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FERRAMENTA DO LEAN

MANUFACTURING APLICADA AO
PROCESSO DE AGREGADOS PARA
A CONSTRUÇÃO CIVIL

Resumo: Este artigo teve como objetivo demonstrar através de um estudo de caso, a aplicação da
ferramenta Kaizen do sistema Lean Manufacturing nas falhas identificadas em um processo
de produção de agregados para a construção civil, especificamente de pedras britadas, e
maximizar os resultados de produtividade, eliminar desperdícios e apresentar melhorias. O
processo da mineradora Massari se resume em extração, carregamento e transporte, e
beneficiamento. A aplicação do Kaizen no estudo de caso presente neste arquivo foi no
processo de beneficiamento, onde ocorre o preparo dos produtos para o consumo do calcário
para a construção civil. Os resultados demonstram, após três melhorias significativas nas
falhas encontradas no processo de beneficiamento, um ganho de produtividade resultante da
eliminação de desperdícios.

Palavras-chave: Lean manufacturing. Produtividade. Kaizen. Mineração.

Abstract: This article has as its goal to show through a case study, the implementation of Kaizen tool
of the Lean Manufacturing systems on the identified failures in a manufacturing process
aggregate to the civil construction, specifically on crushed rocks, to maximize results, eliminate
the waste, and show improvements.The mining activity of Massari includes extraction,
loading, transporting and beneficiation. The application of the Kaizen in this case study was
on the beneficiation process, where happens the preparation of the products for limestone use
in the civil construction.The results show, after three significant improvements on the
beneficiation process´ found failures, a productivity gain following the waste elimination.

Keywords: Lean Manufacturing. Productivity. Kaizen. Mining.

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BENEVIDES, Gustavo; MARRA, Maurício Luís; VIEIRA, Marcio Glauco de
Campos; RIBEIRO, Marcos Vinicius; REIGOTA CÉSAR, Natália. Ferramenta do
Lean Manufacturing aplicada ao processo de agregados...

1 INTRODUÇÃO

No Brasil, o setor de mineração é responsável atualmente por 3 a 5% do PIB,


onde desempenha um papel significativo no desenvolvimento social e econômico
apresentando um potencial geológico abundante.
A mineração é o processo de extração, elaboração e beneficiamento de minerais
que se encontra em estado natural: sólido, como o carvão e outros; líquido, como o
petróleo bruto; e gasoso, como o gás natural.
As atividades de extração mineral são de grande importância para o
desenvolvimento social. Tais podem ser comprovadas, pois no cotidiano dos seres
humanos pode-se perceber seu uso nas mais variadas formas, como por exemplo: na
construção civil, nos fertilizantes que sustentam a agricultura, na estrutura e nas cores
de todos os utensílios e equipamentos que se utiliza diariamente, sendo assim
responsável por uma grande variedade de insumos para outras indústrias. Trata-se de
minerais cuja produção está intimamente relacionada ao desenvolvimento dos centros
urbanos, traduzindo-se na movimentação de grandes valores de produção, bem como
no considerável peso contributivo na arrecadação de impostos para o Estado, e
consequentemente para os municípios.
Lean Manufacturing é uma iniciativa que busca eliminar desperdícios, isto é,
excluir o que não tem valor para o cliente e imprimir velocidade à empresa. A ideia da
empresa Lean existe há muito tempo. Não é simplesmente um programa que as
organizações adotarão por alguns meses. É uma forma de pensar. O foco do
pensamento Lean está sempre na eliminação de desperdícios.
As raízes do Lean Manufacturing ou Produção Enxuta remontam ao Sistema
Toyota de Produção, também conhecido como produção Just-in-Time. O executivo da
Toyota Taiichi Ohno começou na década de 50, a concepção e fundação de um sistema
de produção cujo principal foco era a assimilação e a posterior abolição de
desperdícios, com o objetivo de reduzir custos e aumentar a qualidade e a velocidade
de entrega do produto aos clientes. O Sistema Toyota de Produção, por representar
uma forma de produzir cada vez mais com cada vez menos, foi designado produção

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enxuta. A adoção do Lean Manufacturing representa um processo de mudança de


cultura da organização.
As jornadas Lean bem-sucedidas são alcançadas por organizações que
entendem que a complexidade do Lean está em sua simplicidade: ter um plano,
executar o plano, verificar o plano e então, ajustar para melhorar o plano.
A fim de otimizar a extração desses minérios, esse artigo apresenta através de
uma das ferramentas do Sistema Lean Manufacturing de acordo com a necessidade do
problema encontrado no projeto de extração mineral, melhorias contínuas nos
sistemas produtivos e área crítica do processo, reduzindo desperdícios e buscando a
máxima utilização de seus ativos sem a necessidade de realização de investimento
significativos.
A presente pesquisa classifica-se como exploratória ao proporcionar maior
familiaridade com o problema e descritiva ao registrar, analisar e interpretar os fatos.
A abordagem dos dados será feita de forma qualitativa, pois destaca a análise do
ambiente, processos, métodos e organização. Optou-se pelo estudo de caso, de maneira
que permita a investigação de seu amplo e detalhado conhecimento.

1 REFERENCIAL TEÓRICO

Nesse capítulo é apresentada a fundamentação teórica que teve como base o


desenvolvimento deste trabalho, apresentando ao leitor o setor de mineração e
agregados minerais para construção civil. Serão abordados também características e a
ferramenta do Lean Manufacturing utilizada no Estudo de Caso.

1.1 Mineração

Os minerais são essenciais à sobrevivência e à qualidade de vida do ser humano


e estão intimamente ligados à evolução histórica da Humanidade desde os primórdios,
com o uso da pedra (Idade da Pedra) e posteriormente dos metais, com a Idade do
Cobre e a Idade do Ferro (BORGES, 2009).
A mineração representa um importante segmento da economia, contribuindo
de forma decisiva para o bem estar e a melhoria da qualidade de vida da população

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como um todo. Porém, é importante enfatizar que esta atividade deve ser exercida com
responsabilidade técnica, social e ambiental, sempre em busca dos preceitos do
desenvolvimento sustentável (BORGES, 2009).

1.1.1 Mineração no Brasil

No que tange ao setor de mineração, este desempenha um papel significativo no


desenvolvimento social e econômico brasileiro apresentando um potencial geológico
abundante. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior,
o Brasil é um dos países com maior potencial mineral do mundo, um setor em expansão
com previsão de investimentos superiores a UU$ 28 bilhões para o período de 2007-
2012. Cabe destacar que este setor é responsável por uma grande variedade de insumos
para outras indústrias, (L. JUNIOR, 2011).

1.1.2 Agregados para a Construção Civil

Agregados para Construção Civil são materiais granulares, sem forma e volume
definidos, de dimensões e propriedades estabelecidas para uso em obras de engenharia
civil, tais como, a pedra britada, o cascalho e as areias naturais ou obtidas por moagem
de rocha, além das argilas e dos substitutivos como resíduos inertes reciclados, escórias
de aciaria, produtos industriais, entre outros. Os agregados são abundantes no Brasil
e no mundo (SERNA, 2010).
O termo “agregados para a construção civil” é empregado no Brasil para
identificar um segmento do setor mineral que produz matéria-prima mineral bruta ou
beneficiada, granular, sem forma e volume definidos, de dimensões e propriedades de
uso imediato na indústria da construção civil. Os agregados, mais precisamente, areia
e brita, prestam-se para atender demandas significativas da sociedade moderna,
especialmente: construção de casas, de indústrias, no saneamento, na construção de
rodovias, de ferrovias de portos, de aeroportos, na pavimentação, etc, (INVENTTA
CONSULTORIA, 2012).

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1.1.3 Areia e Pedra Britada

As rochas mais usadas para a produção de pedra britada, segundo Frazão (2007)
são: Granitos, Sienitos, Monzonitos, Dioritos, Gabros, Diabásios e Basaltos, Gnaisses,
Arenitos, Quartzitos, Calcários e Materiais Lateríticos. Os agregados são considerados
basicamente areia (agregado miúdo) e pedra britada (agregado graúdo), e são as
substâncias minerais mais consumidas no mundo. Estima-se, segundo IBRAM (2012),
que no Brasil existem 2.500 empresas produtoras de areia e 600 empresas produtoras
de brita. O estado de São Paulo é o principal produtor e consumidor de agregados.
Segundo a ANEPAC, atualmente são cerca de 900 portos de areia e 350 pedreiras no
Estado de São Paulo, que se configuram em cerca de 6 mercados.
Da extração dessas rochas para agregado civil poderão ser produzidos: Brita 3,
Brita 2, Brita 1, Pedrisco e Pedrisco Misto e Areia.

1.2 Produtividade

A Produtividade varia devido a diferenças da tecnologia de produção, na


eficiência dos processos de produção e no ambiente em que ocorre a produção, (TUPY;
YAMAGUCHI, 1998).
A taxa de crescimento da produtividade total dos fatores (PTF) é dividida em
três elementos determinantes: progresso técnico, economias de escala e utilização da
capacidade, (R. JÚNIOR; FERREIRA, 1999).
Segundo Suito (1998), a gestão integrada da produtividade deve ter dois
propósitos principais: integrar e sistematizar todas as técnicas e sistemas cujo objetivo
é a melhoria contínua da produtividade da empresa; construir um sistema que seja o
suficientemente flexível e ágil para adaptar-se às frequentes inovações (processos e
produtos) desenvolvidas na organização.

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Tabela 1 – A visão dos centros internacionais de produtividade.

Centros internacionais de produtividade Definições


Organização Europeia para Produtividade é um quociente obtido na
Cooperação Econômica divisão de um produto por um de seus
elementos de produção.
Associação Europeia de Produtividade Produtividade é o grau de utilização efetiva
dos meios de produção.
Centro de Produtividade do Japão Produtividade é minimizar cientificamente o
uso de recursos materiais, mão de obra,
equipamentos etc. para reduzir custos de
produção, expandir mercados, aumentar o
número de empregados, lutar por aumentos
reais de salários e pela melhoria do padrão de
vida no interesse comum do capital, trabalho
e consumidores.
Centro Nacional de Produtividade de Produtividade é uma atitude da mente que
Cingapura busca atingir melhorias contínuas nos
sistemas e nas práticas que traduzem as
atitudes em ações.
Conselho de Produtividade de Hong Kong Produtividade é a relação entre saída e
entrada. Deve ser vista como a adição de
valor pela otimização. É um conceito total
que direciona os elementos-chave da
competição, como inovação, custo, qualidade
e entrega.
Prêmio Nacional da Qualidade Produtividade refere-se a medidas de
Malcolm Baldridge eficiência no uso dos recursos. Embora o
termo seja aplicado para fatores únicos como
mão de obra (produtividade do trabalho),
máquinas, materiais, energia e capital, o
conceito produtividade aplica-se também ao
total de recursos consumidos na produção de
bens. A combinação normalmente requer que
se tenha uma média ponderada de diferentes
medidas dos fatores únicos, onde o peso
tipicamente reflete o custo dos recursos. O
uso de uma medida agregada como a
produtividade total dos fatores permite
determinar se os efeitos das mudanças globais
em um processo – possivelmente envolvendo
equilíbrio de recursos – são benéficos ou não.
Instituto Nacional da Produtividade da Acima de tudo, produtividade é uma atitude
África do Sul da mente. É a determinação para melhorar o

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desempenho de ontem e fazer ainda melhor


amanhã. É a vontade de melhorar a situação
presente, independentemente de quão boa ela
possa parecer. É o esforço sustentado para
aplicar novas técnicas e métodos. É a fé no
progresso.
Fonte: KING, 2011.

A produtividade pode ser definida como a otimização do uso dos recursos


empregados (inputs) para a maximização dos resultados desejados (outputs)
(PARANHOS FILHO, 2015).

1.3 Lean Manufacturing

O sistema de produção Lean, surgiu da necessidade das empresas japonesas do


setor automóvel, em especial a Toyota Motor Company, desenvolveram métodos
diferentes de fabricar veículos em relação aos utilizados pela indústria americana, onde
o destaque era o sistema de produção em massa da Ford Company e General Motors,
pois perceberam que não conseguiriam competir com base nos mesmos conceitos. Daí
resultou um novo modelo de sistema de produção, conhecido como Sistema de
Produção Lean ou Sistema Toyota de Produção (Lean Manufacturing/ Toyota
Production System), (LIKER, 2006).
O Sistema de Produção Lean, é um conjunto de atividades que tem como meta
o aumento da capacidade de resposta às mudanças e a minimização dos desperdícios
na produção, estabelecendo-se numa verdadeira organização de gestão inovadora.
Estas organizações, tem como princípios: ter (e manter) os itens certos nos lugares
certos, no tempo certo e na quantidade correta; criar e alimentar relações efetivas
dentro da Cadeia de Valor; trabalhar voltado à Melhoria Contínua em busca da
Qualidade Ótima na primeira unidade entregue. O sistema de Produção Lean procura
a economia e a consistência nos movimentos através do estudo de métodos e tempos
de trabalho, chamando à atenção para soluções simples e de baixo custo (MOREIRA,
2011).

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1.3.1 Ferramenta do Lean Manufacturing

Com base nas necessidades da empresa, foi aplicada no estudo de caso uma das
principais ferramentas do Lean Manufacturing (Kaizen).
A filosofia Kaizen é baseada na eliminação de desperdícios com base no bom
senso, no uso de soluções baratas para ajudar à motivação e criatividade dos
colaboradores para melhorar a prática dos processos de trabalho, na busca pela
melhoria contínua. A palavra Kaizen de origem japonesa tem como significado ―Fazer
Bem (Kai = mudar; Zen = bem). Esta ferramenta ficou mundialmente conhecida pela
sua aplicação dentro do Sistema Toyota de Produção. A ferramenta Kaizen foi criada
no Japão pelo engenheiro Taichi Ohno, com a finalidade de reduzir os desperdícios
gerados nos processos produtivos, à procura da melhoria contínua, da qualidade dos
produtos e o aumento da produtividade (MOREIRA, 2011).
Imai (1990) afirma que apesar do Kaizen pregar melhorias pequenas e
incrementais, traz resultados significativos ao longo do tempo. Comenta que a
inovação requer um maior investimento em nova tecnologia ou equipamento e o
Kaizen enfatiza o esforço humano, o moral, a comunicação, o trabalho em equipe, o
envolvimento e a disciplina, apostando em soluções simples e baratas, baseadas na
capacidade pessoal, no empenho de todas as pessoas envolvidas no projeto, antenadas
com a idéia central que é o combate ao desperdício.
A metodologia permite a análise de valores do processo, eliminação de
desperdícios padronização e melhor uso da força de trabalho (CUSTODIO, 2015).

1.4 Aplicação da Ferramenta

O apoio da gerência é fundamental para o sucesso dos Kaizens. Mas não se


obtém sucesso sem que ela acredite que a ferramenta é essencial no processo de
melhoria contínua. Tornou-se evidente que os gestores que conhecem a filosofia
consideram-na fundamental no processo de melhoria contínua. É interessante fazer
com que os gestores a conheçam, no sentido de promover o sucesso dos times. Por fim,

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é importante ressaltar que o sucesso dessa ferramenta só se dará após o envolvimento


de todas as pessoas da empresa, da alta gerência aos operadores dentro do processo de
melhoria contínua, uma vez que pode ser considerada como a base para a realização
das diretrizes colocadas pelo planejamento estratégico. Além de prover benefícios não
mensuráveis, tais práticas promovem maior estabilidade dos processos, redução
expressiva dos desperdícios e, pelo fato de as pessoas gostarem de melhorar
constantemente os resultados, constitui uma tarefa altamente motivadora,
(SCOTELANO, 2007).
O referencial teórico evidencia a importância do tema abordado e o como a
ferramenta Kaizen do Sistema Lean Manufacturing é eficiente quando aplicada
corretamente, ajudando na coordenação de um fluxo de produção melhor, gerando
valor e tornando os processos mais eficazes e lucrativos.

2 ESTUDO DE CASO

O estudo de caso aqui apresentado irá mostrar o processo produtivo para o


beneficiamento do calcário para agregado civil. Após uma análise deste processo, a
Massari, junto com seus colaboradores, identificou uma necessidade de otimizar sua
produção através de um sistema, automatizando suas linhas, e pontos de melhorias
abaixo descritas.

2.1 Empresa

A Massari é uma empresa cujo objetivo é adquirir jazidas minerais, desenvolver


projetos e explorar áreas através da extração, processamento e comercialização de
minérios (calcário e agregados) no Brasil.
Fundada em 2010 e em seu primeiro ano de existência adquiriu as jazidas
Juncal, Fazendinha, Mulatinha e Guapiara e elaborou o projeto de aproveitamento
econômico da Juncal. Em 2012 até 2014, a empresa realizou o investimento para
implantação de unidade industrial, obteve a portaria de lavra para Juncal e também
apresentou o EIA-RIMA da Fazendinha e Mulatinha. Conseguiram a licença de
operação da Juncal e com isso, iniciaram as atividades comerciais nesta área. A

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Massari, já em 2016 visa se tornar uma das principais empresas do ramo de calcário e
agregados da região Sudeste do Brasil.
Atualmente, a Massari detém ativos minerais no estado de São Paulo-SP,
conforme indicado a seguir:

a) Juncal: Área de 30,32 ha, localizada em Salto do Pirapora – SP. A Massari detém
licença de operação da Juncal, emitida pela CETESB (departamento ambiental).
A jazida Juncal tem reservas estimadas de aproximadamente 6,7 milhões de
toneladas1 de calcário calcítico, 13 milhões de toneladas1 de calcoxisto e 12,3
milhões de toneladas1 de filito.

b) Fazendinha: Área de 60,06 ha, localizada em Salto do Pirapora – SP (a cerca de


1,5 km de Juncal).

c) Mulatinha (área contígua a Fazendinha): Área de 11,28 ha, localizada em Salto


do Pirapora – SP (a cerca de 1,5 km de Juncal). O EIA-RIMA de Fazendinha foi
elaborado em conjunto com o da Fazendinha, e foi objeto de audiência pública,
etapa necessária para obter licença de instalação. Reservas estimadas de cerca
de 16,6 milhões de toneladas de calcário calcítico, 2,4 milhões de toneladas de
calcoxisto e 13,7 milhões de toneladas de dolomito.

2.2 Local de Estudo

O estudo aqui apresentado é referente ao empreendimento do ativo mineral


Juncal. A escolha da região foi determinada por motivos estratégicos, como localização
e aspectos mercadológicos.

2.2.1 Localização

A região está próxima de grandes clientes potenciais e de cidades vivenciando


grande crescimento no estado de São Paulo. As jazidas da Massari estão próximas do
terminal ferroviário Tatuí (aprox. 50 km de distância) e de boas estradas no interior de
São Paulo (por exemplo, Rod. Raposo Tavares e Rod. Castelo Branco).

2.2.2 Aspectos Mercadológicos

Os agregados para construção civil em geral são bens de baixo valor, mas com
volumes físicos significantes de comercialização comparados aos demais produtos do
mercado mineral. Seus usos estão direcionados de acordo com suas propriedades de

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resistência e principalmente de granulometria. No caso da pedra britada essas


propriedades as classificam em areia artificial, pedrisco, brita 1, 2, 3, 4, rachão e brita
graduada.
Segundo o último levantamento realizado pelo DNPM (2010) a produção
nacional de brita para a construção civil foi mais de 250 milhões de toneladas, gerando
uma receita de mais de 6 bilhões de reais. A substância calcário, isolada, gerou mais de
5 milhões de reais de arrecadação pela CFEM (Compensação Financeira pela
Exploração Mineral) apenas no estado de São Paulo.
Desse total, o estado de São Paulo produziu aproximadamente 73 milhões de
toneladas, gerando uma receita de mais de 1,7 milhão de reais. Ainda segundo os dados
do DNPM (2010), o preço médio no estado do produto beneficiado varia entre R$62,00
e R$68,00, incluído o valor do frete, variando conforme a localização geográfica do
empreendimento e à relação da oferta e demanda do produto.
Em 2010 (DNPM), nenhum estado brasileiro decresceu sua produção e
consumo em relação a 2009. Segundo o SINDIPEDRAS e ANEPAC, São Paulo é
constituído por mais de 160 unidades produtivas em seu território, onde somente na
região metropolitana existem mais de 36 pedreiras, enquanto no país existem
aproximadamente 600 unidades produtoras de brita.
Quanto ao consumo de pedra britada, todas as regiões brasileiras apresentam
índices elevados em 2010, destacando-se as regiões Sul e Sudeste. O presente aumento
nesse consumo é devido ao início de grandes obras e de maiores percentuais de
urbanização, com a ampliação da infraestrutura e habitação através de projetos
governamentais como: PAC Cidade Melhor, PAC da Mobilidade Urbana, PAC Minha
Casa Minha Vida, PAC Transportes, PAC Energia e o Plano Melhor Brasil.
Por se tratar de agregados provenientes do calcário, pela empresa ainda estar
buscando seu mercado consumidor e pela concorrência já existente considerou-se o
valor de R$ 20,00 por tonelada para avaliação de sua viabilidade.

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2.3 Processo produtivo do empreendimento

As atividades desenvolvidas nesse empreendimento são de extração,


carregamento e transporte, e, beneficiamento. O estudo será voltado ao preparo
industrial de produtos para o consumo (beneficiamento) do calcário para agregado
civil.
O calcário recebido da jazida (ROM) será descarregado em um Alimentador
Vibratório AV 60128, deste alimentador o material poderá ser, primeiramente enviado
para uma primeira peneira (Peneira Vibratória Inclinada - Escalper - M - 1,2 x 3,0 m)
para a separação de material estéril que poderá ser carregado junto com o minério; ou,
enviado diretamente para um Britador de Mandíbulas - C 125 (britador primário) para
ser fragmentado, sendo este transportado, por correia, para duas pilhas “pulmão”.
Após a pilha pulmão, esse material será transportado para uma Peneira Vibratória
Inclinada - Escalper - M - 1,5 x 4,0 m, a qual separará o material que não vai para o
Britador Cônico HP 400 (britador secundário), em que da Peneira Vibratória Inclinada
também haverá a formação de uma pilha de estéril. O rebritador formará um circuito
fechado com uma próxima peneira vibratória (Peneira Vibratória Inclinada - CBS – 2,4
x 6,1 m), ou seja, essa terceira peneira terá a função de reter o material de maior
granulometria para voltar ao rebritador, até que este seja fragmentado na
granulometria correta, também separará um produto final chamado de Brita 3, com
granulometria entre 63 a 32 mm, quando necessário, e por final o material passante
será enviado para um pulmão, chamado de pulmão BARMAC, que possuirá a
granulometria de 63 a 32 mm.
O material deste pulmão BARMAC será enviado para um Britador VSI - B 9100
SE (terciário) para a cominuição do calcário e arredondamento de suas extremidades
para maior aceitação no mercado de agregados. Posteriormente o material todo é
enviado para uma peneira (Peneira Vibratória Inclinada - CBS - 2,4 x 7,2 m), onde será
separado em pilhas de Brita 2 (32 a 24 mm), Brita 1 (19 a 9,5 mm), Pedrisco (9,5 a 4,8
mm), Pedrisco misto (material < 4,8 mm) e o material maior que estas granulometrias,
que será reenviado à pilha pulmão BARMAC.

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A seguir na figura 1, é apresentado o fluxograma do processo de beneficiamento


do calcário destinado para produção de agregado civil:

Figura 1 – Fluxograma do beneficiamento

Fonte: SAVI, 2014.

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2.4 Melhorias do processo produtivo

O empreendimento, após alguns meses de atividade, foi constato que, através


de ferramentas baseadas no lean manufacturing, poderiam melhorar a sua
produtividade. Realizada uma reunião com os colaboradores foi identificado que um
sistema automatizado melhoraria essa produtividade. Através de uma análise e uma
pesquisa de mercado, foi adotado em todo o beneficiamento um sistema de automação.

2.5 Automação

O sistema de automação é voltado para beneficiamento de minérios. Esse


sistema é todo controlado por um único funcionário, tanto o acionamento como o
desligamento de qualquer equipamento, e armazenado em um computador. Quando
implantado corretamente, traz inúmeras melhorias para todo o processo. As principais
melhorias previstas após o funcionamento do sistema são:

 Otimização dos equipamentos: Indicadores de utilização são exibidos no


sistema, mostrado por porcentagem, podendo o operador do sistema aumentar
ou diminuir a alimentação desse equipamento.
 Controle de produção: O sistema é todo “amarrado”. No caso de produção da
pedra 1, não se pode ligar a primeira esteira, se a segunda esteira estive parada,
evitando o acumulo de material no meio do processo e essa função também é
bloqueada caso o flap (porta) esteja virado para a terceira esteira.
 Detecção de falhas: Exibe instantaneamente o motivo da falha. O controlador
do sistema, través de comunicação interna, entra em contato com o técnico de
campo para a correção desta falha.
 Detecção de paradas: Demonstra qual máquina e o porquê das paradas. O
controlador do sistema, través de comunicação interna, entra em contato com o
técnico de campo para a correção da parada.

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2.6 Balança de controle de produção

O sistema controla a produção, conforme acima explicado, por equipamento do


beneficiamento, porém, foi detectado uma divergência entre a produção acusado pelo
sistema e encontrada nos pulmões. A Massari, sempre buscando a melhoria de seus
processos, instalou uma balança, logo após o britador primário, para o controle da
produção, medindo a quantidade de produto que foi transportado pela correia
transportadora 1.
Compilando os resultados, a empresa detectou uma falha em relação a
produtividade de seu principal equipamento, o britador primário. O equipamento não
estava produzindo sua capacidade máxima que é de 450 t/horas.

2.7 Instalação do rompedor

A Massari, encontrou uma medida simples e segura para sanar o problema


encontrado pela balança no britador primário. O problema consistia no engasgamento
do britador por ser alimentado por rochas maiores do que sua capacidade. A solução
seria mudar todo o critério de extração do minério ou apenas fragmentar essas rochas
maiores. Por isso foi instalado um rompedor na “boca” do britador.
O rompedor é operado por um sistema simples e muito seguro. A extremidade
é feita por um bico e com o movimento repetitivo acaba fragmento a rocha, deixando-
a com o tamanho necessário para que a produção não pare ou diminua.

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Lean Manufacturing aplicada ao processo de agregados...

Foto 1 – Rompedor

Fonte: dados da pesquisa, 2015.

2.8 By-Pass

As frequentes reuniões administrativas, deixaram claro que o carro chefe da


empresa era o produto brita 1 (9,5mm a 19mm), no qual representava apenas 30% da
sua produção mensal total. Visando o aumento de venda foi observado que no layout
do empreendimento os produtos com todas as granulometrias passavam pelo britador

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terciário para depois serem separados por peneiras e transportados para os respectivos
pulmões.

Figura 2 - Fluxograma antes do By-Pass

Fonte: SAVI, 2014.

Depois de revisado o layout, foi adotado como solução a instalação de uma calha
com o efeito de que as pedras passem antes pela peneira, para que não precisem passar
pelo britador terciário, economizando assim o custo com todo esse equipamento e
aumentando sua produtividade em seu principal produto.

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Figura 3 – Fluxograma depois do By-Pass

Fonte: dados da pesquisa, 2015.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este artigo procurou demonstrar os ganhos tragos a uma empresa de extração


mineral que optou por aplicar a ferramenta Kaizen em seu processo de beneficiamento
A participação efetiva da alta gerência contribuiu grandemente para a aplicação
de todas as melhorias e seu sucesso.
Foi possível perceber que é necessário manter o foco de melhoria continua, pois
foram necessárias um conjunto de três melhorias para conseguir um ganho

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considerável de produtividade, redução de custo e otimização de controle do


processamento do produto.
Com a análise do processo foi identificado um problema de atraso e desperdício,
exigindo um plano de melhoria executado através da aplicação de melhorias.
Um sistema que automatizou todo o processo, possibilitando um controle
confiável, instantâneo e pontual de detecção de falhas e paradas. Isso facilita e otimiza
a resolução dos problemas de manutenção, planejamento de produção, e
engavetamento do processo.
A balança instalada logo após o britador primário trouxe uma vantagem na
exatidão da quantidade em toneladas de produto nos pulmões, auxiliando de maneira
considerável o controle de produção,
A instalação de um rompedor na primeira operação do beneficiamento, ou seja,
no britador primário, onde as pedras maiores trazidas da extração enroscavam na
entrada atrasando todo o processo, e exigindo um esforço rotineiro de correção, trouxe
um aceleramento do processo inicial, reduzindo o desperdício primário, tempo. Assim,
quando alguma pedra extraída excede o tamanho da entrada do britador, ela é
automaticamente rompida, e colocada dentro do padrão que garante o fluxo do
processo, permitindo o seu aceleramento.
Por fim, a alteração do layout do britador 3, evitando a agregação do valor de
mais operações sem necessidade e o seu sobrecarregamento. O produto de maior venda
da Massari, muitas vezes já está pronto antes mesmo de passar por esta operação, mas
devido a todas as pedras passarem pelo britador 3, elas acabam reduzindo seu tamanho
granular sem necessidade, aumentando o volume de um produto que não tem uma
venda tão alta. O layout alterado contém uma calha que altera o caminho do processo,
passando por uma peneira e impedindo que ela passe por uma operação desnecessária.
A representatividade da brita 1 na produção mensal, aumentou de 30% para 51%,
resultando em ganhos de produtividade e redução de custo.

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Gustavo Benevides – Universidade Federal São Carlos;


Escola Superior de Administração, Marketing e
Comunicação | Sorocaba - ESAMC | São Paulo. Contato:
gbenevides@usp.br

Maurício Luís Marra – Escola Superior de Administração,


Marketing e Comunicação - ESAMC | Sorocaba | São
Paulo. Contato: mauricio.marra@esamc.br

Marcio Glauco de Campos Vieira – Escola Superior de


Administração, Marketing e Comunicação | Sorocaba -
ESAMC | São Paulo. Contato:
marcio.camposvieira@esamc.br

Marcos Vinicius Ribeiro – Escola Superior de


Administração, Marketing e Comunicação | Sorocaba -
ESAMC | São Paulo. Contato: marcos.ribeiro@esamc.br

Natália Reigota César – Escola Superior de Administração,


Marketing e Comunicação - ESAMC | Sorocaba | São
Paulo. Contato: natalia.cesar@esamc.br

Artigo recebido em março de 2016 e


aprovado em maio de 2015

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