo s = 4 m e t = 2,0 s v2 = v02 + 2 . a2 . ∆s ⇒ 02 = 202 + 2 . a2 . (140 – 40) ⇒
a2 = –2,0 m/s2
na equação horária, obtemos uma equação com as incógnitas
v0 e a (velocidade inicial e aceleração): O sinal negativo indica que o movimento é retardado.

4 – 20 = v0 . 2,0 + a . 2,0 /2 ⇒ –16 = 2v0 + 2 . a


2

Questão 28 – Letra E
A aceleração também é dada por a = (v – v0)/Dt. No instante
Comentário: Modelando o último segundo de movimento do
t = 2,0 s (vértice da parábola), a velocidade v do móvel é
corpo, temos d = 35 m e a = 10 m/s2. Se a velocidade inicial
nula, pois a inclinação do gráfico s versus t é nula. Assim,
for v0, a velocidade final será:
substituindo esse dado em v = v0 + at, encontramos v0 =
–2.a. Substituindo esse valor na equação anterior, obtemos vf = v0 + at ⇒ vf = v0 . 1 + 10 . 1

a aceleração: Lançando mão da equação de Torricelli:

–16 = 2 . (–2 . a) + 2 . a ⇒ a = +8,0 m/s2 v2f = v20 + 2ad ⇒


Portanto, v0 = –2 . 8,0 = –16 m/s. Assim, a equação horária (v0 + 10)2 = v20 + 2 . 10 . 35 ⇒
do móvel é: v20 + 20v0 + 100 = v20 + 700 ⇒
s = 20 – 16t + 4t2 v0 = 30 m / s ⇒ vf = 40 m / s

40 Coleção EM1

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Manual do Professor

Questão 29 – Letra C B) A distância percorrida pelo carro até alcançar o ônibus


Comentário: Sendo xA e xB as posições dos móveis, eles se pode ser obtida substituindo-se t = 10 s em qualquer
encontrarão quando xA = xB. Considerando o eixo positivo das duas equações anteriores:
aquele apontando para cima e o solo como origem do dônibus = 10 . 10 = 100 m ou dcarro = 2,0 . 102/2 = 100 m
referencial, teremos:
Observe que essas distâncias são as duas áreas
at2 1
x A = x A + v0 . t + = 0 + 10t – . 10t2 destacadas no gráfico v x t anterior.
0
2 2
at2 1
xB = xB + v0 . t + = 10 – 10t – . 10t2
0
2 2 Questão 33
1
x A = xB ⇒ 10t – 5t2 = 10 – 10t – 5t2 ⇒ t = s ⇒ Comentário:
2
x A = xB = 3,75 m A) vf = v0 + at ⇒ 80 = 0 + 2 . t ⇒ t = 40 s

at2 2 . 402
B) d = v0 t + ⇒ d = 0 . 40 + = 1 600m

Física
2 2
Questão 30 – Letra B
Comentário: Tomando como positivo o eixo apontando para
cima, temos que a velocidade inicial do móvel (após ter sido Questão 34
solto do balão) é de v0= 10 m/s, sua aceleração a = –10 m/s2,
Comentário:
e o deslocamento é d = –175 m. Assim, usando a equação
horária do MRUV: A) A altura atingida pela bolinha, o tempo gasto na subida e
o tempo total de voo são:
at2 1
d = v0 . t + ⇒ – 175 = 10t – . 10t2 ⇒ v2 = v02 – 2 . gL . h ⇒ 02 = 82 – 2 . 1,6 . h ⇒ h = 20 m
2 2 v = v0 – gL . ts ⇒ 0 = 8 – 1,6 . ts ⇒ ts = 5,0 s
t2 – 2t – 35 = 0 ⇒ t = 7 s
Como o tempo de descida também é 5,0 s, o tempo total
para a bolinha subir e descer é de 10 s.
Questão 31 B) A Lua não tem atmosfera. Por isso, o martelo e a pena
Comentário: A soma algébrica das áreas entre o gráfico de caem sem sofrer resistência ao movimento, de modo
aceleração por tempo e o eixo das abscissas nos dá a variação que ambos caem juntos em queda livre e dotados com a
de velocidade. Dessa forma, sendo v a velocidade procurada: mesma aceleração. Na Terra, a força de resistência do ar
v = 2 + 4 . 6 – 4 . 3 + 4 . 6 = 38 m/s é desprezível durante a queda do martelo, mas não para a
pena, que é muito leve. Assim, a pena chega ao solo bem
depois de o martelo bater no chão.
Questão 32
Comentário:
Questão 35
1. Como a aceleração do carro é a = 2,0 m/s2, partindo do
repouso, a velocidade será v = 24 m/s 12 segundos depois. Comentário: A altura de queda dos cocos pode ser estimada
A evolução da velocidade do carro em função do tempo é pela equação:
mostrada no gráfico v x t a seguir. A velocidade constante h = gt2/2
v = 10 m/s que também aparece no gráfico é a velocidade
do ônibus. Ambos, carro e ônibus, compartilham a mesma em que t é o tempo de queda e g = 10 m/s2 é a aceleração da
posição no instante t = 0 (semáforo). gravidade. Substituindo os valores t = 1,9 s e t = 2,1 s nessa
equação, obtemos:
v (m/s)
hmín = 10 . 1,92/2 ≅ 18 m e hmáx = 10 . 2,12/2 ≅ 22 m
30
28
26
24 Carro
carro Seção Enem
22
20 Questão 01 – Letra D
18
16 Eixo cognitivo: I
14 Competência de área: 5
12
10 Ônibus
ônibus Habilidade: 17
8 Comentário: Na etapa I, o veículo permanece com velocidade
6
constante até o motorista pisar no freio, dessa forma, o gráfico
4
2 da velocidade durante essa etapa é retilíneo e horizontal.
Na etapa II, o veículo possui desaceleração constante, o que
0,0 3,0 6,0 9,0 12,0 t (s) caracteriza MRUV. Como o gráfico é em função da distância,
2. A) O carro alcança o ônibus quando ele percorre a mesma usando a equação de Torricelli:
distância percorrida pelo ônibus. Assim, igualando as
v = v0 − 2 . a . d
equações que fornecem as distâncias percorridas pelo
ônibus (movimento uniforme) e pelo carro (movimento
uniformemente variado), obtemos o instante em que o Assim, nessa etapa, a velocidade cai com o quadrado do
carro alcança o ônibus: deslocamento. Dessa forma, o gráfico da velocidade durante
dônibus = dcarro ⇒ 10 . t = 2,0 . t2/2 ⇒ t = 10 s essa etapa é um arco de parábola de concavidade para baixo.

Bernoulli Sistema de Ensino 41

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Questão 02 – Letra B Trecho II: Mantém velocidade constante.
Eixo cognitivo: II Trecho III: Desacelera até o repouso com aceleração constante.
Competência de área: 6 Vamos analisar as alternativas separadamente:
Habilidade: 20 A alternativa C está correta. Observe como, no trecho I,
Comentário: Todas as esferas caíram em queda livre, e, a posição varia com a forma característica de uma parábola.
portanto, estavam sujeitas à mesma aceleração, que é a da No trecho II, o gráfico é uma reta com inclinação constante,
gravidade. Assim, da equação horária de movimento retilíneo o que caracteriza um movimento com velocidade constante.
uniformemente variado, temos: No trecho III, há novamente uma parábola, característica de
2h 2h movimentos acelerados, nesse caso, com a inclinação da curva
t queda = ⇒ tn = n diminuindo, o que representa um movimento desacelerado.
g g
Observe que o gráfico apresentado na alternativa A representa
Em que n é o número da esfera contado de baixo para cima,
corretamente o trecho I, porém, a posição não variou no trecho II,
e o tn, o tempo de queda da esfera n.
o que indicaria que a locomotiva está parada. Portanto, essa
Por meio dessa equação, podemos encontrar a altura hn da
alternativa está incorreta.
esfera n:
O gráfico da alternativa B informa que, no trecho I, uma
2h 2hn 2 reta com inclinação constante, a locomotiva se deslocou
tn = n = ⇒ n. h = hn ⇒ hn = h . n
g g com velocidade constante. Além disso, no trecho III, não
E, por fim, a diferença de altura entre cada esfera e a anterior: está ocorrendo desaceleração, já que a inclinação da curva
está aumentando. Dessa forma, a alternativa B também
hn = h . n2
está incorreta.
hn–1 = h . (n – 1)2 = h(n2 – 2n + 1)
∆hn = hn – hn–1 = h . n2 – h . n2 + 2 . h . n – h O gráfico apresentado na alternativa D começa bem, porém,
∆hn =h(2 . n – 1) no trecho II, há uma reta horizontal, que significa que o
corpo está em repouso. Portanto, essa alternativa também
Trata-se de uma progressão aritmética, conforme foi dito no
está incorreta.
enunciado, ou seja, os tempos são iguais porque pudemos
pressupor que as acelerações são iguais e constantes, o que O gráfico da alternativa E apresenta os três trechos de forma
só é possível porque a força em cada esfera é o próprio peso, errada. A reta representada no trecho I corresponde a um
que é constante. deslocamento com velocidade constante, a reta horizontal no
trecho II novamente representa um corpo em repouso e, no
Questão 03 – Letra B trecho III, temos novamente uma reta com inclinação constante,
o que representa, como no trecho I, um deslocamento com
Eixo cognitivo: III
velocidade constante.
Competência de área: 1
Habilidade: 2
Questão 05 – Letra D
Comentário: Supondo que as acelerações são constantes e
Eixo cognitivo: I
aplicando a equação de Torricelli, podemos encontrá-las:
Competência de área: 6
 202
2 2
a = = 0,5 m/s2 Habilidade: 20
v −v  1
2 . 400
a= 0 ⇒
2.d  202 Comentário: Corpos em queda livre apresentam Movimento
a2 = = 0,8 m /s2 Uniformemente Variado. Uma das características desse
 2 . 250
tipo de movimento é a proporcionalidade entre a distância
a1 − a2 = 0,5 − 0,8 = 0,30 m /s2
percorrida pelo corpo e o quadrado do tempo de queda, ou
Supondo essas acelerações constantes e aplicando a equação seja, conforme o tempo passa, o corpo percorre uma distância
de Torricelli para o movimento uniformemente retardado, vem: cada vez maior para um mesmo intervalo de tempo. Caso o
v2 = v20 − 2a ∆s ⇒ 02 = v20 − 2a ∆s ⇒ peso do corpo variasse durante a queda, a aceleração não seria
 constante, mas esse tipo de movimento não é abordado no
202
a = ⇒ a1 = 0,5 m/s2 Ensino Médio.
v20  1 2 . 400
a= ⇒  ⇒ a1 − a2 = 0,5 − 0,8 ⇒
2 ∆s  202
a2 = ⇒ a1 = 0,8 m /s2 Questão 06 – Letra D
 2 . 250
a1 − a2 = 0,3 m /s3 Eixo cognitivo: I
Competência de área: 5

Questão 04 – Letra C Habilidade: 17

Eixo cognitivo: II Comentário: O motorista imprudente corresponde ao


Competência de área: 6 movimento A, pois a velocidade máxima do carro é 30 m/s,
Habilidade: 20 que corresponde a 108 km/h. Nos trechos I e II, as acelerações
desse carro são:
Comentário: A questão informa que o trajeto da locomotiva
é dividido em três trechos: aI = (30 m/s – 10 m/s)/10 s = 2,0 m/s2
Trecho I: Parte do repouso com aceleração constante. aII = (0 m/s – 30 m/s)/10 s = –3,0 m/s2 (módulo 3,0 m/s2)

42 Coleção EM1

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Manual do Professor

Questão 07 – Letra E Por outro lado, quando um avião aumenta rapidamente a

Eixo cognitivo: IV velocidade no solo, antes da decolagem, não há aceleração


centrípeta, pois a trajetória é retilínea, mas os passageiros
Competência de área: 6
sentem um efeito fisiológico da aceleração tangencial. De fato,
Habilidade: 20
o Movimento Retilíneo Uniforme é o único movimento sem
Comentário: Nessa questão, devemos analisar a dependência
aceleração, pois, sendo a velocidade constante em módulo,
que há entre a altura de um salto e o quadrado da sua
não há aceleração tangencial, e sendo a trajetória retilínea,
velocidade inicial.
não há aceleração centrípeta.
Na situação a que se refere a questão, a velocidade média
do Super-Homem, em seu movimento do solo até o alto do
prédio, é dada por: Questão 02
vm = H/Dt ⇒ H = vmDt Comentário: Apesar de o módulo da velocidade do avião

Física
em que H é a altura do prédio, ∆t é o intervalo de tempo do ter permanecido constante, durante o trecho em que o avião
salto e vm é a velocidade média deste. Observe, na equação descreveu a circunferência, houve uma variação no vetor
anterior, que a altura H é diretamente proporcional à velocidade velocidade do avião (variação de direção e sentido) com o
média do salto e ao intervalo de tempo ∆t. tempo. Portanto, o aviador, nesse trecho, esteve submetido
Durante o movimento de subida, a velocidade do Super-homem a uma aceleração centrípeta. A figura seguinte mostra a
varia. A relação entre sua velocidade v e o intervalo de tempo representação do vetor aceleração centrípeta em alguns pontos
∆t do salto é dada por: da trajetória descrita pelo avião.
v = v0 – gDt
No ponto de altura máxima, a velocidade do Super-homem
é nula, como afirmado pelo enunciado da questão. Portanto: ac
0 = v0 – gDt ⇒ Dt = v0/g
ac ac
Ou seja, o intervalo de tempo necessário para que o Super-homem
alcance o ponto de altura máxima é diretamente proporcional
à velocidade inicial do salto.
Diante dessa análise, conclui-se que a alternativa correta é a E.

Questão 08 – Letra A
Eixo cognitivo: I
Competência de área: 5
Questão 03
Habilidade: 17 Comentário: A figura a seguir mostra os vetores aceleração
tangencial, aceleração centrípeta e o vetor aceleração total
Comentário: A aceleração será máxima no intervalo de tempo
em que a taxa de variação da velocidade em relação ao tempo for atuantes no carro. O primeiro reporta a variação do módulo
maior (e não necessariamente no instante em que a velocidade da velocidade do carro. Como esse módulo está aumentando
for máxima). Entre 0 s e 1 s, a taxa de variação da velocidade é de (o carro percorre, a cada segundo, distâncias cada vez
6 m/s2; entre 1 s e 5 s, a taxa de variação é de 1,3 m/s2; de 5 s maiores), o vetor aceleração tangencial é voltado no mesmo
a 8 s, a taxa de variação é praticamente nula; entre 8 s e 11 s, sentido do movimento. O segundo vetor mede a variação da
a taxa é de 0,7 m/s2, e, entre 12 s e 15 s, a taxa de variação direção da velocidade. O vetor aceleração centrípeta ocorre
é de 1,3 m/s2. Logo, como a taxa de variação da velocidade
porque a trajetória é curvilínea, sendo sempre perpendicular
é maior no intervalo de 0 s a 1 s, temos que a aceleração é
à trajetória e voltado para o seu centro de curvatura.
máxima nesse intervalo de tempo.
Na verdade, os vetores aceleração tangencial e aceleração
centrípeta são componentes ortogonais da aceleração total
CAPÍTULO – B4 (o 3° vetor), que têm uma direção oblíqua em relação à trajetória.

Movimento Circular a
ac
Exercícios de aprendizagem
Questão 01 v
Comentário: Um carro pode subir uma montanha cheia de at
curvas, mantendo a velocidade constante em módulo, mas,
mesmo assim, os passageiros sentem um incômodo nas curvas,
isto é, eles sentem efeitos fisiológicos da aceleração centrípeta.

Bernoulli Sistema de Ensino 43

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Questão 04 B) Utilizando os dados fornecidos pelo enunciado e a equação

Comentário: para a aceleração centrípeta em função da velocidade


tangencial, temos:
A) Ao decompormos o vetor aceleração da gravidade em
suas componentes tangencial (tangente à trajetória) e v2
aC = ⇒ v = R . aC ⇒
radial (perpendicular ao vetor velocidade), obtemos a R
representação seguinte:
v = 30 . 4,8 ⇒

v = 12 m/s

Questão 08
Comentário: A figura mostra os vetores aceleração centrípeta
sobre o carro passando na depressão e na lombada. Nos dois
casos, esse vetor é perpendicular à velocidade do carro e
voltado para o centro da curva. Por isso, no primeiro caso,

B) A interpretação cinemática das componentes tangencial o vetor é voltado para cima, e no segundo, para baixo.
e radial da aceleração da gravidade é que a componente Os módulos desses vetores são iguais porque o carro viaja com
tangencial é responsável por alterar o módulo da velocidade uma velocidade constante v = 72 km/h (20 m/s) e os raios de
do projétil e que a componente radial é responsável por curvaturas da depressão e da lombada são iguais (R = 100 m).
alterar a direção do vetor velocidade. Assim, a aceleração centrípeta nos dois casos vale:
ac = v2/R = 202/100 = 4,0 m/s2
Questão 05
Comentário: A figura mostra um planeta girando em uma
órbita no sentido anti-horário em torno do Sol. Nas duas
posições do planeta mostradas na figura, o vetor aceleração ac ac
do planeta é voltado para o Sol e apresenta duas componentes
ortogonais: uma perpendicular ao movimento (aceleração
centrípeta) e outra tangente ao movimento (aceleração
tangencial). Na posição de afastamento do planeta do Sol,
a aceleração tangencial é oposta ao movimento do planeta
e, por isso, a velocidade do planeta está diminuindo. Questão 09
Na posição de aproximação, a aceleração tangencial tem Comentário: Como o raio da curva 1 é maior que o da curva 2,
o mesmo sentido do movimento do planeta e, por isso,
e como as velocidades dos dois carros são iguais, concluímos,
a velocidade do planeta está aumentando. v2
de acordo com a equação da aceleração centrípeta, aC = ,
Em afastamento at R
que a aceleração centrípeta do carro na curva 2 é maior que a
v a do carro que passa pela curva 1.
ac
Sol v1

2º foco
ac a
v ac1

at R2
Em aproximação R1 ac2

Questão 06 v2

Comentário: Todo movimento curvilíneo é acelerado, inclusive


o Movimento Circular Uniforme, pois, embora a velocidade
Questão 10
seja constante em módulo, há uma mudança na direção da
velocidade, de modo que há uma aceleração centrípeta. Comentário:

A) O período do ponteiro dos minutos é T = 1 h (60 min).


Questão 07 Assim, a velocidade tangencial na ponta da sua haste, que
Comentário: está a uma distância Rponta = 15,0 cm do centro de rotação

A) Considerando os dados fornecidos pelo enunciado da (centro do relógio), é:


questão, temos: vponta = 2 p Rponta /T = (2 . 3 . 15,0) cm/60 min = 1,5 cm/min.
v2 (2πR / T)2 A velocidade tangencial na base da haste, que está a uma
aC = = ⇒
R R distância Rbase = 2,0 cm do centro de rotação, é:
(2π . 2 / 3,14)2
aC = ⇒ aC = 8 m/s 2
vbase = 2 p Rbase /T = (2 . 3 . 2,0) cm/60 min = 0,20 cm/min.
2

44 Coleção EM1

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Manual do Professor

O ponto da haste do ponteiro no centro do relógio apenas B) Estando as duas garotas em repouso sobre a superfície da
gira em torno de si, sem percorrer um espaço. Assim, esse Terra, ambas terão a mesma velocidade angular. Assim,
ponto tem uma velocidade angular, mas não tem velocidade de acordo com a equação v = ωR, o módulo da velocidade
tangencial: vcentro = 0. tangencial das garotas é diretamente proporcional ao raio
descrito por elas. Portanto, sendo o raio descrito por Rafaela
12 maior que o raio descrito por Mary Jane, o módulo da
1
11
velocidade tangencial de Rafaela é maior que o de Mary Jane.

10

2
0,20 cm/min C) Conforme discutido nos itens anteriores, o satélite e as duas
garotas giram com a mesma velocidade angular. Portanto,

3
9

a partir da equação aC = ω2R, deduz-se que o módulo da

4
8

1,5 cm/min 7 5 aceleração centrípeta que atua sobre o satélite e sobre


6
as garotas é diretamente proporcional ao raio descrito

Física
por esses corpos. Dessa forma, sendo o raio descrito pelo
B) Como o nome sugere, a velocidade angular mede a rapidez satélite maior que o raio descrito pelas garotas, o módulo
com a qual um ponto da haste varre um ângulo, e esse ângulo da aceleração centrípeta que atua sobre o satélite é maior
não depende da distância do ponto ao centro de rotação. que aquele que atua sobre as garotas.
Por exemplo, na figura a seguir, note que tanto o ponto A,
quanto o ponto B, pertencentes a uma haste OA que gira Questão 12
em torno de O, varrem o mesmo ângulo de 30° em dado
Comentário:
intervalo de tempo.
A) O período do satélite geoestacionário é T = 24 h e ele orbita
A a uma distância do centro da Terra de sete raios terrestres
30° (RTerra = 6,4 . 106 m). Então, o período em segundos, o raio
orbital e a velocidade tangencial do satélite valem:
B
30°
T = 24 h = 24 . 3 600 s = 8,64 . 104 s

R = 7 . 6,4 . 106 m = 4,48 . 107 m


O
v = 2πR/T = 2 . 3,14 . 4,48 . 107/8,64 . 104 = 3,3 . 103 m/s

B) A aceleração centrípeta do satélite geoestacionário vale:


ac = v2/R = (3,3 . 103)2/4,48 . 107 = 0,24 m/s2

Esse resultado corresponde ao valor da aceleração da


gravidade atuante no satélite.
Nessa questão, lembrando que o período do ponteiro dos
minutos é T = 1 h (3 600 s), a velocidade angular de Questão 13
qualquer ponto da haste, em radianos por segundo, é: Comentário:
ω = 2π/T = 2 . 3/3 600 = 1,7 . 10−3 rad/s A) De acordo com o enunciado da questão, os dois discos estão
E, em graus por segundo, a velocidade angular é: presos ao eixo de rotação do motor e giram solidariamente

ω = 360/T = 360/3 600 = 0,10 graus/s a ele. Portanto, os dois discos possuem o mesmo período
de rotação. Sendo o raio do disco 1 maior que o do disco
C) Uma das fórmulas da aceleração centrípeta é ac = ω2R. 2, conclui-se que o comprimento da trajetória descrita por
Para a mesma velocidade angular, a aceleração centrípeta
um ponto do disco 1 é maior que o do disco 2 e, portanto,
é diretamente proporcional ao raio. Assim, o valor da
o módulo da velocidade tangencial do disco 1 é maior que
aceleração centrípeta na ponta da haste do ponteiro é o
o do disco 2.
dobro daquele no ponto médio entre a ponta da haste e o
centro de rotação. B) Conforme discutido no item anterior, os dois discos giram
solidariamente ao eixo do motor. Portanto, os dois discos

Questão 11 levam o mesmo intervalo de tempo para completar uma


volta e, por isso, possuem a mesma velocidade angular.
Comentário:
C) De acordo com a discussão anterior, os dois discos
A) De acordo com o enunciado da questão, o satélite acompanha
possuem a mesma velocidade angular. Logo, a aceleração
o movimento de rotação da Terra, permanecendo sempre
sobre a mesma posição da superfície do planeta (satélite centrípeta de dois pontos desses discos pode ser avaliada
geoestacionário). Dessa forma, considerando que as duas por meio da relação aC = ω2R. Considerando dois pontos
garotas estejam em repouso sobre a superfície da Terra, nas extremidades dos discos, um na extremidade de cada
podemos concluir que o satélite e as duas garotas descrevem disco, conclui-se que o módulo da aceleração centrípeta
o mesmo arco de ângulo no mesmo intervalo de tempo e periférica do disco 1 é maior que do disco 2, pois o disco 1
que, portanto, possuem a mesma velocidade angular. apresenta maior raio.

Bernoulli Sistema de Ensino 45

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Questão 14 Diante da discussão anterior, conclui-se que a combinação
mostrada na figura do exercício não representa a maior
Comentário:
multiplicação de rotação possível. A maior multiplicação de
A) Estando as engrenagens em contato, para que as
rotação será obtida quando combinarmos a coroa de maior
engrenagens movidas recebam a transmissão de movimento
raio com a catraca de menor raio.
da engrenagem motora, elas giram em sentido oposto ao
C) Utilizando a equação que relaciona a frequência de duas
da engrenagem motora. Observando a figura do exercício,
engrenagens ao número de dentes das engrenagens, temos:
vemos que a engrenagem motora A gira no sentido horário.
Portanto, as engrenagens movidas B e C giram em sentido fcatraca fcoroa fcatraca 30
= ⇒ = =2
anti-horário, sentido oposto ao da engrenagem A. fcoroa fcatraca fcoroa 15
B) Na figura do exercício, observa-se que as engrenagens estão em
contato. Portanto, considerando-se que não haja deslizamento
entre as engrenagens, conclui-se que as três engrenagens Exercícios propostos
possuem a velocidade tangencial de mesmo módulo.
Questão 01 – Letra B
C) Observando a figura, vemos que a engrenagem A
possui 20 dentes, a engrenagem B possui 40 dentes e a Comentário: A aceleração é definida como mudança do
engrenagem C possui 10 dentes. Utilizando a equação que vetor velocidade, ou seja, do seu módulo ou direção. No MCU,
relaciona as frequências de rotação das engrenagens ao o módulo da velocidade se mantém constante, mas sua direção
número de dentes das engrenagens, temos: muda a cada instante pela ação da força dita centrípeta, sempre
perpendicular ao vetor velocidade.
NA
fB = fA ⇒
NB
Questão 02 – Letra B
20
fB = 1 200 = 600 rpm
40 Comentário: Sendo T o tempo necessário para que se
1
NA efetue uma volta, chamado de período, temos que f = .
fC = fA ⇒ T
NC Quando T está em segundos, temos f em Hz. Assim, o tempo
20
fC = 1 200 = 2 400 rpm necessário para se efetuar uma volta é dado por T = 30 = 2 s,
10 15
e logo f = 1/2 = 0,5 Hz.
fA = 1 200 rpm

D) A frequência de rotação da engrenagem motora é Questão 03 – Letra A


determinada pela frequência de rotação do eixo do motor. Comentário: Apesar de o enunciado pedir para você achar a
Logo, como na situação inicial a frequência de rotação velocidade angular ω da microrroda, as opções de respostas
da engrenagem motora é de 1 200 rpm, a frequência de fornecem valores para a frequência f de rotação. De fato, ω e f
rotação do eixo do motor é de 1 200 rpm e, portanto, são grandezas quase que idênticas, diferindo uma da outra apenas
a frequência de rotação da engrenagem C, caso ela passasse pelo fator 2π, uma vez que ω = 2πf. Vamos calcular as duas coisas
a ser a engrenagem motora, também seria de 1 200 rpm. nessa questão, ω e f, e marcar a opção correta para f.
A frequência da engrenagem A, que tem o dobro de dentes Como a questão refere-se à velocidade angular mínima da
de C, seria de 600 rpm, e a frequência da engrenagem B,
microrroda, significa que as posições consecutivas da parte
que tem o dobro de dentes de A, seria de 300 rpm.
marcada da microrroda mostradas nas figuras ocorreram na
mesma volta. Assim, para calcular essa velocidade, você pode
Questão 15 escolher uma posição registrada em um instante t (t > 0),
Comentário: e dividir o ângulo θ varrido a partir de t = 0 pelo intervalo
A) Cada uma das duas coroas proporciona cinco combinações de tempo Δt = t. Por exemplo, para a 1ª e a 4ª posições,
de marchas diferentes, uma para cada engrenagem da θ = π radianos (180°) e Δt = 15 s. Assim:
catraca. Portanto, o sistema de duas coroas e cinco catracas ω = θ/Δt = π rad/15 s = π/15 rad/s
permite dez combinações diferentes de marcha.
Então, a frequência de rotação é:
B) Para que tenhamos a maior multiplicação de rotação possível, ω = 2πf ⇒ π/15 = 2πf ⇒ f = (1/30) rotações/s ⇒
a catraca deve girar o maior número de vezes possível para
f = (1/30) . 60 rotações/min = 2 rotações/min (ou simplesmente
cada rotação da coroa. Estando a catraca acoplada à coroa por
2 rpm).
meio de uma corrente, de modo que não há deslizamento entre
as engrenagens e a corrente, conclui-se que as engrenagens
possuem velocidade tangencial de mesmo módulo. Portanto,
Questão 04 – Letra B
a distância que a corrente translada em uma volta da coroa, Comentário: A figura dessa questão mostra um redutor
comprimento da circunferência da coroa, deverá ser igual ao de rotações, pois a engrenagem ligada ao eixo do motor
comprimento que a corrente irá transladar no lado da catraca, elétrico tem um pequeno diâmetro d1 = 8 cm, enquanto a
comprimento do arco de circunferência percorrido pela catraca. engrenagem em forma de anel ligada ao tambor do misturador
Assim, quanto menor o comprimento da circunferência da tem um grande diâmetro d2 = 120 cm. Assim, como 120 é
catraca (menor raio), maior será o número de voltas realizado 15 vezes 8, o tambor gira com uma rotação de frequência
pela catraca (maior multiplicação de rotação). f2 15 vezes menor do que a frequência f1 do motor elétrico.

46 Coleção EM1

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Manual do Professor

Você também pode achar esse resultado aplicando diretamente Questão 09 – Letra A
a fórmula f2/f1 = d1/d2, e substituindo os valores dos diâmetros
Comentário: Como ambos andam com a mesma velocidade,
e f1 = 3 Hz (frequência de rotação do motor):
as rodas das bicicletas de ambos percorrem a mesma distância
f2/3= 8/120 ⇒ f2 = 3/15 = 0,2 Hz
linear no mesmo intervalo de tempo. Como v = ωR, a velocidade
Portanto, o tambor leva o seguinte tempo para completar uma angular das rodas da bicicleta do pai é a metade da velocidade
volta (período):
angular das rodas da bicicleta do filho. Como  ω  =  2pf, essa
T2 = 1/f2 = 1/0,2 = 5 s
relação se mantém para a frequência.

Questão 05 – Letra A
Questão 10 – Letra D
Comentário: Nesse exercício, há dois pontos de um mesmo
disco, x e y, girando com velocidades lineares de 50 cm/s e Comentário: Como o movimento é transmitido pela correia,
10 cm/s, respectivamente. Como os dois pontos fazem parte as velocidades lineares são idênticas. Além disso, como ω é

Física
do mesmo disco, eles possuem a mesma velocidade angular. inversamente proporcional ao período, tem-se que ωb = 2ωC. Assim:
Sendo assim, temos:
vc = va ⇒ ωcR c = ωaR a ⇒ ωc 3R a = ωaR a ⇒ 3ωc = ωa
vx vy 50 10
ωx = ωy ⇒ = ⇒ = ⇒
rx ry rx rx − 20 3R a
vb = va ⇒ ωbR b = ωaR a ⇒ 2ωcR b = 3ωcR a ⇒ R b =
1 000 2
50rx − 10rx = 1 000 ⇒ rx = ⇒ rx = 25 cm
40

Utilizando o valor de rx obtido anteriormente, podemos calcular Questão 11 – Letra D


o módulo da velocidade angular. Comentário: Nesse movimento, as velocidades lineares das
vx 50 engrenagens são idênticas. Primeiramente, deve-se perceber
ω = ωy = ωx = ⇒ ω= = 2,0 rad/s
rx 25 que E1 gira em sentido oposto a E2, que gira em sentido oposto
a E3. Logo E1 e E3 giram em sentidos idênticos. Além disso:

Questão 06 – Letra E 2π R1 2π R 2 2π R 3
v1 = v2 = v3 ⇒ = = ⇒T1 = T3 < T2
Comentário: Tendo em vista que o móvel parte do repouso e T1 T2 T3
efetua um movimento circular uniforme de período igual a 8 s,
conclui-se que, em um intervalo de tempo de 18 s, o móvel
Questão 12 – Letra C
efetua duas voltas completas mais um quarto de volta. Sendo
assim, o deslocamento angular do móvel foi de π/2 rad ou 90°. Comentário:
Logo, o módulo do vetor deslocamento do móvel é dado por:
(V) Os movimentos da coroa e da catraca são interligados por
 2   uma correia e, logo, a velocidade linear de seus pontos de
d = R2 + R2 ⇒ d = R2 + R2 ⇒ d = R 2
periferia é igual.

(V) Os movimentos da catraca e da roda têm a mesma


Questão 07 – Letra C
velocidade angular. Como o raio da catraca é menor, a sua
Comentário: O carrossel tem período de T = 20 s. Como velocidade linear é menor.

a velocidade angular ω é dada por ω = , temos que
T (V) Os movimentos da coroa e da catraca são interligados por
2π π
ω= = rad /s .
20 10 uma correia, e, logo, a velocidade linear de seus pontos de
periferia é igual. Como o raio da coroa é maior que o da catraca,
Questão 08 – Letra E a velocidade angular da coroa é menor que a da catraca.
Comentário: Nesse exercício, há duas polias, A e B, interligadas (V) Os movimentos da catraca e da roda têm a mesma
por meio de uma correia e não há escorregamento entre as
velocidade angular.
polias e a correia. Dessa forma, a velocidade tangencial das
polias possui o mesmo módulo da velocidade tangencial da
correia. Portanto, as duas polias possuem a mesma velocidade Questão 13 – Letra A
tangencial. Como elas possuem raios diferentes (o raio da polia Comentário: Nesse exercício, há três polias interligadas por
A, R, é menor que o raio da polia B, R’), conclui-se que suas uma correia e não há escorregamento entre as polias e a correia.
velocidades angulares são diferentes. Sendo R < R’, e como
Logo, as três polias possuem velocidades lineares de mesmo
as polias possuem a mesma velocidade tangencial, conclui-se
módulo, que é igual ao módulo da velocidade linear da correia.
que a velocidade angular da polia A é maior que a da polia B.
A polia 1, R1 = 6 cm, possui uma frequência de rotação de 0,67 Hz
Esse fato pode ser verificado por meio das equações:
(40 rpm). Portanto, seu período de rotação é dado por:
,
R 1 1
v A = vB ⇒ ω AR = ωBR ′ ⇒ ω A = ωB T1 = = ⇒
R f 0,67
O termo R’/R é maior que 1, logo, ωA > ωB. T1 = 1,5 s

Bernoulli Sistema de Ensino 47

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Como as velocidades lineares das polias são iguais, podemos Questão 19 – Letra E
escrever a seguinte igualdade: Comentário: Durante o descarregamento, a frequência da
R1 6 betoneira e da engrenagem de diâmetro 1,2 m é de 20 rpm.
v1 = v3 ⇒ ω1R1 = ω3R 3 ⇒ ω3 = ω1 ⇒ ω3 = ω1 ⇒ ω3 = 3ω1
R3 2 Como as velocidades lineares de ambas as engrenagens são
iguais, e sendo f a frequência procurada em rpm, temos:
De acordo com o resultado anterior, a velocidade angular da polia v = 2πrf ⇒
3 é três vezes maior que a da polia 1. Como o período de rotação e
2π0,6 . 20 = 2π0,2 . f ⇒
a velocidade angular são grandezas inversamente proporcionais,
f = 60 rpm
ω = 2π/T, conclui-se que o período de rotação da polia 3 é três
vezes menor que o da polia 1. Logo, o período de rotação da
Questão 20 – Letra D
polia 3 é de 0,5 s.
Comentário: De acordo com o enunciado da questão, o disco rígido
Questão 14 – Letra D gira com uma frequência de 120 Hz, ou seja, ele gira 120 vezes
em um segundo. Como a cabeça de leitura está posicionada a uma
Comentário: Como o eixo do motor elétrico está ligado a uma polia
distância de R = 3 cm = 0,03 m, ela percorrerá em uma volta uma
de diâmetro d1 = 1,5 cm e a polia do volante da máquina de costura
circunferência C de comprimento 2πR.
tem diâmetro d2 = 6 cm, e considerando a frequência de rotação
máxima do motor f1 = 75 Hz, a frequência f2 de rotação do volante é: C = 2πR = 2 . 3 . 0,03 = 0,18 m

f2/75= 1,5/6 ⇒ f2 = 18,75 Hz Em 120 voltas, a cabeça de leitura percorrerá um comprimento


de 120 . C = 120 . 0,18 = 21,6 m.
Assim, nessas circunstâncias, o número de pontos de costura
que a máquina faz é de, aproximadamente, 19 pontos. Cada unidade de informação ocupa um comprimento físico de
0,2 . 10–6 m. Logo, em 21,6 m, há X unidades de informação.
Questão 15 – Letra A 0,2 . 10–6 ——–––– 1 unidade de informação
Comentário: Na resolução desse exercício, iremos considerar 21,6 m ——–––– X
que o ponteiro maior do relógio seja o ponteiro dos minutos. X = 21,6 / (0,2 . 10–6) = 1,08 . 108
Tendo em vista que esse relógio atrasa 10 minutos a cada hora,
Ou seja, 1,08 . 108 informações magnéticas passam pela cabeça
conclui-se que, em um intervalo de tempo de uma hora real,
de leitura por segundo.
o ponteiro maior percorre um ângulo de 2π(10/12) rad.
Portanto, a velocidade angular do ponteiro maior do relógio
Questão 21 – Letra D
é dada por: v
Comentário: Como ω = , a redução pela metade do raio,

ω=
(
2π 10 12 )⇒ ω= π
rad/s
r
mantendo-se a velocidade angular constante, corresponde a
3 600 2 160
uma redução pela metade da velocidade linear v, de tal forma
que v = 0,3 m/s.
Questão 16 – Letra C
Comentário: Como o disco deu mais de uma volta e menos Questão 22 – Letra D
de duas voltas, e seu deslocamento angular foi de 180°, Comentário: Como a Terra gira de oeste para leste, uma pessoa
ele percorreu 1,5 volta nos 6 s, de tal forma que seu período no hemisfério norte vê as estrelas girando no sentido anti-horário,
é T = 6/1,5 = 4 s. enquanto, no hemisfério sul, ela vê as estrelas girando no sentido
horário. Por isso, depois de algum tempo, o Cruzeiro do Sul gira
Questão 17 – Letra B no sentido horário, movendo-se da posição I para a II. Os círculos
mostrados na figura correspondem aos giros das cinco estrelas
Comentário: Considerando que, a cada quadro, a roda
do Cruzeiro do Sul, lembrando que, mesmo que não possam ser
anda 45°, pois tem-se a impressão que as rodas da
vistas de dia, devido ao ofuscamento do Sol, as estrelas continuam
diligência não giram, a roda dará 3 voltas por segundo, ou
movendo-se no céu. Assim, o período de cada movimento circular
seja, f = 3 Hz. Assim, sua velocidade v linear será tal que
é de 24 horas, de modo que o tempo para o Cruzeiro do Sul varrer
V = 2pr . f = 2p . 0,75 . 3 ⇒ 50 km/h.
o ângulo de 60° de I a II é de 4 horas (24 horas/6).

Questão 18 – Letra B
Questão 23 – Letra E
Comentário: O tempo t para que o portão abra é dado por
π Comentário: A curva descrita pelo líquido é um arco de

t = 2 = 20 s . Nesse tempo, o carro deverá percorrer uma circunferência de raio 6 cm. A esse arco corresponde um
π ângulo de 90° (um quarto da circunferência); portanto, seu
40 comprimento será de, aproximadamente, 9,3 cm. O tempo
distância d = 20 m, com uma aceleração a que pode ser gasto pelo líquido para percorrer esse trajeto corresponde a um
encontrada por meio da equação horária do MRUV:
quarto do período da engrenagem, cuja frequência é de 0,25 Hz.
at2 Como o período é o inverso da frequência, o líquido gastará 1 s
d = v0 t + ⇒
2 para percorrer esse trajeto; assim, sua velocidade média será
a.202
20 = 0.20 + ⇒ a = 0,1 m / s2 de 9,3 cm/s ou 9,3 . 10–2 m/s.
2

48 Coleção EM1

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Manual do Professor

Questão 24 – Letra A Questão 28 – Letra E


Comentário: Como o período do MCU descrito pelo ponteiro Comentário: A frequência de rotação da roda d’água é a
dos segundos é de 60 s, temos que: própria frequência de rotação da roldana acoplada nessa roda
2πR 2πR 1,8 (raio R): froda = 1 Hz. A frequência da roldana do gerador (raio
v= ⇒ 0,06 = ⇒R= ≅ 0,57m
T 60 π
2,5 cm) é a própria frequência do gerador: fger = 5 Hz. Assim:
Logo, o diâmetro vale: 2R = 2 . 0,57 = 1,15 m
froda. Rroda = fger.Rger ⇒ 1 Hz . R = 5 Hz . 2,5 cm ⇒ R = 12,5 cm
Questão 25 – Letra A
Comentário: Quando a Terra completa uma volta em um tempo
Questão 29
T = 24 h, o ponto A percorre ao longo da linha do equador uma
distância igual a 2pRA, sendo RA = R o raio da Terra. No mesmo Comentário: Como a circunferência tem 27 km de comprimento,
tempo, o ponto B percorre ao longo do trópico de latitude norte temos que 2pR = 27 km. Assim:

Física
de 60° uma distância igual a 2pRB, sendo RB = R.cos 60° = R/2.
Então, usando a fórmula T = d/v (o tempo é o quociente entre 2π R
v= ⇒
a distância e a velocidade), achamos a relação vA/vB entre as T
27
velocidades de A e B pedida nesse problema: 240 000 = ⇒
T
2pR/vA = 2p(R/2)/vB ⇒ vA/vB = 2
9
T= s
80 000
Questão 26 – Letra B
Comentário: Na figura a seguir, vamos considerar as engrenagens Em uma hora há 3 600 s. Logo, os prótons executarão um
de 1 a 5 e os três cilindros de 1 a 3 do moedor de cana dessa questão
número de voltas x tal que:
(na verdade, não é possível ver o cilindro 2, que está escondido
atrás do moedor). A engrenagem 5 tem 24 dentes, e as outras,
3600
10 dentes. A combinação das engrenagens 4 e 5 permite reduzir a x= = 3,2 . 107 voltas
9
frequência f4 = 1/30 Hz (uma volta a cada meio minuto) aplicada
80 000
na engrenagem 4 para a seguinte frequência na engrenagem 5:
f5 = f4 . (N4/N5) = 1/30 Hz . (10 dentes/24 dentes) = 1/72 Hz
Esse valor representa também as frequências de rotação do cilindro Questão 30
1 e da engrenagem 1, pois o eixo superior do moedor de cana é Comentário:
comum às engrenagens 5 e 1 e ao cilindro 1. Como as engrenagens
A) De acordo com o enunciado do exercício, o disco gira sem
1, 2 e 3, acopladas entre si nessa ordem, possuem o mesmo número
de dentes, todas giram com a mesma frequência de 1/72 Hz. atrito sobre uma mesa e completa 300 voltas em um minuto.
Como a engrenagem 2 está acoplada no mesmo eixo do cilindro 2, Sendo assim, a frequência de rotação do disco é dada por:
e a engrenagem 3 no mesmo eixo do cilindro 3, concluímos que os
três cilindros giram com a mesma frequência de f = 1/72 Hz. Então, 300
f= ⇒ f = 5 Hz
a velocidade tangencial na periferia desses cilindros (d = 8 cm), 60
que é a própria velocidade de saída da cana esmagada, é:
Utilizando o resultado anterior, podemos calcular o módulo
v = p . d . f = 3,14 . (8 cm) . (1/72) Hz = 0,3489 cm/s = 0,35 cm/s
da velocidade linear do disco, por meio da equação v = 2prf.
Logo:

Eng. 5 v = 2 . 3 . 0,5 . 5 ⇒ v = 15 m/s

Cil. 1 Eng. 1 Observação: Na resolução desse exercício, utilizamos a


aproximação p = 3, de acordo com a orientação do enunciado.
Eng. 4 Cil. 3 Eng. 2

Eng. 3 B) Do instante em que o fi o se rompe no ponto A até o instante


em que o disco abandona a mesa, o disco percorre uma
distância de 0,70 m. Veja a fi gura a seguir:
Questão 27 – Letra E 2m
Comentário: A velocidade linear de A é igual à velocidade
v
linear de B, que terá a velocidade angular de C, que por sua vez
terá a velocidade linear de D. Como a frequência é diretamente
0,5 m 0,7 m
proporcional à velocidade angular, é possível encontrar a relação A
1,4 m
entre as velocidades angulares de A e D. Sendo ωA a velocidade
angular de A, e sabendo que w = 2pf, tem-se:
v A = vB ⇒ ωAR A = ωBR B ⇒ ωAR A = ωB 5R a ⇒ ωA = 5ωB = 5ωC
vC = vD ⇒ ωCR C = ωDR D ⇒ ωCR C = ωD 5R C ⇒ ωC = 5ωD ⇒ ωA = 25ωD
Sendo assim, temos que:
f d = vt ⇒ t = d/v
f´=
25 t = 0, 70 /15 ⇒ t = 0, 047 s

Bernoulli Sistema de Ensino 49

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Questão 31 – Soma = 14
Comentário:
01. Falsa. Como não há deslizamento entre a correia e as polias A e B, as velocidades escalares nas periferias dos pontos 1 e 2 são iguais,
que também são iguais à velocidade da própria correia.
02. Verdadeira. Como as polias B e C estão acopladas solidariamente ao mesmo eixo, todos esses elementos (B, C e o eixo)
apresentam a mesma velocidade angular.
04. Verdadeira. A velocidade escalar do ponto 3 é maior do que a velocidade escalar do ponto 2, pois ambos apresentam a mesma
frequência de rotação, mas o raio do círculo descrito por 3 é maior do que o raio do círculo descrito por 2. Como as velocidades
escalares dos pontos 1 e 2 são iguais (discussão apresentada em 01), concluímos que a velocidade escalar de 3 é maior que a
velocidade escalar de 1.
08. Verdadeira. A velocidade angular de A é menor do que a de B, pois ambas as polias giram com a mesma velocidade escalar
periférica (discussão apresentada em 01), mas um ponto na periferia de A percorre um círculo maior do que o círculo percorrido
na periferia de B. Como B e C apresentam a mesma velocidade angular (discussão apresentada em 02), a velocidade angular
de C é maior do que a de A.

Questão 32
Comentário: No intervalo de tempo considerado, o atleta A percorreu uma distância do ponto 1 à linha de chegada igual a 2πRA.
Já o atleta B percorreu uma distância do ponto 2 à linha de chegada igual a 3/4 de 2πRB. Calculando o tempo desses percursos pela
equação do movimento uniforme t = d/v (o tempo é o quociente entre a distância e a velocidade), e lembrando que os tempos nos
dois percursos são iguais e que RA = 3 m e RB = 4 m, obtemos a relação entre vA/vB pedida nesse problema:
2πRA/vA = (3/4) . 2πRB/vB ⇒ vA/vB = 1

Questão 33 – Soma = 11
Comentário:
01. Verdadeiro. Como o módulo da velocidade é constante, o carro tem movimento uniforme de A a C.
02. Verdadeiro. Como o módulo da velocidade é constante, o carro tem movimento uniforme de A a F.
04. Falso. Como nem o módulo nem a direção da velocidade se alteram, o carro não tem aceleração de A a C.
08. Verdadeiro. Como a direção da velocidade se altera de D a F, este tem uma aceleração, dita centrípeta.
16. Falso. O carro executa de D a F um movimento circular e uniforme.

Questão 34
Comentário:
12 000 1
A) 12 000 rpm equivalem a = 200 rotações por segundo. Logo, ele dará uma volta completa em T = 1/f = s.
60 200
B) A frequência do movimento será de 200 Hz. Como o raio do movimento é de 1 cm = 0,01 m, a velocidade linear máxima v
será tal que v = 2πrf = 2 . 3 . 200 . 0,01 = 12 m/s.

Questão 35
Comentário:
A) Supondo que não haja deslizamento entre a linha e o cilindro do carretel, a velocidade linear na superfície do cilindro é a
velocidade com a qual a linha é puxada:
v = 50 cm/10 s = 5,0 cm/s
B) A velocidade angular ω no carretel é constante em todos os pontos, de modo que podemos calcular o seu valor pela fórmula
v = ω.R usando v = 5,0 cm/s e R = 2 cm, que são valores para o cilindro do carretel:
5,0 = ω.2 ⇒ ω = 2,5 rad/s

Seção Enem
Questão 01 – Letra B
Eixo cognitivo: III
Competência de área: 1
Habilidade: 2
Comentário: As engrenagens A e B giram solidárias em torno de eixos diferentes, de forma que seus dentes possuem mesma
velocidade linear (vB= vA).
As engrenagens B e C estão acopladas pelo eixo, de forma que possuem a mesma velocidade angular (ωC= ωB) e a mesma
frequência (fC= fB).
Entre as engrenagens C e D, temos a mesma relação que para as engrenagens A e B (vD= vC). E o ponteiro acompanha a
engrenagem D.
O número de dentes é proporcional ao perímetro da engrenagem, e este é proporcional ao raio. Então:
vD 2 . π . R c fc R c fB R c vB R c . 2 . π . R A . fA Rc . RA
fponteiro = fD = = = = = = fA
2 . π . RD 2 . π . RD RD RD . 2 . π . RB RD . 2 . π . RB RD . RB
Nc . R A 36 . 24
fponteiro = fA = 18 = 2 rpm
ND . NB 108 . 72

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Manual do Professor

Questão 02 – Letra A De acordo com o resultado anterior, a velocidade angular da


Eixo cognitivo: IV roda dentada traseira é três vezes maior que a da roda dentada
dianteira, ou seja, enquanto a roda dentada dianteira efetua
Competência de área: 5
uma volta completa, a roda dentada traseira realiza três voltas
Habilidade: 18
completas. Como a roda dentada traseira está acoplada à
Comentário: As polias 2 e 3 estão ligadas por um eixo comum, roda traseira pelo mesmo eixo (ou seja, elas giram de forma
logo, terão a mesma velocidade angular (ω2=ω3). Como a
conjunta), a distância percorrida pela bicicleta em uma pedalada
velocidade linear é proporcional ao raio e desejamos que a
é, aproximadamente:
velocidade da serra de fita seja a menor possível, precisamos
ligá-la à polia de menor raio. Pelo mesmo motivo, precisamos d = 3(2πR) ⇒ d = 3(2.3.0,40) ⇒
ligar a correia do motor à polia de maior raio, chegando, assim,
d = 7,2 m
à montagem Q.

Física
Questão 03 – Letra C Questão 06 – Letra A
Eixo cognitivo: III Eixo cognitivo: III
Competência de área: 2 Competência de área: 2
Habilidade: 6 Habilidade: 6
Comentário: Para resolver esse exercício, basta observar que a Comentário: Esse exercício faz algumas afirmações em relação
prancha se move de A para B. Logo, as polias da parte superior, a uma bicicleta de marchas. Vamos analisar cada uma das
1 e 2, movem-se no sentido anti-horário, e as polias da parte
alternativas separadamente.
inferior, 3 e 4, movem-se no sentido horário.
I. Correta. A cada marcha de uma bicicleta está associada
uma determinada coroa dianteira e uma determinada
Questão 04 – Letra A
coroa traseira. Como, nessa bicicleta, há duas coroas
Eixo cognitivo: II
dianteiras e cinco coroas traseiras, a bicicleta possui um
Competência de área: 1 total de dez marchas, cinco marchas associadas a uma
Habilidade: 2 das coroas dianteiras e cinco marchas associadas à outra
Comentário: O movimento de uma bicicleta se dá por meio do coroa dianteira.
acoplamento entre uma roda dentada dianteira com uma roda
II. Incorreta. Quando uma bicicleta encontra-se a alta
dentada traseira, e esse acoplamento é feito por meio de uma
velocidade, o número de voltas da roda traseira por
corrente, não havendo deslizamento entre as rodas dentadas
pedalada é o maior possível. De acordo com o resultado
e a corrente. Sendo assim, conclui-se que as rodas dentadas
da bicicleta possuem velocidades lineares de mesmo módulo, obtido na resolução do exercício 01 dessa seção:
sendo este igual ao módulo da velocidade linear da corrente.
ωt rd
Considerando uma pedalada uma volta completa da roda dentada =
ωd rt
dianteira e observando que as rodas dentadas possuem velocidades
lineares de mesmo módulo, podemos escrever a seguinte igualdade:
Para que tenhamos o maior número de voltas da roda
vd = v t ⇒ ωdrd = ωtrt ⇒ traseira por pedalada, devemos ter a maior razão possível
ωt rd entre os raios das rodas dentadas dianteira e traseira.
=
ωd rt Sendo assim, devemos acionar a coroa dianteira de maior
raio com a coroa traseira de menor raio.
De acordo com a equação anterior, quanto maior for a razão rd/rt,
III. Correta. Em uma subida íngreme, convém utilizarmos uma
maior será a razão do número de voltas da roda traseira por
marcha que minimize a força com a qual devemos acionar
pedalada, wd/wt. Portanto, a alternativa que representa a situação
em que haverá o maior número de voltas por pedalada é a A. os pedais da bicicleta. Para obtermos esse resultado,
devemos utilizar uma combinação de coroas dianteira
Questão 05 – Letra C e traseira que possibilite a maior razão possível entre o
número de pedaladas por volta. Utilizando o fato de as
Eixo cognitivo: II
coroas possuírem velocidades lineares de mesmo módulo,
Competência de área: 1
temos que:
Habilidade: 2
vd = v t ⇒ ωdrd = ωtrt ⇒
Comentário: Conforme analisado no exercício anterior,
as rodas dentadas traseira e dianteira possuem velocidades ωd rt
=
lineares de mesmo módulo. Utilizando esse resultado e os ωt rd
dados fornecidos na figura do exercício, temos:
vd = v t ⇒ ωdrd = ωtrt ⇒ Portanto, para que tenhamos a maior razão possível entre
ωt rd ωt 15 o número de pedaladas por volta, devemos utilizar a coroa
= ⇒ = ⇒
ωd rt ωd 5,0 traseira de maior raio e a coroa dianteira de menor raio.
ωt Tendo em vista a análise das afirmações, conclui-se que a
= 3,0
ωd alternativa correta é a A.

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Questão 07 – Letra C
Eixo cognitivo: III

Competência de área: 2

Habilidade: 6

Comentário: Quando a bicicleta se desloca, desde que os pneus não derrapem, a velocidade na periferia dos pneus é igual
à própria velocidade de translação da bicicleta. Portanto, as velocidades tangenciais dos pontos A e B são iguais. Assim,
no mesmo intervalo de tempo, os pontos A e B percorrem distâncias iguais (logo, as letras D e E são afirmativas incorretas).
Obviamente, no mesmo intervalo de tempo (supondo esse intervalo igual a vários períodos da roda maior), o número de voltas
completas que o ponto B executa é maior do que o número de voltas que o ponto A executa, pois, apesar de as velocidades de A e
de B serem iguais, o perímetro da roda traseira (onde se situa o ponto B) é menor do que o perímetro da roda dianteira (ponto A).
Por exemplo, se o diâmetro da roda traseira for a metade do diâmetro da roda dianteira, então o ponto B executará 2 voltas
para cada volta executada pelo ponto.

Sugestões de leitura para o professor


• Física básica – Mecânica. Alaor Chaves; J. F. Sampaio. LTC.

• Física conceitual. Paul G. Hewitt. Bookman.

• Fundamentos de Física – Mecânica. Jearl Walker. LTC.

• Os 100 maiores cientistas da História. John Simmons. Difel.

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