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INTRODUÇÃO
As fontes renováveis para geração de energia elétrica cooperam com a sustentabilidade, assim o
uso de energia solar ganha força no contexto atual. Uma conquista relevante é o livre acesso à infraestrutura
de geração e distribuição dessa energia, incentivando a competitividade. Importante lembrar que esse sistema
no Brasil não é tão recorrente devido ao alto custo de implantação, onde o retorno financeiro aparece em
longo prazo.
Dentre os estados nordestinos, a Bahia possui o melhor potencial energético, o que resulta em
investimentos bem sucedidos seja pela iniciativa pública ou privada neste estado. Outro aspecto a ser
considerado é a aplicação dos painéis para sombreamento de veículos, possibilitando otimização de recursos.
Dentro desse cenário, o trabalho visa ampliar o estacionamento da UPA de Barreiras-BA,
dimensionamento da estrutura de cobertura e arranjo fotovoltaico com elaboração de um estudo de
viabilidade econômica através dos métodos analíticos de investimento. Essa foto 1 é um estacionamento solar
localizado em um condomínio aqui na cidade e usaremos como modelo de pré dimensionamento. A foto 2 é
o estacionamento da UPA de Barreiras-BA.
4. PAINÉIS FOTOVOLTAICOS
O material mais empregado nos módulos fotovoltaicos é o silício, e podem ser de dois tipos: mono
ou policristalino. Os monocristalinos são munidos de grandes cristais de silício, tem mais eficiência e,
consequentemente, um valor agregado maior. Já os policristalinos são construídos com diversos cristais de
silício, têm eficiência inferior, mas também são largamente aplicados em diversos segmentos.
A unidade básica do módulo é a célula fotovoltaica, são as responsáveis por gerar eletricidade a
partir da energia solar. Para proteger as células tem-se o filme encapuzante, que não permite que as
intempéries prejudiquem o módulo. Já o vidro é fabricado com teor ultra puro de ferro, permitindo o máximo
de luz passar por ele e garantindo proteção das células contra granizo e outros agentes. O backsheet atua
como isolante térmico e a caixa de junção é responsável por guardar os componentes elétricos. A moldura
de alumínio impede torção do módulo.
5. ÍNDICE SOLARIMÉTRICO
Caracteriza-se por apresentar a incidência solar em determinada região, obtendo assim alguns
parâmetros para dimensionamento de placas solares para o projeto. O índice solarimétrico do CRESESB
(Centro de Referência para Energia Solar e Eólica) que significa a quantidade de watts que uma área de um
metro quadrado recebe durante um dia.
No mapa, quanto mais claro, menor a eficiência e podemos perceber que o oeste da Bahia recebe
muito potencial energético (região mais escura) para geração de energia solar. A escala vai de 3500 a 6250
kWh/m².dia e, portanto, a é a região do Brasil com melhores parâmetros para essa implantação.
6. CARPORT SOLAR
Em português carport solar significa “garagem solar”. É um abrigo para veículos que, em sua
cobertura, não possui um telhado convencional, mas sim, placas fotovoltaicos que captam energia solar. A
estrutura que vai suportar as os módulos deve ser dimensionada visando a inclinação correta para assegurar
maior eficiência energia no que se refere a geração. Pode ser de balanço simples ou duplo, que varia se vai
haver estacionamento em um ou ambos os lados da cobertura.
7. ELU e ELS
Segundo a NBR 8800, quando uma edificação deixa de atender aos pré-requisitos mínimos para
pleno funcionamento, atinge-se o estado limite da edificação, que pode ser dividido em dois métodos: estado
limite último e estado limite de serviço.
ELU está associado a ruptura da estrutura, quando ocorre um colapso, provocando a paralisação
imediata do seu uso. Já o ELS se refere a durabilidade da estrutura, conforto do usuário e aparência,
provocando restrições ao funcionamento.
No caso do ELU, essa condição deve ser satisfeita (𝑆𝑑 ≤ 𝑅𝑑 ), onde Sd representa os esforços
solicitantes e Rd os esforços resistentes de cálculo. Já ELS, tem-se (𝑆𝑠𝑒𝑟 ≤ 𝑆𝑙𝑖𝑚 ), onde Sser são as variáveis
dos esforços solicitantes e Slim são os valores limites adotados para esses efeitos.
8. AÇÕES PERMANENTES
Ainda sobre a NBR 8800, as ações permanentes são aquelas que apresentam valores praticamente
constantes durante toda vida útil da edificação. As diretas são peso próprio da estrutura e os elementos a ela
fixados (no caso do estacionamento vai ser a estrutura metálica com o arranjo fotovoltaico). E indiretas que
são esforços causados por agentes associados, como deslocamentos de apoio, dilatação do aço e demais
imperfeições.
9. AÇÕES VARIÁVEIS
São cargas que possuem variações significativas durante a vida útil da edificação. Podem variar
bastante a depender de carga de vento, sobrecarga dos pavimentos, instalação de equipamentos, mudança de
temperatura.
Existem as ações excepcionais: que podem ser resultado de eventos climáticos extremos, como
furacões ou terremotos, ou podem ser decorrentes de impactos acidentais, explosões ou outros eventos
inesperados. E também as cargas de vento que devem receber um destaque maior no memorial de cálculo.
12. TERÇAS
Para se sustentar a cobertura de uma edificação, utiliza-se as denominadas terças, bem como a
necessidade de se estruturar os fechamentos laterais, quando são compostos por chapas metálicas. As terças
são fabricadas em perfis laminados ou até mesmo em chapas dobradas, sendo essas últimas mais comuns,
cujo processo de fabricação se dá a frio e efetua-se o dobramento das chapas até obter um determinado perfil
desejado. A imagem ilustra os tipos mais usuais de terças. Em nosso projeto vamos utilizar U e U enrijecido.