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SÉRIE: CAMINHO PARA A EXCELÊNCIA

CADERNOS DE
CRITÉRIOS
SOCIEDADE
2ª EDIÇÃO
SÉRIE: CAMINHO PARA A EXCELÊNCIA

CADERNOS DE
CRITÉRIOS
SOCIEDADE

2ª EDIÇÃO
BRASÍLIA - DF
2020
CONSELHO NACIONAL GERÊNCIA GERAL SESCOOP
Karla Tadeu Duarte de Oliveira
Titulares
Márcio Lopes de Freitas COORDENAÇÂO
Ronaldo Ernesto Scucato Gerência Geral de Desenvolvimento da Gestão de
Luiz Vicente Suzin Cooperativas do Sescoop
Celso Ramos Régis Susan Miyashita Vilela
Ricardo Benedito Khouri
Alberto Alves Silva de Oliveira Equipe técnica do Sescoop
Fernando Schwanke Giulianna Fardini
Thaisis Barboza de Souza Pamella Jeronimo de Lima
Dênio Aparecido Ramos Susan Miyashita Vilela
Carlos Felipe Alencastro
João Edilson de Oliveira Equipe técnica da FNQ
Luciana Matos Santos Lima
Suplentes Luiz Eduardo Teixeira Malta
Carlos André Santos de Oliveira
Leonardo Boesche Gerência de Comunicação
Remy Gorga Neto Daniela Lemke
Malaquias Ancelmo de Oliveira Ana Suelen Troiano
Andréia Lúcia Araújo da Cruz de Carvalho Cristiano Hosannah de Carvalho
Fabiano Maluf Amui Iago Jorge de Carvalho
Roberta Carolina C.T. Rios Bosco Soares
Alex Pereira Freitas Projeto Gráfico e diagramação
Joel Amaral Junior Escudero.ag Comunicação Ltda
Luizita Fonseca Leite Pina

CONSELHO FISCAL

Titulares
José Arilo Carneiro Pereira
André Pacelli Bezerra Viana
Alessandro Roosevelt
Ricardo da Costa Nunes
João Francisco Adrien
Evaristo Lunz Gomes

Suplentes
Ary Célio de Oliveira
Jeferson Adonias Smaniotto
Rogério Nagamine
Luciana Maria Rocha Moreira
Juliana Felício dos Santos

DIRETORIA EXECUTIVA
Cadernos de Critérios Sociedade

Superintendente
Renato Nobile

Endereço
Setor de Autarquias Sul – SAUS - Qd. 4, Bloco “I”
CEP: 70.070-936
Brasília-DF (Brasil)
Tel: +55 (61) 3217-2119

Proibida a reprodução total ou parcial desta publicação sem o prévio consentimento, por escrito, do Sescoop.

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Apresentação
Este caderno compõe a série Caminho para a Excelência, que tem por finalidade esclarecer as dúvidas
das cooperativas sobre o modelo referencial para a governança e gestão das cooperativas, baseado no
Modelo de Excelência da Gestão® da Fundação Nacional da Qualidade e no Manual de Boas Práticas
de Governança Cooperativa do Sistema OCB, bem como auxiliar na implantação e melhoria de pro-
cessos organizacionais. É uma valiosa ferramenta para as cooperativas que pretendem aprimorar sua
governança e gestão e aumentar sua competitividade.

Seguindo a filosofia de melhoria contínua que pauta todas as suas iniciativas, a série Caminho para a
Excelência, publicada na forma de fascículos, foi revista para se adequar à atualização realizada nos
instrumentos de autoavaliação dos processos e práticas de governança e gestão e está organizada em
12 volumes:

• Manual de Autoavaliação e Implementação de Melhorias

• Manual de Boas Práticas de Governança Cooperativa

• Compêndios de Boas Práticas de Gestão e Governança

• Caderno de Governança

• Cadernos de Critérios de Gestão:

• Liderança

• Estratégias e Planos

• Clientes

• Sociedade

• Informações e Conhecimento

• Pessoas

• Processos

• Resultados

Cadernos de Critérios Sociedade


Escritos em linguagem acessível, os Cadernos de Critérios descrevem como os processos gerenciais
requeridos nos instrumentos de autoavaliação podem ser implementados a partir de soluções práti-
cas, sem caráter prescritivo. Como ilustrações, são apresentados exemplos de cooperativas reconhe-
cidas no Prêmio SomosCoop Excelência em Gestão e de empresas finalistas, vencedoras ou destaques
do Prêmio Nacional da Qualidade, revelando o quanto podem ser proativas, refinadas ou inovadoras
as abordagens adotadas. Os cadernos também trazem exercícios que as equipes das cooperativas
podem utilizar para fixar o conteúdo apresentado.

Espera-se que o leitor seja estimulado a consultar os cadernos sempre que necessário e que se bene-
ficie com os exemplos e exercícios apresentados. A série está disponível também em meio eletrônico
– pdgc.somoscooperativismo.coop.br.

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Cadernos de Critérios Sociedade
Sumário
INTRODUÇÃO 8

O CRITÉRIO SOCIEDADE 11

Responsabilidade socioambiental 13

Identificação de aspectos e tratamento de impactos ambientais e sociais 13

Acessibilidade aos produtos, serviços e instalações 15

Promoção da inclusão social e do respeito à diversidade 17

Ações voluntárias para o desenvolvimento sustentável 18

Divulgação dos resultados das ações socioambientais 21

Desenvolvimento social 22

Identificação das necessidades e expectativas de desenvolvimento da sociedade 22

Ações e projetos sociais para fortalecimento da sociedade 24

Avaliação e análise da satisfação da sociedade 27

Imagem perante a sociedade 28

FIXAÇÃO DO CONHECIMENTO 30

Exercício 1 – Identificação de aspectos e tratamento de impactos ambientais e sociais 30

Exercício 2 – Acessibilidade, promoção da inclusão social e ações voluntárias para o

desenvolvimento sustentável 31

Exercício 3 – Necessidades e expectativas de desenvolvimento da sociedade 32

Exercício 4 – Fortalecimento da sociedade e avaliação do seu grau de satisfação 33

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 34

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Introdução

O sétimo princípio cooperativista, “Interesse pela comunidade”, estabelece que “as cooperativas tra-
balham para o desenvolvimento sustentado das suas comunidades, por meio de políticas aprovadas
pelos seus cooperados”. Dessa forma, toda cooperativa deve orientar sua atuação visando à sustenta-
bilidade.

A sustentabilidade é um princípio da governança cooperativa e consiste na busca por uma gestão ética
nas relações internas e externas para geração e manutenção de valor a todas as partes interessadas,
visando à perenidade da cooperativa, considerando os aspectos culturais, ambientais, sociais e eco-
nômicos.

No âmbito do critério Sociedade, do modelo de referência para a governança e gestão das cooperati-
vas, ela pressupõe a adoção de práticas indutoras do uso consciente dos recursos ambientais e o apoio
e a realização de ações ou projetos de interesse social, podendo incluir a educação e a assistência
comunitárias, a promoção da cultura, do esporte e do lazer, do voluntariado e da inclusão social, con-
tribuindo para o desenvolvimento sustentável das comunidades.

Portanto, a fim de ampliar o desenvolvimento das comunidades onde estão presentes e contribuir


para tornar o modelo de negócio cooperativista reconhecido pela capacidade de gerar felicidade, as
cooperativas que buscam a excelência da gestão devem influenciar outras organizações, públicas ou
privadas, a se tornarem parceiras em suas práticas e projetos e estimular seus cooperados e colabora-
dores a se engajarem em atividades sociais.

“Atitudes voltadas à sustentabilidade ambiental e ao uso consciente dos recursos naturais


precisam fazer parte do processo de gestão empresarial, independentemente do porte ou seg-
mento das organizações. Dessa forma, é fundamental que o empresário trabalhe com essa
ideia, adaptando seu negócio às demandas da sociedade, que exige postura ética e responsá-
vel diante das transformações ambientais que afetam o mundo”.

Jairo Martins, Superintendente-geral da FNQ.


Cadernos de Critérios Sociedade

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Cadernos de Critérios Sociedade
SOCIEDADE
O CRITÉRIO

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Cadernos de Critérios Sociedade
A estruturação do critério Sociedade está baseada, principalmente, no Fundamento da Excelência
“Responsabilidade social”, que pressupõe o reconhecimento da comunidade e da sociedade como
partes interessadas da organização. O fundamento estabelece que é “dever da organização responder
pelos impactos de suas decisões e atividades na sociedade e no meio ambiente e de contribuir para a
melhoria das condições de vida, por meio de um comportamento ético e transparente, visando ao de-
senvolvimento sustentável”. O valor da organização depende de sua credibilidade perante a sociedade
e de seu reconhecimento público. Por essa razão, o zelo com a imagem é um elemento fundamental
para o sucesso e a perenidade da organização.

Outro fundamento relacionado com o critério Sociedade é o “Pensamento sistêmico”, pela importân-
cia do entendimento das relações de interdependência existentes entre a organização e o ambien-
te externo. Os fundamentos “Olhar para o futuro” e “Liderança transformadora” também orientam
a estruturação desse critério, pela importância do papel dos dirigentes na incorporação da cultura
necessária ao desenvolvimento sustentável, cuja base é constituída pela convergência entre os propó-
sitos econômicos e as práticas ambientais e sociais que privilegiam a conservação e perenidade dos
mesmos.

O Manual de Boas Práticas de Governança Cooperativa (Sistema OCB, 2015) indica a integração ne-
cessária entre a governança cooperativa e o foco no desenvolvimento sustentável. O documento está
alicerçado em cinco princípios básicos: autogestão, senso de justiça, transparência, educação e sus-
tentabilidade. Pelos seus benefícios diretos à gestão, a boa governança vem sendo assimilada rapida-
mente pelas cooperativas e, por isso, pode funcionar como uma “porta de entrada” para a sustentabi-
lidade no ambiente cooperativo.

O critério Sociedade contempla dois temas: “Responsabilidade socioambiental” e “Desenvolvimento


social”.

O tema “Responsabilidade socioambiental” contém processos gerenciais, cuja finalidade é orientar


a cooperativa para a importância de minimizar quaisquer impactos negativos que seus processos,
produtos, serviços e instalações possam representar para a sociedade, bem como para a conservação
dos recursos e a preservação dos ecossistemas. É importante destacar que esses conceitos devem
ser considerados durante todo o ciclo de vida do produto ou serviço, ou seja, desde o projeto até a
disposição final.

O tema “Desenvolvimento social” reúne os processos gerenciais necessários, para que uma cooperati-
va direcione seus cooperados, colaboradores e parceiros ao fortalecimento da sociedade, por meio de
projetos sociais alinhados às necessidades das comunidades.
Cadernos de Critérios Sociedade

É importante ressaltar que os dois temas estão presentes em todos os níveis de maturidade do Instru-
mento de Autoavaliação da Gestão, por meio de processos gerenciais requeridos em cada nível. Para
facilitar a utilização pelos leitores, os processos gerenciais presentes estão sinalizados, utilizando as
siglas abaixo:

PP Nível de maturidade primeiros passos para a excelência;

CE Nível de maturidade compromisso com a excelência;

RE Nível de maturidade rumo à excelência.

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RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

Este tema aborda os processos gerenciais utilizados para tratar os impactos dos produtos, serviços,
processos e instalações, propiciar a acessibilidade, promover a inclusão social, o respeito à diversida-
de e ações voluntárias visando ao desenvolvimento sustentável, e comunicar os resultados das ações
socioambientais realizadas para a sociedade.

IDENTIFICAÇÃO DE ASPECTOS E TRATAMENTO DE IMPACTOS AMBIENTAIS E SOCIAIS PP CE RE

Para que consiga minimizar ou mesmo eliminar os impactos negativos (sociais e ambientais) decorren-
tes de suas atividades, a cooperativa deve, inicialmente, identificar quais são os impactos potenciais,
resultantes de aspectos dos seus processos, produtos ou serviços, e de suas instalações. Esses aspec-
tos são elementos que podem interagir com o meio ambiente e a sociedade, causando ou podendo
causar impactos ambientais e sociais negativos. Os aspectos devem ser identificados, a fim de permitir
a priorização e a viabilização adequada do tratamento preventivo de tudo aquilo que a cooperativa
pode causar de negativo, direta ou indiretamente, à sociedade e aos ecossistemas.

As práticas utilizadas para identificação dos aspectos e potenciais impactos devem abranger todo o
ciclo de vida do produto ou serviço, desde o projeto, passando pela aquisição das matérias-primas,
produção, transporte e uso, até a disposição final. É importante que, entre os impactos ambientais
considerados, sejam incluídos o esgotamento de recursos naturais, a contaminação de recursos hí-
dricos, a contaminação do solo, a poluição atmosférica etc. Com relação aos impactos sociais, eles
podem ser relacionados à saúde humana, qualidade de vida dos usuários e da população em geral e
atividade econômica das populações impactadas pelas atividades da cooperativa, entre outros.

O tratamento dos impactos identificados, visando à sua eliminação ou minimização, requer a avaliação
da relevância dos impactos identificados e dos riscos envolvidos, considerando, sempre que perti-
nente, implicações legais, compromissos assumidos com partes interessadas e anseios explícitos e
implícitos de partes interessadas e da sociedade como um todo. Metodologias como FMEA1 , Hazop2 e

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outras, voltadas à avaliação de riscos, podem ser de grande valia para essa finalidade.

Além do estabelecimento de métodos para o tratamento dos impactos ambientais e sociais identifi-
cados, a cooperativa deve definir metas visando à eliminação, minimização ou compensação desses
impactos. O quadro 1 apresenta um exemplo de matriz para identificação de aspectos e tratamento
dos impactos sociais e ambientais associados.

1
A FMEA (Failure Mode and Effects Analysis) é um método qualitativo de análise de confiabilidade que envolve o estudo dos modos de falhas que podem existir para cada item, e a determinação dos efeitos
de cada modo de falha sobre os outros itens e sobre a função específica do conjunto. (ABNT, 1994)

2
O método HAZOP (Hazards and Operability Study) ou Análise de Riscos e Operabilidade foi introduzido inicialmente pelos engenheiros da empresa inglesa ICI Chemicals na metade da década de 1970.
Uma vez verificadas as causas e as consequências de cada tipo de desvios, esta técnica procura propor medidas para eliminar, mitigar ou controlar em níveis aceitáveis o risco ou quem sabe até sanar o
problema de operabilidade da instalação. É uma técnica estruturada em palavras guias, desvios, causas, consequências e recomendações. (CALIXTO, 2006)

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Quadro 1 – Matriz para identificação de aspectos e tratamento de impactos sociais e ambientais

Produto ou serviço, processo ou instalação:

Aspecto Impacto Avaliação Métodos de Objetivo Controle Meta


tratamento

É importante ressaltar, novamente, que o tratamento dos impactos deve considerar todo o ciclo de
vida do produto. Portanto, dependendo do ramo da cooperativa, ela deve considerar, em sua gestão,
além dos impactos do uso e descarte dos seus produtos, os aspectos relativos ao impacto provoca-
do pelo descarte das embalagens desses produtos. Uma prática proativa usada por organizações de
Classe Mundial consiste no estabelecimento de “listas negras”, com a indicação de materiais que não
podem ser usados em seus projetos, e “listas cinza” de materiais, que, caso não tenham substituto,
devem ter incluídas, no projeto, as formas de descarte após a vida útil do produto.

A figura 1 apresenta o processo formalmente estabelecido pela PromonLogicalis para identificação de


aspectos e tratamento de impactos socioambientais.

Figura 1 - Levantamento e controle de aspectos socioambientais

Método de Atendimento
Análise e aos
Análise dos
Tratamento: requisitos
impactos
- Estratégia de legais:
Ambientais/
Tratamento - Legislação e
Danos
- Tratamento Regulamentação
Possíveis
- Situação - Responsável
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Fonte: FNQ, Caderno de Evidências da PromonLogicalis, 2014.

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A Castrolanda realiza o mapeamento dos aspectos de suas atividades e dos impactos causa-
dos. Esse mapeamento é utilizado para direcionar investimentos e buscar novas tecnologias
e métodos, a fim de minimizar o impacto de suas operações. Entre as principais ações para
tratamento estabelecidas, destacam-se: captação de água da chuva e reuso de água; desti-
nação correta dos resíduos; monitoramento da poluição atmosférica; e fornecimento de con-
sultoria ambiental para os seus cooperados, orientando os produtores quanto aos impactos
causados pela execução de suas atividades e atuando para o desenvolvimento responsável
das atividades agropecuárias nas propriedades. (Fonte: Castrolanda. Relatório de Autoava-
liação do PDGC, 2017).

A Unimed Chapecó subsidia profissional técnico qualificado para elaboração do Plano de Ge-
renciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - PGRSS das clínicas e consultórios dos mé-
dicos cooperados e contrato com empresa licenciada para a coleta, transporte, tratamento
e destinação final dos resíduos perigosos (infectantes, químicos e perfurocortantes) gerados
nesses estabelecimentos. Realizar o gerenciamento dos resíduos dos consultórios e clínicas
dos cooperados e dar um suporte técnico foram as maneiras que a cooperativa encontrou
para instigar os cooperados para o manejo correto dos resíduos, garantindo segurança em
todo o processo, desde a segregação até a disposição final. (Fonte: Sescoop. Compêndio de
Boas Práticas de Gestão e Governança – Ciclo 2015/2016, 2017).

No capítulo Fixação do conhecimento, está disponível o exercício 1, relativo à identificação


de aspectos e tratamento de impactos sociais e ambientais adversos causados pela coope-
rativa.

ACESSIBILIDADE AOS PRODUTOS, SERVIÇOS E INSTALAÇÕES RE

A acessibilidade está relacionada, principalmente, às pessoas com deficiência. Propiciar acessibilida-

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de significa facilitar o acesso aos produtos, serviços ou instalações da cooperativa às pessoas com de-
ficiência, que a sociedade ou a própria cooperativa, por razões humanitárias, reconhecem que tenham
limitações para deles se beneficiarem.

No Brasil (2004), o Decreto n. 5.296/04 definiu como pessoa com deficiência aquela que possui limi-
tação ou incapacidade para o desempenho de atividade, considerando as categorias apresentadas no
quadro 2.

Segundo a Secretaria de Recursos Humanos do Senado Federal (Brasil, 2006), na Convenção Inter-
nacional para Proteção e Promoção dos Direitos e Dignidade das Pessoas com Deficiência, ficou de-

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cidido que o termo correto utilizado seria “pessoas com deficiência”. Entre os motivos que levaram os
movimentos a terem chegado a essa expressão estão: não esconder ou camuflar a deficiência, mostrar
com dignidade a realidade e valorizar as diferenças e necessidades decorrentes da deficiência.

Sinalizações em braile, disponibilização de rampas de acesso nas instalações e o uso da linguagem


de sinais em programas de televisão são exemplos de ações que permitem o acesso de pessoas com
deficiência aos produtos, serviços e informações disponibilizados pela cooperativa.

Organizações de excelência estabelecem mecanismos que permitam que colaboradores com defi-
ciência tenham o mesmo nível de acesso dos demais colaboradores. Exemplos desses mecanismos
incluem o acesso aos canais de comunicação, à capacitação e aos eventos realizados para os cola-
boradores, o mapeamento de postos de trabalho e a adaptação de ambientes e mobiliários, visando à
inclusão de pessoas com deficiência ao seu quadro de pessoal e à capacitação de líderes e pessoas
chave para facilitar a interação etc.

Quadro 2 – Categorias de deficiência conforme legislação brasileira

Categoria Descrição
Alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarre-
tando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de para-
plegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia,
Deficiência física triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência de membro,
paralisia cerebral, nanismo, membros com deformidade congênita ou adquirida, ex-
ceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desem-
penho de funções.

Perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por
Deficiência auditiva
audiograma nas frequências de 500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz.

Cegueira, na qual a acuidade visual é igual ou menor que 0,05 no melhor olho, com a
melhor correção óptica; a baixa visão, que significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05
Deficiência visual no melhor olho, com a melhor correção óptica; os casos nos quais a somatória da
medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60 o; ou a ocor-
rência simultânea de quaisquer das condições anteriores.
Funcionamento intelectual significativamente inferior à média, com manifestação
antes dos dezoito anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilida-
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Deficiência mental des adaptativas, tais como: (1) comunicação; (2) cuidado pessoal; (3) habilidades
sociais; (4) utilização dos recursos da comunidade; (5) saúde e segurança; (6) habi-
lidades acadêmicas; (7) lazer; e (8) trabalho.

Deficiência múltipla Associação de duas ou mais deficiências.

Fonte: Decreto no 5.296/04.

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Baseada no Estudo de Acessibilidade de Pessoas com Deficiência em Ambientes Externos
às Edificações, realizado em parceria com a Universidade Federal de São Carlos - UFSCar,
a Embraer (2014) estabeleceu o processo de adequação de suas instalações, resultando
na criação do Programa de Inclusão de Pessoas com Deficiência. As novas instalações são
orientadas pela NBR 9050 - Acessibilidade a Edificações, Mobiliário, Espaços e Equipamen-
tos urbanos, e as antigas são adaptadas, quando são realizadas reformas. Com o objetivo
de propiciar acessibilidade das pessoas com deficiência aos processos e às informações
das áreas, a entidade Próvisão, especializada em reabilitação visual, apoia os gestores e
os aprendizes nas ajudas técnicas, incluindo orientações sobre o software de voz instalado
nos computadores das pessoas com deficiência visual. Para melhor adequação do aprendiz
cadeirante à atividade produtiva, a bancada de trabalho é rebaixada, de modo a assegurar o
nível adequado de altura. No caso de pessoas com deficiência auditiva, que se comunicam
utilizando a linguagem de sinais, é realizado o curso de Libras (Língua Brasileira de Sinais),
pela Associação de Apoio ao Deficiente Auditivo - AADA, para gestores, empregados da área
e de áreas de atendimento, a fim de viabilizar o acesso às informações. (Fonte: FNQ - Relato
Organizacional e Caderno de evidências da Embraer, 2014).

PROMOÇÃO DA INCLUSÃO SOCIAL E DO RESPEITO À DIVERSIDADE RE

Inclusão social é o conjunto de meios e ações que combatem a exclusão aos benefícios da vida em so-
ciedade, provocada pelas diferenças de classe social, educação, idade, deficiência, gênero, precon-
ceitos sociais ou raciais. Inclusão social é oferecer oportunidades iguais de acesso a bens e serviços
a todos.

É preciso entender que a diversidade cultural é uma construção social. Isso significa que as distinções
não existem em si mesmas; são a sociedade ou as culturas que constroem parâmetros do que é feio,
belo, estranho ou correto. Também é necessário compreender que existem diferenças de todo tipo: de
etnia, gênero, sexualidade, religião, valores, ritmos de aprendizagem, configurações familiares, entre
outras.

A diversidade cultural é necessária ao desenvolvimento social, para que seja possível a quebra de
barreiras e preconceitos dos humanos em relação aos outros e a si mesmos. As organizações que
buscam a excelência reconhecem a necessidade de criar um ambiente onde todos têm direito e dever
de divergir, de trocar opiniões, visando ao aprendizado, ao enriquecimento da cultura organizacional,

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contribuindo para transformar o mundo em um lugar melhor.

O principal aspecto da discussão sobre diversidade é a atuação sobre os mecanismos sociais que
transformam as diferenças em desigualdades. Entendê-los é fundamental para estabelecer novas prá-
ticas. A inclusão é o melhor exemplo dessa abertura: assim, o diferente passa a ter lugar na sociedade.

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Quando alguém que possui características distintas da maioria é incluído, são abertas portas para
compartilhamento, aprendizado e experiências.

Para promover a inclusão social e assegurar a não discriminação e a igualdade de oportunidades para
todas as pessoas, a organização deve respeitar a diversidade em suas práticas e relações de trabalho,
abrangendo etnia, gênero, idade, classe social, nacionalidade, religião, sexualidade, filiação político-
-partidária e sindicalização.

É importante destacar que o primeiro princípio cooperativista, Adesão voluntária e livre, estabelece
que cooperativas são organizações voluntárias, abertas a todas as pessoas aptas a utilizar os seus
serviços e assumir as responsabilidades como membros, sem discriminação social, racial, política,
religiosa ou de gênero.

As práticas comuns para promoção da inclusão social e do respeito à diversidade iniciam na constru-
ção de valores e códigos de conduta que aceitam e valorizam as diferenças, passando pelos processos
de admissão de novos cooperados e de seleção de colaboradores e podem inclui também ações afir-
mativas relacionadas a gênero e etnia, programas que visam à inclusão de pessoas com deficiência no
quadro de colaboradores dentre outros.

Desde 1996, a Unimed Nordeste RS promove o programa Viver Melhor, que oferece atendi-
mento médico e exames gratuitos a pessoas carentes, com deficiência física e/ou mental. O
programa atende 18 organizações não-governamentais, em 13 municípios gaúchos. No iní-
cio, os cooperados doavam consultas médicas para os integrantes dessas instituições. A par-
tir de 2006, foi incluída uma série de exames específicos apontados como fundamentais ao
desenvolvimento desses pacientes. Desde então, o Viver Melhor contribuiu significativamen-
te para qualidade de vida de milhares de cidadãos com deficiência, ajudando-os a evoluir em
seus tratamentos de saúde. Um dos cuidados do projeto é tratar cada beneficiado como um
paciente comum. Para garantir que isso aconteça, a cooperativa criou um cartão igual aos
dos planos privados para esse público. O documento é apresentado em toda consulta — um
gesto simples que tem aumentado a autoestima dos pacientes e de seus familiares. Além
disso, ele tem acesso aos mesmos médicos e exames que os outros cli entes da cooperativa.
(Fonte: Sistema OCB. Revista Prêmio Somoscoop Melhores do Ano, 2016).
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AÇÕES VOLUNTÁRIAS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL CE RE

Segundo a Comissão Mundial do Meio Ambiente e Desenvolvimento das Nações Unidas, desenvolvi-
mento sustentável significa suprir as necessidades do presente, sem comprometer a capacidade das
gerações futuras de atender às suas necessidades (FNQ, 2015). A convergência entre os propósitos
econômicos e a gestão dos recursos ambientais, sociais e culturais, que privilegia a conservação e a
perenidade dos mesmos, constitui a base do desenvolvimento sustentável.

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Espera-se que uma cooperativa que busque a excelência contribua voluntariamente, de forma proati-
va, para a preservação dos ecossistemas, a conservação dos recursos e a solução dos grandes temas
mundiais, tais como: o aquecimento global, a redução da camada de ozônio, a destruição de florestas
naturais, o respeito aos direitos humanos, o trabalho infantil ou degradante, a lavagem de dinheiro, o
tráfico de pessoas, a pobreza extrema e a escassez de água potável.

Para tanto, a cooperativa deve, inicialmente, identificar as ações em que sua contribuição pode ser
mais relevante. Essa identificação deve ser feita com base em critérios definidos, como: alinhamento
com os princípios da cooperativa, área de influência, tipo de atividade e características de seus pro-
cessos, contribuição para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, entre outros. A partir desse
diagnóstico, a cooperativa deve implementar práticas para maximizar sua contribuição em relação aos
temas identificados.

Considerando-se que essas ações normalmente mobilizam recursos, é fundamental que os dirigentes
estejam comprometidos com o tema. Por essa razão, a seleção e a promoção das ações implicam,
necessariamente, em que elas estejam alinhadas aos princípios e às estratégias da cooperativa. É im-
portante destacar que a abrangência das ações estabelecidas está diretamente relacionada ao ramo
e ao porte da cooperativa.

No que se refere ao meio ambiente, a cooperativa deve, obrigatoriamente, minimizar ou eliminar os


impactos ambientais decorrentes de suas atividades, conforme apresentado anteriormente. Por outro
lado, a cooperativa deve estabelecer práticas adicionais, não necessariamente ligadas aos processos
produtivos, como, por exemplo, os projetos de preservação ambiental que algumas cooperativas rea-
lizam, envolvendo inclusive a comunidade. Essas práticas, realizadas voluntariamente, permitem que
a cooperativa contribua para a solução dos grandes temas mundiais e para a preservação e recupe-
ração dos ecossistemas (conservação de recursos não renováveis e minimização do uso de recursos
renováveis).

É importante também registrar e avaliar os resultados alcançados com as práticas adotadas, para que
a cooperativa possa decidir, com base em informações fundamentadas, sobre a eficácia dos critérios
de seleção utilizados e sobre a continuidade, ou não, das ações realizadas.

Cadernos de Critérios Sociedade

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No município de Castro, Paraná, não havia locais para descarte e nem coleta de resíduos nas
áreas rurais onde os cooperados da Castrolanda exercem suas atividades. Esse problema
foi amplamente debatido em reuniões do Conselho Municipal de Meio Ambiente, do qual
a área ambiental da cooperativa é membro desde a fundação. Buscando a sua solução, a
Castrolanda, contatou a Secretaria de Obras do município e se propôs a construir um local,
com o objetivo de conscientizar os munícipes sobre a importância da segregação correta e
de diminuir a quantidade de lixo descartado em locais públicos, terrenos baldios e córregos.
Assim nasceu o Ecoponto Castrolanda, que é adequado para receber os materiais de coleta
seletiva como: plástico, papel, vidro e metal, bem como pequenas quantidades de entulho,
móveis usados ou velhos, podas de árvores, eletrodomésticos, eletroeletrônicos e utensílios
em geral, que não possuam mais serventia para aquele usuário. Os materiais recicláveis são
enviados para a Associação de Catadoras de Castro, gerando empregos e renda para várias
mulheres. (Fonte: Sescoop. Compêndio de Boas Práticas de Gestão e Governança – Ciclo
2015/2016, 2017).

Desde sua implantação, em 2010, foram realizadas diversas ações com a Rede Sol, que con-
grega 10 associações e cooperativas de reciclagem na região metropolitana de Belo Horizon-
te: desenvolvimento da identidade do grupo, doação de equipamentos de proteção individual
e treinamento estão entre elas. Em 2017, uma importante etapa foi concluída: o programa
de capacitação, realizado em parceria com a ONG Moradia, no uso do sistema Catafácil, um
software para melhor controle de informações sobre a coleta e a venda dos resíduos. Vinte e
sete catadores foram certificados. (Fonte: Unimed BH. Relatório de Sustentabilidade 2017).

A Sicredi Sudoeste MT oferece uma linha de crédito específica, para os seus cooperados
investirem na aquisição de equipamentos para uso de energia solar e em projetos de trata-
mento de efluentes e reuso da água. (Fonte: Sicredi Sudoeste MT. Relatório de Autoavaliação
do PDGC, 2017).
Cadernos de Critérios Sociedade

No capítulo Fixação do conhecimento, está disponível o exercício 2, para associação dos


conteúdos relativos aos temas acessibilidade, promoção da inclusão social e ações voluntá-
rias para o desenvolvimento sustentável, com práticas e exemplos da cooperativa.

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DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS DAS AÇÕES SOCIOAMBIENTAIS RE

A cooperativa deve informar, com clareza, as suas políticas e ações ambientais, bem como os resultados
alcançados com sua realização, a fim de ser transparente e responsável com a sociedade, gerando
mais credibilidade. Para isso, é preciso definir as informações que devem ser divulgadas, assim como
os canais a serem adotados, visando à eficácia da comunicação.

Um dos canais mais comuns utilizados pelas organizações para comunicação dos resultados relativos
às ações socioambientais é o chamado balanço socioambiental, que pode ser definido como um
relatório anual, produzido voluntariamente pela empresa, após um esforço interno para mapear seu
grau de responsabilidade social. O balanço apresenta dados quantitativos e qualitativos, que podem
orientar o planejamento das atividades da cooperativa para o ano seguinte, além de demonstrar o
andamento delas no ano anterior.

Com a realização de um balanço socioambiental, a cooperativa tem a oportunidade de mostrar qual


sua contribuição para a sociedade e como encara seus compromissos diante dos recursos humanos
e ambientais. Isso estabelece um clima de confiança nas suas relações com cooperados, clientes,
fornecedores, comunidades vizinhas, governos, entre outros (ETHOS, 2007). Além disso, a adoção
de modelos consagrados como o GRI (Global Initiative Report) permite uma comparação com outras
organizações. A figura 2 apresenta o ciclo de elaboração do relatório anual de sustentabilidade adotado
pelo Sicoob São Miguel, que obedece às diretrizes da versão G4 do GRI.

Figura 2 – Ciclo para elaboração do relatório de sustentabilidade

rar
Prepa
Co

Promover discussão interna.


ne

Desenvolver plano de ação.


ct
ar
Relatar

Finalizar o relato.
Comunicar resultados.
Iniciar novo ciclo.
Mon

Cadernos de Critérios Sociedade


itora
r

Coletar e registrar dados.


Assegurar-se da qualidade
das informações.

Fonte: SESCOOP. Compêndio de Boas Práticas de Gestão e Governança – Ciclo 2017/2018, 2018.

21
Desde 2011, a Unimed Circuito das Águas realiza relatório anual de gestão e sustentabilida-
de, de acordo com o modelo do GRI. O relatório é elaborado, seguindo cronograma feito em
novembro, com os gestores de todas as áreas da cooperativa, para que forneçam as informa-
ções e os indicadores necessários, entre os meses de dezembro e fevereiro. A construção do
texto e sua adequação aos padrões do GRI são de responsabilidade da área de comunicação,
passando por revisão da diretoria. Depois de concluído o texto, todo o conteúdo do relatório
é submetido à auditoria interna, para verificar o rastreamento dos dados, a veracidade das in-
formações e a adequação às diretrizes GRI. A auditoria interna é realizada por colaboradores
capacitados na metodologia GRI, pela assessoria de comunicação, que, por sua vez, passa
por formação em eventos disponibilizados pelo Sistema Unimed. O relatório é disponibilizado
em meio impresso e eletrônico e enviado a todos os cooperados, clientes empresariais, sin-
gulares e federações do Sistema Unimed. (Fonte: Sescoop. Compêndio de Boas Práticas de
Gestão e Governança – Ciclo 2013/2014, 2015).

DESENVOLVIMENTO SOCIAL

Este tema enfoca as ações gerenciais, que contribuem diretamente para estimular o desenvolvimento
social e promover uma imagem favorável da organização perante a sociedade, incluindo as comunida-
des vizinhas às instalações da cooperativa.

I D E N T I F I C A Ç ÃO DAS NECESSIDADES E E X P E C TAT I VA S DE D E S E N V O LV I M E N TO


DA SOCIEDADE CE RE

Para que os esforços da cooperativa com relação às ações e projetos sociais estejam alinhados com
as necessidades e as expectativas de desenvolvimento da sociedade, incluindo as comunidades vi-
zinhas às suas instalações, é fundamental que essas necessidades e expectativas sejam adequada-
Cadernos de Critérios Sociedade

mente identificadas. Caso contrário, corre-se o risco de despender recursos em áreas ou temas menos
prioritários. Para tanto, a cooperativa deve manter um relacionamento suficientemente estreito com
entidades governamentais e não governamentais, associações relacionadas ao seu ramo e atividades
e com as comunidades vizinhas de sua área de atuação, a fim de assegurar um nível de conhecimento
suficiente, a respeito de suas necessidades e expectativas.

Para levantar as necessidades e expectativas de desenvolvimento da sociedade, a cooperativa deve,


inicialmente, identificar quais segmentos da sociedade se relacionam com ela e quem são os interlo-
cutores que podem representar esses segmentos. É importante ressaltar que, entre os segmentos da

22
sociedade que se relacionam com a cooperativa, deve estar incluída a população vizinha às instala-
ções (representada por associações de bairros, escolas, órgãos públicos etc.).

A partir da identificação dos segmentos da comunidade e dos seus interlocutores, a cooperativa deve
manter práticas para o levantamento de suas necessidades e expectativas, que podem incluir pesqui-
sas, consultas ou sistemáticas de diálogo.

A cooperativa deve então analisar e compreender as necessidades e expectativas identificadas, com


o objetivo de definir o que pode ser feito, no sentido de apoiar a sociedade e a comunidade, por meio
de ações ou projetos sociais. É importante lembrar que ações sociais não são unicamente ações de
filantropia, mas, sim, ações que visam ao crescimento e à melhoria conjunta das condições sociais
e ambientais da sociedade, da comunidade e da cooperativa. O conjunto dessas ações configura a
atuação social da cooperativa. A figura 3 apresenta o processo de identificação das demandas da
sociedade utilizado pela Embraer.

Figura 3 – Processo de identificação das demandas da sociedade

Instituto
Embraer
(IE EP)

Analisa demandas
recebidas cf. Estatuto Implementa ações
Social e Valor Embraer (projetos sociais)
e encaminha ao CD
Poder
semestralmente
Público
SJC. BOT
e GPX

Expõe suas
Conselho necessidades/
Deliberativo expectativas
. CD do IE EP

Cadernos de Critérios Sociedade


Fonte: FNQ, Caderno de Evidências da Embraer, 2014.

23
Desde 2012, a Unimed Circuito das Águas realiza anualmente o Seminário Gestão e Sus-
tentabilidade. Esse seminário permite que a cooperativa conheça as opiniões das partes
relacionadas sobre as atividades da cooperativa e a importância dessas atividades para a
comunidade, para, a partir de então, definir ou redefinir ações fundamentadas no interesse e
influência das partes relacionadas. Isso melhora o relacionamento com a sociedade e auxilia
para que a cooperativa possa exercer de fato o seu papel na comunidade. Em 2016, em virtu-
de do aprendizado, o formato do seminário foi melhorado e passou a incluir apresentações de
parceiros, oferecendo aos participantes a oportunidade de conhecerem também as institui-
ções parceiras da cooperativa e sua atuação. (Fonte: Sescoop. Compêndio de Boas Práticas
de Gestão e Governança – Ciclo 2017/2018, 2018).

No capítulo Fixação do conhecimento, está disponível o exercício 3, relativo aos processos


de identificação das necessidades e expectativas da sociedade, com práticas e exemplos da
cooperativa.

AÇÕES E PROJETOS SOCIAIS PARA FORTALECIMENTO DA SOCIEDADE PP CE RE

A partir do conhecimento das necessidades e expectativas da sociedade e das necessidades das de-
mais comunidades, com as quais a cooperativa se relaciona (por exemplo: comunidade científica,
entidades técnicas, órgãos do ramo etc.), a cooperativa deve selecionar as ações ou projetos que ela
pode implementar ou apoiar. É importante destacar que a ação social geralmente é ocasional, sem
continuidade e de curta duração. O projeto social consiste em um conjunto de ações estruturadas,
com início meio e fim, realizadas voluntariamente, para atender à comunidade, abrangendo processos
mais elaborados, com orientação e uso planejado de recursos e alinhamento às estratégias e avaliação
dos resultados.

Para maximizar o grau de sucesso na execução das ações ou projetos em que a cooperativa vai con-
centrar seus recursos, algumas condições devem ser consideradas:
Cadernos de Critérios Sociedade

• Os recursos necessários (humanos, financeiros, materiais) devem ser compatíveis com as


disponibilidades;

• Os conhecimentos necessários para a realização das ações ou projetos devem ser coerentes
com as competências disponíveis;

• No caso dos projetos, eles devem estar alinhados com as estratégias.

24
Para isso, a cooperativa deve estabelecer critérios claros, que apoiem a seleção e priorização das
ações ou projetos sociais, bem como as formas para controle dos resultados alcançados.

Além disso, os cooperados e colaboradores devem ser incentivados a participar das ações ou projetos
selecionados. Dessa forma, além da própria realização dessas ações ou projetos, a cooperativa contri-
bui para aumentar o nível de conscientização das pessoas, quanto aos assuntos ligados à responsabi-
lidade social.

Ao desenvolver projetos sociais, a cooperativa pode estimular seus parceiros (fornecedores, clientes,
distribuidores) a participar desses esforços. Assim, pode-se aumentar a eficácia dos projetos e ampliar
o número de organizações conscientizadas em relação as suas responsabilidades sociais.

Pode-se ainda considerar a possibilidade de estabelecer sinergia com órgãos governamentais ou não
governamentais, públicos ou privados. Como exemplo, as áreas de cultura, educação e esportes ofe-
recem um potencial importante para projetos com esse tipo de sinergia: apoio a bibliotecas, competi-
ções esportivas, incentivos a eventos musicais etc.

Em 2016, as cooperativas brasileiras aderiram aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)


a fim de realizar ações de transformação social em todo o país. Os ODS, aprovados na Cúpula das Na-
ções Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (2015), consistem em 17 objetivos, desmembrados
em 169 metas e foram construídos sobre as bases estabelecidas pelos Objetivos de Desenvolvimento
do Milênio (ODM), de forma a completá-los e responder a novos desafios. São integrados, indivisíveis e
mesclam, de forma equilibrada, as dimensões do desenvolvimento sustentável.

Os 17 objetivos podem servir de inspiração para a cooperativa na construção de projetos ou ações que
contribuam com a solução dos problemas presentes nas comunidades onde está inserida.

Em 2015, a Sicredi Pioneira RS estabeleceu o Fundo Social para fortalecer ações desenvolvi-
das por entidades de cada município, associadas da cooperativa, e que atuem em benefício
da comunidade em que estão inseridas. O Fundo Social consiste em uma parcela do resul-
tado destinada para apoiar projetos de educação, cultura e esportes da área de ação da co-
operativa. Apenas em 2017, 64 mil pessoas foram impactadas pelos projetos apoiados pelo
Fundo Social. (Fonte: Sescoop. Compêndio de Boas Práticas de Gestão e Governança – Ciclo
2017/2018, 2018).

Cadernos de Critérios Sociedade

25
No intuito de contribuir para a criação de uma geração de pessoas cooperativistas, empre-
endedoras e independentes financeiramente, que aprendam desde cedo a fazer escolhas
assertivas e conscientes nas esferas pessoal e profissional, objetivando a realização dos seus
sonhos e por acreditar que a educação transforma pessoas e que, por sua vez, essas trans-
formam a realidade em que estão inseridas, o Sicoob Credialto desenvolveu o programa “Co-
operando para o Futuro”. É um programa de educação que visa complementar a formação
dos jovens atendidos pela Associação de Valorização e Apoio aos Menores Piumhi – AVAMEP
por meio de aulas de educação cooperativista, empreendedora e financeira para adolescen-
tes com idade entre 14 e 16 anos, ministradas voluntariamente pelos profissionais da co-
operativa. (Fonte: Sescoop. Compêndio de Boas Práticas de Gestão e Governança – Ciclo
2017/2018, 2018).

Muitas cooperativas mantêm ainda institutos sociais próprios, cujo objetivo é gerir os programas so-
cioambientais selecionados. É o caso da Unimed Vitória e da Unimed BH, reconhecidas com o Prêmio
SESCOOP Excelência da Gestão, nível de maturidade Rumo à Excelência.

Cabe ressaltar que os programas de estágio e de jovens aprendizes são exemplos bastante comuns
de atuação social. Segundo a Lei do Estágio (BRASIL, 2008), entende-se por estágio o “ato educativo
escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho
produtivo de educandos”. O estagiário não possui vínculo de trabalho e caracteriza uma ação da coo-
perativa de cunho educacional e, portanto, social.

Desde 1996, por meio de convênio com a Associação Profissionalizante do Menor – Ass-
prom, o Sicoob Cofal contrata trabalhadores mirins, com idade entre 16 e 18 anos, para
desenvolver atividades de baixa complexidade. A cooperativa avalia o seu comportamento
interpessoal e o seu desempenho nas atribuições que lhe são conferidas. Para que ele possa
alcançar a excelência no exercício das suas atribuições e melhor qualificação, a cooperativa
oferece cursos profissionalizantes, capacitando-o para o seu aproveitamento na cooperativa
ou para o mercado de trabalho. Finalizado o período de contratação por meio da Assprom e
surgindo a necessidade de um novo funcionário, é dada prioridade de contratação a esses
jovens. (Fonte: Compêndio de Boas Práticas de Gestão e Governança – Ciclo 2013/2014,
Cadernos de Critérios Sociedade

2015).

26
AVALIAÇÃO E ANÁLISE DA SATISFAÇÃO DA SOCIEDADE RE

Devem ser estabelecidos métodos formais para avaliar periodicamente o grau de satisfação da so-
ciedade, incluindo comunidades vizinhas, em relação às ações ou projetos sociais realizados pela
cooperativa, a fim de verificar o atendimento às necessidades e expectativas de desenvolvimento da
sociedade e a eficácia das ações ou projetos desenvolvidos.

O grau de satisfação da sociedade pode ser avaliado, através da aplicação de pesquisas dirigidas a
representantes da comunidade.

A cooperativa deve manter práticas para armazenar e tratar de forma sistemática as informações obti-
das da sociedade e das comunidades vizinhas, visando desenvolver ações para melhoria da sua atua-
ção social. Essas informações são provenientes de diversos mecanismos, com frequências e sistemá-
ticas específicas, como: contatos dos voluntários com as comunidades, participação em entidades e
associações, acompanhamento e avaliação das ações ou projetos sociais, canais de recebimento de
demandas e pesquisas para avaliar o grau de satisfação e imagem.

O grau de satisfação da sociedade e comunidades vizinhas em relação à AES Sul é avaliado


por meio de pesquisa anual, levada a termo pela Associação Brasileira de Distribuidores de
Energia, através do indicador específico sobre imagem e atuação social da empresa. Adicio-
nalmente, para avaliar se as expectativas estão sendo atendidas, é realizado o Diálogo com
Stakeholders. Também é feito um monitoramento diário dos principais veículos de comuni-
cação da região onde a AES Sul está inserida e, mensalmente, é gerado um indicador que
permite medir a performance da empresa na mídia. (Fonte: FNQ. Relato Organizacional e
Caderno de Evidências da AES Sul, 2014).

No capítulo Fixação do conhecimento, está disponível o exercício 4, para avaliar as práticas


utilizadas pela cooperativa para a realização de ações ou projetos sociais e para avaliação da
satisfação da sociedade.

Cadernos de Critérios Sociedade

27
IMAGEM PERANTE A SOCIEDADE RE

O valor de uma organização depende de sua credibilidade perante a sociedade e do reconhecimento


público que recebe. Por essa razão, a cooperativa deve manter práticas, que lhe permitam conhecer
sua imagem diante da sociedade.

É importante ter clara a diferença entre a avaliação do grau de satisfação da comunidade e a avaliação
da imagem perante a sociedade. Ainda que as duas avaliações possam ser feitas a partir dos mesmos
instrumentos, há diferenças importantes entre elas. A avaliação do grau de satisfação, normalmente,
está associada à percepção, por parte das comunidades, de ações mais específicas realizadas pela
cooperativa, e, em geral, têm horizonte de menor prazo. Por outro lado, a avaliação da imagem está
mais relacionada à visão global que a sociedade tem da cooperativa, com base no conjunto de atua-
ções que ela tem feito ao longo de sua história. Naturalmente, a avaliação da imagem está condiciona-
da ao resultado das ações mais recentes, e, por essa razão, é importante que o instrumento para sua
avaliação consiga, na medida do possível, captar a percepção global, pois essa tem mais relação com
a credibilidade da cooperativa e o reconhecimento público.

Além de avaliar sua imagem perante a sociedade, a cooperativa deve zelar por ela. Zelar pela imagem
implica em:

• Identificar requisitos legais e outros compromissos ou acordos, impostos ou voluntariamen-


te assumidos, que sejam aplicáveis aos aspectos éticos e aos impactos sociais de suas ati-
vidades, produtos e serviços, mesmo aqueles do ambiente de trabalho e da segurança e
saúde ocupacional, do meio ambiente, do patrimônio e do capital social, da economia e das
relações com o mercado;

• Definir responsabilidades e práticas para assegurar o atendimento pleno a tais requisitos;

• Analisar os resultados das avaliações da imagem e atuar nas lacunas observadas;

• Manter um sistema de comunicação adequado com a sociedade.

O quadro 3 apresenta exemplos de práticas comuns, utilizadas por cooperativas para zelar por sua
imagem.
Cadernos de Critérios Sociedade

Quadro 3 – Exemplos de práticas para zelar pela imagem

Práticas para zelar por sua imagem


Programa de visitas às suas instalações.
Participação com estandes e palestras em feiras e exposições.
Divulgação de ações relevantes e reconhecimentos recebidos ao público externo.
Investimento em atividades culturais.
Participação em ações de desenvolvimento social.
Publicação de balanço socioambiental.

28
A Organização das Cooperativas Brasileiras – OCB - trabalha para que o cooperativismo bra-
sileiro seja visto como um modelo de negócios diferenciado e promissor. Por isso, tem reali-
zado ações para fortalecer a imagem do cooperativismo junto aos públicos interno e externo.
Em 2017, foi criado o movimento SomosCoop, um movimento nacional a favor do cooperati-
vismo, maior que uma marca ou campanha publicitária. Assinado pela OCE e pelo Sescoop, o
SomosCoop foi criado para engajar as pessoas nessa causa, fazendo cada unidade estadual,
cooperativa ou cooperado. As cooperativas podem usar um carimbo do movimento em seus
produtos, realizar palestras, vestir a camisa ou simplesmente comunicar o seu orgulho de ser
cooperativista. (Fonte: OCB. Relatório OCB, 2017).

Cadernos de Critérios Sociedade

29
FIXAÇÃO DO CONHECIMENTO

Exercício 1 – Identificação de aspectos e tratamento de impactos ambientais e sociais

Utilizando o quadro abaixo, identifique os aspectos dos principais processos da cooperativa e os im-
pactos causados e proponha ações para o seu tratamento, visando à redução, eliminação ou compen-
sação do impacto.

Objetivo
Impacto (Informar o objetivo
Métodos de do método: redução,
Processo Aspecto
tratamento eliminação ou
Social Ambiental compensação)
Cadernos de Critérios Sociedade

30
Exercício 2 – Acessibilidade, promoção da inclusão social e ações voluntárias para o desenvolvi-
mento sustentável

Responda as questões abaixo sobre os temas acessibilidade, promoção da inclusão social e ações
voluntárias para o desenvolvimento sustentável, associando com práticas e exemplos de sua coope-
rativa.

Associação com a realidade da


Questão Resposta
cooperativa

Descreva sucintamente o que a


cooperativa faz, ou deveria fazer, para
Cite duas categorias de deficiência, de
facilitar o acesso das pessoas com as
acordo com a lei brasileira
deficiências citadas aos seus produtos,
serviços e instalações:

Descreva sucintamente o que a


Cite dois tipos de desigualdade existentes cooperativa faz, ou poderia fazer, para
em nosso país promover a inclusão social das pessoas
vítimas das desigualdades citadas:

Descreva sucintamente ações que a


Cite dois grandes temas mundiais, relati- sua cooperativa realiza, ou poderia
vos ao desenvolvimento sustentável realizar, para contribuir para a solução
dos temas escolhidos:

Apresente exemplos de indicado-


Cite um critério, que pode ser utilizado res utilizados, ou que poderiam ser
para a escolha das ações para o desen- utilizados, por sua cooperativa, para

Cadernos de Critérios Sociedade


volvimento sustentável coletar os resultados das ações para o
desenvolvimento sustentável:

Apresente exemplos de critérios utili-


Cite uma razão para registrar e avaliar os zados, ou que poderiam ser utilizados,
resultados das ações para o desenvolvi- por sua cooperativa, para escolher
mento sustentável suas ações para o desenvolvimento
sustentável:

31
Exercício 3 – Necessidades e expectativas de desenvolvimento da sociedade

Utilizando o quadro abaixo, listar para cada segmento da sociedade com o qual a cooperativa se rela-
ciona, as suas principais necessidades e expectativas, o método utilizado para sua identificação e os
interlocutores identificados pela cooperativa.

Segmentos da Necessidades e Método utilizado para


Interlocutor
sociedade Expectativas
Cadernos de Critérios Sociedade

32
Exercício 4 – Fortalecimento da sociedade e avaliação do seu grau de satisfação

Utilizando o quadro abaixo, listar as ações ou projetos sociais realizados pela cooperativa, identifican-
do os critérios que basearam a sua escolha e analisando se há métodos ou não, para avaliação da sa-
tisfação das comunidades atendidas. Caso identifique lacunas nas práticas da cooperativa, com base
no texto deste Caderno, utilize a última coluna para propor ações de melhoria.

Ação ou projeto Critérios de A satisfação das Método utilizado Proposição de


social escolha comunidades é avaliada? pela cooperativa ações de melhoria
( ) Sim

( ) Não
( ) Sim

( ) Não
( ) Sim

( ) Não
( ) Sim

( ) Não
( ) Sim

( ) Não
( ) Sim

( ) Não

Cadernos de Critérios Sociedade

33
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5462: Confiabilidade e Mantenabilida-
de. Rio de Janeiro, 1994.

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novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e 10.098, de
19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da
acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras
providências. 2004.

• BRASIL. Comissão de Acessibilidade e Comissão de Valorização da Pessoa com Deficiência. Se-


cretaria de Recursos Humanos do Senado Federal. Como chamar as pessoas com deficiências?
Disponível em: [http://www.senado.gov.br/senado/portaldoservidor/jornal/jornal70/utilidade_pu-
blica_pessoas_deficiencia.aspx] acessado em 04/04/15. 2006.

• BRASIL. Lei no 11.788 de 25 de setembro de 2008. Dispõe sobre o estágio de estudantes; altera
a redação do art. 428 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no
5.452, de 1o de maio de 1943, e a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996; revoga as Leis nos
6.494, de 7 de dezembro de 1977, e 8.859, de 23 de março de 1994, o parágrafo único do art. 82
da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e o art. 6o da Medida Provisória no 2.164-41, de 24
de agosto de 2001; e dá outras providências. 2008.

• CALIXTO, Eduardo. Uma metodologia para gerenciamento de risco em empreendimentos: Um


estudo de caso na indústria de petróleo. Disponível em: http://www.abepro.org.br/biblioteca/ene-
gep2006_TR500338_8619.pdf. Acesso em 13 de janeiro de 2016.

• CASTROLANDA. Relatório de Autoavaliação do PDGC. 2017.

• FUNDAÇÃO NACIONAL DA QUALIDADE. Critérios de Excelência 20ª. edição. São Paulo: Funda-
ção Nacional da Qualidade, 2013.

• FUNDAÇÃO NACIONAL DA QUALIDADE. Gestão sustentável. São Paulo: Fundação Nacional da


Qualidade, 2015. E-book. Disponível em http://www.fnq.org.br.

• FUNDAÇÃO NACIONAL DA QUALIDADE. Guia de Referência da Gestão para a Excelência. São


Paulo: Fundação Nacional da Qualidade, 2016.

• FUNDAÇÃO NACIONAL DA QUALIDADE. Relato Organizacional e Caderno de evidências da AES


Sul. São Paulo: Fundação Nacional da Qualidade, 2014.
Cadernos de Critérios Sociedade

• FUNDAÇÃO NACIONAL DA QUALIDADE. Relato Organizacional e Caderno de evidências da Em-


braer. São Paulo: Fundação Nacional da Qualidade, 2014.

• FUNDAÇÃO NACIONAL DA QUALIDADE. Relato Organizacional e Caderno de evidências da Pro-


monLogicalis. São Paulo: Fundação Nacional da Qualidade, 2014.

• GLOBAL REPORTING INITIATIVE. Diretrizes para relatório de sustentabilidade. São Paulo: Unie-
thos, 2004.

• INSTITUTO ETHOS DE EMPRESAS E RESPONSABILIDADE SOCIAL. O Balanço Social e a comuni-


cação da empresa com a sociedade. São Paulo, 2007.

34
• OCB. Relatório de Gestão 2017. Brasília, 2018. Disponível em: https://www.ocb.org.br/assets/ar-
quivos/RelatorioAnual/relatorio_de_gestao_OCB_2017.pdf.

• SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM DO COOPERATIVISMO. Compêndio de Boas Práticas de


Gestão e Governança – Ciclo 2013/2014. Brasília, 2015.

• SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM DO COOPERATIVISMO. Compêndio de Boas Práticas de


Gestão e Governança – Ciclo 2015/2016. Brasília, 2017.

• SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM DO COOPERATIVISMO. Compêndio de Boas Práticas de


Gestão e Governança – Ciclo 2017/2018. Brasília, 2018.

• SISTEMA OCB. Cartilha do Dia C. Brasília, 2017. Disponível: http://diac.somoscooperativismo.


coop.br/downloads.

• SISTEMA OCB. Manual de Boas Práticas de Governança Cooperativa. Brasília, 2015.

• SISTEMA OCB. Prêmio SomosCoop Melhores do Ano 2016. Brasília, 2016.

• SICREDI SUDOESTE MT. Relatório de Autoavaliação do PDGC. 2017.

• UNIMED BH. Relatório de Sustentabilidade. 2017. Disponível em < https://portal.unimedbh.com.


br/wps/wcm/connect/cea4ae07-b69c-44ee-a5de-f193d3b84d12/UD025017BC-Relatorio+Sus-
tentabilidade_2017_GRI_FIN.pdf?MOD=AJPERES&CACHEID=ROOTWORKSPACE-cea4ae07-b-
69c-44ee-a5de-f193d3b84d12-mieOHej>.

Cadernos de Critérios Sociedade

35
Série Caminho para a Excelência

Título Objetivo Público-alvo

Fornecer uma visão global do ciclo


Cooperativas que pretendam
PDCL (Plan, Do, Check, Learn,
implementar uma gestão de
que traduzidos: Planejar, Realizar,
melhorias a partir de uma
Manual de Autoavaliação e
autoavaliação, tendo como
Implementação de Melhorias enfatizando a autoavaliação, as suas
referência o Modelo de
diferentes metodologias e práticas
Referência para a Governança e
de planejamento, monitoramento e
Gestão de Cooperativas.
realização.

Cooperativas que pretendem


Explicar o conceito de Governança
melhorar seu modelo de
Manual de Boas Práticas de Cooperativa, seus princípios e
governança alinhando-o
Governança Cooperativa apresentar exemplos de boas
ao conceito e princípios da
práticas de Governança.
Governança Cooperativa

Cooperativas que pretendam


implementar uma autoavaliação
Explicar detalhadamente os
sobre a Governança, tendo
Caderno de Governança processos gerenciais relacionados à
como referência o Instrumento
Governança.
de Autoavaliação da
Governança.

Cadernos:
• Liderança
Explicar detalhadamente os
• Estratégias e Planos
processos gerenciais requeridos Cooperativas que estão
• Clientes
nos níveis de maturidade do melhorando seu sistema
• Sociedade
Modelo de Excelência de Gestão®, de gestão, utilizando como
• Informações e
customizado para a realidade das referência o Modelo de
Conhecimento
cooperativas: Primeiros Passos para Referência para a Governança e
• Pessoas
a Excelência, Compromisso com a Gestão de Cooperativas.
• Processos
Excelência e Rumo à Excelência.
• Resultados
Cadernos de Critérios Sociedade

36
Cadernos de Critérios Sociedade

SAUS (Setor de Autarquias Sul), Quadra 4, Bloco I


CEP 70.070-936, Brasília, DF
Tel.: (61) 3217-2119 | Fax: (61) 3217-2121
p d g c . s o m o s c o o p e r a t i v i s m o . c o o p . b r.

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