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CADERNOS DE
CRITÉRIOS
RESULTADOS
2ª EDIÇÃO
SÉRIE: CAMINHO PARA A EXCELÊNCIA
CADERNOS DE
CRITÉRIOS
RESULTADOS
2ª EDIÇÃO
BRASÍLIA - DF
2020
CONSELHO NACIONAL GERÊNCIA GERAL SESCOOP
Karla Tadeu Duarte de Oliveira
Titulares
Márcio Lopes de Freitas COORDENAÇÂO
Ronaldo Ernesto Scucato Gerência Geral de Desenvolvimento da Gestão de
Luiz Vicente Suzin Cooperativas do Sescoop
Celso Ramos Régis Susan Miyashita Vilela
Ricardo Benedito Khouri
Alberto Alves Silva de Oliveira Equipe técnica do Sescoop
Fernando Schwanke Giulianna Fardini
Thaisis Barboza de Souza Pamella Jeronimo de Lima
Dênio Aparecido Ramos Susan Miyashita Vilela
Carlos Felipe Alencastro
João Edilson de Oliveira Equipe técnica da FNQ
Luciana Matos Santos Lima
Suplentes Luiz Eduardo Teixeira Malta
Carlos André Santos de Oliveira
Leonardo Boesche Gerência de Comunicação
Remy Gorga Neto Daniela Lemke
Malaquias Ancelmo de Oliveira Ana Suelen Troiano
Andréia Lúcia Araújo da Cruz de Carvalho Cristiano Hosannah de Carvalho
Fabiano Maluf Amui Iago Jorge de Carvalho
Roberta Carolina C.T. Rios Bosco Soares
Alex Pereira Freitas Projeto Gráfico e diagramação
Joel Amaral Junior Escudero.ag Comunicação Ltda
Luizita Fonseca Leite Pina
CONSELHO FISCAL
Titulares
José Arilo Carneiro Pereira
André Pacelli Bezerra Viana
Alessandro Roosevelt
Ricardo da Costa Nunes
João Francisco Adrien
Evaristo Lunz Gomes
Suplentes
Ary Célio de Oliveira
Jeferson Adonias Smaniotto
Rogério Nagamine
Luciana Maria Rocha Moreira
Juliana Felício dos Santos
DIRETORIA EXECUTIVA
Cadernos de Critérios Resultados
Superintendente
Renato Nobile
Endereço
Setor de Autarquias Sul – SAUS - Qd. 4, Bloco “I”
CEP: 70.070-936
Brasília-DF (Brasil)
Tel: +55 (61) 3217-2119
Proibida a reprodução total ou parcial desta publicação sem o prévio consentimento, por escrito, do Sescoop.
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Apresentação
Este caderno compõe a série Caminho para a Excelência, que tem por finalidade esclarecer as dúvidas
das cooperativas sobre o modelo referencial para a governança e gestão das cooperativas, baseado no
Modelo de Excelência da Gestão® da Fundação Nacional da Qualidade e no Manual de Boas Práticas
de Governança Cooperativa do Sistema OCB, bem como auxiliar na implantação e melhoria de pro-
cessos organizacionais. É uma valiosa ferramenta para as cooperativas que pretendem aprimorar sua
governança e gestão e aumentar sua competitividade.
Seguindo a filosofia de melhoria contínua que pauta todas as suas iniciativas, a série Caminho para a
Excelência, publicada na forma de fascículos, foi revista para se adequar à atualização realizada nos
instrumentos de autoavaliação dos processos e práticas de governança e gestão e está organizada em
12 volumes:
• Caderno de Governança
• Liderança
• Estratégias e Planos
• Clientes
• Sociedade
• Informações e Conhecimento
• Pessoas
• Processos
• Resultados
Espera-se que o leitor seja estimulado a consultar os Cadernos sempre que necessário e que se bene-
ficie com os exemplos e exercícios apresentados. A série está disponível também em meio eletrônico
– pdgc.somoscooperativismo.coop.br.
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Cadernos de Critérios Resultados
Sumário
INTRODUÇÃO 8
O CRITÉRIO RESULTADOS 11
FIXAÇÃO DO CONHECIMENTO 28
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 31
5
Introdução
Nos cadernos anteriores desta série, são tratados os processos gerenciais requeridos no modelo de re-
ferência para a governança e gestão das cooperativas. Neste caderno, são tratados os resultados, que
são os efeitos produzidos pelos processos operacionais e estratégicos da cooperativa, monitorados por
meio de indicadores de desempenho pertinentes.
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8
Cadernos de Critérios Resultados
O CRITÉRIO
RESULTADOS
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Cadernos de Critérios Resultados
O critério Resultados corresponde à etapa referente ao Controle (C) do ciclo PDCL. O Fundamento da
Excelência diretamente associado a esse critério é o da “Geração de valor”, que se traduz no “alcance
de resultados econômicos, sociais e ambientais, bem como de resultados dos processos que os poten-
cializam, em níveis de excelência, e que atendam às necessidades das partes interessadas”.
Para colocar esse conceito em prática, as cooperativas devem considerar que gerar valor para todas
as partes interessadas visa a aprimorar as relações e a assegurar o desenvolvimento da cooperativa. A
cooperativa que age dessa forma enfatiza o acompanhamento dos resultados em relação às metas, a
comparação desses com referenciais pertinentes e o atendimento das necessidades e expectativas de
todas as partes interessadas, obtendo sucesso de forma sustentável e adicionando valor a todas elas.
É importante destacar os conceitos de causa e efeito e integração embutidos nesse critério. Os re-
sultados são decorrentes da aplicação, adequada e integrada, das práticas implementadas pela coo-
perativa, para atendimento aos processos gerenciais requeridos nos critérios Liderança, Estratégias
e Planos, Clientes, Sociedade, Informações e Conhecimento, Pessoas e Processos. São decorrentes
também das práticas de governança utilizadas pela cooperativa.
O critério Resultados está estruturado em cinco temas, inter-relacionados aos demais temas do Instru-
mento de Autoavaliação da Gestão, abrangendo todas as partes interessadas. O quadro 1 apresenta os
temas e as respectivas interações diretas com os outros temas e partes interessadas. Ele também cita
os cadernos da série em que os temas são tratados. Os resultados relativos à governança são tratados
do fascículo específico sobre esse eixo.
Cadernos da série em
Interação com outros
Temas que os temas estão Parte interessada
temas
tratados
Resultados econô- Processos econômico-
Processos Cooperados
mico-financeiros -financeiros
Responsabilidade socio-
Resultados sociais e
ambiental e desenvolvi- Sociedade Sociedade
ambientais
mento social
Resultados relativos Imagem e conhecimen-
aos clientes e mer- to de mercado e relacio- Clientes Cooperados e Clientes
cados namento com clientes
Cadernos de Critérios Resultados
Sistemas de trabalho,
Resultados relativos capacitação e desen-
Pessoas Colaboradores
às pessoas volvimento e qualidade
de vida
Processos da cadeia de
Resultados relativos Todas, incluindo os
valor e relativos a forne- Processos
aos processos fornecedores
cedores
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É importante ressaltar que os cinco temas estão presentes em todos os níveis de maturidade do Instru-
mento de Autoavaliação da Gestão, por meio de resultados requeridos em cada nível. O nível de ma-
turidade Primeiros Passos para a Excelência exige dez resultados obrigatórios, o nível de maturidade
Compromisso com a Excelência exige 12, e o questionário Rumo à Excelência solicita a apresentação
de 21 resultados.
Todos os resultados obrigatórios são apresentados nos temas discutidos a seguir, bem como os fatores
utilizados para sua avaliação, descritos no capítulo “Avaliação dos resultados”. Também são apresen-
tados exemplos de outros indicadores, que a cooperativa pode monitorar para demonstrar seus resul-
tados. Outros exemplos de atributos e indicadores utilizados pelas organizações podem ser encontra-
dos no livro Transformando o Sistema de Indicadores – Avaliação do desempenho global sob a ótica
do MEG, publicado em 2015 pela Fundação Nacional da Qualidade.
Para facilitar a utilização pelos leitores, os processos gerenciais presentes estão sinalizados, utilizando
as siglas abaixo:
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RESULTADOS ECÔNOMICO-FINANCEIRO
• Aos indicadores utilizados para avaliar o atendimento das necessidades dos cooperados ou
de outras partes interessadas e a implementação das estratégias.
• Percentual de sobras [(sobras antes das destinações para os fundos / total de ingressos) x
100] - evidencia quanto do total de ingressos sobrou, após a dedução de todos os dispên-
dios;
• Participação dos atos não cooperativos [receita total dos atos não cooperativos / (total de
ingressos + receita total dos atos não cooperativos) x 100] - evidencia quanto do faturamen-
to total da cooperativa foi decorrente de operações com não cooperados;
• Lucratividade dos atos não cooperativos [(lucro dos atos não cooperativos / receita total
dos atos não cooperativos) x 100] - representa o quanto de lucro a cooperativa tem obtido
nas operações com não cooperados;
Os quatro primeiros indicadores estão presentes nos três níveis de maturidade do Instrumento de Au-
toavaliação da Gestão, e o último, Estrutura de capital, está presente apenas no nível de maturidade
Cadernos de Critérios Resultados
Rumo à Excelência. Os resultados desses indicadores nos últimos três exercícios devem ser informa-
dos no sistema de autoavaliação, quando a cooperativa realiza sua autoavaliação.
É importante destacar que esses indicadores não devem ser os únicos utilizados na gestão econômico-
-financeira da cooperativa. Devem ser utilizados também indicadores relativos à:
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• Atividade - indicadores que possibilitam a análise do nível de atividade da cooperativa;
Grupo Indicador
Passivo circulante mais exigível de longo
Taxa de endividamento
prazo dividido pelo patrimônio líquido.
Passivo circulante dividido pelo passivo cir-
Estrutura Taxa de composição do endividamento
culante mais exigível de longo prazo.
Ativo permanente dividido pelo patrimônio
Taxa de imobilização
líquido.
Ativo circulante dividido pelo passivo circu-
Taxa de liquidez corrente
lante.
Liquidez Ativo circulante mais realizável de longo pra-
Liquidez geral zo dividido pelo passivo circulante mais exi-
gível de longo prazo.
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RESULTADOS RELATIVOS AOS CLIENTES E MERCADOS
Este tema aborda os resultados relativos aos clientes e mercados da cooperativa. Esses resultados se
referem:
• Aos indicadores utilizados para avaliar o atendimento das necessidades dos cooperados,
dos clientes e de outras partes interessadas e a implementação das estratégias.
O modelo de referência para a gestão das cooperativas determina dois indicadores mínimos a serem
utilizados pelas cooperativas em relação aos clientes e mercados:
• Índice de satisfação dos clientes - percentual de clientes que se declararam muito ou total-
mente satisfeitos nas pesquisas conduzidas para avaliar a sua satisfação;
• Índice de reclamações de clientes - número total de reclamações no ano dividido pelo nú-
mero total de clientes anual ou pelo número de produtos e serviços entregues, o que for
mais pertinente.
Esses indicadores estão presentes nos três níveis de maturidade do Instrumento de Autoavaliação da
Gestão, e os seus resultados nos últimos três ciclos de avaliação devem ser informados no sistema de
autoavaliação, quando a cooperativa realiza sua autoavaliação.
É importante destacar que esses indicadores não devem ser os únicos utilizados para avaliar o relacio-
namento da cooperativa com seus clientes, bem como sua situação no mercado. A título de exemplo, e
para servir de orientação na definição de outros indicadores, são apresentados no quadro 3 exemplos
de indicadores adequados, cuja utilização deve ser objeto de análise pela cooperativa, para definir sua
aplicabilidade ou não. Os condicionantes básicos para essa escolha são o perfil da cooperativa e suas
estratégias.
Cadernos de Critérios Resultados
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Quadro 3 - Exemplos de indicadores relativos aos clientes e mercado
Indicador
Tempo médio de solução de problemas relativos
Prazo de solução de problemas às diversas etapas do relacionamento: pré-ven-
da, venda e pós-venda.
Percentual de clientes entrevistados que têm
Índice de imagem positiva perante os clientes
imagem positiva da cooperativa.
Percentual de entrevistados que se lembram da
Índice de conhecimento da marca
marca em primeiro lugar (Top Of Mind).
Percentual de clientes que são fiéis por um pe-
ríodo definido. Não existe uma definição geral e
única; outras que podem ser consideradas são:
percentual de clientes exclusivos; percentual de
clientes com pedidos recorrentes; percentual de
clientes que consideram a cooperativa como for-
Taxa de fidelidade
necedora preferencial. Mais recentemente, as
empresas têm usado o NPS (Net Promoter Sco-
re) como um indicador pertinente para avaliar a
fidelidade. Esse índice é medido pela diferença
entre o percentual de promotores e o percentual
de detratores, obtidos em pesquisa específica.
Percentual das vendas totais do setor de
Índice de participação no mercado
atuação.
Este tema aborda os resultados relativos aos colaboradores da cooperativa. Esses resultados se refe-
rem:
• Aos indicadores utilizados para avaliar o atendimento das necessidades dos colaboradores
e de outras partes interessadas e a implementação das estratégias.
O modelo de referência para a gestão das cooperativas determina três indicadores a serem utilizados
pelas cooperativas em relação à gestão de pessoas:
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• Absenteísmo médico - indica o número de horas de trabalho perdidas, seja por faltas, saí-
das ou atrasos, relacionadas à saúde;
O nível de maturidade Compromisso com a Excelência, além dos três indicadores citados acima, soli-
cita mais um indicador:
O nível de maturidade Rumo à Excelência, além dos quatro indicadores supracitados, solicita mais um
indicador:
É importante lembrar que os resultados desses indicadores, nos últimos três ciclos de avaliação, de-
vem ser informados no sistema de autoavaliação quando a cooperativa realiza sua autoavaliação.
Esses indicadores não devem ser os únicos utilizados para avaliar a gestão de pessoas da cooperativa.
A título de exemplo, e para servir de orientação na definição de outros indicadores, são apresentados
no quadro 4 exemplos de indicadores adequados relacionados ao tema “Sistemas de trabalho”, cuja
utilização deve ser objeto de análise pela cooperativa, para definir sua aplicabilidade ou não. Os con-
dicionantes básicos para essa escolha são o perfil da cooperativa e suas estratégias. O quadro 5 apre-
senta exemplos de indicadores relacionados ao tema “Capacitação e desenvolvimento”, e o quadro 6
exemplifica indicadores relacionados ao tema “Qualidade de vida”.
Cadernos de Critérios Resultados
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Quadro 4 - Exemplos de indicadores relativos ao tema “Sistemas de trabalho”
Indicador
Percentual dos funcionários envolvidos em
Taxa de funcionários envolvidos em times
grupos multifuncionais.
Número de sugestões implementadas dividido
Índice de sugestões implementadas
pelo total de funcionários.
Tempo para atendimento a pedido de admis-
Tempo médio de contratação
são.
Percentual de pessoas admitidas que permane-
Taxa de eficácia de seleção
cem após o período de experiência.
Taxa de alcance das metas individuais ou das Percentual realizado das metas individuais e
equipes das equipes.
Percentual de oportunidades preenchidas inter-
Taxa de promoções por grau salarial
namente.
Taxa de aproveitamento interno (líderes ou espe- Percentual de pessoas promovidas nos últimos
cialistas) 12 meses.
Desempenho da liderança extraído de questões
Índice de desempenho da liderança
da pesquisa de clima.
Indicador
Medição do êxito do treinamento na prática
Índice de eficácia do treinamento ou programas após um período predeterminado (diretamente
de capacitação por melhoria de indicadores dos processos ou
indiretamente por entrevistas com as chefias).
Investimento em treinamentos dividido pela
Taxa de investimento em treinamentos
receita.
Percentual cumprido do plano de treinamento.
Taxa de cumprimento do plano de treinamento
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Quadro 6 - Exemplos de indicadores relativos ao tema “Qualidade de vida”
Indicador
Medição do êxito do treinamento na prática
Índice de eficácia do treinamento ou programas após um período predeterminado (diretamente
de capacitação por melhoria de indicadores dos processos ou
indiretamente por entrevistas com as chefias).
Investimento em treinamentos dividido pela
Taxa de investimento em treinamentos
receita.
Percentual cumprido do plano de treinamento.
Taxa de cumprimento do plano de treinamento
Este tema aborda os resultados relativos aos processos da cooperativa. Esses resultados se referem:
• Aos indicadores relativos aos processos utilizados para avaliar o atendimento das necessi-
dades das partes interessadas e a implementação das estratégias;
O modelo de referência para a gestão das cooperativas determina um indicador a ser utilizado pelas
cooperativas em relação aos seus processos:
Cadernos de Critérios Resultados
• Ingressos por cooperado - (valor total de ingressos em reais / número de cooperados ativos
em 31 de dezembro do ano analisado).
O nível de maturidade Rumo à Excelência, além do indicador citado acima, solicita a apresentação
dos resultados de mais um indicador:
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É importante lembrar que os resultados desses indicadores, nos últimos três ciclos de avaliação, de-
vem ser informados no sistema de autoavaliação, quando a cooperativa realiza sua autoavaliação.
Esses indicadores não devem ser os únicos utilizados para avaliar os processos da cooperativa. A título
de exemplo, e para servir de orientação na definição dos indicadores a serem relatados, são apresen-
tados exemplos de indicadores adequados, cuja utilização deve ser objeto de análise pela cooperativa,
para definir sua aplicabilidade ou não. Os condicionantes básicos para essa escolha são o perfil da
cooperativa e suas estratégias.
Os resultados relativos aos processos podem ser separados pelas seguintes categorias: produtos, pro-
cessos da cadeia de valor, processos relativos a fornecedores e processos de gestão transversais. Os
quadros 7, 8, 9 e 10 apresentam exemplos de indicadores relativos a cada categoria.
Indicador
Percentual de produtos produzidos dentro do padrão.
Índice de conformidade do produto Índices de rejeição em etapas críticas.
Percentual de produtos reclassificados.
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Quadro 8 - Exemplos de indicadores relativos aos processos da cadeia de valor
Indicador
Percentual da receita obtida de produtos lançados
Receita de novos produtos
em determinado período de tempo.
Meses necessários para que o total investido em um
Tempo médio para recuperar o
novo produto ou novo processo seja equivalente aos
investimento (payback)
resultados gerados.
Tempo real de projeto dividido pelo tempo previsto.
Índice de conformidade de projeto
Custo real de projeto dividido pelo custo previsto.
Número de cooperados por colaborador.
Índice de produtividade Produção por colaborador.
Ingressos por colaborador.
Consumo por unidade produzida (energia, água,
Taxa de consumo específico vapor, conforme características específicas do pro-
cesso e produto).
Eficiência operacional Percentual da capacidade global utilizada.
Percentual de materiais perdidos em relação ao
total utilizado.
Índices de desperdício Número de horas de retrabalho sobre o total de
horas programadas.
Tempo improdutivo dividido pelo tempo total.
Taxa de êxito do planejamento Percentual da programação de produção realizada.
Percentual de ordens de serviço atendidas no prazo
programado.
Índices de níveis de serviços atendidos Medições de satisfação do cliente interno.
Percentual de cumprimento dos acordos de níveis
de serviços.
Cadernos de Critérios Resultados
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Quadro 9 - Exemplos de indicadores relativos aos fornecedores
Indicador
Avaliação dos fornecedores baseada em requisitos
Índice de desempenho dos fornecedores definidos pela cooperativa (preço, atendimento,
prazo e qualidade).
Número de fornecedores certificados (ou acredita-
Taxa de fornecedores certificados
dos) dividido pelo número total de fornecedores.
(Valor de referência - valor negociado / valor de
Índice de economicidade de aquisição
referência)*100.
Percentual dos usuários internos que se declararam
Índice de satisfação dos usuários internos
satisfeitos ou muito satisfeitos com os serviços/pro-
com os serviços/produtos de consumo
dutos de consumo.
Valor investido em programas de melhoria dos
Investimento na melhoria dos fornecedo- fornecedores (incluindo o tempo disponibilizado do
res pessoal interno) dividido pelo somatório dos ingres-
sos e receitas.
Variação percentual dos preços pagos, consideran-
Índice de inflação interna do uma cesta de produtos e serviços adquiridos e
um determinado período.
Percentual dos fornecedores que se declararam
Índice de satisfação dos fornecedores
satisfeitos ou muito satisfeitos com a cooperativa.
Exemplo de
Indicador
processo
Taxa de planos prioritários executados Percentual de planos estratégicos
executados.
Estratégias e
Taxa de funcionários envolvidos nas ofici- Percentual dos funcionários envol-
Planos
nas da estratégia vidos nos processos de formulação
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RESULTADOS SOCIAIS E AMBIENTAIS
Este tema aborda os resultados sociais e ambientais da cooperativa. Esses resultados se referem:
O modelo de referência para a gestão das cooperativas, em seus níveis de maturidade Compromisso
com a Excelência e Rumo à Excelência, determina um indicador a ser utilizado pelas cooperativas em
relação à sua atuação social:
• Atuação social junto à comunidade - indica os efeitos das ações e/ou projetos sociais apoia-
dos e/ou realizados pela cooperativa.
O nível de maturidade Rumo à Excelência, além do indicador citado acima, solicita a apresentação dos
resultados de mais um indicador:
• Gestão ambiental - indica os efeitos das ações realizadas voltadas ao desenvolvimento sus-
tentável, à preservação ambiental e à redução do consumo de recursos naturais.
Os resultados desses indicadores nos últimos três exercícios devem ser informados no sistema de au-
toavaliação, quando a cooperativa realiza sua autoavaliação.
É importante destacar que esses indicadores não devem ser os únicos utilizados para avaliar a gestão
ambiental e a atuação social da cooperativa. A título de exemplo, e para servir de orientação na de-
finição de outros indicadores, são apresentados no quadro 11 exemplos de indicadores adequados,
cuja utilização deve ser objeto de análise pela cooperativa, para definir sua aplicabilidade ou não. Os
condicionantes básicos para essa escolha são o perfil da cooperativa e suas estratégias.
Cadernos de Critérios Resultados
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Quadro 11 - Exemplos de indicadores relativos à gestão ambiental e à atuação social
Indicadores
Número de requisitos atendidos dividido pelo total de re-
quisitos aplicáveis, baseados na legislação e nos compro-
Índice de conformidade ambiental
missos ambientais assumidos.
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AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS
Na construção do modelo de referência para a gestão das cooperativas, foram feitas adequações aos
fatores de avaliação de resultados, conforme apresentado no quadro 12.
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Quadro 12 - Customização dos fatores de avaliação de resultados para o PDGC
Fator de
Nível de Maturidade Customização
avaliação
Primeiros Passos para a Excelência É avaliada pela apresentação dos
resultados obrigatórios do modelo de
Relevância Compromisso com a Excelência
referência para a gestão das coope-
Rumo à Excelência rativas no sistema de autoavaliação.
Primeiros Passos para a Excelência É avaliada pelo comportamento
ao longo do tempo dos resultados
Melhoria Compromisso com a Excelência
obrigatórios do modelo de referência
Rumo à Excelência para a gestão das cooperativas.
É avaliado pelo cumprimento de
Primeiros Passos para a Excelência
níveis aceitáveis determinados pela
Compromisso Compromisso com a Excelência cooperativa visando ao cumprimento
de compromissos acordados com as
Rumo à Excelência
partes interessadas.
É avaliada pelo uso de referenciais
comparativos e pelos níveis dos re-
Competitividade Rumo à Excelência
sultados em relação a esses referen-
ciais.
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FIXAÇÃO DO CONHECIMENTO
Relacionar a coluna da direita com a coluna da esquerda, identificando o tema dos demais critérios do
Modelo de Excelência da Gestão®, ao qual se refere o tema do critério Resultados.
( ) Desenvolvimento social
( ) Responsabilidade socioambiental
(4) Resultados relativos a pessoas
( ) Imagem e conhecimento de mercado
( ) Qualidade de vida
(5) Resultados relativos aos processos
Cadernos de Critérios Resultados
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Exercício 2 - Autoavaliação dos resultados
Utilizando o quadro abaixo, realizar uma autoavaliação dos resultados da cooperativa, identificando
eventuais lacunas e citando exemplos de indicadores já monitorados.
Referenciais comparativos
A cooperativa utiliza referenciais Quais:
comparativos para analisar a compe- ( ) Sim ( ) Não
titividade dos seus resultados?
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Exercício 3 - Avaliação de resultados
Ler a questão do questionário de autoavaliação Rumo à Excelência e suas opções de resposta. Anali-
sar os resultados apresentados pela cooperativa e, a partir de sua análise, indicar qual a opção mais
adequada, entre as quatro possíveis.
Opção
Questão Alternativas de resposta Resultados apresentados
(a, b, c ou d)
a) Não existem resultados relativos à satisfação dos
clientes.
• 2011: 82,0%
b) A satisfação dos clientes é controlada, mas não exis-
76. Existem tem informações referentes a três ciclos de avaliação. • 2013: 83,3%
resultados relativos
c) A satisfação dos clientes é controlada, existem infor- • 2015: 84,2%
à satisfação dos mações referentes aos três últimos ciclos de avaliação,
clientes? mas não está melhorando ao longo do período.
Referencial comparativo:
d A satisfação dos clientes é controlada, existem infor-
80,0%
mações referentes aos três últimos ciclos de avaliação
e está melhorando ao longo do período.
a) Não existem resultados relativos a reclamações de • 2013: 1,8
clientes.
• 2014: 2,2
b) As reclamações de clientes são controladas, mas não
77. Existem resul- existem informações referentes aos três últimos anos. • 2015: 2,5
tados relativos a
c) As reclamações de clientes são controladas, existem • Reclamação/
reclamações de informações referentes aos três últimos anos, mas não serviço
clientes? estão diminuindo ao longo do período.
perados, clientes e
b) São utilizados referenciais comparativos para avaliar
mercados apresen- a competitividade, mas nenhum dos resultados apre-
tados demonstram, sentados demonstra, no último exercício ou ciclo, ser
no último exercício equivalente ou superior aos referenciais comparativos
Cadernos de Critérios Resultados
30
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• BLAZEY, Mark L. Insights to performance excellence 2005. Milwaukee, WI: American Society for
Quality Press, 2005.
• BROWN, Mark Graham. Baldrige Award Winning Quality. 14. ed. Milwaukee, WI: American So-
ciety for Quality Press, 2005.
• FUNDAÇÃO NACIONAL DA QUALIDADE. Critérios de Excelência 20ª edição. São Paulo: Funda-
ção Nacional da Qualidade, 2013.
• HUTTON, David W. From Baldrige to the bottom line: A Road Map for Organizational Change and
Improvement. Milwaukee, WI: American Society for Quality Press, 2000.
• KAPLAN, Robert S.; NORTON, David P. Organização orientada para a estratégia. Rio de Janeiro:
Campus, 2000.
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Série Caminho para a Excelência
Cadernos:
• Liderança
Explicar detalhadamente os
• Estratégias e Planos
processos gerenciais requeridos Cooperativas que estão
• Clientes
nos níveis de maturidade do melhorando seu sistema
• Sociedade
Modelo de Excelência de Gestão®, de gestão, utilizando como
• Informações e
customizado para a realidade das referência o Modelo de
Conhecimento
cooperativas: Primeiros Passos para Referência para a Governança e
• Pessoas
a Excelência, Compromisso com a Gestão de Cooperativas.
• Processos
Excelência e Rumo à Excelência.
• Resultados
Cadernos de Critérios Resultados
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Cadernos de Critérios Resultados
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