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1.

INTRODUÇÃO
As fontes renováveis para geração de energia elétrica cooperam com a sustentabilidade, assim o
uso de energia solar ganha força no contexto atual. Uma conquista relevante é o livre acesso à infraestrutura
de geração e distribuição dessa energia, incentivando a competitividade. Importante lembrar que esse sistema
no Brasil não é tão recorrente devido ao alto custo de implantação, onde o retorno financeiro aparece em
longo prazo.
Dentre os estados nordestinos, a Bahia possui o melhor potencial energético, o que resulta em
investimentos bem sucedidos seja pela iniciativa pública ou privada neste estado. Outro aspecto a ser
considerado é a aplicação dos painéis para sombreamento de veículos, possibilitando otimização de recursos.
Dentro desse cenário, o trabalho visa ampliar o estacionamento da UPA de Barreiras-BA,
dimensionamento da estrutura de cobertura e arranjo fotovoltaico com elaboração de um estudo de
viabilidade econômica através dos métodos analíticos de investimento. Essa foto 1 é um estacionamento solar
localizado em um condomínio aqui na cidade e usaremos como modelo de pré dimensionamento. A foto 2 é
o estacionamento da UPA de Barreiras-BA.

2. CENÁRIO MUNDIAL – GRÁFICO 1


Esse gráfico representa o crescimento da geração de energia solar nos principais países e no Brasil.
As primeiras cores representam Itália e Alemanha que, embora tenham iniciado bem otimista, não houve
taxa de crescimento significativa até 2019. Já o Brasil, só começou a ter um lugar no ranking em 2015 com
0,1GW, mas em 2019 alcançou 2,5GW. Quem merece destaque é a China, na cor lilás, que apresenta uma
evolução maior que os demais países.

3. CENÁRIO NACIONAL – GRÁFICO 2


O gráfico da evolução da geração de energia é dividida em centralizada e distribuída. A geração
centralizada é uma das formas mais tradicionais de geração de energia, em que poucas unidades geradoras
produzem eletricidade para muitas pessoas. Ela é formada por grandes usinas, que, geralmente, ficam
afastadas dos centros de consumo, necessitando, assim, de extensas linhas de transmissão.
Geração distribuída se caracteriza por ter várias unidades geradoras de menor porte para abastecer
a rede. Dessa forma, essas pequenas unidades geradoras abastecem clientes locais, minimizando os custos
com a transmissão da energia, além de evitar perdas energéticas.

4. PAINÉIS FOTOVOLTAICOS
O material mais empregado nos módulos fotovoltaicos é o silício, e podem ser de dois tipos: mono
ou policristalino. Os monocristalinos são munidos de grandes cristais de silício, tem mais eficiência e,
consequentemente, um valor agregado maior. Já os policristalinos são construídos com diversos cristais de
silício, têm eficiência inferior, mas também são largamente aplicados em diversos segmentos.
A unidade básica do módulo é a célula fotovoltaica, são as responsáveis por gerar eletricidade a
partir da energia solar. Para proteger as células tem-se o filme encapuzante, que não permite que as
intempéries prejudiquem o módulo. Já o vidro é fabricado com teor ultra puro de ferro, permitindo o máximo
de luz passar por ele e garantindo proteção das células contra granizo e outros agentes. O backsheet atua
como isolante térmico e a caixa de junção é responsável por guardar os componentes elétricos. A moldura
de alumínio impede torção do módulo.

5. ÍNDICE SOLARIMÉTRICO
Caracteriza-se por apresentar a incidência solar em determinada região, obtendo assim alguns
parâmetros para dimensionamento de placas solares para o projeto. O índice solarimétrico do CRESESB
(Centro de Referência para Energia Solar e Eólica) que significa a quantidade de watts que uma área de um
metro quadrado recebe durante um dia.
No mapa, quanto mais claro, menor a eficiência e podemos perceber que o oeste da Bahia recebe
muito potencial energético (região mais escura) para geração de energia solar. A escala vai de 3500 a 6250
kWh/m².dia e, portanto, a é a região do Brasil com melhores parâmetros para essa implantação.

6. CARPORT SOLAR
Em português carport solar significa “garagem solar”. É um abrigo para veículos que, em sua
cobertura, não possui um telhado convencional, mas sim, placas fotovoltaicos que captam energia solar. A
estrutura que vai suportar as os módulos deve ser dimensionada visando a inclinação correta para assegurar
maior eficiência energia no que se refere a geração. Pode ser de balanço simples ou duplo, que varia se vai
haver estacionamento em um ou ambos os lados da cobertura.

7. ELU e ELS
Segundo a NBR 8800, quando uma edificação deixa de atender aos pré-requisitos mínimos para
pleno funcionamento, atinge-se o estado limite da edificação, que pode ser dividido em dois métodos: estado
limite último e estado limite de serviço.
ELU está associado a ruptura da estrutura, quando ocorre um colapso, provocando a paralisação
imediata do seu uso. Já o ELS se refere a durabilidade da estrutura, conforto do usuário e aparência,
provocando restrições ao funcionamento.
No caso do ELU, essa condição deve ser satisfeita (𝑆𝑑 ≤ 𝑅𝑑 ), onde Sd representa os esforços
solicitantes e Rd os esforços resistentes de cálculo. Já ELS, tem-se (𝑆𝑠𝑒𝑟 ≤ 𝑆𝑙𝑖𝑚 ), onde Sser são as variáveis
dos esforços solicitantes e Slim são os valores limites adotados para esses efeitos.

8. AÇÕES PERMANENTES
Ainda sobre a NBR 8800, as ações permanentes são aquelas que apresentam valores praticamente
constantes durante toda vida útil da edificação. As diretas são peso próprio da estrutura e os elementos a ela
fixados (no caso do estacionamento vai ser a estrutura metálica com o arranjo fotovoltaico). E indiretas que
são esforços causados por agentes associados, como deslocamentos de apoio, dilatação do aço e demais
imperfeições.

9. AÇÕES VARIÁVEIS
São cargas que possuem variações significativas durante a vida útil da edificação. Podem variar
bastante a depender de carga de vento, sobrecarga dos pavimentos, instalação de equipamentos, mudança de
temperatura.
Existem as ações excepcionais: que podem ser resultado de eventos climáticos extremos, como
furacões ou terremotos, ou podem ser decorrentes de impactos acidentais, explosões ou outros eventos
inesperados. E também as cargas de vento que devem receber um destaque maior no memorial de cálculo.

10. AÇÃO DOS VENTOS


Inicialmente vamos usar o mapa das isopletas que define o V0 (velocidade básica do vento que varia
conforme a região do Brasil). E depois vamos definir o Vk que é a velocidade a ser considerada no projeto
por meio dessa equação, onde S1 é o fator topográfico (aumenta ou diminui a velocidade do vento), S2
rugosidade do terreno e dimensões da edificação e S3 o fator estatístico (avalia grau de segurança requerido).
Após encontrar o Vk, vamos utilizar na equação da pressão dinâmica nessa equação.

11. COMBINAÇÃO DAS AÇÕES


Para realizar a combinação dos coeficientes encontrados, deve considerar as situações mais
desfavoráveis e que permitam atuar simultaneamente sobre a edificação. Assim, a NBR 8800/2008 determina
as variáveis de ponderação essas combinações representam o carregamento que a estrutura estará sujeita.
Assim, essa fórmula vai agregar diversos coeficientes (ações de uso e ocupação da estrutura,
variação térmica, ações permanentes, variáveis e excepcionais). A NBR 8800 tem várias tabelas para obter
cada um desses coeficientes e encontrar a combinação das forças últimas normais.

12. TERÇAS
Para se sustentar a cobertura de uma edificação, utiliza-se as denominadas terças, bem como a
necessidade de se estruturar os fechamentos laterais, quando são compostos por chapas metálicas. As terças
são fabricadas em perfis laminados ou até mesmo em chapas dobradas, sendo essas últimas mais comuns,
cujo processo de fabricação se dá a frio e efetua-se o dobramento das chapas até obter um determinado perfil
desejado. A imagem ilustra os tipos mais usuais de terças. Em nosso projeto vamos utilizar U e U enrijecido.

13. PERFIS TRELIÇADOS


As treliças são estruturas de hastes unidas entre si por nós articulados, onde as cargas se aplicam
nos próprios nós. Muito empregadas nas estruturas de cobertura, de pequeno vãos, como nas edificações
residenciais e industriais, até grandes vãos, como nas estrutura de estádios e aeroportos. Existem vários tipos:
Pratt, Howe, Warren, Fink... cada uma com sua aplicação. Os componentes da treliça são: banzos, montante,
diagonal, nós.

14. TIPOS DE LIGAÇÕES


As ligações entre as peças da estrutura são feitas, em geral, através de soldas ou parafusos.
Importante ressaltar que, quando feita na fábrica, com controle de qualidade, ambos métodos são muito
eficazes. No caso da treliça, as ligações são soldadas por conta da rapidez na confecção e minimização de
cargas atuantes.

15. TABELAS ORSE E SINAPI


A composição de custos pode ser representada por uma tabela analítica onde estão inseridos todos
os insumos (materiais, equipamentos e mão de obra) necessários e suficientes para a execução de determinado
serviço. Existem vários bancos de dados, mas ORSE e SINAPI são as tabelas orçamentárias da construção
civil mais utilizadas devido à sua padronização, acessibilidade, representatividade e transparência. Em
especial a SINAPI porquê há ampla aceitação principalmente se tratando de licitações públicas.

16. INDICADORES ECONÔMICOS


A análise de viabilidade econômica é um tema muito discutido no mundo dos negócios, sendo
indispensável realizá-la antes de se optar por qualquer investimento. Deve comparar o retorno financeiro que
poderá ser obtido com o investimento, visando decidir se o empreendimento é viável ou não.
TMA: representa o mínimo que um investidor sugere ganhar quando faz uma aquisição, ou o
máximo que um credor se propõe a pagar ao fazer um financiamento.
VPL: é um indicador que analisa todos os fluxos de caixa esperados pelo investimento em uma
mesma data.
TIR: é uma taxa de desconto que iguala o valor presente dos fluxos de caixa futuros ao investimento
inicial.
Payback: o indicador que calcula o tempo que o projeto levará para recuperar o investimento e
começar a gerar retornos.

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